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O filme é protagonizado por um operário que produz muitas peças por tempo, numa

jornada de oito horas de trabalho, ou seja, apresenta alta produtividade, ao ponto de ser usado
como parâmetro para a produtividade dos outros funcionários. Lulu, como é chamado, matém-
se concentrado em seu trabalho, deixando de lado até mesmo sua saúde e colocando sua vida
pessoal em segundo plano com o objetivo de ganhar cada vez mais dinheiro, quando na verdade
nem sequer pode usufruir do seu salário já que as coisas básicas para sobrevivência custam caro
e o operário não tem tempo para lazer.

Logo no início percebe-se a presença da propriedade privada, na fábrica, assim como


também pode-se perceber os meios de produção concentrados na empresa, a maneira que os
trabalhadores são tratados como "objetos" e estão submissos a péssimas condições de trabalho
e uma jornada desgastante.

Em determinada cena é dito que a produção aumentou mas os trabalhadores continuam


recebendo o mesmo salário, explicitando a injustiça cometida pela fábrica BAN, algo que é muito
recorrente na sociedade, nos levando a pensar sobre conceito de mais-valia.

No filme podemos perceber a presença do conceito de ideologia de Marx, quando Lulu


não percebe que está trabalhando desesperadamente acreditando que isto é realmente
necessário, sem ao menos dar-se conta do sistema em que está inserido, assim tendo uma
percepção equivocada da realidade, na qual ele precisa a todo custo ganhar cada vez mais
dinheiro sem que haja um real motivo para todo o esforço que emprega, fato que se faz
perceptível quando ele gasta seu dinheiro com coisas supérfluas, acentuando o consumismo que
também é uma prátca presente no capitalismo. Outra prova disto é Lulu está alienado em seu
trabalho, pois quando questionado por Militina, um ex-operário internado em um hospício, nem
ao menos sabe o que está produzindo, demonstrando estranhamento ao próprio trabalho, já
que ele vende sua força para a fábrica e é apenas disso que se espera que ele ofereça. Tudo isto
confirma que ele não percebe toda a exploração da classe dominante sobre a classe operária.

Conceitos
Propriedade privada - Para Marx a propriedade privada é a base do capitalismo, é a fonte de
acumulação de capital e exploração da mão de obra, assim, pondo fim à propriedade privada é
possível pôr fim ao sistema capitalista.

Meios de produção - Segundo a teoria marxista, meios de produção são o conjunto formado
por meios de trabalho e objetos de trabalho - ou tudo aquilo que medeia a relação entre
o trabalho humano e a natureza, no processo de transformação desta.
Ideologia - a ideologia para Marx é uma separação do mundo como ele é e como o pensamos,
uma concepção errônea da sociedade, portanto a sociedade que se apresenta aos nossos olhos
é diferente da sociedade como realmente é. A ideologia pode beneficar classes dominantes
quando legitima as desigualdades. Para Marx, a filosofia tem a tarefa de desmascarar a
ideologia, mostrando os reis mecanismos da dominação da sociedade para além das aparências.

Alienação - todos os trabalhadores do sistema capitalista tem seu trabalho alienado, pois
vendem sua força de trabalho que passa a pertencer ao burguês, tornando-se algo estranho ao
trabalhador que consequentemente perde a consciencia do todo em que está inserido.

Mais valia - Para suprir suas necessidades um trabalhador precisaria trabalhar uma determinada
quantidade de horas por dia, porém ele trabalha mais, gerando mais dinheiro, embora o valor
que é produzido pelo operário não corresponde ao que ele recebe, que é muito inferior ao valor
produzido, pois a burguesia fica com a maior parte, a isto é dado o nome mais-valia.

Luta de Classes - Marx conceitua classe como grupo de membros de uma sociedade que são
identificados por compartilhar determinadas condições objetivas, ou a mesma situação no que
se refere á propriedade dos meios de produção. O antagonismo de interesses caracteriza uma
relação entre classes: a classe dominante se sutenta na exploração do trabalho daqueles que
não detém os meios de produção, portanto a relação entre elas é conflitiva. Marx afirma que as
classes sociais sempre se enfrentaram e terminou sempre em transformação na sociedade,
assim a história das sociedades cuja estrutura produtiva se baseia na apropriação privada dos
meios de produção pode ser descrita como luta de classes.

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