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Disciplina: Brasil IV
Docente: Benjamin
Discente: Lucas dos Santos Barros
Seguindo essa abordagem, Jorge Luis Ferreira vem apontar as várias formas
de protesto ocorridas no dia 24 de agosto como reveladoras, para além da tristeza e
revolta popular que teria dado forma a um verdadeiro carnaval de tristeza, de muitas
das ideias, crenças, expectativas e o modo como os homens comuns do Brasil na
década de 1950 organizavam a sua realidade social e política.
O autor denuncia justamente, na escassa literatura sobre a temática, a forma
subestimada que a indignação popular que tomou o país é retratada. Os
trabalhadores e as pessoas comuns, para além de ter surgido com um pouco mais de
destaque após o fim da crise, ainda teriam sido retratados como a causa de ainda
maior conturbação.
Ferreira apresenta durante o seu texto, uma importância maior que Vargas teria
representado, por meio da sua política do trabalhismo, para a classe trabalhadora do
país, ao defender o seu papel decisivo na formação da consciência coletiva da classe
trabalhadora nacional, que resultou na recusa e resistência ao projeto conservador
apresentado pela UDN.
Uma vez que a morte de Vargas levou uma massa raivosa a se levantar contra
todos aqueles que a consciência popular julgava responsável direto por levar Getúlio
a essa atitude extrema. Diz Ferreira que: “Se o suicídio de Vargas freou as ações
golpistas, os motins e manifestações populares as fizeram recuar.”
Referência