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Projeto e análise de um conversor CC-CC Boost

operando no modo de conduação contínua


Bruno Barros, Tiago Willian Marcos Paulo Hirth, MSc
Acadêmicos da Universidade do Contestado (UnC) Docente da Universidade do Contestado (UnC)
Canoinhas, Brasil Canoinhas, Brasil
brunobarros@ieee.org hirth@unc.br
tiagowillian@ieee.org

Resumo — Este artigo apresenta o projeto e a análise de um B. Análise Chave fechada, S1 = On


conversor CC-CC Boost operando no modo de condução
contínua. A preparação é organizada em etapas: modelo O Diodo (D1), fica polarizado reversamente e tem-se seu
conceitual, resumo, detalhamento, dimensionamento, circuito equivalente representado na figura 2. A tensão aplicada
equacionamento e ensaios. O projeto possui o conversor Boost em sobre o indutor é constante, assim a corrente cresce linearmente
modo de condução contínua (MCC). durante o tempo que a chave permanece fechada (ton).
I. INTRODUCÃO
L1 D1 io
O conversor Boost faz parte de uma classe de conversores ig D
+ +
denominada conversores CC-CC de modo chaveada ou Vg S1=On G c1 R1 Vo
- -
choppers. Estes conversores são circuitos eletrônicos que S
iS
convertem um valor de tensão CC para níveis mais elevados
de tensão CC de saída regulada (HART, 2010). Figura 2. Topologia conversor Boost S1=On.
O conversor Boost funciona pela comutação periódica de
uma chave eletrônica. A compensação de sua tensão é C. Análise Chave aberta, S1=off
normalmente realizada utilizando a técnica conhecida por
modulação em largura de pulso (PWM) a uma frequência fixa. Com a chave S1 aberta, o Diodo D1 está polarizado
Utilizado em sistemas onde seja necessário elevar a tensão diretamente e conduz a corrente do indutor, tem-se o circuito
de entrada, pela sua característica, a tensão de saída sucede-se equivalente:
maior do que a tensão de entrada. A alocação do conversor iL iD
Boost em painéis fotovoltaicos para a o controle de tensão de
L1 ic
saída, corrente e potência do circuito, além de propiciar a D1 io
ig D
extração da máxima potência gerada. + +
Vg S1=Off G c1 R1 Vo
- S -
II. TOPOLOGIA DO CONVERSOR
Na topologia do conversor Boost, encontra-se a fonte de Figura 3. Topologia conversor Boost S1=Off.
tensão de entrada (Vg), onde está em serie com o indutor(L1)
que age como uma fonte de corrente. A chave (S1) em paralelo
com a fonte de corrente e com a saída, tem seu funcionamento
de desligamento periodicamente, fornecendo energia ao indutor D. Formas de Ondas
e da fonte para aumentar a tensão de saída (Vo).
iL iD No conversor Boost a corrente no diodo D1 é sempre
descontínua. Com tudo, a corrente na fonte de alimentação Vg
L1 D1 ic io pode ser continua ou descontínua. O grau de continuidade da
ig D
+ + corrente de entrada depende do nível de energia armazenada da
Vg S1 G c1 R1 Vo
- - indutância de entrada L1 durante o tempo de condução da chave
S
iS S1. A seguir demonstra-se as principais formas de onda em
regime permanente para o modo de condução contínua (a
Figura 1. Topologia do conversor Boost.
corrente no indutor L1 flui continuamente). Para efeitos de
A. Etapas de Operação
análise será inicialmente considerada constante tanto a tensão
de entrada Vg como a tensão de saída Vo que representa a
Este conversor possui dois modos distintos de operação que tensão media na carga. (IVO BARBI, 2006).
são definidos em função da corrente que circula pelo indutor Observa-se a variação da corrente no Indutor L1, definido
(L1), durante as etapas de funcionamento ou período de como ∆IL, que por sua vez irá influenciar diretamente na tensão
chaveamento. No modo de condução continua, a corrente do de saída do conversor, mas como anteriormente dito, será
indutor é sempre maior que zero. despresado para efeitos de análise.
A razão cíclica(D) é a relação do tempo de condução
VControle pelo período de comutação. A razão cíclica é adimensional
e varia de 0 a 1, ou seja, 0 ≤ D ≥ 1. Por tanto, a razão cíclica
0 t
controla o fluxo de potência do conversor. O efeito da razão
IL cíclica é definido por:
IL max 𝑉 1 𝑉𝑔 −𝑉𝑜
IL med ∆ 𝐷= 𝑜= = (1)
IL min 𝑉𝑔 1−𝐷 −𝑉𝑜

0 t
Is B. Corrente Circuito
∆ A corrente que fornecida por Vg é diferente da
0 t corrente de Vo, por tanto a corrente do circuito tem-se:
ID
IL max 𝑃
𝐼𝑜𝑚𝑒𝑑 = (2)
IL min 𝑉𝑜
ID med 𝑃
0 t 𝐼𝑔𝑚𝑒𝑑 = (3)
𝑉𝑔

Vo 𝐼𝑔𝑚𝑒𝑑 = 𝐼𝐿𝑚𝑒𝑑
0 t
(IL max – Iomed)
C. Indutor
Ic
Com a variação da corrente pelo circuito, por
0 t
conta da comutação da chave S1, o Indutor é obtido
-Io
por:
Iomed Iomed
0 t 𝑉𝑔 ∗𝐷
𝐿= (4)
∆𝐼𝑙 ∗ 𝐿∗𝑓𝑠
Tbaixo Talto
Período D. Capacitor
Figura 4.Principais formas de Onda do Conversor Boost.
O Capacitor filtra o comportamento do indutor,
III. METODOLOGIA DE PROJETO por isso temos que:

𝑜 ∗𝐷
Equacionamento do conversor Boost. 𝑐= (5)
∆𝑣𝑐 ∗𝑓𝑠
 ∆IL = Variação de Corrente no Indutor
 ∆vc = Variação de Tensão no Indutor E. Carga
 fs = Frequência
 𝐼𝑆1𝑚𝑒𝑑/ 𝐷1𝑚𝑒𝑑 = Corrente media e Eficaz na Chave A carga do circuito, obten-se pela corrente e
 𝐼𝐷1𝑚𝑒𝑑 /𝐼𝐷1𝐸𝑓 = Corrente media e Eficaz no Diodo tensão de saída do circuito:
 Pcon e Pcond = Perdas em energia térmica na 𝑉𝑜
Chave 𝑅= (6)
𝑜𝑚𝑒𝑑
 Pcons e Pbloq = Perdas no diodo
 Talto e Tbaixo = Tempo em oscilação para alto e F. Esforços na chave(S1) e diodo(D1), eficaz e
baixo médio.
 Fosc = Frequência de comutação do Circuito
Oscilador. Pela comutação do circuito na chave S1, a chave
 𝑛 = Redimento e o diodo sofrem perdas, por onde essas perdas são
 𝑃𝑜𝑢𝑡= Potência de Saída. dissipadas em forma de energia térmica.

A. Razão Cíclica: 𝐼𝑆1𝑚𝑒𝑑 = 𝐼𝑔 ∗ 𝐷 (7)


𝐼𝑆1𝐸𝑓 = 𝐼𝑔 ∗ √𝐷 (8)
A característica ideal de transformação do conversor Boost é: 𝐼𝐷1𝑚𝑒𝑑 = (1 − 𝐷) ∗ 𝐼𝑜𝑚𝑒𝑑 (9)
𝐼𝐷1𝐸𝑓 = √1 − 𝐷 ∗ 𝐼𝑜𝑚𝑒𝑑 (10)

G. Perdas em Comutação(Pcon) e
Condução(Pcond) da chave.
Figura 5. Caracteristica Ideal de Transformação.
As perdas nos chave S, é mensurada em Watts, Grandeza Valor
temos que: Capacitor (C1 ) 25μF
𝑓𝑠 Iomed 1A
𝑃𝑐𝑜𝑛 = ∗ (𝑡𝑐𝑜𝑛 + 𝑡𝑐𝑜𝑓𝑓 ) ∗ 𝐼𝐷 ∗ 𝑉𝐷𝑆 (11)
2 Igmed 2A
2
𝑃𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝑅𝑑𝑠𝑜𝑛 ∗ 𝐼𝐷𝑒𝑓 (12)
Resultados:
H. Perdas em Comutação(Pcons) e Bloqueio(Pbloq)
do Diodo. Com o auxílio do Software PSIM, tem-se que a tensão é:

As perdas no diodo em Watts:


2
𝑃𝑐𝑜𝑛𝑠 = 𝑉𝑡𝑜 ∗ 𝐼𝐷𝑚𝑒𝑑 + 𝑉𝑑 + 𝐼𝐷𝐸𝑓 (13)
𝑃𝑏𝑙𝑜𝑞 = 𝑉𝑟 ∗ 𝑄𝑅𝑅 ∗ 𝑓𝑠 (14)

I. Rendimento

O rendimento, relaciona a potência com as perdas do


sistema:
Figura 6. Forma de Onda da Tensão de saída do Conversor.
𝑃𝑜𝑢𝑡
𝑛= (15)
𝑃𝑜𝑢𝑡 +𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 Vo representa a tensão média. A tensão de pico da saída é
40.1Vp.
J. Comutação do Circuito Oscilador O efeito, ocorre por conta do indutor que por sua vez está
fornecendo uma fonte de corrente, por fim, observa-se esse
No Circuito Oscilador, independente do circuito de efeito de tensão de pico.
potência, no qual existe forma de onda quadrada, ou seja, o
sinal PWM, que por sua vez é obtido por:
𝑇𝑎𝑙𝑡𝑜 = 𝐿𝑁(2) ∗ 𝑅2
𝑅 ∗𝑅 𝑐2∗ 𝑁(𝑅2 −2∗𝑅1 )
𝑇𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 = 1 2 ∗ (16)
𝑅1 +𝑅2 2∗(𝑅2 −𝑅1 )
1
𝑓𝑠𝑂𝑠𝑐 = (17)
𝑇𝑎𝑙𝑡𝑜 +𝑇𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
Figura 7. Tensão de Entrada e de Saída do conversor Boost.
IV. PROJETO DO CONVERSOR
A seguir, A Corrente no Diodo(D1) e indutor(L1).
A Tabela I apresenta as especificações do conversor de :
acordo com o projeto.

TABELA I. ESPECIFICAÇÕES DE PROJETO.


Especificação Valor
Tensão de entrada (Vg ) 20V
Tensão de saída (Vo ) 40V
Potência de saída ( Po ) 40W
Frequência de comutação ( f s ) 50kHz
Ondulação de tensão em C1 (vC1 ) 1%
Ondulação de corrente em L1 (iL1 ) 20% Figura 8. Corrente do Diodo e Indutor.

Com o auxílio dos cálculos de dimensionamento do


circuito, tem-se na tabela II

TABELA II. VALORES OBTIDOS COM O PROJETO.


Grandeza Valor
Valor de pico da tensão de saída (V p ) 53.6V
Valor médio de tensão do Conversor (Vo) 40V
Ganho estático do conversor ( M ) 1
Razão cíclica ( D) 0,5
Indutor ( L1 ) 500mH
A tensão no Indutor e tensão reversa no diodo: A tensão (Amarelo) e a corrente (Azul) na chave S1
(MOSFET).

Figura 13. Tensão e Corrente Na Chave (MOSFET).


No ensaio, pode-se observar o efeito de sobre sinal na
Figura 9. Tensão no Diodo e Indutor.
tensão da chave. Este efeito denominado “Damping” que
acontece de acordo com a modelagem do sistema. Deve-se ter
A corrente de saída Iomed: uma certa atenção a esse efeito, por conta que seu sobre sinal
ou a tensão de pico pode vir a restringir o funcionamento do
conversor e danifica-lo.
A corrente e tensão no Indutor obedece a corrente e tensão
da fonte como mostra a figura 14, comparada aos resultados
obtidos pelo Software PSIM, na figura 8 e 9.

Figura 10. Corrente da saída do Conversor.

A corrente na chave e no capacitor:

Figura 13. Tensão e Corrente no Indutor (L1).

A tensão no Diodo(D1), possui seu sinal reverso, como


mostra a figura 14, onde encontra a corrente e tensão no diodo.

Figura 11. Corrente na chave e Capacitor.

V. RESULTADOS EXPERIMENTAIS

A razão cíclica do circuito oscilador:

Tabela 3: Componentes do Conversor

TABELA III. COMPONENTES UTILIZADOS NO CONVERSOR.


Componente Especificação
Indutor L1 Indutância: 500mH
Número de espiras: 30
Fio condutor: 2 x 23 AWG
Figura 12. Razão Cíclica do Oscilador. Núcleo: EE-30/15
Observa-se que o Duty Circle é de 50.3%, ou seja, a razão Transistores S1 IRF1405
cíclica do sinal oscilador é de 0.5. (55V/169A)
Diodos D1 BYV95
(200V/60A) O circuito possui um dissipador juntamente com a
Capacitor C1 331F/230V chave S1(MOSFET) por sua dissipação em energia térmica,
Circuito de comando 555 e por fim, não vir a danificar o componente.
VI. CONCLUSÃO
1. Semicondutor Neste artigo analisou-se o comportamento do conversor
O semicondutor dimensionado para o circuito, foi o Boost. Os componentes do conversor foram projetados para
IRF1405, onde possui as seguintes características: possuir baixos valores de resistência, minimizando assim as
perdas e maximizando a sua eficiência. As resistências do
𝑅𝑑𝑠𝑜𝑛 = 5.3𝑚Ω
indutor, da chave, diodo e capacitor afetam o funcionamento
𝑉(𝐵𝑅)𝑑𝑠𝑠 = 55𝑉 do conversor, ainda mais quando opera em valores de razoes
cíclicas mais elevados.
𝐼𝐷 = 169𝐴
Basicamente o conversor é formado por semicondutores
2. Rendimento de potência operando como interruptores, e por elementos
passivos (indutores e capacitores). Do ponto de vista teórico
Como a razão cíclica do conversor é 0.5, ou seja, tempo alto
os elementos passivos não dissipam potência, e os
é igual ao tempo baixo, pode-se obter as perdas com o auxílio
das equações (11,12,13 e 14). Na chave S1: interruptores sendo ideais apresentam corrente nula quando
aberto e tensão nula quando em condução, como pode-se
𝑃𝑐𝑜𝑛 = 5.3𝑚 ∗ 22 = 0.0212𝑊 observar na figura 14 Mas em modelo estático, o conversor
50000 o conversor possui perdas em seus semicondutores de
𝑃𝑐𝑜𝑛𝑑 = ∗ (10𝑢 + 10𝑢) ∗ 2 ∗ 20 = 2𝑊 potência como forma de energia térmica, em bora, o
2 conversor apresentou rendimento aceitável durante o
𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0.0212𝑊 + 1.2𝑊 = 2.0212𝑊 ensaio.
No Diodo D1: A variação de tensão na saída, avaliada como média,
implicante com a capacitância infinita, onde resulta em
𝑃𝑐𝑜𝑛𝑠 = 0.8 ∗ 2 ∗ 8𝑒 −3 ∗ 22 = 516𝑚𝑊 ripple na tensão de saída do conversor, a grosso modo, o
Diante, tem-se a as perdas totais no circuito: conversor pode a vir a não ter funcionalidade em casos onde
o sistema requer um sinal de tensão de saída com menos
𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 = 𝑃𝑐𝑜𝑛 + 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑑 + 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑠 = 2.5372𝑊 ripple comparado ao conversor Boost projetado.
Portanto, tem-se que:
REFERÊNCIAS
𝑃𝑜𝑢𝑡 40 [1] HART, DANIEL W. “Eletrônica de Potência: análise e projetos de
𝑛= = = 94.03% circuitos”. Editado pela AMGH Editora Ltda. Porto Alegre. 2012.C. A.
𝑃𝑜𝑢𝑡 + 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 40 + 2.5372
Canesin, I. Barbi, “A unity power factor multiple isolated outputs
switching mode power supply using a single switch”, Sixth Annual
Circuito estático do Conversor Boost: Applied Power Electronics Conference and Exposition, pp. 430 – 436,
1991.
[2] IVO BARBA, DENIZAR “Eletrônica de Potência: Conversores CC-CC
Básicos Não Isolados”, 2. Ed. Rev. – Florianópolis – Ed. Dos Autores,
2006 – UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina pp. 67 – 70.

Figura 18. Circuito do Conversor.

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