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PORTUGUÊS P/ FUND.

CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)


PROFESSOR: DÉCIO TERROR
Português para a Fundação Carlos Chagas
(teoria e questões comentadas)

Aula 04

Pontuação (com os termos coordenados - o paralelismo - e com os termos


subordinados adverbiais, substantivos e adjetivos) e Conjunções.

Olá, pessoal!
Tenho acompanhado todos os dias o fórum e tenho visto que vocês não
têm tido dificuldades na compreensão da matéria. Bom, como falei em aulas
anteriores, estou sempre ligado no fórum, havendo qualquer dúvida, é só
perguntar e isso ajuda na dinâmica da aula, ok?
Então vamos partir para nossa aula, pois o assunto é vasto.

Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a


diferença entre frase, período e oração.
Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase.
Podemos dizer que o sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem
quando houver as seguintes pontuações finais (. ! ? : ...)
O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A
frase terminada com esta pontuação é chamada de frase declarativa:
As aulas terminaram mais cedo.
O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um
sentimento. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase
exclamativa:
Socorro! Te amo!
O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta:
Por que você não veio ontem?
Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção
do leitor:
O rombo da corrupção? O povo paga.
Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma
bem objetiva: O povo paga o rombo da corrupção.
Mas o autor preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar
aquilo que poderia ser apenas uma declaração, como fizemos no exemplo
acima.
Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente
cobrados nas provas da FCC. Vimos na aula anterior que ele pode iniciar uma
enumeração (aposto enumerativo), explicação (aposto explicativo). Mas cabe
aqui apenas os dois-pontos finalizando frase. Isso ocorre quando
posteriormente a ele se iniciar uma citação, a fala de alguém, o recorte de um
outro texto. Para isso, deve-se perceber que a citação se iniciará com letra
inicial maiúscula. Veja:
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O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”
Perceba que a frase realmente foi finalizada pelo sinal de dois-pontos,
porque a próxima palavra (“Há”) está com letra inicial maiúscula.
Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que
transmite exatamente a fala de alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza
palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”.
Assim, o termo entre aspas ‘Há dois anos os juros estavam mais baixos’
seria a voz do personagem; e “O ministro declarou” seria a voz do narrador.
Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar”
do personagem. Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte
quando necessário. Veja:
Discurso direto:
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”
Discurso indireto:
O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos.
Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em
diversas situações, mas cabe aqui apenas em final de frase.
Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a
declaração que vinha sendo feita ainda continua. Isso ocorre quando
recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas vezes o autor usa esta
continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto.
Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres
e muita munição, entra num colégio em Realengo (RJ) e...
As reticências nos remetem a pensar na catástrofe ocorrida há pouco no
Rio de Janeiro. O autor não precisa dizer mais nada, nós já entendemos que
ele quer nossa atenção ao problema.
Questão 1
Prova: TRT 12 R 2010 Médio
Fragmento do texto:
Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom nas novelas. Para
ter público, a novela precisa dispor de personagens de todas as classes
sociais, explicava ela, o que exige uma trama complexa. Acrescento: a
mobilidade social é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo amor entre
ricos e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão social
pelo amor – genuíno ou fingido – em proporção maior que a vida real .... Mas
a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim, mas como aqueles
retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e branco, mas,
depois, cuidadosamente retocados e coloridos. O fundo é real. A tela: ideais,
sonhos, fantasias.
Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão social pelo amor –
genuíno ou fingido – em proporção maior que a vida real ...
O emprego das reticências no final do segmento transcrito acima denota
(A) nova referência, desnecessária, ao comentário de alguém alheio ao
contexto.
(B) recurso adotado pelo autor, no sentido de estimular o interesse do leitor.
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(C) certeza da concordância de um eventual leitor com a opinião ali exposta.
(D) desejo de que a ficção possa se deter, realmente, em fatos que ocorrem
na vida real.
(E) hesitação, pela presença de um comentário de cunho subjetivo, sem base
em dados reais.
Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período.
Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo.
Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois
terem sentido completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período
obrigatoriamente terá.
Assim, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período.
Veja:
“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.
“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo.
“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.
“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo.
Como o período deverá ter sentido completo, então a pontuação final
dele deve ser a mesma da frase: . ! ? : ...
Agora veremos a oração.
A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo.
Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.
Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há
período, porque, além de ter sentido completo, tem verbo. Há orações,
porque cada oração terá um verbo diferente.
Assim, vejamos:
1. “Socorro!” (apenas frase)
2. “Ajude-me!” (frase, período e oração)
3. “Olá!” (apenas frase)
4. “Você está bem?” (frase, período e oração)
5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e
orações)
Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este
enunciado de período simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”,
“Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma oração
absoluta.
Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período
composto, como ocorre com “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de
vendas.”.

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Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que
período simples e é o mesmo que uma frase, portanto terá a mesma
pontuação final de uma frase: . ! ? : ...
Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores
de cada oração dentro de um período composto é o nosso foco nesta aula. Por
isso dizemos que, além da pontuação final vista acima, a oração pode ser
sucedida por: ,;─ e às vezes não receberá nenhuma pontuação.
Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por
coordenação ou por subordinação. Isso vai depender da oração que nele se
inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. Quando
um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta.
Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque
sua relação semântica também muda e aí veremos o papel muito importante
da conjunção e da pontuação.
Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação:

1 2 3
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar
4
calmo durante a prova, passará no concurso.

Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com
isso, percebemos que temos também um período. Como há vários verbos, há
várias orações em um período composto.
O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que
alguém consiga esse resultado, deverá passar por algumas condições: “se
mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo durante a
prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de
estruturas coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas
possuem o mesmo valor: condição.
Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO.
Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si.
Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas
em coordenação) foram necessárias para se ter um resultado: “passará no
concurso”.
Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam
sentido; por isso, além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do
resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas precisam de outra
para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido?
1 2 3
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar
calmo durante a prova ...passará no concurso do TSE.

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Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que
as outras (subordinadas) tenham sentido.
Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas
entre si (justapostas, paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações
estão subordinadas em relação à oração 4 (principal).
A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração
coordenada se liga a outra também coordenada (ou também chamada de
oração inicial).
A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos.
Veja:
“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.”

Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os


termos “carnes”, “frutas” e “legumes” estão paralelos entre si. Essa estrutura
foi vista na aula passada, em que você estudou o aposto enumerativo. Mas a
enumeração de substantivos não ocorre apenas no aposto enumerativo, mas
em qualquer termo composto da oração (mais de um núcleo).
Então podemos entender que termos paralelos (enumerados,
coordenados) podem ser substantivos (quando queremos nominar os seres),
adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando queremos
demonstrar uma sequência de ações).
Enumeração de substantivos:
1 Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno.

Enumeração de adjetivos:
2
Achei a pintura clara, intrigante, linda!

Sequência de ações
3 Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e
voltou para casa.

Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar


a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3,
respectivamente)? Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é?
Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente
os termos coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que
o último dos termos possa ficar separado pela conjunção “e”, para que o leitor
faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório. Veja que, na enumeração
dos adjetivos, o autor preferiu não inserir a conjunção “e”.
A Fundação Carlos Chagas algumas vezes pergunta o motivo dessas
vírgulas, e a resposta é que elas ocorrem porque separam termos de uma
enumeração, isto é, separam termos de mesmo valor.
Entendemos basicamente a estrutura enumerativa e o uso da pontuação
nestes casos. Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor

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semântico de cada estrutura coordenada. Para isso, vamos ver que as
conjunções COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de acordo
com o esquema a seguir:
Esquema do período composto por coordenação

______________________ e ____________________. (aditiva)

______________________, mas _________________. (adversativa)

______________________ ou ___________________. (alternativa)

______________________, portanto ______________. (conclusiva)

______________________, pois _________________. (explicativa)

oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações


coordenadas. Os elementos coordenados estão unidos pelas conjunções “e”,
“mas”, “ou”, “portanto”, “pois”.
A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e
síndetos. Assim, quando uma oração coordenada é iniciada por conjunção, ela
é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de seu valor
semântico, conforme apontado no esquema acima.
Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste
caso a chamamos de orações coordenadas assindéticas. É importante
reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do sentido.
Exemplo:
Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética)

Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética)


A Fundação Carlos Chagas não cobra o nome destas orações, mas temos
que entender sua estrutura para sabermos trocar conjunções de mesmo
sentido, saber quando usamos a vírgula, além de entender o funcionamento
textual destes valores e por que tal conjunção foi utilizada.
Vejamos os principais valores:

1) Aditivas:
______________________ e ____________________. (aditiva)
oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

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As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear
enumeração dentro de uma lógica. As principais são:
e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também,
senão também, tanto...como.
Ex.: Fechou a porta e foi tomar café.

Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso
no nosso esquema do período composto por coordenação. Mas, se o “e” for
substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como mostradas acima,
naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos.
Não trabalha nem estuda.
Não trabalha, tampouco estuda.
Tanto lê como escreve.
Não só pintava, mas também fazia versos.
Não somente lavou, como também escovou os cães.
A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações:
a) quando o sujeito for diferente:

Ana estudou, e Jucélia trabalhou.


Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é
facultativa.
b) quando o sentido for de contraste, oposição:
Estudei muito, e não entendi nada.

Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste
caso houve uma contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode
ser substituída por “mas”. Apesar de alguns autores usarem esta estrutura
sem a vírgula, a norma culta a exige. Assim, pode-se considerá-la como
obrigatória.
c)quandofizerpartedeumarepetiçãodaconjunção.Estarepetiçãopr
valor significativo no texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja:

Enumeração subjetiva:
_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________.

A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se


calmamente, e chegou tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante.
A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações.
Chamamos de subjetiva ou enfática, porque se transmite uma carga de
emoção para se aumentar força nos argumentos.
Vimos quando empregamos vírgula antes da conjunção “e”, agora
vejamos um aprofundamento do que trabalhamos no início desta aula. A
pontuação numa enumeração, agora a objetiva:

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Enumeração objetiva:
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se


calmamente, chegou tranquila, realizou a prova e saiu confiante.
Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor
simplesmente se atém a relatar aquilo que realmente ocorreu, sem
transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração
subjetiva.
Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas
são obrigatórias. Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da
enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja:
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se


calmamente, chegou tranquila, realizou a prova, saiu confiante.
A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a
entonação final da enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula.
Mas as duas construções estão corretas.
Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou
vírgula dentro dos termos enumerados. Com isso é natural separarmos esses
elementos por ponto e vírgula. Veja:
Uso do ponto e vírgula:
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

1 2 3 4 5 6

Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição


leve; alimentaram-se bem; chegaram tranquila e calmamente à sala;
realizaram a prova; e saíram confiantes.

Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por


ponto e vírgula, porque há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do
ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior clareza na
enumeração, assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une
os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é
utilizada para que o leitor não confunda o último termo enumerado e o
penúltimo como apenas um.

Assim, veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna:

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________.

1 2 3 4 5 6

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1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

1 2 3 4 5 6

2) Adversativas:

______________________ , mas ____________________. (adversativa)


oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

A Fundação Carlos Chagas explora pouco, mas é importante saber que


há vírgula obrigatoriamente antes da conjunção coordenativa adversativa, por
isso o esquema encontra-se com vírgula antecipando conjunção adversativa.
As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva,
compensação. As principais são:
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a
valor adversativo e podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao
passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar disso, em
todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor
adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas
memorizar as conjunções.
Ex.: Correu muito, mas não se cansou.
As árvores cresceram, porém não estão bonitas.
Falou alto, todavia ninguém escutou.
Chegamos com os alimentos, no entanto não estavam com fome.
Não o culpo, senão a você.
Peça isso a outra pessoa, que não a mim.
Fiz muito esforço, e nada consegui, (mas nada consegui)
O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver.

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Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no início da
oração, as conjunções porém, entretanto, contudo, no entanto, todavia têm a
capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também no meio ou no final
da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):
Há muito serviço, porém ninguém trabalhava.
Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava.
Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém.
A banca FCC costuma cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O
posicionamento dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível
ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode ser substituída pela
conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto,
contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições
vistas acima.
Uso do ponto e vírgula:
Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-
se substituir a vírgula que separa as orações adversativas por ponto e vírgula.
Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava.
Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém.
Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções
deslocadas (como visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração,
é percebida em bons autores a divisão por ponto e vírgula. Veja:
Há muito serviço; porém ninguém trabalhava.
Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode
posicionar-se após a conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda
será vista adiante.
Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava.

3) Alternativas:

______________________ ou ____________________. (alternativa)


oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em


cada uma das orações. Com a conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas
normalmente não são separadas por vírgula, como vimos no esquema acima.
Veja as principais conjunções:
ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.
Ex.: Faça sua parte, ou procure outro emprego.

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A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada pela banca FCC
como conectivo de orações, ela normalmente cobra seu valor de inclusão ou
exclusão entre substantivos ou adjetivos.
Inclusão:
João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão)
Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual
dos termos, os dois possuem tal característica: Tanto João quanto Pedro
possuem as características de bons candidatos.
Exclusão:
João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão)
Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá
Pedro e vice-versa.
Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem
valor conjuntivo indicando alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer,
seja...seja, bem...bem. Eles devem ser duplos e iniciar cada uma das orações
alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece por bons autores
separando orações cujo conectivo é repetido:
Ora narrava, ora comentava.
4) Conclusivas:

______________________, portanto ____________________. (conclusiva)


oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados


exemplos destas construções sem vírgula. Então não se cobra na prova a
obrigatoriedade ou não deste sinal de pontuação. Ele simplesmente pode
ocorrer, é o registro mais aceitável.
As conjunções coordenadas conclusivas são muito utilizadas em textos
dissertativos, como resultado de um fato originário, fechamento de argumento
conclusivo e dedução. As principais são:
logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por
isso, então, assim, em vista disso.
Ex.: Chegou muito cedo, logo não perdeu o início do espetáculo.
Todos foram avisados, portanto não procedem as reclamações.
É bastante cuidadoso; consegue, pois, bons resultados.
Estava desanimado, por conseguinte deixou a empresa.
É trabalhador, então só pode ser honesto.

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Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenadas
conclusivas também têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar
no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):
Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde.
Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde.
Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde.
Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula
pode posicionar-se após a conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda
é a conclusiva. Note o último exemplo da sequência anterior.

5) Explicativas:

______________________, pois ____________________. (explicativa)


oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

As conjunções coordenadas explicativas iniciam termo que esclarece uma


declaração anterior ou ameniza uma ordem. As principais conjunções são:
porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.
As conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é
natural a banca FCC pedir para substituir essas conjunções explicativas por
“uma vez que”, “já que”, etc. Reconheceremos a seguir conjunções.
Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas:
a) Esclarecimento de uma informação anterior:
Chorou muito, porque os olhos estão inchados.
Choveu durante a madrugada, pois o chão está alagado.
Era uma criança estudiosa, porquanto sempre tirava boas notas.
A vírgula neste caso é facultativa.
b) Amenização de uma ordem:
Volte logo, que vai chover.
A vírgula neste caso é obrigatória, pois mudamos a entonação em cada
oração. A primeira expressa uma ordem; a segunda, uma explicação.
Tem sido cobrado bastante nas provas da Fundação Carlos Chagas a
inserção da conjunção coordenada explicativa com a retirada de ponto final ou
dois-pontos. Mas, para isso, deve-se entender SEMPRE o valor semântico da
oração no texto. Veja os exemplos:
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Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia.
Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o
vocábulo “Sua” mude a inicial maiúscula para minúscula. Veja:
Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os
preocuparia.(Note que a vírgula antes da conjunção “pois” é facultativa.)
Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja:

Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia.
Finalizando, as orações coordenadas aqui vistas são chamadas de
independentes. Isso porque geralmente ela não depende de outra para fazer
sentido.
Questão 2
Prova: BACEN 2005 Analista
A expropriação que torna essa passagem possível é psicológica: necessita que
sejamos arrancados nem tanto de nossos meios de subsistência, mas de
nossa comunidade restrita, familiar e social.
Na frase acima, e no contexto do parágrafo que ela integra, o sinal de dois
pontos pode, sem prejuízo para o sentido, ser substituído por vírgula, seguida
da expressão por conseguinte.

Questão 3
Prova: BACEN 2005 Analista
O requisito para que a máquina neoliberal funcione é mais refinado do que a
venda dos mesmos sabonetes ou filmes para todos. Trata-se de alimentar um
sonho infinito de perfectibilidade (...).
Entre os dois períodos acima, há uma conexão lógica que se manteria com a
substituição do segmento sublinhado por
(A) para todos; assim como há a necessidade de
(B) para todos? Não, já que se trata de
(C) para todos? Sim, a despeito de consistir em
(D) para todos, conquanto seja o caso de
(E) para todos, pois consiste em

Questão 4
Prova: TRT 2R 2008 Técnico
O choque dos alimentos está produzindo enormes estragos globais: semeia
inflação, desarranja o abastecimento, precipita protecionismos e fermenta
crises políticas.

Os dois-pontos, no contexto da frase,


(A) introduzem um segmento de caráter explicativo e especificativo.
(B) assinalam uma sequência repetitiva, como um realce no contexto.
(C) indicam quebra na sequência lógica das ideias em desenvolvimento.
(D) introduzem observações que minimizam o sentido da expressão anterior.
(E) assinalam a fala de um interlocutor até então alheio ao contexto.

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Questão 5
Prova: TRT 4R 2011 Analista
Fragmento do texto: “A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às
partes o efetivo acesso à Justiça, pois elas participam diretamente no
resultado apaziguador do conflito. Além de despertar no cidadão o sentimento
de segurança e confiança, encorajando-o na defesa de seus direitos, a
conciliação devolve credibilidade, eficiência e, sobretudo, rapidez na prestação
jurisdicional”. Com essas palavras, o desembargador federal coordenador do
gabinete da Conciliação do Tribunal Regional Federal da 3a Região (TRF3),
Antonio Cedenho, define o que é este ato capaz de reduzir processos na
justiça.
(Viviane Ponstinnicoff. “Conciliação é a solução”. Justiça em
Revista − publicação bimestral da Justiça Federal de Primeiro
Grau em São Paulo. Ano IV- dezembro 2010, n. 20, p. 6)
A substituição de “pois” (linha 2) por porquanto garante o sentido original,
com clareza e correção.

Questão 6
Prova: BB 2006 Escriturário
A relação sintática entre os dois segmentos de Tentou forçar as portas, / mas
as portas mantiveram-se surdas é a mesma que se verifica entre estes
segmentos:
(A) As janelas cederam / porque ele as forçou.
(B) Há obstáculos / que se mostram intransponíveis.
(C) Ocorreu-lhe trabalhar num dia / em que todos ficaram em casa.
(D) Admirou-se o vigia com sua disposição / de ir trabalhar num feriado.
(E) Nós pretendíamos visitá-lo, / porém ele se mostrou distante.

Questão 7
Prova: TRT 23 R 2007 Técnico
Fragmento do texto:
A integração europeia representa o inédito na vida internacional. É uma
resposta historicamente distinta de qualquer outra no trato dos três
conhecidos problemas inerentes à dinâmica do funcionamento do sistema
internacional, no qual paz e guerra se alternam. Com efeito, a Europa que se
constituiu a partir do Tratado de Roma logrou: 1) captar e levar adiante o
interesse comum; 2) administrar as desigualdades do poder; e 3) mediar e
dirimir pacificamente controvérsias e conflitos de valores.
... logrou: 1) captar e levar adiante o interesse comum; 2) administrar as
desigualdades do poder; e 3) mediar e dirimir pacificamente controvérsias e
conflitos de valores.
Os dois-pontos introduzem, considerando-se o contexto,
(A) citação exata de anotações em documentos referentes ao assunto.
(B) segmento enumerativo e explicativo, importante para dar continuidade à
explanação das ideias.
(C) repetição, com detalhes necessários, de um dado anteriormente apontado.
(D) gradação na seqüência dos itens, para assinalar a importância maior do
seguinte em relação ao anterior.
(E) condição importante no desenvolvimento, como justificativa das medidas
citadas anteriormente.

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Questão 8
Prova: DPE RS 2011 Defensor Público
Fragmento do texto:
O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de
ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-
Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo de
quase oito décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de
excessos na vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o
racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a
animais em extinção e avançou nas políticas para a educação das relações
étnico-raciais.
Assim como em qualquer outra manifestação artística, portanto, o livro
que esteve sob ameaça de censura precisa ter seu conteúdo contextualizado.
O conetivo portanto (2° parágrafo) pode ser substituído, sem alteração de
sentido, por
(A) porquanto. (B) entretanto. (C) no entanto.
(D) então. (E) conquanto.

Questão 9
Prova: DPE RS 2011 Defensor Público
Fragmento do texto: É possível até que você use essas definições quando
bate aquela dúvida sobre concordância ou regência, não é? No entanto,
apesar de correntes, elas não têm fundamento científico, afinal são muito
anteriores ao nascimento da ciência da linguagem (mais precisamente, 2 mil
anos anteriores!).
A expressão No entanto pode ser substituída, alterando o significado da
frase, por
(A) entretanto. (B) porquanto. (C) todavia.
(D) porém. (E) contudo.

Questão 10
Prova: DPE SP 2011 Superior
Fragmento do texto:
Em 1952, escreveu o livro Raça e história, a pedido da Unesco, para
combater o racismo. De fato, foi um ataque feroz ao etnocentrismo,
materializado num texto onde se formulavam de modo claro e inteligível teses
que excediam a mera discussão acadêmica e se apoiavam em fatos. Comenta
o antropólogo brasileiro Viveiros de Castro, do Museu Nacional: “Ele traz para
diante dos olhos ocidentais a questão dos índios americanos, algo que nunca
antes havia sido feito. O colonialismo não mais podia sair nas ruas como
costumava fazer. Foi um crítico demolidor da arrogância ocidental: os índios
deixaram de ser relíquias do passado, deixaram de ser alegorias, tornando-se
nossos contemporâneos. Isso vale mais do que qualquer análise.”
Foi um crítico demolidor da arrogância ocidental: os índios deixaram de ser
relíquias do passado.
O sinal de dois-pontos da frase acima pode ser substituído, sem prejuízo
para a correção e o sentido, por

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(A) entretanto.
(B) a fim de que.
(C) não obstante.
(D) em razão do que.
(E) mesmo porque.
Questão 11
Prova: Metrô 2008 Superior
Não apenas a construção, mas também a operação das ferrovias dependeu de
subsídios estatais.
O sentido correto da afirmativa acima está, em outras palavras, em:
(A) Não apenas a construção, nem também a operação das ferrovias
dependeram de subsídios estatais.
(B) Tanto a construção quanto a operação das ferrovias dependeram de
subsídios estatais.
(C) Não era apenas a construção, mas somente a operação das ferrovias que
dependeu de subsídios estatais.
(D) Não foi apenas a construção, nem a operação das ferrovias, que
dependeram de subsídios estatais.
(E) Apenas a construção, e não somente a operação das ferrovias, dependeu
de subsídios estatais.

Questão 12
Prova: Sec Edu SP 2010 Superior
Fragmento do Texto: Quatro ou cinco cavalheiros debatiam, uma noite,
várias questões de alta transcendência, sem que a disparidade dos votos
trouxesse a menor alteração aos espíritos. A casa ficava no morro de Santa
Teresa, a sala era pequena, alumiada a velas, cuja luz fundia-se
misteriosamente com o luar que vinha de fora. Entre a cidade, com as suas
agitações e aventuras, e o céu, em que as estrelas pestanejavam, através de
uma atmosfera límpida e sossegada, estavam os nossos quatro ou cinco
investigadores de coisas metafísicas, resolvendo amigavelmente os mais
árduos problemas do universo. Por que quatro ou cinco? Rigorosamente eram
quatro os que falavam; mas, além deles, havia na sala um quinto
personagem, calado, pensando, cochilando, cuja espórtula no debate não
passava de um ou outro resmungo de aprovação.
O autor utiliza-se da conjunção ou, na expressão quatro ou cinco, que se
repete ao longo do texto. Com essa conjunção o autor quis expressar:
(A) alternância entre os elementos.
(B) equívoco.
(C) comparação entre os elementos.
(D) dúvida.
(E) redução de um dos elementos.

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Período composto por subordinação adverbial


Vimos no início da aula que, se no enunciado há apenas um verbo,
naturalmente temos apenas uma oração (oração absoluta = período simples);
porém, se houver outro verbo dentro deste enunciado, teremos duas orações
(período composto).
Na aula passada, vimos que o adjunto adverbial solto pode receber
vírgula quando se encontra após a estrutura principal (sujeito→verbo→objeto:
S V O). Quando antecipado ou intercalado, recebe virgula(s) obrigatoriamente.
Se você não se lembra disso, é interessante voltar àquela aula e relembrar.
Questão 13
Prova: DPE RS 2011 Defensor Público
Fragmento de texto: Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na
tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos bancos de dados com
informações genéticas de criminosos, foi possível identificar os homens
responsáveis pelo crime.
A vírgula depois de Mais de vinte anos depois justifica-se porque é
(A) um adjunto adverbial intercalado.
(B) um adjunto adverbial deslocado.
(C) uma oração adverbial temporal deslocada.
(D) um adjunto adnominal com valor de advérbio e está deslocado.
(E) um advérbio em forma de oração e está deslocado.
Veja a oração absoluta abaixo:

vírgula
facultativa

O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo.


VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa
sujeito predicado verbal
período simples

A oração acima possui a estrutura básica S V O: “O candidato passou no


concurso”. A estrutura “devido ao seu esforço no estudo” é o adjunto adverbial
de causa. Esse adjunto adverbial é chamado por nós de solto, porque não
houve exigência do verbo. Por isso, podemos inserir a vírgula
facultativamente. Esta estrutura não foi obrigatória, ela foi inserida para que
haja mais clareza e situe melhor o leitor sobre a circunstância que levou o
candidato à aprovação. Mas veja que esta expressão é dependente da
estrutura básica da oração. Se disséssemos somente:
“Devido ao seu esforço no estudo”
Logicamente, ninguém entenderia, concorda?
Por isso, dizemos que esta estrutura é dependente da estrutura S V O,
isto é: ela é subordinada à principal:

O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo.

Estrutura básica (principal) Estrutura adverbial (subordinada)

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Quando esse adjunto adverbial recebe um verbo, observamos que
passaremos a ter duas orações: a principal e a subordinada adverbial causal.
vírgula
facultativa

O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo.


VTI objeto indireto VTI + objeto indireto
sujeito predicado verbal predicado verbal
oração principal oração subordinada adverbial causal
período composto

Oração principal? Por quê?


Diferentemente das orações coordenadas que são independentes umas
das outras e por isso o nome da primeira é oração inicial, a oração principal é a
base para que a oração subordinada possa se apoiar nela, para se ter o
entendimento.
Oração subordinada? Por quê?
A oração subordinada é aquela que depende da principal para ter
sentido, assim como aconteceu com o adjunto adverbial, no exemplo acima.
Oração adverbial? Por quê?
Porque foi gerada de um adjunto adverbial. Veja, bastou inserir o verbo
“esforçou”, para que houvesse a oração adverbial.
Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se
para o início ou para o meio da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será
empregada conforme foi visto nos adjuntos adverbiais de grande extensão da
aula passada. Assim, via de regra, a oração subordinada adverbial, quando
posposta à oração principal, será iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se
for antecipada ou intercalada, receberá vírgula ou vírgulas obrigatoriamente.
Antecipando a estrutura adverbial...

vírgula
obrigatória

Devido ao seu esforço no estudo, o candidato passou no concurso


adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto
sujeito
predicado verbal
período simples

vírgula
obrigatória

Porque se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso


VTI + objeto indireto VTI objeto indireto
predicado verbal sujeito predicado verbal
oração subordinada adverbial causal oração principal
período composto

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Agora, intercalando...
vírgulas obrigatórias

O candidato, devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso.


adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto
sujeito predicado verbal
período simples

vírgulas obrigatórias

O candidato, porque se esforçou no estudo, passou no concurso


VTI + objeto indireto VTI objeto indireto
sujeito predicado verbal predicado verbal
oração subordinada adverbial causal
oração principal
período composto

As orações subordinadas podem ser divididas também em dois tipos:


desenvolvidas (aquelas que possuem conjunção e verbos conjugados em
modos e tempos verbais);

O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo.

oração principal oração subordinada adverbial causal


(desenvolvida)
reduzidas (aquelas que perdem a conjunção e por isso os verbos passam
a uma das formas nominais: gerúndio, infinitivo e particípio).

O candidato passou no concurso, por se esforçar no estudo.

oração principal oração subordinada adverbial causal


(reduzida de infinitivo)

Por que é chamada de reduzida?


Porque, ao perder uma conjunção, reduz-se a quantidade de vocábulos
daquela oração.
Por que tenho que saber as orações reduzidas?
Muitas vezes a banca FCC pede para desenvolver a oração reduzida,
inserindo a conjunção adequada à sua circunstância (valor semântico), por isso
veremos os valores das orações adverbiais.
Elas basicamente se dividem em 9.
1. Causais: exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da
estrutura causa-consequência, em que a origem ocorre temporalmente antes.
E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais conjunções
causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver
antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida
em que, que, etc:
A mulher gritou porque teve medo.
Como fazia frio, fechou as janelas.

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Já que me pediram, vou continuar.
Uma vez que desfruta de bons pensamentos, realiza boas atitudes.
Observações:
I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que
funcionam como base ou ponto de partida de um raciocínio, em construções
como:
Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a
organização de seu material de estudo.
II - Vimos anteriormente que as conjunções porque, porquanto e pois
podem ser coordenativas explicativas. Agora, percebemos que elas também
podem ser causais. A banca FCC não pergunta qual é a diferença entre elas,
apenas pede a troca das conjunções. Isso é correto.
2. Consecutivas: Na relação causa-consequência, o processo verbal da
consequência ocorre após o da causa, e suas conjunções exprimem um efeito,
um resultado e aparecem de duas formas:
I - conjunção que precedida de tal, tão, tanto, tamanho:
Fazia tanto frio que meus dedos congelavam.
Tal foi seu entusiasmo que todos o seguiram.
Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar
subentendidos.
Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto...)
II – locuções conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordem que, de
sorte que, de modo que, etc:
Ontem estive doente, de sorte que não pude ir ao trabalho.
“As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar
minha viagem.” (Domingos Paschoal Cegalla)
III – locução conjuntiva sem que, e a conjunção que, seguida de
negação.
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar.
Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar.
Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação;
na segunda, sua ausência é substituída pelo advérbio de negação “não”.
3. Condicionais: Nesta relação de condição, hipótese, é muito cobrada
a correlação de modo e tempo verbal. Veja:
verbo no futuro do presente
verbo no futuro do subjuntivo
do indicativo
Se o candidato estudar bastante, passará no concurso.

condição no futuro resultado provável no futuro


oração subordinada adverbial condicional oração principal

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verbo no futuro do pretérito


verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo
do indicativo
Se o candidato estudasse bastante, passaria no concurso.

condição no passado resultado improvável no futuro


oração subordinada adverbial condicional oração principal

verbo no futuro do presente


verbo no presente do subjuntivo
do indicativo
Caso o candidato estude bastante, passará no concurso.

condição no presente resultado provável no futuro


oração subordinada adverbial condicional oração principal

Se uma condição é expressa no futuro ou presente, há condições de


cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é provável. Não há
certeza de o candidato ser aprovado, mas há grande possibilidade. Já numa
condição expressa no passado, não há condições de cumpri-la; por isso o
resultado expresso na oração principal é pouco provável, ou mesmo
improvável. A banca FCC normalmente pede para substituir as conjunções ou
os verbos. Portanto, deve-se lembrar da correlação destes tempos verbais,
vista na primeira aula.
Algumas vezes, por motivo de ênfase e reforço motivacional, o autor do
texto troca o tempo verbal da oração principal de futuro do presente para
presente do indicativo e futuro do pretérito para pretérito imperfeito do
indicativo. Veja a diferença:
Se o candidato estudar, passa no concurso.
Se o candidato estudasse, passava no concurso.
Não há erro nestas substituições, há apenas ênfase.
Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções
conjuntivas contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser
que, a menos que, dado que.
Comprarei o carro desde que não seja caro.
Não sairás daqui, sem que termine o estudo.
Poderão ganhar o campeonato, salvo se acontecer algum
imprevisto.
“A carinha podia ser de chinesa, fossem os olhos mais
enviesados.” (Raquel de Queirós)
Note a última construção. A conjunção condicional fica subentendida, e
com isso é imprescindível entender a correlação verbal para que não haja
dúvida neste valor semântico.
As locuções conjuntivas condicionais desde que, dado que, uma vez que
podem ser confundidas com as causais. Para não ficar com dúvida, verifique
que os verbos nas orações condicionais ficam no modo subjuntivo, enquanto
os das orações causais ficam no modo indicativo. Compare esses exemplos nos
respectivos valores adverbiais vistos anteriormente.

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É encontrada também a forma reduzida:


Conhecendo os alunos, o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio)

4. Concessivas: exprimem um fato que se concede, que se admite, em


oposição, contraste, ressalva ao da oração principal. As conjunções são:
embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo
quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que,
em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não).
Gostava de Matemática, embora não tivesse dificuldades com
cálculos.
Por incrível que pareça, eles não conheciam ‘pen-drive’.
Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas
afirmações. (Domingos Paschoal Cegalla)
Dado que soubesse, não dirigia à noite.
Por mais que gritasse, não me ouviram.
Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer. (Otto Lara Resende)

Deve se tomar muito cuidado quando a banca pedir a substituição de


conjunção ou locução conjuntiva por preposição ou locução prepositiva. Veja:
Embora chegasse cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.
Ao se substituir a conjunção embora pela preposição mesmo, o verbo é
obrigado a sair da forma conjugada em modo e tempo verbal para a forma
nominal gerúndio. Isso fará com que esta oração seja reduzida de gerúndio:
Mesmo chegando cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

Se fosse substituída pela locução prepositiva “apesar de”, a oração seria


reduzida de infinitivo:
Apesar de chegar cedo, não conseguiu lugar para sentar-se.

Assim, cuidado com as substituições pedidas na prova.


5. Comparativas: representam o segundo termo de uma comparação e
se expressam de três formas, com as conjunções como, (tal) qual, tal e qual,
assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos)
que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o
mesmo que (=como):
I – com verbo expresso:
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.
Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz
daquele olhar.
A praia é tal qual você descreveu. (tal como)
II – com o predicado ou verbo subentendido:
A luz é mais veloz do que o som. (do que o som é)

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O leopardo é tão ágil quanto a onça. (quanto a onça é)
Ele corre feito uma gazela.
Nas estruturas comparativas de superioridade e inferioridade (com
verbos expressos ou não), a palavra “do” é opcional.
Cantava mais do que trabalhava.
Com verbo expresso.
Cantava mais que trabalhava.

Os mais magros correm mais do que os mais cheinhos. Verbo


subentendido
Os mais magros correm mais que os mais cheinhos.

III – como comparação hipotética (uso da conjunção se):


O homem parou perplexo, como se esperasse um guia.

6. Conformativas: exprimem acordo ou conformidade de um fato com


outro. Suas conjunções são: como, conforme, segundo, consoante.
Geralmente é usado para reforçar argumento. A oração principal é a
declaração feita pelo autor e a oração subordinada adverbial conformativa é a
base de sustentação do argumento, muito marcado por leis, regulamentos,
fala de especialistas, etc. Esse valor adverbial é vastamente explorado como
argumento de autoridade:
Como disse o prefeito, o IPTU vai subir 5% este ano.
“Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi contar.” (Machado de Assis)
Conforme prevê o artigo 37 da CF, o serviço público é impessoal.
Consoante opinam alguns, a história se repete.

7. Proporcionais: iniciam ideia de proporção, com as locuções


conjuntivas à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ...
tanto mais, quanto mais ... tanto menos, quanto mais ... tanto menos, quanto
menos ... tanto mais, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ...
quanto (como).
Os alunos respondiam, à medida que eram chamados.
À proporção que subiam a montanha, o ar ia ficando rarefeito.
O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai diminuindo.
Tanto gostava de um quanto aborrecia o outro.
Não são corretas as locuções à medida em que, na medida que, a
medida que, com valor de proporção, cabendo apenas à medida que. Outro
detalhe, não há crase em locuções conjuntivas de outro valor, somente há nas
proporcionais: “à medida que” e “à proporção que”.
Vimos que a locução conjuntiva “na medida em que” é causal. Ela pode
também fazer parte de estrutura oracional adjetiva.

Compare todos:
“À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem.”
oração subordinada adverbial proporcional + oração principal

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“A rigor, tal cordialidade não existe na medida em que é apregoada.”


oração principal + oração subordinada adverbial causal

“A expansão da lavoura algodoeira não pôde produzir-se em


São Paulo na mesma medida em que se produziu noutras terras.”
oração principal + oração subordinada adjetiva restritiva

Observação: A locução conjuntiva ao passo que deve receber especial


atenção, pois pode agregar três valores semânticos distintos. Ela possui valor
de tempo concomitante e se estende à proporção (que também possui a
concomitância temporal) e à oposição (pois também pode agregar, além do
valor de tempo concomitante, o de adversidade):
Subordinada adverbial proporcional:
“Pequenos cogumelos, ao passo que devoram os tecidos dos insetos, semeiam
os seus esporos mortais.” (= à proporção que)
Subordinada adverbial temporal:
Ela dormia, ao passo que o professor dissertava. (= enquanto)
Coordenativa adversativa:
É feia, ao passo que a irmã é bonita. (= mas)
Deve-se entender, antes de tudo, que esta locução conjuntiva transmite
tempo concomitante e, dependendo do contexto, transmite os outros dois
valores semânticos. Perceba que a proporção se dá com uma ideia de evolução
temporal, os processos verbais vão se acumulando, progredindo
temporalmente, de forma diferente dos outros valores semânticos.
8. Finais: indicam finalidade, objetivo, com as locuções conjuntivas:
para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que):
Afastou-se depressa, para que não o víssemos.
Viemos aqui a fim de que realizássemos um acordo.
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis)

“Fez tudo porque eu não obtivesse bons resultados.”


Muito utilizada é a forma reduzida de infinitivo:
Suportou todo tipo de humilhação para obter o visto americano.
9. Temporais: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na
oração principal, podendo ser um tempo geral, concomitante, antes ou depois
de um referente. Suas conjunções: quando, enquanto, logo que, mal (= logo
que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que,
agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que.
Não fale enquanto come.
Mal você saiu, ela chegou.
Só voltou a jogar quando se sentiu bem.
Assim que chegou, foi para a cozinha.
A forma reduzida também é muito utilizada:

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Terminada a festa, todos foram embora.
Questão 14
Prova: CEAL 2005 Advogado
A candidatura do cidadão comum nos incomoda porque denuncia nosso
absenteísmo.
Outra forma correta de expressar o mesmo pensamento da frase acima é:
(A) Denuncia-nos o nosso absenteísmo, tanto quanto nos incomoda, a
candidatura do cidadão comum.
(B) Em virtude de denunciar nosso absenteísmo, é-nos incômoda a
candidatura do cidadão comum.
(C) Nosso absenteísmo só nos incomoda porque quando dele decorre a
candidatura do cidadão comum.
(D) Nosso incômodo, diante da candidatura do cidadão comum, gera e
denuncia nosso absenteísmo.
(E) Torna-se incômodo o nosso absenteísmo, quando denuncia a candidatura
do cidadão comum.
Questão 15
Prova: BB 2011 Escriturário
Fragmento do texto: O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre nós. Quando
ainda não contidos pelo estigma de improdutivos, quando por isso ainda não
constrangidos pela impaciência, pelos sorrisos incolores, pela cortesia
inautêntica, pelos cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando
então ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de espontaneidade, à
cerimônia da evocação, evocação solene do que mais impressionou suas
retinas tão fatigadas, enquanto seus interesses e suas mãos laborosas
participavam da norma e também do mistério de uma cultura.
Na iminência de um temporal, o enorme tronco, que armazena grande
quantidade de líquido, dá uma descarga de água para as raízes – resultado da
variação atmosférica.

O sentido do trecho grifado acima está reproduzido com outras palavras em:
(A) Quando se aproxima uma tempestade ...
(B) Com a força destruidora das águas ...
(C) Para que o temporal venha com força ...
(D) Desde que venha a cair uma forte chuva ...
(E) Depois de uma forte tempestade ...
Questão 16
Prova: Fiscal de Rendas SP 2008 Analista
A escolha do critério de julgamento é sempre crítica e sofrida, quando
responsável; dispensando-se, porém, a responsabilidade dessa escolha,
restará a terrível fatalidade dos dogmas.
Mantêm-se o sentido e a correção da frase caso se substitua
(A) quando responsável por posto que responsável.
(B) quando responsável por conquanto seja responsável.
(C) dispensando-se, porém por se dispensarem-se, ademais.
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(D) dispensando-se, porém por uma vez dispensado, no entanto.
(E) quando responsável por desde que responsável.
Questão 17
Prova: Infraero 2009 Analista
Fragmento do texto:
Tudo começa pelo aprendizado dos procedimentos iniciais. O novato pode
confundir bilhete com cartão de embarque, ignora as siglas das placas e
monitores do aeroporto, atordoa-se com os avisos e as chamadas da locutora
invisível. Já de frente para a escada do avião, estima, incrédulo, quantas
toneladas de aço deverão flutuar a quilômetros de altura – com ele dentro.
Localizada a poltrona, afivelado o cinto com mãos trêmulas, acompanha com
extrema atenção as estudadas instruções da bela comissária, até perceber
que ele é a única testemunha da apresentação: os demais passageiros (mal-
educados!) leem jornal ou conversam. Quando enfim os motores, já na
cabeceira da pista, aceleram para subir e arrancam a plena potência, ele se
segura nos braços da poltrona e seu corpo se retesa na posição seja-o-que-
Deus-quiser.
Considerando-se o sentido do contexto, nas expressões localizada a poltrona e
afivelado o cinto, as formas sublinhadas poderiam ser precedidas por
I. conquanto.
II. uma vez.
III. tão logo.
IV. ao estar sendo.
Complementa corretamente o enunciado da questão o que está SOMENTE em
(A) I e II.
(B) II e IV.
(C) II e III.
(D) I e III.
(E) I e IV.
Questão 18
Prova: Metrô 2008 Superior
Fragmento do texto: Além disso, as empresas sofriam pressões das
camadas sociais dominantes, sempre em busca da menor tarifa, ainda que à
custa do sacrifício das finanças das estradas.
... ainda que à custa do sacrifício das finanças das estradas.
A última frase do texto introduz, no período, noção de
(A) temporalidade.
(B) consequência.
(C) proporcionalidade.
(D) ressalva.
(E) causa.
Questão 19
Prova: Pref Mun Salvador 2008 Médio
Um deles é o tipo A, que acelera o envelhecimento da pele, por penetrar em
camadas mais profundas.

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PORTUGUÊS P/ FUND. CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR: DÉCIO TERROR
A frase grifada acima introduz, no contexto, noção de
(A) causa.
(B) condição.
(C) consequência.
(D) finalidade.
(E) temporalidade.
Questão 20
Prova: TRT 16R 2009 técnico
Fragmento do texto: Dois cientistas russos sustentam, embasados na
metodologia da bomba biótica, que as florestas são responsáveis pela criação
dos ventos e a distribuição da chuva ao redor do planeta – como uma espécie
de coração que bombeia a umidade. Esse modelo questiona a meteorologia
convencional, que explica a movimentação do ar sobretudo pela diferença de
temperatura entre os oceanos e a terra. Ao falarem de chuva aqui e de seca
acolá, eles acabam falando de um dos mais atuais e globalizados temas: a
devastação das matas.
Ao falarem de chuva ...
A frase acima está corretamente transcrita, sem alteração do sentido original,
em:
(A) Quando falam de chuva ...
(B) À medida que falam de chuva ...
(C) Como falam de chuva ...
(D) Visto que falam de chuva ...
(E) Conquanto falem de chuva ...
Questão 21
Prova: TRT 24R 2003 Analista
Considerando-se o contexto em que a frase ocorre, a expressão sublinhada
preserva o sentido da expressão indicada entre parênteses em:
(A) Pelo fato de sermos um país predominantemente agrícola e pecuário, a
maioria das nossas populações vive em estado de atraso. (Não obstante).
(B) Por outro lado, a nossa economia é solicitada a se ajustar ao ritmo
variável da economia mundial. (De outro modo).
(C) A economia moderna não permite, senão em escala reduzida, o
desenvolvimento autônomo das economias nacionais. (a não ser).
(D) Assim sendo, somos obrigados a seguir a oscilação dos líderes da
economia mundial (ainda assim).
(E) Os países dependem, cada vez mais, dos grandes centros do imperialismo
econômico (de mais a mais).
Questão 22
Prova: TRT 18R 2008 Analista
Pensador consequente, a Cícero não importavam as questões secundárias;
interessavam-lhe os valores essenciais da conduta humana.

O sentido da frase acima permanecerá inalterado caso ela seja introduzida


por:
(A) Conquanto fosse.

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PORTUGUÊS P/ FUND. CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR: DÉCIO TERROR
(B) Muito embora sendo.
(C) Ainda quando fosse.
(D) Por ter sido.
(E) Mesmo que tenha sido.
Questão 23
Prova: Sec Seg PB 2008 Médio
Fragmento do texto: Quem acompanhou a trajetória do Programa Nacional
do Álcool (Proálcool), lançado em 1975 como resposta brasileira às crises do
petróleo de 1973 e 1979, sabe de seus altos e baixos. Nos primeiros dez anos
a produção nacional de álcool etílico deu um salto considerável. A oferta de
combustível mais barato e os estímulos fiscais fizeram crescer
exponencialmente as vendas de carros a álcool, que chegaram a responder
por 90% do mercado. Mas, passada a crise do petróleo, as pressões dos
produtores por reajustes e a crescente desconfiança do consumidor com
relação ao futuro do Proálcool provocaram a queda das vendas desses
veículos, que se tornaram residuais. Carros a álcool usados perderam valor de
revenda.
Mas, passada a crise do petróleo, as pressões dos produtores por reajustes ...
O sentido do segmento grifado acima está transposto corretamente, em
outras palavras, em:
(A) No entanto, conforme se passava a crise de petróleo ...
(B) Caso, contudo, se passasse a crise de petróleo ...
(C) Senão, enquanto se passava a crise de petróleo ...
(D) À medida, conquanto, que se passava a crise de petróleo ...
(E) Porém, depois que passou a crise de petróleo ...
Questão 24
Prova: BB 2006 Escriturário
Fragmento do texto: O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre nós. Quando
ainda não contidos pelo estigma de improdutivos, quando por isso ainda não
constrangidos pela impaciência, pelos sorrisos incolores, pela cortesia
inautêntica, pelos cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando
então ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de espontaneidade, à
cerimônia da evocação, evocação solene do que mais impressionou suas
retinas tão fatigadas, enquanto seus interesses e suas mãos laborosas
participavam da norma e também do mistério de uma cultura.
No texto, a expressão Quando (linha 2) equivale a
(A) enquanto.
(B) apesar de que.
(C) embora.
(D) como.
(E) como se.
Mesmo já tendo sido trabalhada a relação de causa e efeito nas orações
subordinadas adverbiais causais, é importante explorarmos um pouco mais.

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PORTUGUÊS P/ FUND. CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR: DÉCIO TERROR
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
A Fundação Carlos Chagas tem cobrado insistentemente a relação de
causalidade. Por isso, é importante aprofundarmos o que é causa e
consequência.
Causa – aquilo que faz com que uma coisa exista (origem, ocorre
temporalmente antes).
Consequência – efeito, resultado.
Um fato pode ser em relação a outro a causa ou a consequência.
Observe os fatos seguintes e a relação existente entre eles.

Desemprego nos centros urbanos Surgimento das favelas

Causa Consequência

Relação de causalidade

Causa: Não só as conjunções estabelecem a relação de causa, muitas as


palavras da língua portuguesa também estabelecem essa relação.

Causa
Substantivos causa, motivo, razão, explicação, pretexto, base,
fundamento, gênese, origem, o porquê etc.
Verbos causar, gerar, acarretar, originar, provocar, motivar,
permitir etc.
Locuções por, em virtude de, em razão de, por causa de, em vista
prepositivas de, por motivo de, decorrente de, devido a etc.
Conjunções e porque, pois, já que, visto que, uma vez que,
locuções conjuntivas porquanto, como etc.

Para facilitar a compreensão, encontram-se abaixo algumas frases que


são exemplos de cada classe de palavra elencada no quadro acima.

Substantivos: O desemprego nos centros urbanos constitui uma das causas


fundamentais do surgimento das favelas.
Verbos: O desemprego nos centros urbanos gera o surgimento das favelas.
Locuções prepositivas: O surgimento das favelas é decorrente sobretudo
do desemprego nos centros urbanos.
Conjunções: Surgem as favelas porque nos centros urbanos aumenta o
desemprego.

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PROFESSOR: DÉCIO TERROR
Observe que normalmente o valor de causa expresso pelo verbo
(segundo exemplo acima) nos induzirá a fazer com que o sujeito seja
textualmente a causa e o complemento, a consequência.

Consequência: Para indicar a consequência, a língua portuguesa oferece


várias possibilidades.
Consequência
Substantivos efeito, produto, decorrência, fruto, reflexo, desfecho,
desenlace, etc.
Verbos derivar de, vir de, resultar de, ser resultado de, ter
origem em, decorrer de, provir de, etc.
Locuções por isso, por consequência, portanto, por conseguinte,
prepositivas consequentemente, logo, então, por causa disso, em
Conjunções e virtude disso, devido a isso, em vista disso, visto isso, à
locuções conjuntivas conta disso, como resultado, em conclusão, em suma,
em resumo, enfim, tanto...que, tal...que,
tamanho...que, de modo que, de jeito que etc.
Note que as conjunções coordenadas conclusivas (portanto, por
conseguinte etc) foram inseridas, pois também podem construir a relação de
causa e consequência. Esse um ponto chave para a Fundação Carlos Chagas,
pois a conjunção coordenada conclusiva também é entendida como
consequência, tendo em vista ser algo que ocorre após outro, muitas vezes
dependente da anterior, o que naturalmente é entendido como relação de
causa e consequência.
Outra observação importante, às vezes a conjunção coordenada aditiva
“e” também tem valor de conclusão e, por extensão, terá valor de
consequência. Veja:
Arnaldo viu o ladrão e saiu em seu encalço.
É certa a relação de adição, pois a conjunção é coordenada aditiva; mas,
além disso, podemos notar que primeiro o ladrão foi visto por Arnaldo e na
sequência (como resultado, consequência disso) foi atrás do ladrão.
Veja alguns exemplos da consequência com outras classes de palavras:
Substantivos: O surgimento das favelas constitui uma das consequências
do desemprego nos centros urbanos.
Verbos: O surgimento das favelas resulta sobretudo do desemprego nos
centros urbanos.
Locuções conjuntivas: Cresce o índice de desemprego nos centros urbanos,
por conseguinte surgem as favelas.

Questão 25
Prova: BAGAS – 2010 - Analista
Texto:
O mito de Prometeu
Os mitos − narrativas pelas quais os antigos buscavam explicar,
simbolicamente, os principais acontecimentos da vida − continuam sugerindo

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lições, mesmo depois de a ciência ter encontrado explicação para tantos
fenômenos. O mito de Prometeu, por exemplo, é um dos mais belos: fala de
um titã que resolveu ensinar às criaturas o manejo do arado, a cunhagem das
moedas, a escrita, a extração de minérios. Mas sobretudo lhes estendeu o
poder e o uso do fogo, que furtou do Olimpo e que passou a ser o marco
inicial da civilização.
Zeus irritou-se com a ousadia de Prometeu e condenou-o, como punição
por ter possibilitado aos homens um poder divino, ao flagelo de ficar
acorrentado a um penhasco do monte Cáucaso, sendo o fígado devorado por
uma águia diariamente (os órgãos dos titãs se regeneram). Seu sofrimento
durou várias eras, até que Hércules, compadecido, abateu a águia e livrou
Prometeu de seu suplício. Entretanto, para que a vontade de Zeus fosse
cumprida, o gigante passou a usar um anel com uma pedra retirada do monte
− pelo que se poderia dizer que ele continuava preso ao Cáucaso.
É um mito significativo e, como todo mito, deve ser sempre
reinterpretado, a cada época, em função de um novo contexto histórico. Em
nossos dias, Prometeu acorrentado e punido pode lembrar-nos os riscos do
progresso, as perigosas consequências da tecnologia mal empregada, as
catástrofes, em suma, que podem advir do abuso do fogo (como não pensar
na bomba atômica, por exemplo?).
Os pais sempre aconselham os filhos pequenos a “não brincarem com o
fogo”. Claro que o aviso é específico, e se aplica diretamente ao medo de que
ocorram queimaduras. Mas não deixa de ser interessante pensar que, se
alguém não tivesse, qual Prometeu, “brincado” com o fogo, dominando-o, a
humanidade não teria dado o primeiro passo no rumo da civilização.
(Euclides Saturnino, inédito)
Constituem uma relação de causa e efeito, nessa ordem, os segmentos:
(A) Os mitos (...) continuam sugerindo lições // depois de a ciência ter
encontrado explicação para tantos fenômenos.
(B) irritou-se com a ousadia de Prometeu // condenou-o (...) ao flagelo de
ficar acorrentado.
(C) Os pais sempre aconselham os filhos pequenos // a “não brincarem com o
fogo”.
(D) Claro que o aviso é específico // medo de que ocorram queimaduras.
(E) não deixa de ser interessante // pensar que (...) a humanidade não teria
dado o primeiro passo.

Questão 26
Prova: Fiscal de Rendas SP 2008 Analista
Fragmento do texto:
A História já nos mostrou, sobejamente, a que levam tais ideologias
absolutistas, que se atribuem o direito de julgar o outro segundo o critério da
religião que este professa, do regime político que adota, da etnia a que
pertence. A intolerância em relação às diferenças culturais, por exemplo,
acaba levando o mais forte à subjugação das pessoas “diferentes” – e mais
fracas. É quando a ética sai de cena, para dar lugar à barbárie.
É quando a ética sai de cena, para dar lugar à barbárie.
Na frase acima, a sequência das ações sai de cena e dar lugar estabelece uma

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PORTUGUÊS P/ FUND. CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR: DÉCIO TERROR
relação
(A) de causalidade entre valores antagônicos.
(B) de alternância entre duas situações semelhantes.
(C) de justaposição de fatos independentes.
(D) entre uma hipótese e um fato que a confirma.
(E) de simultaneidade entre duas ocorrências interdependentes.

Questão 27
Prova: Fiscal de Rendas SP 2008 Analista
Fragmento do texto: As regras das artes e ofícios resistiam naturalmente,
em virtude da sua própria natureza, à exposição escrita dos seus segredos,
como esclarece, no que se refere à profissão médica, a coleção dos escritos
hipocráticos.
No texto, os segmentos As regras das artes e ofícios resistiam naturalmente e
a sua própria natureza estão em relação, respectivamente, de
(A) fato e conclusão.
(B) hipótese e conseqüência.
(C) fato e hipótese.
(D) consequência e causa.
(E) condição e conclusão.

Questão 28
Prova: TRT 4R 2011 Analista
Texto: Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que a
fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É também um livro
que se pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente que, tendo sido
escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este
nome (e que nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la por
exotismos), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita −
sem interferir, espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de qualquer
personagem. Os seres humanos, assim como os LPs, têm lados A e B, e houve
um esforço máximo para que ambos fossem mostrados. Para compor essa
história, as informações foram buscadas em primeira mão, entre os
protagonistas, coadjuvantes ou figurantes de cada evento aqui descrito,
citados na lista de agradecimentos. Toda informação importante foi checada e
rechecada com mais de uma fonte. A natureza de certas informações torna
impossível que sejam especificadas como “entrevista realizada no dia X, na
cidade Y, com Fulano de Tal”, porque isto seria a quebra de um preceito ético
de proteção à fonte. No caso de fontes que não se furtaram a ser
identificadas, estas são mencionadas no corpo do texto. As histórias aqui
incluídas levaram em conta apenas a importância que tiveram no
desenvolvimento ou na carreira deste ou daquele artista ou da Bossa Nova em
conjunto.
(Ruy Castro, “Introdução e agradecimentos”. Chega de
saudade: a história e as histórias da Bossa Nova. São
Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 15)
No contexto, o segmento que expressa uma causa é:
(A) (linhas 1 e 2) que a fizeram.
(B) (linha 3) que se pretende o mais factual e objetivo possível.

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PORTUGUÊS P/ FUND. CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR: DÉCIO TERROR
(C) (linhas 3 e 4) tendo sido escrito por alguém.
(D) (linha 6) uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita.
(E) (linhas 10) as informações foram buscadas em primeira mão.

Questão 29
Prova: DPE RS 2011 Defensor Público
A neurociência é um campo tão promissor que, nos Estados Unidos, nada
menos que um quinto do financiamento em pesquisas médicas do governo
federal vai para as tentativas de compreender os mecanismos do cérebro.
A relação entre as orações do segmento acima é, respectivamente, de
(A) explicação de um fato e a razão para sua realização.
(B) constatação de um fato real e sua condição necessária.
(C) consequência de uma situação e a explicação decorrente.
(D) condição de realização de um fato e a finalidade de uma ação.
(E) causa que justifica uma ação e sua consequência.

Questão 30
Prova: BB 2006 Escriturário
Fragmento do texto: O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre nós. Quando
ainda não contidos pelo estigma de improdutivos, quando por isso ainda não
constrangidos pela impaciência, pelos sorrisos incolores, pela cortesia
inautêntica, pelos cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando
então ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de espontaneidade, à
cerimônia da evocação, evocação solene do que mais impressionou suas
retinas tão fatigadas, enquanto seus interesses e suas mãos laborosas
participavam da norma e também do mistério de uma cultura.
Questão: Observe atentamente os segmentos ainda não contidos pelo
estigma de improdutivos e ainda não constrangidos pela impaciência. No
contexto, eles
(A) expressam ideias que estão unicamente justapostas, sem nenhuma outra
relação entre elas.
(B))expressam, respectivamente, uma causa e uma consequência.
(C) estão em relação de alternância.
(D) expressam dois desejos, por isso estão associados como se estivessem
unidos pela conjunção e.
(E) expressam comparação entre dois fatos.

Questão 31
Prova: Metrô 2010 Superior
Fragmento do texto: Com o objetivo de entender melhor nosso universo
linguístico, o Iphan montou o Grupo de Trabalho da Diversidade Linguística do
Brasil (GTDL), que se dedica à criação de um inventário de línguas brasileiras.
Hoje, o governo reconhece a importância de preservar esse patrimônio
imaterial, mas nem sempre foi assim. Segundo historiadores, em 1500 eram
faladas 1.078 línguas indígenas. Para colonizar o país e catequizar os povos
indígenas, os descobridores forçaram o aprendizado do português. Durante o
governo Getúlio Vargas defendeu-se a nacionalização do ensino, e os idiomas

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PORTUGUÊS P/ FUND. CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR: DÉCIO TERROR
falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam falta de patriotismo.
Por isso, caíram em desuso.
Por isso, caíram em desuso.
A expressão grifada na frase acima
(A) retoma as causas que resultaram na extinção de muitos falares indígenas
e de idiomas estrangeiros no Brasil.
(B) faz a defesa de medidas restritivas a certos idiomas, tomadas em épocas
diferentes por autoridades de governo.
(C) indica as condições em que ocorreu a extinção ou a diminuição do número
de idiomas no território brasileiro.
(D) aponta consequências da dificuldade de entendimento entre falantes de
línguas diferentes num mesmo território.
(E) salienta a finalidade principal da existência de múltiplas línguas, como
garantia de preservação da história de um povo.
Você notou como é importante visualizar a estrutura coordenada
conclusiva para enxergarmos a estrutura causa e consequência?
Agora, vamos mudar de tópico. Vamos retornar à estrutura básica da
oração. Percebemos que os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto e
complemento nominal são termos eminentemente substantivos, pois seus
núcleos devem ser substantivos ou palavras de valor substantivo. Os termos
predicativo e aposto podem ter núcleos substantivos ou adjetivos, mas cabe
agora falarmos apenas de seu valor substantivo.
Por exemplo, “isso” é um pronome. Por possuir valor substantivo, pode
ocupar as funções sintáticas faladas anteriormente. Veja:

Isso é lindo. (Isso = sujeito)


Vi isso. (isso = OD)
Sei disso. (disso = OI)
Sou obediente a isso. (a isso = CN)
Ela é isso. (isso = predicativo)
Só quero uma coisa: isso. (isso = aposto)

Esse é um macete para sabermos se a palavra tem valor substantivo.


Basta trocá-la pelo pronome demonstrativo substantivo “ISSO”. Não é sempre
que dá certo com o aposto, mas ele tem uma estrutura bem característica.
E por que esse assunto é importante?

Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento


nominal, predicativo e aposto (de valor substantivo) recebem um verbo,
transformam-se numa oração subordinada substantiva.

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PORTUGUÊS P/ FUND. CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR: DÉCIO TERROR

Período composto por subordinação substantiva


Com base nas frases abaixo, observe os termos em negrito e suas
funções sintáticas. Quando o termo recebe um verbo, vira uma oração. Veja:

Era indispensável teu regresso.


1 VL + predicativo (sujeito simples)
período simples (oração absoluta)

Era indispensável que tu regressasses.


VL + predicativo Suj + VI
2 oração principal oração subordinada substantiva subjetiva
período composto

Era indispensável tu regressares.


VL + predicativo Suj + VI
3 oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de infinitivo)
período composto

Na frase 1, temos apenas uma oração (período simples), pois há apenas


um verbo: “Era”. Esse verbo é de ligação, seguido do predicativo
“indispensável” e o sujeito “teu regresso”.
Na frase 2, o então sujeito “teu regresso” recebeu um verbo e foi
modificado para “que tu regressasses”. Assim, há duas orações (período
composto). Note que esta oração recentemente formada não produz sentido
sozinha; por isso a chamamos de subordinada. Ela é considerada substantiva
por ter sido gerada de um termo substantivo. Para se reforçar isso, podemos
trocá-la pelo pronome “isso”. Veja: Isso era indispensável. O pronome “isso”
continua na função de sujeito, então a oração sublinhada terá a função de
sujeito da oração principal.
Note que a oração subordinada substantiva será sempre o termo que
falta na oração principal. Confirme isso na frase 2: na oração principal só há
(VL + predicativo), falta o sujeito, que é toda a oração posterior. Esta oração é
chamada de desenvolvida, pois possui conjunção integrante “que”, e o verbo
está conjugado em tempo e modo verbal (regressasses).
Na frase 3, a oração sublinhada perdeu a conjunção integrante “que” e
isso fez com que reduzíssemos a quantidade de vocábulos da oração. Assim, o
verbo que se encontrava conjugado passou a uma forma infinitiva. Por esse
motivo, dizemos que a oração sublinhada na frase é reduzida de infinitivo.
Essa denominação completa você não precisa decorar, basta entender o
processo, a estrutura. A banca FCC não pergunta o nome, mas quer saber o
emprego disso.
Seguem agora outras estruturas em que o termo, ao receber o verbo,
passa a ser uma oração subordinada substantiva. Note que, se o objeto
indireto e o complemento nominal (os quais são termos iniciados por
preposição) recebem o verbo, naturalmente vão continuar com a preposição
antecedendo-os.

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PORTUGUÊS P/ FUND. CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR: DÉCIO TERROR

Na ata da reunião constava a presença deles. (Isso constava na ata da reunião)


adjunto adverbial de lugar + VI + sujeito

Na ata da reunião constava que eles estivessem presentes.


oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva

Na ata da reunião constava eles estarem presentes.


oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo

Foi anunciado o aumento do preço dos combustíveis. (Isso foi anunciado)


locução verbal + sujeito

Foi anunciado que o preço dos combustíveis aumentará.


oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva

Foi anunciado ontem aumentar o preço dos combustíveis.


oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo

As orações subordinadas substantivas subjetivas são também


denominadas de sujeito oracional. Vale lembrar o que vimos na nossa aula
2, quando afirmamos que o verbo da oração principal que tem como sujeito a
oração subordinada substantiva subjetiva deve ficar sempre na terceira
pessoa do singular. Assim, mesmo que haja vocábulos no plural no sujeito
oracional, a oração principal permanecerá com o verbo no singular. Veja que o
verbo “constava” não se flexionou no plural, mesmo o sujeito oracional
possuindo vocábulos no plural.
Agora trabalharemos os complementos verbais. Perceba que na oração
principal, o verbo possui sujeito, é transitivo direto ou indireto e necessita de
um complemento, o qual será toda a oração posterior.

Economistas previram um aumento no desemprego. (Economistas previram isso.)


sujeito + VTD + objeto direto

Economistas previram que o desemprego aumentaria.


oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta

Economistas previram aumentar o desemprego.


oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo

Teus amigos confiam em tua vitória. (Teus amigos confiam nisso.)


sujeito + VTI + objeto indireto

Teus amigos confiam em que tu vencerás.


oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta

Teus amigos confiam em venceres.


oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo

Você notou que a oração subordinada substantiva objetiva indireta está


precedida da preposição “em”? Isso é muito cobrado nas questões de regência.
Agora veremos a completiva nominal. Perceba que não é o verbo que
exige o complemento, é o nome que o exige.

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PORTUGUÊS P/ FUND. CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR: DÉCIO TERROR

Teus pais estavam certos de tua volta. (Teus pais estavam certos disso.)
sujeito + VL + predicativo + complemento nominal

Teus pais estavam certos de que tu voltarias.


oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal
Teus pais estavam certos de voltares.
oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo

Note que a oração predicativa transmite a característica do sujeito.


Nossa maior preocupação era a chuva.
sujeito + VL + predicativo

Nossa maior preocupação era que chovesse.


oração principal + oração subordinada substantiva predicativa

Nossa maior preocupação era chover.


oração principal + oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo

Todas as orações até aqui elencadas puderam ser substituídas pela


palavra “ISSO”. Apenas a oração apositiva normalmente não transmite
coerência com essa troca; porém, observe que a banca não cobra o nome,
mas pergunta se os dois pontos marcam o início de um aposto ou se marcam o
início de um esclarecimento, desenvolvimento de uma palavra anterior. Veja:

Todos defendiam esta ideia: a desapropriação do prédio.


sujeito + VTD + objeto direto + aposto

Todos defendiam esta ideia: que o prédio fosse desapropriado.


oração principal + oração subordinada substantiva apositiva

Todos defendiam esta ideia: o prédio ser desapropriado.


oração principal + oração subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo

Agora que já vimos todas as orações substantivas, vem a pergunta: Por


que temos de identificar esse tipo de oração? Porque...
a) excetuando o aposto, vimos que esses termos substantivos não
são separados por vírgula, portanto também não podemos separar a oração
subordinada substantiva de sua oração principal por vírgula;
b) quando esse tipo de oração tiver a função de sujeito, objeto direto
e predicativo, não deve haver uso de preposição antecedendo-os;
c) a conjunção que as inicia é chamada integrante (que, se), a
qual não possui valor semântico, nem função sintática;
d) quando houver oração subordinada substantiva subjetiva (sujeito
oracional), o verbo da oração principal sempre ficará na terceira pessoa do
singular.
Outra observação importante!!!
A conjunção integrante “que” geralmente expressa certeza:
Diga que começou o trabalho.

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PORTUGUÊS P/ FUND. CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS)
PROFESSOR: DÉCIO TERROR

A conjunção integrante “se” geralmente expressa dúvida:


Diga se começou o trabalho.
Questão 32
Prova: TRT 2R 2008 Técnico
Questão: Desde cedo, a cidade teve o mérito de dar ao homem a
possibilidade de evoluir além da luta pela sobrevivência pura e simples.
Considerando-se a estrutura sintática do período acima, é INCORRETO
afirmar:
(A) O sujeito comum a todas as orações do período é a cidade.
(B) O termo luta exige um complemento nominal, expresso em pela
sobrevivência pura e simples.
(C) Há duas orações subordinadas, equivalentes a substantivos, com seus
verbos no infinitivo.
(D) O verbo dar exige dois tipos de complementos, ambos expressos na
oração em que ele se encontra.
(E) Têm a mesma função sintática, nas orações em que se encontram, os
termos o mérito e a possibilidade.
As questões que envolvem orações substantivas normalmente estão
voltadas ao uso da pontuação (com questões ao final desta aula), concordância
(com questões mostradas na aula 2) e regência (que será explorada na aula
5).
Por isso, deixamos as orações subordinadas substantivas e vamos ao
estudo das orações subordinadas adjetivas.

Período composto por subordinação adjetiva


As orações subordinadas adjetivas têm esse nome porque equivalem a
um adjetivo. Em termos sintáticos, essas orações exercem a função que
normalmente cabe a um adjetivo (a de um adjunto adnominal ou aposto
explicativo).
Vamos relembrar o que vem a ser um adjunto adnominal. Sabemos que
todo termo da oração possui no mínimo um vocábulo, o qual chamamos de
núcleo. Por vezes, esse núcleo vem antecipado ou seguido de outros vocábulos
de valor adjetivo, os quais passam à função de adjunto adnominal.
Perceba isso no exemplo abaixo. O objeto direto é o termo “gente
mentirosa”. O núcleo é o substantivo “gente” e o adjunto adnominal é
“mentirosa”, o qual serve para caracterizar o núcleo.
Detesto gente mentirosa.
VTD núcleo do Adj Adn
OD
objeto direto
período simples

Detesto gente que mente.


oração principal Or Sub Adjetiva
período composto

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Na primeira construção, o adjetivo “mentirosa” é adjunto adnominal, o
qual caracteriza o núcleo do objeto direto “gente”. Ao se inserir um verbo
nesta função adjetiva, naturalmente haverá uma oração de mesmo valor. Por
isso passa a ser uma oração subordinada adjetiva.
A conexão entre a oração subordinada adjetiva e a oração principal é
feita pelo pronome relativo “que”. Esse vocábulo não pode ser confundido com
a conjunção integrante “que”, vista anteriormente, a qual inicia uma oração
subordinada substantiva. Portanto vamos às formas de se evitar o erro:
1. Detesto mentiras. 2. Detesto gente mentirosa.

1. Detesto que mintam. 2. Detesto gente que mente.

a) O vocábulo “mentiras” é um a) O vocábulo “mentirosa” é um


substantivo. Quando é substituído por adjetivo. Quando é substituído por um
verbo, passa a fazer parte de uma verbo, passa a fazer parte de uma
oração subordinada substantiva. oração adjetiva.
b) “mentiras” é núcleo do objeto direto b) “mentirosa” é adjunto adnominal e
do verbo “Detesto”, por isso “que restringe o núcleo do objeto direto.
mintam” é oração subordinada c) Não há coesão em se substituir a
substantiva objetiva direta da oração oração “que mente” pelo vocábulo
principal “Detesto”. “isso”. Veja: Detesto gente isso. Por
c) O vocábulo “que” é uma conjunção isso não é oração substantiva. O
integrante e toda a oração a partir segundo passo é substituir o “que” por
desse vocábulo pode ser substituída “o qual” e suas variações, para
pelo vocábulo “isso”, para a confirmar se é pronome relativo
confirmação de ser oração substantiva. iniciando oração adjetiva. Veja:
(Detesto isso.) Detesto gente a qual mente.

No período “Detesto gente que mente”, desenvolvem-se duas ideias,


relacionadas à palavra “gente”: a primeira é a de que eu a detesto e a segunda
a de que ela mente. Assim:

Detesto gente. Gente mente.


VTD + OD Suj + VI

Entendendo-se que o vocábulo “gente” está se repetindo


desnecessariamente, pode-se inserir no lugar desse vocábulo repetido o
pronome relativo “que” ou “a qual”. “Gente” está na função de sujeito, então o
pronome “que” ou “a qual” também ocupa a função de sujeito. Veja:

Detesto gente.Gente mente.


Detesto gente que mente.
Detesto gente a qual mente.

sujeito
Note que, se a banca FCC pedisse para substituirmos “gente” por
“pessoas”, permaneceria a semântica, mesmo um estando no singular e o
outro no plural. Mas essa substituição implicaria mudança na concordância do

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verbo “mente”, que deveria flexionar-se no plural, haja vista que o pronome
relativo “que” é sujeito e retomaria “pessoas”.
Assim:

Detesto pessoas que mentem.


VTD + objeto direto Suj + V. intransitivo
oração principal oração Sub Adjetiva

Não veremos nesta aula quais são os pronomes relativos e suas funções
sintáticas. Isso será visto na aula 5, quando aprofundaremos a regência verbal
e nominal. Vamos trabalhar agora a pontuação nestas orações.

A pontuação e a classificação das orações adjetivas

Para entendermos a pontuação referente a termos adjetivos, é


necessário sabermos a diferença entre dois tipos de adjetivo.
Adjetivo explicativo: é aquele que denota qualidade essencial do ser,
característica inerente, ou seja, qualidade que não pode ser retirada do
substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo
leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em
relação a homem, fogo e leite.
Adjetivo restritivo: é o adjetivo que denota qualidade adicionada ao
ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo,
nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é
enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em
relação a homem, fogo e leite.

mortal quente branco explicativo


homem fogo leite
inteligente alto enriquecido restritivo

Quando o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado


por ele, teremos o seguinte: se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre
vírgulas e funcionará sintaticamente como aposto explicativo; se for adjetivo
restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como adjunto
adnominal. Por exemplo: “O homem, mortal, age como um ser imortal.” Nessa
frase, mortal é adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do
substantivo, por isso está entre vírgulas e sua função sintática é a de aposto
explicativo. Já na frase “O homem inteligente lê mais.”, inteligente é adjetivo
restritivo, pois se entende que nem todo homem lê muito, por isso não está
entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto adnominal.
Assim, o adjetivo pode ter o valor restritivo (especifica o sentido do
termo antecedente, individualizando-o) e explicativo (realça um detalhe ou
amplifica características básicas sobre o antecedente, que já se encontra
suficientemente definido). Como aprofundamento disso, vejamos o adjetivo
“inteligente”.

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1. O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos.


2. O homem inteligente não joga lixo no chão.
Na frase 1, esse adjetivo possui valor básico do homem: ser pensante,
que raciocina. Essa é a condição básica para que ele possa ter a capacidade
cognitiva e então através dos séculos ter a possibilidade de isso ser ampliado.
Esse adjetivo está entre vírgulas para marcar o valor explicativo e com isso há
a função sintática de aposto explicativo.
Na frase 2, esse mesmo adjetivo possui valor semântico diferente, pois
se sabe que nem todos os homens deixam de jogar o lixo no chão. Então esse
não é um princípio só do poder de raciocínio, mas da virtude, da educação.
Assim, inteligente, neste caso, é o homem educado. Como sabemos que nem
todos são educados, há certamente um valor restritivo. Por isso esse vocábulo
não está separado por vírgulas e cumpre a função sintática de adjunto
adnominal.
Portanto, se o aposto explicativo recebe um verbo, tornar-se-á uma
oração subordinada adjetiva explicativa. Se o adjunto adnominal recebe
um verbo, tornar-se-á oração subordinada adjetiva restritiva. O uso de
vírgula continua da mesma forma que nos termos da oração ditos
anteriormente.
Veja:

O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos.


sujeito aposto explicativo VTD + objeto direto + adjunto adverbial de tempo
período simples

O homem, que é inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos.
oração subordinada
adjetiva explicativa
oração principal
período composto

O homem inteligente não joga lixo no chão.


Adj Adv VTD OD Adj Adv lugar
Adj Adn + núcleo adjunto adnominal negação
sujeito simples
período simples

O homem que é inteligente não joga lixo no chão.


oração subordinada
adjetiva restritiva
oração principal
período composto

Portanto, dependendo do uso da vírgula numa oração adjetiva, haverá


mudança de sentido. Em determinados momentos, a vírgula poderá ser
inserida ou retirada, isso fará com que a oração mude o sentido, mas não quer
dizer que haverá incoerência com os argumentos do texto. Exemplo:
Angélica, encontrei seu irmão que mora em Paris.
Angélica, encontrei seu irmão, que mora em Paris.
Uma forma prática de se enxergar melhor a restrição é subentendendo a
expressão somente aquele que.

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Assim, no primeiro período, observa-se que somente o irmão de
Angélica o qual mora em Paris foi encontrado por mim, os outros irmãos dela
não foram citados no contexto. Portanto, sem vírgulas, entende-se que ela tem
mais de um irmão.
Já no segundo período, entende-se que a característica básica de irmão
de Angélica é ser morador de Paris, pois ele é o único irmão.
Veja outros:
O curso possui oitocentos alunos que farão a prova da OAB.
O curso possui oitocentos alunos, que farão a prova da OAB.
No primeiro período, entende-se que somente oitocentos alunos do
curso farão a prova da OAB, os outros não. Então o curso possui mais de
oitocentos alunos. No segundo período, percebe-se que todo o efetivo discente
do curso fará a prova da OAB. E sua totalidade é de oitocentos alunos.
Escolha a joia de que goste. Escolha a joia, de que gosta.
No primeiro período, alguém foi convidado a escolher uma joia ainda não
apreciada, conhecida pela felizarda. Aquela da qual gostar poderá ser
escolhida. Porém, no segundo período, a pessoa presenteada já conhecia a joia
e já gostava dela, por isso passou a haver a característica explicativa.
Outro ponto importante. Se o aposto explicativo pode ser separado por
vírgulas, travessões e parênteses; o mesmo vai ocorrer com a oração
subordinada adjetiva explicativa.
As orações reduzidas e desenvolvidas
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo
conjugado em modo e tempo verbal, as orações subordinadas adjetivas são
chamadas de desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas
adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser
introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais
(infinitivo, gerúndio ou particípio).
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida,
já que é introduzida pelo pronome relativo “que” e apresenta verbo conjugado
no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada
adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no
infinitivo.
Questão 33
Prova: Sec Edu SP 2010 Superior
Texto:
Cheiros da infância
Ao passar embaixo de uma magnólia em flor, uma pessoa pode se sentir
transportada para a casa da avó, onde brincava no jardim durante as férias da
infância. Essas memórias olfativas infantis são enraizadas no cérebro, mas um
grupo do Instituto Weizmann de Ciência, em Israel, mostrou que o especial

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não é a infância. Yaara Yeshurun, Noam Sobel e Yadin Dadai constataram que,
quando um cheiro é encontrado pela primeira vez em um contexto específico,
ele deixa uma marca duradoura no cérebro (Current Biology). A descoberta
veio de um experimento em que voluntários viam imagens associadas a
cheiros. Depois reviam as imagens e buscavam lembrar a que cheiro estavam
associadas, enquanto a atividade do cérebro era monitorada por um aparelho
de ressonância magnética funcional. Uma semana depois, os participantes
foram apresentados a combinações diferentes de imagens e cheiros,
verificando-se que a recordação dos cheiros era acompanhada de uma
assinatura específica de atividade cerebral que envolve o hipocampo,
associado à memória, e a amígdala, zona do cérebro central no
processamento de emoções.
(Adaptado de Pesquisa FAPESP, dezembro 2009, n. 166, p. 40-1)
... uma assinatura específica de atividade cerebral que envolve o hipocampo...
O pronome relativo grifado na frase acima está também presente na seguinte
frase:
(A) Quem sabe que novas descobertas ainda hão de ser feitas sobre o
funcionamento da memória?
(B) Outros profissionais, que não os cientistas, também têm muito a dizer
sobre a memória.
(C) Que experiência fantástica não deve ser participar de pesquisas sobre a
memória humana!
(D) Não parece haver nada de mais fascinante no estudo do corpo humano do
que as pesquisas sobre o funcionamento do cérebro.
(E) É notável o fascínio que homens de todos os tempos parecem ter
demonstrado pela memória.

Agora, vamos verificar questões que envolvem especificamente a


pontuação, englobando todos os assuntos até aqui vistos.

Questão 34
Prova: TRT 16R 2009 técnico
A frase corretamente pontuada é:
(A) A indústria de assistência à saúde no Brasil que envolve mais de 70 mil
estabelecimentos pode ter, uma importante contribuição, no campo da
sustentabilidade ambiental.
(B) A indústria de assistência à saúde no Brasil, que envolve mais de 70 mil
estabelecimentos, pode ter uma importante contribuição no campo da
sustentabilidade ambiental.
(C) A indústria, de assistência à saúde no Brasil que envolve mais de 70 mil
estabelecimentos, pode ter uma importante contribuição no campo da
sustentabilidade ambiental.
(D) A indústria de assistência à saúde no Brasil que envolve, mais de 70 mil
estabelecimentos, pode ter uma importante contribuição no campo, da
sustentabilidade ambiental.
(E) A indústria de assistência, à saúde no Brasil que envolve mais de 70 mil
estabelecimentos pode, ter uma importante contribuição no campo da
sustentabilidade ambiental.

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Questão 35
Prova: TRT 24 R 2003 Analista
Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período:
(A) Consta que o nheengatu, uma mistura de termos indígenas com o
português tem suas raízes no período colonial brasileiro, chegando a ser
proibido por D. João IV em seu intuito de oficializar o português.
(B) A indignação de Bosco Martins é das mais justas pois, tendo os índios sido
vítimas de tantos crimes, a possível proibição ao “Nheengatu” parece soar
como: mais uma violência injustificável.
(C) O fato de que cerca de 370 mil pessoas utilizam o nheengatu, mereceria,
por si só, uma atenção especial não só das zelosas autoridades federais como
de todos aqueles que têm visto na cultura popular, uma forma de resistência.
(D) Dado que a lei de 1963 não podia prever o advento da Internet, parece
anacrônico hoje em dia estabelecer o confinamento, à frequência de, ondas
curtas, dos programas de rádio transmitidos em língua estrangeira.
(E) A repórter, precavidamente, valeu-se do dicionário Aurélio, mas
certamente obteria melhores e mais precisas informações acerca do
nheengatu se, em vez de um dicionário, recorresse a um especialista em
línguas indígenas.

Questão 36
Prova: TRT 24 R 2006 Técnico
A frase corretamente pontuada é:
(A) Para proteger, os animais especialmente os silvestres que são cobiçados,
por seu valor comercial formaram-se grupos de empresários que se uniram,
aos ambientalistas.
(B) Para proteger os animais especialmente os silvestres, que são cobiçados
por seu valor comercial formaram-se, grupos de empresários, que se uniram
aos ambientalistas.
(C))Para proteger os animais, especialmente os silvestres, que são cobiçados
por seu valor comercial, formaram-se grupos de empresários que se uniram
aos ambientalistas.
(D) Para proteger os animais, especialmente, os silvestres que são cobiçados
por seu valor comercial, formaram-se grupos, de empresários que se uniram
aos ambientalistas.
(E) Para, proteger os animais especialmente os silvestres, que são cobiçados,
por seu valor comercial formaram-se, grupos de empresários que se uniram,
aos ambientalistas.

Questões cumulativas de revisão

Questão 37
Prova: TRT 2R 2008 Técnico
Há um século, na esteira da Revolução Industrial, a porcentagem tinha subido
para 13% – ainda uma minoria em um planeta essencialmente rural.

Considere as afirmativas a respeito da presença do travessão no período


acima:

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I. O travessão isola um segmento opinativo.
II. A observação introduzida pelo travessão associa-se diretamente à
expressão na esteira da Revolução Industrial.
III. Estaria correta a substituição do travessão por uma vírgula, sem prejuízo
da estrutura sintática e do sentido original de todo o período.

Está correto o que se afirma SOMENTE em


(A) II.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.

Questão 38
Prova: TRT 24R 2006 Técnico
Todos os anos o Brasil perde com o tráfico uma quantia financeira
incalculável...
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado
acima é:
(A) Grupos de preocupação ecológica investem na proteção aos recursos
naturais do país.
(B) Compete à Justiça a aplicação de penalidades aos traficantes de animais
silvestres, nos termos da lei.
(C) O comércio de animais silvestres é prática ilegal, reprovada por toda a
sociedade.
(D) Animais silvestres transportados sem o devido cuidado acabam morrendo.
(E))Pesquisadores destacam a necessidade de maior proteção aos recursos
naturais do país.

Questão 39
Prova: CEF 2011 Advogado
Na frase No caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de
consciência mais profundos, é correto afirmar que
(A) a construção verbal é um exemplo de voz ativa.
(B) a partícula se tem a mesma função que em E se ela não vier?
(C) a forma plural devem concorda com exames.
(D) ocorre um exemplo de indeterminação do sujeito.
(E) a expressão donos do mundo leva o verbo ao plural.

Respostas
Questão 1
Prova: TRT 12 R 2010 Médio
Gabarito: E
Comentário: As reticências geralmente são usadas para marcar uma
continuação da fala do locutor, de certo grau de emoção, de se fazer
subentender. Por isso, cabe a interpretação de uma hesitação, pelo
comentário subjetivo, sem dados reais. Tudo isso ratificado pelo advérbio
“Provavelmente”.
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Questão 2
Prova: BACEN 2005 Analista
Gabarito: ERRADA
Comentário: Nós vimos que a conjunção “por conseguinte” transmite valor
coordenado conclusivo. No caso desta questão, há um valor explicativo,
motivado pelo uso dos dois-pontos. Assim, pode-se substituir os dois-pontos
pelas conjunções de valor explicativo, como “pois”, “porque”, “porquanto” etc.

Questão 3
Prova: BACEN 2005 Analista
Gabarito: E
Comentário: Comentamos anteriormente que a estrutura coordenada é
constituída de termos independentes. Neste caso, veja que o período “Trata-
se de alimentar um sonho infinito de perfectibilidade...” está coordenado ao
anterior, explicando-o. Há, assim, uma estrutura assindética. O que a banca
quer é que você visualize que pode inserir uma conjunção para que a
estrutura passe a sindética explicativa. Para tal, a conjunção cabível é “pois”.
Única, dentre as alternativas, com valor explicativo.

Questão 4
Prova: TRT 2R 2008 Técnico
Gabarito: A
Comentário: Os dois-pontos neste contexto assinalam uma enumeração, a
qual não se encontra na resposta. Quando há uma enumeração, não deixa de
haver também uma explicação, por isso a única resposta possível é a
alternativa (A).
Na alternativa (B), realmente há uma sequência, mas não uma repetição.
Também não ocorre intenção de realce apenas.
Na alternativa (C), não ocorre quebra na sequência lógica das ideias. A
pontuação que sinaliza isso são as reticências, e não servem neste contexto.
Na alternativa (D), não há observações que minimizam o sentido da expressão
anterior, mas há sequência lógica que explica o termo anterior.
Na alternativa (E), os dois-pontos também podem iniciar uma citação, a fala
de um interlocutor, mas isso não ocorreu neste contexto.

Questão 5
Prova: TRT 4R 2011 Analista
Gabarito: CERTA
Comentário: Perceba que a conjunção “pois” transmite valor explicativo.
Vimos que “porquanto” também é uma conjunção coordenada explicativa, por
isso uma pode substituir a outra.

Questão 6
Prova: BB 2006 Escriturário
Gabarito: E
Comentário: No gabarito da prova original, a banca colocou
equivocadamente a alternativa correta como a D. Foi realmente um erro da
banca, pois sabemos que a relação existente entre “mas as portas
mantiveram-se surdas” e “Tentou forçar as portas” é de coordenação

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adversativa. A única construção com esse valor é a alternativa (E), pois é
clara a relação de adversidade mostrada pela conjunção “porém”.
Outra coisa importante: a questão pediu a relação sintática. Essa relação é
coordenada (não necessitaríamos saber o valor semântico de adversidade). O
único período composto por coordenação, como o da questão, é o da
alternativa (E). Todos os outros são compostos por subordinação.
Assim, entenda: mudamos o gabarito da banca FCC, a qual continuou
considerandocomocorretaaalternativaD.Issoprocorridoporfaltade
recurso contra a questão, ou recursos mal formulados que foram indeferidos.
Mas nós, que estamos estudando, não podemos simplesmente aceitar esta
como a resposta correta, não é?

Questão 7
Prova: TRT 23 R 2007 Técnico
Gabarito: B
Comentário: Perceba novamente o emprego dos dois-pontos. Já vimos nas
questões anteriores que ele serve para separar o aposto explicativo e
enumerativo. Neste caso, a enumeração é uma sequência de ações, com
verbos no infinitivo. Por isso a alternativa B é a correta.

Questão 8
Prova: DPE RS 2011 Defensor Público
Gabarito: D
Comentário: Veja que a conjunção “portanto” está deslocada na primeira
oração do 2° parágrafo. Isso quer dizer que este período é uma conclusão
daquilo que foi dito no parágrafo anterior. A única conjunção com valor de
conclusão elencada nas alternativas é “então”. Veja que “porquanto” é
explicativa, “entretanto” e “no entanto” são adversativas e “conquanto” tem
valor adverbial de concessão, o qual será visto adiante nesta aula.

Questão 9
Prova: DPE RS 2011 Defensor Público
Gabarito: B
Comentário: A conjunção “No entanto” tem valor adversativo. A frase
continua com o mesmo valor de adversidade com as conjunções “entretanto”,
“todavia”, “porém” e “contudo”. A única que destoa é “porquanto”, que tem
valor explicativo. Perceba que a banca pede a conjunção que altera o
significado.

Questão 10
Prova: DPE SP 2011 Superior
Gabarito: D
Comentário: Perceba agora o valor dos dois-pontos como conclusão.
Esporadicamente isso acontece. Note que após a crítica da arrogância
ocidental, os índios deixaram de ser vistos como relíquias do passado,
alegorias, tornando-se nossos contemporâneos. A expressão “em razão do
que” não é propriamente uma conjunção coordenada conclusiva, mas seu uso
sinaliza uma conclusão, tanto que podemos substituir essa expressão por “por
isso”, “portanto”. Assim, a alternativa correta é a D. Veja que as outras

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possuem valores de oposição (entretanto), finalidade (a fim de que, a qual
será vista adiante), oposição (não obstante), explicação com ressalva (mesmo
porque). Veja que a banca eliminou a possibilidade de o candidato ficar na
dúvida quanto à alternativa (E), porém deve ser observado o valor de ressalva
“mesmo”. Isso elimina esta alternativa.

Questão 11
Prova: Metrô 2008 Superior
Gabarito: B
Comentário: Lembre-se dos conectivos de adição vistos nas orações
coordenadas aditivas (não só...mas também; não apenas...mas também;
tanto...quanto). Veja que esses conectivos se encontram na frase do pedido
da questão e na alternativa (B). Eles mostram a adição de duas ideias:
construção e operação das ferrovias. Por isso, a correta é a alternativa (B).
As outras construções não marcam a ideia de adição. Veja que, na alternativa
(A), “Não...nem” negam a dependência; na (C), somente a operação
dependeu...; na (D), há o mesmo sentido da alternativa (A); na (E), apenas a
construção dependeu...

Questão 12
Prova: Sec Edu SP 2010 Superior
Gabarito: D
Comentário: Se o candidato não lesse o texto, teria marcado a alternativa
(A), pois a banca induziu a isso, colocando na primeira alternativa. Mas veja
que “alternância entre os elementos” supõe uma exclusão de um termo em
relação ao uso do outro. E não foi esse o caso deste contexto. O autor diz que
eram quatro ou cinco sem uma precisão, e, no final, ele diz por que há essa
imprecisão. Não sabe se conta ou não aquele que estava cochilando. Note que
ele sabe quantos havia na sala, mas houve a imprecisão quanto à efetividade
da participação deste quinto participante. Portanto houve dúvida.

Questão 13
Prova: DPE RS 2011 Defensor Público
Gabarito: B
Comentário: Observe que o adjunto adverbial de tempo “Mais de vinte anos
depois” encontra-se antecipado (deslocado) da estrutura principal. Se você
marcou a alternativa (C), não percebeu que, nesta estrutura adverbial, não há
verbo, então não há oração, mas adjunto adverbial.

Questão 14
Prova: CEAL 2005 Advogado
Gabarito: B
Comentário: Veja que a FCC quis apenas que o candidato percebesse a
transformação da oração subordinada adverbial causal (desenvolvida) “porque
denuncia nosso absenteísmo” para a reduzida “Em virtude de denunciar nosso
absenteísmo”. Veja que “Em virtude de” não é conjunção, mas locução
prepositiva, estudada na aula passada. Para que fosse locução conjuntiva,
forçando uma oração desenvolvida, deveria ser: Em virtude de que.

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Na alternativa (A), “tanto quanto” é comparação.
Na alternativa (C), não se pode inserir duas conjunções (“porque”, “quando”)
para apenas uma oração adverbial.
Na alternativa (D), o erro está em se trocar quem é a causa e quem é a
consequência. Na estrutura original, a causa é a denúncia de nosso
absenteísmo” (isso ocorre antes), tendo como consequência o incômodo da
candidatura do cidadão comum. Nesta alternativa, ocorreu o contrário. Leia e
confira.
Na alternativa (E), houve apenas a ideia de tempo, e não de causa.

Questão 15
Prova: BB 2011 Escriturário
Gabarito: A
Comentário: Veja que o adjunto adverbial “Na iminência de um temporal” é
traduz valor de tempo, e o substantivo “iminência” transmite ideia de algo que
está por ocorrer. Assim, por transmitir valor de tempo, eliminamos as
alternativas (B): causa; (C): finalidade; (D): condição. Como entendemos que
é algo que está por ocorrer, então eliminamos alternativa (E), sobrando a
alternativa (A), como correta.
Perceba que esta questão está trabalhando a transformação do adjunto
adverbial numa oração subordinada adverbial.

Questão 16
Prova: Fiscal de Rendas SP 2008 Analista
Gabarito: E
Comentário: Veja que a conjunção “quando” transmite valor de tempo em
relação à oração principal “A escolha do critério de julgamento é sempre
crítica e sofrida”. Note que essa oração temporal possui o verbo “é”
subentendido (quando é responsável). Vimos também que a locução
conjuntiva “desde que” também pode transmitir valor temporal. Por isso, a
alternativa (E) é a correta.
Nas alternativas (A) e (B), a locução conjuntiva “posto que” e
“conquanto” são concessivas.
Na alternativa (C), “porém” é conjunção coordenativa adversativa
(oposição), enquanto a palavra denotativa de adição “ademais” significa “além
do mais”. Assim não pode haver a substituição.
Na alternativa (D), perceba que “dispensando-se” inicia oração
subordinada adverbial condicional, em relação à oração principal “restará a
terrível fatalidade dos dogmas“, por isso pode ser inserido o conectivo “uma
vez”. Mas o erro é que o particípio “dispensado” se refere ao substantivo
“responsabilidade”, então deveria se flexionar no feminino “uma vez
dispensada, no entanto, a responsabilidade...”.

Questão 17
Prova: Infraero 2009 Analista
Gabarito: C
Comentário: Pode-se notar, pelo contexto, que o novato acompanha as
instruções da comissária, após ter localizado a poltrona e afivelado o cinto.

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Com isso, elimina-se a conjunção adverbial concessiva “conquanto” e “ao
estar sendo”, pois esta última expressão transmite ideia de simultaneidade, o
que não ocorreu no texto. Assim, a alternativa correta é (C), pois os
conectivos “uma vez” e “tão logo” transmitem valor de tempo após uma ação.
(depois de localizada a poltrona; depois de afivelado o cinto)

Questão 18
Prova: Metrô 2008 Superior
Gabarito: D
Comentário: Vimos que “Ainda que” é locução conjuntiva que inicia oração
subordinada adverbial concessiva. Também vimos que a concessão transmite
contraste, ressalva. Portanto a alternativa é a (D).

Questão 19
Prova: Pref Mun Salvador 2008 Médio
Gabarito: A
Comentário: A preposição “por” possui valor de causa (vimos seu valor na
aula passada) e inicia uma oração subordinada adverbial causal reduzida de
infinitivo.

Questão 20
Prova: TRT 16R 2009 técnico
Gabarito: A
Comentário: Note que “Ao falarem de chuva” é uma oração subordinada
adverbial temporal reduzida de infinitivo; por isso se pode substituir pela
oração desenvolvida “Quando falam de chuva”. Como foi inserida a conjunção
“Quando”, naturalmente o verbo deixa de estar na forma nominal infinitivo
(falarem) para se conjugar em modo e tempo verbal (falam).

Questão 21
Prova: TRT 24R 2003 Analista
Gabarito: C
Comentário:
Na alternativa (A), a locução prepositiva “Pelo fato de” transmite valor
de causa e a locução conjuntiva “Não obstante” transmite valor concessivo
(contraste), por isso há erro.
Na alternativa (B), “Por outro lado” transmite uma ideia de que há
pontos de vista divergentes e não modos diferentes.
Na alternativa (C), a palavra denotativa de exclusão “senão” pode ser
substituída pelo seu sinônimo “a não ser”. Por isso é a alternativa correta.
Na alternativa (D), a locução “Assim sendo” transmite valor causal; já a
locução conjuntiva “ainda assim” transmite valor concessivo (contrastante).
Na alternativa (E), o adjunto adverbial de tempo “cada vez mais”
transmite uma evolução temporal, enquanto a expressão “de mais a mais”
transmite valor de inclusão, como as seguintes expressões “além de tudo;
ainda por cima; ainda em cima, além disso”.

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Questão 22
Prova: TRT 18R 2008 Analista
Gabarito: D
Comentário: A expressão “Pensador consequente” transmite valor de causa;
por isso a alternativa correta é a D, pois a preposição “Por” também traduz o
valor semântico de causa. Note que todas as outras conjunções (“Conquanto”,
”Muito embora”, “Ainda quando”, “Mesmo que”) transmitem valor adverbial
concessivo.

Questão 23
Prova: Sec Seg PB 2008 Médio
Gabarito: E
Comentário: Veja que a conjunção “Mas” iniciou um período coordenado ao
anterior e possui valor de oposição. Dentro desse enunciado, há outro
intercalado: “passada a crise do petróleo”. Esta oração é subordinada
adverbial temporal reduzida de particípio. A banca FCC quis apenas que você
notasse que poderíamos desenvolver esta oração temporal para “depois que
passou a crise do petróleo” e que a troca da conjunção “Mas” por “Porém”
mantém o mesmo valor semântico.

Questão 24
Prova: BB 2006 Escriturário
Gabarito: A
Comentário: A conjunção “Quando” transmite valor temporal. A única
conjunção com esse valor nas alternativas é “enquanto”. A locução conjuntiva
“apesar de que” e a conjunção “embora” são concessivas; a conjunção “como”
e “como se” são comparativas.

Questão 25
Prova: BAGAS – 2010 - Analista
Gabarito: B
Comentário: O problema deste tipo de questão é a demanda de tempo, pois
devemos localizar cada trecho para verificar a relação de causalidade. Por
isso, um macete. O tempo de prova está tranquilo, procure as estruturas no
texto. Se o tempo está exíguo. Pule para a próxima questão, depois, se sobrar
tempo, volte a este tipo de questão e a realize. Não podemos perder tempo
com questão que desgaste muito tempo, para evitar que percamos questões
simples mais à frente na prova. Após localizado cada trecho do texto, fica
mais fácil a questão. Veja:
(A) Os mitos (...) continuam sugerindo lições // depois de a ciência ter
encontrado explicação para tantos fenômenos.
Os mitos − narrativas pelas quais os antigos buscavam explicar,
simbolicamente, os principais acontecimentos da vida − continuam sugerindo
lições, mesmo depois de a ciência ter encontrado explicação para tantos
fenômenos. (Relação de tempo: a segunda oração é subordinada adverbial
temporal reduzida de infinitivo)

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(B) irritou-se com a ousadia de Prometeu // condenou-o (...) ao flagelo de
ficar acorrentado.
Zeus irritou-se com a ousadia de Prometeu e condenou-o, como punição por
ter possibilitado aos homens um poder divino, ao flagelo de ficar acorrentado
a um penhasco do monte Cáucaso, sendo o fígado devorado por uma águia
diariamente (os órgãos dos titãs se regeneram).
Note que a conjunção “e” é coordenada aditiva, mas, além de juntar as duas
orações coordenadas, também transmite a ideia de que algo ocorreu antes (a
irritação: causa), com uma consequência: a condenação. Por isso, há relação
de causalidade, por meio da conjunção aditiva “e”. Esta é alternativa correta.
(C) Os pais sempre aconselham os filhos pequenos // a “não brincarem com o
fogo”.
Os pais sempre aconselham os filhos pequenos a “não brincarem com o fogo”.
A segunda oração é apenas o objeto indireto do verbo “aconselham”, por isso
não traduz valor semântico de causalidade.
(D) Claro que o aviso é específico // medo de que ocorram queimaduras.
Claro que o aviso é específico, e se aplica diretamente ao medo de que
ocorram queimaduras.
Novamente, vemos a conjunção “e”, porém ela apenas liga o predicado “é
específico” ao predicado “se aplica”. Por isso não há relação de causalidade,
mas somente de adição.
(E) não deixa de ser interessante // pensar que (...) a humanidade não teria
dado o primeiro passo.
Mas não deixa de ser interessante pensar que, se alguém não tivesse, qual
Prometeu, “brincado” com o fogo, dominando-o, a humanidade não teria dado
o primeiro passo no rumo da civilização.
Os termos grifados não traduzem relação de causalidade. A estrutura “que...a
humanidade não teria dado o primeiro passo” é apenas o objeto direto do
verbo “pensar”.

Questão 26
Prova: Fiscal de Rendas SP 2008 Analista
Gabarito: A
Comentário: Note que a relação de causalidade é o mesmo que relação de
causa e consequência (causa e efeito). Note que, agora, o contexto é que nos
ajuda a interpretar o sentido. Veja que foi dito que a ética sai para que a
barbárie apareça, isto é, com a saída de um o outro ocupou seu lugar. O
segundo ocupou porque o primeiro desocupou. Assim, entendemos que
realmente a relação é de causa (ocorreu antes: a saída da ética) e
consequência (ocorreu depois: a ocupação da barbárie). Veja que, além disso,
os dois estão sendo trabalhados no texto como elementos opostos,
antagônicos. Portanto, a alternativa (A) é a correta.

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Questão 27
Prova: Fiscal de Rendas SP 2008 Analista
Gabarito: D
Comentário: A banca quis que você observasse a estrutura sintática da
oração. Veja:
estrutura principal (consequência) adjunto adverbial de causa
As regras das artes e ofícios resistiam naturalmente, em virtude da sua
própria natureza...
O termo “em virtude da sua própria natureza” é adjunto adverbial de
causa, por isso “As regras das artes e ofícios resistiam naturalmente” é a
consequência. Assim, respectivamente, há consequência e causa.

Questão 28
Prova: TRT 4R 2011 Analista
Gabarito: C
Comentário: Nas alternativas (A) e (B), as orações “que a fizeram” e “que se
pretende o mais factual e objetivo possível” são subordinadas adjetivas, as
quais serão vistas adiante, mas o que importa é que elas não transmitem o
valor de causa, mas de restrição.
A alternativa (C) é a correta, pois a oração “tendo sido escrito por alguém” é
subordinada adverbial causal reduzida de particípio. Perceba que a ação de
alguém escrever gerou “uma certa dose de paixão” que “acabou se
intrometendo na receita”.
A alternativa (D) está errada, pois a estrutura “uma certa dose de paixão
acabou se intrometendo na receita” é a consequência.
Na alternativa (E), a oração “Para compor essa história,” encontra-se em
relação de finalidade com a sua oração principal “as informações foram
buscadas em primeira mão”, por isso não há causa.

Questão 29
Prova: DPE RS 2011 Defensor Público
Gabarito: E
Comentário: Você está lembrado das construções possíveis da oração
subordinada adverbial consecutiva? Não? Então volte lá e compare a frase
desta questão com a primeira das consecutivas. Veja que a oração principal
recebe um intensificador (tal, tanto, tamanho) e em seguida, na outra oração,
há a conjunção “que”, a qual inicia a oração subordinada adverbial
consecutiva. Lembre-se também de que, quando temos uma oração
subordinada adverbial causal, a sua oração principal terá valor de
consequência, e, quando há oração subordinada adverbial consecutiva, a sua
oração principal terá valor de causa. Veja:
oração principal (valor de causa)
oração subordinada adverbial consecutiva
A neurociência é um campo tão promissor que, nos Estados Unidos, nada

menos que um quinto do financiamento em pesquisas médicas do governo

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federal vai para as tentativas de compreender os mecanismos do cérebro.

Portanto, houve uma causa: a neurociência é muito promissora. Houve uma


ação justificada (tentativas de compreender os mecanismos do cérebro) e sua
consequência: “que, nos Estados Unidos, nada menos que um quinto do
financiamento em pesquisas médicas do governo federal vai para as
tentativas”.

Questão 30
Prova: BB 2006 Escriturário
Gabarito: B
Comentário: Perceba que as duas estruturas “Quando ainda não contidos
pelo estigma de improdutivos” e “quando ainda não constrangidos pela
impaciência”) são subordinadas adverbiais temporais, mas o que importa é
que as duas estão coordenadas entre si e unidas pelo conectivo “por isso”, o
qual transmite conclusão. Como vimos, a oração inicial e sua oração
coordenada conclusiva expressam a relação de causa e consequência,
respectivamente. Veja:
“Quando ainda não contidos pelo estigma de improdutivos, quando por isso
oração inicial
ainda não constrangidos pela impaciência...”
oração coordenada sindética conclusiva

Questão 31
Prova: Metrô 2010 Superior
Gabarito: A
Comentário: O conectivo “Por isso” é coordenado conclusivo. Isso nos mostra
que a estrutura a seguir é uma conclusão de algo dito anteriormente. Perceba
que “Por isso” retoma principalmente os dois últimos períodos do parágrafo
anterior, os quais revelam a causa da extinção de muitos falares indígenas e
de idiomas estrangeiros no Brasil. Assim, a alternativa (A) é a correta.

Questão 32
Prova: TRT 2R 2008 Técnico
Gabarito: A
Comentário: A alternativa (A) está errada porque a palavra “cidade” é sujeito
explícito e implícito dos verbos “teve” e “dar”, respectivamente. Já o verbo
“evoluir” tem como sujeito implícito (elíptico) o substantivo “homem”. Por isso
é a alternativa a ser marcada.
A alternativa (B) está correta, porque o termo “pela sobrevivência pura
e simples” é realmente complemento nominal de “luta”.
Na alternativa (C), as duas orações subordinadas substantivas
completivas nominais reduzidas de infinitivo são “de dar ao homem a
possibilidade” e “de evoluir além da luta pela sobrevivência pura e simples”.
Na alternativa (D), o verbo “dar” é transitivo direto e indireto e seu
objeto direto é “a possibilidade” e o indireto é “ao homem”.
Na alternativa (E), a expressão “o mérito” é objeto direto de “teve”, e “a
possibilidade” é objeto direto de “dar”.

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Questão 33
Prova: Sec Edu SP 2010 Superior
Gabarito: E
Comentário: Perceba que realmente o vocábulo “que” é pronome relativo no
pedido da questão, pois podemos substituí-lo por “a qual”. Veja:
... uma assinatura específica de atividade cerebral a qual envolve o
hipocampo...
Da mesma forma, na alternativa (E), podemos substituir “que” pelo
pronome relativo “o qual”. Por isso é também pronome relativo. Veja:
É notável o fascínio o qual homens de todos os tempos parecem ter
demonstrado pela memória.
Isso já faz com que saibamos a alternativa correta, mas é importante
comentarmos os outros valores do “que”. Acompanhe...
Na alternativa (A), há conjunção integrante, pois se pode substituir a
oração substantiva por “isso”. Veja: Quem sabe isso.
Na alternativa (B), a conjunção “que” pode ser substituída por “mas”,
por isso podemos entender esse “que” como conjunção coordenada
adversativa:
Outros profissionais, mas não os cientistas, também têm muito a dizer sobre
a memória.
Na alternativa (C), a palavra “que” é um pronome indefinido, pois pode
ser substituído pelo pronome de igual valor “qual”
Qual experiência fantástica não deve ser participar de pesquisas sobre a
memória humana!
Na alternativa (D), há apenas uma comparação de superioridade, por
isso o vocábulo “que” é uma conjunção subordinada adverbial comparativa.
Veja:
Não parece haver nada de mais fascinante no estudo do corpo humano do que
as pesquisas sobre o funcionamento do cérebro.

Questão 34
Prova: TRT 16R 2009 técnico
Gabarito: B
Comentário: O primeiro dado para se resolver este tipo de questão é
entender que não se pode separar sujeito de verbo e de complemento por
vírgula. Também não se pode separar o núcleo de qualquer termo de seu
adjunto adnominal por vírgula. As alternativas A, C, D e E fizeram justamente

ê
vírgula empregada incorretamente entre esta locução e seu objeto direto
“uma importante contribuição”.
Na alternativa C, no sujeito “A indústria, de assistência”, há uma vírgula
entre o núcleo “indústria” e seu adjunto adnominal “de assistência”. Além
disso há uma vírgula finalizando uma oração adjetiva; mas não se vê uma

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iniciando (o que será comentado na alternativa B).
Na alternativa D, o verbo “envolve” é transitivo direto e seu objeto
direto “mais de 70 mil estabelecimentos” encontra-se entre vírgulas, o que é
um erro gramatical. Além disso, a expressão “da sustentabilidade ambiental” é
um adjunto adnominal do núcleo do adjunto adverbial de lugar “campo”. Por
isso não pode haver vírgula.
Na alternativa E, há vírgula incorretamente empregada entre o
substantivo “assistência” e seu complemento nominal “à saúde”. Além disso,
há vírgula errada entre a locução verbal “pode, ter”.
Com base nos erros já expressos nas alternativas acima, percebemos
que a correta é a alternativa B. Basta observarmos que a oração “que envolve
mais de 70 mil estabelecimentos” é subordinada adjetiva explicativa, com
vírgula no início e no fim.

Questão 35
Prova: TRT 24 R 2003 Analista
Gabarito: E
Comentário: Será reescrita cada frase para melhor entendimento da
questão. Cada frase errada já estará reescrita corrigida e em negrito a
pontuação adequada.
a) Consta que o nheengatu, uma mistura de termos indígenas com o

português, tem suas raízes no período colonial brasileiro, chegando a ser

proibido por D. João IV em seu intuito de oficializar o português.

A expressão “uma mistura de termos indígenas com o português” é um


aposto explicativo, portanto deve ficar separada por dupla vírgula e não
apenas por uma.

b) A indignação de Bosco Martins é das mais justas, pois, tendo os índios sido

vítimas de tantos crimes, a possível proibição ao “Nheengatu” parece soar

como: mais uma violência injustificável.

A vírgula após a conjunção “pois” ocorreu porque a oração “tendo os


índios sido vítimas de tantos crimes” é subordinada adverbial causal e se
encontra intercalada na oração principal, por isso a dupla vírgula (antes de
“tendo” e depois de “crimes”) está corretamente empregada.
A vírgula antes da conjunção “pois” é usual por iniciar oração
coordenada explicativa. Algumas gramáticas apontam como obrigatória,
outras não. Quando usada, denota mais clareza, mas não se pode considerar
erro a sua falta. O problema está, então, no uso dos dois-pontos após o
vocábulo “como”, o qual inicia o adjunto adverbial de modo. Note que os dois-
pontos podem, algumas vezes, separar a palavra “como” e uma sequência
enumerativa exemplificativa: “Ele fez figuras como: uma casa, um barco e
uma lancha.” “São várias formas, tais como: quadrado, retangular, circular,
etc.”.
Mas da forma como se encontra o vocábulo “como”, a pontuação está

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equivocada.

c) O fato de que cerca de 370 mil pessoas utilizam o nheengatu, mereceria,

por si só, uma atenção especial não só das zelosas autoridades federais como

de todos aqueles que têm visto na cultura popular, uma forma de resistência.

O verbo “mereceria” faz parte da oração principal, cujo sujeito é “O


fato”. Este substantivo é seguido da oração subordinada substantiva
completiva nominal “de que cerca de 370 mil pessoas utilizam o nheengatu”.
Note que esta oração substantiva encontra-se intercalada na oração principal,
por isso deve ser retirada a vírgula antes do verbo “mereceria”. A locução
verbal “têm visto” é transitiva direta e seu objeto direto é “uma forma de
resistência”. Por isso deve-se retirar a vírgula após “popular”. Pode-se
confundir esta vírgula por motivo de adjunto adverbial intercalado. Mas, para
isso, deve-se inserir uma vírgula após a locução “têm visto”, entendendo que
“na cultura popular” é um adjunto adverbial de lugar.

d) Dado que a lei de 1963 não podia prever o advento da Internet, parece
anacrônico hoje em dia estabelecer o confinamento, à frequência de, ondas
curtas, dos programas de rádio transmitidos em língua estrangeira.

A oração subordinada adverbial de causa “Dado que a lei de 1963 não


podia prever o advento da Internet” deve ser separada da oração principal por
estar antecipada. Assim, a vírgula após “internet” está empregada
corretamente. A locução adverbial “à frequência de, ondas curtas, dos
programas de rádio” pode ficar separa por vírgula da estrutura principal. A
vírgula não é obrigatória, porque esse adjunto adverbial encontra-se após a
estrutura principal. Mas, de maneira alguma, as vírgulas entre os adjuntos
adnominais desta locução podem ocorrer. Portanto são elas que trazem
prejuízo à gramaticalidade da frase.

(E) A repórter, precavidamente, valeu-se do dicionário Aurélio, mas


certamente obteria melhores e mais precisas informações acerca do
nheengatu se, em vez de um dicionário, recorresse a um especialista em
línguas indígenas.

O advérbio “precavidamente” está entre vírgulas corretamente. As vírgulas


são facultativas. A conjunção “mas” inicia oração coordenada adversativa, por
isso a vírgula antes dessa conjunção é obrigatória. A expressão “em vez de
um dicionário” é uma locução adverbial, por isso está corretamente entre
vírgulas.

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Questão 36
Prova: TRT 24 R 2006 Técnico
Gabarito: C
Comentário: Como é a mesma frase, ao se explicar a correta,
automaticamente se eliminam as possíveis dúvidas das outras. Veja:

1 2 3
Para proteger os animais, especialmente os silvestres, que são cobiçados por
4 5
seu valor comercial, formaram-se grupos de empresários que se uniram

aos ambientalistas.

A vírgula após “comercial” ocorre por separar a oração subordinada


adverbial de finalidade que se encontra antecipada e sublinhada para melhor
visualização. Note que essa oração1 recebeu uma oração subordinada adjetiva
restritiva3, a qual caracteriza o substantivo “animais”. Entre essas orações não
há vírgula. Mas há um adjunto adverbial intercalado2, por isso ocorre a dupla
vírgula separando “especialmente os silvestres”. A vírgula após “comercial”
ocorre pela antecipação de toda a estrutura adverbial que se encontra
sublinhada1,2,3, composta da oração subordinada adverbial de finalidade 1
“Para proteger os animais“ e sua oração subordinada adjetiva restritiva 3 “que
são cobiçados por seu valor comercial”. A estrutura “formaram-se grupos de
empresários que se uniram aos ambientalistas” é composta da oração
principal4 e sua oração subordinada adjetiva restritiva5.
As outras frases são eliminadas porque ocorrem vírgulas entre os
termos básicos da oração (SVO) e entre núcleo e adjunto adnominal.

Questão 37
Prova: TRT 2R 2008 Técnico
Gabarito: D
Comentário: O travessão normalmente é empregado para isolar um
comentário do autor com diversos valores semânticos, como explicação,
contrastes, justificativas, etc. No caso em tela, o autor fez uma inserção com
sua apreciação, observação, isto é, um dado opinativo sobre o crescimento da
porcentagem referida no texto. Por isso a frase I está correta.
Por observarmos que o comentário do autor se refere ao crescimento da
porcentagem, entende-se que a frase II está incorreta. Perceba que a banca
ainda reforça o erro inserindo o vocábulo “diretamente”.
O comentário do autor pode ser separado por vírgula, travessão ou pode
ficar entre parênteses. No caso deste excerto, o comentário pode ser separado
por vírgula sem incorrer em desvio gramatical.
Portanto, as frases corretas são I e III (alternativa D).

Questão 38
Prova: TRT 24R 2006 Técnico
Gabarito: E
Comentário: O verbo “perde” é transitivo direto, “com o tráfico” é adjunto
adverbial de causa e “uma quantia financeira incalculável” é objeto direto.

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PROFESSOR: DÉCIO TERROR
Na alternativa A, o verbo “investem” é transitivo indireto e “na proteção” é
objeto indireto.
Na alternativa B, o verbo “Compete” é transitivo indireto e “à Justiça” é objeto
indireto. Perceba que “a aplicação” é sujeito.
Na alternativa C, “é” é o verbo de ligação e “prática ilegal” é predicativo.
Na alternativa D, a locução verbal “acabam morrendo” é intransitiva.
Na alternativa E, o verbo “destacam” é transitivo direto e “a necessidade” é
objeto direto. Por isso é a alternativa correta.

Questão 39
Prova: CEF 2011 Advogado
Gabarito: C
Comentário: Na frase “No caso dos donos do mundo, não se devem esperar
exames de consciência mais profundos”, a locução “devem esperar” é
transitiva direta e o pronome “se” é apassivador, por isso o verbo auxiliar
“devem” concorda com o sujeito paciente “exames de consciência mais
profundos”. Assim, a estrutura da frase se encontra na voz passiva sintética.
Perceba que na alternativa B A frase “E se ela não vier”, o “se” é uma
conjunção condicional. Por tudo isso, a correta é a alternativa C.

Índice de provas analisadas nesta aula:

Prova: BACEN 2005 Analista


Prova: CEAL 2005 Advogado
Prova: TRT 24 R 2003 Analista
Prova: BB 2006 Escriturário
Prova: TRT 24 R 2006 Técnico
Prova: TRT 23 R 2007 Técnico
Prova: Fiscal de Rendas SP 2008 Analista
Prova: Metrô 2008 Superior
Prova: Pref Mun Salvador 2008 Médio
Prova: Sec Seg PB 2008 Médio
Prova: TRT 2R 2008 Técnico
Prova: TRT 18R 2008 Analista
Prova: Infraero 2009 Analista
Prova: TRT 16R 2009 Técnico
Prova: BAGAS – 2010 - Analista
Prova: Metrô 2010 Superior
Prova: Sec Edu SP 2010 Superior
Prova: TRT 12 R 2010 Médio
Prova: BB 2011 Escriturário
Prova: DPE RS 2011 Defensor Público
Prova: DPE SP 2011 Superior
Prova: TRT 4R 2011 Analista

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PROFESSOR: DÉCIO TERROR

O que devo tomar nota como mais importante?

• o esquema dos termos básicos da oração;


• o valor das conjunções coordenadas e subordinadas adverbiais e sua
pontuação;
• as vírgulas nas orações subordinadas adverbiais;
• o aposto explicativo e a oração subordinada adjetiva explicativa podem
ser separados por vírgulas, travessões ou parênteses;
• não se pode separar oração subordinada substantiva da principal por
vírgula;
• o pronome relativo “que” pode ser substituído por “o qual” e suas
variações;

Grande abraço!!!
Professor Terror

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