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Engenharias: Civil e Produção/Civil

Mecânica dos Solos I


Introdução, origem e formação, índices
físicos
Profª Judy Mantilla
MECÂNICA DAS ROCHAS

ENGENHARIA
GEOTÉCNICA MECÂNICA DOS SOLOS
(Geotecnia)
GEOLOGIA DE ENGENHARIA

APLICAÇÕES DE LEIS E PRINCÍPIOS DA MECÂNICA E DA HIDRÁULICA

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MECÂNICA: estudo do movimento dos corpos e suas causas.
Teoria científica que pretende interpretar fenômenos físicos que
se observam experimentalmente.

Parte de princípios sobre os quais se baseia uma teoria através


de modelos matemáticos → coerente com as observações
experimentais.

O desenvolvimento moderno da Mecânica Clássica foi iniciado


por Isaac Newton (1686: Philosophiae Naturalis Principia
Mathematica)

HIDRÁULICA: ciência que faz parte da física e trata da


transmissão de forças e movimentos por meio dos
líquidos.” Arquimedes (287 a.C.-212 a.C.). O princípio de
Arquimedes afirma que todo corpo submerso em um
fluido experimenta um empuxo vertical e para cima igual
ao peso de fluido deslocado.

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HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA ENGENHARIA
GEOTÉCNICA
Até o século 17 predominavam a experiência: o
empirismo. Em 1638, começam a aparecer os
primeiros tratamentos matemáticos.
Durante o século 18 diversos trabalhos foram
publicados: COULOMB em 1776 introduziu o princípio
básico da resistência ao cisalhamento dos solos.
Do século 19 diversos trabalhos podem ser
destacados: DARCY em 1856 apresenta a lei de
escoamento de água em um meio poroso, RANKINE
em 1856 apresenta um estudo de estabilidade de um
maciço de terra, BOUSSINESQ em 1878 apresenta a
solução matemática para o acréscimo de tensões no
interior de um maciço com comportamento elástico,
devido a uma carga concentrada e vertical.
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No Século 20 há um aumento no nº e na dimensão das
obras, e os acidentes começam a ser associados ao
comportamento do solo, por exemplo, rupturas de grandes
taludes em estradas da Europa e dos Estados Unidos.
 ATTERBERG em 1908 apresenta estudos sobre a
plasticidade dos solos; MOHR em 1914 propõe um critério
de ruptura, KARL TERZAGHI em 1925 publica o livro "A
Mecânica dos Maciços de Terra baseada na Física do
Solo“, no qual apresenta os conhecimentos disponíveis até
aquela época e propõe outros, e desta forma nessa data
nasce a Mecânica dos Solos como uma ciência aplicada à
Engenharia Civil.
 Em 1936: 1o Congresso Internacional de Mecânica dos
Solos e Eng. de Fundações, na Universidade de Harvard,
sendo também criada a Associação Internacional de
Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações.
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IMPORTÂNCIA DO SOLO

ELEMENTO DE SUPORTE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

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PAVIMENTAÇÃO: VIA PÚBLICA E RODOVIA

SEÇÃO DE UM PAVIMENTO

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USINA HIDRELÉTRICA (UHE) DE TUCURUÍ

Município de Tucuruí, Pará. Período de construção 1976-1984. Altura 78 m.

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UHE de Belo Monte
Rio Xingu, Estado do Pará.
Período de construção 2011-
2015. Altura de ≈ 100 m.
Em potência instalada será a 3ª
maior hidrelétrica do mundo.

UHE de Nova Ponte


Município de Nova Ponte-MG.
Inaugurada em 1994. Altura de
141 m.

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CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM DE QUEIMADOS

Município de Unaí-MG, rio preto.


Período de construção 1999-2004.
Altura 62 m.

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ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS
Crosta Terrestre
 Continentes: formados por granitos.

 Fundo dos oceanos e a parte


subjacente dos continentes:
formados por basaltos.
 Em volume: 95 % de rochas
magmáticas.
 Em área: 2/3 dos continentes são
rochas sedimentares.

Maciço rochoso

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INTEMPERISMO

Conjunto de processos que atuam nas rochas gerando fragmentos


e sedimentos. Esses podem ou não ser transportados.

Tipos de Intemperismo: Físico e Químico

Intemperismo Físico: provoca a fragmentação da rocha em vários


tamanhos. A composição mineralógica da rocha original é mantida.

Principais agentes:
• Alívio de tensões
• Variação de temperatura
• Ação das raízes de vegetais
• Crescimento de cristais estranhos a rocha

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INTEMPERISMO FÍSICO

Fragmentação por ação do gelo


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INTEMPERISMO FÍSICO

Crescimento de raízes

Expansão e alívio de
pressão (erosão)

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INTEMPERISMO QUÍMICO
Presença de água → reações químicas
• Na maior parte da superfície da terra, a água tem pH entre 5 e 9.
• Nesse ambiente as principais reações químicas que ocorrem
são: hidratação, dissolução, oxidação e hidrólise.

Hidratação: adição de moléculas de água na estrutura do


mineral.

Dissolução: ocorre pela ação da água e da impregnação de


gás carbônico e outras substâncias ácidas.

Oxidação: reação do ferro com o oxigênio do ar.

Hidrólise: é a decomposição do mineral devido a ação da


água. Em regiões de clima tropical, quente e úmido, como é o
caso do Brasil, a hidrólise é o processo mais intenso.

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Exemplo da hidrólise de um feldspato

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O SOLO

Portanto o solo é o material resultante da


fragmentação e da decomposição da
rocha, ou seja de seus minerais, pela
ação do intemperismo físico e químico.

Tipos de solo quanto a origem:


 Solos Residuais

 Solos Transportados

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SOLOS RESIDUAIS
Solos que permanecem no
local de origem

(4) Solo maduro

Solo residual jovem


(3) (saprolítico)

(2) Rocha
alterada

(1) Rocha sã

Perfil típico de um solo residual


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Perfis de solo

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SOLOS SEDIMENTARES (TRANSPORTADOS)

Os “sedimentos” são transportados por agentes geológicos, os


principais são: água (solo aluvionar), vento (solo eólico),
gravidade (solo coluvionar), gelo (solo glacial).

640.000 km2

LOESS – solo siltoso – China


(sedimentar eólico)
Perfil de solo pedregulhoso
(sedimentar aluvionar)

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Perfil típico de solo residual de gnaisse - RJ

Perfil típico de argila mole (solo sedimentar)


Solo residual (rochas decompostas)

Pedregulhos e areia fina

Areia média e fina

Areia fina

Rocha sã
Mar

Argila, silte e areia


fina

Perfil esquemático da formação e transporte do solo – UNICAMP

•Fatores que influenciam a formação dos solos:


rocha de origem, clima, relevo, seres vivos e tempo.

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ROCHAS E TIPOS DE SOLOS QUE ORIGINAM

Tipo de Composição Tipo de Composição


Rocha Mineral Solo Mineral

Basalto - plagioclásio Argiloso Argilo-minerais


- piroxênio com pouca (argila porosa
areia vermelha)

Granito - quartzo Areno- - quartzo


- feldspato argiloso - argilo-minerais
- mica (micáceo) - mica

Filito - quartzo Argiloso - argilo-minerais


-sericita com pouca (caulinita, óxidos
areia de ferro e alumínio)
- mica

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TAMANHO DOS GRÃOS
 Pode ser considerada como a primeira característica que
diferencia os solos.
 Os solos são constituídos por grãos minerais de diversos
tamanhos e para representá-los utilizam-se escalas
granulométricas.
Areia Escala
granulométrica
Argila Silte Fina Média Grossa Pedregulho
da ABNT
(Associação
0,002 0,06 0,2 0,6 2,0 d (mm)
Brasileira de
Normas Técnicas)

Areia Escala
Argila Silte Fina Média Grossa Pedregulho granulométrica da
ASTM
0,002 0,075 0,42 2,00 4,8 d (mm) (American Society
for Testing and
Materials)

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Granulometria
de uma areia

Pedregulho e areia Solos grossos


Silte e argila Solos finos
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COR DO SOLO

• Cor do solo: resultado das cores dos minerais predominantes


que o constituem.
• Cores escuras, como cinza e preto, indicam solos orgânicos.
• As cores vermelha, amarela e marrom indicam intemperismo
químico.

Cores de solos

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FORMA DOS GRÃOS – Frações grossas

Anguloso Sub-anguloso Sub-arredondado Arredondado Bem-arredondado

Anguloso Arredondado

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FORMA DOS GRÃOS –frações finas

Solo argiloso Caulinita

Microscopia Eletrônica – Solo Residual de Gnaisse


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Microscopia Eletrônica – Solo Residual de Gnaisse

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ESTRUTURA DOS SOLOS
Arranjo geométrico das partículas do solo, umas em relação às outras.
Principais fatores que influenciam na estrutura:
composição mineralógica, forma e tamanho das partículas, tamanho dos
poros e a água.
Classificaçãodos solos em dois grupos “não- coesivos e coesivos” em
função da química das três fases constituintes do solo, com ênfase nas
forças de superfície existentes nas partículas.

Estrutura de areias e pedregulhos

Granular simples: grãos


de areia (diâmetro >
0,02mm) em suspensão
na água, entram em
processo de
sedimentação, onde a FOFA COMPACTA

força que prevalece é a


gravidade.
Estrutura de siltes e argilas
No caso de solos siltosos e argilosos com relação às suas estruturas, a
situação se torna complexa, devido a influência das forças de superfície entre
as partículas minerais e da concentração de íons no líquido em que ocorreu,
por exemplo, a sedimentação.

Ou seja prevalecem as forças de ligação do tipo físico-química


Estrutura de siltes e argilas

Estrutura alveolar
• Característica de solos com partículas da
ordem de 0,02 mm (silte).
• Forças de gravidade e forças de superfície
quase se equivalem.
• Estrutura: semelhante a um favo de mel de
abelhas.

Estrutura floculenta
• Solos com partículas menores que 0,02 mm
formam agregados que podem se
sedimentar.
• Semelhante a alveolar mas com alvéolos
compostos por agregados.
Estrutura de solos argilosos sedimentares

Da combinação das forças entre as partículas resultam


duas estruturas a floculada e a dispersa.
Na floculada os contatos ocorrem entre faces e arestas
(bordas) das partículas.
a) Floculada em água salgada (borda-borda):
predominância de forças atrativas sobre as
repulsivas.
b) Floculada em água não salgada (borda-face):
resultam da atração de cargas positivas das
bordas com as cargas negativas das faces das
partículas.
c) Dispersa (face a face): as partículas se posicionam
quase que paralelamente.

Figura (a): floculada em água salgada (bb),


Figura (b): floculada em água não salgada (bf),
Figura (c): dispersa (ff)
Onde: b = borda da partícula mineral
e f = face da partícula mineral
Estrutura esqueleto
Partículas mais grossas → formam o esqueleto
As mais finas → mantem sua estrutura alveolar
O conjunto forma → a estrutura esqueleto.
ÍNDICES FÍSICOS
O solo é constituído pelas fases:
 Sólida→ esqueleto mineral,
partículas inorgânicas e
eventualmente orgânicas
 Líquida → água nos poros (vazios)
 Gasosa → ar nos poros (vazios)
AR Mar
AR Var

Vv Vw ÁGUA Mw
ÁGUA V M
SÓLIDOS
(partículas) Vs SÓLIDOS Ms

(a) (b)
Fases constituintes do solo
ÍNDICES FÍSICOS

São relações entre as diversas fases constituintes do solo, ou


seja, relações entre volumes, entre massas e entre massas e
volumes.

Relação entre massas Relação entre volumes


• Teor de umidade • Porosidade

Mw Vv
w= (%) n= (%)
Ms V
Onde: Onde:
Mw - massa de água Vv – volume de vazios
Ms - massa de sólidos V – volume total
Relação entre volumes

• Índice de vazios • Grau de saturação

Vv Vw
e= S= %
Vs Vv

Onde: Onde:
Vv - volume de vazios Vw - volume de água
Vs - volume de sólidos Vv - volume de vazios
Relações entre massas e volumes
Massas específicas

 Massa específica do solo → ρ

M
ρ = (g/cm³)
V

 Massa específica aparente seca → ρd

Ms
ρd = (g/cm³)
V
 Massa específica saturada → ρsat

M sat
ρ sat = (g/cm³)
V
 Massa específica da água → ρw
Mw
ρw = (g/cm³)
Vw
 Massa específica submersa→ ρ’

ρ ' = ρsat − ρw (g/cm³)


 Massa específica dos sólidos (grãos) → ρs
Ms
ρs = (g/cm³)
Vs
Onde:
M = massa total (denominada também de massa úmida)
Msat = massa total do solo saturado
E o restante como definidos anteriormente
Relações entre pesos e volumes

 Peso Específico do solo → γ


P
γ = (kN/m³)
V
 Peso Específico aparente seco → γd

Ps
γd = (kN/m³)
V
 Peso Específico saturado → γsat
Psat
γsat = (kN/m³)
V
• Peso Específico dos sólidos→ γs
Ps
γs = (kN/m³)
Vs
• Peso Específico d’água → γw
Pw
γw = (kN/m³)
Vw
Em termos práticos adota-se γw= 10 kN/m³, para uma
temperatura da água de 4ºC
FÓRMULAS DE CORRELAÇÃO

ρ s + S .e.ρ w e
ρ= → 0 < S < 100% n=
1+ e 1+ e
ρ + e.ρ w
ρ sat = s → ( S = 100%) As fórmulas de
1+ e correlação também
ρs S .e.ρ w podem ser utilizadas para
ρd = → w= o cálculo dos diversos
1+ e ρs pesos específicos
ρ ρ definidos anteriormente,
e = s −1 ; ρd = bem como para o cálculo
ρd 1+ w dos demais índices
físicos. Para isto basta
M
Ms = ; w.Gs = S .e substituir nas fórmulas
1+ w de correlação as massas
específicas pelos pesos
γs
Gs = ⇔ γ w → 4 C específicos
γw correspondentes.

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