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FORMAÇÃO DOCENTE:
OS DESAFIOS DO TRABALHO E DA
PROFISSIONALIZAÇÃO
1ª Edição
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-495-0244-5
APRESENTAÇÃO
Autores
Renata Machado de Assis
Daisy de Araújo Vilela
Maria de Lourdes Faria dos Santos Paniago
01. capítulo
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO PIBID: LIMITES E CONTRIBUIÇÕES DA CONFORMAÇÃO
Autores
Josiane Lopes Medeiros
Luciene Lima de Assis Pires
02. capítulo
PARCERIA UNIVERSIDADE E ESCOLA: O ENSINO DE MATEMÁTICA, UM CASO
Autores
Adriana Aparecida Molina Gomes
Rafael Siqueira Silva
Fernanda Leão de Souza Meira
Valéria Alves Ribeiro de Lima
03. capítulo
PROFESSOR COMO LEITOR DO TEXTO DO ALUNO: CONSTRUÇÃO DIALOGADA
Autores
Vânia Carmem Lima
Flomar Ambrosina Oliveira Chagas
Andreane Miyahara Neves
04. capítulo
REFLEXÕES DA SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFESSORES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
Daisy de Araújo Vilela
Ana Lúcia Rezende Souza
05. capítulo
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: MODOS DE UTILIZAÇÃO
E POTENCIAL PARA A APRENDIZAGEM ESCOLAR
Autores
Rosemara Perpetua Lopes
Eloi Feitosa
06. capítulo
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: LIMITES E CONTRADIÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO DA MODALIDADE
Autores
Andrea Cristina Versuti
Paula Eliane Costa Rocha
Patrícia Moraes Veado
07. capítulo
TRABALHO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
Autores
Dinara Pereira Lemos Paulino da Costa
Ivone Garcia Barbosa
08. capítulo
A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO DE ESTUDO DOS ACADÊMICOS DOS CURSOS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA
Autores
Renata Machado de Assis
Juanuz Martins
09. capítulo
A AÇÃO INTERDISCIPLINAR NO ENSINO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS, DOS
LIMITES ÀS POSSIBILIDADES
Autor
Vanderlei Balbino da Costa
CAPÍTULO 1
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO PIBID:
LIMITES E CONTRIBUIÇÕES DA COFORMAÇÃO
1. Pedagoga no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus Rio Verde.
E-mail: jozymedeiros@gmail.com.br
Introdução
3. Coformação é aqui entendida como a formação desenvolvida pelos professores supervisores da escola básica, em
atendimento a um dos objetivos do Pibid que é o de torná-los protagonistas no processo de formação inicial para o
magistério. Para maiores informações ver: http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid/pibid. Acesso em: 05
de mar. de 2016.
4. Para maiores informações ver: Dermeval Saviani (2010): Sistema Nacional de Educação articulado ao Plano
Nacional de Educação. Revista Brasileira de Educação.
5. Segundo Barreto (2013), o conceito de competência é controverso e polissêmico, e quando transposto para o
currículo se alia a lógica do saber fazer, visão utilitarista do currículo, de caráter instrumentalizador do ensino voltado
ao interesse do mundo empresarial.
6. PAR é o conjunto articulado de ações, apoiado técnica ou financeiramente pelo Ministério da Educação, que visa o
comprimento das metas do Compromisso e a observância das suas diretrizes.
8. Conforme Resolução CNE/CP 02/2002, o estágio curricular supervisionado terá duração de 400h, sendo iniciado na
segunda metade do curso. Para mais informações consultar: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CP022002.pdf.
Acesso em: 12 de ago. de 2015.
9, 10. Esse relatório foi encomendado pelo MEC/CNE, após a instituição do Parfor pelo MEC em 24 de abril de 2007,
para atender a carência de professores sem licenciatura na educação básica. Em 2009 o Parfor passou a atender em
caráter emergencial o disposto no Decreto 6.755/2009 que determina a criação pela Capes de cursos de licenciatura
ou programas especiais dirigidos aos docentes em exercício há pelo menos três anos na rede pública, e habilitar os
profissionais sem licenciatura na área que atuam.
11. Professor da licenciatura que coordena o subprojeto do Pibid desenvolvidos nas escolas de educação básica. Para
maiores informações ver: < http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid>. Acesso em: 12 de jan. de 2016.
12. Para maiores informações consultar Portaria Capes 096/2013 em: <https://ão.rtografia de todas as palavras:
coformador, coformaçuniversidade.www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/Portaria_096_18jul13_
AprovaRegulamentoPIBID.pdf>. Acesso em 20 de jan. de 2016.
13. O Relatório de Atividades é um Relatório que as instituições participantes do Pibid devem enviar à Capes todos os
anos, relatando os dados do projeto e seus participantes, atividades desenvolvidas e resultados alcançados, descrição
da produção educacional gerada, impactos das ações do projeto na formação de professores, contribuições para as
licenciaturas, e dificuldades encontradas e justificativas de atividades previstas e não realizadas.
% de
% de
contribuição contribuição
Atividades para o
para
formativas
o professor professor
no Pibid
supervisor do supervisor do
IF Goiano
IFG
Participação em
80% 100%
eventos
Elaboração
de materiais 70% 100%
didáticos
Leituras 80% 0%
Inserção na
30% 0%
pesquisa
Trabalhar em
80% 100%
equipe
Participar
de grupo de 60% 100%
estudo
Uso de novas
50% 0%
tecnologias
Os desafios versam sobre como “[...] criar métodos diferentes de ensino que
consigam tornar mais prático e simples a forma de explicar um conteúdo
para facilitar a aprendizagem” (PSIF4), “Despertar o interesse pela docência
após o término da graduação” (PSIF5), e “[...] contribuir para o aumento do
Ideb da escola” (PSIF9).
Quando perguntados sobre sua percepção de docência no início da carreira,
pensavam que ser professor era “[...] transmitir conhecimento” (PSIF2), “[...]
possibilidade de formar pessoas” (PSIF6), “[...] pensava que os alunos tives-
sem mais respeito pelos professores” (PSIF8), que os alunos vinham com
mais educação de casa (PSIF9), além de saber ensinar, deveria saber con-
viver, respeitar o próximo, saber viver e, além de tudo seria aprender com o
aluno (PSIF10), a docência em minha percepção era a maneira que teria para
mudar o mundo, pois com as minhas pequenas atitudes eu conseguiria ir
mudando o modo de pensar das pessoas de forma rápidas (PSIFG1) e:
Considerações finais
Referências
BARRETO, Elba de Sá. Políticas de currículo e políticas docentes para a
educação básica. In: CALDERÓN, Adolfo Ignácio et al. (Org.). Políticas e
gestão da educação: desafios em tempos de mudanças. Campinas, SP:
Autores Associados, p. 217-242, 2013.
1. Uma versão preliminar deste texto foi publicada no evento do IV Seminário de Escritas e Leituras em
Educação Matemática (IV SELEM), em Natal-RN, em maio de 2016. Disponível em: <selem4.imd.ufrn.br/public/
conferences/1/2/14_Gomes_Silva_Souza.pdf>.
Linha,
ponto, ponto.
3. Oficinas
6. Intitulamos a oficina Cenário Mático, porque entendemos, tal como Skovsmose (2000, p. 6), que cenário é aquele
ambiente “que convida os alunos a procurarem explicações” para determinadas questões, fatos ou situações. Assim,
quando os alunos assumem e se arriscam no processo de exploração e explicação, esse cenário passa a “constituir um
novo ambiente de aprendizagem”. Além disso, o Mático refere-se ao final da palavra matemática, ou seja, juntamos a
nossa compreensão de cenário com a matemática.
7. Essa oficina foi intitulada de “Trilha dos números inteiros” e foi desenvolvida e aplicada pela primeira vez em 2014,
em turmas do 7.º ano do ensino fundamental. Na primeira aplicação ocorreram problemas. Porém, em 2015, ela foi
repensada, reelaborada e reaplicada à mesma turma e, dessa vez, com sucesso.
4. Cenário Mático
Essa oficina foi desenvolvida e aplicada em turmas de 6.ºs anos nos períodos
matutino e vespertino da escola parceira. Inicialmente verificamos que os
alunos tinham dificuldades para interpretar textos matemáticos relaciona-
dos aos números naturais e às operações básicas. Assim, a oficina Cenário
Mático deu ênfase na formulação e na resolução de problemas.
Entendemos, como Onuchic e Allevato (2005), que a resolução de problemas
deve ser feita de modo colaborativo, em que professor e aluno se engajem e
trabalhem em conjunto, a fim de obter um aprendizado significativo, ou seja,
é a partir do problema que vai se construindo o conhecimento matemático
escolarizado. Mas, para isso acontecer, o aluno precisa pensar, testar, formular
e reformular suas hipóteses, raciocinar, escrever e reescrever suas justificativas
e resultados, buscar meios para conseguir resolver os problemas.
Desse modo, pensamos que a formulação e a resolução de problemas na
sala de aula poderiam ser uma estratégia para ensinar e aprender a ler e a
interpretar textos envolvendo o conceito de números naturais e as opera-
ções básicas. Para nós, como para Fonseca (2000, p. 13), problema pode ser
compreendido “de vários modos: desde a ‘adivinha’, que pode ser resolvida
rapidamente, à situação problemática que poderá dar origem a um projecto
Lester (1980, p. 287 apud ERNEST, 1998, p. 29) observa que o foco de inqui-
rição é o problema, pois é ele que convida os sujeitos “a realizar uma tare-
fa para a qual não há um algoritmo imediatamente acessível que determine
completamente o método de solução...”, isto é, o problema e a investigação
estão relacionados com o processo de inquirição, com a atitude de questionar.
Acrescentamos que se pressupõe “um desejo por parte do indivíduo ou do
8. O problema “Patos e Cachorros”, desafio 9, foi extraído do site “Só Matemática”. Disponível em: http://www.
somatematica.com.br/desafios/desafio9.php. Acesso em: 20 mar. 2015.
O grupo 2 sabia que o total de patas era de 54 e que no sítio havia 21 ani-
mais ao todo, como observado no problema9.
Assim, primeiramente, o grupo pegou o total de pés (54) e o dividiu por 2 –
que seriam os tipos de animais do sítio –, o que resultou em 27 animais. Mas
esse resultado só estaria correto se os animais tivessem a mesma quantida-
de de patas, o que não é verdade. Em seguida, o grupo calculou a diferença
entre a quantidade de animais e o total obtido (27), ou seja, os alunos ti-
raram 21 de 27. O resultado encontrado revelou 6 patos inicialmente, como
pode ser observado no registro do grupo – Figura 2. Apesar de o grupo 2
ter operado aritmeticamente de modo correto, ele se confundiu no momen-
to de registrar por escrito sua conclusão e acabou por trocar os animais e
9. “Num sítio existem 21 bichos, entre patos e cachorros. Sendo 54 o total de pés desses bichos, calcule a diferença
entre o número de patos e o número de cachorros”.
Essa sequência de perguntas visava auxiliar cada grupo a pensar nas ideias e
nas estratégias de formulação do problema matemático.
Com a escolha das imagens, orientamos os alunos a elaborar o problema e
sua respectiva resposta, que deveriam ser apresentados num cartaz e ex-
postos para a turma apreciar e discutir. As folhas contendo as imagens fo-
ram intituladas de “cenário” e foram a base para a formulação do problema
matemático.
Percebemos, nessa atividade, que os alunos se sentiram livres para criar seus
problemas e buscaram interagir e discutir entre si durante sua elaboração.
Houve participação ativa de todos, pois eles se sentiram autores – autores
de seus problemas matemáticos.
Silver (1998, p. 141) compreende a formulação de problemas como a “cria-
ção de novos problemas”, e a reformulação como uma (re)criação do proble-
ma dado, visto que “o indivíduo transforma o enunciado de um determinado
problema numa nova versão que se torna foco da resolução” (p. 141), ou
seja, o aluno relaciona-se com seu problema e reformula-o por meio da ela-
boração de um novo plano. Nessa perspectiva, distribuímos 15 cenários de
situações diversas, em imagens coloridas, em folha de A4, plastificados, tal
como pode ser visto na Figura 3:
5. Arrematando
Referências
BEZERRA, F. T. C.; ARAÚJO, L. M.; BORGES, P. de F. Monitoria para o
ensino e contextualização da matemática para os cursos de agronomia,
Resumo: este artigo cujo tema é “o professor como leitor do texto do aluno:
construção dialogada” é resultado de um minicurso oferecido a professores
e a graduandos por ocasião da realização do 2º Encontro de Licenciatura e
2º Encontro do Pibid do Sudoeste Goiano, e teve como objetivos potencia-
lizar a leitura dos professores para a leitura dos textos dos alunos de modo
a elevar o grau de letramento destes, além de resgatar o lugar da biblioteca
como instância agenciadora nessa prática de leitura. Tomaram-se ainda ou-
tros gêneros para leituras possíveis a fim de que se perceba a(s) leitura(s),
como gestos, movimentos, considerando-se o sujeito leitor um ser situado
e construído historicamente e, por isso, detentor de saberes que não podem
ser ignorados, no processamento da leitura. Nesse diálogo entre práticas e
praticantes do fazer pedagógico, puderam-se tecer, a muitas mãos, possibi-
lidades outras para o trabalho de recepção e produção textual, sempre fun-
dadas na relação de alteridade, em que o dizer do locutor está voltado para o
Considerações iniciais
O que torna a vida da escola parecida com a vida de uma cidadezinha qual-
quer, como a poetizada por Andrade (2013) é a mesmice das coisas, a se-
melhança está na monotonia rotineira, na incapacidade da auto reflexão, no
olhar disciplinado com que se olha os sujeitos, o texto, a linguagem ali ma-
terializada, as práticas de sala de aula. Ah, Andrade, pode-se dizer: “Eta vida
besta, meu Deus”. Mas também se pode dizer com Cecília Meireles (1972),
Eta vida, vida esta que só é possível reinventada. E é nessa reinvenção da
1. Fundamentação teórica
Já dizia Possenti (2009, p.91): “a escola deveria praticar, não exercitar. A di-
ferença poderia ser resumida assim: tudo o que se faz na escola e que seve
só para ela deveria ser eliminada. Suponho que isso deveria ser claro”.
É, pois, essa a perspectiva que deve orientar o trabalho escolar. A escola
como principal agenciadora do letramento dos sujeitos tem o compromisso
de cumprir esta sua função, já que vivemos numa sociedade letrada em que
o acesso ao conhecimento científico, à cultura, permite que o sujeito não
apenas compreenda o mundo no qual vive, mas se perceba nele para, a par-
tir daí, possa se mover buscando construir novos horizontes, novos mundos
menos excludentes e mais humanos.
Nesse sentido, a escola é a instituição responsável, diríamos sem medo de
arriscar, pela sua superação. Ou seja, os que à escola chegam e nela perma-
necem, por um longo tempo, devem deixá-la com conhecimentos capazes
de sua vivência fora dela. Afinal, a escola não é um pólo isolado, um apêndice
da sociedade; na escola convivem os embates sociais e, assim, a necessidade
de que na escola se discuta aquilo que se discute fora dela; a necessidade de
Assim, Eco (1994) nos leva a refletir sobre qual seria a efetiva função da bi-
blioteca. Para ele, a concepção de biblioteca é a de um recinto criativo. E nos
dizeres de Guimarães Rosa, passar por ela é uma experiência de conflito, se
não houver conflito, é provável que não haja criação. Além disso, Eco propõe
que a biblioteca deva ser convidativa, de acesso fácil e aberta a toda comu-
nidade e que os leitores e as leitoras possam ter acesso direto às estantes.
Chartier (2010) também escreve sobre a importância de alunos e de alunas
conviverem com livros dentro e fora da escola. Daí, ser fundamental que es-
tudantes encontrem livros na biblioteca, visto que poucas vezes encontram-
nos nas suas próprias casas, por razões culturais e/ou econômicas. Dessa
forma, é essencial que a escola contribua para a presença do livro além dos
muros que a circunscrevem, lugar de onde se pode ler a escola e o mundo.
No limiar do século XXI, segundo Chagas (2010), ainda há diversas restrições
ao livro, à biblioteca, que herdou teorias positivistas, aprimoradas técnicas
americanas, mas não herdou a infraestrutura, como se pode ver a realidade,
principalmente, das bibliotecas escolares. A expectativa é de alterar suas
funções diante das mudanças que perpassam a sociedade contemporânea,
Referências
ANDRADE, Carlos Drummond de. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro:
Record, 1979.
______. Língua, texto e ensino: uma escola possível. São Paulo: Pará-
bola Editorial, 2009.
COSTA, José Zilmar Alves da. Alternância dos sujeitos da notícia e produ-
ção de sentidos no discurso jornalístico com aspas. In: OLIVEIRA, Maria
Bernadete F. de; ALVES, Maria da Penha Casado; Silva, Marluce Pereira
de (Orgs.). Linguagem e práticas sociais: ensaios e pesquisas. Natal, RN:
EDUFRN – Editora da UFRN, 2008.
CUNHA, Dóris de Arruda C. da. Dialogismo: materialidade discursiva e
recepção. In: OLIVEIRA, Maria Bernadete F .de; ALVES, Maria da Penha
Casado; SILVA, Marluce Pereira de (Orgs.). Linguagem e práticas sociais:
ensaios e pesquisas. Natal, RN: EDUFRN – Editora da UFRN, 2008.
Resumo: a síndrome de Burnout surge como uma resposta crônica aos es-
tressores interpessoais ocorridos nas situações de trabalho e acomete os
profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pes-
soas. Neste relato de experiência o objetivo foi de apresentar os aspectos do
conhecimento científico referente à síndrome de Burnout, aos participantes
em minicurso realizado em evento regional da área de educação. Os parti-
cipantes eram professores da educação básica, do ensino superior e acadê-
micos. Foi estruturada em dois encontros de duas horas, durante dois dias,
com aulas expositivas enfocando a caracterização da síndrome de Burnout,
a identificação dos principais fatores de risco e a apresentação de estraté-
gias de enfrentamento como proposta para a prevenção. A iniciativa possi-
bilitou debater e refletir sobre a síndrome de Burnout no meio educacional,
principalmente no tocante aos estressores que os docentes estão expostos,
por meio de uma “roda de conversa”. Expectativas em relação ao trabalho e
profissão docente promoveram reflexões sobre as possibilidades e limites da
Considerações finais
Referências
ABREU, K. L. et al. Estresse ocupacional e Síndrome de Burnout no exer-
cício profissional da psicologia. Brasília: UNISINOS, Centro de Ciências
1. Docente do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Goiás, UFG, Regional Jataí, GO.
E-mail: rosemaralopes@ufg.br.
2. Docente do Departamento de Física da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, UNESP, Campus
de São José do Rio Preto, SP. E-mail: eloi@ibilce.unesp.br.
Introdução
1. Fundamentação teórica
Concebida por Abar e Barbosa como técnica que permite criar ambientes
de aprendizagem pelo uso da Internet, a WebQuest é uma metodologia que
agrega variadas tecnologias e se fundamenta na ideia de que os “usos ade-
quados de novas tecnologias da informação e comunicação (NTIC’s) depen-
dem sobretudo da autoria docente” (2008, p. 6).
Popularizada na década de 1990 (Baranauskas et al., 1999), a Internet pas-
Considerações finais
Lopes, R. P.; Feitosa, E.; Taino, D. V. M. Material didático para ensinar Ma-
temática com tecnologias nos primeiros anos escolares. Encontro Paulis-
ta de Educação Matemática, 11, 2012, São José do Rio Preto. Anais... São
José do Rio Preto, SP: SBEM, 2012.
São Paulo. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Física. São Paulo:
SEE, 2008. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/
Portals/18/arquivos/Prop_FIS_COMP_red _md_20_03.pdf>. Acesso:
18 fev. 2017.
Introdução
Este trabalho constitui-se uma pesquisa qualitativa que toma como ponto
de partida o contexto social do século XXI e as suas influências no campo
educacional, sobretudo ao que se refere à expansão da presença das TIC na
educação e consequentemente a implantação da modalidade EAD.
O estudo se mostra relevante, uma vez que a EAD sofre um claro processo
de expansão, como veremos com os dados do CENSO EAD.BR de 2009 a
2013/14 e da Secretaria de Educação à Distância e Polos de Apoio Presencial
(SIEAD), bem como nas pesquisas sobre a modalidade. Porém é inegável que
a EAD ainda tem sido alvo de preconceito.
Quando falamos em Educação logo vem à memória a imagem de uma es-
4. TIC e TDIC são terminologias sobre a tecnologia. O primeiro compõe um conjunto amplo e diversificado já as TDICs
são marcadas pela presença das tecnologias digitais de informática e rede de trocas de dados (AFONSO, 2002).
5. Cumpre destacar que ao longo desta pesquisa, os termos TDIC e “tecnologias” são empregados alternadamente,
entretanto seu significado não se altera.
6. Capitalismo é “Denominação do modo de produção em que o capital, sob suas diferentes formas, é o principal
meio de produção. O capital pode tomar a forma de dinheiro ou de crédito para a compra da força de trabalho e dos
materiais necessários à produção, a forma de maquinaria física (capital em sentido estrito), ou, finalmente, a forma de
estoques de bens acabados ou de trabalho em processo. Qualquer que seja a sua forma, é a propriedade privada do
capital nas mãos de uma classe, a classe dos capitalistas, com a exclusão do restante da população, que constitui a
característica básica do capitalismo como modo de produção (BOTTOMORE,1988 p. 90)”.
7. A definição de sociedade contemporânea de acordo com Marx é diferente da descrita por Castells (2003).
8. Segundo Miranda (2007) Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) refere-se à conjugação da tecnologia
computacional ou informática com a tecnologia das telecomunicações e tem na Internet e mais particularmente na
Worl Wide Web (WWW) a sua mais forte expressão. Ou seja, são os procedimentos, métodos e equipamentos para
processar informação e comunicar.
Conceituando EAD
9. A escolha em especifico pelo tema profissionalização deve – se ao fato de que trabalho são resultados parciais
de uma pesquisa de mestrado em andamento, no qual se tem como objetivo analisar as limitações, contradições da
profissionalização do docente para atuar na EAD nos cursos de licenciatura da UFG/REJ.
2. A profissionalização na EAD
14. A Lei do Piso salarial profissional nacional – Lei n° 11.738, instituiu o piso salarial profissional nacional para os
profissionais do magistério público da educação básica. O valor deste é de R$ R$ 2.135,64.
15. De acordo com Nóvoa (1999), o mercado da formação surge juntamente com a tendência à mercantilização e
provoca um empobrecimento dos programas e práticas de formação docente. Mercado de formação é um fator que
contribui para diminuição das possibilidades de construção de propostas de formação continuada pelos professores, a
partir das reais necessidades de enfrentamento dos problemas presentes na Educação Básica.
Considerações finais
Referências
ABED. Associação Brasileira de Educação a Distância. Censo EaD.BR
2013: Relatório Analítico da Aprendizagem a Distância no Brasil 2014.
Curitiba: Ibpex, 2014. Disponível em: < http://www.abed.org.br/censo-
ead2013/CENSO_EAD_2013_PORTUGUES.pdf> Acesso em: 26 mai.
2015.
AFONSO, Carlos. A. Internet no Brasil – alguns dos desafios a enfrentar.
Informática Pública, v.4, n. 2, p. 169-184, 2002.
GUAREZI, Rita de. Cássia Menegaz; MATOS, Márcia Maria de. A educa-
ção a distância sem segredos. Curitiba: Ibpex, 2009.
Introdução
1. O trabalho docente
Para o autor, o homem se faz no seu trabalho, sendo este a essência da vida
humana. O homem atua na natureza e retira dela o que necessita para sua
sobrevivência e, ao mesmo tempo, de forma dialética, é influenciado por
ela. Marx afirma que o homem é um ser histórico e social, sendo o traba-
lho a forma histórica da atividade humana. No trabalho, a atividade huma-
na planejada e consciente opera uma transformação objetivando um fim
determinado. Marx (2012) concebe o ser humano como um ser genérico,
cuja atividade deve ser livre e consciente. Desta ótica, o homem se constitui
enquanto um indivíduo particular e, ao mesmo tempo, a síntese de toda a
humanidade, pois leva em si seu conhecimento acumulado. Desta forma,
pode-se afirmar que o indivíduo se constitui com base em sua relação com
outros e com a natureza.
O trabalho assim compreendido tem a potencialidade de libertar o homem,
pois nele este se realiza como indivíduo e imprime em sua ação uma vontade
conscientemente guiada para uma transformação, um objetivo. Sente-se útil
Muitas foram as conquistas na luta por uma educação voltada para o de-
senvolvimento e as aprendizagens das crianças, em um ambiente intencio-
nalmente organizado para este fim. Assim como se buscou a formação mí-
nima das professoras pelo magistério para a realização do trabalho docente
com os pequenos.
Considerações finais
Referências
ALVES, N. N. de L. Elementos mediadores e significados da docência em
educação infantil na rede Municipal de Ensino de Goiânia. 200f. Disser-
tação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação da Universida-
de Federal de Goiás, UFG, Goiânia-GO, 2002.
1. Docente dos cursos de Educação Física da UFG/Regional Jataí e do Programa de Pós-Graduação em Educação/UFG/
Regional Jataí; doutora em Educação pelo PPGE/UFG. E-mail: renatafef@hotmail.com
Introdução
3. Essa perspectiva do profissional crítico e reflexivo é defendida por Donald Schön, que, segundo Pimenta (2006a), propõe
uma formação profissional baseada numa epistemologia da prática, ou seja, na valorização da prática profissional como
momento de construção de conhecimento, por meio da reflexão, análise e problematização dela, e o reconhecimento do
conhecimento tácito, presente nas soluções que os profissionais encontram em ato.
232 sumário |> OS DESAFIOS DO TRABALHO E DA PROFISSIONALIZAÇÃO
sibilitará que sua metodologia vá além dos livros didáticos, que se torne mais
produtiva e chamativa, contribuindo assim para uma aproximação da teoria
com a prática, abrangendo todos os conhecimentos, de um modo geral, desper-
tando no indivíduo a análise das suas ações perante seu público-alvo.
A formação do professor ocorre durante toda sua vida, constitui-se a partir da
formação pessoal, formação inicial, formação continuada e experiências profis-
sionais, que são de grande relevância para o processo de formação e de atuação
do professor em âmbito geral. É necessário levar em consideração a história de
vida de cada profissional, e a relação entre as experiências pessoais, acadêmicas e
profissionais, tanto na formação inicial quanto na continuada, pois é por meio de-
las que se direcionam as demais competências sobre o saber agir e o saber ensinar
diante das dificuldades encontradas durante o processo de formação e profissio-
nalização. Em primeiro lugar, uma boa parte do que os professores sabem sobre o
ensino, sobre os papéis do professor e sobre como ensinar provém de sua própria
história de vida, e, sobretudo, de seu percurso de vida escolar (TARDIF, 2002).
A sobrecarga de atividades, os baixos salários e o não reconhecimento do seu
ofício fazem com que essa classe de trabalhadores se desanime e não dê ao seu
trabalho um bom direcionamento. É necessário que a educação seja reconstruí-
da, constituindo um bom alicerce, e que os professores sejam reconhecidos e se
tornem profissionais reflexivos. Seria necessária uma diminuição na carga horária
de trabalho e salários dignos, dentre outros fatores, para que houvesse tempo e
condições necessárias para a reflexão dessa prática, bem como para o desenvol-
vimento de pesquisa sobre sua prática, e não só do ensino, de forma desvinculada.
Pode-se considerar que o ingresso na universidade é o primeiro contato para
uma formação crítica e reflexiva, designada como uma instituição transmissora
do saber consagrado, além de ser um ambiente formativo que propicia o ques-
4. A obrigatoriedade legal do estágio e o cumprimento de sua respectiva carga horária nos cursos bacharelado e de
formação de professores se deu a partir da regulamentação do Conselho Nacional de Educação, Resolução CNE/CES n.
7/2004, no caso do bacharelado; e da regulamentação do Conselho Nacional de Educação, por meio das Resoluções CNE n.
1/2002 e 2/2002, no caso da licenciatura.
5. “Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o
trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de
educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos” (BRASIL, 2008, cap. I, art. 1º, p. 1).
6. Segundo Ferreira (1995, p. 155) o termo autonomia é a “faculdade de se governar por si mesmo. Direito ou faculdade que
tem uma nação de se reger por leis próprias”. Ao nos referirmos à autonomia do acadêmico de um curso superior, queremos
elucidar que esta autonomia dá ao educando uma independència de agir e organizar perante aos seus estudos de acordo
com seus objetivos traçados, havendo assim uma maior liberdade para suas ações, porém uma maior responsabilidade com
a sua formação.
238 sumário |> OS DESAFIOS DO TRABALHO E DA PROFISSIONALIZAÇÃO
quentemente, a prática de estudar, muitas vezes por não gostarem e até mes-
mo por não se sentirem motivados. No entender dos autores, é de extrema
importância, para o acadêmico, saber ler, interpretar e entender os textos a eles
direcionados, para atingir uma aprendizagem eficaz durante e após a realização
do curso, além de adquirir uma experiência muito importante para sua vida
profissional, sabendo localizar e aproveitar o constante fluxo de conhecimento
ao qual se tem acesso.
Portanto, faz-se necessário que o educando, principalmente o de nível superior,
saiba fazer essa análise crítica, abrangendo diversos saberes. Para isso é neces-
sário que se tenha como hábito a leitura, pois, além de abrir o horizonte para
grandes conhecimentos, poderá lhe proporcionar novos saberes e influenciar
em sua formação e em seu desempenho profissional.
Enfim, pode-se afirmar que a reorganização do tempo, em prol de maiores be-
nefícios na universidade é requisito essencial à boa formação dos acadêmicos.
Dedicar-se ao seu curso é tarefa primeira dos alunos que pretendem se formar
da melhor forma possível. Essa etapa de formação universitária exige do aluno
uma série de responsabilidades e dedicação.
No que se refere ao tempo7 de organização dos estudos, este é um fator im-
portante, pois é por meio dessas horas que se pode compreender, analisar e
explorar os saberes adquiridos, uma vez que trabalhar remete a aprender a tra-
balhar, ou seja, a dominar progressivamente os saberes necessários à realização
do conhecimento (TARDIF, 2002).
Para Kurz (2007), o tempo não apenas transcorre de modo distinto, além disso,
existem formas inteiramente diversas de tempo, que transcorrem paralelamente,
7. Conforme Ferreira (1995), a palavra tempo é um substantivo masculino que tem vários sentidos, sendo eles: a sucessão
dos anos, dos dias, das horas, etc., que envolve, para o homem, a noção de presente, passado e futuro; momento ou ocasião
apropriada, disponível para que uma coisa se realize em suas atividades diárias. É justamente esse tempo que abordamos
nesta pesquisa, ou seja, o tempo disponível para a realização das atividades diárias relacionadas aos estudos universitários.
9. Vale ressaltar que essa justificativa foi de um sujeito do primeiro período de bacharelado, portanto, talvez ele tenha
apresentado essa justificativa por estar ingressando recentemente na universidade, e por não ter percebido, ainda, toda a
exigência do curso e da instituição de um modo geral.
250 sumário |> OS DESAFIOS DO TRABALHO E DA PROFISSIONALIZAÇÃO
percebido mudança, pois no início do curso levavam os estudos na brincadeira.
Na terceira categoria, a relação entre o tempo disponível e a participação dos
acadêmicos em atividades de pesquisa e extensão, analisou-se como é a parti-
cipação dos alunos dos cursos de Educação Física no que diz respeito à sua in-
serção em projetos de pesquisa e/ou extensão durante a formação universitária,
bem como as dificuldades que eles encontram em desenvolver suas atividades
acadêmicas conciliadas ao trabalho.
Constatou-se que existe uma pequena participação, por parte dos acadêmicos,
em projetos de pesquisa e extensão, quando se considera o número de sujeitos
analisados. Do total de 126 sujeitos, apenas 21 acadêmicos participam de pro-
jetos de extensão e outros 12 participam dos projetos de pesquisa. Além destes,
8 participam dos dois tipos de projetos (pesquisa e extensão).
A extensão universitária constitui-se em importante elemento de ligação entre
a instituição de ensino superior e a sociedade em que se insere, pois estabelece
uma ponte entre ambas e contribui com os saberes sistematizados, acadêmicos
e com o chamado senso comum, interferindo no conhecimento resultante des-
ses enfrentamentos. No entender de Trindade, Lima e Vicente (2007), a exten-
são é capaz de articular ensino e pesquisa de forma a viabilizar a possibilidade
de transformação nas relações entre universidade e sociedade, pois constitui-se
em construção de aprendizado, na prática, que se submete à reflexão teórica,
estabelecendo uma via de mão dupla.
A universidade, portanto, se constitui como um transmissor de conhecimento
e ao mesmo tempo um receptor, que “trará como consequência, a produção do
conhecimento resultante do confronto com as questões propostas pelas reali-
dades brasileira e regional” (TRINDADE; LIMA; VICENTE, 2007, p. 69). É muito
difícil desvincular a extensão e a pesquisa, pois ambas devem caminhar juntas
Referências
BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de ensino
aprendizagem. 13 ed. Petrópolis: Vozes, 1993.
CARELLI, Maria José Guimarães; SANTOS, Acácia Aparecida Angeli dos. Condi-
ções temporais e pessoais de estudo em universitários. Psicol. esc. educ. [online].
V.2, n.3, p.265-278, 1998. Disponível em: <http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1413-5571998000300006&lng=pt&nrm=i-
so>. ISSN 1413-8557. Acesso em: 10 mar. 2010.
CHAVES, Márcia; GAMBOA, Silvio Sanchez. Prática de ensino: formação
profissional e emancipação. Maceió: EDUFAL, 2000.
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 8 ed. Campinas, SP: Autores Associa-
dos, 2007.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia cientifica: guia para eficiência nos estudos.
6 ed. São Paulo: Atlas, 2006.
SALOMOM, Délcio Vieira. Como fazer monografia. 11º ed. – São Paulo:
Martins Fontes, 2004.
Notas introdutórias
2. Algumas discussões
Notas conclusivas
Referências
BOVO, Marcos Clair. Interdisciplinaridade e transversalidade como di-
mensões da ação pedagógica. Revista Urutágua, Maringá, n. 07, ago./set./
out./nov. s.d. Disponível em: <http://www.urutagua.uem.br/007/07bovo.
pdf>. Acesso em: 15 fev. 2017.
Juanuz Martins
Possui licenciatura em Educação Física pela Universidade Federal de Goi-
ás, Regional Jataí.