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TRANSPORTE E MONTAGEM
TRELIÇA TR1
Outubro de 2006
Execução de Estruturas Metálicas
TR1
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ........................................................................................2
INTRODUÇÃO
A. CADERNO DE ENCARGOS
B. PLANO DE FABRICO
PRODUTOS CONSTITUINTES
FABRICO
CORTE
FURAÇÃO
SOLDADURA
• Soldadores qualificados;
A fase inicial do plano de fabrico consiste na identificação dos vários elementos que
compõem a treliça.
Entende-se por elemento uma peça individual que em conjunto com outras vai formar
um componente.
Por componente entende-se uma peça única constituída por um ou mais elementos e
que juntamente com os restantes componentes formam toda a estrutura do edifício.
Para a identificação dos elementos optou-se por manter a designação existente nos
elementos fornecidos.
A10T46 = A 10 T 46
As chapas que constituem as almas das cordas da treliça e as chapas das ligações
aparafusadas serão cortadas através de um processo automático de oxi-corte (Fluxo
CNC), onde é necessário executar um plano de corte rigioroso de forma a minimizar
os desperdícios de chapa.
Admite-se para este processo de optimização folgas de 11mm entre chapas que
contabilizam 3mm para cada chapa correspondente ao desgaste da chapa pelo oxi-
corte e 5mm para o ataque do feixe de oxi-corte. No esquema seguinte apresenta-se
a metodologia utilizada para a optimização das chapas das almas. (do tipo Fluxo
CNC).
Os perfis laminados, tubos e H’s serão cortados no serrote com ângulos de corte
variáveis. Efectuar-se-á um processo de minimização dos desperdícios análogo ao
referido anteriormente.
Figura 3- Corte por Serrote dos Perfis HEA Figura 4- Corte por Serrote dos Tubos
Os banzos das cordas da treliça serão formados por barras comerciais, neste caso as
2 2
barras têm dimensões de 300x15mm e 220x15mm e vêm em comprimentos de 12
metros. Os banzos serão cortados com Serrote. O esquema de corte dos banzos das
cordas da treliça utilizado foi de forma a optimizar a barra e a apresenta-se no
esquema seguinte.
Sendo que o processo de minimização dos desperdícios das restantes chapas irá ser
feito numa perspectiva mais global que inclua outras componentes eventualmente de
outras obras, hipóteses esta viável visto tratar-se de uma metalomecânica capaz de
absorver estes desperdícios.
Relativamente à furacão dos elementos optou-se para as chapas das almas das
cordas por um processo automático de furacão com oxi-corte com um diâmetro
inferior ao diâmetro nominal dos furos, sendo posteriormente mandrilados.
Figura 7- Furacão por Punção Figura 8- Elemento submetido a furacão por punção
B.3. CALANDRAGEM
Na pingagem dos elementos a ligar por soldadura tratando-se neste caso de ligações
entre banzos, entre almas e entre banzo-alma.
Figura 12- Processo de Soldadura Semi-Automático Figura 13- Soldadura dos elementos da treliça
Após as soldaduras e antes dos ensaios não destrutivos, todas as soldaduras devem
ser sujeitas a um controle visual em todo o seu comprimento. No exame visual deverá
constar:
Trata-se de uma fase muito importante para evitar problemas futuros de corrosão do
material. Seguindo os procedimentos regulamentados adequadamente prtenede
obter-se um produto (estrutura) com uma maior ductilidade.
• Desemgorduramento
• Eliminação de sais
• Remoção da calamina
• Remoção de poeiras
• Decapagem
É necessário criar uma superfície que favoreça a aderência sa tinta, neste caso
1/2
especifica-se uma decapagem a jacto abrasivo de grau Sa 2 de acordo com a
norma ISO 8501-1 com rugosidade rz de 40µm.
B.7.2. Durabilidade
• C3-Exterior
Ferromicacou – 100µm
Poliuretano – 50µm
Total: 225µm
Especifica-se que a tinta seja aplicada através de Air Spray/Airless Spray porque tem
alto rendimento e permite grandes espessuras.
• Fissuras
• Casca de laranja
• Escorridos
• Enrrugamentos
• Empolamentos, despelamentos
• Farinação e esfarelamento
Para evitar que tais defeitos aconteçam devem respeitar-se os itens anteriormente
referidos.
C. MONTAGEM
Dado tratar-se de uma substituição de um troço vertical da asna (ver Anexo 5), a
montagem vai consistir num processo relativamente complexo. O troço em estudo
fornece sustentação à estrutura, assemelhando-se a sua função à de um pilar.
Estima-se que com esta equipa, a montagem deverá ter uma duração aproximada de
10 horas.
D. QUANTIFICAÇÃO DE CUSTOS
MEDIÇÕES
TRELIÇA TR1 Outubro 06
PROJECTO DE EXECUÇÃO
EXTENSÕES, SUPERFÍCIES,
CÓD. DESIGNAÇÃO QUANT DIMENSÕES PESOS
COMP. Peso Unitário PARCIAIS TOTAIS
508.91 kg
244.02 kg
1085.33 kg
385.81 kg
TOTAL 2224.07 kg
Material: S275 JR
Quantidades 508.91 kg
Material: S275 JR
Quantidades 244.02 kg
Material: S355 JR
Quantidades 385.81kg
Material: S355 JR
Quantidades 1085.33
2
Decapagem e Pintura 10.5 €/ m
Quantidades 42.767m2
D.2. MÃO-DE-OBRA
Fabrico
Nº de horas 48h
Montagem
Nº de horas 20h
Nº de horas 10h
Nº de horas 10 h
D.4. TRANSPORTE
O camião deve poder transportar mais de 2.2 toneladas, elementos com uma altura de
2.6 metros e ter um comprimento superior ou igual a 12,5 metros.
TOTAL
O custo total da substituição da treliça TR1, incluindo transporte e montagem, é de
4170 euros.
CONCLUSÕES
Considera-se que este trabalho foi útil para a compreensão das diferentes fases
inerentes à execução de estruturas metálicas e familiarização com as Normas
Europeias mais actuais.
ANEXOS
ANEXO 1
TRELIÇA TR1
PROJECTO DE EXECUÇÃO
ESTRUTURAS METÁLICAS
CADERNO DE ENCARGOS
ÍNDICE
3. FABRICO ........................................................................................ 10
3.1 IDENTIFICAÇÃO...................................................................................... 10
3.2 MANUSEAMENTO DOS MATERIAIS ...................................................... 10
3.3 TRAÇAGEM DA ESTRUTURA METÁLICA .............................................. 10
3.4 DESEMPENO........................................................................................... 10
3.5 CORTE..................................................................................................... 10
3.6 FURAÇÃO................................................................................................ 11
3.7 REENTRÂNCIAS ..................................................................................... 13
3.8 CONDICIONALISMO DOS TIPOS DE LIGAÇÃO..................................... 13
3.9 SOLDADURA ........................................................................................... 13
3.9.1 PLANO DE SOLDADURA ...................................................................................... 13
3.9.2 PROCESSOS DE SOLDADURA............................................................................ 14
3.9.3 PROCEDIMENTOS DE SOLDADURA................................................................... 14
3.9.4 MÃO-DE-OBRA ...................................................................................................... 14
3.9.5 PREPARAÇÃO DE JUNTAS .................................................................................. 15
3.9.6 PROTECÇÃO CONTRA O CLIMA ......................................................................... 15
3.9.7 PRÉ-MONTAGEM .................................................................................................. 16
5. MONTAGEM ................................................................................... 26
Segundo a tabela A.3 da prEN 1090-2, à treliça TR1 é obrigatória a verificação dos
seguintes requisitos relativos à Classe de Execução EXC2 (em qual se insere):
2. PRODUTOS CONSTITUINTES
Os aços a utilizar em perfis tubulares serão do tipo S275 J2H de acordo com as
indicações contidas nas peças desenhadas e as suas características mínimas são
definidas na EN10210 (Parte 1).
As barras cujas uniões sejam efectuadas por soldadura devem ser constituídas por
aços do tipo de alta soldabilidade, com a composição química adequada, de acordo
com as normas EN10025 (Parte 6).
A fim de se evitarem trocas entre os diferentes tipos de aços, haverá que estabelecer
as necessárias precauções na marcação e armazenamento destes materiais.
2.4 PARAFUSOS
2.4.1 GENERALIDADES
A definição do pré-esforço a aplicar aos parafusos deverá ser consultada nas peças
desenhadas.
Os parafusos e as porcas não deverão ser soldados a menos que sejam utilizados
parafusos apropriados para o efeito, comprovado pelo certificado de qualidade do
fabricante.
2.5 PORCAS
2.6 ANILHAS
As anilhas serão planas, com uma espessura mínima de 5 mm, com o diâmetro
interior superior em 2 mm ao dos parafusos. O seu diâmetro exterior será duplo do
dos parafusos.
As anilhas de acordo com a norma prEN 14399-5 deverão ser utilizadas somente sob
as porcas.
2.7 CAVILHAS
As cavilhas serão ajustadas, semi-polidas, com cabeça grande, com furo para
passador com alheta e munidas de anilha nos dois lados.
2.8 TINTAS
As tintas e diluentes deverão ser recebidos nas embalagens originais dos fabricantes,
contendo as seguintes indicações:
• Nome do fornecedor;
As tintas terão de ser utilizadas antes de expirar o seu prazo de validade e por ordem
de entrada no armazém.
3. FABRICO
3.1 IDENTIFICAÇÃO
A traçagem das peças da estrutura metálica deverá ser feita com todo o cuidado para
que aquelas fiquem com os contornos exactos, de acordo com os desenhos, e que os
bordos ou topos se ajustem perfeitamente em todo o comprimento das juntas.
3.4 DESEMPENO
3.5 CORTE
3.6 FURAÇÃO
A execução da furacão pode ser feita por qualquer processo (broca, punção, laser,
plasma ou corte por processo térmico) desde que o acabamento do furo seja tal que
os requisitos de corte relativos à dureza local e à qualidade da superfície de corte
estejam de acordo com a tabela 8 da prEN1090-2.
Os diâmetros nominais dos furos para parafusos deverão estar de acordo com a
tabela 10 da prEN 1090-2.
Para aços até S355 inclusive só é permitida a furacão por punção em produtos
constituintes de espessura até 25 mm, desde que a espessura nominal do produto
constituinte não seja maior que o diâmetro nominal do furo. Para aços de classes
superiores a furacão por punção só é permitida para espessuras inferiores ou iguais a
14mm.
Para furos realizados por punção o diâmetro nominal será a média do diâmetro de
entrada e saída.
Para a classe de execução EXC2 é permitida a furacão por punção sem necessidade
de posterior rectificação do furo.
Os furos realizados por punção em cobrejuntas têm de ser feitos na mesma direcção
em todos os elementos.
Nos furos realizados por punção, o ângulo α não deverá exceder os 4º e as rebarbas
(∆1 e ∆2) não deverão exceder o indicado na figura seguinte.
A tolerância do diâmetro dos furos para parafusos deverá ser da classe H13 de
acordo com a Norma ISO 286-2.
• Feitos por furacão por broca de uma só vez em todas as chapas ligadas pela
cavilha
A tolerância do diâmetro dos furos para cavilhas deverá ser da classe H11 de acordo
com a Norma ISO 286-2.
• A furação, quando realizada com máquina de brocar, que não garanta a forma
cilíndrica e circular dos furos, será realizada com diâmetro inferior ao valor
nominal, no mínimo de 2 mm , sendo alargada para a do projecto, a mandril,
com as peças ligadas na sua posição definitiva.
3.7 REENTRÂNCIAS
Não são permitidos cortes que façam ângulos reentrantes (menores de 180º).
Em furos para reentrâncias feitas por punção em chapas mais espessas do que 16
mm, o material deformado deverá ser removido por emeril.
As ligações por soldadura deverão ser todas executadas em oficina, não sendo
permitida a soldadura no estaleiro.
3.9 SOLDADURA
3.9.4 MÃO-DE-OBRA
Cada soldador identificará o seu próprio trabalho com marcas pessoais que não serão
transferíveis.
Os soldadores deverão ser qualificados por um teste específico feito num protótipo de
ligação tubular com um ramo de acordo com a figura 3 da Norma prEN 1090-2, abaixo
indicada. Nessa ligação o cordão de soldadura deverá passar obrigatoriamente de
cordão de ângulo para cordão de topo no “dedo” do
ramo.
Para as ligações entre perfis de secção tubular a preparação das juntas é dada pela
prEN ISO 9692.
Nas ligações de perfis tubulares ramificadas se o ângulo do ramo com a corda for
menor que 60º o “dedo” deverá ser chanfrado de forma a permitir um cordão de topo.
Com temperatura ambiente acima de +5º C, as soldaduras serão executadas sem pré-
aquecimento, em elementos com espessuras iguais ou inferiores a 20 mm. No
entanto, eliminar-se-á a humidade, através de uma passagem da chama neutra do
maçarico pelos bordos a soldar.
3.9.7 PRÉ-MONTAGEM
Todos os pingos de solda não incorporados nas soldaduras finais deverão ser
removidos.
Para a ligação das extremidades das barras, as soldaduras devem ser dispostas
quanto possível equilibradamente em relação ao eixo de cada barra.
As soldaduras a arco eléctrico deverão ficar perfeitas, sem poros e sem inclusões
prejudiciais, e com os contornos e dimensões exactas. Deverá, em cada caso, ser
utilizada a intensidade de corrente adequada e suficiente que permita a perfeita
ligação do material de adição ao metal de base, sem no entanto prejudicar a
qualidade do cordão, por excessiva.
Em oficina deve-se procurar que o depósito dos cordões se efectue, sempre que seja
possível, em posição horizontal. Com este fim utilizar-se-ão os dispositivos que sejam
necessários para poder orientar as peças na posição mais conveniente para a
execução das distintas costuras, sem provocar nelas solicitações excessivas que
poderão danificar a fraca resistência das primeiras capas depositadas.
Ter-se-á especial cuidado para evitar que os eléctrodos, vareta e fundente adquiram
humidade do meio ambiente.
EN ISO 8501 - "Preparation of steel substrates before application of paints and related
products. Visual assessment of surface cleanliness" (Partes 1 e 3).
EN ISO 8503 - "Preparation of steel substrates before application of paints and related
products (Partes 1 a 2).
A aplicação da demão de primário deverá ser aplicada o mais breve possível após a
limpeza por decapagem ou escovagem dos elementos metálicos, para evitar a
contaminação das superfícies e o aparecimento de óxidos.
A preparação das superfícies não deve ser efectuada quando a superfície dos
elementos metálicos se encontra molhada, ou quando não existam condições
ambientais adequadas (humidade relativa deve estar abaixo dos 85% e a temperatura
do substrato com pelo menos 3ºC acima da temperatura do ponto de orvalho).
Nota: para reparações em áreas com o metal à vista, aplicar uma demão de primário
epoxy de alumínio com 100 µm de espessura de filme seco. Esse primário substitui a
demão de primário epoxy de zinco do esquema de pintura inicial.
Devem ser aplicadas tintas do mesmo fabricante (a aprovar pelo Dono de Obra) e as
demãos aplicadas têm de ter cores contrastantes.
Os materiais deverão ser armazenados num local destinado para o efeito, com
condições de temperatura adequadas ao seu armazenamento (consultar ficha
técnica). Devem ser tomadas as medidas necessárias para evitar danificações do
produto.
As embalagens de tinta devem ser mantidas bem fechadas até serem utilizadas. Se a
embalagem for parcialmente utilizada, esta deverá ser bem fechada e devidamente
assinalada, salvo indicação em contrario referida na ficha técnica do fabricante.
As tintas que estiverem geleificadas ou com qualquer defeito não poderão ser
utilizadas.
A limpeza do equipamento de pintura deverá fazer-se sempre que haja uma paragem
de trabalho.
4.7 DILUIÇÃO
As tintas deverão ser fornecidas com a diluição necessária para serem aplicadas. No
caso de se ter de adicionar diluente, este e a sua diluição deve ser a indicada pelo
fabricante de tinta na especificação técnica dessa tinta.
Não devem ser adicionados aditivos às tintas, tais como secantes, a não ser que
sejam requeridos na especificação técnica dessa tinta.
4.8.1 PREPARAÇÃO
A preparação das tintas deve ser efectuada de acordo com as indicações dadas pelo
fabricante (ver ficha dos produtos) tendo especial atenção aos seguintes aspectos
(entre outros):
Quanto às condições ambientais necessárias para a aplicação de tinta, não devem ser
efectuados trabalhos de pintura quando se verificarem as seguintes situações:
Para além das recomendações referidas, devem ser seguidas as informações dadas
na ficha técnica do produto.
4.8.3 APLICAÇÃO
Não é necessário proteger o interior dos perfis tubulares desde que estes sejam
convenientemente selados.
Na aplicação a rolo ou trincha pode ser necessário efectuar mais que uma aplicação
para obter a espessura recomendada de tinta para cada demão se pintura.
Na aplicação a pistola devem ser tomadas as precauções adequadas para evitar que
a pulverização se espalhe pelas áreas circundantes.
4.10 DOCUMENTAÇÃO
5. MONTAGEM
Todas as peças deverão ser convenientemente marcadas na oficina por forma a que,
na montagem, não possam surgir dúvidas quanto à posição que ocupam.
Os erros de montagem não poderão ser corrigidos por calor. Antes de corrigir os erros
de montagem, será necessária a respectiva autorização da Fiscalização.
6. TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS
7. INSPECÇÃO DE SOLDADURAS
Será utilizada a Tabela 19 do capítulo 12.4 da ENV 1090-2 para definir a frequência
de ensaios não destrutivos nas soldaduras.
Os referidos ensaios devem ser especificados no plano de soldadura e não podem ser
realizados antes de passadas 16 horas do fim da execução da soldadura. Este
período deverá ser aumentado até no mínimo 40 horas se uma ou mais das seguintes
condições relativas ao risco de fissuração a frio forem verificadas:
Antes da soldadura deve-se proceder a um exame visual dos chanfros e das folgas.
Devem passar ainda pelo controle da sequência de soldadura e pela verificação dos
pré-aquecimentos se os houver. Deve inspeccionar-se também a composição quimica
dos eléctrodos.
Após as soldaduras e antes dos ensaios não destrutivos, todas as soldaduras devem
ser sujeitas a um controle visual em todo o seu comprimento. No exame visual deverá
constar:
Para a classe de execução EXC2 e segundo a tabela 19 da prEN 1090-2, deverão ser
feitos os seguintes ensaios não destrutivos:
8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO