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Lei de Interceptação Telefônica

Art. 5º, XII – autoriza a interceptação telefônica para fins penais.

Requisitos:

A) LEI PREVENDO AS HIPÓTESES E A FORMA DAS INTERCEPTAÇÕES;

Entre 1988 (CF) e 1996 (Lei de Interceptação) as interceptações telefônicas


eram reguladas pelo art. 57, II, E, CBT (Lei 4117/62).
O STF/STJ decidiram que todas as interceptações realizadas antes da lei de
interceptações são provas ilícitas, pois a CF exigia norma regulamentadora, a
qual apenas surgiu em 1996. Tratava-se de norma constitucional não auto-
aplicável, dependente de regulamentação por lei infraconstitucional futura.

1) Interceptação Telefônica (em sentido estrito):


É a captação da conversa telefônica feita por terceiro sem o conhecimento dos
interlocutores.
2) Escuta Telefônica: é a captação da conversa telefônica feita por terceiro
com o conhecimento de apenas um dos interlocutores.
3) Gravação telefônica (STF chamou de Gravação Clandestina): é a captação
da conversa telefônica feita por um dos interlocutores, sem o conhecimento do
outro.
4) Interceptação ambiental: é a captação da conversa ambiente Feita por
terceiro, sem o conhecimento dos interlocutores.
5) Escuta ambiental: é a captação da conversa ambiente feita por um terceiro
com o conhecimento de apenas um dos interlocutores.
6) Gravação ambiental (ou Gravação clandestina: é a captação da conversa
ambiente feita por um dos próprios interlocutores.

Segundo STF/STJ, só são objeto da Lei 9296/96 a interceptação telefônica e a


escuta telefônica, pois somente nessas duas situações existe comunicação
telefônica e a figura de um terceiro interceptador.

Ação Penal 447, julgada pelo Tribunal Pleno do STF: nesse caso, não havia
necessidade de ordem judicial, pois não era interceptação nem escuta
telefônica.

RMS, 5353, STJ: considerada prova ilícita, pois a conversa era íntima.

Gravação feita pela polícia para obter confissão


O STF considerou prova ilícita, pois configura interrogatório clandestino, feito
com a violação das garantias constitucionais e processuais.
Hipótese em que é autorizado: Na lei de crimes organizados, a polícia pode
fazer gravação ambiental, desde que com ordem judicial.

Art. 5º, X: protege o direito à intimidade.

Ligações registradas no telefone apreendido pela polícia


O STJ decidiu que a polícia pode utilizar na investigação as ligações
registradas na memória do aparelho telefônico apreendido, sem necessidade
de ordem judicial.

Interceptação das conversas telefônicas do advogado


Jamais podem ser interceptadas e utilizadas como provas. Essa conversa está
protegida pelo sigilo profissional do advogado.
Exceção: as conversas telefônicas do advogado podem ser interceptadas e
utilizadas como prova quando ele for o próprio investigado/acusado.

Telefone do traficante é interceptado, e são captadas dez conversas dele com


outro, e cinco conversas com seu advogado. Nesse caso, o STJ decidiu que a
prova não é inteiramente ilícita, pois as conversas com o advogado foram
obtidas por acaso, assim, excluem-se as cincos conversas com o advogado e
mantêm-se as demais.

B) PARA FINS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL OU INSTRUÇÃO


PROCESSUAL PENAL;

O juiz pode autorizar a interceptação mesmo antes de instaurado o IP, segundo


STF e STJ. Pois tanto a CF quanto o art. 1º da Lei de Interceptação, utilizam o
termo “investigação criminal”.

Prova emprestada
O juiz não pode autorizar interceptação em processo administrativo, civil etc.
Somente é admitido para fins exclusivamente criminais. Todavia, o STF/STJ
decidiram que a interceptação realizada na investigação criminal ou processo
penal pode ser utilizada como prova emprestada, por exemplo, em processo
administrativo disciplinar para a demissão de servidor público, inclusive contra
servidores que não figuraram no processo penal.
STJ, Embargos de Declaração no MS 10128.
STF, Petição 3683 - Questão de Ordem.

O STJ decidiu que o juiz que recebe a prova emprestada pode declarar sua
ilicitude, mesmo que o juiz onde a prova foi produzida a tenha considerado
lícita.

C) ORDEM JUDICIAL.

Art. 5º, XII, CF Art. 1º da Lei 9296/96

Exige ordem judicial Exige ordem judicial do juiz


competente para a ação principal.
Exceção: Juízes de Inquéritos
Policiais.

Juiz estadual não pode autorizar interceptação de crime de competência da


justiça federal, e vice e versa.
HC 49179, STJ.

Nos casos em que há modificação de competência, a interceptação autorizada


pelo juiz anterior é válida no novo juízo ou tribunal.

Infração que se estende por diversas localidades


Por exemplo, crime permanente ou continuado.
É competente para autorizar a interceptação o juiz que primeiro tomar
conhecimento do fato. O juiz que autoriza essa interceptação fica prevento.

CPI e Interceptação Telefônica


Art. 58, § 3º, CF.
Poderes próprios não significa poderes idênticos. Conclusão: nos casos em
que a CF exige expressamente ordem judicial, o ato só pode ser autorizado
pelo juiz ou tribunal. (ato reservado com exclusividade ao juiz – Princípio da
Reserva de Jurisdição)
Art. 5º, XII - Interceptação Telefônica apenas com ordem judicial.

Cópias de documentos do procedimento de interceptação


A CPI não pode requisitar, pois essas cópias estão protegidas pelo segredo de
justiça. STF MS 27483

Acesso do advogado às interceptações telefônicas


Súmula vinculante 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de policia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.
Assim, o advogado tem acesso às interceptações já concluídas, inclusive com
direito a cópia irrestrita, todavia, não tem acesso às interceptações em
andamento.

Princípio da Inadmissibilidade das Provas Ilícitas


Se a prova foi produzida ilicitamente, deverá ser excluída dos autos.
Art. 5º, LVI, CF e Art. 157, caput, CPP.

Princípio da Admissibilidade (Vigorou no Brasil até a década de 70)


A prova ilícita fica nos autos e é declarada como tal no momento da sentença.

Se a interceptação ilícita foi excluída do processo e era a única prova de


autoria e materialidade, faltará justa causa para a ação penal e o processo
deverá ser anulado ou deverá ser declarada a inépcia da denúncia. STJ, HC
117537.

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