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Escola de Saúde
Curso de Psicologia
Trabalho de Conclusão de Curso
Brasília - DF
2016
Layara Fonseca de Oliveira Pinheiro
O AUTISMO E O ACOMPANHAMENTO
TERAPÊUTICO: DESAFIOS E REFLEXÕES
Brasília
2016
UNIVERSIDADE DE CATÓLICA DE BRASÍLIA
Pró-Reitoria Acadêmica
Escola de Saúde
Curso de Psicologia
Trabalho de Conclusão de Curso
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Histórico Cultural.
ABSTRACT
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7
2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 11
2.1 Compreendendo o Transtorno do Espectro Autista ............................................ 11
2.2 O Transtorno do Espectro Autista e o acompanhamento terapêutico a partir da
Análise do Comportamento ...................................................................................... 14
2.3 O Transtorno do Espectro Autista e o acompanhamento terapêutico a partir da
Teoria Histórico-Cultural ........................................................................................... 17
3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 21
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 22
4.1 Procedimentos de elaboração das informações ................................................. 22
4.1.2 Recursos para elaboração dos dados ............................................................. 23
5 RESULTADOS,ANÁLISE E DISCUSSÃO DAS INFORMAÇÕES ....................... 24
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 31
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 33
APÊNDICE ................................................................... Erro! Indicador não definido.
Apêndice A: Questionário ......................................................................................... 37
Apêndice B: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ...................................... 37
Apêndice C: Termo de Autorização para Utilização de Som de Voz ........................ 40
Apêndice D: Termo de Concordância ....................................................................... 41
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INTRODUÇÃO
Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação
com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
1
Neste trabalho delimita-se o termo ´acompanhamento terapêutico´ referindo-se ao auxílio
com as crianças com dificuldades relacionadas ao Transtorno Do Espectro do Autismo (TEA). O
acompanhante terapêutico visa atuar como mediador e facilitador do processo de inclusão da criança
com TEA. Segundo os autores Fráguas e Berlinck (2001, apud NASCIMENTO et al, 2015)
descrevem que o trabalho do acompanhante consiste em estar com a criança dentro e fora da sala de
aula, sempre buscando integrá-la ao grupo e levá-la a um envolvimento com as atividades propostas
pelo professor, observando e respeitando seus limites e suas potencialidades. (NASCIMENTO et al,
2015). Neste caso entende-se o psicólogo como um dos sujeitos que podem se caracterizar como
acompanhante terapêutico.
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instrumental que possibilita aos sujeitos interagirem entre sim. Além disso, destaca-
se a importância da linguagem na estruturação do psiquismo, por meio das funções
psicológicas superiores. Logo, considera-se a linguagem como uma “atividade
instrumental” e essencialmente humana. (Bernardes, 2008, p. 158).
A partir destas reflexões teóricas, que emergem algumas questões sobre a
atuação do profissional de psicologia diante do acompanhamento terapêutico de
crianças autistas, como: Quais são as estratégias de atendimento junto a uma
criança autista? O profissional da psicologia enfrenta desafios ao realizar um
acompanhamento terapêutico de uma criança autista? Se sim, quais os desafios e
limitações enfrentados do acompanhamento terapêutico? Existem diferenças
teóricas e práticas no processo de acompanhamento de uma criança autista entre a
abordagem Análise do Comportamental e a abordagem Histórico-Cultural?
Pretende-se responder algumas destas questões, sobretudo as que estejam
conectadas com os objetivos desta pesquisa, uma vez que as demais questões
demandariam mais outros recursos metodológicos e maior tempo de análise. Para
tanto, ressalta-se a necessidade de levar em consideração as particularidades do
sujeito com TEA diante das diferenças analíticas vinculadas as perspectivas
teóricas.
A partir das perguntas problemas realizadas objetiva-se, neste estudo, refletir
sobre as estratégias e desafios vivenciados por profissionais psicólogos (as) no
processo de acompanhamento terapêutico de uma criança autista a partir do olhar
da abordagem Análise do Comportamental e da abordagem Histórico-Cultural.
E, os objetivos específicos são: 1) Investigar junto aos psicólogos a
compreensão sobre o TEA; 2) Identificar juntos aos psicólogos que elementos
devem contemplar o acompanhamento terapêutico para uma criança com TEA; 3)
Caracterizar a partir da perspectiva teórica do profissional da psicologia quais as
estratégias e recursos utilizados para realizar o acompanhamento terapêutico da
criança autista; 4) Verificar junto ao profissional da psicologia a existência de
desafios para realizar o acompanhamento terapêutico de crianças autistas e por fim;
5) Compartilhar a co-relação das contribuições teóricas e práticas dos psicólogos
frente ao acompanhamento terapêutico de crianças com TEA.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
O autismo começou a ser descrito em 1943 por Leo Kanner, de acordo com
Santos e Sousa (2005, p. 2), sendo este um psiquiatra americano, que iniciou os
estudos a respeito da dimensão citada. Foi possível analisar as características
comportamentais em um grupo de crianças, através da vivência do autor por meio
dos padrões típico do TEA, tais como, o isolamento extremo, obsessividade,
estereotipias e ecolalia, os quais possibilitaram identificar o que era o autismo.
Cabe ressaltar que quase na mesma época que Kanner, em 1944, um
pediatra austríaco, Hans Asperger desenvolveu um trabalho com a temática
“psicopatologia autista”. Este autor enfatiza que o isolamento social na criança
autista é de origem inata. (Santos e Sousa, 2005, p. 7).
Sobre esse assunto, observa-se que esta visão inicial sobre o TEA, tem sido
bastante questionada, sobretudo em função das análises de outras dimensões,
como: emocional, social, físico e cultural dos indivíduos. Desta maneira e de acordo
com Orrú (2010), há uma necessidade de ofertar possibilidades de inserção, de
inclusão para as pessoas com TEA, bem como aos seus familiares; para viabilizar
12
2
Os sujeitos com TEA são incluídos na mesma categoria de pessoas com deficiência e pessoas com
necessidades especiais em função das peculiaridades do seu desenvolvimento e necessidades
efetivas de proteção social no âmbito social, educacional, saúde, etc.
15
3 OBJETIVOS
4 METODOLOGIA
4.1.1 Participantes
23
“O estudo de caso para ser bem conduzido, requer uma coleta de dados
sendo realizada mediante uma entrevista, observações e análise de documentos”.
(Gil, 2010, p. 120). Assim, neste trabalho foram utilizado do recurso de entrevista
junto aos profissionais psicólogos(as) que realizam e/ou realizou o acompanhamento
terapêutico com crianças autistas.
Por entrevista, entende-se, de acordo com Gil (2010, p.109)
Como a técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e
lhe formulam perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados que
interessam à investigação.
sujeito à pesquisa, a partir da pleno conhecimento por parte dos participantes das
etapas realizadas neste estudo por meio do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE), e, como meio de viabilizar concretamente a participação na
pesquisa.
ocorre em espaços sociais, por exemplo a escola; e, sendo a escola deve ter o
auxilio de uma equipe multidisciplinar, com a finalidade de explorar os diversos
campos de desenvolvimento da pessoa com TEA, levando, sempre, em conta o
processo de simbolização da criança. Para viabilizar estas estratégias, é necessário
como confirma (Mosquera e Teixeira, 2010), a necessidade de adequação do
currículo escolar as especificidades da criança com TEA.
Entende-se como diferença sobre as percepções metodológicas entre as
teorias investigadas os procedimentos técnicos utilizados para proporcionar um
desenvolvimento potencial para a criança com TEA. Enquanto no discurso da
psicóloga da Perspectiva Histórico-Cultural há uma continua referência sobre a
atuação do professor como agente mediador com pessoas autistas, explorando o
desenvolvimento e sensibilidade, sobretudo com a finalidade de investigar os
significados elaborados por seus estudantes e, com vias a elaborar estratégias
mediatórias mais elementares ou complexos. (Orrú, 2010).
Observa-se ainda, que há uma aproximação das percepções das psicólogas
entrevistadas, sobre “as habilidades que o aluno apresenta e quais as que precisa
aprender” Braga e Miguel (2005), diferenciando as bases epistemológicas e os
caminhos teórico-metodológico utilizados para chegar a este fim.
americanos, e no Brasil tem poucas pesquisas na não adianta serem trabalhadas apenas em
área”. um espaço”.
Fonte: Autoria Própria.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2010.
GOULART, Paulo; ASSIS, Grauben José Alves de. Estudos sobre autismo em
análise do comportamento: aspectos metodológicos. Revista Brasileira de Terapia
Comportamental e Cognitiva, v. 4, n. 2, p. 151-165, 2002.
SANTOS, Emilene Coco dos; OLIVEIRA, Ivone Martins de. Trabalho pedagógico e
autismo: desafios e possibilidades. Disponível em:
<http://www.facevv.edu.br/Revista/10/Artigo4.pdf>. Acesso em: 30 de set. de 2016.
SERRA, Dayse. Sobre a inclusão de alunos com autismo na escola regular. Quando
o campo é quem escolhe a teoria. Revista de Psicologia, Fortaleza, v. 1 n. 2, p.
163-176, jul./dez. 2010.
SILVA, Alex Sandro Tavares da; SILVA, Rosane Neves da. A emergência do
acompanhamento terapêutico e as políticas de saúde mental.Psicologia: ciência e
profissão, v. 26, n. 2, p. 210-221, 2006.
36
SOUSA, Pedro Miguel Lopes de; SANTOS, Isabel Margarida Silva Costa.
Caracterização da Síndrome Autista. O portal dos Psicólogos. 2005. Disponível
em:< http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0259.pdf>. Acesso em: 30 de set. de
2016.
THOMPSON, Travis. Conversa franca sobre autismo: guia para pais e cuidadores.
Campinas, SP: Papirus, 2014.
APÊNDICE
Apêndice A: Entrevista
1) Como você defini uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
(Objetivo 1)
Apêndice B
O (a) Senhor (a) está sendo convidado (a) a participar do projeto: “O autismo
e o acompanhamento terapêutico: desafios e reflexões”, sob responsabilidade da
Profª. MS.c., Danielle Sousa da Silva e estudante do curso de graduação de
Psicologia, Layara Fonseca de Oliveira Pinheiro.
O objetivo desta pesquisa é refletir sobre as estratégias e desafios
vivenciados por psicólogos no processo de acompanhamento terapêutico de uma
criança autista a partir do olhar da abordagem Análise do Comportamento e da
abordagem Histórico Cultural, esta pesquisa justifica-se, como possibilidade de
compreender e explanar sobre as diferentes estratégias e perspectivas teóricas que
visam favores uma terapêutica ao sujeito com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O (a) Senhor (a) receberá todos os esclarecimentos necessário antes e no
decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá sendo
mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer informações
que permitam identificá-los (a). Senhor (a) pode se recusar a responder qualquer
questão (no caso da aplicação de questionário) que lhe traga constrangimento,
podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento Sem nenhum
prejuízo para o (a) senhor (a).
A sua participação será da seguinte maneira: será realizado um contato inicial
para apresentar os objetivos da pesquisa e, posteriormente, diante do aceite em
participar da pesquisa será realizado uma entrevista semi estruturada individual com
o profissional da psicologia que realiza/realizou acompanhamento terapêutico com
um criança com TEA. O tempo estimado para realização desta compreende
aproximadamente 40 (quarenta) minutos.
Os resultados da pesquisa serão divulgados na Universidade Católica de
Brasília (UCB), podendo ser publicados posteriormente. Os dados e materiais
utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda da pesquisadora.
Este projeto possui os seguintes benefícios: possibilitar uma melhor
compreensão sobre a diferença do processo de acompanhamento terapêutico junto
com a criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), focado no campo da
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Apêndice C
Apêndice D
TERMO DE CONCORDÂNCIA