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Projeto de estruturas de concreto: avaliação da influência do tipo

de cimento segundo os critérios de durabilidade prescritos na


XI Salão de
NBR 6118 (2003)
Iniciação Científica
PUCRS

Patrícia Castro de Aguiar, Carolina Grazziele Costa, Gisele Borges de Macedo, Rafael Mateus
Cassol, Daniel Ceolin Aued, Rafael Augusto Prehn Britto, Nicole Schiper, Jairo José de Oliveira
Andrade (orientador)

Faculdade de Engenharia, PUCRS

Resumo

A fim de privilegiar os aspectos de durabilidade no projeto de novas estruturas, a revisão da


NBR 6118 (ABNT, 2003) estabeleceu critérios a serem estabelecidos para projeto de
estruturas de concreto, considerando aspectos de agressividade ambiental. Nesse sentido, o
presente trabalho tem como objetivo apresentar a influência do tipo de cimento nas
características do concreto relacionadas com a durabilidade (relação a/c e resistência
mecânica). Os resultados mostraram que existem diferenças entre os tipos de cimento, que
devem ser consideradas na dosagem dos concretos inseridos em ambientes agressivos.

Introdução

Atualmente observa-se que inúmeros pesquisadores estão se dedicando ao estudo da


durabilidade das edificações. Antigamente as estruturas só eram concebidas e projetadas para
satisfazerem às condições de segurança e estabilidade, cujos aspectos relacionados à questão
de durabilidade e desempenho que as estruturas deveriam apresentar durante a sua vida útil
não eram levados em consideração, visto que imaginava-se que o concreto armado conservava
as suas propriedades físicas, químicas e mecânicas praticamente inalteradas ao longo do
tempo.
Reconhecendo a importância da durabilidade das estruturas, a nova versão da norma
NBR 6118 (ABNT, 2003) classificou os concretos não apenas considerando aspectos
relacionados à resistência mecânica. A revisão da norma privilegiou os aspectos de
durabilidade, ao limitar a relação água/cimento e estabelecer classes de resistência mínima
para os concretos. Desta forma, é importante investigar experimentalmente quais os
parâmetros de dosagem que obedecem às prescrições da NBR 6118 (ABNT, 2003) dos
diversos tipos de cimento Portland disponíveis no mercado do Rio Grande do Sul.

XI Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 09 a 12 de agosto de 2010


Método

Primeiramente foram realizados ensaios para determinação das características dos


materiais empregados na pesquisa. Os dados referentes aos agregados encontram-se
apresentados na Tabela I.
Tabela I Propriedades dos agregados utilizados
Agregado graúdo Agregado miúdo
Tipo Basáltico Natural (de rio)
Dmáx 19 mm 1,18 mm
Módulo de finura 6,76 1,87
Massa específica 2,95 kg/dm3 2,64 kg/dm3
Massa unitária 1,43 kg/dm3 1,57 kg/dm3

Foram empregados quatro tipos de cimento Portland para a realização dos estudos de
dosagem: o CP II E, o CP IV, o CP V ARI e o CP branco estrutural (CPB). Empregou-se o
método de dosagem IPT/EPUSP (Helene e Terzian, 1992), com um teor de argamassa
mantido constante para todos os traços igual a 53% e abatimento igual a 8 ± 1 cm.
Foram moldados 16 corpos-de-prova cilíndricos de 10 x 20 cm de acordo com a NBR
5738 (ABNT, 2003) para cada tipo de cimento. Para cada traço foram moldados 4
exemplares, onde 2 corpos-de-prova foram rompidos aos 7 dias e 2 aos 28 dias.

Resultados e Discussão

Os resultados dos corpos-de-prova rompidos aos 28 dias considerando todos os


cimentos avaliados encontram-se apresentados na Figura 1.

Figura 1 Diagrama de dosagem aos 28 dias para todos os concretos.

XI Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 09 a 12 de agosto de 2010


Com base nas equações que representam o comportamento das curvas do gráfico de
dosagem determinaram-se os traços de concreto que devem satisfazer simultaneamente as
condições exigidas pela NBR 6118 (ABNT, 2003) para concretos que serão inseridos em
áreas com elevada agressividade ambiental (a/c ! 0,45 e fc28 " 40 MPa). Desta forma, fixou-se
a relação a/c no valor prescrito e calculou-se quais seriam as resistências obtidas e desdobrou-
se os traços, cujos dados encontram-se apresentados na Tabela II. Verificou-se que todos os
cimentos atendem às exigências da norma, exceto o CP IV. Neste caso deve-se adotar um
valor menor de relação a/c, a fim de se obter a resistência mínima estabelecida. Sendo assim,
foram moldados corpos-de-prova para esse cimento com relação a/c igual a 0,40, cujos
resultados de resistência para todos os tipos de cimento encontram-se apresentados na Tabela
III.
Tabela II Traço e resistência estimada dos concretos Tabela III Resistência estimada e real para os
para a/c = 0,45 concretos aos 28 dias
Tipo de cimento fc28 estimada Traço Tipo de Relação fc28 fc28 real
CP II E 48,62 1:1,14:1,91 cimento a/c estimada
CP IV 35,57 1:0,98:1,76 CP II E 0,45 48,62 45,60
CP V ARI 50 1:1,65:2,35 CP IV 0,40 43,65 43,83
CP B 51,38 1:1,62:2,32 CP V ARI 0,45 50 45,68
CP B 0,45 51,38 *
*Os corpos-de-prova ainda não atingiram a idade de ruptura

Desta forma, tem-se que todos os tipos de cimento atenderam às exigências da NBR
6118 (ABNT, 2003) para concretos que serão inseridos em condições severas de exposição.

Conclusões

O presente trabalho visou apresentar a importância da realização de um estudo de


dosagem adequado para concretos considerando não somente as suas propriedades mecânicas,
mas também às especificações em relação à durabilidade, conforme prescrito na NBR 6118
(2003). Ficou demonstrado que, ao variar o tipo de aglomerante, as características do concreto
são alteradas, considerando-se valores similares de resistência. O cimento CP IV (que é o tipo
de cimento mais empregado no RS) teve um desempenho inferior aos demais tipos de
cimento, merecendo assim um cuidado redobrado no momento da especificação de concretos
com tal material que venham a ser empregados em áreas agressivas.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Concreto – procedimento para moldagem e cura


de corpos-de-prova. NBR 5738. 2003, Rio de Janeiro.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto. NBR 6118. Rio
de Janeiro, 2003. 180p.
HELENE, P.R.L.; TERZIAN, P. Manual de dosagem e controle do concreto. São Paulo: PINI, 1992. 349p.

XI Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 09 a 12 de agosto de 2010

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