Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Técnicas na MAXILA
• Injeção Supraperiosteal: erroneamente chamada de infiltração local, mas também chamada de injeção paraperiosteal. Anestesia polpa de dentes superiores. Usa agulha de calibre 27,
que é introduzida na prega muvestibular acima do ápice do dente a ser anestesiado e o bisel estará voltado para o osso e seringa paralela ao longo eixo do dente. Contraindicada em caso
de infecção, inflamação ou osso denso recobrindo o ápice dentário. Taxa de sucesso de 95% e aspiração positiva menor que 1%.
• Bloqueio do Nervo ASP: sinônimos = bloqueio da tuberosidade ou bloqueio zigomático. Anestesiará molares superiores (exceção da raiz MV do 1ºMS). Usa agulha curta (20cm) de
calibre 27 e penetra 16cm na prega mucovestibular acima do 2ºMS e bisel voltado para o osso e seringa fazendo ângulo de 45º nos três eixos. Contraindicado no caso de risco hemorrágico
(paciente hemofílico). Há risco de hematoma quando a agulha é introduzida posteriormente ao plexo pterigoideo. Taxa de sucesso maior que 95% e aspiração positiva de 3,1%. Para
bloqueio do nervo esquerdo o CD senta a frente do paciente na posição 10 horas, já se for o direito ele fica as 8 horas. Como o nervo mandibular (V3) está localizado lateralmente ao
nervo ASP, lateralmente à localização desejada pode produzir graus de anestesia mandibular. Indicado em caso de infecção e inflamação.
• Bloqueio do Nervo ASM: anestesiará pré-molares superiores e raiz MV do 1ºMS. Usa agulha curta ou longa de calibre 27, na altura da prega mucovestibular acima do 2ºPMS e bisel
voltado para o osso. Paciente relata dormência do lábio superior (sinal subjetivo). Tem aspiração positiva menor que 3%. Contraindicado em caso de inflamação e infecção.
Posicionamento do CD igual ao bloqueio do nervo ASP. Complicação rara de acontecer é o hematoma.
• Bloqueio do Nervo ASA: sinônimos = bloqueio do nervo infraorbitário (uso inadequado). Anestesiará nervo ASP, nervo ASM (em 72% dos casos) e nervo infraorbitário (pálpebra
inferior, nasal lateral e lábio superior). Agulha longa (para adultos) e curta (crianças) calibre 25 ou 27 e penetra 16 cm, que será introduzida na prega mucovestibular entre o 2ºPMS e
IC (o 1ºPM é o que proporciona menor trajeto) com direção a área alvo que é o forame infraorbitário, bisel voltado para o osso e agulha paralela ao longo eixo do dente escolhido.
Indicado para casos de infecção e inflamação. Aspiração positiva de 0,7%. CD na posição de 10 horas. Complicação rara de acontecer é o hematoma.
Técnicas no PALATO
• Bloqueio do Nervo Palatino Maior: sinônimo = bloqueio do nervo palatino anterior. Anestesiará palato de pré-molares e molares medialmente a linha média. Usa agulha curta de calibre
27, insere 5mm e administra entre 0,45 e 0,6ml de anestésico no tecido mole levemente anterior ao forame palatino maior (geralmente distal ao 2ºMS) e bisel voltado para tecido mole.
Contraindicado em caso de infecção e inflamação. Taxa de sucesso de 95% e aspiração positiva menos de 1%. Para bloqueio do nervo esquerdo o CD senta de frente ao paciente na
posição 11 horas, já se for o direito ele fica as 7 ou 8 horas. Tem que ter cuidado para não anestesiar o palato mole.
• Bloqueio do Nervo Nasopalatino: sinônimo = bloqueio do nervo incisivo ou bloqueio do nervo esfenopalatino. Anestesiará palato de canino a canino. Utiliza o mínimo de anestésico,
só ¼ do tubete. Contraindicado em caso de infecção e inflamação. Aspiração positiva menos de 1%. As técnicas para esse bloqueio são:
o Técnica da Injeção Única → usa agulha curta de calibre 27 e introduz 5mm na mucosa palatina lateral à papila incisiva (localizada na linha média atrás dos IC), formando
ângulo de 45º e bisel voltado para o tecido. CD na posição de 9 ou 10 horas voltado para a mesma direção do paciente.
o Técnica das Múltiplas Perfurações → usa agulha curta de calibre 27. Faz-se a punção em três áreas: freio labial (injeta 0,3ml) + papila entre os IC (agulha formando ângulo
reto e injetando 0,3ml) e tecidos moles palatinos laterais à papila incisiva (formando ângulo de 45º e injetando 0,3ml de anestésico).
• Bloqueio do Nervo Maxilar: sinônimos = bloqueio da segunda divisão ou bloqueio nervoso do V 2. Anestesiará uma hemimaxila. Indicado para casos de inflamação ou infecção.
Contraindicado para pacientes pediátricos, não cooperativos e com risco de hemorragia. Taxa de sucesso maior que 95% e aspiração positiva menor que 1%. As técnicas são:
o Abordagem da Tuberosidade Alta → usa agulha longa de calibre 25 e insere 30mm na altura da prega mucovestibular acima da face distal do 2ºMS e com bisel voltado para
o osso. Principal complicação é formação de hematoma. Para injeção da tuberosidade esquerda o CD senta de frente ao paciente na posição 10 horas, já se for o direito ele fica
as 8 horas.
o Abordagem Canal Palatino Maior (técnica de Carrea) → usa agulha longa de calibre 25 e insere 30mm nos tecidos moles palatinos diretamente sobre o forame palatino maior
e com bisel voltado para o tecido. Para bloqueio esquerdo o CD senta na mesma direção do paciente na posição de 10 a 11 horas, já se for o direito ele fica as 7 ou 8 horas.
Técnicas na MANDÍBULA
• Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior: sinônimo = bloqueio pterigomandibular ou bloqueio mandibular (erroneamente). Anestesia os nervos alveolar inferior, incisivo, mentual, lingual
(comumente). Aspiração positiva de 10 a 15%, a mais altas entre as técnicas intraorais. Para bloqueio do nervo esquerdo o CD senta na posição 10 horas, já se for o direito ele fica as 8
horas. As complicações são: hematoma (raro), trismo e paralisia facial transitória. Esse bloqueio tem grande índice de insucesso, em 31 a 41% dos casos os molares não são anestesiados,
em 42% os pré-molares, em 46% o canino e 81% os incisivos, as prováveis causas para esses altos índices são:
o Teoria da inervação cruzada → nervos com inervações colaterais.
o Teoria das fibras centrais → as fibras mais externas (que inervam os dentes mais posteriores) são anestesiadas mais rápidas e as fibras internas (dentes anteriores) depois.
o Teoria do canal bífido → acidente anatômico do canal mandibular. Tem 4 tipos de classificação, sendo o 3 e 4 os mais difíceis de anestesiar.
• Técnica de Gow-Gates: sinônimos = bloqueio venoso da terceira divisão ou bloqueio venoso do V 3. Anestesiará alveolar inferior, lingual, milo-hioideo, mentual, incisivo,
auriculotemporal e bucal (em 75% dos casos). Não indicada para pacientes com trismo. Aspiração positiva de 2%. Usa agulha longa de calibre 25 e insere 25mm na membrana mucosa
na parte mesial do ramo mandibular, numa linha de incisura intertrágica até o canto da boca, imediatamente distal ao 2ºMS. Paciente em abertura máxima de boca. Complicações: trismo,
hematoma e paralisia temporária dos pares cranianos III, IV e VI.
• Técnica de Vazirani-Akinosi: sinônimos = técnica de Akinosi, bloqueio nervoso mandibular de boca fechada, técnica da tuberosidade. Anestesiará alveolar inferior, lingual, milo-
hioideo, mentual e incisivo. Indicado para pacientes com trismo ou com dificuldade de abertura de boca. Aspiração positiva menor que 10%. Uma desvantagem é o não contato ósseo.
Usa agulha longa de calibre 25 e insere 25mm nos tecidos moles sobrejacentes à borda medial (lingual) do ramo mandibular diretamente adjacente à tuberosidade maxilar, na parte alta
de junção mucogengival circunvizinha ao terceiro molar maxilar e bisel voltado ao lado oposto ao osso. Complicações: hematoma (10%), trismo e paralisia transitória do nervo facial.