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Identidade e Integração Profissional

Saúde: É o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de
doença.

Droga: Palavra Droga vem do holandês droog, significa folha seca. É toda a substância de origem
animal, vegetal ou mineral que quando introduzida no organismo provoca a alteração das suas
funções com ou sem intenção benéfica.

Fármaco: Palavra com origem no grego – Pharmakon. São drogas com estruturas químicas já
definidas, dotadas de ação farmacológica e terapêutica cujos seus efeitos no organismo são
conhecidos devido aos imensos estudos realizados.

Substância Ativa/Principio Ativo: Toda a substância de origem animal, vegetal, humana ou


química que confere a ação terapêutica e farmacológica.

Fármaco = Substância Ativa

Excipiente/Veículo: Matéria-prima inerte, ou seja, livre de ação farmacológica que se juntam às


substâncias ativas para servindo de veículo. Conferem a cor, a forma e a estabilidade ao
medicamento.

Matéria-Prima: Qualquer substância ativa ou inativa utilizada na produção do medicamento, que


permaneça inalterável quer se modifique ou desapareça no decurso do processo.

Medicamento: “Um medicamento é toda a substância ou associação de substâncias apresentada


como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres humanos ou dos seus
sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a estabelecer um
diagnóstico médico ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a
restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas” (Decreto-Lei n.º 76/2006, de 30 de Agosto)

Forma galénica/Forma Farmacêutica:

Estado final do produto que se obtém após as diversas operações farmacêuticas necessárias das
substâncias ativas com o objetivo de obter o efeito terapêutico desejado e facilitar:

• Administração

• Posologia

• Fracionamento

• Absorção

• Conservação

As formas farmacêuticas podem ser classificadas em:

• Sólidas

• Liquidas

• Semi-sólidas

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Remédio: Do latim “Remedium” que significa o que cura. Qualquer substância ou recurso
utilizado par prevenir ou aliviar doenças.

Ex: colocar compressas ou uma toalha húmida em água fria na testa em estado febril.

Placebo: É uma substância sem propriedades farmacológicas administradas a pessoas ou grupo


de pessoas como se tivesse propriedades terapêuticas.

Veneno: É toda a substância capaz de promover efeitos nocivos mesmo em pequenas quantidades.

Terapêutica:

 Quanto ao Fim pode ser:

Causal: elimina a causa da doença, terapêutica de eleição.

Sintomática: tem como objetivo eliminar ou atenuar os sintomas da doença.

 Quanto à Causa pode ser:

Sistémica: entra na corrente sanguínea.

Local: pretende-se que exerça a ação de aplicação.

Tópica: Aplicada externamente na pele ou mucosas.

Dose: É a quantidade de princípio ativo que se administra de uma só vez.

Dosagem: É a concentração do medicamento.

Posologia: Descreve a dose do medicamento, os intervalos e o período que se administra.

Obras Importantes:

 Prontuário Terapêutico
 Índice Nacional Terapêutico
 Farmacopeia Portuguesa (IX)
 Simposium Terapêutico

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História da Farmácia e do Medicamento

Origem e evolução da farmácia:

A história da farmácia e do medicamento é tao antiga como a história da humanidade.

Desde a antiguidade que o homem procura dar resposta às doenças tentando encontrar “curas”.

O Homem do Paleolítico procurava a cura para as doenças e para os ferimentos através do uso
de:

 Plantas
 Substâncias de origem animal
 Práticas mágico-religiosas

O documento farmacêutico mais antigo da farmácia é a tábua sumérica que contém 15 receitas
medicinais.

Hipócrates – “Pai da Medicina”

Juramento de Hipócrates

“Prometo que, ao exercer a arte de curar, me mostrarei sempre fiel aos preceitos da honestidade,
da caridade e da ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua
calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra. Nunca me servirei
da profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir esse juramento com
fidelidade, goze eu a minha vida e minha arte boa reputação entre os homens e para sempre. Se
dele me afastar ou infringi-lo, suceda-me o contrário."

Galeno – “Pai da Farmácia”

 131-200 d.C
 Concebeu medicamentos a partir da teoria dos humores provenientes de Hipócrates,
tornado esta teoria racional e sistemática.
 Desenvolveu medicamentos como nunca tinham sido desenvolvidos através da
sistematização de matérias-primas.

Séc. II:

 Os Árabes criaram a primeira escola de farmácia e uma legislação para o exercício da


profissão.
 Divulgaram as suas práticas de alquimia.
 Defendiam uma farmácia voltada para o laboratório.

Séc. X:

 Medicina e farmácia uma só profissão.


 Criadas as primeiras boticas.
 Boticário tinha a responsabilidade de conhecer e curar doenças.
 Em 1240 d.C o imperador Frederick apresentou um decreto separando e regulamentando
as profissões.

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Boticário proprietário da Botica:

Significado etimológico de “armazém” ou “depósito”. Estabelecimento fixo de veda de


medicamentos. Nos conventos eram cultivados hortos botânicos e tinham boticas para preparar
as plantas medicinais.

Séc. XII: Desde a Antiguidade que as especiarias eram utilizadas na terapêutica. Aparecimento
dos Especieiros, vendedores ambulantes de especiarias.

Séc. XIII: Aparecimento dos primeiros boticários em Portugal

Séc. XVII e XVIII:

Final da vigência galénica- São publicados tratados botânicos, farmacêuticos e farmacopeias com
as inovações botânicas e farmacêuticas. A revolução química de Lavoisier (1743-1794) e a
revolução botânica de Lineu (1707-1778) influenciam a farmácia. Afirmação da higiene pública.
Surgem as primeiras farmacopeias oficiais e o primeiro medicamento preventivo, a vacina contra
a varíola.

Séc. XIX:

Descoberta dos primeiros princípios ativos que permitiu obter novos medicamentos. Há
alargamento do arsenal terapêutico com o desenvolvimento da química orgânica. A farmácia e o
farmacêutico tornam-se uma profissão e uma atividade cuja atuação é sustentada em bases
científicas.

Séc. XX:

Revolução Farmacológica- os avanços provenientes de diferentes áreas laboratoriais fizeram-se


sentir na farmácia. Melhoramento de alguns grupos medicamentosos e surgimento de novos
grupos. Difusão das matérias-primas sintéticas e dos princípios ativos sustentados na síntese
química. Melhoramento das formas farmacêuticas já existentes e surgimento de novas formas
farmacêuticas. Os novos grupos terapêuticos e os medicamentos industrializados alteraram o
exercício profissional farmacêutico nas diferentes áreas.

Grupo Azevedos Da Botica de Azevedo até aos dias de hoje.

 1775- Botica Azevedo


 Eram produzidas diversas formas galénicas
 Produção do primeiro medicamento em Portugal
 Produção da primeira pomada de penicilina
 Introdução do primeiro antibiótico contra a febre tifóide
 Primeira vacina antipoliomiélitica

Símbolo da Farmácia

Remonta a antiguidade, sendo parte das mitologias gregas

 Taça com a serpente enrolada:


 Cobra simboliza o poder
 Taça simboliza a cura

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História do Medicamento
1550 a.C

Papiro de Eberes- primeiros registos da medicina egípcia com 700 formulas mágicas.

Papiro de Edwin Simth- contém conhecimentos da medicina egípcia e é considerado o mais antigo
tratado da cirurgia traumática.

1550 a.C a 1700 Poucos registos inovadores, pois prevalecia a religião e a bruxaria para o
tratamento de enfermidades.

Idade Média

Durante a época medieval surge:

 Almíscar
 Ópio
 Cânfora
 Sândalo
 Pedra de Benzoar
 Tereaga
 Raiz de Madrágora

Sangria- usada para diversos tratamentos nomeadamente surdez e amnésia.

Aplicavam-se sanguessugas, cortes de vasos sanguíneos e o uso de ventosas para formação de


bolhas de sangue.

1700

Prevaleceu na Europa a medicina com base em produtos naturais.

Descrição dos efeitos terapêuticos das plantas medicinais.

1786

Edward Jenner descobre a vacina contra a varíola.

Estabelece-se bases da terapia preventiva.

Séc XIX

São estudados os princípios ativos:

 1806 - Morfina (obtida do Ópio)


 1817 - Emetina (isolada da Ipecacuanha)
 1818 - Estricnina (extraída da Noz-Vómica)
 1819 - Atropina (isolada da Beladona)
 1820 – Quinina
 1860 - Cocaína (extraída das folhas de Coca)
 Em Inglaterra, o Clorofórmio, tornou-se de uso frequente como anestésico em dores de
parto

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1850

EUA marcam a era das patentes e a criação dos primeiros laboratórios farmacêuticos.

Produção Industrial de medicamentos em escala.

1906 Criação da FDA (Food and Drug Administratio)- disciplinado o registo e critérios de
qualidade dos medicamentos.

1945-1965 “Idade dourada das descobertas”- obtenção de inúmeros fármacos através de


processos tecnológicos.

Descoberta das sulfadiamidas, antibióticos, esteroides, antiespasmódicos, cardiológicos, etc.

1960-1970 Novos regulamentos para a produção de medicamentos.

Aparecimento dos primeiros quimioterápicos.

Surge os aerossóis antiasmáticos.

1977 Surge a Farmacovigilância– para avaliar as reações adversas do medicamento.

1980 Era da Biotecnologia– obtenção de compostos por meio da tecnologia do DNA


recombinante, anticorpos monoclonais, terapia genética.

Avanços nos conhecimentos da farmacocinética para determinar a biodisponibilidade e a bio


equivalência dos medicamentos.

Medicamentos do Séc. XX

 1912- F.G.Hopkins estudou as Vitaminas


 1912- Fenobarbital (Anticonvulsivo)
 1914- Quinina (Antiarrítmico)
 1918- Quinidina (Antiarrítmico)
 1922- Vacina BCG (Bacilo Calmette Guérin)
 1922- Insulina
 Anos 30- Família Química das Sulfamidas
 1936- Procaína (Anestésico local)
 1938- Difenildantoína (Anticonvulsivo)
 1940- Higgins descobre que o Cancro da Próstata é influenciado por uma hormona
feminina
 1943- Waksman descobriu a estreptomicina
 1944- Cortisona (Anti-inflamatório)
 Final da Década de 40- Existência de duas estruturas químicas efetivas contra a
Tuberculose
 Anos 50- Isoniazida (Tuberculostático)
 1952- Hidrocortisona (Anti-inflamatório)
 Anos 60- Betabloqueantes (agem inibindo a Adrenalina), fator que contribui para a
Hipertensão
 1961- Etambutol (Tuberculostático)
 1963- Indometacina (Anti-inflamatório)
 1987- Zidovudina (Anti-retroviral)

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Atualmente

O medicamento é um produto que foi sujeito a longo tempo de investigação baseada em


rigorosos critérios científicos e de segurança, tutelado por normas jurídicas e regulamentos, que
obedece a controlo económico e que contribui para o bem-estar individual e cujos efeitos na
sociedade são evidentes.

História do Medicamento em Portugal

 1891

Fundação da companhia portuguesa higiene.

Aparecimento de novas substâncias ativas na Europa Central.

Novos e importantes horizontes terapêuticos.

 1893

Produzidos em Portugal novos comprimidos.

A Companhia Portuguesa de Higiene anuncia o “fabrico dos comprimidos por máquinas”.

“Contém princípios ativos de maior pureza doseados com grande rigor”.

 1900-1930

Desenvolvimento da indústria farmacêutica.

Aparecimento de diversos laboratórios que se dedicaram às especialidades farmacêuticas.

Carta de lei 19 de julho de 1902.

 1900-1930

O desenvolvimento da industrialização e a massificação do medicamento foram notáveis


revolucionando a indústria.

Ex: Sulfonamidas e insulina

 1900-1930
 Laboratórios Sanitas (1911)
 Sociedade Industrial Farmacêutica – Laboratórios Azevedo
 Bial
 Laboratórios Jaba
 Bayer – inicia a sua atividade Portugal

 1927

Primeiro congresso nacional de farmácia – Lisboa.

Exposição que ilustrou os avanços dos laboratórios portugueses e da capacidade em competir com
laboratórios estrangeiros.

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 1930 Laboratórios Sanitas abre uma unidade industrial no Brasil.
 1939 Grémio Nacional das Indústrias de Especialidades Farmacêuticas.
 1940-1942

Criação da comissão reguladora dos produtos químicos e farmacêuticos.

Criação de um laboratório de ensaio e verificação de medicamentos e substâncias medicinais.

 1944

Marca a era dos antibióticos em Portugal.

Chegam a Portugal as primeiras ampolas de Penicilina.

Dos primeiros países a obter penicilina para uso civil.

 1947

A derrota da Tuberculose.

A Cruz Vermelha traz as primeiras remessas de Estreptomicina.

Inicia-se assim nova fase de tratamento da tuberculose.

 1960

Fundada a CIPAN – Companhia industrial produtora de antibióticos.

Contribuiu para o fabrico de imensos antibióticos em Portugal.

 Pós-Guerra -1940

Deu-se uma crescente proliferação dos medicamentos.

Chegam a Portugal:

 Anti-histamínicos
 Anti hipertensores
 Antipiréticos
 Agentes quimioterápicos
 Analgésicos
 Tranquilizantes
 Antidepressivos

 1956

Publica-se o primeiro simposium terapêutico.

Para dar a conhecer aos médicos e farmacêuticos uma informação clara e fidedigna “que
facilitasse o trabalho árduo do receituário e sua efetivação”.

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 1957

O primeiro sistema de autorização da introdução de novos medicamentos, o que representou uma


inovação a nível europeu. funcionando na dependência da Direcção-Geral da Saúde, a comissão
técnica dos novos medicamentos atuava segundo critérios farmacológicos, visando garantir a
segurança dos consumidores.

 1958 Criação do Ministério da Saúde.


 1962 Introdução da pilula contracetiva em Portugal pela Schering Lusitana que um ano
antes tinha lançado na Alemanha e Reino Unido.

 1965

Vacinas- distribuídas de forma organizada e planeada de forma a imunizar a população


portuguesa.

Principiou-se pela vacina contra a poliomielite e logo no ano seguinte foram incluídas as da tosse
convulsa, da difteria, do tétano e da varíola.

Criou-se o Boletim Individual de Saúde.

 1970

Aumento de aparecimento de novos laboratórios em Portugal e no estrangeiro:

 Medinfar
 Centrofarma
 Gestafarma
 Vetlima
 Cosmofarma
 Sofex Farmacêutica

 1987

Aparecimento da APIFARMA.

Desempenha um papel fundamental no cumprimento dos princípios de transparência e


integridade.

 1991

Publicado o Estatuto do Medicamento.

O primeiro diploma oficial a abordar os fármacos com base nas diretivas europeias. Iniciou-se
assim uma nova era no sector farmacêutico ao nível da introdução no mercado, do controlo de
qualidade e no fabrico de medicamentos para uso humano. Qualidade, eficácia e segurança do
medicamento foram eleitos como objetivos fundamentais.

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 1992

Assinatura do primeiro protocolo entre a Apifarma e a Ordem dos Médicos.

Objetivo estabelecer vias de comunicação.

Sistema Nacional da Farmacovigilância.

Informação de reações adversas dos medicamentos.

 1993

Criação da Agência Europeia do Medicamento (atual EMA).

Criação do INFARMED- “orientação, avaliação e inspeção da atividade farmacêutica”.

 1999

Valormed- criado pela APIFARMA para minorar o impacto do medicamento no ambiente.

Compete ao Valormed a gestão de resíduos e embalagens.

 2000

Criação de regras de relacionamento ético com a Ordem dos Farmacêuticos.

A Indústria Farmacêutica e a Ordem dos Farmacêuticos assinam um protocolo que estabelece


normas de transparência, ética e deontologia profissional.

Criação dos medicamentos genéricos.

Em 2002 a obrigatoriedade de prescrição médica por denominação comum internacional (DCI)


dos medicamentos para os quais existam medicamentos genéricos autorizados.

 2003

Pharmaportugal

Plataforma de colaboração criada pela APIFARMA, o INFARMED e a Agência para o


Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) para dar a conhecer a capacidade de
inovação e investigação das empresas farmacêuticas portuguesas, aumentar as exportações de
produtos e serviços nacionais e e consolidar a imagem industrial de Portugal como exportador
de produtos tecnologicamente avançados.

 2009

Bial

Bial recebe a primeira aprovação de medicamento de patente e investigação nacional por ocasião
da aprovação da Agência Europeia do Medicamento.

 2012

A Direção da EFPIA (European Federation of Pharmaceutical Industries and Associations)


aprova a decisão de divulgar os pagamentos feitos a profissionais e organizações de Saúde pelas
empresas farmacêuticas no âmbito dessas relações.

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 2013

APIFARMA aprova uma actualização do seu Código em resultado da adopção do “EFPIA Code
on disclosure of transfers of value from pharmaceutical companies to Healthcare Professionals
and Healthcare Organisations”.

Surge a "Plataforma de Comunicação – Transparência e Publicidade", iniciativa do INFARMED.

 2014

Antiepilético da Bial aprovado nos Estados Unidos- medicamento original e de investigação


portuguesa.

 2016

APIFARMA – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, a Ordem dos Médicos e a


AMPIF –Associação dos Médicos Portugueses da Indústria, renovam um protocolo assinado em
2002, reiterando o compromisso de aprofundar e aperfeiçoar as regras de relacionamento entre
indústria e profissionais de saúde, a bem do reforço da transparência, da ética e da integridade.

Medicamentos com História


Aspirina -1853

 200 a.C.- Médico grego prescrevia aos seus pacientes folhas e cascas de salgueiro (ricas
numa substância chamada salicina) para aliviar a dor e febre.
 1853 (Estrasburgo)- Charles Frederich Gerhardt (1816 - 1856) sintetizou o ác. Salicílico.
 1893- Felix Hoffman foi o primeiro a conseguir sintetizar, de forma estável o princípio
activo acetilsalicílico (gosto mais agradável).
 1980- Food and Drugs Administration aprova o uso da Aspirina na redução do risco do
derrame cerebral.
 1985- Aprova a Aspirina na prevenção da reincidência de ataques cardíacos.
 1999- A revista NewsWeek elege a Aspirina a 4ª melhor invenção dos últimos cem anos.

Paracetamol

 1953- Comercialização do Paracetamol, maior concorrente da Aspirina.


 Antipirético e Analgésico embora desprovido de atividade anti-inflamatória.

Pílula

 Haberlandt (1885-1932) demonstrou em 1927 que extratos ovarianos de ovelhas


grávidas, permitiam obter uma esterilidade temporária.
 Anos 40- Marker conseguiu produzir a primeira Progesterona sintética, a partir da raiz da
batata doce mexicana.
 1953- Pincus e Chang confirmaram que a Progesterona inibia a ovulação nos coelhos.
 1959- EUA comercializa a Enovid
 1961- Argentina, Austrália, Grã-Bretanha, Indonésia e Holanda
 1962- Portugal e Alemanha
 1963- Brasil
 1964- Dinamarca, N. Zelândia e Espanha

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 1965- Itália
 1966- França e Noruega
 1967- Índia
 1968- Grécia

Minoxidil

Era um medicamento utilizado na hipertensão, comercializado com o nome LONITEN®.

Cerca de 60%-80% observaram um crescimento anormal do cabelo nos locais de alopecia e nas
pernas e braços, sendo um efeito secundário que teve que ser estudado mais profundamente.

Depois de novos ensaios clínicos foi desenvolvida uma loção de Minoxidil como substância ativa.

Curso de Farmácia

Licenciatura

 Origem no séc. XX
 Foi criada para responder às necessidades de formar profissionais capazes de intervir nas
diferentes áreas da Farmácia.
 Permite o desenvolvimento de competências chave na área:
 da Farmácia,
 do Medicamento (de uso humano e veterinário),
 dos Produtos de Saúde.

Técnico de Farmácia

 Intervém ao nível da produção e distribuição de medicamentos e outros produtos de saúde


segundo fórmulas galénicas e prescrição médica ou venda de medicamentos não sujeitos
a receita médica.

 Participa em todo o circuito do medicamento, desde a aquisição/receção até à dispensa


ao utente, assegurando a sua gestão e qualidade, prestando aconselhamento a utentes e a
profissionais de saúde sobre o uso do medicamento e produtos de saúde.

 O Técnico de Farmácia está apto para intervir em qualquer etapa do ciclo de vida e
circuito do medicamento nomeadamente nas fases:
 Desenvolvimento galénico
 Fabrico
 Manipulação
 Garantia
 Controlo de qualidade

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 O Técnico de Farmácia intervém ainda:
 Dispensa
 Distribuição/ armazenamento de medicamento
 Prestação de aconselhamento sobre medicamentos e produtos de saúde

Competências Profissionais

 Profissional detentor de formação especializada superior


 Compete-lhe:
 Conceber
 Planear
 Organizar
 Aplicar
 Avaliar, processo de trabalho no âmbito da profissão
 Com o objetivo:
 Promoção de saúde
 De prevenção
 Do tratamento

O Técnico de Farmácia tem aptidão para:

 Preparar
 Fornecer
em relação aos Medicamentos.
 Distribuir
 Prestar Aconselhamentos

O Técnico de Farmácia planeia toda a atividade:

 Aquisição
 Receção em relação ao Circuito dos Medicamentos.
 Armazenamento
 Distribuição

Perfil Profissional

 Assegura a aquisição e receção de medicamentos e produtos de saúde; procedendo ao


armazenamento segundo normas que promovam a qualidade e segurança;
 Programa e aplica as técnicas necessárias à produção de medicamentos e outros produtos
à escala industrial, oficinal e magistral de forma a garantir a proteção e segurança do
profissional, do produto final bem como do ambiente.
 Desenvolve análises e ensaios farmacológicos que permitam reconhecer e verificar a
pureza e atividade de matérias primas, medicamentos e outros.
 Procede à correta dispensa de medicamentos e outros produtos de saúde, por serviço
clínico ou para cada doente com base na interpretação da prescrição terapêutica.
 Avalia a dispensa de medicamentos não sujeitos a receita médica, fornecendo o
aconselhamento técnico e científico necessários à correta utilização do medicamento.

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 Presta informações e/ou aconselhamento ao doente/utente sobre o uso racional de
medicamentos e outros produtos, respeitando o comportamento ético-deontológico em
vigor, com vista à prevenção da doença e promoção da saúde, do individuo e da
comunidade.
 Promove um sistema de segurança associado ao uso do medicamento, em articulação com
o Sistema Nacional de Farmacovigilância em vigor.
 Realiza estudos farmacoepidemiológicos no âmbito das instituições prestadoras de
cuidados de saúde, de modo a garantir uma avaliação do impacto dos medicamentos nas
populações.
 Efetua, segundo as boas práticas de farmácia, o controlo de qualidade dos medicamentos
e outros produtos, instalações e equipamentos, aplicando normas de higiene e segurança
inerentes à sua atividade profissional.
 Assegura a gestão, aprovisionamento e manutenção de materiais e equipamentos com que
trabalha, participando nas respetivas comissões de análise e escolha, bem como a gestão
operacional da organização em que se insere.
 Desenvolve e/ou participa em projetos multidisciplinares de pesquisa e investigação que
contribuam para o desenvolvimento científico e tecnológico da área da Farmácia, do
medicamento e áreas afins.
 Conhece e aplica a legislação em vigor que regulamenta toda a sua área de intervenção.

Capacidade Técnica Científica

 Controlar a conservação, manipulação e transformação do medicamento


 Implementar sistemas de qualidade
 Dominar terminologia própria
 Demonstrar capacidade e rigor na aplicação prática
 Identificar e prevenir riscos
 Dominar e aplicar as normas de segurança e proteção
 Assegurar a qualidade do medicamento
 Desenvolvimento de Novos produtos

Competências Experimentais

 Compreensão dos conceitos, princípios e teorias relacionadas com as ciências biológicas,


físicas, psicológicas e clínicas relevantes para o desempenho da sua profissão nas
diferentes áreas de intervenção.
 Observação, recolha, interpretação e apresentação de dados ou evidências de forma
apropriada.
 Aplicação de métodos de tratamento de dados apropriados a grupos de dados complexos.
 Comunicação dos resultados de estudos na forma escrita e oral, na língua nativa e noutra
língua, e de utilizar as ferramentas informáticas disponíveis para preparar a sua
divulgação.
 Avaliação e adaptação do desempenho profissional às circunstâncias.

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 Na resolução de problemas:
 aplicação dos conhecimentos adequados.
 acesso a informação relevante, através da utilização das tecnologias de
informação e comunicação.
 aplicação de conhecimentos práticos, tecnológicos e informáticos

Competências Instrumentais

 Compreensão dos conceitos, princípios e teorias relacionadas com as ciências biológicas,


físicas, psicológicas e clínicas relevantes para o desempenho da sua profissão nas
diferentes áreas de intervenção.
 Observação, recolha, interpretação e apresentação de dados ou evidências de forma
apropriada.
 Aplicação de métodos de tratamento de dados apropriados a grupos de dados complexos.
 Comunicação dos resultados de estudos na forma escrita e oral, na língua nativa e noutra
língua, e de utilizar as ferramentas informáticas disponíveis para preparar a sua
divulgação.
 Avaliação e adaptação do desempenho profissional às circunstâncias.
 Na resolução de problemas:
 aplicação dos conhecimentos adequados,
 acesso a informação relevante, através da utilização das tecnologias de
informação e comunicação,
 aplicação de conhecimentos práticos, tecnológicos e informáticos.

Competências Interpessoais

 Assumpção de uma conduta ética e de um comportamento deontológico no exercício da


sua profissão, compreendendo os limites éticos e legais inerentes à sua prática
profissional.
 Autocrítica e reconhecimento dos seus limites de atuação, tendo em conta a legislação
em vigor, os seus conhecimentos e as suas limitações.
 Contribuição para a melhoria dos cuidados de saúde através da aplicação de programas
de intervenção comunitária, usando técnicas de comunicação e outras técnicas de
aprendizagem e estratégias para a promoção da saúde.
 Avaliação critica, interpretação e síntese de informação, sobre os princípios teóricos que
servem de base à prática profissional.
 Relacionamento e comunicação com os doentes/utentes, outros profissionais de saúde e
comunidade em geral.
 Contribuição de forma efetiva para o trabalho de grupo em equipas
intra/interdisciplinares, revelando espírito de iniciativa e entreajuda.
 Demonstração de espírito empreendedor e de iniciativa.
 Adaptação a novas situações.
 Atuação em conformidade com a diversidade bio-psico-emo-social dos doentes/utentes e
da equipa de saúde.

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Áreas de Intervenção

Em todas as instituições que envolvam a compra, armazenamento, dispensa, manipulação de


fármacos, bem como comissões de farmácia e terapêutica.

 Farmácia Comunitária
o Face mais visível da profissão.
o Aconselhamento sobre o uso de medicamento.
o Aptidão para o desenvolvimento do circuito do medicamento.

 Farmácia Hospitalar
o O técnico de farmácia tem como principal responsabilidade assegurar os
processos de distribuição de medicamentos:
 dose unitária,
 reposição de stock, reposição de armazéns avançados,
 controlo de prazos de validade
 receção encomendas

 Parafarmácia
o Aconselhamento sobre o uso do MNSRM e OTCs.
o Os Técnicos de Farmácia podem ser os diretores técnicos.
o Desde setembro de 2005 os técnicos de farmácia em Portugal podem ser
responsáveis técnicos por postos de venda de medicamentos não sujeitos a
receita médica.

 Indústria Farmacêutica, laboratórios e empresas


o O Técnico de Farmácia tem aptidão técnico-científica para contribuir na
produção e desenvolvimento do medicamento.

 Centros de saúde
o O Técnico de Farmácia pode fazer a gestão dos medicamentos o que implica
a aquisição, receção e armazenamento dos mesmos.

 Lares de 3ª idade
o O papel do Técnico de Farmácia passa desde a gestão de stocks, pedido e
armazenamento dos medicamentos ao preparo dos mesmos em dose
individual para cada utente.

 Ensino
o Formação de novos profissionais de saúde:
 Orientando estágios
 Lecionando

 Investigação
o O Técnico de Farmácia tem uma bagagem científica para se integrar em
projetos de pesquisa e de investigação
o Laboratórios universitários- fazendo parte de estudos de investigação ou
bolsas de investigação

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 Gestão
o O Técnico de Farmácia contribui para:
 seleção,
 aquisição,
 armazenamento,
 distribuição.

 Programas educacionais
o O Técnico de Farmácia pode ser integrado em programas educacionais
específicos.

 Marketing
o O Técnico de Farmácia pode trabalhar como delegado comercial

 Farmácias prisionais
o O Técnico de Farmácia faz a gestão de stocks, o pedido e armazenamento
dos medicamentos
o Prepara os medicamentos em dose individual para cada utente.

Notícia

O importante papel dos técnicos em farmácia no ambiente hospitalar.

“Dentre as diversas atribuições do profissional técnico em Farmácia podemos destacar seu


importante papel na dispensação correta de medicamentos, isto com apoio e supervisão do
farmacêutico. Sabemos que medicamentos dispensados erroneamente podem causar eventos
adversos graves aos pacientes e também prejuízos financeiros à instituição. Por isso, é necessário
que o profissional que dispensa medicamentos seja qualificado, consciente e seguro na sua ação,
além de conhecer as ferramentas e ter acessos informações necessárias para o desempenho
otimizado dos processos.
Desse modo, é notável a importância treinada e qualificada dos técnicos em Farmácia no ambiente
hospitalar. Reconhecemos a evolução desses profissionais nos últimos anos, bem como o
excelente desempenho na atuação, testemunhamos uma resposta positiva na qualidade do
atendimento prestado ao paciente, na prevenção e promoção da saúde. Também, por ser uma
profissão inovadora, dinâmica e em constante evolução, a cada dia torna-se ainda mais necessário
os serviços prestados por esses profissionais, já que o apoio e acompanhamento dos farmacêuticos
tem mostrado ótimos resultados. O fato dos profissionais estarem em sincronia resulta em feitos
positivos, principalmente sobre os vários aspetos do uso correto e seguro dos medicamentos.
Diante do exposto, os técnicos em Farmácia destacam-se de forma positiva. A evolução,
incansável busca por conhecimentos, inovação e aprimoramento conquistado, reflete no uso de
seus conhecimentos na dispensação correta de medicamentos e outras atribuições, que otimizam
a excelência da qualidade dos serviços prestados aos pacientes.”

Portal da Educação

17
1. Farmácia Comunitária

 Face mais visível da profissão.


 Primeiro local onde os portugueses recorrem quando têm um problema de saúde.
 Intervém nos cuidados de saúde primários.
 Unidades de saúde modernas com pessoal especializado.
 Os utentes conferem-lhe proximidade, disponibilidade, confiança.
 Dispensa de medicação mediante prescrição médica.
 Dispensa de MNSRM.
 Aconselhamento relacionada com o medicamento.

Funções numa Farmácia Comunitária

 Criação e envio de encomendas.


 Receção de encomendas.
 Armazenamento de medicamentos.
 Controlo de validades.
 Dispensa de medicamentos.
 Atendimento ao Público.
 Devolução de produtos.
 Conferência de Receituário.
 Medição da Tensão Arterial.
 Medição e avaliação valores bioquímicos: colesterol, triglicerídeos, glicémia.
 Realização de manipulados.

2. Farmácia Hospitalar

“Unidade clínica, administrativa e económica, dirigida por profissional farmacêutico, ligada


hierarquicamente à direção clínica do hospital, integrada funcionalmente com as demais unidades
de assistência ao paciente. Enquadram-se nesta definição também as farmácias de hospitais
privados, clínicas ou qualquer outra unidade de saúde que realizem internamentos.” (adaptado
CFF/1997)

 É da responsabilidade dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares:


 A gestão (seleção, aquisição, armazenamento e distribuição) do medicamento;
 A gestão de outros produtos farmacêuticos (dispositivos médicos, reagentes, etc.);
 São os principais responsáveis pela implementação e monitorização da política de
medicamentos, definida no Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos e pela
Comissão de Farmácia e Terapêutica.

18
Funções numa Farmácia Hospitalar

Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares têm como funções:

o A seleção e aquisição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos;


o O aprovisionamento, armazenamento e distribuição dos medicamentos experimentais e
os dispositivos utilizados para a sua administração, bem como os demais medicamentos
já autorizados, eventualmente necessários ou complementares à realização dos ensaios
clínicos;
o A produção de medicamentos;
o A análise de matérias-primas e produtos acabados;
o A distribuição de medicamentos e outros produtos de saúde;
o A participação em Comissões Técnicas (Farmácia e Terapêutica, Infeção Hospitalar,
Higiene e outras);
o A Farmácia Clínica, Farmacocinética, Farmacovigilância e a prestação de Cuidados
Farmacêuticos;
o A colaboração na elaboração de protocolos terapêuticos;
o A participação nos Ensaios Clínicos;
o A colaboração na prescrição de Nutrição Parentérica e sua preparação;
o A Informação de Medicamentos;
o O desenvolvimento de ações de formação.

 Funções numa Farmácia Hospitalar:


 Aquisição/ Encomendas de medicamentos.
 Gestão de stocks.
 Receção de encomendas.
 Armazenamento de medicamentos.
 Controlo de validades.
 Devolução de produtos.
 Realização de manipulados.

3. Distribuição de medicamentos

A Distribuição de medicamentos é uma atividade dos Serviços Farmacêuticos de grande


importância, deve ser racional e consiste em assegurar que sejam enviados os medicamentos e as
quantidades solicitadas no prazo estabelecido. Estabelece-se maior contacto com os Serviços
Clínicos do Hospital.

A Distribuição de Medicamentos é um ato “técnico-científico” orientado para o doente, associado


à entrega e distribuição de medicamentos com as consequentes prestações específicas, tais como:
a análise da prescrição médica, a correta preparação e utilização das doses que devem ser
administradas.

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Distribuição Tradicional:

 Este sistema é caracterizado pela distribuição de medicamentos pelas Unidades de


Internamento / Serviços do Hospital com o objetivo de repor os stocks.
 Os enfermeiros chefes de cada serviço solicitam através de uma requisição on-line um
conjunto de medicamentos que necessitam durante uma semana de acordo com as suas
necessidades e previsão de gastos.

Distribuição em Unidoses:

 Caracteriza-se pela distribuição diária de medicamentos por doente, visando assegurar a


terapêutica por 24h exceto na sexta que é preparada a triplicar para o fim-de-semana.
 Toda a medicação dispensada por Unidose tem que ter lote e validade. Caso não tenha é
reembalada. Assim, o Sistema de Distribuição em Unidose, permite uma dispensa mais
segura, tornando-se mais fácil fazer também revertências da medicação que vem
devolvida pelos serviços.

Distribuição em Ambulatório:

 Este sistema consiste na dispensa de medicamentos a doentes crónicos que não


necessitam de internamento, mas cuja medicação é fornecida pela Farmácia Hospitalar
mediante a Receita médica. A distribuição em ambulatório é da responsabilidade dos
farmacêuticos e não possui dias nem horas para funcionar.

4. Evolução do sistema de Ensino e da legislação nas Tecnologias da Saúde

As tecnologias da Saúde

A história das Profissões de Saúde, descende da história da Medicina, já que a saúde foi desde
sempre uma preocupação humana e o tratamento das doenças uma ocupação de alguns –
feiticeiros, xamanes, curandeiros, físicos, barbeiros, cirurgiões, freiras, médicos, enfermeiros e
tecnólogos da saúde.

A evolução e afirmação das profissões das Tecnologias da Saúde (TS) no nosso País, e no plano
internacional, têm sido progressivas assistindo-se à sua incorporação no elenco das modalidades
de intervenção diagnóstica, prognóstica, terapêutica e de promoção da saúde.

O ensino destas Tecnologias da Saúde é ministrado:

 no ensino superior politécnico,


 escolas superiores de tecnologias da saúde
 escolas superiores de saúde,

desde que, nesse último caso, os ciclos de estudos sejam reconhecidos por despacho conjunto dos
Ministros com as tutelas da Saúde, do Ensino Superior e do Trabalho.

O Recentemente, foi promovida a criação de ciclos de estudos que assegurem a formação conjunta
para várias profissões que apresentem um mesmo núcleo de competências em comum., cada um
com duração de quatro anos curriculares.

20
Assim:

 Fisiologia Clínica - visa a formação conjunta para o exercício das profissões de técnicos
de cardiopneumologia e de neurofisiologia.
 Imagem Médica e Radioterapia- profissões de técnicos de medicina nuclear, de radiologia
e de radioterapia.
 Ciências Biomédicas Laboratoriais- profissões de técnicos de análises clínicas e de saúde
pública e de anatomia patológica, citológica e tanatológica.

Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica

 Decreto de Lei Nº564/99 de 21 de dezembro

Estabelece o estatuto legal da carreira dos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico

 Artigo 5º- Decreto de Lei Nº564/99 de 21 de dezembro

Regulamenta 18 profissões. Das quais:

Técnico de Audiologia- desenvolvimento de atividades no âmbito da prevenção e conservação


da audição, do diagnóstico e da reabilitação auditiva, bem como no domínio da funcionalidade
vestibular.

Técnico de Análises Clínicas e de Saúde Pública- desenvolvimento de atividades ao nível da


patologia clínica, imunologia, hematologia clínica, genética e saúde pública, através do estudo,
aplicação e avaliação das técnicas e métodos analíticos próprios, com fins de diagnóstico e de
rastreio.

Técnico de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica- tratamento de tecidos biológicos


colhidos no organismo vivo ou morto com observação macroscópica e microscópica, ótica e
eletrónica, com vista ao diagnóstico anátomo-patológico; realização de montagem de peças
anatómicas para fins de ensino e formação; execução e controlo das diversas fases da técnica
citológica.

Técnico de Cardiopneumologia- desenvolvimento de atividades técnicas para o estudo


funcional e de capacidade anatomo-fisiopatológica do coração, vasos e pulmões e de atividades
ao nível da programação, aplicação de meios de diagnóstico e sua avaliação, bem como no
desenvolvimento de ações terapêuticas específicas, no âmbito da cardiologia, pneumologia e
cirurgia cardio-torácica.

Dietista- aplicação de conhecimentos de nutrição e dietética na saúde em geral e na educação de


grupos e indivíduos, quer em situação de bem-estar quer na doença, designadamente no domínio
da promoção e tratamento e da gestão de recursos alimentares.

Técnicos de Farmácia- desenvolvimento de atividades no circuito do medicamento, tais como


análises e ensaios farmacológicos; interpretação da prescrição terapêutica e de fórmulas
farmacêuticas, sua preparação, identificação e distribuição, controlo da conservação, distribuição
e stocks de medicamentos e outros produtos, informação e aconselhamento sobre o uso do
medicamento.

21
Fisioterapeuta- centra-se na análise e avaliação do movimento e da postura, baseadas na estrutura
e função do corpo, utilizando modalidades educativas e terapêuticas específicas, com base,
essencialmente, no movimento, nas terapias manipulativas e em meios físicos e naturais, com a
finalidade de promoção da saúde e prevenção da doença, da deficiência, de incapacidade e da
inadaptação e de tratar, habilitar ou reabilitar indivíduos com disfunções de natureza física,
mental, de desenvolvimento ou outras, incluindo a dor, com o objetivo de os ajudar a atingir a
máxima funcionalidade e qualidade de vida.

Higienista oral- realização de atividades de promoção da saúde oral dos indivíduos e das
comunidades, visando métodos epidemiológicos e ações de educação para a saúde; prestação de
cuidados individuais que visem prevenir e tratar as doenças orais.

Técnico de Medicina Nuclear- desenvolvimento de ações nas áreas de laboratório clínico, de


medicina nuclear e de técnica fotográfica com manuseamento de aparelhagem e produtos
radioativos, bem como execução de exames morfológicos associados ao emprego de agentes
radioativos e estudos dinâmicos e cinéticos com os mesmos agentes e com testagem de produtos
radioativos, utilizando técnicas e normas de proteção e segurança radiológica no manuseamento
de radiações ionizantes.

Técnico de Neurofisiologia- realização de registos da atividade bioelétrica do sistema nervoso


central e periférico, como meio de diagnóstico na área da neurofisiologia, com particular
incidência nas patologias do foro neurológico e neurocirúrgico, recorrendo a técnicas
convencionais e ou computorizadas.

Ortopésicos- avaliação de indivíduos com problemas motores ou posturais, com a finalidade de


conceber, desenhar e aplicar os dispositivos necessários e mais adequados à correção do aparelho
locomotor, ou à sua substituição no caso de amputações, e de desenvolvimento de ações visando
assegurar a colocação dos dispositivos fabricados e respetivo ajustamento, quando necessário.

Ortoptista- desenvolvimento de atividades no campo do diagnóstico e tratamento dos distúrbios


da motilidade ocular, visão binocular e anomalias associadas; realização de exames para correção
refrativa e adaptação de lentes de contacto, bem como para análise da função visual e avaliação
da condução nervosa do estímulo visual e das deficiências do campo visual; programação e
utilização de terapêuticas específicas de recuperação e reeducação das perturbações da visão
binocular e da subvisão; ações de sensibilização, programas de rastreio e prevenção no âmbito da
promoção e educação para a saúde.

Técnico de Prótese Dentária- realização de atividades no domínio do desenho, preparação,


fabrico, modificação e reparação de próteses dentárias, mediante a utilização de produtos, técnicas
e procedimentos adequados.

Técnico de Radiologia- realização de todos os exames da área da radiologia de diagnóstico


médico, programação, execução e avaliação de todas as técnicas radiológicas que intervêm na
prevenção e promoção da saúde; utilização de técnicas e normas de proteção e segurança
radiológica no manuseamento com radiações ionizantes.

Técnico de Radioterapia- desenvolvimento de atividades terapêuticas através da utilização de


radiação ionizante para tratamentos, incluindo o pré-diagnóstico e follow-up do doente;
preparação, verificação, assentamento e manobras de aparelhos de radioterapia; atuação nas áreas
de utilização de técnicas e normas de proteção e segurança radiológica no manuseamento com
radiações ionizantes.

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Técnico de Saúde Ambiental- desenvolvimento de atividades de identificação, caracterização e
redução de fatores de risco para a saúde originados no ambiente, participação no planeamento de
ações de saúde ambiental e em ações de educação para a saúde em grupos específicos da
comunidade, bem como desenvolvimento de ações de controlo e vigilância sanitária de sistemas,
estruturas e atividades com interação no ambiente, no âmbito da legislação sobre higiene e saúde
ambiental.

Terapeuta da Fala- desenvolvimento de atividades no âmbito da prevenção, avaliação e


tratamento das perturbações da comunicação humana, englobando não só todas as funções
associadas à compreensão e expressão da linguagem oral e escrita, mas também outras formas de
comunicação não verbal.

Terapeuta Ocupacional- avaliação, tratamento e habilitação de indivíduos com disfunção física,


mental, de desenvolvimento, social ou outras, utilizando técnicas terapêuticas integradas em
atividades selecionadas consoante o objetivo pretendido e enquadradas na relação
terapeuta/utente; prevenção da incapacidade através de estratégias adequadas com vista a
proporcionar ao indivíduo o máximo de desempenho e autonomia nas suas funções pessoais,
sociais e profissionais e, se necessário, o estudo e desenvolvimento das respetivas ajudas técnicas,
em ordem a contribuir para uma melhoria da qualidade de vida.

Carreiras e Concursos

Decreto de Lei Nº 564/99 de 21 de dezembro


Estabelece o estatuto legal da carreira de Técnico Diagnóstico e Terapêutica

Dotar a carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica de um estatuto que melhor evidencie o


papel dos profissionais no sistema de saúde, como agentes indispensáveis para:

 melhoria da qualidade e eficácia da prestação de cuidados de saúde,


 adotando uma escala salarial adequada aos níveis de formação anteriormente consagrados
 um desempenho profissional que releva de crescente complexidade e responsabilidade.

1. O presente diploma aplica-se aos técnicos de diagnóstico e terapêutica providos em


lugares dos quadros de pessoal dos estabelecimentos e serviços sob tutela ou dependentes
do Ministério da Saúde, incluindo os que se encontrem em regime de instalação.
2. O disposto no presente diploma é ainda aplicável aos técnicos de diagnóstico e terapêutica
de serviços dependentes de outros ministérios, ou dos institutos públicos que revistam a
natureza de serviços personalizados ou de fundos públicos por eles tutelados, em cujos
quadros de pessoal se encontre prevista a carreira, bem como às Regiões Autónomas dos
Açores e da Madeira, sem prejuízo das competências dos órgãos próprios.
3. Mediante diploma próprio, as disposições do presente estatuto podem ser aplicadas ao
pessoal técnico de diagnóstico e terapêutica da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e
às instituições particulares de solidariedade social.

23
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica atuam em conformidade com:

 a indicação clínica,
 O pré-diagnóstico,
 O diagnóstico e processo de investigação ou identificação, cabendo-lhes conceber,
planear, organizar, aplicar e avaliar o processo de trabalho a promoção da saúde, da
prevenção, do diagnóstico, do tratamento, da reabilitação e da reinserção.

Ao Técnico de Diagnóstico e Terapêutica compete-lhe:

 Planear, recolher, selecionar, preparar e aplicar os elementos necessários ao desenvolvimento


normal da sua atividade profissional;
 Recolher os meios e prestar os serviços e cuidados de saúde necessários à prevenção da
doença, à manutenção, à defesa e à promoção do bem-estar e qualidade de vida do indivíduo
e da comunidade;
 Prestar cuidados diretos de saúde, necessários ao tratamento e reabilitação do doente, por
forma a facilitar a sua reintegração no respetivo meio social;
 Preparar o doente para a execução de exames, assegurando a sua vigilância durante os
mesmos, bem como no decurso do respetivo processo de diagnóstico, tratamento e
reabilitação, por forma a garantir a eficácia e efetividade daqueles;
 Assegurar, através de métodos e técnicas apropriados, o diagnóstico, o tratamento e a
reabilitação do doente, procurando obter a participação esclarecida deste no seu processo de
prevenção, cura, reabilitação ou reinserção social;
 Assegurar, no âmbito da sua atividade, a oportunidade, a qualidade, o rigor e a humanização
dos cuidados de saúde;
 Assegurar a gestão, aprovisionamento e manutenção dos materiais e equipamentos com que
trabalha, participando nas respetivas comissões de análise e escolha;
 Assegurar a elaboração e a permanente atualização dos ficheiros dos utentes do seu sector,
bem como de outros elementos estatísticos, e assegurar o registo de exames e tratamentos
efetuados;
 Integrar júris de concursos;
 Articular a sua atuação com outros profissionais de saúde, para a prossecução eficaz dos
cuidados de saúde;
 Zelar pela formação contínua, pela gestão técnico-científica e pedagógica dos processos de
aprendizagem e aperfeiçoamento profissional, bem como pela conduta deontológica, tendo
em vista a qualidade da prestação dos cuidados de saúde;
 Avaliar o desempenho dos profissionais da carreira e colaborar na avaliação de outro pessoal
do serviço;
 Desenvolver e ou participar em projetos multidisciplinares de pesquisa e investigação;
 Assegurar a gestão operacional da profissão no serviço em que está inserido.

24
O Técnico de Diagnóstico e Terapêutica pode ainda:

 Integrar órgãos de gestão ou direção, nos termos da legislação aplicável


 Integrar equipas técnicas responsáveis pelo processo de instalação de novos serviços;
 Ministrar o ensino das tecnologias da saúde e ou orientar estágios profissionais no âmbito
da sua profissão.

Estrutura da Carreira

 Técnico de 2º Classe

Para além das funções previstas anteriores, compete ao Técnico de 2ª classe:

Assegurar a realização das funções previstas no artigo anterior, salvo as que pela natureza ou
complexidade devam competir a outras categorias.

 Técnico de 1º Classe

Para além das funções previstas anteriores, compete ao Técnico de 1º classe:

 Participar em grupos de trabalho que visem a elaboração de estudos relacionados com o


aperfeiçoamento dos métodos e técnicas de trabalho específicos da respetiva profissão;
 Apoiar a integração e acompanhar o desenvolvimento do exercício dos técnicos de 2º
classe.

 Técnico Principal

Para além das funções previstas anteriores, compete ao Técnico Principal:

 Propor a elaboração de estudos, no âmbito da sua profissão, tendentes ao aperfeiçoamento


qualitativo das técnicas e tecnologias a utilizar;
 Avaliar as necessidades de formação e aperfeiçoamento, no âmbito de novas técnicas e
tecnologias, propondo as medidas a tomar para a consecução dos respetivos objetivos;
 Avaliar as necessidades dos serviços ou organismos a que pertença em matéria conexa
com a sua profissão, propondo as medidas a tomar facilitadores das condições de
exercício, do controlo da qualidade e do enquadramento das respetivas atividades;
 Promover e dinamizar a avaliação constante das técnicas e tecnologias a utilizar;
 Cooperar em programas de investigação sobre matéria relacionada com a respetiva
profissão ou atividade.

 Técnico de Especialista

Para além das funções previstas anteriores, compete ao Técnico Especialista:

 Proceder á seleção, adaptação e controlo de metodologias em fase de experimentação;


 Participar no planeamento de atividades para o respetivo serviço;
 Proceder á avaliação da eficiência e eficácia da respetiva equipa;
 Coadjuvar o Técnico Especialista de 1ª Classe em matéria de planeamento de atividades,
organização funcional dos serviços e avaliação dos objetivos predefinidos;

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 Promover a elaboração de estudos e processos de investigação em matéria relativa com a
profissão e do inter-relacionamento desta com as restantes profissões do respetivo
estabelecimento ou serviço;
 Avaliar as atividades, estudos e investigações desenvolvidos, promovendo as correções,
inovações e ações adequadas á continuidade dos respetivos processos.

 Técnico Especialista de 1º Classe

Para além das funções previstas anteriores, compete ao Técnico Especialista de 1º Classe:

 O desenvolvimento de projetos de estudo, investigação e formação no âmbito da respetiva


profissão;
 Emitir pareceres técnico-científicos em matéria da sua profissão, enquadrando-os na
organização e planificação do respetivo serviço de saúde;
 Integrar comissões especializadas em matéria da respetiva profissão;
 Validar os estudos, investigações e programas de formação contínua, no âmbito da sua
profissão;
 Colaborar na elaboração dos relatórios e programas de atividades do seu serviço.

 Diretor Técnico
 Participar na elaboração do plano e relatório de exercício dos respetivos serviços.
 Articular a sua atividade com os restantes órgãos de direção do estabelecimento do serviço.
 Supervisionar as funções de coordenação.
 Participar na definição da política de saúde e promover a humanização dos serviços a prestar,
propondo as medidas adequadas à melhoria sistemática dos cuidados de saúde.
 Promover o controlo de qualidade dos serviços prestados, tendo em vista a sua otimização.
 Emitir pareceres técnicos e prestar informações e esclarecimentos a solicitação dos órgãos
dirigentes máximos do serviço.

O técnico-diretor é nomeado por despacho do ministro da tutela, sob proposta do órgão


máximo do serviço, de entre:

 técnicos especialistas ou técnicos especialistas de 1ª classe.


 detentores do curso de estudos superiores especializados em Ensino e Administração.
 ou do curso complementar de Ensino e Administração.
 ou de diploma de estudos pós-graduados em Gestão ou Administração Publica.
 possuidores do grau de licenciado ou seu equivalente legal.

 O técnico-diretor é nomeado em regime de comissão de serviço pelo período de três anos,


renovável por iguais períodos.
 As candidaturas são analisadas pelo conselho técnico previsto no artigo 13.º, desde que:
 este integre pelo menos dois técnicos de diagnóstico e terapêutica com categoria não
inferior a técnico especialista;
 ou por uma comissão composta por três técnicos-diretores ou coordenadores, da
mesma profissão, e categoria não inferior a técnico especialista, independentemente
do serviço ou estabelecimento a que pertençam.

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 O conselho técnico referido no número anterior procederá à seleção sumária, mediante a
discussão dos currículos com os candidatos, a submeter ao órgão máximo do serviço para
efeitos de elaboração da proposta a que se refere o n.º 1.

Coordenação:

1. A coordenação visa proporcionar a eficiência e a rentabilização da atividade profissional dos


técnicos de diagnostico e terapêutica na prestação dos cuidados de saúde, em interligação com
os restantes profissionais que compõem as equipas de saúde, e não prejudica as competências
próprias da estrutura hierárquica da instituição.

2. Para o exercício das funções de coordenador é designado por despacho do órgão dirigente
máximo do serviço ou estabelecimento, e por profissão:
 o técnico de categoria mais elevada, não inferior a técnico principal.
 habilitado com o curso de estudos superiores especializados em Ensino e Administração.
 ou o curso complementar de Ensino e Administração.
 ou diploma de estudos pós-graduados em áreas de Gestão ou de Administração Publica,
conferentes do grau de licenciado ou seu equivalente legal.
3. As funções de coordenador são exercidas pelo período de quatro anos, prorrogável, mediante
confirmação do órgão dirigente máximo do serviço ou estabelecimento, salvo o disposto no
n.o 4 do artigo 29.o, desde que não exista outro técnico que nos termos previstos neste artigo
deva exerce-las.

4. Só há lugar ao exercício de funções de coordenação quando existam, pelo menos, quatro


técnicos de diagnostico e terapêutica na respetiva profissão.

Subcoordenação:

Nos casos em que a estrutura, a dimensão ou a natureza do serviço o justifique e em que existam
pelo menos cinco técnicos de diagnostico e terapêutica, pode o coordenador ser coadjuvado por
outros técnicos, a quem ele atribui as funções que entenda adequadas.

Conselho técnico:

1. Nos serviços e estabelecimentos com, pelo menos, duas profissões de entre as previstas no
artigo 5.o deste diploma e constituído um conselho técnico, ao qual cabe:
 promover a articulação das atividades dos respetivos sectores
 e ainda emitir pareceres sobre matérias relacionadas com o exercício profissional no
âmbito das atividades de diagnostico e terapêutica.

2. O conselho técnico integra os técnicos-diretores, os coordenadores e os técnicos indigitados


para o exercício das funções de coordenador, nos termos do disposto no artigo 82º.

3. Sempre que em determinada profissão não exista coordenador ou técnico indigitado para o
exercício das funções de coordenador, o conselho técnico integra ainda o técnico de
diagnostico e terapêutica da respetiva profissão detentor da categoria mais elevada.

27
Ingresso:

 O ingresso na carreira de técnico de diagnostico e terapêutica faz-se pela categoria de


técnico de 2.ª classe, mediante concurso de avaliação curricular complementada com
entrevista profissional de seleção, de entre possuidores das seguintes habilitações:
a) Curso superior ministrado nas escolas superiores de tecnologia da saúde, ou na Escola
Superior de Alcoitao, ou seu equivalente legal;
b) Curso ministrado no âmbito das instituições do ensino superior de medicina dentaria,
no que se refere as profissões de higienista oral e técnico de prótese dentária;
c) Curso superior ministrado noutro estabelecimento de ensino superior no âmbito das
profissões constantes do artigo 5.o deste diploma, um e outro legalmente
reconhecidos.

Acesso:

1. O recrutamento para a categoria de técnico de 1ª classe faz-se, mediante concurso de


avaliação curricular, de entre técnicos de 2ª classe com pelo menos três anos de serviço na
categoria e avaliação de desempenho de Satisfaz.
2. O recrutamento para a categoria de técnico principal faz-se, mediante concurso de avaliação
curricular, de entre os técnicos de 1ª classe com, pelo menos, três anos de exercício de funções
na categoria e avaliação de desempenho de Satisfaz.

Métodos de seleção utilizados:

No concurso são utilizados os seguintes métodos de seleção:

a) Avaliação curricular;
b) Entrevista profissional de seleção;
c) Provas publicas de discussão curricular;
d) Provas publicas de discussão de monografia.

Modalidades de regime de trabalho:

1. O regime normal de trabalho dos técnicos de diagnostico e terapêutica e de trinta e cinco


horas semanais.
2. Nos casos em que o funcionamento dos serviços o justifique, os técnicos de diagnostico
e terapêutica podem, com a sua anuência, adotar uma duração semanal de quarenta e duas
horas semanais, designado como regime de horário acrescido, devendo o acréscimo de
carga horária semanal ser prestado nos dias de funcionamento normal do serviço.
3. Em condições excecionalmente autorizadas, caso a caso, por despacho do órgão dirigente
máximo do estabelecimento ou serviço, os técnicos de diagnostico e terapêutica podem
praticar o regime especial de trabalho de tempo parcial, com a duração de vinte ou vinte
e quatro horas semanais.
4. Sem prejuízo do disposto na lei geral, o trabalho prestado em regime de tempo parcial
conta-se proporcionalmente ao número de horas de trabalho por semana, para todos os
efeitos.

28
Horário Acrescido:

 O regime de trabalho de horário acrescido de 42 horas semanais e atribuído sempre que


as necessidades dos serviços o exijam, sob proposta do técnico-diretor, quando exista, e
ouvidos os coordenadores da respetiva profissão ou os técnicos com funções de
coordenador.

 A aplicação da modalidade de regime de trabalho de horário acrescido e aprovada por


despacho ministerial:
 sob proposta fundamentada do órgão dirigente máximo do estabelecimento ou
serviço, tendo como limite, salvo em casos excecionais, 30% do número total dos
lugares de técnico de diagnostico e terapêutica previsto no respetivo quadro,
selecionados mediante critérios estabelecidos previamente por aquele órgão
dirigente.

 A modalidade de regime de trabalho de horário acrescido corresponde um acréscimo


remuneratório de 37% da remuneração base, cuja perceção só e devida em condições de
prestação de trabalho efetivo, ou equiparado, o qual releva para efeitos de subsídios de
férias e de Natal.

Organização e Prestação de trabalho:

1. A semana de trabalho e, em regra, de cinco dias.


2. O período normal de trabalho diário tem a duração de sete horas.
3. Em função das condições e necessidades dos serviços, poderão ser delimitados períodos
de prestação normal de trabalho em serviço de urgência, ate ao limite máximo de doze
horas semanais, bem como ser adotadas modalidades de horário de trabalho previstas na
lei geral.
4. Sempre que o trabalho esteja organizado por turnos, a aferição da duração do trabalho
deve reportar-se a um período de quatro semanas, devendo, obrigatoriamente, em cada
um desses períodos ser assegurado o descanso, numa das semanas, no sábado e no
domingo.

Isenção de horário:

O técnico diretor está isento de horário de trabalho não lhe sendo por isso devida qualquer
renumeração por trabalho prestado fora do horário de normal.

Intervalos de descanso:

1. Os técnicos de diagnostico e terapêutica, quando em regime de trabalho por turnos ou jornada


contínua, tem o direito a um intervalo de trinta minutos para refeição dentro do próprio
estabelecimento ou serviço, que será considerado como trabalho efetivamente prestado.
2. O técnico em regime de jornada continua tem direito, para alem do intervalo a que se refere
o número anterior, a dois períodos de descanso, nunca superiores a quinze minutos.
3. Os períodos de descanso referidos no número anterior não podem coincidir com o início ou
o fim da jornada de trabalho.

29
Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica: Presente e Futuro

O Técnico Superior de Saúde pertence a uma carreira de regime especial*, cujo estatuto legal
consta do Decreto-Lei n.º 414/91, de 22 de outubro, na sua redação atual, mas apenas no que
respeita aos trabalhadores detentores de vínculo de trabalho em funções públicas - contrato de
trabalho em funções públicas. Outros diplomas relacionados são o Decreto-Lei n.º 240/93, de 8
de julho, e o Decreto-Lei n.º 501/99, de 19 de novembro.

Decreto de Lei Nº 110/17 de 31 de agosto

O presente decreto-lei estabelece o regime legal da carreira aplicável aos técnicos superiores das
áreas de diagnóstico e terapêutica, doravante designada TSDT, em regime de contrato de trabalho
nas entidades públicas empresariais e nas parcerias em saúde, em regime de gestão e
financiamento privados, integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os respetivos requisitos
de habilitação profissional e percurso de progressão profissional e de diferenciação técnico-
científica.

Âmbito:

O presente diploma aplica-se aos técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica em
regime de contrato de trabalho, (…), nas entidades públicas empresarias e nas parcerias em saúde,
em regime jurídico dos trabalhadores das referidas entidades, sem prejuízo de manutenção do
mesmo regime laboral e dos termos acordados no respetivo instrumento de regulamentação
coletiva de trabalho.

Exercício Profissional:

1. A qualificação dos trabalhadores integrados na carreira de TSDT é estruturada em níveis


diferenciado de desempenho e tem por base prévia aquisição de competências e
conhecimentos científicos e técnicos obtidos em contexto:
 Académico
 Profissional

2. Para além das habilitações legalmente exigidas o exercício de funções depende da posse
de título profissional emitido pela entidade competente:
 Cédula profissional ---- ACSS

3. Integram a carreira de TSDT os trabalhadores cujas funções correspondam a profissões


de saúde que envolvam o exercício de atividades técnicas de diagnóstico terapêutica,
designadamente relacionadas com as ciências biomédicas laboratoriais, da imagem
médica e da radioterapia, da fisiologia clínica e dos biosinais, da terapia e reabilitação, da
visão, da audição, da saúde oral, da farmácia, da ortoprotesia e da saúde pública.

4. A identificação das profissões referidas no número anterior, e respetiva caracterização,


consta de diploma próprio, a aprovar no prazo de 90 dias após a entrada em vigor do
presente decreto-lei, as quais devem ser exercidas com plena responsabilidade

30
profissional e autonomia técnico-científica, sem prejuízo da intercomplementaridade
funcional com os outros profissionais de saúde também integrados em equipas
multidisciplinares.

5. A carreira de TSDT organiza -se por áreas da prestação de cuidados de saúde,


nomeadamente:
 hospitalar,
 saúde pública,
 cuidados de saúde primários,
 continuados e paliativos,
 Docência,
 investigação, podendo, no futuro, vir a ser integradas outras áreas

6. No exercício e publicitação da sua atividade profissional, os trabalhadores integrados na


carreira de TSDT devem sempre fazer referência ao título detido.

Estrutura da carreira:

A carreira especial de TSDT é pluricategorial e estrutura-se nas seguintes categorias:

a) Técnico Superior das áreas de diagnóstico e terapêutica


b) Técnico Superior das áreas de diagnóstico e terapêutica especialista
c) Técnico Superior das áreas de diagnóstico e terapêutica especialista principal

Condições de admissão:

1. O recrutamento para integração na carreira de TSDT faz -se na categoria de técnico superior
das áreas de diagnóstico e terapêutica, de entre os detentores, na profissão correspondente.

2. O recrutamento para a categoria de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica


especialista faz –se de entre técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica que
detenham, no mínimo, seis anos de experiência efetiva de funções na categoria e com
avaliação e desempenho positivo.

3. O recrutamento para integração na categoria de técnico superior das áreas de diagnóstico e


terapêutica especialista principal são exigidos, no mínimo, seis anos de experiência efetiva de
funções na categoria de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica especialista,
com avaliação que consubstancie desempenho positivo, nos termos da legislação aplicável.

Coordenação:

1. As funções de coordenação visam proporcionar a eficiência e a rentabilização da atividade


profissional dos técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica na prestação dos
cuidados de saúde em interligação com os restantes profissionais que compõem as equipas de
saúde e não prejudicam as competências próprias da estrutura hierárquica.

31
2. As funções de coordenação são exercidas em regime de comissão de serviço, mediante
designação do respetivo órgão máximo de gestão, pelo período de três anos, renováveis, de
entre técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica especialistas principais ou
especialistas, habilitados com formação em gestão e administração de serviços de saúde ou
comprovada experiência nessas áreas.

3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, em situações excecionais, designadamente em


caso de inexistência de técnicos que reúnam as condições ali fixadas, pode ser designado para
o exercício de funções de coordenação o técnico superior das áreas de diagnóstico e
terapêutica, detentor de categoria mais elevada, preferencialmente habilitado com formação
em gestão e administração de serviços de saúde ou comprovada experiência nessas áreas,
desde que detenha um mínimo de quatro anos de exercício efetivo de funções na área
profissional correspondente.

4. A renovação das funções de coordenação só se verifica se não existir nenhum técnico que
reúna as condições para o efeito.

5. Só há lugar para o exercício de funções de coordenação quando existam pelo menos quatro
TSDT na respetiva função.
6. Nos casos em que a regra de densidade anteriormente mencionada não se mostre.

Conselho Técnico:

1. Nos serviços e estabelecimentos com, pelo menos, três profissões das áreas de diagnóstico e
terapêutica deve ser constituído um conselho técnico, com funções de apoio ao órgão máximo
de gestão do respetivo órgão ou serviço, ao qual compete:
a) Promover a articulação e a harmonização do exercício profissional das diversas
profissões representadas, designadamente, mediante emissão de normas técnicas;
b) Dar parecer sobre matérias relativas às profissões representadas, nomeadamente sobre a
formação pré e pós-graduada;
c) Assegurar as funções de conselho coordenador da avaliação, em termos a definir no
instrumento que adapte do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação de Desempenho na
Administração Pública (SIADAP), à carreira de técnico superior das áreas de diagnóstico
e terapêutica.

2. O conselho técnico integra todos os coordenadores designados nos termos do disposto no


artigo anterior.

3. Sempre que em determinada profissão não exista coordenador, bem como nos casos em que
a designação deste tenha resultado da agregação de mais do que uma área profissional, e por
forma a garantir que todas as profissões estejam representadas, o conselho técnico integra
ainda um técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica, detentor da categoria mais
elevada, por cada uma das profissões não abrangidas no número anterior.

32
Técnico Superior Diretor:

1. Nos serviços onde exista um Conselho Técnico, deve ser designado pelo órgão máximo
de gestão em regime de comissão de serviço, pelo período de três anos, renováveis, um
técnico superior diretor.
2. O técnico superior a designar como técnico superior diretor deve ter pelo menos 1 anos
de experiência.
3. O técnico superior diretor é por inerência presidente do conselho técnico, tendo em caso
de empate voto de qualidade.
4. Constituem ainda da competência do técnico superior diretor:
a) Emitir pareceres técnicos e prestar informações esclarecimentos a solicitação do
órgão dirigente máximo dos serviços;
b) Participar na elaboração do plano e do relatório do exercício, na parte que respeite
aos técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica;
c) Articular a sua atividade com os restantes órgãos de direção do estabelecimento ou
serviço;
d) Supervisionar as funções de coordenação, designadamente, procedendo à avaliação
do desempenho dos coordenadores;
e) Exercer as demais competências que por lei lhe sejam atribuídas ou que lhe sejam
delegadas.

Decreto de Lei Nº 111/17 de 31 de agosto

Estabelece o estatuto legal da carreira de especial de Técnico Superior de Diagnóstico e Terapêutica.

Âmbito:

Aplica-se aos trabalhadores integrados na carreira especial de TSDT cujo vínculo de emprego
publico seja constituído por um contrato de trabalho em funções públicas.

Regime de carreira:

A carreira especial de TSDT é classificada como carreira de grau 3.

Deveres funcionais:

1. Os trabalhadores integrados na carreira especial de TSDT, para além dos deveres gerais
estabelecidos para os trabalhadores que exercem funções públicas, e sem prejuízo do
conteúdo funcional da respetiva categoria, área de exercício profissional e profissão, exercem
a sua profissão com respeito pela respetiva legis artis, com cumprimento dos deveres éticos e
princípios deontológicos a que estão obrigados pelo respetivo título profissional.

2. No exercício da sua profissão, o trabalhador integrado na carreira especial de TSDT está ainda
sujeito ao cumprimento dos seguintes deveres funcionais:
a) Contribuir para a proteção de saúde e defesa dos interesses dos utentes, com vista à
obtenção do consentimento informado sobre os cuidados

33
b) Informar devidamente o utente, com vista à obtenção do consentimento informado sobre
os cuidados prestados, bem como os seus acompanhantes;
c) Guardar sigilo profissional;
d) Adequar a sua atuação às necessidades de saúde das pessoas, tendo em conta os
conhecimentos científicos e os níveis de qualidade exigidos ao exercício da atividade;
e) Participar em equipas multidisciplinares e, se as coordenar, assegurar a continuidade e
garantia da qualidade da prestação de cuidados e a efetiva articulação de todos os
profissionais envolvidos;
f) Fazer uso racional e diligente dos meios de tratamento e diagnóstico ao seu dispor;
g) Atualizar conhecimentos e competências, na perspetiva de desenvolvimento pessoal e
profissional e de aperfeiçoamento do seu desempenho.

Estrutura da Carreira:

1. A carreira especial de TSDT é pluricategorial e estrutura-se nas seguintes categorias:


a) Técnico Superior das áreas de diagnóstico e terapêutica
b) Técnico Superior das áreas de diagnóstico e terapêutica especialista
c) Técnico Superior das áreas de diagnóstico e terapêutica especialista principal

2. A previsão anual do número de postos de trabalho no mapa de pessoal do correspondente


serviço ou estabelecimento, referente à categoria de técnico superior das áreas de diagnóstico
e terapêutica especialista, é determinada em função do conteúdo funcional daquela categoria
e da estrutura orgânica do respetivo serviço ou estabelecimento de saúde, não podendo
exceder 50 % do número total de postos de trabalho correspondentes aos da categoria de
técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica.

3. A previsão anual do número de postos de trabalho no mapa de pessoal do correspondente


serviço ou estabelecimento, referente à categoria de técnico superior das áreas de diagnóstico
e terapêutica especialista principal, é determinada em função do conteúdo funcional daquela
categoria e da estrutura orgânica do respetivo serviço ou estabelecimento de saúde, não
podendo exceder 30 % do número total de postos de trabalho correspondentes aos da categoria
de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica especialista.

4. As percentagens máximas referidas no número anterior podem ser ultrapassadas mediante um


despacho do governo.

Condições de Admissão:

1. O recrutamento para integração na carreira especial de TSDT faz -se na categoria de


técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica, de entre os detentores, na
profissão correspondente, do título profissional previsto no n.º 2 do artigo 4.º.
2. O recrutamento para a categoria de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica
especialista faz –se de entre técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica que
detenham, no mínimo, seis anos de experiência efetiva de funções na categoria e com
avaliação que consubstancie desempenho positivo.

34
3. No recrutamento para integração na categoria de técnico superior das áreas de diagnóstico
e terapêutica especialista principal são exigidos, no mínimo, seis anos de experiência
efetiva de funções na categoria de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica
especialista, com avaliação que consubstancie desempenho positivo, nos termos da
legislação aplicável.

Funções de Técnico Especialista Principal:

A. Assumir a responsabilidade pelas atividades de formação e de desenvolvimento


profissional contínuo dos técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica da
sua profissão, em particular dos que exercem funções no mesmo serviço ou departamento;

B. Emitir pareceres técnico-científicos em matéria da sua profissão, enquadrando-os na


organização e planificação do respetivo serviço;

C. Planear, conceber, coordenar, desenvolver e avaliar projetos de estudo, investigação,


inovação no âmbito da respetiva profissão;

D. Colaborar na elaboração dos relatórios e programas de atividades do respetivo serviço;

E. Proceder à seleção, adaptação, controlo e avaliação de metodologias de trabalho no


âmbito das tecnologias da saúde e em fase de experimentação.

Coordenação:

1. As funções de coordenação visam proporcionar a eficiência e a rentabilização da atividade


profissional dos técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica na prestação dos
cuidados de saúde em interligação com os restantes profissionais que compõem as equipas de
saúde e não prejudicam as competências próprias da estrutura hierárquica.

2. As funções de coordenação são exercidas em regime de comissão de serviço, mediante


designação do respetivo órgão máximo de gestão, pelo período de três anos, renováveis, de
entre técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica especialistas principais ou
especialistas, habilitados com formação em gestão e administração de serviços de saúde ou
comprovada experiência nessas áreas.

3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, em situações excecionais, designadamente em


caso de inexistência de técnicos que reúnam as condições ali fixadas, pode ser designado para
o exercício de funções de coordenação o técnico superior das áreas de diagnóstico e
terapêutica, detentor de categoria mais elevada, preferencialmente habilitado com formação
em gestão e administração de serviços de saúde ou comprovada experiência nessas áreas,
desde que detenha um mínimo de quatro anos de exercício.

35
4. A renovação da designação para o exercício das funções de coordenação só pode ocorrer
desde que, previamente, se confirme que continua a não existir nenhum técnico que, nos
termos do n.º 2, reúna as condições para o efeito.

5. Só há lugar ao exercício de funções de coordenação quando existam, pelo menos, quatro


técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica na respetiva profissão.
6. Nos casos em que a regra de densidade fixada no número anterior não se mostre preenchida,
podem, para efeitos de designação para o exercício de funções de coordenação, ser agregadas
mais do que uma área profissional, em função da respetiva afinidade.

7. Nas Administrações Regionais de Saúde, as funções de coordenação são asseguradas por


técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica, designados, nos termos dos
números anteriores, pelo respetivo conselho diretivo.

8. Ao coordenador compete:
a) Proceder ao planeamento, controlo e avaliação periódica do exercício e atividades dos
técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica da respetiva equipa;
b) Contribuir para a definição dos objetivos da equipa que coordena, em conjunto com a
mesma e em articulação com os objetivos da instituição;
c) Assegurar a coordenação técnica da equipa, de acordo com os objetivos definidos,
assegurando a aplicação de padrões de qualidade nos cuidados de saúde prestados;
d) Coordenar, promover ou apoiar a concretização de projetos de desenvolvimento técnico-
científico, institucional, de qualidade, inovação e sustentabilidade;
e) Elaborar os horários e os planos de trabalho e de férias dos membros da equipa que
coordena bem como proceder à distribuição do respetivo trabalho;
f) Reportar, superiormente, carências ao nível do funcionamento da equipa, propondo as
medidas adequadas à respetiva resolução;
g) Participar em processos de acreditação e controlo da qualidade;
h) Assegurar a avaliação, o planeamento e o controlo dos recursos materiais necessários ao
exercício de funções da equipa;
i) Elaborar o relatório de atividades do ano anterior, bem como o plano de atividades para
o ano seguinte, da respetiva equipa.

9. Podem ser designados pelo técnico coordenador outros técnicos para o exercício de funções
de subcoordenação, nos quais o primeiro pode delegar qualquer uma das suas competências.

10. O exercício das funções de coordenação referidas nos números anteriores não impede a
manutenção da atividade da prestação de cuidados de saúde, mas prevalece sobre a mesma,
sendo a respetiva remuneração definida no diploma que venha a estabelecer o regime
remuneratório.

36
Trabalho de Pesquisa
Pesquisa:

Pesquisa Científica é a realização de uma investigação planeada, desenvolvida e redigida com as


normas da metodologia consagradas pela ciência.

Como fazer um Trabalho de Pesquisa:

1. Deve-se usar linguagem clara, direta e concisa


2. Frases curtas e sintéticas
3. Respeitar as regras gramaticais:
 Primeira pessoa singular (ex. eu fiz, eu fui)
 Terceira pessoa singular (ex. fez, foi)
 Primeira pessoa do plural (ex. nós fizemos, nós somos)
4. Páginas numeradas: numeração árabe ou romana
5. Referências Bibliográficas: ordem alfabética- apelidos dos autores

Estrutura:

1. Introdução: justifica-se o trabalho, define-se objetivos, formulam-se interrogações e


delimita-se o desenvolvimento do trabalho
2. Corpo /desenvolvimento: pode ser dividido em diversas partes títulos, subtítulos, secções.
Desenvolve-se descrição, a análise e a sistematização, explicação e discussão do objeto
de estudo, pretende-se responder às questões formuladas na introdução.
3. Conclusão: é sintética, faz uma análise do desenvolvimento, esclarecem-se as
interrogações colocadas no início do estudo.

Estrutura Geral do Trabalho:

1. Capa (obrigatório)
2. Contracapa (obrigatório)
3. Dedicatórias (facultativo)
4. Agradecimentos (facultativo)
5. Índices (obrigatório)
6. Siglas, Abreviaturas e Símbolo (obrigatório sempre que existam no texto)
7. Resumo/Abstract (facultativo, dependo da especificidade trabalho)
8. Palavras-Chave (facultativo, dependo da especificidade do trabalho)

Textual:

1. Introdução
 Breve revisão da literatura
 Justificação do tema
 Incluir os objetivos que se pretendem alcançar
 Fazer referência as métodos e técnicas utilizados

37
 Não deve ocupar mais do 25% do trabalho

2. Desenvolvimento- pode ter vários títulos e subtítulos


 É o trabalho propriamente dito
 Explicação do objeto de estudo
 Descrição da análise e discussão de resultados
 Responde às interrogações formuladas

 Desenvolvimento pode-se dividir em


 Revisão de literatura
 Objetivos
 Metodologia
 Resultados
 Discussão dos Resultados

3. Conclusão
 Síntese da reflexão feita ao longo do trabalho
 Deve-se relacionar com os objetivos evitando afirmações não qualificadas.

Pós-textual:

1. Referências Bibliográficas (Obrigatório)


 Todas as referências devem ser citadas
 Normalmente usam-se as regras de Vancouver
2. Apêndices (facultativa)
3. Anexos (facultativa)

Pré-textual:

1. Capa: a capa deve conter os seguintes elementos:


 Símbolo da Escola
 Nome curso
 Ano letivo
 Nome da unidade curricular
 Nomes dos estudantes e do docente
 Título e subtítulo

2. Contra-capa: a capa deve conter os seguintes elementos:


 Nome do instituto
 Nome da Escola
 Nome curso
 Ano letivo
 Nome da unidade curricular
 Nomes dos estudantes com as respetivas assinaturas
 Título e subtítulo

3. Índices: descrição de todos os títulos e subtítulos do trabalho (índice automático). Quando


o número de figuras e gráficos for superior a cinco deve-se fazer os respetivos Índices.

38
4. Siglas e abreviaturas: Devem ser contidas, no entanto sempre que o número for superior
a 5 deve-se fazer.
5. Resumo/Abstract: síntese do trabalho, claro e conciso. Número de palavras entre 100 a
250. Deve incluir os objetivos, a metodologia, apresentação de resultados e conclusões.
6. Palavras-chave: em alguns trabalhos é necessário inclui-las por baixo do resumo. Uma
lista de 3 a 10 palavras.

Artigo Científico
É parte de uma publicação com a autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos,
técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento.

Redação:

 Linguagem correta
 Coerência na argumentação
 Objetividade
 Clareza e precisão de ideias
 Impessoalidade
 Recursos ilustrativos
 O problema de investigação
 A revisão da bibliografia
 A metodologia
 Os resultados
 Análise dos resultados

Estrutura:

1. Título
 Deve transmitir o assunto da pesquisa
 Pode estar dividido em duas partes:
 Título
 Subtítulo

2. Autores
 Ordem alfabética.
 Deve-se indicar os títulos, instituição, endereço eletrónico.

3. Resumo
 Deve explica o que e como foi realizado o estudo
 Deve indicar os principais resultados e a sua importância
 Não deve exceder 200 palavras
 Português/Inglês

4. Palavras-Chave
 Devem ser indicativas do tema
 3 a 5 palavras

39
5. Introdução
 Visão geral do estudo
 Justificação e finalidade dos objetivos

6. Desenvolvimento
 Apresentar todos os passos do estudo:
 Revisão de literatura
 Recolha de dados
 Tratamento de dados
 Resultados
 Discussão

7. Considerações Finais
 Apresenta as conclusões da pesquisa dando resposta aos objetivos
 Vantagens e limitações do estudo
 Proposta de trabalhos futuros

8. Referências Bibliográficas
 Listas toda a bibliografia consultada e referenciada ao longo do texto
 Citar:
o Livros
o Publicações periódicos
o Sites de internet

Análise de um Artigo Científico

1. Qual o tema?
2. Quais o Objetivos?
3. Qual a amostra?
4. Quais os instrumentos de recolha de dados?
5. Como se caracteriza o estudo?
6. Quais os principais os resultados?
7. Quais as conclusões?

Poster Científico

Forma de apresentar os resultados de uma pesquisa.

Deve ser uma comunicação clara e objetiva dos resultados.

Deve predominar a informação gráfica.

Deve prever uma possível exposição.

Deve estimular a interação e a discussão do tema com a audiência.

40
Estrutura de um Poster Científico:

1. Título
 O mais sintético possível
 Deve transmitir o assunto da pesquisa
 Ideal – 1 linha
 Máximo- 2 linhas

2. Autores
 Ordem alfabética
 Citados por extenso
 Começar pelo apelido

3. Introdução
 Visão geral do estudo
 Justificação e finalidade dos objetivos
 Máximo 200 palavras
 Elaborar no fim
 Interesse em captar o leitor para o assunto da pesquisa a partir de informações e
definições mínimas
 Apresentar o problema dentro do contexto da pesquisa
 Informar a literatura que serviu de referência
 Indicar a hipótese

4. Objetivos
 Representam o direcionamento da pesquisa
 Objetivo geral- apresenta a ideia central do trabalho
 Objetivos específicos- apresentam os resultados que se pretende alcançar com a
pesquisa de forma mais detalhada.

5. Desenvolvimento
 Descrição dos métodos usados
 Apresentação dos resultados obtidos
 Máximo 200 palavras

6. Resultados
 Descrição dos métodos usados
 Apresentação dos resultados obtidos
 Máximo 200 palavras

7. Conclusão
 “A conclusão de um trabalho está intimamente ligada aos objetivos. Podendo ser
apresentada em forma de um texto corrido ou em tópicos, porém, precisa conter
as respostas para cada objetivo específico previamente proposto (FERRARI,
MOREIRA e VALDERRAMAS, 2015)”.
 Apresenta as conclusões da pesquisa dando resposta aos objetivos.

41
8. Referências Bibliográficas
 Normas de Vancouver
 Apresentar todas as referências utilizadas no texto

Corpo do texto:

 Nem muito extenso nem pouco


 Que transmita o essencial
 Em média 500-1000 palavras
 Leitura fácil
 Use letra sem serifa para o título
 Com serifa para o corpo do texto, pois torna-se mais fácil de ler em pequeno
 Sempre que possível usar listas em vez de texto corrido
 Cuidado com o tipo de letra

Cores:

Que atraiam a atenção, mas cuidado com os exageros.

Imagens:

Atenção à resolução das imagens

Dicas para um bom poster científico:

 Escreva poucas, mas valiosas palavras: O importante é ter uma introdução curta
contendo o problema do estudo, com os objetivos do trabalho bem destacados. Subtítulos
para os principais resultados, legenda para as figuras e conclusões em itens. Assim, o que
é essencial está escrito, mas sem exageros – o poster deve ter no máximo 1000 palavras.
Lembre-se que deve usar letra escura e com tamanho de pelo menos 22pt, legíveis a 1m
de distância.
 Apresentação vertical vs. Horizontal: A maioria dos pósteres apresenta-se na forma
vertical, subdividido em duas colunas, em que a parte mais importante do trabalho (os
resultados) fica restrita a uma proporção pequena do poster.

Por isso, a dica aqui é substituir o layout de duas colunas por uma distribuição horizontal dos seus
dados. Desta forma, ganha-se mais espaço para expor os resultados no ponto onde eles serão mais
visíveis: à altura dos olhos de quem o lê.

 Valorize as imagens: As imagens dos resultados devem ser grandes, de forma a ser
interpretadas a uma distância de 1m. Use subtítulos que descrevam o principal
resultado e, no caso de gráficos, ajustar a letra dos eixos e das legendas para que
fiquem mais visíveis.

Para chamar a atenção pode-se usar uma imagem representativa do trabalho próxima ao título-
pode ser o logotipo da instituição, ou outra.

42
 Use esquemas para metodologia: Os métodos utilizados são uma parte chave para
compreender a pesquisa, mas ao mesmo tempo uma leitura exaustiva. Portanto, a
melhor forma de representá-los é através de imagens dispostas em esquemas,
mostrando cada etapa em sequência. Fluxogramas com letras grandes também
funcionam bem.

Trabalho de Pesquisa
Pesquisa Científica é a realização de uma investigação planeada, desenvolvida e redigida com as
normas da metodologia consagradas pela ciência.

Pesquisa = Procura
Como fazer um trabalho de pesquisa

1. Deve-se usar linguagem clara, direta e concisa.


2. Frases curtas e sintéticas.
3. Respeitar as regras gramaticais:
 Primeira pessoa singular (ex. eu fiz, eu fui)
 Terceira pessoa singular (ex. fez, foi)
 Primeira pessoa do plural (ex. nós fizemos, nós somos)

4. Páginas numeradas: numeração árabe ou romana.


5. Referências Bibliográficas: ordem alfabética- apelidos dos autores.

Estrutura:

 Introdução: justifica-se o trabalho, define-se objetivos, formulam-se interrogações e


delimita-se o desenvolvimento do trabalho.

 Corpo /desenvolvimento: pode ser dividido em diversas partes títulos, subtítulos,


secções. Desenvolve-se descrição, a análise e a sistematização, explicação e
discussão do objeto de estudo, pretende-se responder às questões formuladas na
introdução.

 Conclusão: é sintética, faz uma análise do desenvolvimento, esclarecem-se as


interrogações colocadas no início do estudo.

43
Estrutura Geral do Trabalho:

 Pré-textual:
1. Capa (obrigatório)
A capa deve conter os seguintes elementos:
o Símbolo da Escola
o Nome curso
o Ano letivo
o Nome da unidade curricular
o Nomes dos estudantes e do docente
o Título e subtítulo

2. Contracapa (obrigatório)
A contracapa deve conter os seguintes elementos:
o Nome do instituto
o Nome da Escola
o Nome curso
o Ano letivo
o Nome da unidade curricular
o Nomes dos estudantes com as respetivas assinaturas
o Título e subtítulo

3. Dedicatórias (facultativo)
4. Agradecimentos (facultativo)

5. Índices (obrigatório)

Descrição de todos os títulos e subtítulos do trabalho (índice automático). Quando o número de


figuras e gráficos for superior a cinco deve-se fazer os respetivos Índices.

6. Siglas, Abreviaturas e Símbolo (obrigatório sempre que existam no texto)

Devem ser contidas, no entanto sempre que o número for superior a 5 deve-se fazer.

7. Resumo/Abstract (facultativo, dependo da especificidade trabalho)

Síntese do trabalho, claro e conciso. Número de palavras entre 100 a 250. Deve incluir os
objetivos, a metodologia, apresentação de resultados e conclusões

8. Palavras-Chave (facultativo, dependo da especificidade do trabalho)

Em alguns trabalhos é necessário inclui-las por baixo do resumo. Uma lista de 3 a 10 palavras.

 Textual:
1. Introdução
o Breve revisão da literatura
o Justificação do tema
o Incluir os objetivos que se pretendem alcançar
o Fazer referência as métodos e técnicas utilizados
o Não deve ocupar mais do 25% do trabalho

44
2. Desenvolvimento- pode ter vários títulos e subtítulos
o É o trabalho propriamente dito
o Explicação do objeto de estudo
o Descrição da análise e discussão de resultados
o Responde às interrogações formuladas

Desenvolvimento pode-se dividir em

o Revisão de literatura
o Objetivos
o Metodologia
o Resultados
o Discussão dos Resultados

3. Conclusão
o Síntese da reflexão feita ao longo do trabalho
o Deve-se relacionar com os objetivos evitando afirmações não qualificadas

 Pós-textual:
1. Referências Bibliográficas (Obrigatório)
o Todas as referências devem ser citadas
o Normalmente usam-se as regras de Vancouver

2. Apêndices (facultativa)
3. Anexos (facultativa)

Relatório Científico

Apresentação externa

1. Capa
o Título do relatório
o Nome do responsável
o Designação da instituição ou entidade
o Local e data da elaboração
2. Contracapa

Apresentação Interna

1. Índice Geral

2. Introdução
 Resumo da literatura
 Enquadrar o tema
 Justificação e finalidade dos objetivos

45
o Objetivos:
 Representam o direcionamento da pesquisa
 Objetivo geral- apresenta a ideia central do trabalho
 Objetivos específicos- apresentam os resultados que se pretende alcançar de forma
mais detalhada.

3. Desenvolvimento
 Descrição dos métodos usados
 Apresentação dos resultados obtidos

4. Conclusão
 Apresenta as conclusões da pesquisa dando resposta aos objetivos

5. Apêndices (dispensáveis)
6. Anexos (dispensáveis)
7. Bibliografia

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47

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