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Campo Grande
2016
SUBSTITUIÇÃO DO AGREGADO MIÚDO POR RESÍDUO
PROVENIENTE DO BENEFICIAMENTO DO MÁRMORE E
GRANITO (RBMG) EM ARGAMASSA
Campo Grande
2016
Dedicamos este trabalho aos
nossos familiares e amigos
que sempre nos apoiaram.
AGRADECIMENTOS
Sócrates
NETO, ADIVILSON PEREIRA DA SILVA, BRITES, BRUNO GINDRI, DOS SANTOS,
LUCAS LORENZETTI. SUBSTITUIÇÃO DO AGREGADO MIÚDO POR RESÍDUO
PROVENIENTE DO BENEFICIAMENTO DO MÁRMORE E GRANITO (RBMG) EM
ARGAMASSA. 2016. 55 PÁGINAS. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
(ENGENHARIA CIVIL) – (UNIDERP), CAMPO GRANDE – MS, 2016.
RESUMO
ABSTRACT
CP Cimento Portland
ρ Peso especifico
1. INTRODUÇÃO
A construção civil de forma geral é uma área que consome uma quantidade
muito elevada de recursos naturais e é grande geradora de resíduos. Com isso, surge
o grande interesse no desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas relacionadas
ao tratamento, reciclagem, reutilização e processamento dos resíduos que são
depositados na natureza, provocando sérios impactos ambientais.
Deve-se ressaltar após a lavra das rochas, o material bruto, deve ainda passar
por uma etapa de beneficiamento, este processo fabril, transforma as rochas em
placas, ladrilhos e outros produtos para o consumo final da indústria de construção
civil e demais envolvidos. Esta etapa de transformação pode ocasionar a perda de
cerca de 30% da massa inicial, sem incluir nesta estimativa os rejeitos provenientes
ainda da etapa de polimento (NEVES, 2002).
2. OBJETIVOS
Este trabalho possui, além do objetivo geral, objetivos específicos, que serão
descritos abaixo:
mais de 120 países), que movimentam o equivalente a US$ 4,1 bilhões nos mercados
internos e externos. O setor da construção civil consome cerca de 1,5 bilhão de
m²/ano, cerca de 50 milhões de m²/ano são de rochas naturais.
Para Pontes e Stellin Jr. (2001), o processo de acabamento (figura 4) das chapas
inicia-se na maioria das vezes com o polimento das peças que saem dos teares.
Figura 4 - Polimento
Esta etapa tem por finalidade conferir à superfície da peça brilho e lustre de
tal forma que realcem a coloração dos diferentes minerais constituintes da rocha.
Isto é conseguido através da eliminação da rugosidade da superfície da peça
e pelo fechamento dos poros dos diferentes minerais ou cristais que constituem o
material. Nesta etapa são utilizados elementos abrasivos de granulometria
decrescente que, através de movimentos de fricção sobre a chapa, vão desbastando-
o até alcançar o grau de polimento almejado.
gerado nesta fase de processamento das chapas e é constituído por uma grande
quantidade de água, pó de rocha e restos dos abrasivos utilizados.
4. ARGAMASSAS
4.1 DEFINIÇÕES
para unir rochas e madeiras, o qual utilizava para compor suas rústicas construções
(GUIMARÃES, 1997)
4.2.1 Retração
Além da perda de água, a retração pode ter outras causas, como: retração
térmica, por carbonatação, por hidratação do cimento e autógena, que podem ocorrer
ao mesmo tempo ou em fases diferentes da vida útil da argamassa de revestimento.
Acrescentam-se ainda os fatores que influenciam a retração, tais como: tipo de
aglomerante, temperatura ambiente, incidência da radiação solar, umidade relativa do
ar, velocidade do vento, dentre outras (SILVA , 2006).
partir disso pode se dizer, que a coesão no estado fresco vai refletir diretamente no
estado endurecido, mais especificamente na resistência à tração, podendo ser através
do ensaio de tração pura.
A NBR 13281 (2005) faz uma classificação das argamassas, de acordo com
sua resistência a compressão axial, conforme na tabela 1, a mesma NBR define o
procedimento experimental para a realização do ensaio.
O ensaio de absorção de água pode ser realizado pela NBR 9779 (ABNT,
2005) ou pelo Método do Cachimbo (CSTC, 1982) e (RILEM, 1982).
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5. METODOLOGIA
O RBMG foi obtido de uma empresa de Campo Grande – MS que faz o corte
das placas de mármore e granito.
Fonte: Autores
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O agregado miúdo utilizado no ensaio foi areia fina. O primeiro ensaio realizado
foi de granulometria, foram seguidas as orientações da NBR 7211 NBR 7211 (ABNT,
2009) - Agregados para concreto- Especificação).
O ensaio consistiu de uma amostra seca de um quilo, sendo elas submetidas
ao peneiramento manual.
Fonte: Autores
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A NBR 7175 (ABNT, 2003) define cal hidratada como um pó obtido pela
hidratação da cal virgem, constituído essencialmente de uma mistura de hidróxido de
cálcio e hidróxido de magnésio, ou ainda, de uma mistura de hidróxido de cálcio,
hidróxido de magnésio e óxido de magnésio. Foi utilizada a Cal do tipo CH III.
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Para a determinação da absorção a amostra deve ser mantida com 1/3 de seu
volume imerso nas primeiras 4 h e 2/3 nas 4 h subsequentes, sendo completamente
imerso nas 64 h restantes. A determinação da massa foi obtida 24, 48 e 72 horas após
o primeiro contato com a água, foram previamente secados com um pano absorvente.
Fonte: Autores
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6. RESULTADOS
Fonte: Autores
Compressão Axial
7
6 6,2
5,6
5
5
Tensão (Mpa)
Referencia
4
5%
3 3,5 10%
3
2,7 2,6 15%
2 2,5
0
7 28
Dias
Fonte: Autores
Quadro 11 - Resistência media à tração por compressão axial para os 4 traços nas
idades de 7 e 28 dias
Dias
Traço
7 28
Referencia 0,239 (MPA) 0,29(MPA)
5% 0,31(MPA) 0,5(MPA)
10% 0,41(MPA) 0,69(MPA)
15% 0,34(MPA) 0,6(MPA)
Fonte: Autores
Compressão Diametral
0,8
0,7
0,6
Tensão (Mpa)
Referencia
0,5 5%
0,4 10%
0,69
0,3 0,6 15%
0,5
0,2 0,41
0,31 0,34
0,29
0,1 0,239
0
7 28
Dias
Fonte: Autores
305
Espalhamento (mm)
300
Ref
5%
295
10%
15%
290
285
280
Fonte: Autores
16 15,474
15,619
15,0073
14,6964
15 15,362
15,0688
14 14,5803 14,667
13
24 48 72
Horas
Fonte: Autores
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A adição do resíduo, pelo fato do mesmo ser um material muito fino (material
pulverulento). Como as partículas finas reduzem o diâmetro dos poros, a absortividade
das argamassas aumenta para teores crescentes de adição de RBMG.
8. REFERÊNCIAS
2009;
SOUSA, José Getúlio Gomes de; LARA, Patrícia Lopes de Oliveira. Reologia e
trabalhabilidade das argamassas. In: BAUER, Elton (Coord.). Revestimentos de
argamassa: Características e peculiaridades. Brasília, [2007]. p. 23-29.