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PSICOPEDAGOGIA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

TEÓRICAS E PRÁTICAS
MIRELLA LOPEZ MARTINI
Departamento de Psicologia
Universidade Federal de São Carlos

RESUMO

A Psicopedagogia é uma área de atuação marcada pela diversidade em relação aos profissionais que nela atuam. Verificam-se
diferenças na formação, atuação e identidade dos mesmos, levando a Psicopedagogia a estar ainda em processo de construção e
delimitação de seus aspectos teóricos e práticos.

PALAVRAS-CHAVE: Psicopedagogia; Dificuldades de Aprendizagem; Psicologia Escolar.

ABSTRACT

Psychopedagogy is an area of marked performance by the diversity in relation to the professionals who perform in it. Differences
are checked in the formation, performance and identity of the same ones, taking Psychopedagogy to be still in process of
construction, and delimitation of its theoretical and practical aspects.

KEY-WORDS: Psychopedagogy; Difficulties of Learning; School Psychology

INTRODUÇÃO de ensino-aprendizagem, mas também o que permite ao


aluno aprender e se desenvolver dentro de suas
Independentemente da abordagem teórica possibilidades máximas (Scoz, et al., 1998).
utilizada para se compreender o homem e seu A Psicopedagogia como uma profissão
desenvolvimento, um fato é inegável: desde que nasce, relativamente recente tem buscado, ao longo dos anos,
o ser humano está constantemente exposto aos uma definição da sua formação, atuação e identidade.
processos de aprendizagem. O homem aprende a andar, Alguns profissionais defendem a regulamentação da
a falar, a reconhecer pessoas e objetos, a se relacionar, profissão do psicopedagogo, num processo que teve
a brincar e, fundamentalmente, o ser humano aprende a início em 1988 e se encontra em andamento na Câmara
aprender. dos Deputados Federais. Para esses autores, o
É precisamente pela aprendizagem que o ser psicopedagogo seria o profissional capaz de uma
humano se constrói. Este processo de reforma no sistema educacional brasileiro, tendo em
construção/reconstrução, adquire significados diversos vista que sua formação e prática baseiam-se em
em função das características próprias do indivíduo, conhecimentos multidisciplinares, que permitem uma
como também do contexto, da cultura, da família e da análise e intervenção no projeto educacional brasileiro,
escola em que está inserido. O processo de a partir de uma visão integral do aluno (Scoz et al.,
aprendizagem pode ser positivo, prazeroso e eficaz 1998).
mas, por outro lado, o inverso pode ocorrer, e o No entanto, autores brasileiros e mesmo de
aprender torna-se uma dificuldade e um desprazer. países como Portugal, França, Canadá e Cuba já
A compreensão deste indivíduo que aprende e debateram a questão do trabalho psicopedagógico e se
por meio desta aprendizagem se constrói enquanto mostraram contrários à regulamentação da profissão.
sujeito é, para Rubinstein (1987), a proposta da Acreditam que a especialização de psicólogos e
psicopedagogia. Neste sentido, o psicopedagogo é um pedagogos no campo da psicopedagogia lhes permite
profissional com o olhar diretamente voltado para o estar em condições de uma atuação psicopedagógica
processo de aprendizagem do ser humano, com todas específica. Defendem que, muito mais que buscar a
suas implicações psicológicas, pedagógicas, biológicas criação de uma nova profissão, os profissionais ligados
e sociais. É também o profissional que busca não à educação devem investir suas forças para que todas
apenas reduzir ou eliminar os problemas no processo
as crianças e jovens brasileiros tenham direito a uma alunos que fracassam na escola não são de modo algum
educação de qualidade (Guzzo, 1998). incapazes de raciocinar e aprender (Almeida et al.,
Assim sendo, levando-se em consideração a 1979; Gatti et al., 1981). Portanto, constitui-se um erro
situação problemática da realidade educacional e uma injustiça culpar o aluno em todos os casos de
brasileira, marcada pela necessidade cada vez maior de insucesso escolar. Como menciona Fini (1996), é
serviços de atendimentos psicopedagógicos, as fundamental que cada caso de dificuldades no processo
discussões acerca da regulamentação, formação, de ensino – aprendizagem seja analisado de forma
atuação e identidade do psicopedagogo, bem como os crítica e abrangente, levando-se também em
proeminentes avanços nas pesquisas da área, buscou- consideração os aspectos políticos e filosóficos da
se, na elaboração deste trabalho, organizar de forma educação, a situação da escola e a responsabilidade dos
clara, ainda que concisa, alguns elementos professores.
fundamentais para a compreensão da psicopedagogia e Contudo, permanece ainda a tendência de se
de seus aspectos teóricos e práticos. localizar o fracasso escolar no aluno. Se houve
Espera-se que este trabalho possa não apenas problemas no processo de ensino-aprendizagem, é ao
subsidiar as discussões sobre a psicopedagogia como aluno que se culpa. É o aluno que não aprendeu
também oferecer um panorama geral do (Collares e Moysés, 1992, 1995). De acordo com
desenvolvimento desta profissão no Brasil. Boruchovitch (1993, 1995) e Boruchovitch e Martini
(1997), com o acúmulo de fracassos escolares o aluno
O FRACASSO ESCOLAR NA REALIDADE acaba por usar estratégias ego-defensivas e, com isso,
BRASILEIRA distancia-se cada vez mais do seu processo de
aprender.
O sistema educacional brasileiro tem sido Em conseqüência, estabelecem-se níveis altos
representando, ao longo dos anos, pelo fracasso de reprovações escolares e dificuldades de
escolar, um fenômeno multideterminado e o maior aprendizagem (Brasil, 1997), cresce o número de
responsável pelas dificuldades de acesso e permanência clínicas e serviços de atendimento psicopedagógico,
dos alunos na escola (Fini, 1996; Carvalho, 1997; bem como de pesquisas relacionadas à área. Alunos
Brasil, 1997). De acordo com Patto (1990), o fracasso vitimados pelo mau rendimento escolar são
escolar é um processo historicamente construído e sua encaminhados ao atendimento psicopedagógico, para
análise revela diversas teorias e concepções que que as causas das dificuldades possam ser esclarecidas
buscaram explicar e justificar o fracasso escolar e os e solucionadas (Souza e Machado, 1997). Em
problemas e/ou dificuldades de aprendizagem. Quais contrapartida, pesquisadores alertam para o fato de que
fossem essas teorias, a compreensão dos problemas o investimento em atendimento clínico ou institucional
educacionais centravam-se nos aspectos sócio- pode acentuar a culpabilização do aluno pelo mau
cognitivos e afetivos do aluno e da sua família, rendimento escolar e deslocar a atenção dos reais
determinando uma forma de análise do processo de fatores que desencadeiam a situação de fracasso (Fini,
ensino - aprendizagem que excluía elementos 1996). Como alerta Guzzo (1998), o aumento das
fundamentais deste processo, tais como: a escola e os clínicas de atendimento psicopedagógico distancia a
seus professores (Machado, 1997). psicopedagogia do sistema educacional e não fortalece
De acordo com Silva, Munõz e Cursino (1987, o trabalho coletivo e preventivo. A escola continua
apud Rubinstein, 1987) há uma tendência à produzindo o problema, mas estes são tratados fora do
patologização e psicologização das dificuldades de contexto escolar.
aprendizagem e do fracasso escolar pelos profissionais Para Fini (1996), não se deve desconsiderar
da educação, resultando, por sua vez, na conversão de esta perspectiva de análise. No entanto, como se pode
problemas de ensino em problemas de aprendizagem. negar atendimento àqueles alunos que precisam de um
Pesquisas revelam que fatores como: QI baixo, apoio circunstancial para enfrentar suas dificuldades
subnutrição, imaturidade, falta de preparo, problemas escolares, mesmo que estas não sejam resultados de
emocionais, abandono, falta de ajuda dos pais, falta de fatores relacionados a eles especificamente? Enquanto
condições econômicas, desorganização familiar, entre não são definidas novas políticas públicas, não são
outros fatores, são utilizados por educadores como modificadas as situações didático-pedagógicas da
causas do fracasso escolar (Leite, 1988; Mello, 1993; escola, enquanto a formação dos professores e a prática
Almeida et al., 1995; Neves e Almeida, 1996). docente não for reavaliada, alunos sofrem com suas
No entanto, não há provas de que esses dificuldades escolares diariamente, e enfrentam o medo
problemas físicos, biológicos e psicológicos sejam eminente da reprovação e de um possível abandono da
responsáveis pelas reprovações no Ensino escola.
Fundamental. Existem, sim, evidências sólidas de que
Neste sentido, o psicopedagogo pode auxiliar psicologia. Linhares (1985: 31) define que a
os alunos a lidarem com suas dificuldades “psicopedagogia aponta como centro de sua ação e
circunstanciais de aprendizagem, a compreenderem o reflexão o pedagógico e, dentro dele, sublinha os
processo escolar e a descobrirem (ou redescobrirem) fatores psicológicos”. Para Fonseca (1994), o objeto de
seus potenciais. Além disso, este profissional pode estudo da psicopedagogia é o sujeito e seu processo de
oferecer a estes alunos a possibilidade de resgatar a aprendizagem, objeto que não é somente psicológico,
própria auto-estima e a motivação para a mas psicopedagógico.
aprendizagem, bem como ajudá-los a acreditar que Souza (1996), a partir da definição da palavra
através de seu próprio esforço e capacidade podem “intervir”, isto é, “colocar-se no meio”, define a
aprender e se desenvolver com prazer. intervenção psicopedagógica como sendo a
O trabalho com alunos que apresentam interferência que um profissional, seja ele terapeuta ou
dificuldades de aprendizagem constitui uma dentre as educador, exerce sobre o processo de aprendizagem
várias razões que movem pedagogos, psicólogos e e/ou desenvolvimento da criança, esteja ela
outros profissionais que trabalham com crianças a apresentando ou não dificuldades no processo
aprofundarem seus conhecimentos sobre a função, as educacional. Para a autora, com sua intervenção o
necessidades, as peculiaridades, a prática e o campo de psicopedagogo busca revelar uma relação estabelecida
atuação da intervenção psicopedagógica. entre a criança e o conhecimento, a fim de
compreendê-la, explicitá-la e corrigi-la. A autora
A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL: UMA ressalta também que, para a realização de uma boa
BREVE REVISÃO DE LITERATURA intervenção psicopedagógica, é fundamental que o
profissional conheça o pensamento da criança, estando
A Intervenção Psicopedagógica atento às características estruturais e funcionais de seu
sistema cognitivo.
Pode-se considerar que a atuação No Brasil, por volta dos anos 60 e 70, a prática
psicopedagógica ocorre, basicamente, em três psicopedagógica era determinada por duas correntes
contextos diferentes: o clínico, o institucional e o teóricas: o Behaviorismo e o Humanismo. O
campo da investigação científica. Como prática clínica, Behaviorismo caracterizava-se pelas ênfase nas
a psicopedagogia ocupa-se em compreender os técnicas de instruções programadas, consideradas como
processos cognitivos, emocionais, sociais, culturais, “máquinas de ensinar” e, portanto, não determinava o
físicos e pedagógicos do aluno que, de alguma forma, papel do professor e a posição criadora do aluno como
sofre com problemas no processo de ensino- elementos fundamentais do processo de ensino-
aprendizagem. A clínica psicopedagógica é exercida aprendizagem. O humanismo, por sua vez, defendia
tradicionalmente em consultórios particulares, mas que o aluno possuía a potencialidade e o professor
também se faz presente em instituições, hospitais deveria ser uma facilitador no desenvolvimento dessa
gerais, psiquiátricos e até mesmo escolas. No campo potencialidade. Estas duas abordagens
institucional, além de considerar o aluno, o desconsideravam a influência do aspecto social na
psicopedagogo expande sua atuação para o espaço aprendizagem e no fracasso escolar. Como reação a
escolar, com a intenção de assessorar a escola ou estas duas abordagens, surge nos anos 80 um
instituição de ensino e todos aqueles que dela fazem movimento, apoiado no materialismo-histórico, que
parte, na realização de suas funções. Na área da responsabilizava o fator social por todos os fenômenos
investigação científica, os pesquisadores desenvolvem que se passavam em sala de aula. (Neves, 1991).
projetos que buscam estruturar um corpo de Para Neves (1991), as três abordagens acima
conhecimentos sobre os fenômenos do processo de citadas eram radicais em seus posicionamentos
aprendizagem (Scoz et al., 1998; Neves, 1991) teóricos, pois desconsideravam que o ser humano é
Dentro destes contextos de atuação, vários dotado de uma multiplicidade de aspectos biológicos,
autores buscaram em seus trabalhos definir os objetivos psicológicos e sociais.
da intervenção psicopedagógica. De acordo com Sisto (1996), atualmente a
Montti (1991) sugere que, em termos gerais, o prática psicopedagógica no Brasil é influenciada,
psicopedagogo é aquele profissional que se encarrega basicamente, por 3 fundamentações teóricas: a
“dos problemas de aprendizagem, ou seja, dos psicanálise, o associacionismo e o construtivismo.
transtornos no processo de transmissão e apropriação Na psicanálise o aspecto emocional é o
do conhecimento”(p.23). determinante básico do funcionamento cognitivo. Sisto
Como menciona Neves (1991), ao se discorrer (1996) argumenta que a valorização da afetividade, em
sobre o tema da psicopedagogia, necessariamente se detrimento dos aspectos cognitivos, pode levar crianças
falará sobre a articulação entre a educação e a saudáveis, que apresentam apenas dificuldades de
aprendizagens em conteúdos específicos, desadaptação escolar. Este autor enfatiza o processo de
circunstanciais e passíveis de serem por elas mesmas produção dos alunos e não apenas os seus resultados
superados, a tratamentos psicológicos, como se fossem finais. Sua técnica de trabalho permite localizar o local
portadoras de desordens mentais. Para o autor, não se e a incidência do erro, para que o trabalho
pode afirmar que algo seja puramente afetivo ou psicopedagógico seja realmente eficiente.
puramente cognitivo. Salientando os aspectos afetivos do
As teorias associacionistas, utilizadas desenvolvimento infantil, Pain,1985 apud Souza, 1996
historicamente pela escola, enfatizam os conteúdos a articula as teorias psicanalítica e piagetiana e trata os
serem aprendidos pelo aluno. Esses conteúdos estão problemas de aprendizagem como um sintoma, cujas
organizados em um sistema de pré-requisitos. Verifica- origens são orgânicas e também provenientes da
se, portanto, um predomínio do exterior sobre o relação triangular edípica (o pai, a mãe e a criança). O
interior. Para Sisto (1996), esta abordagem representa tratamento psicopedagógico centra-se, portanto, no
muito mais uma técnica de ensino do que um modo de não-aprender (sintomático), nos conteúdos que
funcionamento cognitivo. emergem na própria sessão terapêutica (situacional),
Como uma fundamentação teórica alternativa, decorrentes de atividades práticas e concretas
Sisto (1996) propõe o construtivismo de Piaget. Trata- (operativo). Para Pain (op. cit.), o objetivo final do
se de um referencial que não privilegia o conteúdo em tratamento psicopedagógico seria alcançar o
si, mas sim a construção do conhecimento pela criança, desaparecimento do sintoma, como também, permitir
nas interações que estabelece com o meio onde vive, o que a criança se desenvolva ao máximo, dentro de suas
que inclui a escola e os professores. Adotar o limitações orgânicas.
construtivismo como fundamentação teórica do Do mesmo modo que Pain (op. cit.), Fernandez
trabalho psicopedagógico não se resume em delegar a (1987) utiliza as teorias psicanalíticas e piagetianas
responsabilidade por aprender apenas à criança e a sua como pressupostos teóricos de seu trabalho. Para a
inteligência, mas sim compreender que aprender não se autora, as dificuldades no ato de aprender são fraturas
limita apenas em adquirir a informação transmitida ou no processo de aprendizagem, em que estão presentes,
reconstruir de maneira correta o conteúdo ensinado. por sua vez, o corpo, a inteligência e o desejo.
Deve-se considerar, também, a aprendizagem como um Fernandez (op. cit.) enfatiza o processo diagnóstico,
processo que perdura no tempo e depende não somente realizado sempre de forma integrada, por uma equipe
dos aspectos cognitivos e afetivos da criança, mas multidisciplinar. Propõe que este diagnóstico seja uma
também do trabalho pedagógico. Assim sendo, “escuta psicopedagógica” que possa auxiliar no
alternativas para o processo de ensino podem ser planejamento das intervenções ou tratamentos
pensadas. necessários à criança com dificuldades de
Cabe mencionar que o construtivismo não aprendizagem.
impõe ao sistema cognitivo um determinado modo de Por fim, o trabalho de Macedo (1992), baseado
funcionamento dado como correto, mas procura na epistemologia construtivista de Piaget, sugere
compreender como este sistema constrói o intervenções por meio de jogos de regras. Por suas
conhecimento, buscando definir as características, os características próprias, os jogos de regras oferecem a
mecanismos e os determinantes deste processo de possibilidade de se analisar os erros e as estratégias
construção e desenvolvimento. Desta forma, alivia-se a cognitivas utilizadas pela criança. De acordo com
culpa depositada na criança por não aprender, ou por Macedo, 1992, apud Souza, 1996, a análise do erro e o
ter dificuldades em aprender, e recupera-se a dignidade fato de torná-lo observável proporciona à criança uma
daquele que aprende (Sisto,1996). tomada de consciência dos procedimentos por ela
Em uma revisão sobre diferentes abordagens utilizados, elevando suas ações ao plano da reflexão.
de intervenções psicopedagógicas, Souza (1996) cita os Assim sendo, o objetivo do trabalho psicopedagógico,
trabalhos de Vinh-Bang (1990), Pain (1985), para Macedo (op. cit.), seria criar condições para que o
Fernandez (1987) e Macedo (1992). aluno possa e deseje relacionar-se com o mundo em um
Baseado no Método Clínico piagetiano, Vinh- nível formal do desenvolvimento cognitivo.
Bang, 1990 apud Souza, 1996 propõe uma modalidade Souza (1996) apresenta também algumas
de intervenção psicopedagógica realizável em 3 níveis modalidades de intervenção ou atividades
de atuação, a saber: individualmente com o aluno, para psicopedagógicas praticadas pelos profissionais da
que possíveis atrasos sejam solucionados e lacunas de área. Em geral, os psicopedagogos elaboram atividades
conhecimentos sejam preenchidas; no conjunto de que objetivam a recuperação de conteúdos escolares,
alunos, para oferecer elementos que foram avaliados como estando ainda incompletos para o
negligenciados no processo escolar; e na escola, aluno; estratégias de orientação de estudos;
propriamente dita, para auxiliar na redução da planejamento de atividades que propiciem a expressão
dos afetos e o desenvolvimento da personalidade da de construção do conhecimento (Sá, 1990). Para Bossa
criança com ou sem dificuldades de aprendizagem; (1991), ao se acentuar o caráter interdisciplinar da
atendimento clínico de alunos com dificuldades de psicopedagogia, a construção da identidade do
aprendizagem; e pesquisas de instrumentos e recursos psicopedagogo torna-se mais difícil.
que auxiliem a aprendizagem e o desenvolvimento das No Brasil e também em outros países como a
crianças, considerando seus aspectos cognitivos e França, a psicopedagogia vem sendo foco de profundas
afetivos. reflexões. A prática da psicopedagogia é definida por
Embora existam várias propostas de uma intervenção pedagógica que se apóia sobre os
compreensão do trabalho psicopedagógico, as domínios da psicologia, para justificar seus métodos e
discussões acerca das definições da psicopedagogia são suas técnicas (Guilllermard,1994). No entanto, essa
complexas, pois a intervenção psicopedagógica prática é muitas vezes confundida com a didática das
abrange um grande leque de tarefas, como a prevenção disciplinas. Sobre isto, Guilllermard (1994) acrescenta
educativa, a detecção e orientação de alunos que que a falha na definição do verdadeiro papel do
apresentam desajustes em seu desenvolvimento ou em psicopedagogo traz conseqüências sobre a definição da
sua aprendizagem escolar, além do assessoramento identidade profissional.
curricular, orientação familiar, escolar, profissional, Em contrapartida, a psicopedagogia na
etc. (Solé, 1996). Argentina não apresenta, como no Brasil e na França,
É de fundamental importância, portanto, que os problemas para definir-se como profissão com uma
profissionais se conscientizem da responsabilidade do identidade própria. Bossa e Montti (1991) demonstram
psicopedagogo, pois sua atuação leva em conta não só que as diferenças entre a psicopedagogia brasileira e
o aluno, mas todos os sistemas nos quais está inserido, argentina ocorrem primeiramente na formação
ou seja, família, escola e sociedade. Cabe então, aos profissional.
profissionais ligados à psicopedagogia, manter ativas Na Argentina, foi criada a graduação em
as pesquisas e discussões sobre a atuação, formação e psicopedagogia, sendo esta uma profissão tão antiga
identidade do psicopedagogo, para, com isso, favorecer quanto a psicologia, naquele país. Seu surgimento se
a formação de profissionais capazes e competentes. deu a partir da prática de profissionais com diversas
formações, como psicanalistas, pediatras, psicólogos,
A Identidade e a Formação do Psicopedagogo pedagogos e fonoaudiólogos. Para esses profissionais,
existia um espaço que não poderia ser preenchido nem
Ao longo dos anos, a identidade do pelo psicólogo nem pelo pedagogo. Surge, portanto, a
psicopedagogo tem sido motivo de reflexão para psicopedagogia como curso de graduação.
diversos autores. Montti e Bossa (1991) confrontam os Se esta é a situação atual da psicopedagogia na
caminhos percorridos pela psicopedagogia no Brasil e Argentina, no Brasil notam-se algumas diferenças.
na Argentina, buscando contribuir para a construção
dessa identidade. A princípio, as autoras colocam que a Em primeiro lugar, no Brasil a psicopedagogia
atuação do psicopedagogo se diferencia em função da não é uma profissão que exige graduação específica,
base teórica por ele priorizada. Além disso, a como na Argentina. Bossa (1991) afirma que o
psicopedagogia não possui um corpo teórico tratamento dado aos problemas de aprendizagem no
sistematizado que fundamente especificamente a sua Brasil estão diretamente relacionados com a proposta
prática, e, sendo assim, recorre às diversas áreas do dos cursos existentes de especialização em
conhecimento. psicopedagogia, como também depende das diferentes
Segundo Noffs (1995) e o “Boletim da graduações dos estudantes que freqüentam esses
associação brasileira de psicopedagogia”(1990), a cursos. E acrescenta: “desta forma, no Brasil temos
psicopedagogia se articula com a Teoria da especialistas em psicopedagogia, enquanto na
aprendizagem, Psicologia genética, Teorias da Argentina, temos psicopedagogos”(p.25). A autora
personalidade, Pedagogia e Didática, Fundamentos da considera, ainda, que as condições de formação do
Biologia e da Lingüística, Metodologia da pesquisa psicopedagogo brasileiro dificultam o delineamento de
científica, Psicologia institucional, Fundamentos da seu perfil.
Filosofia, Sociologia e do Atendimento Tomando-se por base as comparações feitas
psicopedagógico. entre os enfoques dados à Psicopedagogia no Brasil e
Por um lado, o caráter interdisciplinar se faz na Argentina, pode-se perceber que as diferenças não
necessário, mas, por outro lado, não se pode permitir estão apenas centralizadas na prática profissional, mas
que a soma de conhecimentos configure uma colcha de envolvem também a formação profissional do
retalhos que não proporcione a reflexão sobre a prática psicopedagogo. Se, no Brasil, o psicopedagogo
psicopedagógica e sobre os seus mecanismos internos caracteriza-se por ser um especialista em
psicopedagogia e não um graduado nesta profissão, Outro ponto a ser salientado é que, no Brasil,
surgem daí diversos questionamentos. os instrumentos de avaliação psicológica são de uso
Em primeiro lugar, pergunta-se: em que exclusivo do psicólogo; sendo assim, o trabalho deste
medida poderia a atuação profissional ser influenciada profissional é solicitado para a avaliação dos alunos.
pelos diversos olhares que possuem os psicopedagogos Neste momento, busca-se definir qual seria a
sobre o indivíduo aprendiz? Ao não possuir uma modalidade de tratamento mais adequada ao sujeito:
formação única, cada profissional terá, de acordo com psicológica, pedagógica ou psicopedagógica? De
sua profissão e base teórica de sua formação, isto é, acordo com Pain, 1985 apud Souza, 1996), dentro de
provenientes dos cursos de psicologia, fonoaudiologia, sua abordagem predominantemente psicanalítica, a
pedagogia, medicina, etc., um olhar diferente sobre o intervenção psicopedagógica deveria ser
aluno e suas dificuldades. exclusivamente realizada por psicólogos, pela
Em segundo lugar: a construção da identidade formação clínica de que dispõem, para diagnosticar e
do psicopedagogo é influenciada pela não existência de tratar o sintoma dificuldade de aprendizagem.
um curso de graduação em psicopedagogia, com um Vale ressaltar que o impasse da avaliação
corpo teórico sistematizado que forme psicopedagogos psicológica talvez seja menor em países como a
e não apenas especialistas? Sabe-se que no Brasil, em Espanha. Os trabalhos de Bassedas e colaboradores
virtude da não existência desse curso de graduação em (1996) mencionam o psicopedagogo como sendo um
psicopedagogia, surgiram, na década de 70, os profissional já titulado como psicólogo. No entanto,
primeiros cursos de especialização em psicopedagogia, não se pode e não se deve desconsiderar os
voltados principalmente para uma atuação clínica. psicopedagogos de formação pedagógica, pois
Posteriormente, profissionais ligados à escola promovem, de igual modo, grandes avanços à
buscaram essa formação, o que levou a uma mudança formação e prática desta profissão. Pode-se citar, entre
no enfoque inicial desses cursos, que passaram a os inúmeros profissionais existentes, os trabalhos de
acentuar não só o trabalho clínico, mas também o Sisto (1996, 1997), Petty (1996), França (1996), Fini
institucional. (1996) e Brenelli (1996).
Cabe mencionar que, no Brasil, os cursos de
especialização foram criados e são abertos a diversos DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
profissionais, como pedagogos, psicólogos,
fonoaudiólogos, médicos, terapeutas ocupacionais, Compreender o processo de ensino e
entre outros. Sendo assim, em 1990, na Pontifícia aprendizagem, com suas implicações psicológicas,
Universidade Católica do Paraná, 60% dos pedagógicas, biológicas e sociais e, sobretudo, auxiliar
matriculados eram pedagogos, 22,8% eram psicólogos, na superação das dificuldades que possam surgir neste
e o restante, fonoaudiólogos, médicos, cientistas sociais processo, são os objetivos dos estudos e da prática
etc. Já em 1991, 77,1% eram pedagogos, 14,2% eram psicopedagógica. Embora seja uma profissão
psicólogos e o restante, outros profissionais relativamente recente e seus profissionais estejam
provenientes dos cursos de filosofia, engenharia e ainda buscando determinar sua formação, atuação e
matemática (Portilho, 1992). identidade, a psicopedagogia e também o número de
Na Universidade Federal de Goiás, a maioria pessoas que procuram pelos serviços psicopedagógicos
dos alunos são psicólogos e pedagogos que atuam na têm crescido ao longo dos anos. Muito provavelmente,
escola. No Centro de estudos psicopedagógicos do Rio este fato ocorra em função da situação problemática da
de Janeiro e na Universidade de São Marcos, em São realidade educacional brasileira e, conseqüentemente,
Paulo, verifica-se também essa situação (Domingues, da necessidade presente de intervenções
1995). psicopedagógicas junto às crianças com dificuldades de
Evidentemente, a grande tendência de aprendizagem e com o risco eminente de fracasso
pedagogos e psicólogos para procurarem uma escolar.
especialização em psicopedagogia ocorre em função No Brasil, o trabalho psicopedagógico tem sido
desta disciplina ser tributável tanto à psicologia quanto influenciado, sobretudo, pelas abordagens
à pedagogia (Macedo,1991). Macedo destaca que “toda associacionistas, psicanalíticas e construtivistas
vez que um pedagogo realiza a ação pedagógica (Sisto,1996). Contudo, permanecem, ainda, as
levando em conta aspectos psicológicos, comporta-se discussões acerca das definições da psicopedagogia em
como um psicopedagogo. E toda a vez que um seus aspectos teóricos e práticos.
psicólogo realiza esta ação, levando em conta aspectos Em virtude da falta de clareza e unidade no
pedagógicos, comporta-se como um entendimento desta profissão, nota-se um sentimento
psicopedagogo”(p.8) de insegurança e incerteza no que se refere tanto aos
profissionais ligados à psicopedagogia, quanto à
clientela que procura esses profissionais. Surgem com acerca das Dificuldades de Aprendizagem.
isso, questões como: Quem é o psicopedagogo? O que Psicologia: Teoria e Pesquisa, v.11, n.2, p.117-
ele faz? Qual o seu campo de atuação? Qual deve ser 134, 1995.
sua formação? Qual seu objeto de estudo?, entre outras AQUINO, J. G. O mal-estar na escola contemporânea:
questões. erro e fracasso em questão. In: AQUINO, J. G.
Para Sisto (1997), indagar-se sobre com o que Erro e fracasso na escola: alternativas teóricas e
se preocupa a psicopedagogia não só abre práticas. São Paulo: Summus, 1997 .
possibilidades para divagações e definições de BASSEDAS, Eulália. Intervenção Educativa e
posições, como também distancia em demasia o diagnóstico Psicopedagógico. Porto Alegre: Artes
profissional sobre o que acontece realmente na prática Médicas, 1996.
psicopedagógica. O autor sugere, então, que a questão Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia. A
a ser feita seria: quem procura os serviços identidade profissional do psicopedagogo. v. 9,
psicopedagógicos e por quê? Como resposta, Sisto n.18, p.71-72, 1990.
(1997) alerta que o serviço de atendimento BORUCHOVITCH, E. A psicologia cognitiva e a
psicopedagógico é procurado por crianças com um metacognição: Novas perspectivas para o fracasso
único problema: o baixo rendimento escolar. escolar brasileiro. Tecnologia Educacional, p. 22-
Há de se considerar, portanto, a necessidade 28, 1993.
de se aprofundar urgentemente os conhecimentos sobre BORUCHOVITCH, E. A identificação e o estudo das
a psicopedagogia, para que as suas indefinições possam variáveis associadas ao fracasso escolar
ser amenizadas e os profissionais que atuam nesta área brasileiro. Projeto de pesquisa realizado na
tenham uma formação e uma prática dotada de qualidade de bolsista de recém-doutor do CNPq
conhecimento, segurança e significado e, com isso, (processo No. 300162/95-2). UNICAMP,
ajudem de forma concreta as crianças que apresentam Departamento de Psicologia Educacional, 1995.
também um problema real e concreto: o baixo BORUCHOVITCH, E., MARTINI, M. L. As
rendimento acadêmico. atribuições de causalidade para o sucesso e o
É fundamental que os profissionais procurem fracasso escolar e a motivação para a
compreender qual o papel do psicopedagogo na escola, aprendizagem de crianças brasileiras. Arquivos
na clínica, nas instituições, enfim, nas relações que Brasileiros de Psicologia, v.3, n. 49, p. 59-71,
estabelece com o aluno, com a sua família, com a 1997 .
escola e com a sociedade. Além disso, devem buscar BRASIL - Secretaria de Educação Fundamental.
delinear qual seria a formação que melhor os habilitaria Parâmetros curriculares nacionais/Secretaria de
a exercer sua função, e também considerar se as Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
diferentes formações, em nível de graduação dos BRENELLI, R. P. Uma proposta psicopedagógica
psicopedagogos brasileiros, interferem em sua prática com jogos de regras In: SISTO, F. F. Atuação
profissional e na construção de sua identidade. psicopedagógica e aprendizagem escolar.
Em assim sendo, caberia salientar a Petrópolis: Vozes, 1996.
importância de estudos e pesquisas que privilegiem a CARVALHO, J. S. F. de. As noções de erro e fracasso
psicopedagogia, tanto em sua vertente prática quanto no contexto escolar: algumas considerações
na formação de seus profissionais, tendo em vista que preliminares. In: AQUINO, G. J. (1997) Erro e
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