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SEMESTRE 2015
Todas as disciplinas do ano lectivo de 2015
21 DE JANEIRO DE 2016
UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
1
Índice
Conteúdo
Introdução ..................................................................................................................................... 2
Relativamente as Unidades Curriculares lecionadas no primeiro semestre: ............................... 3
Calendarização das aulas: ................................................................................................ 3
Parecer sobre o funcionamento das aulas ...................................................................... 3
Assiduidade dos alunos .................................................................................................... 3
Estratégias utilizadas no ensino ....................................................................................... 4
Actividades extracurriculares efectuadas ........................................................................ 4
Nível de preparação dos alunos ....................................................................................... 4
Interligação dos conhecimentos ministrados na disciplina com as outras cadeiras ...... 5
Sugestões de melhoria ..................................................................................................... 6
Taxas de aprovação e reprovação.................................................................................... 7
Relativamente as Unidades Curriculares lecionadas no segundo semestre temos: .................... 9
Calendarização das aulas: .............................................................................................. 9
Parecer sobre o funcionamento das aulas ...................................................................... 9
Assiduidade dos alunos .................................................................................................... 9
Estratégias utilizadas no ensino ..................................................................................... 10
Actividades extracurriculares efectuadas ...................................................................... 10
Nível de preparação dos alunos ..................................................................................... 11
Interligação dos conhecimentos ministrados na disciplina com as outras cadeiras .... 11
Sugestões de melhoria ................................................................................................... 12
Introdução
Em algumas disciplinas não foi possível uma maior exploração dos temas dada a
dificuldade de base que os alunos apresentavam. Devido a questões académicas
relacionadas a Docente, houve necessidade de acelerar em algumas cadeiras,
nomeadamente, em Direito de forma a compensar o tempo. Penso, que esta atitude no
sentido de cumprir com todo o plano tenha criado alguma dificuldade no aprendizado,
desenvolvimento e melhor acompanhamento aos alunos.
No que toca a assiduidade este ano penso que houve uma grande diferença com os anos
anteriores pelo menos nas minhas cadeiras. Talvez, seja porque uma parte dos alunos tem
cadeiras em atrasos e deve tentar conciliar-se nos diferentes horários, ou talvez seja
porque, outros há que começaram a trabalhar. A verdade é que numa turma de 40 alunos
apenas metade (20) assistiam as aulas e desta metade poucos chegavam a horas do início
das aulas. Neste sentido, posso auferir que em média pontualidade e assiduidade dos
alunos se situou no geral em 15%. De salientar que eu não faço lista de presença, pois
cada aluno deve ser responsável pela sua formação académica e isto é-lhes comunicado
desde o início.
Durante as minhas aulas, houve casos em que as aulas eram dadas em PowerPoint, outras
aulas eram através de análise e discussão de artigos. Na unidade curricular de
empreendedorismo por exemplo, as aulas práticas também foram dadas no computador
através da ferramenta Excel e análises estatísticas. Dependendo da matéria em si, havia
sempre exemplos de casos práticos do dia-a-dia.
Como é do conhecimento geral, ainda estamos longe de atingir o nível desejável de base
para alunos considerados universitários. Em minha opinião, os alunos admitidos para
frequentarem este primeiro ano em turismo estão pouquíssimos preparados para
Universidade, muitos há que de facto não sabem escrever nem ler um documento. Estas
situações dificultam o trabalho de qualquer professor. Apesar de ter havido
comparativamente com o ano passado uma pequena diferença em termos positivos no que
toca o nível de interesse e gosto pelo curso, muitos apresentam grandes dificuldades de
base, quer seja na escrita, interpretação e leitura, matemática, pesquisa e uso dos
computadores.
Foi difícil também porque não havia computadores para todos, e como alguns alunos
chegam tarde, havia aulas em que apenas encontravam-se 6 alunos com o computador
ligado e outros observavam porque não conseguiam acompanhar por mais que se lhes
desse explicações, indicavam que preferiam fazer depois em casa e limitavam-se a
observar os passos numa aula prática, onde o objectivo era praticar.
Continuamos a ter alunos que não sabem escrever, não sabem fazer uma regra de três
simples, e em gestão hoteleira o cenário é o mesmo. Contas é um bicho-de-sete-cabeças.
Os alunos foram para o quadro, foram identificados os alunos com mais dificuldades,
fomos fazendo passo a passo exercícios em conjunto no quadro, fizemos o mesmo
exercícios inúmeras vezes, mas na prova troca-se uma variável o aluno perde-se
completamente, pois não entendeu apenas quer decorar e rezar que o exercicio seja
igualzinho e muitas vezes nem com isso, lá chegam.
Vou começar por falar da unidade curricular empreendedorismo 4.º ano: Senti-me de
facto várias vezes perdida porque os alunos em termos de interligação a cadeira de
empreendedorismo como é dada em gestão hoteleira e a qual eu sigo, não têm bases. Não
têm bases de contabilidade, não têm bases de análise de investimentos, não tem bases de
legislação, não têm bases de análise financeira e o marketing passa-lhes ao lado. O
empreendedorismo ligado ao projecto de investimento como eu me propus a dar em
função do curso ter também o nome de gestão hoteleira, posso dizer que é impossível e
desgastante fazer o trabalho nesta conjuntura. Os alunos têm imensas dificuldades, posso
dizer que desci até aonde me foi possível trazer alguns alunos e determinada altura tive
que reformular a matéria para outro patamar no sentido de encontrar um nível aceitável
para leccionar o quarto ano. Percebi que era impossível num semestre os estudantes
adquirirem bases e conhecimentos de tantos conteúdos e aprenderem a trabalhar com
Excel. Mas também ressalvo que não facilitei. O mesmo posso dizer que aconteceu com
os alunos do 2.º ano em Gestão Hoteleira. Eu penso que estes alunos do segundo ano em
minha opinião são os mais fracos e poucos interessados no conhecimento. Uma boa parte
assiste as minhas aulas e dizem que perceberam, mas os testes são sempre pouco
satisfatórios. A cadeira está interligada com Gestão Hoteleira I e Contabilidade.
Sugestões de melhoria
Pessoalmente não fiquei muito satisfeita com os resultados alcançados pelos alunos, mas
tenho a consciência que dei o meu melhor para chegar até eles. No que toca ao
empreendedorismo penso seguir uma abordagem mais turísticas no próximo ano apenas
com conteúdos teóricos sem qualquer componente prática, não no sentido de facilitar,
mas após olhar para o programa no geral e pela experiência vivida não será possível
desenvolver um trabalho satisfatório com estes estudantes tendo em conta o nível que os
alunos apresentam, por muito que eu crie diferentes métodos. Pois as minhas aulas
acabam por ser transversais a todas as disciplinas interligadas para que o aluno consiga
perceber, representando um esforço bastante acrescido em todos os níveis.
Não sei como mudar o paradigma que nos encontramos, mas é notório que os alunos
apenas decoram e não gostam de pensar. Nota-se uma grande diferença na aplicação de
testes com consulta ou pergunta de desenvolvimento, quando aplicamos perguntas
directas.
No que toca a Gestão Hoteleira II, é preciso que a contabilidade deixe de ser leccionada
mais ao nível do razão e passe a diversos conceitos para que possa facilitar também a
minha abordagem com os alunos. No fundo a Gestão Hoteleira II, utiliza conceitos de
contabilidade geral e alguma contabilidade analítica, mas é contabilidade porque nesta
matéria fala-se de controlos de custos e os alunos mas uma vez chegam sem bases de
contabilidade ao nível do que se pretende abarcar a gestão. Num cenário optimista os
alunos deveriam ter contabilidade I e II. Na qual a primeira seria a geral e a segunda
analítica, funciona em gestão hoteleira. Contudo, como estamos a falar de turismo……
No que toca as outras disciplinas tentaremos criar mais actividades práticas para o
próximo ano em função da carga horária que se nos apresentar.
Quadro 2 - OEAT II
Sendo esta cadeira muito mais prática, notou-se um número de aproveitamento menor,
pois o nível de exigência e domínio de outros conteúdos como por exemplo a
contabilidade eram fundamentais para o aprendizado.
Quadro 4 – Empreendedorismo
Após uma abordagem com a direcção do curso, optou-se por repetir a avaliação dos
alunos. Houve melhorias e para isso muito contribuíram as sessões de tutoria. Dos 35
estudantes inscritos 26 conseguiram dispensar a cadeira. De salientar, que a maioria fê-lo
apenas na segunda oportunidade que foi dada. No geral a disciplina teve um
aproveitamento de 72%.
Também, o facto de ter de sair do campus para questões relacionadas com o estágio de
algumas estudantes para área de gestão hoteleira, bem como as visitas de estudo aos hotéis
fizeram com que diminuísse a possibilidade de cumprir na íntegra o programa. Em suma
vários factores contribuíram para o não cumprimento do calendário académico previsto.
No que a gastronomia diz respeito, infelizmente ainda não nos foi possível conciliar as
aulas práticas com os conceitos técnicos que a cadeira comporta.
No que toca a assiduidade este semestre não foi muito diferente do primeiro, diria que até
foi pior do que o anterior. Uma vez mais, houve muita ausência. Alguns alunos
informaram que se encontravam a trabalhar, outros alegavam a crise. A informação sobre
o não reconhecimento do curso criou um grande impacto na mente dos estudantes,
Elaborado pela Docente: Nilda Ferreira.
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fazendo com que muitos se sentissem bastante desmotivados. Outros chegavam muito
atrasados e não lhes era permitido entrar, havia outros que alegavam horários sobrepostos
devido as cadeiras que tinham em atraso.
A grande desistência se assim a poderei chamar foi na turma do primeiro ano, muito
contribuiu para isso as noticia menos abonatória sobre a universidade e aumento do valor
das propinas. Foram informados que deveriam elaborar um trabalho e maior parte deles
não sabe utilizar um computador nem trabalhar em equipa, na verdade esta tem sido uma
grande batalha nas minhas cadeiras. Promover o trabalho em equipa para sensibiliza-los
da responsabilidade e objetivos que uma equipa tem quando decide trabalhar ou não em
conjunto. A verdade é que numa turma de 61 alunos inscritos por exemplo em gestão
hoteleira só vi nas minhas aulas o máximo de 15 alunos presentes.
Recordo e faço questão de informar aos alunos que eu não solicito lista de presença, pois
cada aluno deve ser responsável pela sua formação académica e o cumprimento das regras
que são ditas logo no primeiro dia de aulas.
Portanto, posso dizer que houve uma grande desistência ou ausência pelo menos nas
minhas aulas no que toca aos alunos do primeiro ano. Sei que uma boa parte deles sentiu-
se incapaz de elaborar um trabalho, peso embora houvesse várias tutorias das quais apenas
um pequeno grupo dos mesmos alunos compareceria.
Tal como no semestre passado, neste as minhas aulas também foram dinâmicas. Houve o
uso do PowerPoint, discussão de artigos, escrita no quadro e trabalhos de pesquisa. Foi
ainda incorporado a questão das tutorias para melhor acompanhamento dos estudantes.
Neste semestre, já foi possível fazer algumas coisas para melhorar as aulas. Foram
realizadas várias visitas de estudos com os alunos em hotéis. Também, participamos em
algumas palestras ligadas ao turismo em hotéis como HTCA no talatona. Por outro lado,
os alunos do segundo ano realizaram uma exposição no âmbito da cadeira de gastronomia,
enologia e artesanato para colmatar as aulas práticas.
Neste semestre pareceu-me que não houve grandes mudanças neste capítulo. Devo
salientar que alguns alunos estavam de facto completamente desmotivados devido, a
questão do não reconhecimento dos cursos. Como é do conhecimento geral, ainda
estamos longe de atingir o nível desejável dos alunos que gostaremos de encontrar cá.
Ainda neste semestre pude constatar uma vez mais a opinião emitida sobre os alunos do
primeiro ano. Estes estudantes veem com pouca bagagem a todos os níveis
comparativamente com os anteriores. Numa turma de mais de 30 alunos apenas
destacaram-se com grandes diferenças 3 alunos do nível médio neste ano, apesar de ter
havido comparativamente com o ano passado uma pequena diferença em termos positivos
no que toca o nível de interesse e gosto pelo curso, continuam a apresentar grandes
dificuldades de base, quer seja na escrita, interpretação e leitura, matemática, pesquisa e
uso dos computadores.
Continuamos a ter alunos que não sabem escrever, não sabem fazer uma regra de três
simples, e em gestão hoteleira o cenário é o mesmo. Contas é um bicho-de-sete-cabeças.
Os alunos foram para o quadro, foram identificados os alunos com mais dificuldades,
fomos fazendo passo a passo exercícios em conjunto no quadro, fizemos o mesmo
exercícios inúmeras vezes, mas na prova troca-se uma variável o aluno perde-se
completamente, pois não entendeu apenas quer decorar e rezar que o exercicio seja
igualzinho e muitas vezes nem com isso, lá chegam.
Sugestões de melhoria
A sugestão que eu faria tem a ver com o transporte. Sempre que se organizou uma saída
constituiu um problema e acabou por ser muito desconfortável. Penso que se deverá criar
condições se queremos elaborar futuramente mais visitas de estudo. Ou seja não é
possível sequer ir no mesmo transporte com os alunos porque os autocarros que são
enviados não dispõem de condições, como por exemplo ar condicionado. Por outro lado,
penso que estas saídas deveriam estar mais bem articuladas com a docente que realiza o
evento. É importante que a mesma saiba antecipadamente o transporte, motorista e
contacto. Acredito estes pequenos detalhes facilitavam a organização e evitaríamos gastos
de comunicações em plena madrugada desnecessários bem como alunos deixados para
trás.
Dentro dos novos planos talvez seria interessante pensar o curos em duas saídas
profissionais. Para gestão hoteleira e para turismo.
Quadro 1 - Gastronomia
A gastronomia teve 51 alunos inscritos e nesta aula houve sempre uma grande
participação e assiduidade dos alunos. No que toca as avaliações de uma forma geral
podemos dizer que houve uma nota mais alta 18 e a mais baixa foi de 1 valor. Assim dos
51 estudantes inscritos a taxa de aprovação foi de aproximadamente 42%. Nesta cadeira
houve também um trabalho de cariz prático, a elaboração de uma exposição como parte
da avaliação dos conteúdos adquiridos em sala de aula o que permitiu aos alunos maior
interação com o mundo da organização de eventos que foi uma cadeira dada por mim no
primeiro semestre e a própria valorização da gastronomia, descoberta das bebidas
produzidas em território nacional e do próprio artesanato como forma de valorização da
nossa cultura e resgate do valores. No final penso que os alunos ficaram muito satisfeitos
com a elaboração deste tipo de trabalhos práticos que muito servem para enaltecer o curso.
Em gestão hoteleira, houve muitas complicações diria mais desistência logo na primeira
frequência Dos 61 estudantes inscritos e alguns já repetentes da disciplina apenas 25
estudantes conseguiram elaborar o trabalho. O restante optou por desistir alegando falta
de material de trabalho como computador. Apesar das dificuldades na elaboração das
contas por parte da grande maioria dos estudantes, na avaliação do recurso a grande
maioria conseguiu dispensar sendo que no total podemos dizer que 27 tiveram êxitos.
No final, posso concluir que cada ano que passa procura-se criar novas metodologias para
transmitir da melhor maneira possível os conhecimentos, no entanto, noto que de um ano
para outro os estudantes que temos vindo a receber acabam por trazer ainda mais
dificuldades quando na verdade deveria ser o contrário.