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Universidade Federal de Mato Grosso

Genética Quantitativa
Genética Quantitativa

“É a área da Genética que utiliza ferramentas


estatísticas para estudar caracteres quantitativos
nos quais são controlados por vários genes,
apresentando distribuição contínua e sendo
altamente influenciados pelo ambiente”
Genética Quantitativa
• Caracteres qualitativos x quantitativos
Segregração segue Segregração segue
distribuição descontínua distribuição contínua

Sementes lisas ou enrugadas

Sementes amarelas ou verdes

Flores púrpuras ou brancas


Altura de plantas de trigo
Genética Quantitativa
• Maioria dos caracteres de interesse econômico
– Produção de sementes, frutos
– Altura de plantas
– Produção de madeira
– Peso de sementes
– Resistência a estresses frio, calor, seca
• Estudo genético
– Não é possível utilizar proporções fenotípicas e teste
de X2
– Estatística - médias, variâncias
Genética Quantitativa
Hipótese dos fatores múltiplos ou poligenes
• Por que ocorrem tantos fenótipos?
– Hipótese dos fatores múltiplos ou poligenes
Nilsson-Ehle e East (1910)
“característica é influenciada por um grande
número de genes, cada qual contribuindo com
pequeno efeito para o fenótipo”
• Efeito ambiental
• Genes maiores e menores
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
• Interações alélicas
– Tipo de interação predominante para determinado
caráter
A1 – alelo efetivo
1 2
A A A 1A 1
A 2A 2 µ A2 alelo não efetivo
-a +a

A relação d/a mede o grau de dominância do gene:


d/a = 0,0  Interação aditiva
d/a = 1,0  Dominância completa
d/a>1,0  Sobredominância
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
• Interação alélica aditiva
– Efeitos dos alelos são somados
Considere os genes A e B onde
A1 = B1 = 30 unidades
A2 = B2 = 5 unidades

B 1B 2
B 2B 2 µ B 1B 1
-a +a
d=0
10 35 60 d/a = 0
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
• Interação alélica aditiva A1 = B1 = 30 unidades
A2 = B2 = 5 unidades

A1A1B1B1 X A2A2B2B2
120 unidades 20 unidades

F1 A1A2B1B2
F2
70 unidades
Contribuição do alelo
efetivo
P1  P2 CAE = P1 – P2 / m = 25
F1 
2
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
Genótipos da geração F2 com respectivas frequências e valores
fenotípicos, assumindo interação alélica aditiva

Valor fenotípico
Genótipos Frequência (Fe) Fe . F
(F)

A1A1B1B1 1/16 120 7,500


A1A1B1B2 2/16 95 11,875
A1A1B2B2 1/16 70 4,375 P1  P2
A1A2B1B1 2/16 95 11,876
F1   F2
2
A1A2B1B2 4/16 70 17,500
A1A2B2B2 2/16 45 5,625
A2A2B1B1 1/16 70 4,375
A2A2B1B2 2/16 45 5,625
A2A2B2B2 1/16 20 1,250
Média da F2 = 70,000
Genética Quantitativa
Interações Alélicas

Genótipos dos descendentes obtidos por autofecundação do indivíduo


A1A2B1B1 com respectivas frequências e valores fenotípicos
Genótipos Frequência (Fe) Valor fenotípico (F) Fe . F
A1A1B1B1 1/4 120 30,0
A1A2B1B1 2/4 95 47,5
A2A2B1B1 1/4 70 17,5
Média da descendência = 95,0
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
Genótipos dos descendentes obtidos pelo intecruzamento dos indivíduos
A1A1B1B1, 2 A1A1B1B2, 2 A1A2B1B1, com respectivas frequências e valores
fenotípicos, assumindo interação aditiva
Genótipos Frequência (Fe) Valor fenotípico (F) Fe . F
A1A1B1B1 9/25 120 43,2
A1A1B1B2 6/25 95 22,8
A1A1B2B2 1/25 70 2,8
A1A2B1B1 6/25 95 22,8
A1A2B1B2 2/25 70 5,6
A2A2B1B1 1/25 70 2,8
Média da descendência = 100,0

• A média dos descendentes é a mesma dos indivíduos selecionados


• Melhoramento para caracteres com interação aditiva é feito aos poucos
aumentando a frequência dos melhores genótipos
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
• Interação de Dominância
– Contribuição do loco efetivo
AA = Aa = BB = Bb = 60 unidades
aa = bb = 10 unidades
d=a
BB d/a = 1,0
bb µ Bb
-a +a

10 35 60
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
• Interação de Dominância
– Contribuição do loco efetivo
AA = Aa = BB = Bb = 60 un.
AABB X aabb aa = bb = 10 unidades
120 unidades 20 unidades

F1 AaBb
F2
120 unidades
Contribuição do loco efetivo
CLE = P1 – P2 / m = 50
P1  P2
F1 
2
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
Genótipos da F2 com respectivas frequências e valores fenotípicos, assumindo
interação alélica de dominância completa
Genótipos Frequência Valor fenotípico Fe . F
(Fe) (F)
AABB 1/16 120 7,500
AABb 2/16 120 15,000
AAbb 1/16 70 4,375 P1  P2
AaBB 2/16 120 15,000 F1   F2
2
AaBb 4/16 120 30,000
Aabb 2/16 70 8,750
aaBB 1/16 70 4,375
aaBb 2/16 70 8,750
aabb 1/16 20 1,250
Média da geração F2 = 95,000
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
• Interação de sobredominância
AA = BB = 60 unidades
Aa = Bb = 80 unidades
aa = bb = 10 unidades

bb µ BB Bb
-a +a

10 35 60 80
d

d = 45
d/a = 45/25 = 1,8
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
• Interação de sobredominância
AA = BB = 60 unidades
AABB aabb Aa = Bb = 80 unidades
120 unidades X 20 unidades aa = bb = 10 unidades

F1 AaBb F2

160 unidades

P1  P2
F1 
2
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
Genótipos da F2 com respectivas frequências e valores
fenotípicos, assumindo interação alélica de sobredominância
Genótipos Frequência Valor fenotípico Fe . F
(Fe) (F)
AABB 1/16 120 7,500
AABb 2/16 140 17,500 P1  P2
F1   F2
AAbb 1/16 70 4,375 2
AaBB 2/16 140 17,500
AaBb 4/16 160 40,000
Aabb 2/16 90 11,250
aaBB 1/16 70 4,375
aaBb 2/16 90 11,250
aabb 1/16 20 1,250
Média da geração F2 = 115,000
Genética Quantitativa
Heterose
• Heterose ou vigor híbrido
– Ponto de vista acadêmico: Superioridade da geração F1
em relação a média dos genitores;
– Ponto de Vista Econômico: Superioridade da geração F1
em relação ao melhor genitor;

• Darwin (publicação de 1877)


– Primeiro a conduzir experimentos comparando plantas
oriundas de cruzamentos e autofecundadas;
– Identificou que a altura das plantas oriundas de
cruzamentos foi maior em relação as de
autofecundação;
Genética Quantitativa
Heterose
• O início da concepção da heterose em milho começou com os estudos
de Shull (1908). “The composition of a field of maize”.
“ ... interpretation of increased vigor, size, fruitfulness, speed of
development, resistance to diseases and insect pest or to climatic rigors
manifested by crossbred organisms as compared with corresponding
inbreds as the specific result of unlikeness in the constitutions of uniting
parental gametes... ”

• Foi o primeiro que corretamente interpretou heterose como sendo oposto


da depressão por endogamia e o primeiro a sugerir como a heterose
poderia ser explorada no desenvolvimento de cultivares;
Genética Quantitativa
Heterose
• Heterose ou vigor híbrido
• Pais se complementam - híbridos comerciais
 P1  P2  Interação Dominante ou
h  F1   
 2  Sobredominante

h AABB aabb
F2  F1  X
2 120 unidades 20 unidades

2 g 1  1 F1 AaBb
Fg  F1  g 1 h
2
120 unidades
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
• Características
– Interação aditiva
• Média da F1 é igual a média dos pais
• Média da F1 = F2 = F3 = F∞
• Não existe vigor híbrido
• Distribuição simétrica em F2
– Interação dominante
• Média da F1 é diferente da dos pais
• Média da F1 é diferente da F2 e próximas gerações
• Explora o vigor híbrido
• Distribuição assimétrica em F2
Genética Quantitativa
Interações Alélicas

Distribuição de frequência na F2

a  b  
m
 C ab m i
m i i
m
i 0

m: número de alelos
i: número de alelos efetivos
a: frequência de alelos efetivos
b : frequência de alelos não efetivos
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
m: número de alelos

a  b  
m
 C ab m i
m i i i: número de alelos efetivos
m
i 0 a: frequência de alelos efetivos
b : frequência de alelos não efetivos

Número de alelos Frequência Fenótipos


Efetivos Não efetivos
4 0 C44 (½) 4 x (½)0 = 1/16 120
3 1 C43 (½) 3 x (½)1 = 4/16 95
2 2 C42 (½) 2 x (½)2 = 6/16 70
1 3 C41 (½) 1 x (½)3 = 4/16 45
0 4 C40 (½) 0 x (½)4 = 1/16 20
Genética Quantitativa
Interações Alélicas
m: número de locos

a  b  
m
 C ab m i
m i i i: número de locos efetivos
m
i 0 a: frequência de locos efetivos
b : frequência de locos não efetivos

Número de locos Frequência Fenótipos


Efetivos Não efetivos
2 0 C22 (¾)2 x (¼ )0 = 9/16 120
1 1 C21 (¾)1 x (¼) 1 = 6/16 70
0 2 C20 (¾)0 x (¼)2 = 1/16 20
Predição de Médias

M XY

M - é a média da população descendente do cruzamento;


X e Y – representa a proporção de alelos de cada um dos genitores
que serão cruzados para produzir a população

NHD – número de híbridos duplos possíveis

3( K! ) K ( K  1)( K  2)(k  3)
NHD  
4! ( K  4)! 8
K – número de linhagens
K ( K  1)
NHS 
2
Híbrido Duplo
de Milho
Produção de grãos de milho (t/ha) de cinco linhagens
e de seus respectivos híbridos simples

Linhagens A B C D E
A 1,43 4,93 2,40 6,11 4,51
B 1,58 5,14 4,23 4,17
C 1,40 5,12 5,15
D 1,38 2,21
E 1,26

Fonte: Vencovsky, 1977


Estimativa da produção média esperada dos 15 híbridos
duplos obtidos a partir de cinco linhagens
Híbrido duplo Médias t/ha % de redução na produção da
geração F2
Geração F1 Geração F2
(AxB) x (CxD) 4,47 3,85 13,87
(AxC) x (BxD) 5,33 3,85 27,77
(AxD) x (BxC) 4,17 3,85 7,67
(AxE) x (BxC) 4,16 3,64 12,50
(AxE) x (BxD) 4,36 3,62 16,97
(AxE) x (CxD) 4,06 3,64 10,34
(AxB) x (DxE) 4,76 3,62 23,95
(AxC) x (BxE) 4,93 3,64 26,17
(AxC) x (DxE) 5,22 3,53 32,28
(AxD) x (BxE) 3,97 3,62 8,82
(AxD) x (CxE) 3,56 3,53 0,84
(BxC) x (DxE) 4,67 3,60 22,91
(BxD) x (CxE) 4,16 3,60 13,46
(BxE) x (CxD) 4,18 3,60 13,88
(AxE) x (CxD) 3,97 3,53 11,08
Componentes da Variação Fenotípica

• Qual a importância de estimar os


componentes da variação fenotípica?
– Estudo do controle genético do caráter
– Estimar parâmetros genéticos
• Herdabilidade
• Ganho esperado com a seleção
Componentes da Variação Fenotípica

• Variação fenotípica
• Fenótipo = genótipo + ambiente + (GXE)
   
2
F
2
G
2
E

 G2   F2   E2
• Variância genética é decomposta em:
– Variância aditiva (VA)
– Variância de dominância (VD)
– Variância epistática (VI)
Componentes da Variação Fenotípica

• Exemplo: Diâmetro a altura do peito (DAP) de árvores


de eucalipto aos 78 meses de idade
• As árvores da população oriundas de sementes foram
semeadas e intercaladamente foram colocadas plantas
de um clone

População Clone

Média = 11,3 cm Média = 14,0 cm


Variância = 8,33 cm Variância = 2,30 cm

• Qual a natureza da variação fenotípica?


Coeficiente de Herdabilidade

• Conceito de herdabilidade

• h2 no sentido amplo
 2
h 
2
x100G

 2
F

• h2 no sentido restrito
 2
h 
2
x100A σ2A: variância genética aditiva

 2
F
σ2F: variância fenotípica
Progresso com a Seleção

• Importância para os melhoristas

GS= h2 x ds
h2: herdabilidade
ds: diferencial de seleção
ds = Ms – Mo
Ms: média dos indivíduos selecionados
Mo: média da população original
Progresso com a Seleção

• Média da população melhorada

Mm= Mo + GS

GS: ganho esperado com a seleção


Mo: média da população original

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