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Fonte: http://eletronicos.hsw.uol.com.br/visao-noturna.

htm
Acesso:20/04/2012

Óculos de visão noturna


A primeira coisa que você provavelmente pensa quando vê as palavras "visão noturna" é um
filme de espiões ou de ação que você tenha visto, no qual alguém coloca um par de óculos de visão
noturna para encontrar outra pessoa em um prédio escuro em uma noite sem luar. E você pode ter se
perguntado "isso realmente funciona de verdade, é possível enxergar no escuro?"
A resposta é sim, definitivamente. Com o equipamento de visão noturna apropriado, você pode
ver uma pessoa a mais de 180 metros de distância em uma noite nublada e sem luar. A visão noturna
pode funcionar de duas maneiras bem diferentes, dependendo da tecnologia utilizada.
• Otimização da imagem: funciona através da coletadas minúsculas porções de luz,
incluindo a porção inferior do espectro luminoso infravermelho que está presente, mas é
imperceptível para nossos olhos. Amplificando-a, podemos facilmente observar a imagem.
• Imagem térmica: esta tecnologia opera por meio da captura da porção superior do
espectro luminoso infravermelho, emitido na forma de calor pelos objetos e não
simplesmente refletido como luz. Objetos mais quentes, como corpos aquecidos, emitem
essa luz com mais intensidade do que árvores ou edifícios, por exemplo.

Foto cedida pela B.E. Meyers Company


Binóculos diurnos/noturnos de giros estabilizados fabricados por B.E. Meyers Company

Foto cedida pela B.E. Meyers Company


Este soldado está usando óculos de visão noturna DARK INVADER
Os princípios básicos:
Para entender a visão noturna, é importante compreender um pouco sobre a luz. A quantidade
de energia de uma onda luminosa está relacionada ao seu comprimento de onda (comprimentos de
onda mais curtos possuem maior energia). Na luz visível, o violeta possui mais energia e o
vermelho possui menos. Próximo do espectro da luz visível se encontra o espectro infravermelho.

A luz infravermelha constitui uma pequena parte do espectro luminoso e pode ser dividida em
três categorias:
• infravermelho próximo (IV próximo): mais próximo da luz visível, o IV próximo
possui comprimentos de onda que alcançam de 0,7 a 1,3 mícrons ou de 700 a 1.300
bilionésimos de metro;
• infravermelho médio (IV médio): o IV médio possui comprimentos de onda que vão
de 1,3 a 3 mícrons. Tanto o IV próximo quanto o IV médio são usados por uma variedade de
dispositivos eletrônicos, incluindo os controles remotos;
• infravermelho térmico (IV térmico): ocupando a maior parte do espectro
infravermelho, o IV térmico possui comprimentos de onda na faixa de 3 até mais de 30
mícrons.
A diferença fundamental entre o IV térmico e os outros dois é que o IV térmico é emitido por
um objeto em vez de ser refletido por ele. A luz infravermelha é emitida por um objeto devido ao
que acontece no nível atômico.
No átomo, um elétron que se move para um orbital de maior energia, pode ser que ele queira
voltar para o estado fundamental. Quando isso acontece, ele libera essa energia como um fóton, que
é uma partícula de luz. É possível ver átomos liberando energia em forma de fótons o tempo todo.
Por exemplo, quando a resistência de uma torradeira fica vermelha. Essa cor é causada por átomos
que, excitados pelo calor, liberam fótons vermelhos. Um elétron excitado possui mais energia do
que um elétron não-excitado e, assim que o elétron absorve uma quantidade de energia para atingir
o nível excitado, ele pode liberá-la para retornar ao estado fundamental. A energia emitida está na
forma de fótons (energia luminosa). O fóton emitido tem um comprimento de onda (cor) muito
específico, que depende do estado da energia do elétron quando o fóton é liberado.

Qualquer ser vivo usa energia, da mesma forma que muitas coisas inanimadas, como motores
e foguetes. O consumo de energia gera calor. O calor, por sua vez, faz com que os átomos de um
objeto liberem fótons no espectro infravermelho térmico. Quanto mais quente o objeto, menor o
comprimento de onda do fóton infravermelho que ele libera. Um objeto que esteja muito quente irá
começar a emitir fótons no espectro visível, com um brilho vermelho que muda para o laranja,
amarelo, azul e até mesmo branco. A geração de imagens térmicas aproveita essa emissão
infravermelha.

Geração de imagens térmicas


Aqui está como funciona a geração de imagens térmicas:
1. Uma lente especial focaliza a luz infravermelha emitida por todos os objetos no campo
de visão.
2. A luz focalizada é varrida por um conjunto de fase de elementos detectores de
infravermelho. Os elementos detectores criam um padrão de temperatura bastante detalhado
chamado termograma. Leva somente um trigésimo de segundo para o conjunto detector
obter a informação de temperatura para fazer o termograma. Essa informação é obtida a
partir de milhares de pontos diferentes no campo de visão do conjunto detector.
3. O termograma criado pelos elementos detectores é traduzido em impulsos elétricos.
4. Os impulsos são enviados para uma unidade de processamento do sinal, uma placa de
circuitos com um chip que traduz a informação dos elementos em dados para o mostrador.
5. A unidade de processamento do sinal envia a informação para o mostrador, onde
aparece em diversas cores dependendo da intensidade da emissão do infravermelho. A
combinação de todos os impulsos de todos os elementos cria a imagem.

Imagem cedida pela Infrared, Inc.


Os componentes básicos de um sistema de geração de imagens térmicas

Dispositivos de geração de imagens térmicas


A maioria dos dispositivos de geração de imagens térmicas faz uma varredura em uma
proporção de 30 vezes por segundo. Eles podem reconhecer temperaturas na faixa de -20 a 2000ºC
e podem detectar normalmente mudanças de temperatura de cerca de 0,2°C.
Há dois tipos comuns de dispositivos de geração de imagens térmicas:
• não-resfriado: é o tipo mais comum de dispositivo de geração de imagens térmicas. Os
elementos detectores de infravermelho localizam-se em uma unidade que opera à
temperatura ambiente. Esse tipo de sistema é completamente silencioso, ativado de imediato
e possui uma bateria embutida;
• resfriado criogenicamente: mais caro e mais suscetível a danos em
condições extremas de uso, esse sistema possui os elementos vedados no interior de um
recipiente refrigerado a menos de 0ºC. A vantagem desse sistema é a incrível resolução e
sensibilidade que resultam do resfriamento dos elementos. Os sistemas resfriados
criogenicamente podem "enxergar" uma diferença tão pequena quanto 0,1°C a mais de 300
metros de distância, o que é suficiente para informar se uma pessoa está segurando uma
arma.
Apesar da geração de imagens térmicas ser excelente para a detecção de pessoas ou para
trabalhar quase que na mais completa escuridão, a maioria dos equipamentos de visão noturna usa a
tecnologia de otimização da imagem.
Otimização da imagem
A tecnologia de otimização da imagem é a mais comum. Os sistemas de otimização da
imagem são chamados,normalmente, de dispositivos de visão noturna (NVD, em inglês). Os
NVDs baseiam-se em um tubo especial chamado de tubo intensificador de imagem para coletar e
amplificar a luz infravermelha e visível.

O tubo intensificador de imagem substitui fótons por elétrons e vice-versa

Aqui está como funciona a otimização de imagens:


1. Uma lente convencional, chamada de lente objetiva, captura a luz ambiente e um
pouco de luz infravermelha.
2. A luz recolhida é enviada para o tubo intensificador de imagem. Na maioria dos NVDs,
a alimentação de energia do tubo intensificador de imagem é feita através de duas baterias
N-Cell ou "AA". O tubo gera uma alta-voltagem de cerca de 5 mil volts para os
componentes do tubo de imagem.
3. O tubo intensificador de imagem possui um fotocátodo que é usado para converter os
fótons da energia luminosa em elétrons.
4. À medida que os elétrons passam pelo tubo, elétrons similares são liberados dos
átomos no tubo, multiplicando o número original de elétrons por milhares de vezes através
do uso de uma placa de microcanais (MCP, em inglês) no tubo. Uma MCP é um minúsculo
disco de vidro que possui milhões de furos microscópicos (microcanais), feitos usando
tecnologia de fibra óptica. A MCP localiza-se em um vácuo e possui eletrodos metálicos de
cada lado do disco. Cada canal é cerca de 45 vezes mais longo do que sua largura e funciona
como um multiplicador de elétrons.
Quando os elétrons do fotocátodo atingem o primeiro eletrodo da MCP, são acelerados nos
microcanais do vidro por pulsos de 5 mil V enviados entre o par de eletrodos. À medida que
os elétrons passam pelos microcanais, fazem com que milhares de outros elétrons sejam
liberados em cada canal usando um processo chamado emissão secundária em cascata.
Basicamente, os elétrons originais colidem com a lateral do canal, excitando os átomos e
provocando a liberação de outros elétrons. Esses novos elétrons também colidem com outros
átomos, criando uma reação em cadeia que resulta em milhares de elétrons saindo do canal
onde somente alguns poucos entraram. Um fato interessante é que os microcanais na MCP
são criados em um pequeno ângulo (cerca de 5 a 8 graus de inclinação) para impulsionar as
colisões dos elétrons e reduzir a retroalimentação de íons e luz direta do fósforo no lado da
saída.
5. Na extremidade do tubo intensificador de imagem, os elétrons atingem uma tela
revestida de fósforo. Esses elétrons mantêm suas posições em relação ao canal que
atravessaram, o que fornece uma imagem perfeita desde que eles permaneçam no mesmo
alinhamento dos fótons originais. A energia dos elétrons faz com que o fósforo atinja um
estado excitado e libere fótons. O fósforo cria a imagem verde na tela, que caracteriza a
visão noturna.
6. A imagem de fósforo verde é visualizada através de outra lente, chamada lente ocular,
permitindo ampliar e focalizar a imagem. O NVD pode ser conectado a um mostrador
eletrônico, como um monitor, ou a imagem pode ser vista diretamente através da lente
ocular.

Gerações
Os NVDs existem há mais de 40 anos. Eles são classificados por geração. Cada mudança
substancial na tecnologia do NVD estabelece uma nova geração.
• Geração 0: sistema de visão noturna original criado pelo Exército dos Estados Unidos
e usado na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coreia. Esses NVDs usam
infravermelho ativo. Isso significa que uma unidade de projeção, chamada Iluminador IV,
é conectada ao NVD. A unidade projeta um feixe de luz infravermelha próxima, similar ao
facho de uma lanterna normal. Invisível a olho nu, esse facho se reflete em objetos e volta
para a lente do NVD. Esses sistemas usam um ânodo em conjunto com o cátodo para
acelerar os elétrons. O problema dessa abordagem é que a aceleração dos elétrons distorce a
imagem e diminui muito a vida do tubo. Outro grande problema com essa tecnologia em seu
uso militar original é que ela foi copiada rapidamente por nações hostis, o que permitiu que
os soldados inimigos usassem seus próprios NVDs para ver o feixe infravermelho projetado
pelo dispositivo.
• Geração 1: a geração seguinte de NVDs deixou de lado o infravermelho ativo e passou
a usar o infravermelho passivo. Chamado antigamente de Starlight (luz das estrelas) pelo
Exército dos EUA, esses NVDs usam a luz natural fornecida pela lua e pelas estrelas para
aumentar as quantidades normais de infravermelho refletidas pelo ambiente. Isso significa
que eles não requerem uma fonte de luz infravermelha projetada. Também significa que eles
não funcionam muito bem em noites nubladas ou sem luar. Os NVDs da Geração 1 usam a
mesma tecnologia de tubo intensificador de imagem da Geração 0, com cátodo e ânodo, de
modo que a distorção da imagem e a curta vida útil do tubo ainda eram um problema.
• Geração 2: grandes otimizações nos tubos intensificadores de imagem resultaram nos
NVDs da Geração 2. Eles oferecem uma resolução e desempenho otimizados em relação aos
dispositivos da Geração 1 e são consideravelmente mais confiáveis. O maior ganho da
Geração 2 é a capacidade de enxergar em condições de iluminação extremamente baixas,
como uma noite sem luar. Essa sensibilidade aumentada se deve ao acréscimo da placa de
microcanais ao tubo intensificador de imagem. Como a MCP na verdade aumenta o número
de elétrons em vez de apenas acelerar os originais, as imagens são significativamente menos
distorcidas e mais brilhantes do que as dos NVDs da geração anterior.
• Geração 3: a Geração 3 é usada atualmente pelos militares dos EUA. Apesar de não
apresentarem mudanças substanciais na tecnologia de base em relação à Geração 2, esses
NVDs possuem resolução e sensibilidade ainda melhores. Isso ocorre porque o fotocátodo é
feito usando arsenieto de gálio, muito eficaz na conversão de fótons em elétrons. Além
disso, a MCP é revestida por uma barreira de íons que aumenta muito a vida útil do tubo.
• Geração 4: o que é conhecido como Geração 4 ou tecnologia "sem película e
controlada" mostra uma otimização global significativa em ambientes de baixo e alto nível
de iluminação.
A remoção da barreira de íons da MCP que havia sido acrescentada na tecnologia da
Geração 3 reduz o ruído de fundo e, portanto, melhora a proporção entre o sinal e o ruído.
Na verdade, remover a película de íons permite que mais elétrons atinjam o estágio de
amplificação, de modo que as imagens são significativamente menos distorcidas e mais
brilhantes.
O acréscimo de um sistema de alimentação de energia com controle automático permite que
a voltagem do fotocátodo ligue e desligue rapidamente, possibilitando que o NVD responda
instantaneamente a uma flutuação das condições de iluminação. Essa capacidade é um
avanço crítico nos sistemas NVD, pois permite que seu usuário mude rapidamente de
ambientes de alta iluminação para outros com pouca luz (ou vice-versa) sem qualquer
oscilação. Por exemplo, considere a onipresente cena de cinema em que um agente usando
óculos de visão noturna é "cegado" quando alguém acende uma luz nas proximidades. Com
o novo recurso de alimentação controlada, a mudança na iluminação não teria o mesmo
impacto: o NVD otimizado responderia imediatamente à mudança de iluminação.
Muitas das chamadas lunetas de visão noturna "baratas" usam a tecnologia da Geração 0 ou
Geração 1 e podem ser decepcionantes se você espera obter a mesma sensibilidade dos dispositivos
usados por profissionais. Os NVDs das gerações 2, 3 e 4 geralmente são caros, mas duram muito se
forem manuseados de modo apropriado. Além disso, qualquer NVD pode se beneficiar do uso de
um Iluminador IV em áreas muito escuras onde quase não há luz ambiente para captar.
Os tubos aprovados são classificados como MILSPEC (de especificação militar). Os tubos
que falham em atender as exigências militares em qualquer categoria são classificados como
COMSPEC (de especificação comercial).

O equipamento
O equipamento de visão noturna pode ser dividido em três categorias gerais:
• lunetas: normalmente portáteis ou acopladas a uma arma, as lunetas são monoculares
(para um olho). Como as lunetas são portáteis, não são usadas como óculos, sendo boas para
quando você quiser dar uma olhada em um objeto específico e retornar em seguida às
condições normais de visualização.

Foto cedida pela B.E. Meyers Company


Luneta de bolso DARK INVADER de propósito geral

• óculos: embora os óculos possam ser portáteis, são geralmente usados na cabeça. Os
óculos são binoculares e podem ter uma única lente ou lente estéreo, dependendo do
modelo. São excelentes para visualização constante, como para se deslocar em um prédio
escuro.

Foto cedida pela B.E. Meyers Company


Óculos de Visão Noturna DARK INVADER 4501
• câmeras: as câmeras com tecnologia de visão noturna podem enviar a imagem para
um monitor, para exibição, ou para um videocassete, para gravação. As câmeras são
utilizadas quando a capacidade de visão noturna é desejada em um local permanente, como
um edifício ou como parte do equipamento em um helicóptero. Muitas das filmadoras mais
recentes possuem visão noturna embutida.

Foto cedida pela B.E. Meyers Company


Câmera de Vídeo de Visão Diurna/Noturna Stealth Série 301

Aplicações
As aplicações mais comuns da visão noturna incluem:
• militar
• policiamento
• caça
• observação da vida selvagem
• vigilância
• segurança
• navegação
• detecção de objetos ocultos
• entretenimento
A finalidade original da visão noturna era localizar alvos inimigos à noite. Ela ainda é bastante
usada pelos militares para essa finalidade, assim como para a navegação, vigilância e localização de
alvos. Com frequência, a polícia e as forças de segurança usam a tecnologia de geração de imagens
térmicas e otimização da imagem, principalmente para a vigilância. Caçadores e entusiastas da
natureza usam NVDs para se deslocarem no meio da mata à noite.
Detetives e investigadores particulares usam a visão noturna para observar pessoas
que precisam ser rastreadas. Muitas empresas possuem câmeras instaladas permanentemente e
equipadas com visão noturna para monitorar os arredores.
Uma capacidade realmente surpreendente da geração de imagens térmicas é que ela revela se
uma área foi revolvida: ela pode indicar se o solo foi escavado para enterrar alguma coisa, mesmo
que não exista nenhum indício evidente a olho nu. A polícia tem usado esse recurso para descobrir
itens que foram escondidos por criminosos, incluindo dinheiro, drogas e corpos. Além disso, a
geração de imagens térmicas pode identificar mudanças recentes em áreas como paredes,
fornecendo pistas importantes em muitos casos.
Foto cedida pela B.E. Meyers Company
As filmadoras estão se tornando comuns na indústria de visão noturna

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