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DESTACAMENTO DE INFRAESTRUTURA DE
AERONÁUTICA DE CANOAS
APROVO
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RODRIGO PRADO DOS SANTOS Maj Eng
CREA DF 18751/D
PARECER TÉCNICO
AUTOR
CRISTIAN COLLET
1º TEN QCOA AQT
CAU A51942-1
PROCESSO COMAER Nº: DATA: Nº DO PARECER TÉCNICO:
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVO
1.1.1 O presente Parecer Técnico tem por finalidade analisar as condições do telhado do
prédio do Ambulatório e Seção de Pronto Atendimento (SPA) do HACO devido à incidência
de infiltrações no mesmo.
1.3 ANEXOS
a) Levantamento fotográfico;
c) Pranchas;
m) Orçamentos Externos;
2 ANÁLISE
• Junta de Saúde;
• Fonoaudiologia; e
• Raio X.
2.2 METODOLOGIA
2.2.1 A inspeção predial foi realizada nos dias 22 e 23 de fevereiro de 2017, com equipe
técnica contendo: um arquiteto, 1T QCOA AQT Cristian Collet, acompanhado do SO QSS
SOB Daniel Soares Fonseca, ambos do SERENG-5, e os soldados: S2 QSD Felipe Thierry
Gouvea Da Silva, S2 QSD Luiz Carlos Camilo Textor e S2 QSD Renato Becker Veirich, do
efetivo da Seção de Serviços Gerais do HACO.
2.2.2 Para tanto, esta análise tem como base a “Norma de Inspeção Predial Nacional” do
Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia, de 25 de outubro de 2012. Por
meio da qual a inspeção é classificada quanto a: sua complexidade e elaboração; considerando
as características técnicas da edificação, manutenção e operação existentes; e necessidade de
formação de equipe multidisciplinar para execução dos trabalhos.
2.2.3 De acordo com a Norma do IBAPE existem três tipos de inspeção quanto à natureza
do elemento construtivo:
“NÍVEL 1
Inspeção Predial realizada em edificações com baixa complexidade técnica, de manutenção e de
operação de seus elementos e sistemas construtivos. Normalmente empregada em edificações com
planos de manutenção muito simples ou inexistentes. A Inspeção Predial nesse nível é elaborada por
profissionais habilitados em uma especialidade.
Autor(es) Chefe DT-INFRA CO
DESTACAMENTO DE INFRAESTRUTURA Nº 14/DT-INFRA CO/2017
COMAER DE AERONÁUTICA DE CANOAS DATA: 12/05/2017
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HACO
DT-INFRA CO
PARECER TÉCNICO
NÍVEL 2
Inspeção Predial realizada em edificações com média complexidade técnica, de manutenção e de
operação de seus elementos e sistemas construtivos, de padrões construtivos médios e com sistemas
convencionais. Normalmente empregada em edificações com vários pavimentos, com ou sem plano de
manutenção, mas com empresas terceirizadas contratadas para execução de atividades específicas como:
manutenção de bombas, portões, reservatórios de água, dentre outros. A Inspeção Predial nesse nível é
elaborada por profissionais habilitados em uma ou mais especialidades
NÍVEL 3
Inspeção Predial realizada em edificações com alta complexidade técnica, de manutenção e operação de
seus elementos e sistemas construtivos, de padrões construtivos superiores e com sistemas mais
sofisticados. Normalmente empregada em edificações com vários pavimentos ou com sistemas
construtivos com automação. Nesse nível de inspeção predial, obrigatoriamente, é executado na
edificação um [sic] Manutenção com base na ABNT NBR 5674. Possui, ainda, profissional habilitado
responsável técnico, plano de manutenção com atividades planejadas e procedimentos detalhados,
softwear [sic] de gerenciamento, e outras ferramentas de gestão do sistema de manutenção existente.
A Inspeção Predial nesse nível é elaborada por profissionais habilitados e de mais de uma especialidade.
Nesse nível de inspeção, o trabalho poderá ser intitulado como de Auditoria Técnica.”
2.2.4 A mesma norma atribui quatro classificações quanto aos graus de risco:
“CRÍTICO
Risco de provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas e do meio ambiente; perda excessiva de
desempenho e funcionalidade causando possíveis paralisações; aumento excessivo de custo de
manutenção e recuperação; comprometimento sensível de vida útil.
MÉDIO
Risco de provocar a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação sem prejuízo à
operação direta de sistemas, e deterioração precoce.
MÍNIMO
Risco de causar pequenos prejuízos à estética ou atividade programável e planejada, sem incidência ou
sem a probabilidade de ocorrência dos riscos críticos e regulares, além de baixo ou nenhum
comprometimento do valor imobiliário.”
2.3.1 Esta inspeção, é classificada como “Inspeção Nível 2”, como indicado no item 2.2.3.
Pois, trata-se de edificação de média complexidade, cuja análise inicial foi realizada por meio
de conferência in loco dos materiais e técnicas empregados.
cobertura da ampliação do HACO (Internação), esta foi objeto de outra inspeção descrita no
Relatório Técnico 010/SERENG-5/2016 VISTORIA DA SUPERESTRUTURA DO CENTRO
CIRÚRGICO E UNIDADE DE INTERNAÇÃO DO HACO.
2.3.3 As nomenclaturas de alguns elementos de cobertura utilizadas neste parecer podem ser
verificadas na Figura 1.
2.4.1 AMBULATÓRIO
Parte da cobertura sobre a Junta de Saúde é de telhas de fibrocimento. Foi observado que já
foram realizados vários reparos nesta cobertura (Imagem 3), porém, ainda assim, foram
encontradas novas rachaduras e furos (Imagens 2 e 4).
Outra parte da cobertura, sobre Junta de Saúde e Cantina, onde também ocorreram
infiltrações, é de telha metálica. Algumas destas encontravam-se amassadas, possivelmente
devido ao trânsito de pessoas sobre elas. Nestas áreas havia água empoçada (Imagem 7). Os
rufos da chaminé da cantina possuíam partes soltas e com pouca sobreposição, o que pode ter
contribuído para a entrada de água da chuva (Imagens 5 e 6).
• Cobertura improvisada com telhas diferentes sobre o acesso principal. Este local é
utilizado para acesso a dois condensadores de ar-condicionado split. Foram colocadas
chapas e tábuas sobre telhas translúcidas frágeis (Imagem 22). Há risco de acidente
caso estas telhas sejam pisadas;
• Calhas com água parada devido à falta de caimento adequado (Imagens 11 e 23);
Portanto, devido a estes danos relatados, o estado do telhado é considerado como de grau
médio de risco (ver item 2.2.4), pois estão ocorrendo pequenos danos
e deterioração à edificação e mobiliário, porém sem grande prejuízo à operação direta de
sistemas.
A cobertura metálica do Laboratório apresenta grau crítico de risco (ver item 2.2.4), pois as
infiltrações que ocorrem podem danificar instalações e equipamentos, além de prejudicar os
serviços prestados. Porém, no dia da vistoria, iniciaram-se alguns reparos, como o fechamento
de furos nas telhas com mantas e fitas, amenizando momentaneamente os transtornos.
• Calha com água parada devido à falta de caimento adequado (Imagem 32);
• O buzinote (extravasor) (Imagem 33) desta calha foi instalado em posição elevada, em
torno de 1cm de altura. Desta forma, ele não cumpre a sua função de extravasar a água
da mesma. Este deveria estar instalado tangente ao fundo da calha;
• No ambiente visto à direita da Imagem 42 (Depósito), o piso (Imagem 39) está sendo
atingido pela infiltração proveniente de uma abertura de instalação elétrica em sua laje
de cobertura (Imagem 38). Na Imagem 40 pode-se observar o lado superior desta
abertura, por onde entra a água, fechado apenas com uma tampa improvisada que não
está provendo nenhuma estanqueidade. Esta laje também apresenta danos e
deterioração na "proteção mecânica" de sua impermeabilização (Imagem 41). A
infiltração deste ambiente também pode estar atingindo os ambientes do 2º pavimento;
Portanto, devido a estes danos relatados, o estado da cobertura é considerado como de grau
médio de risco (ver item 2.2.4), pois estão ocorrendo pequenos danos
e deterioração à edificação e instalações (como luminárias), porém sem grande prejuízo à
operação direta de sistemas.
Os danos em forros podem ser considerados como grau médio de risco (ver item 2.2.4), eles
dão passagem a goteiras, possivelmente sujeira, e causam prejuízo estético;
3 AÇÕES RECOMENDADAS
3.1.1 Substituição total das telhas, inclusive de cumeeira, espigão e claraboia. Conforme
relatado, há inúmeras manifestações patológicas presentes (rachaduras, furos, peças soltas) e o
telhado como um todo está bastante danificado. Já foram realizados reparos e estes também
encontram-se danificados. Há grande dificuldade para mapear cada dano isoladamente e já há
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3.1.2 Substituição das peças de estruturas de madeira que estejam deterioradas, tais como
terças e tesouras. Deverão ser instaladas terças com a mesma altura das existentes. O
afastamento máximo entre elas deve estar de acordo com as especificações do fabricante da
telha (1.030mm), garantindo assim o número necessário de apoios. Caso seja mantida a
estrutura de madeira original, deverão apenas serem acrescentadas as terças necessárias para
garantir o afastamento máximo supracitado.
3.1.3 Instalação de novas calhas de chapa de aço galvanizado apoiadas sobre lastro de
argamassa com aditivo impermeabilizante, com caimento adequado em direção aos tubos de
queda. A superfície do lastro e sua lateral até a altura do algeroz deverá ser impermeabilizado
com impermeabilizante flexível à base acrílica (ref. Denvercril, Sika Igolflex Branco,
Sikafill). Adequação de altura de buzinotes (extravasores), para que fiquem tangentes ao
fundo das calhas, evitando o acúmulo de água no fundo das mesmas. Instalação de novas
calhas de chapa de aço galvanizado nos rincões.
3.1.4 Substituição de algerozes nos locais onde estejam danificados. Deverão ser de chapa
de aço galvanizado, ter sobreposições adequadas (de forma a evitar infiltrações) e serem
compatíveis com as novas telhas a serem instaladas. Substituição dos algerozes de fibra de
vidro sobre a Junta de Saúde por algerozes de chapa de aço galvanizado.
3.1.5 Substituição dos rufos de fibra de vidro sobre a Junta de Saúde por rufos (capa) de
chapa de aço galvanizado. Nos demais locais onde estejam danificados, também deverá ser
feita a substituição. Os rufos deverão cobrir toda a superfície lateral interior da platibanda e se
sobrepor às calhas, assim como os existentes. Nos locais onde houver a substituição, deverá
ser aplicada pintura hidrofugante com silicone no topo e faixa lateral de 5cm nas platibandas.
Instalação de novo rufo para acabamento da chaminé da cantina com sobreposição adequada
sobre as telhas e rufo da platibanda.
3.2.1 Alvenarias
3.2.2 Impermeabilização:
3.2.2.1 Os pisos e uma faixa de parede de 20cm de altura em todo o perímetro dos
terraços do Ar-Condicionado e Acesso Reservatórios deverão ser impermeabilizados. A
superfície deverá ser impermeabilizada com manta asfáltica com polímeros tipo poliéster,
e=4 mm de primeira qualidade (ref.: Torodin 4mm Viapol, Manta Asfáltica Vedacit Poliéster,
ou equivalente).
3.2.3.1 Demolição do reboco do lado interno das paredes dos terraços do Ar-
Condicionado e Acesso Reservatórios e parede externa caixa d'água do piso até a altura de
20cm, para recebimento da impermeabilização.
3.2.4 Pisos
3.2.5 Pinturas
3.2.5.1 Aplicação manual de fundo selador acrílico nos locais onde for refeito o
reboco.
3.2.5.2 Aplicação de pintura com tinta texturizada acrílica na mesma cor da parede
existente nos locais onde for refeito o reboco.
3.3 QUANTITATIVOS
3.3.1 Para realização de tais manutenções será necessária a aquisição dos materiais descritos
e quantificados no Anexo D.
3.3.2 Na planilha orçamentária são demonstradas as quantidades totais dos itens, caso
sejam feitas substituições completas dos materiais. Porém, durante a realização dos
serviços de reparos, deverá ser verificada a real necessidade de retirada de alguns
materiais existentes, tais como rufos, algerozes e estruturas de madeira. Ou seja, só em
locais onde os materiais estejam danificados ou não sejam mais compatíveis com os
novos instalados, é que deverá ser procedido a substituição. Portanto, deverão ser pagas
somente as metragens parciais, ou totais conforme o caso, relativas aos serviços
realmente necessários e realizados medidos in loco.
3.3.3 A planilha sintética está dividida por setor ou Ala (das edificações do hospital),
contendo subtotais, a fim de facilitar as medições dos serviços por etapas.
4 CONCLUSÃO
4.1.1 O grau de risco geral das edificações é considerado de Grau Médio, pois há perda
parcial de desempenho e funcionalidade da edificação sem prejuízo à operação direta de
sistemas, e deterioração precoce. Ou seja, estão ocorrendo algumas infiltrações que causam
pequenos danos e deterioração à edificação e mobiliário. Porém, se as infiltrações
continuarem ocorrendo, estas resultarão em prejuízos maiores.
4.2 VALOR
4.2.1 Para a realização das manutenções indicadas, considerando a substituição total dos
materiais indicados, o orçamento fica em R$ 797.146,35 (valor com BDI). Neste valor, estão
incluídos R$ 335.288,02 caso haja necessidade de troca de estruturas de madeira. Sendo
assim, R$ 461.858,33 são destinados aos itens restantes da planilha, como telhas e
impermeabilização, entre outros.
4.3 PRAZO
4.3.1 Para a execução dos serviços descritos estima-se um prazo de oito meses.
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DIRINFRA ANÁLISE TÉCNICA DO TELHADO DE PRÉDIOS DO FOLHA: 14 / 27
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Telhado do Ambulatório
Imagem 1 – Laboratório inundado após chuva Imagem 2 – Rachaduras nas telhas sobre Junta de
Saúde
Imagem 3 – Remendos diversos nas telhas sobre Imagem 4 – Telha furada sobre Junta de Saúde e rufo
Junta de Saúde de fibra de vidro deteriorado
Imagem 5 – Partes soltas rufo chaminé Cantina Imagem 6 – Partes soltas e falta de sobreposição no
rufo da chaminé da Cantina
Imagem 7 – Telhas amassadas com empoçamento Imagem 8 – Telha de espigão solta e quebrada
sobre Cantina
Imagem 11 – Telha faltando e calha com água parada Imagem 12 – Furos sem parafusos
Imagem 23 – Calha com água parada Imagem 24 – Espigões com materiais diferentes
Imagem 28 – Forro com infiltração no Morgue Imagem 29 – Forro com infiltração na circulação do
2º pavimento
Imagem 34 – Terraço Ar-Condicionado (laje sobre Imagem 35 – Terraço Ar-Condicionado (laje sobre
Rouparia) Rouparia)
Imagem 36 – Terraço Ar-Condicionado (laje sobre Imagem 37 – Terraço Ar-Condicionado com cota
Rouparia) mais elevada que o interior da edificação
Imagem 38 – Infiltração sob Laje caixa d'água Imagem 39 – Piso molhado abaixo da infiltração sob
Laje caixa d'água
Imagem 40 – Laje caixa d'água com ponto de Imagem 41 – Danos na proteção mecânica da
infiltração no detalhe impermeabilização da Laje caixa d'água
Imagem 42 – Terraço Acesso Reservatórios: laje Imagem 43 – Danos no contrapiso do Terraço Acesso
exposta à chuva Reservatórios