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A ILLUSTRAÇÃO Director-Proprietário : MARIANO PINA

PARIS 6." Anno. — Volume VI. — N.« 16 RIO DE JANEIRO


KIPACÇÃO (ADMINISTRAÇÃO ! |3, QUAI VOLTAI RI rOSÉ DS MELLO, 38, RUA DA QUITANDA.

Dirigir todos os pedidos ds assignaturas t números PARIS 20 D'AGOST0 DE 1889 ASSIGNATURAS :


avulso : m Porlug-tl ao SR. Dav.d Corazzi,4ü, rua AUNO (CORTE) 13,000 REIS
4a Atalay*, Lisboa ; e flo IJrajil, ao sr. Jo&è de BKUESTIIB (CORTE) ti.000 —
Mello, 38, rua da Quitanda Rio de Janeiro Gerente em Portugal e Brazil : OAVID CORAZZI. ANNO (PROVÍNCIA) I4.OOO —
Prix du numero à Paris, I franc. Avulso Soo —

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EXPOSIÇÃO DE PARIS. — Os estranobiros contemplando a torre Eiffel das torres do Trocaoero.
242
A 1LLUSTRAÇÃO

plano, oriu que o mesmo


phonographo já havia Vão começar a ter phonographo os tribunaes,
reproduzido mais de 600 vezesI...
camaras municipaes c parlamentos. Depois
seguir-sc-háo os escripiorios do commercio.

l-oi na immensa nave do Quando um sujeito rccommcndar um negocio,


palacio das machi- deverá ter o maior cuidado com o
nas, que eu assisti a uma que disser e
audição do novo pho- com o que
nographo. r propor, aliás o phonographo lá eslá
E nesta Jmmcnsidadc para reproduzir, «t<f 600 vezes, o que ouviu, e
de ferro e de crystal. obrigar o sujeito a cumprir com a sua
por entre milhares dc machinas, algumas ver- palavra.
O phonographo vac d'aqui
adeiras collossos, para o futuro
CHRONICA que se acha installada uma exercer nu meio das gentes uma influencia bem
cabm'lendo inscripta nas
quatro faces a pala- mais poderosa, que a
vra tíiison, em letras d'oiro que exercia esse outro
sobre fundo
O PHONOGRAPHO preto. phonographo inventado pelos velhos moralistas,
DE EDISON Dentro da cabine, cabem e que mais vulgarmente sc conhe.e
apenas umas dez pelo nome
pessoas. Ao centro uma meza. Sobre a meza de— Vo{da Consciência.
i I hu dias á curiosa exhibiçáo uma caixa com
pequenos cy li mires que pare- A Vo$ da Consciência fica hoje
d'uma nova maravilha posta a um
que traz a as- cem leitos de cera, — e
mais o « phonogra- canto... Náo é
signatura de Edison. Essa maravilha para a consciência de ninguém
ASSIS p 10», 1 . ex. o ííhonographo, o que d^aqui para o futuro ha de apellar a nossa
chama-se — o Phonographo. de 1 ans e de Londres, grande successo
Muitos dos por cujas academias e geração, nem as gerações vindouras. Já é escu-
que mc luem devem estar lembra- sociedades scicntilicas elle sada a Consciência — esse velho
dos do espumo tem andado, repre-
que ha cerca de dez turnos causou duzindo a saudação de Edison dos ingênuos — e mais dos tolos! Contra
phonographo
em Lisboa o aos sábios da
primeiro « phonographo » Edison. Europa.., sc
quem
As experiências tiveram logar invocava a Vo\ da Consciência?...
tias saias da So- Contra a
O phonographo actual tem esperteza e o disfarce dos finorios, dos
ciedade de Geographia. Fallava-se as mesmas di- esperta-
a esse pho- mensoes do antigo. Náo tenho lhócs, dos intrujóes e dos mentirosos
nographo a pretenção de
por meio d'uma espccie dc porta-voz lhes descrever agora o ; contra a
invertido. Os sons faziam vibrar apparelho, com todo o ausência de memória de todos
uni estylcie os egoístas, de
rigor d um todos quantos faltavam aos seus compromissos,
physico; nem tão pouco esta chro-
que se ia cravar sobro uma delicada folha dc nica se destina aos sábios.
estanho, de todos quantos se mostravam esquecidos das
que envolvia um cylindro movido pela Na minha
elcctricidade. li qualidade de espectador ignorante suas palavras e das suas
quando o phonographo devia os segredos da promessas...
reproduzir os sons physica, e mais dos mysterios Ea Voz da Consciência, o Arrependimento,
que lhe haviam trunsmittido, dos apparelhos electricos, o Remorso, todas essas velharias
ü phonographo reproduzia-os devo dizer-lhes a
por meio do diflerença do amigo que que só hoje
para o actual phonographo servem de assumpto a moralistas
porta-voz, mas n'um lom tão fanhoso.tão canna consistiu
de agua dóce
rachada, tão bebê de mollas c folie, para mim 11a substituição da lamina e a poetas sem Musas com
quem correr de bra-
que muitos csianho
por cylindros que parecem de cêra, e
dos famosos oradores lisboetas ço dado pelos bosques mysteriosos da Phanta-
que do phono- que se íntroduzem no cylindro do apparelho sia e do Amor, — todas essas velharias
graphose haviam aproximado, sahiram furiosos onde o estylcie riceptor deve falha-
das salas da Sociedade, ouvindo imprimir os sons; vam, de cada voz
a sua voz assim e na substituição do que alguma causa justa estava
tao ridiculumente reproduzido, porta-voz que reproduzia em perigo.
as suas bellas os sons, mas fanhosos,
por um ramo de tubos Agora temos o
phrases de occasião caricaturadas com a mesma de borracha, assentando a raiz phonographo. Hoje temol-o
uievcrencia de sons, com desse ramo so- em cima d'uma meza,
que seus narizes são bre o bocal do para surprehender a voz
caricaturados todas as semanas phonographo, e collocando os dos grandes palradores, a voz dos
cantores e os
pelos diabolicos ouvintes os dois extremos de
cada ramificação sons dos instrumentos. A'manhã
lápis dc Üordallo
pae e Hlho... nos tubos de borracha nos ouvidos, havemos de
Esse primeiro como fazem tel-odo tamanho d'iima machina
phonographo dc Edison não os surdos com os bico; das photographica
cometas acústicas, d algibeira,
passava d uma tentativa - tentativa phonographo para apanhar segre-
que muito t assim, dez ou mais
1°. desejaria ler feito. O famoso inventor pessoas, estão ouvindo dos, conspirações, diálogos d'amor...
com a maior clareza o discurso
americano procurava apenas
ao que se proferiu, Meninas da Baixa, o inundo e' vosso,
provar mundo a poesia graças
que sc recitou, o canto ou o assobio ao phonographo de Edison! Acabaram-se
que o som se podia archivar e fazer ouvir mais se as
tarde, como se que se executou, e até mesmo a musica traições; acabaram-se as mentiras;
guarda pela photographia a ima- que ao acabou-se
longe está executando um
d'um objecto ou d'um indivíduo, piano, ou uma banda a cra das
gem conser- militar ao ar livre... palavras que se diziam sem convic-
vando-se essa imagem indefinidamente. çóes... O velho dictado — « palavras leva-as o
Os discursos
Hoje, porem, socegar que o phonographo me repro- vento » — também morreu! Já não
podem os famosos ora- duziu ha vento
dores Jisboetas, pouco me surprehcnderam, a não ser no nem ventaneira, nem vendaval,
por que a sua voz não será pos- por mais forte
ta em caricatura que diz respeito á clareza da voz e ao timbre, seja, que possa levar uma
pelo phonographo de Edison que
que c conservado com uma exactidáo admira- palavra, uma
O primeiro apparelho debappareceu. syllaba, um simples « ai »!... o simples ruido
Temos vel. Mas o que deveras me surprehendeu,
agora um outro, aperfeiçoadissimo, foi mystenoso e suave d'um beijo —
onde a voz que o phono-
c reproduzida ainda com quando estava sentado, de braços cruzados, com
maior nitidez, com grapho não surprehenda inmediatamente,
os dois tubos dc borracha suspensos para
maior clareza, dos ouvi- o repetir intacto aos séculos
guardando o timbre particular a dos jos tubos terminam que hão-de vir.
cada indivíduo, do por dois tubos de vi- E quando um jovem imprudente,
que no mais aperfeiçoado e dro cm forma de colchete, mas maior
mais poderoso telephonc. para sc poderem dc at annos, disser altas horas, cá
da rua para
suspender faciJmemc), e comecei a ouvir
Poetas, podeis-lhe murmurar uma a janellu d um terceiro andar, onde
ao ouvido as vos- banda militar cxcjutando se agita uma
sas trovas mais sentidas... Oradores admiravelmente a cabecinha morena : - « Amo-te
parlamen- Mat selhe^a e ainda mais: de todo.o meu
tares, podeis-lhe vociferar algumas quando depois de coiaçaol Só tu serás minha, e
d'aquellas mal terminado o hymno, uma multidão para mim as ou-
ferozas apostrophes, com costumaes cuia Iras mulheresser-me-hão táoindlflercnteseomoo
que assus- existencia eu até ali havia ignorado, rompeu
tar e fazer estremecer as velhas em imperador da China ou osulião
paredes de S. hurrahsI, em deZanzibar i »
Bento. . Críticos de botequim, palmas I... —
Que esse jovem imprudente, mas
podeis-lhe sil- Eu assistia em Paris, a uma audição maior
var baixinho os vossos odios, da Mar- de 21 annos, se acautele do
as vossos invejas, selhe^a, executada phonographo...
todas as coisas nojentas por uma banda militar em Assim como a machina de costura
que vós sois capazes de Nova-York ! E ouvia em Paris os hurrahs foi a salva-
forjar contra aquelles e as çao de tanta rapariga bonita que náo sabia
que trabalham e cami- com essa qu*
nham de cabeça levantada... palmas, que multidão, em Nova-York, fazer de seus pés e de suas mãos
Meninas da Baixa havia acolhido a execução da Marselhe^a ; assim o ph<?
- o adoradas meninas I nographo vae ser a salvação
da Baixa! - de todas
podeis-lhe Einstinciivamente3 arrastados quantas
confiar os gemidos do vosso pelo brio da deem fáceis ouvidos a
piano, os soluços musica e pelo enthusiasmo da muliidão palavras que o vento
que sacodem o vosso de leva... ^
peito, os delambidos Nova-York, nós, os ouvintes ali
« ais! » presente.*, iam-
que de vossos lábios se evolam: os Sob este ponto de vista, as vantagens
do pho.
pro- bem começámos a applaudir furiosamente,
tesios d amor em nographo ja sao incalculáveis.
que vós deixaes cahir da altura face d'aquelle maravilhoso apparelho
dos vossos terceiros andares, que assim Mas ainda mais- o hão
sobre as orelhas nos proporcionava as coisas mais exuaordina- de ser,
oabelludas de vanos sargentos damnado investigador de coisas quando um
aspirantes' rias, mais phantaslicas e mais imprevistas. políticas se lera
O phonographo náo mais fará brar de passar em revista, n'uma
a caricatura da Este anno começam na Europa as audição publi
vossa voz. Os vossos berros, applica- ca, os rolos aonde estiveram
os vossos gem idos gravados os dis-
como os vossos assobios, tudo çõus do phonographo. Em todos os
se pode archivar' paizes se cursos d aquelles
pães de patria, cujas opiniões
estão formando companhias
e tudo se poje legar ao anno
3:ooo. Senhores para terem o exclu- e cujo patriotismo variam., conforme
sivo da exploração. os interes-
beira dores da camaru, a ses e as exigencias das suas, respectivas
posteridade c vossa ! O e inson-
Nao so tendes o direito phonographo vas ter tantas applicaçóes daveis barrigas...
dc berrar hoje, mas
também tendes o direito de importantes, como tem o telephone. Cada
continuar berrando pala- Oh! eniao e que o
vra, uma vez phonographo ha de ser o
pela e.trada dos séculos fóra, como se ali proferida diante do phonographo espelho da VerJsde, - e mais oa
pre- vil Humani-
sentes fosseis!... r passará a tei o mesmo valor das palavras
que se dade!...
Ainda ha dias ouvi uma escrevem em papel sellado, nas notas
aria cantada a um d'um ta-
bellião. mariano pina.
A ILLUSTRAÇÃO 24?

Eis a carta: lista recita dc gnln dada em honra.do Schah e A

Sr. Redactor. — A cnmnrn municipal do conselho qual assistio o mais escolhido publico, compunha-
de Ocirns deliberou cm sessão de «3 de agosto de 18K8» se do 4.0 acto do Cid de Massemt, e do bailado
a Tempestade, musica de Ambroise Thomas, sendo
por proposta do seu presidente, promover tuna subs-
cripçõo. nacional . para . levantar cm Paço d'Arcos, um o assumpto extrahido de Shakspeare pelos srs,
padrão 11 memória do seu preclaro conterrâneo e lie- .lules Barhicr e IIanson.
roico patrão Joaquim Lopes, c para isso se constituiu Como todos os grandes bailados, este bailado
em commirisáo alitn de levar a c Hei to *al idtia. também c bastante incommodo e bastante fati-
Demonstrar o fundamento e a justiça d'esta delibera-
gante. apesar de todo o talento dc Ambroise Tho-
ção seria empallidecer a honrosa historia dos grandio- mas. Mas como está posto em scena d'um modo
AS NOSSAS GRAVURAS sissimos feitos humanitários do valente e destemido
marinheiro, feitos não só conhecidos na nossa querida maravilhoso, c é admiravelmente executado por
—o bailado
patria, mas que lambem acharam ecco nos paizus cs- parte da i.ft dançarina Rosit a Mauri
trangeiros, onde existirão hoje, de certo, indivíduos que ainda se supportn.
A EXPOSIÇÃO DE PARIS
devam ao seu ilenodo c humanitarissimos sentimentos, Mas o grande attractivo d a wtse-cn-scene. Nunca
o poderem ainda abraçar um parente estremecido ou a Grande Opera de Paris, que é aliás famosa n'es-
ONTINUAMOS hoje a serie tias nossns um amigo dedicado, tes ponto, attingio um tal esplendor de sccnario,
gravuras acerca da Exposição Universal, Attestam estes altos serviços as honrosas medalhas costumes e machinismos.
gravuras que tão grande successo teem que lhe ornam o peito, onde se abriga um coração que A nossa gravura representa uma das mais bellas
C obtido tanto em Portugal como no Bra- nunca sentiu ambições, nem odios, mas unicamente
uma dedicação cega pelo proxhno. «cenas da Tempestade — a nsccado Somno, quan-
zil.
Fazer aqui a historia d'um dos marinheiros mais do os espíritos das Trevas baixam á Terra, e quan-
Promettemos ao publico que a Iu.ustraçÃo havia
úteis e destemidos que, n'estes últimos cincocnta annos, do Ariel pondo um pé sobre o peito de Caliban o
de ser, em língua portugueza, o álbum mais com-
— tem havido, seria duvidar de quanto v. ama e estre- vence pelo somno. A scena illuminada n'este ins-
pleto da Exposição de 1S89, e parece-nos que mece tudo o que ennobrece e eleva o nosso estimado tante por um luar azul 6 d'um effeito surprehen-
nos podemos orgulhar de termos cumprido em larga
paiz, aos olhos de portuguezes e estrangeiros, Portanto dente. De resto podem julgar pela belleza d'este
escala com a nossa promessa. não a faremos.
ensemble sem egual, graças ao magnífico desenho
No passado numero da Jli.ustraçÃo viram os Poderá parecer estranhu que se pretenda fazer a apo-
de Adrien Marie.
nossos leitores o Pavilhão Portuguez do quai d'Or- theose cm vida d'uin venerando filho do povo, embora
say, e aspectos interiores da deslumbrante installa- justamente merecida. Mas o que constitue o ciou do bailado, o que
Diremos que achamos svmpathica a idéa por poder* chama á Opera milhares e milhares de espectado-
ção devida ao talento de Bordallo Pinheiro. Estas
rnos prestar uma homenagem pessoa! áquelle que tan- res, c a apoiheose, a scena fina], quando sobre a
gravuras eram acompanhadas dos retratos dos
commisarios portuguezes que mais contribuíram
tas mtrece. O facto, todavia, tem precedentes condi- scena que representa o mar entra um navio, todo
gnos, nomeadamente a apothcose de Victor Mugo. engrinaldado de flores e bandeiras, e trazendo a
para o bom êxito da nossa exposição agrícola e Portanto os vereadores da câmara d'Ociras, consti-
colonial. bordo a mais formosa e a mais tentadora tripulação.
tuidos em commissão, deliberaram, como mais um
Hoje vamos mostrar ao publico outros assumptos Basta dizer que a carranca do navio é representa-
merecido p rei to.a o heroe a quem teem a subida honra
não menos interessantes. da por uma lindíssima figurante, vestida de sereia,
de se referir, abrir a subscripção nacional, para o lim
00
Começamos por um curioso desenho do grande acima exposto, no dia do seu anniversario natalicío. Por grandes madeixas de cabellos louros caídos
. Isso .os-abaixo ..assignados se dirigem a v. como di- vento, e o peito vestido por uma couraça de lante-
artista e grande humorista Vierge.
N'esta pagina d'uma verve tão brilhante, mostra- gnissimo redactor do Diário Popular pedindo a emi- joulas d'oiro...
nente fineza de lhes dispensar a sua valiosa coadjuvação Este navio tem 16 metros e 5o cent. de compri-
nos Vierge:
abrindo uma subscripção para o fim indicado no dia mento. E' um navio a valer, que entra pelo fundo
19 de agosto do corrente anno. do theatro do lado direito do espectador, vira de
OS ESTRANGEIROS CONTEMPLANDO Certa das altas qualidades que distinguem a v. e espe-
A TORRE E1FFEL DAS TORRES DO TRO- bordo e avança para o publico como se fosse im
rando por isso a adhesão de v. ao pedido que vem de
CADERO. consignar, a commissão tem a honra de se subscrever pellido por uma onda, até á bocca dascena, dando
uma perfeita illusão de que vem cortando as vagas.
O palacio do Trocadero que foi construido-ex- De v. etc.
Natadas, fadas do mar, gênios graciosos vem na-
pressamente para a Exposição Universal de 1878, Oeiras, paços do conselho, 18 de julho de 1809. dando em torno da immensa e graciosa embarcação,
A vereação do conselho de Oeiras, constituída em
acha-se collocado em frente do Campo de Marte, que traz a bordo um mundo de espíritos harmonio-
commissão para levantar um monumento ao beneme-
e por consequencia, mesmo em frente da famosa samente agrupados... O effeito é dos mais impre-
rito patrão Joaquim Lopes.
torre Eiffel de 3oo metros cTaltura. vistos e dos mais surprehendentes. E este quadro
O presidente, Joaquim Moreira Ratto; o thesoureiro
Ora os visitantes da actuai Exposição que não
João da Matta Martins; os vogaes, Luif Antonio Tei- final da Tempestade constitue uma verdadeira obra-
cessam de admirar de todos os lados de Paris a xeira de Vasconcellos, Pedro Augusto; o secretario, prima de machinismo theatral, como ha muito não
torre Eiffel, vão em romaria ao alto das torres do Ignacio Casimiro Alves d'Azevedo. tínhamos visto em theatros de Paris e Londres.
Trocadero, para onde se sobe por ascensores, e O Schah da Pérsia mostrou-se muito interessado
ahi passam longas horas na contemplação não só UM FOGO D'ARTIFICIO NOS JARDINS DE com o espectaculo, — mas o que mais pare-
da torre, mas também de todo o Campo de Marte. VERSALHES cia interesal-o era a plastica das dançarinas, que
Realmente, o ponto de vista é dos mais extraor- o seu binoculo percorria com uma assiduidade ver-
Não c só em Paris que as festas da Exposição
dinaríos. E é um verdadeiro assombro olhar do dadeiramente oriental.
• Trocadero para a torre, para as fontes, para os pa- teem sido brilhantíssimas. E' também em Ver-
O Schah, para esta recita, deu-se ao incommodo
salhes, e com justa razão por que foi de Versalhes
lacios de Bellas-Artes e das Artes liberaes, para o de nos mostrar as suas pedrarias. Sobre o peito
limborio central, e parauma inlinidadede pavilhões que em 1789 sahio o primeiro grito de liberdade, d'este figurão só se viam brilhantes e esmeraldas
e palacetes de todos os estylos que se acham espa- porque foi de Versalhes onde h<± um século se reu- d'uma grossura extraordinaria. Nenhuma loja de
niram os Estados-geraes a que presidio Luiz XVI,
lhados pelo Campo de Marte, e pelo caes d'Orsay joalheiro de Paris ou Londres é capaz de mostrar
ate d esplanada dos Inválidos. que sahio o primeiro impulso para a Revolução na sua vitrine tanta riqueza, como a que o Schah
franceza.
É' a attitude curiosa dos visitantes na torre do exibio n'aquella noite.
Trocadero, o que o nosso collaborador Vierge N'uma das ultimas testas de Versalhes queimou- N'esta recita de gala na Grande Opera que ficará
se um bello fogo de artificio no parque e jardins,
soube traduzir admiravelmente. famosa entre as festas dadas por oceasião da Ex-
sendo illuminados os famosos jogos d'aguas do pa'
O seu lápis encontra sempre efleitos imprevistos, posição, vimos ahi Conde e Condessa de Valbom—
lacio de Luiz XIV por focos de luz electrica.
e apesar da paralysia que lhe aniquilou o braço di- Carlos Lobo d'Avila— Conde d'Azevedo da Silva
E1 este aspecto phantastico dos jardins, no mo- — Barão de Penedo — Visconde e Viscondessa de •
reito, vendo-se agora obrigado a desenhar com a
mento em que se queima a grande peça final, que Cavalcanti — Eduardo Prado — Gerardo Augusto
mão esquerda — Vierge é ainda o mesmo Vhrge que
o nosso desenhader surprehende com rara felici- Pery — Alfredo Mendes' da Silía e Esposa —
foi o mestre dos desenhadores aqui ha doze annos
dade, dandj uma perfeita idéia do maravilhoso
e q.ue tantos discípulos fez tanto em Hespanha Sant'Anna Nery — Rafael Bordallo Pinheiro — e
d'esta festa nocturna. Mariano Pina — cremos que os únicos convidados
como em França.
portuguezes e brazileiros que ali se achavam. Tam-
O PATRÃO JOAQUIM LOPES « A TEMPESTADE > NA GRANDE OPERA bem haviam sido convidados o sr. Conselheiro Ma-
No dia 6 d'agosto realisou-se na Grande Opera rianno Cyrillo de Carvalho e sua Esposa; mas não
Publicamos em seguida a carta que a Vereação assistiram á recita por se achar em Lisboa o sr.
de Paris a recita de gala ofFerecida pelo Presidente
do conselho de Oeiras, constituída em commissão Marianno de Carvalho.
ao patrão Joaquim Lo- da Republica Franceza, a Sua Majestada o Schah
para erigir um monumento de Pérsia.
_ acaba de enviar ao nosso prezado collega de
peSj O sr. Carnot que está recebendo os seus hospe- A DANÇA DO VENTRE NO CAFÉ EGYPC10
Lisboa, o Diário Popular.
des illustres mais como umgrand seigneur, do que DA RUA DO CAIRO.
Gostosamente a transcrevemos nas columnas da
como um simples cidadão, entendeu que para esta
IlluSTRAçÃo. E fazendo-a acompanhar com um re-
— damos assim um recita de gala não se deviam vender bilhetes, como De todns os espectaculos exoticos que a Exposi-
trato do patrão Joaquim Lopes,
'testemunho do muito
que respeitamos esse geralmente se faz por toda a parte (em Lisboa, por ção de Paris nos offereoe, um dos mais con^urridós
publico exemplo) e alugou toda a sala. E todos os especta- está sendo a chamada dança do ventre, dançada
nobre, valoroso e honrado velho, cujo peito se
acha constellado d'aquellas medalhas que só se
dores eram convidados pelo Presidente e por Ma- por uma authentica almé, a almé Ainsché, no café
dame Carnot. egypcio da rua do Cairo — rua que os no<sos lei-
conquistam pela coragem e pelo valor... e nunca
Os cartões de convite eram assim concebidos : tores já conhecem por um desenho que publicamos
de ministérios, nem por bajulações
pelas intrigas em tempo na IllustraçÃo, quando essa rua.se aca-
em paços reaes. Monsieur le Président de. Ia République et Ma- bou de construir.
Medalhas de salvação! São aquellas diante das dame Carnot prientM..... de vouloir bien lui faire . O Oriente está na moda, o Oriente.in.vade o Occi-
o homem tem obrigação de sc desço-
quaes tedo Vhonneur d'assisier à Ia représentation de Gala qxú dente. E os europeus que n'csie momento inundam
brirl São aquellas que só se obteem pondo em aura lieu au Théâtre National de VOpéra, le Paris, correm para á daitçn do.ventre..com o mesmo
risco a própria existencial... mardi 6 aout, à 9 heures du soir. empenho com que correm para a torre Eiffel.
E só d'essas se acha constellado o peito de Joa-
Fauteuil Eis em que consiste este espectaculo extranho e
1...
quim Lopes
244 A ILLUSTRAÇÃO

estravagante: Entra-se para uma vasta bar- as almés nos poderiam agora suggerlr, —
raça feita de estofos orientais, illuminada e contemplemos o desenho do nosso colla-
borador Adrien Marie, desenho primoroso
por lâmpadas ú'estylo — de resto auxiliadas
por globos dc luz clectrica. pelo seu vigor, pelo seu colorido, e pela
Ao fundo, sobre um estrado guarnecido fidelidade com que reproduz, o estrado do
de enot-mes amolfadas, estfio as almés, e café Egypcio da rua do Cairo, onde tem
lugar todos os dias etodasas noites a famo
por detraz d'ellas ,as pernas cruzadas á sa dança do ventre.
turca, vêem-se sentados os músicos da
orchestra. Uma das raparigas levanta-se e BELLAS-ARTES. —¦ A ONDA »
avança ; os bravos rebentam de todos os
lados misturados com os grilos e guinchos O nosso jornal tem andado tao cheio de
dos músicos que pretendem assim excitar a assumptos de pura reportage, desde que
dançarina... abrio a grande Exposição dé Paris, que
A aimé esto vestida com fazendas de lá nós receamos cahir no desagrado d'aquelles
e de seda de cores vivas; inclina-se; estende dos nossos leitores que preferem á repor-
os braços como para se esperguiçar moi- tage as gravuras puramente e exclusiva-
lemente ; depois aproxima-os em arco da mente artisticas.
sua cabeça, fazendo lilinlar os crotales dc Bem sabemos que a maioria dos nossos
metal que tem nas mãos. E começa uma serie assignantes só quer vêr Exposição e mais
de movimentos extravagantes e lubricos, Exposição. Mas tambem é de justiça náo
de que dão uma vaga idéia certas danças esquecermos que a IllustraçÃo mereceu o
sensuaes da Andaluzia. O ventre começa a suffragio do publico, graças ao cuidado
agitar-se, a tremer, a ser sacudido repetidas com que se oecupava de coisas d'arte,
vezes \ todo o tronco se agita c se extorce ; Para que não digam que fugimos ao velho
só a cabeça se conserva impassível, porque programma e á tradicção, publicamos hoje
sobre £ cabeça a aimé tem de equilibrar uma gravura do bello quadro a Onda de
uma garrafa sem rolha, e cheia de liquido. Madame DumontBreton, a lilha do grande
Um viajante conta que estas dançarinas paysagista francez Jules Breton.
pertencem em grande parte á tribu dos O quadro é soberbo, lembrando pela ru-
Uled-Nails, e que abandonam muito novas deza, pela simplicidade e pela largueza, a
a familia para percorrerem o mundo. Quan- famosa Onda de Courbel, que faz parte das
do ganharam o que ellas consideram como collecções do Luxembourg. E a gravura é
dote, voltam ao paiz natal, e tornam-se ex- simplesmente admirável. O que náo é para
cellentes esposas e boas mães de familia. surprehender, por que traz a assignatura
Talvez... Mas não nos parece que os de Charles Baude.
diversos exercícios e movimentos a que
obriga a dança do vtntre, sejam um cie- O SCHAH DA PÉRSIA EM PARIS.
mento efficaz para as funcçóese deveres da O PATRÃO JOAQUIM LOPES. Parece-nos interessante mostrar aos nos-
maternidade...
Ponhamos de parte as considerações que sos leitores o interior dos aposentos que o

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EXPOSIÇÃO DE PARIS. — Um rodo d'artificio nos jardins de Versalhes.


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24G A 1LLUSTRAÇÃ0
Schah da Pérsio occupou em Paris, no palaccte da
rua Copcrnic que o governo francez alugou, mobi-
louc pôz a disposição do Schah, com o respectivo
pessoal de cosinha, com criados, guardas e solda-
dos.
O palacio por fóra nada tinha de extraordinário
E' do mesmo cstylo dos palacetes francezcs do
bairro da Estreita. Mas dentro, o quarto de cama
do Schah, e o salão que servia também dc sala do
throno achavam-se magniíicnmente mobilados, com
,uma riqueza capaz de rivalisar com as coisas do
Oriente, — d'esse fallado Oriente que afinal é uma
pocilga, a julgar pelos usos c costumes dos seus ha-
bitantes.
Basta dizer-lhes, para fazerem^uma idéia do que
são os orientaes — que o Schah almoça e janta dc
pé, rasga com as mãos as peças de caça que mais
lhe sorriem, e deita os restos para o meio do chão!
Assim procedia no seu palaceteem Paris...
Da cama que os nossos leitores vêem em gravura
nunca elle se servio. O Schah dormio sempre pelo
chão, em cima d'um enxergão que trazia na sua
bagagem.
E no que diz respeito a aceio do corpo, durante
quinze dias que esteve cm Paris, só uma vez foi
tomar banho ao Hammannl...
O que não impede que seja considerado o Rei
dos Reis...
A ALDEIA « CANAQUE » NA ESPLANADA
DOS INVÁLIDOS
N'um grande supplemento mostrou a Ii.lustraçÃo
aos seus leitores o enseniblc da exposição colonial
na Esplunada dos Inválidos. Agora tratamos dc lhes
mostrar aspectos especiaes das diíTerentes exposi-
ções exóticas que ali se admiram.
Hoje mostramos-lhes a aldeia dos canaqucs —
d'estes figurões que vivem sempre nús, e que prefe-
rem á carne de vitella a simples carne humana...
Mas não vão agora pensar que em Paris se mata
agora gente para alimentar estes umaveis amhropo-
phagos; e que ase o governo faz uma tamanha guerra
a Boulanger e Rochefort, é porque os dois se re-
cusaram a ser servidos com batatas fritas ú meza
d'estes terríveis selvagens...
Não se assustem 1 Os sete pretos e as trez pretas
que povoam a aldeia canaque ou caledonense, faliam
quasi todos o francez, e teem prestado grandes ser-
viços á colonia franceza da Nova-Caledonia. Um
d'eUes, dc nome portuguez Pitta, um bello preto de
estatura formidável, é o filho de Gelima, chefe
d'uma im ortante tribu, que em 1873 ajudou as auc-
toridades francezas a repremirem uma terrivel in-
suneicção dos degredados, e recebeu do governo da Grande Opera. — O navio da Tempestade.
Republica uma medalha d'oiro em recompensa da
sua fidelidade e dedicação.
As cabanas coberta.» de palha de milho e trigo são o reide Paris, ó guél O que elle diz, o que elle nas côr de rosa. E' preciso confessar que se sa«
muito pittorescas; umas elevadas e terminando faz, o que elle come, o que elle bebe, eis o que todo hiu bem d'esta prova difficil. Foi paternal e afifa-
em ponta, são as cabanas do chefe; as outras mais o bom parisiense sabe logo pela manhã, á hora
baixassão as do commumdosmortaes. Diante de ca- vel, e nem se mostrou acanhado, nem... temera-
da porta estão collocados blocos de madeira dMtu- do chocolate. Os jornaes abriram uma secçáo rio. Contentou-se com applicar algumas delica-
ras difterentes, grosseiramente esculpidos e pinta- especial — La journée du schah! que o rei dos das palmadinhas no rosto das mais bonitas, e
dos : são os tabus, especie de fetiches e dc ornarnen- reis sediverte todas as noites em recortarcuida- quando lhe pareceu tempo, voltou costas e foi-se
tos com que os canaques costumam guarnecer e de* dosamente e em collar no seu Scraps-book. embora. Dizem que é casto, tanto quanto o pode
corar as suas habitações. Um cabotin no fundo, este soberano de ma- ser um homem que tem 4 esposas e 4 concubi-
O aspecto d'esta aldeia caledoniana é dos mais gica. O seu genero de pose consiste em olhar nas. Mas na P.ersia é raro ser-setao... modesto.
pittorescos. E quando olhamos para as maravilhas para tudo com um semblante impassível, e em O avô d'elle, Teth-Ali-Schah, de patusca me-
coloniaes que a França exhibe nos Inválidos, e virar de repente as costas, pondo-se ao fresco. moria, tinha.400 favoritas no seu harem. Essas
pensamos que nós, portuguezes, nada sabemos mos- E assim o grande ar em Teheran. Lá por den-
trar nem das riquezas, nem do pittoresco que pos- 400 favoritas deram-lhe 700 filhos! Um detalhe
suimos em Afiica, — deveras se nos çonfrange o co- tro, anda preoccupadissimo com o que dizem comico. Conta-se que n'um certo dia oito das
ração, receando pelo dia em que havemos de ser d1elle os jornalistas. Salifou é a mesma coisa. odaliscas tiveram o seu bom succeso ao mesmo
expulsos das nossas colonias, se um homem iner- Ha dias offereceram-lhe uma collecção de todos tempo l
gico não surge em Portugal para transformar to- os artigos publicados a seu respeito. O pretalháo Para occupar os ocios das suas 400 esposas, o
talmente os nossossystemas coloniaes. acceitou com as mãos ambas. Mas quando lhe avô de Nasser-ed-Din imaginara um passa-tem-
apresentaram a conta (140 francos) pôz-se como po original. No seu castello de Nagáristan man-
uma bicha e declarou que não pagava. dara installar uma especie de plano inclinado,
O schah n'este ponto é irreprehensivel. Com- feito de porphiro polido, extremamente escor-
A TRAVÉZ DE PARIS pra tudo o que lhe offrecem e paga-o pelo dobro regadio. Esse plano conduzia á grande piscina
do que lhe pedem. Os seus passeios á exposição onde se banhavam as sultanas. Estas, no mais
Ainda o Schah. — Schah for ever. — Salifou c a chro- vão necessitara creaçáo d^m novo imposto na primitivo dostrajos, deviam escorregar pelo de-
nica. — O Schah e o corpo de baile. — Uma Pérsia. Ha dias encontrou ao pé da torre Eiffel clive polido e cahirem finalmente na piscina.
delicada. — Um tyrano alegre. — FcJix Pyat. — prova
Onde um preto que vendia uns oculos de papel pinta- O schah, entretanto, mollemente reclinado em
q— ternura se vtie anichar.—Como se evita uma penhora. do em vez de vidros, reclames a um industrial cochins, fumando o narguileh, seguia com um
As aventuras d'uma horisontal. qualquer. O schah, seduzido, mandou que um interesse fácil de comprehender este jogo de
dos seus fâmulos pozesse os ditos oculos no na- montanhas-russas de novo systema, divertidissi-
parisiense acaba de riz. O effeito agradou-lhe decerto, porque os mo com os gritos e attitudes mais ou menos
dar um desmentido cruel áallocução pagou por dois luizes. Os oculos valiam dois suggestivus das suas odaliscas.
pouco circumspecta que me permitti sons. Digam-me depois se vale realmente a perça
OPAPALV1SMOdirigir na minha ultima chonica ao Ha dias submetteram-nVa uma experienciain* ser rei constitucional l
schah 1 A pasmaceira forço so me é confessal-o, teressante. Levaram-n1o cavilosamenteao fqyér
excedeutoda a nossa espectativa. Enfoncé, Salifou de dansa da Opera, e metteram-no n'um circulo Grande baixa nas acçóes de minas de
e toda a mais pretalhada. O schah é actualmeme de hombros nús, de corpetes de gaze, e de per- troleo! Morreu Félix Pyat. E' um luto para pe-
as
A ILLUSTRAÇÃO 247
™ ° infame Cflí"'- Lot1»* belle "Quando
íàr.Hnüüi'
tal tripudio
tlipudia de í?,mp3."!?çil0
_f júbilo.
mbi n Felix
F<í1Íy Pyut
P»™* era
«.-n depois
,-u„«i» da
j- na *„>aii„ a. filie du monde ne peut donner que l. Esta embrulhada vae ter cm breves dias o seu
morte de Blanqui, o mais
ce qtt'elle a. r\ 1- _nGouffé...**_ A... ....
partia, a lcttra es. desenlace correcciomal. Mlle de Sombreuil
perfeito specimen tava pago, mas náo em espécies sonoras e tilin- apanhará alguns mezes dc cadela, e será de novo
danarchiss hirsuto e trovejame
que nos res- tantes. Gouffé, chegando ao escriptorio, indem- reconduzida á fronteira. Em segunda 00
tava. Passava annos da vido na qui,
palha liumida nisuva do seu bolso o estofador, o joalheiro ou cila se apressará a voltar a Paris e a
das masmorras e comendo ò negro do exi- a modista, e inscrevia no seu canhenho don- ma recomeçará. pantomi-
pão
lio. Estas duas melophoros —assaz conhecidas,
juanesco uma nuova conquista. Já vcem que era A justiça devia ter espirito uma vez na vida e
eram ainda assim as melhores da sua rhetorica simples como bons dias.
dur-sc por vencida. N'esla lucla que
de meetingueiro. Tinha 79 primaveras e estava Isto consolava Gouffé do desprestigio da sua dois annos, já dura ha
fulo como nos annos ternos. Durante a com- a interessante horisontàl tem a opi-
profissão. Em França o liuissier é com effeito nião pelo seu lado. Muis cedo ou mais tarde,
muna, o aspecto da sua guedelha branca e da universalmente detestado. O instineto
sua face cabelluda de homem-cáo era uma das vê n'elle uma espécie de carrasco popular ella sempre ha de encontrar alguém com
do civel, quem se case.e a policia não terá remédio senão
curiosidades de Paris. Foi um dos
grandes quasi tâo hediondo como o oulro. A conhecida deixal-a entrar iriumphantemente na sua boa
ebrios d'essa orgia ensangüentada — ebrio so- resposta dc Dumas
bretudo de palavras, de discursos incendiados, cos pue aquém pediam dez fran- cidade du Paris. Consentindo desde ja n'este ca-
para ajuda do enterro d'um liuissier : — To- pricho, a policia poupava uma victima. Espere-
d'apostrophes furibundas. Como a maior mem Id Soe enterrem dois! — exprime cômica- mos que esta consideração humanitária influirá
parte
dos agitadores, era, ao que
parece, extrema- menie esto repugnância que até certo ponto se ex- na sentença dos futuros
mente prudente, e foi por varias vezes aceusado juizes.
plica pela brutalidade com que estes officiaes de
de haver mostrado, na. hora do GIESS.
perigo, nervos... justiça desempenham por vezes o seu mister.
um pouco mais sensíveis do que convém a um Gouffé
parece que era uma excepção, como já dis-
revolucionário. Mais feliz que Raoul Rigault, se. A ter de desappareeer um liuissier, é realmente
consegue escapar ao pelotão de Satory e foge pena
que tivesse sido elle. Esperemos ao menos
para Inglaterra onde os jornaes lhe levam um com as lindas moradoras dos bairros
dia a noticia da sua condemnaçáo á morte. Al- que este eclypse não seja absoluto, e galantes,
guns annos depois, o decreto de amnistia re- ressurja em breve, mais terno, affavel e sensível
que Gouflé O CERCO no PORTO
abre-lhe as portas da França. Está septuagena- do nunca.

H
que
rio já — e mais furibundo do que nunca. Mar- ,*, Cá a temos oulra vez! Mas quem? Ora AVIA tres dias que o Marechal
selha manda-o ao parlamento; e durante dois quem ha de ser senão essa encantadora Mlle. de Solignac desembarcara no Porto
annos o velho petroleiro consegue ser o mais Sombreuil, cujas façanhas tantas vezes teem sido
allucinado, o mais excessivo, o mais violento narradas na chronica com alguns soldados belgas, e
parisiense. Não ignoram os com elles entrou tambem
dos energúmenos que o compunham. A ultima leitores que esta horizontal de marca, cuja liga- para dentro do
vez que lá ergueu a voz foi para pedir a amnis- ção com o deputado Vergoin cerco um terrível inimigo— o Cholera-mor-
pertence já ago- bus. Aos tifos,
tia de Berezowski, o polaco que tentou assassi- ra á historia da terceira r foi expulsa que já devastavam a cidade
naro czar durante a Exposição de 1867. Era de França ha 2 ou 'í annos publica, em virtude de um veiu ajuntar-se mais essa desolação para tor-
por esta forma que Félix Pyat pretendia agen- mandado regular da policia franceza. Mlle. de nar mais completo o triumvirato da morte.
ciar a alliança franco-russa. Sombreuil jurou que tal expulsão náo se effec- De cem'pessoas atacadas diariamente suecum-
Na sua mocidade, Félix Pyat commettera va- tuaria. Assim que os dois
gendarmes encarrega- bia o terço. A fome ia chegando ao desespe-
ríos dramas um dos quaes, o Trapeiro de Paris, dos de a collocarem do outro lado da fronteira ro,
porque além das forças inimigas, desde
teve um exilo doido mesmo em Portugal onde viraram costas, tomou rapidamente o sleeping
as pretenções socialistas da peça passaram des- janeiro que os vendavaes bloqueavam a bar-
para Paris. Dias depois a policia deitava-lhe a ra. A' falta de carne os doentes eram sus-
percebidas; era porém um grosso drama roman- unha outra vez. A partir d'esse momento a exis- tentados a sopa de bacalhau, os caldos
tico-sentimental, e a Baixa delirou. Além do tencia da bella horizontal converteu-se n'uma tem-
Trapeiro e de outros dramas, Félix Pyat escre- verdadeira pantomima de clown, peravam-se com assucar e aguardente; as
gênero Lauri- camas eram desfeitas
veu vários pamphletos n'um estylo de fanático. Lauri, com a clássica para sustentarem a ca-
perseguição de fantoche
Era em todo o caso uma singular figura este vestido de preto e calçado de escarpins de metro valiam; e além dos preços dos gêneros mais
velho refractario que conseguiu chegar ás mais e meio, que se esgueira urgentes os mercieiros vendiam falsificações
pela portinhòla d'um
geladas steppes da vida levando intactos os en- fiacre com quatro policemen á perna, se enfia doentias taes como de azeite e oleo dé li-
thusiasmos, as illusões, os amores e os ódios por uma janella, para surgir de dentro d'um nhaça, ou de manteiga e cebo. Era
preciso
da mocidade, e cuja existências se pode talvez de- relógio de parede e engatinhar, sempre seguida luetar com a fome, e em fevereiro come-
finir por esta forma — uma barricada que du- pelos quatro j70/icemen,
por uma chaminé aci- çou a distribuir-se uma sopa econômica de
rou 80 annos •' ma! Mlle. de Sombreuil e os seus dois gendar- um quartilho de caldo de feijão com arroz e
,% Levou tal sumiço um beleguim, que a po- mes offerecem o mesmo aspecto acrobatico e farinha de trigo; no
licia parisiense ainda lhe não poude encontrar o clownesco. Cinco vezes foi visto este primeiro dia aceudiram
vestígio. Náo era um official de diligencias vul- travagante tomar o. caminho dafronteira grupo ex- trezentas pessoas, ao segundo subiram
Belga. a setecentas as rações. Emfim, desde já
gar o snr. Gouffé, que possuía uma fortuna de Cinco vezes, vingativa e lépida, a referida para- a perda
trezentos mil francos em excellentcs valores de lella (paral.ella é na do redueto de Monte do Crato^que Solignac
geometria deBreda-Street
dae-de-familia, e que fazia quarenta mil fran- synonimo de horisontàl) reapareceu no asphalto apenas conservou oito horas, as condições
cos de honorários todos os annos. Quando parisiense a escarnecer da magestade da de resistências da cidade tornaram-se deses-
constou o seu desapparecimento, julgou-se a Multas, admoestações, alguns mezes de enxovia justiça.
peradas ; derrotado tambem na sua tentati-
principio que elle tivesse comido la grenottille, mesmo, náo conseguiram demovel-a da sua vo de assalto ao Castello de Queijo, em 24
o que em argot parisiense, exprime a situação idea fixa. Ella quer Paris e só Paris. de janeiro, a conseqüência desastrosa fez-se
do depositário infiel que dissipa cs valores que D'esta vez o seu caso complica-se. logo sentir : o inimigo comprehendeu
lhe foram confiados. A rá, porém, ó maravilha! M"" de Sombreuil fora expulsa como extran- fechando a barra do Porto venceria o cerco que
estava intacta. No cofre de Gouffé existia não geira, visto ser a mais cabeçuda das súbditas do fome. Para isso fortificou
só toda a importância de que elle era responsa- rei Leopoldo. Para adquirira estatuto civil fran- pela quasi toda a
costa e levantou a terrível bateria de Serrai-
vel, mas uma fortuna pessoal d'elle em excel- cez,. era-lhe necessário achar alguém
que a
lentes titulos, como já disse. N'esse caso, por- desposasse. Mas onde encontrar esse homem ves, que cortava toda a communicação com a
que desappareceu Gouffé? Náo se sabe. destemido e sem escrúpulos pueris?- Procura e Foz. Pelo seu lado os liberaes reforçaram o
Imagina-se um crime. Gouffé tinha um fraco. acharás, diz a Biblia. Mlle de Sombreuil redueto da Senhora da Luz e oecuparam
pro-
Era um beleguim terno, e um venusiarco infati- curou é achou um pobre diabo, que desejava immediatamente as alturas do Pastelleiro e
gavel. A lista das suas relações amorosas se não entrar para uma especiede asylo particular, mas do Pinhal. Mas a resistência ia-se tornando
chegava ás mille e ire de D. João, attingia com- que não tinha senão metade da somma neces- cada vez mais inútil, porque além da chuva
tudo algarismos extremamente respeitáveis. As saria. Em troca da outra metade, elle estava de granadas que cahia dia e noite sobre ã
, funeções de seu cargo forneciam-lhe oceasiões prompto a casar com Satanaz em pessoa, e cidade, além da recrudesceucia do Cholera
únicas, que o marau não deixava escapar. Mlle de Sombreuil pareceu-lhe mesmo um bom
para o qual já não bastava o hospital da
Quando elle surgia, fatal como o destino, no partido. Esta união esperançosa náo chegou dos Congregados, o mar conservava-
dia do vencimento das lettras, á porta dos pe- porém a realisar-se. Ao que parece a sympa- quinta
se tão tempestuoso que não era possivel ap-
quenos palacetes do bairro Monceau onde vi- thica maluca começara por se apoderar das eco-
vem as beiles petites, era muitas vezes convi- nomias do velho, e entrara n'ellas com tal anciã parecer vela alguma no horisonte I Foram
dado a entrar e admittido á presença da gentil que o único asylo a que elle pode agora aspirar quarenta dias sem esperança, quarenta dias
devedora. Scena muda. Gouffé sacava do bolso é o da mendicidade. A policia interveiu no em que esteve tudo perdido, menos a forca
a temerosa folha de papel -Ado lado, e exhibia-a caso sobre a denuncia d'um certo senhor B. em moral.
com um gesto implacável. devedora encolhia casa de quem Mlle de Sombreuil se instaliara, A historia official,. subordinada á exacção
os hombros e abria os braços como no encan- e de casa de quem se náo queria ir embora nem dos boletins de campanha, náo allude a este *
tadordesenhode Forain que tem por legenda — á mão de Deus Padre.
periodo dos quarenta dias do principio do
m

'Iff-!
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EXPOSIÇÃO DE PARIS. — A dança do « ventre » no café egypcio da rua do Caibo.


BELLAS-ARTES. — A' BEIRA-MAR. - A ONDA.

Quadro de M»® Dumont-Breton.


A ILLIJSTRAÇÃO

anno dc^ 1833, e comtudo n'esse Oh homem I Outro filho


período dc o caracterisa a Ordenação do reino; chama- f
desolação extrema é
• maiores que se praticaram os va-se Cosme Martins. Assim que D. Pedro
E mais
que tivesse; esse é o meu For-
rasgos de validez moral : todos fo- deu por elle no tropcl, destacou-se dos offi- tunato; e quando não está no fogo da bate-
ram lieroes, as mulheres e os velhos.
É pe- ciaes e veiu fallar-lhe : ria, fica de semana em serviço medico no
na, que homens do talento de Garrett e Outra vez
de Hospital dos Cholericos
por aqui com este fogo? de S. Pedro d'Al-
Hcrculano, e mesmo Tenho cá um outro filho.
generaes que sabiam cantara.
trocar a espada ¦—Um outro filho? Como se chamam os
pela pena c que foram he- D. Pedro emmudeceu diante da revelação
roes n'esscs
grandes dias de sacrifício, nun- rapazes ? casual de um tão completo sacrifício. Abra-
ca se lembrassem decolligir as sublimes tra- Na bateria da Luz é o meu Eduardo, çou o velho, porque não poude articular pala-
diçoes épicas
que ainda casualmente se re- tem dezenove annos feitos. vras, e os olhos marejaram-se-lhe de la-
pelem do cerco do Porto. Essas tradições Pôde com a espingarda. E o outro ? grymas. Aquelia natureza egoísta, como a
vao-se perdendo com toda a Está aqui rias Antas; e o meu Thomaz,
poesia de um de todos ospríncipes, insensivel á dedica-
povo que se esquece do seu passado. Conta-
já formado em leis. ção como o revela a demissão do grande Mou-
remos um d'esses esplendidos episodios Em meio da conversa D. Pedro foi inter- sinlio da Silveira, foi uma vez tocada
desconhecidos pela
dos historiadores, mas con- rompido por uma d'estes circumstancias que realidade das cousas. As
servados ainda palavras desinte-
na vida
burgueza do Porto ; se dão em todo o campo de batalha; vieram ressadas daquelle velho revelaram-lhe que
pinta-nos o espírito de resistencia com que contar-lhe como se achara uma carta na al- se elle sabia sacrificar-se
a cidade se achava n'esses por uma filha, nin-
quarenta dias de- gibeira de um morto por onde se sabia que guem, cm uma cidade sem muros, cercada
cisivos.
era o maior dos Realengos de Trancoso. por mais de oitenta mil inimigos, dizimada
A 4 de março as tropas de D. Miguel fo-
Não sc tornaram mais a ver. pela peste, apertada pela fome, ameaçada pe-
ram atacar as posições dos liberaes na Foz,
A sete de abril lo saque, ninguém
descobriu-se a longa esta- poupava o seu sangue,
seguros de que era
já impossível sustentai- cada feita pelos migueis desde as porque todos queriam converter a liberda-
as mais tempo; no meio da sua hallucinação primeiras
casas de ParanhosatéáEirado Covêlo. de em direito.. O sacrifício de um
Que- pae ficava
os atacados tomaram a offensiva, e os rebel-
riam fortificar-se ali; não havia tempo a supplantado
per- pelo sacrifício a uma geração
des retiraram-se deixando duzentos mortos der; era preciso desalojal-os. A artilheria inteira. Que bella gente essa, bem digna de
no campo. D. Pedro, que gastava os seus dos liberaes começou a responder desde as fundar para si um Republica, sem os sofis-
esforços em conciliar os generaes despeita- nove da manhã, e durou o fogo até ás seis mas de uma carta outorgada.
dos, apparecia sempre em todos os momen- da tarde. Cruzaram-se as baterias da Gloria,
tos de conflicto. Era TEOPHILO BRAGA.
junto dos soldados, ao do Pico das medalhas, do Serio, da Aguar-
pé dos voluntários burçuezes, que elle read- dente e de S. Braz. Uma força de mil ho-
quiria confiança, e se mostrava alegre, pre- mens saiu fora das linhas
para tomar de as-
sentindo o triumpho da causa da liberdade.
salto o monte de Covêlo, que os inimigos FLORES DO AR
D. Pedro appareceu na bateria da Luz; foi
abandonaram. Porém no dia 10 os migueis
ahi que se lhe tornou reparavel um velho
que voltaram com intuito de retomar os pontos
elle encontrava sempre vagabundo
pelas li- perdidos, onde os liberaes tinham levantado
nhas, nos pontos em
que eram mais renhi- um redueto em menos de oito horas. Esta-
dos os ataques. Notou que o velho andava Quando no céu vos vejo, claridades,
vam lá dentro apenas duzentos soldados; fo- Companheiras celestes dos meus ais,
desarmado, e observando diligentemente, ram atacados por mais de dois mil dos rebel- Sinto não sei que languidas saudades
não pôde deixar de dirigir-se ao velho com des, que chegaram até dez passos de distan- Doutros tempos passados. immortaes.
um interesse e familiaridade em
parte pro- cia. No meio do fogo quasi á queima-roupa, E pergunto quem sois? Talveçsuspensas
vocada pelo aspecto venerando e cheio de
jogavam-se os insultos que tornavam mais Citaras de marfim dHmmenso còro,
auetoridade:
violento o ataque; perguntavam-lhes se tra- Gotas d}orvalho em arvores immensas,
Amigo !
que faz você por aqui i zíam os saccos para fazerem a pilhagem da Eternas, velhas tampadas de ouro!
—- Senhor, tenho aqui nas linhas um fi-
cidade. Foram momentos decisivos; duzeri-
lho. Talve\ sejaes as setias encravadas
tos homens livres poderam esmagar dois D1alguem que noutro tempo vos venceu,
Bem; então ,
ande por ahi á vontade se
mil janizaros. Velhas'feridas aindanão fechadas,
não tem medo das balas.
No meio desse implacavel desbarato, an- E cicatrizes Incidas do céu,
Medo das balas? Isso são confeitos de
dava D. Pedro, e quando tornou a avistar o Areias d^ouro d'aridos desertos
noivado. Não tivesse eu cá os meus setenta
velho, que estava envolvido em um antigo Ou engastados prantos d'infelizes,
e quatro, que outro gallo cantaria.
capote de camelão, surriu-separa elle como — Grandes
O seu filho, vê-o d'ahi ? fruetos do Bem nos céus abertos,
quem o tomava já como um presagio de feli- De que em baixo só vemos as rai\es!
. — Por ora ainda o vejo. Não estou aqui
cidade. E emquanto se tocava a reunir, D.
por ter medo de perdel-o, é para ir socegar
Pedro foi para elle, esfregando as mãos:
as mulheres, as irmans, que sempre estão
Olá, bom homem.
com algum cuidado. Querem saber alguma 11
Senhor D. Pedro. Elles hoje é
cousa das linhas. que pa-

Este dialogo foi interrompido por um to- garam o vinho. Quem sois? quem sois? ó doces exiladas,
E bem Então você Perdidas, entre os rythmos da a f/lição!
pago. tem por cá
que de carga á baioneta; pôde-se imaginar Almas, tristes vencidas, desgarradas
mais algum filho ?
quem Irouxe para a cidade a noticia do triun- Z^Aquellas que buscamos tanto em vão!
O velho não pôde deixar de sorrir-se com
fo. Chegou o terrível dia 24 de maio; estava
a pergunta maliciosa, e respondeu com uma
acabado de construir o redueto das Antas, Quem sois? quem sois?—Talve\ no ar perdidas
serenidade : Notas d'ouro de vaga melodia,
guardado apenas por trinta soldados de ca- Tenho aqui mais outro filho; Longos prantos das deusas perseguidas,
çadores 5. Nisto as tropas inimigas, em nu- Outro Ouanneis doscabellos de Maria!
filho, homem! De dous sei eu.
mero de dois mil homens, tomaram o reduc-
Este é o
to das Antas! precisoEra desapossal-os, a que me ajuda no officio; ficou Regiões onde, ó mal! tu não penetras, ,
todo o transe, e de facto não poderam con- de hontem para hoje no redueto do Covêlo, Grande Biblia d^amor escrita em lu
e já sei que está são como um pero... Ou eternas talveç doiradas letras
servar o redueto além das tres horas da tar-
—Parabéns, amigo, De novos evangelhos de Jesus.
de desse dia. Infanteria trez, nove e dez, . parabéns. Com que
então, na bateria da Luz, um; no redueto do Fantasticos paires das esperanças,
quarenta lanceiros, e um batalhão inglez
cumpriram o seu dever; foi uma refrega Monte das Antas, outro; no Covêlo... lalve\ urnas de cin\as e illusôes.
—- É o meu filho Cosme. Astros do ar, agudos como lanças,
atroz. O monte das Antas ficou juncado de —Porque é
cadaveres; mais adiante na Casa Negra era
Ainda tem mais algum ? que nos feris os corações? !
ainda maior a carnificina, O velho sorriu-se, como quem buscara

Foi no combate da retomada das Antas atenuar uma frase que pode ser tomada co-
mo expressão de vaidade:
que D. Pedro tornou a encontrar o velho
Não PODE ARROZ RUSSO
burguez; já lhe haviam dito como se cha- queria fatiar do outro filho que Adherente, Sutustnti, Inrlslrei
mava. Era o contraste do ouro, o tipo do tenho na bateria do Pico das Medalhas, an- Preparada por violet
TSARINE 29. Boul4 dea Italiens. PAR1Z
antigo homem bom, chão e abonado, como tes de me encontrar alicomvossa maj
!«-..

252 A ILLUSTRAQAO

O QUARTO DE DORMIR DO ScHAH DA PERSIA.

^11 ii ill I llilif

IEII1

O SALÃO E O THRONO DO SCHAH DA PÉRSIA.

O SCHAH DA PERSIA EM PARIS. — Aspecto dos aposentos onde ò Schah habitou.


A ILLUSTRAÇÃO 253

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tâ$______ui^^w*

EXPOSIÇÃO DE PARIS. — A aldeia « canaque » na Esplanada dos Inválidos.


A ILLUSTRAÇÂO

E em Portugal também, onde a população dimi- Os habitantes do interior são os que mais soffre-
nue pelo augmento sempre crescente das correntes ram.
AILLUSTRAÇÂO
de emigração para o Brazil.
VJCTIMAS DO MAR
AOS NOSSOS LEITORES
NOVO CANAL Acaba de se orgmisar em Inglaterra a primeira
Temos o prazer de annunciar para muito estatística indicando o numero dé pessoas que
breve aos nossos assignantes uma inovação Os estudos preliminares para o córte do isthmo perderam a vida em navios de commercio ou de
de Pcrecop estão já concluídos, c os trabalhos pesca.
que a ILLUSTRAÇÂO vae inaugurar, e que
d'excavaçno do canal vão começar inunediatamente. Contam-se cerca de 3o:ooo victimes, n'estes dez
a oolloca definitivamente ao par dos primei-
Duas grandes pontes de ferro reunirão n brimea ao últimos annos, na marinha ingleza, A cifra annua!
ros jornaes do seu genero, de Paris e de Lon-
continente. dos mortos variou de 3512 em 1882 a 2071 em 1888.
dres. Como se vc, a febre da perfuração dos isthmos
Esta inovação puramente litteraria e artis- ainda não parou... K apessar de ainda ha mezes se UM KNOKMIS BACALHAU
tica é uma perfeita novidade em Portugal e terem perdido 1:400 milhões dc francos Í25-í:ooo Acabam de pescar em Lofoten (Noruega) um ba-
Brazil; e estamos certos de que ha de ser contos de reis !!!) na aventura de Panam:i, nem por calhau d'um volume extraordinário. Pe«ava 3i kilo-
isso os capitaes deixam de ufíluir para a abertura
acolhida com o mesmo interesse e a mesma grammas e media tm62 de comprimento.
dc novos canaes marítimos, de resultados muito i"',5o é já um comprimento excepcional entre os
sympathia. com que toem sido recebidos os
problemáticos. bacalhaus, comprimento que só se encontra nos
números da ILLUSTRAÇÂO ácerca da gran-
exemplares muito velhos. A cabeça do bacalhau
de Exposição Universal de Paris. ki-tkitos i>a ci:r.LULoYnv:.
que acabam de pescar media om,42.
Não podemos ser hoje mais explícitos, não Conta o sr. Faucher, na Revue d'llj'^icne, o cu- Alem dos restos de diversos fescins, encontraram-
só porque as bôas surprezas é que constituem ri- so caso d'uma menina quo queimou os cabellos e se no estomago d'este bacalhau, e quasi inteirais, as
o interesse do jornalismo, — mas também parte da cabeça com u inflammaçáo súbita d'um espinhas dorsaes de dois bacalhaus de tamanho re-
pente de celluloide, aquecido pela aproximação guiar, o que dá idéia da voracidade d'estes peixes.
porquenãoqueremosdar azo a imitadores ou
d'um pequeno fogão de ferro onde se aqueciam
a concurrentes, de que nos sigam as pisadas,
ferros de engommar. A cabeça da criança estava A POPULAÇÃO UM I''RANÇA
e nos roubem as idéias.
distante do fogão 5o .1 Ho centímetros, no momento Já está em vigor a lei que exempta do pagamento
A grande novidade da ILLUSTRAÇÂO será do desastre. das contribuições pessoal e mobiliária o pae e a
um extraordinário melhoramento, que os as- A celluloide fabrica-se com um papel fino pvroxi- mãe de sete filhos.
signantes nos hão de agradecer profunda- Indo, que se pisa ou se faz cm pasta com 1 5 a 20 por Esta medida é destinada a remediar a diminuição
100 de comphora, addicionado de diversas mate» de população em França. Mas as causas d'esta di-
mente.
rias colorantes, depois misturado com álcool de minuição são seguramente mais complexas do que
Mais alguns números, — e poderemos então Go graus, c finalmente comprimido em pedaços julgam os legisladores, e o numero de sete filhos é
desvendar o mysteriol... espessos sob uma pressão de i5o athmospheras e muito elevado para que a nova lei tenha uma in-
Que os nossos leitores se preparem a uma temperatura de 90 graus. fluencia sensível na fecundidade dos casàes.
para
Pela sua composição em pyroxilado, camphora e
uma agradavel surpreza...
álcool, secomprehende como a celluloide deva ser QUESTOKS AGItJCOLAS
i eminentemente combustível. E a combustão faz-se Um projecto de lei acaba de ser submettido á
com grande vivacidade á temperatura de 240graus. câmara dos Communs, em Inglaterra,
para que se
Além de quê, a celluloide não pode supportar de aos alumnos das escolas primarias uma certa
PERFUMARIA MEDICIS
Oüblli, (», J3oulevard de Sirasbourg, Paris muito tempo a acção do calor sem se decompor somma de conhecimentos agrícolas elementares.
subitamente. Os promotores do projecto, entre os quaes se vê
iiiiiiimiiiiiiiiiiiiiimmiiiMiiiiiiiiiiiiiiiiiii Finalmente, os pente-: de celluloide, imitação de o nome de sir John Lubbock, esperam d'este modo
tartaruga, como todos os objectos em celluloide que
A REVISTA DAS REVISTAS prestar alguns serviços á causa da agricultura.
andam á venda pelos bazares c quinquilharias, ar-
dem com terrível vivacidade a uma temperatura de iMETHODO Pasteur.
O EXCESSO DA POPULAÇÃO 240 graus, e decompóe-se a uma temperatura de O correspondente de Roma para o Daily Neivs,
200 graus. annuncia que a municipalidade de Roma decidio
Drysdalc, dc Londres, fez ao congresso Que os nossos leitores desconfiem dos objectos mandar construir n'aquella cidade um instituto an-
de hygiene uma communicação sobre a in- de toileite em celluloide. O accidente que narramos tirabico, segundo os methodosde Pasteur.
fiuencia da excessiva natalidade dn claíse pode-se tornar freqüentíssimo, com o emprego das
SIR. jampadas de álcool para frisar os cabellos. uiiiMiiiiiiiimiimiiiiiimiiiiiiiiimimiiicii
pobre sobre a duração da vida.
A conclusão de sir Drysdule c que os PAnlS 30, RUE MONTHOLON, 30
governos
deveriam desanimar a producção das famílias ex- V1CTIMAS nOS PATOS
cessivamente numerosas, por meio d'uma multa O numero das pessoas mortas pelos raios, em In- GÜÃKD HOTEL DU BRÉSIL ET DU PORTUGÍL
que
não excedesse 8:000 reis por cada criança acima
glaterra, durante os annos de i85oa 1852, foi de No centro dc Prris, perto dn Opera, das principrtcs estações do
d'um maximum de quatro annos ! 546, sendo 442 do sexo masculino e 101 do sexo estrados de ferro, dos_ boulevards c das casas commissarias brazilei-
Duvidamos que esta proposta encontre muitos ms u po^riiffuczuH, Kste hotel é dirigido pslo proprictaiio e sua
feminino. íumilin. Ji o mais concorrido a preferido pelos viajantes brazileiros o
adherentes, mesmo cm Inglaterra., Em França, Os habitantes do campo pagaram um tributo mais ponufjuezcx, em razúo da modicidadc de preços o das commodidades
como se sabe, anda-se ainda a estudar o meio effi- que otfcrccc. LAIMEIlllE.
considerável, que os habitantes das cidades. A vi-
caz de favorecer a producção de numerosas fami- sinhança das costas ao sul e ao oeste d'Inglaterra SABÃO REAL 1 VrCflaET | SABÃO
lias, e por cada criança a:ima de
quatro annos, e a das montanhas parece diminuir os riscos de se
de THRIDACEl 2 9, Iluiiluvaril des Üiiilaua,Paria IVELOUTINE
era um prêmio que seria conveniente ser apanhado pelo raio.
poder dar. liscommcDdailcis por auetoridados médicas pm & Higiene da Pellj e Mexad&Cutia.

Livraria G. BEINWALD, rue des Saints-Pères, 15, PARIS.

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OBRA DO MESMO ÀUOTOR PUBLICADA PELA MESMA LIVRARIA

TRAITÉ
MANUEL

D'ANATOMIE HÜMAINE

POR DANATOMIE CONIPARÉE


C. GEGENBÂUR
1'rnfcfSíir ,1o nnalomiu * nircotoir do liistilulo niMtoimco
do llniilollicrg
TRADUZIDO SOHIIE A TEPCEIRA EDICAÇAO 'ALLEMA C. GEGENBAUR

ron Professor, da Universidade dc Ileidclhorg


(iiai-U-s
Doutor um sci.;nciits iiaturacs, (inciitTcgndo dos cursos d'au;itomin Com 319 gravuras cm madeira inteira intercaladas no texto
comparada
« Uü nn;ilomia lupo^rapliica da fríiculdiide do lucclociua de Liúgo
Obra ornada com 620 figuras sendo \im TRAbUZIlíO £M FRANCEZ SOB A DlRliCÇÁO DO PROFESSOR
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Um forte volum: in-8° de 125o CAHL VOGT
paginas, cartonado á inglezaj
Preço : 35 francos Ura vol. in-S ; 18 rrancos; cartonado á ingleza : 20 francos,
gr.
A ILLUSTRAÇÃO 255

GUERLAIN» PARIS S^«ÍH£«iHfflSS


«^0UP^-AR^eSÍ^oTl6i «•«1» Paix. — ARTIGOS RECOMMENDinnS
nírT»teíííl,',,íí?J!'JÍ!,,5r''"'-- *«"««*".»»bonelo
urvntníÍQniín «ni?
cryBtnlIsado, m ra í*™íí n baihn —¦JU.'","">;»;,.U'
o cabaíu«o „^vffíí-"
do toncador.-CrornoJaeoblnoCliJtubiAflfa/Orrnm)
'«1'uiiu.^ru.suu i.yfi r tM ll.l murauriucar
a mm a*m.»Jí».*L„ ..».„.,-: «?/^í/.~v .A^"J '^J.i-nculls.-sti/l/i.lrt..
a CUll8,-tft« fltii 1*1

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I EXPOSITION S? UNIV»»1878 •'
Míilallleil'ür aj&CrüiXdcCtevaiiir
DIÍSESTOES
CIFFICEIS DOENCASdoESTOMAGO GASTRALGIA
ANEMIA
Dyspapsla

ELIXIR GREZ
LES PLUS MAUm RECOMPENSES AtteMIA^-CMOIIOSS " Vômitos
O FERRO Perda Diarrhéa
PERFUMARIA ESPECIAL

LACTEINA BRAVAIS
¦lixa nua exjici
nw<ii>pli>ii,-iiiI ...,,.
iL-uitus lem 11 mn u. v„
.1... ....„„
,....<vuiilieeidoa
i.- 1
tis Appetite
chronlca
luciluilaaulirn ;i LüO-
1 ãi» pahis - QBtz, »», ru» La Bruytrt, » «m uais aa Pnarmitiai
n E. COUDRAY
aiiila,i«iiii)iicd'tilili'i nor |iort urliaçíTo, i
jo qno rmtíluo aaiij,'u« ii «un eúr t ^mij*
W „","".'", •,vlB<M',""-'«»»l>i-iwi'«coiiímiiiNrtO'0
PARA IODAS a NECESSIDADES 00 TOUCADOR
V ii-ija
lodt uraiin Ia cum ns ImUncs-a ou toutrafaictos
[ tuewrfim* It. Hiuv™, ím,.rl,.,a« urStuS
1'OHmi SA Mlilt PAflTB UA» MIAIUIACIA8.
TKISTES PSZARES
>jji» ul Vi^niu 6tt-Liiwiro, I>hpIb
PH0DUCT0S ESPECIAES De que pezares se náo é afíliddo
. FlOyils arroz Se LACTEINA para branquoar a palie
rSÁlIO de'.«c™« aara o toucador.
quando por continuação d'uma falta
1 CREME a Pi ia
de cuidados se descobre a terrível
sadio da LACTEINA para a barba.
POMA ila I.ACTEI-M
carie ataca o esmalte dosquedentes, os ' L/UT ANTÜrnÊLIQUE —
para a aelleza dos cabellos. aniarelecc e os abala, tumenca as
AGUA ile LACTfflA para o toocador.
gen- rO LEITE ANTEPHELICO^
DIEO de LACTEINA
para emtólleiar os cabellos. givas e compromette a pureza do ha-
ESSÊNCIA de LACTEINA
para lentos. litol E desde então, não somente a puro ou misturada com agua, dissipa
PO a A5DA DENTIFÍICIOS lia LACTEINA, SAM1AS, TEZ CRESTADA
graça do rosto desapparece, mas ainda
, PINTAS-KUBBA3. BOBBULHAS
CREME LACTEINA ebamada setim da
LACTEININA pnra
pena.
2-i?*íll8afâo dos alim«nt=>s se torna ROSTO SARABULHENTO
J^iiear a pelle. dilllcil... Pensem
por tanto, encarna- E FARDMACEO
EST,ES„A«TI80S ACHAM-SE NA FAÍBICA doras leitoras, que
..
PARIS I3,rne dEnghien, 13 PARIS para a boca é pre-
ciso uma liygie.ie seguida
RUQAS
e se querem
Depoailns i>ni tndua as l^rruni.irins Z conservar os seus dentes sólidos, o
Pfi.irmsnas o Caliullerui™ ila America. 2 hálito puro easgengives hrmes, façam
MNmmmNMMIlH uso continuo do Elixir dentifricio dos
o , p- Benediclinos da Ahbadia
j- boulac
Oe que a fama tem collocado
na muito na primeira ordem dos den-

^DeYERTüSscBürs tilncios, e que se acha hoje sobre


meza de toilette de todas as elegantesa iMtixkzricmvnmv,
ESPARTILHOS OLEOkHOGQ 1
ao Universo.
^Ig-eiiíe geral: A Seguin. Bordeaux.
Preço de venda em França, Elisir:
DE SAUDE DO D1FRANCK
' ipWintíB, Estomachltos, Purga-
tv, tiTOg, DtpiiratiTOB
| PARIS 12,RueAub8r de FÍGADO FRESCO de BACALHAO 3, 4, o, 12 e 20 francos; k^fc Contra, a Falta da Appeiltu,
k[l Prisão de ventre. Enxaqueca,
NATURAL e MEDICIRSL
Preço de venda em França, Pós : t%Vertigem-, Congestões, elo!
RecoittitJu dosrto 40 ANNOS, em « i,25, e i francos.
Preço de venda em França, Pasta:
I# Dosa ordinária : f. 2 à Str&o»
SI de Sanlé ,/•Um» notícia icwiipaQba a csdi nililohi,
Franiiii, Iiiiilaten-íi, Ilospiml,;, Po,.. »\ dudoclcur . ÍEiigir as CAIXINHAS AZUES com
tiljtnl, «rnzil, líj|,nlilicas Hispano- 1,25, e 2 francos. *n\íRAlBK/(V
,_ o roíilo em 4 cores e 0 fla/W tfa

WmoEMBSf
Chalybé
il AinerKiiii;LKt pelus primeiros me-
dicoa do mundo, ixmtrii ;is Mo-
lestias cio Peito.Tósse, Crianças
Enconira-se em todas os
tas, Labellcireiros, perfurais-
Droguistas, retrozenos pharmaceulicos,
etc.
ünlSü tios FmiGÃNT£S. ,
f»ílí,P.ar»"»LíroysíriMJjai!selP*

Balsamioo franzinas, Tumores, Irrupções


Tônico superior efuma efficacia da Pelle.Pessóas fracas, Flores-
certa °ta- ° Oleo de Bacalbio
^'""""^lorose, Pi-ostroçía. Impo- jSZVa
ae HOLrG e o mnis rico om pria-
tencla, Feras, Bronc.iife chrmla,
Doenças mentais e nervosos.- cipios activos.
PREÇO 3 FRANCOS, O FRASCO Tendido somente em frascos TRIANGULARES.
CiVa-ae mire a Etiqueta o Snllo nx/il
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üelloza o deixam tim perfume do cxqulsita simviílailG amacia a pelle, preserva-a do Cieiro, cuidados de rostio adherente e invisível. NEW Ü0WJI HAY
, Alem dos brancos, de notarei mirosai, lm outras do Irritações e Comiohões torm,iio-a \
quatro nintizcs dl Heron tea, Enchei o Ilosn,
nmls [mutilo nfai ao mala colorido. Podarrj doado o ãVeiladãda; pelo que respeita ás mãos Lily Wash \ stephabous
Dossoii escolher n c.lr. que nmls lho eonvenlin pois, aula liiriiembellezaraaytijebivinqueaiBPescoçoeasHomljros
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Por cm-FA-ST, Periumista
Pd 4'Arros
espeolal

ISLÇréftRROSESPicSs
r-u.e d.e la Faiac, PJL8IS
J-aspiü, Ile. St-Luaia, HO. í»jir .ila MijriiaMn «ir.
«uâo^ün

"»HoapggBnnBasMí»t^
Á PASTA
Bestroo radicalmente aa Ponnucfiim llMniFrari>«¦<• iR«i,h,
boillj/n:
PERFUMARIA ORIZA
MEDALHA DI MATA

DE L-LEGRAND
^¦Bj^s^sy
^0* FORNECEDOR DA CORTE DA RÚSSIA E DE MUITAS CORTES EXTRANGE1RAS
PABIS. — 1307, me Saint-Honoré. — PARIS.

¦¦T' í^fô^m^~-iK~ff?M bmb^BÍéuOÍ HSSíjPjSb^B Bafa* .^BâflH bkTi^L. ^B ^h^^^S

¦k
^fljflfl^^i^BydH Ha^flH ^Hiii|iMU__«j

VISTA DA FABRICA MODELO DA PERFUMARIA ORIZA L. LEGRAND


etn LEVALLOIS-PERRET (Seine)
SOVA DESCOBERTA EM SCIENCIA INDUSTRIAL POR L. LECEAiND

Perfumes, solidificados chamados concretos da Ess. Orizza


PRIVILEGIO D'INVENÇAO S. O. D. 0- EM FRANÇA E NO EXTRANGEIRO
s uma suavidade desconhecidas até hoje
o que permitte de os fornecer' aos consumidores no estado inteiramente concreto, iste c, no esiaüo sui-iuu. os deteriorar. .
Possuem a vantagem de perfumar instarraneamente todos os objectos submeltidos ao seu contido, sem ps manchar e sem „,._„„.
de se entornarem, nem de se evaporar
Estes modelos fabricados n'um pequeno formato não sáo incommodos e podem-se trazer sem lerem o inconveniente
° todos os artigos de roupas brancas, de
Pddit-se5,' por meio dos lápis, perfumar instantaneamente a pelle, a barba, o lenço, rendas, fitas, estofos, luvas, pape-
laria, flores artificiaes, etc, finalmente todos os objectos aos quaes se queira communicar um perfume.
ESTES LÁPIS ESTÃO METTIDOS :
0 Em modelos, lorma cTamendoa marfim e 4° Em: modelos, em metal, da forma de poríe-
; osso, em cstôjos. cravou. , ©CRÉM&ORIZM
, ,
s.° lim modelos, forma de caixas d'algibeira, fr.» Em modelos de meta], bre oque, eourlvesa-
1>R [
marfim e osso, cm cstôjos. r ia.
.JtnitsSMITrlSON 3.° Em modelos de crystal de diversas cores, 6." Em modelos de saclicts differentes para rou-
1 ,Um único Fm.*"
J|bsi:i|KiiarfitiíMi'' '
forma d'amendoa, cápsula de metal em estojo. pa branca e corpos de vestidos..
|Cob3lloaoABarba
miiríiiúl.Viifúr. ORIZA-LACTÉ SAVON ORIZA-VELOUTÉ
liiPsséurdeplusieurfai
LQTLOH KMUSILVK
segundo o doutor 0. Revell,
rsoiSlá 1 liranqueia e refresca a Pelle
Fnz dcsappnrccer us surdas
ORIZÁ-TO.NICA' o mais doce para a pelle cs£*e a«;¦•;«.
4111 U'"embranqu ce PEUt, 1
• I
AGUA V-EGETAX, 11 JiMiHIlíf TMISPMIWttt"» i
ÍH8UIIU da IIMIIÍM. I
illllillll AllÍ * el"lle m,lÍ< n,'1,,Çi,,'a lllllll
aWLÍcaçao siwp, i>:s OR1ZA-VEL0UTE PAftA. LAVAR ESS. «St OMZA-LIS o rosiü tiu-V.ento.c-aj.Sol,:- 1 1
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