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AGRUPAMETO DE
1. DESCRIÇÃO DO PROJETO
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AGRUPAMETO DE
melhorias dos resultados escolares que tem permitido um gradual ESCOLAS
aumento da satisfação de todos os atores educativos e permitirá a curto- FERNANDO
médio prazo atingir níveis de sucesso que vão ao encontro das melhores
expectativas. CASIMIRO
LONGE”
MELHORAR OS
RESULTADOS
O atual projeto educativo do agrupamento, elaborado à luz do lema do
ESCOLARES
agrupamento “articular para o sucesso”, definiu um plano de ação
devidamente articulado com as ações de melhoria que são tidas em
consideração no nosso projeto de intervenção e alargadas em razão da
constante diagnose que vai sendo feita à organização através do
observatório de qualidade da escola.
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AGRUPAMETO DE
É de destacar ainda a missão e visão do agrupamento, discutida de forma
alargada e traduzindo numa carta de princípios e valores, as linhas ESCOLAS
orientadoras da ação educativa.
FERNANDO
A escola que se pretende desenvolver deverá nortear a sua ação tendo por CASIMIRO
princípios gerais, os seguintes:
PEREIRA DA SILVA
A
e aprende a responsabilidade
A nossa escola pretende:
Com responsabilidade.
ser uma escola de referência
e de excelência.
Há cerca de 150 anos, em meados do século XXI, surgiu a escola tal como ser uma escola de inclusão,
a conhecemos. Foi uma enorme transformação. Depois disso, houve pela oferta diversificada.
muitas tentativas de mudança e de inovação, mas os seus traços
fundamentais não se alteraram. O ensino e a aprendizagem passam ser uma escola para a
atualmente, a nível mundial, por um profundo processo de renovação, não mudança e com inovação.
apenas de conteúdos, objetivos, metodologias mas também de espaços
ser uma escola com futuro e
que facilitem a aprendizagem. Os espaços de sala de aula estão a ser
para o futuro.
reequacionados e conceitos como a sala de aula do futuro são conceitos
apenas aparentemente recentes. Melhorar os resultados da
avaliação interna e externa.
Docentes de diferentes partes do mundo procuram há muito o desenho da
sala de aula ideal, que responda às necessidades de cada época, de cada
grupo, que se adeque ao perfil de cada escola e de cada aluno.
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O Active Lab deve ser encarado em diferentes vertentes, numa perspetiva pedagógica que implique
mudança de práticas, se adapte aos novos públicos, que use novos recursos e numa perspetiva de
formação integral do indivíduo na sua especificidade.
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2.OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
Objetivos gerais
Diminuir o fosso do uso digital das TIC dentro e fora das escolas
Fomentar boas práticas, estratégias e uso de ferramentas que possam ser úteis e ajudar, tanto
para alunos e professores
Objetivos específicos
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Obter um melhor desempenho em sala de aula, nomeadamente a melhoria dos resultados
escolares dos alunos;
Produzir/armazenar em nuvem de forma a garantir a segurança dos dados, economizando papel
e reduzindo o peso e volume de materiais.
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3.FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA E PEDAGÓGICA
Com este projeto pretendemos articular os princípios pedagógicos que nos norteiam e tecnologias
digitais hoje disponíveis, para tornar o nosso agrupamento um espaço de aprendizagem mais aliciante.
Pretendemos ainda que a ação pedagógica do professor se deslocalize e que o centro da ação passe a
ser o aluno. Os processos de ensino e aprendizagem que pretendemos que venham a ser
implementados devem ser mais inovadores, ativos e desafiantes.
O foco não está no Active Lab e nos seus equipamentos, mas na metodologia que lhe está subjacente.
Este é, ao mesmo tempo, sala de aula, biblioteca, laboratório de ciências, sala de artes e laboratório
de informática. Tem internet wi-fi e computadores. Iluminação controlada, robots, sensores, uma
mesa interativa e um microscópio... Também tem um quadro digital multitouch e várias mesas
reconfiguráveis, assim como outros recursos, mas o foco está nos cenários de aprendizagem que
docentes e alunos vão implementar neste espaço. Cenários que não se confinam a este espaço, vão
para além dele.
São desenvolvidos nesta sala e nas restantes salas que os alunos usam no dia a dia, em espaços web e
fora do tempo letivo, pois as atividades são planeadas pelos docentes e alunos de forma a tirar o
máximo partido do tempo que têm de utilização desta sala. Por isso esses cenários serão desenvolvidos
tanto no Active Lab como nos espaços tradicionais de sala de aula, que se pretendem também
modificar, senão fisicamente, pedagogicamente sê-lo-ão de certeza. O laboratório será pois um
recurso ao dispor dos professores para desenvolver determinados aspetos específicos dos seus
cenários de aprendizagem onde necessitam de recorrer a equipamento específico e a uma organização
diferente do espaço de sala de aula.
Pretende-se desenvolver competências essenciais para o indivíduo do século XXI, tais como:
criatividade; inovação; pensamento crítico; resolução de problemas; tomada de decisão; comunicação;
colaboração; investigação e questionamento; flexibilidade e adaptabilidade; iniciativa e autonomia.
No fundo pretendemos que este projeto leve mais além o nosso agrupamento no caminho da
inovação, repensando a forma como ela pode ser implementada em contexto educativo.
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Os espaços de aprendizagem devem ser cada vez mais versáteis e adaptáveis, permitindo utilizações
diversificadas e moldáveis às diversas metodologias de ensino. A sua conceção inclui agora
equipamentos e ferramentas que permitam o acesso a diversas fontes de informação e aos mais
variados eventos fora da escola, permitindo aos alunos uma participação direta no seu processo de
aprendizagem, contextualizado pela realidade social e tecnológica, dando maior sentido às
aprendizagens e tornando-as mais significativas.
O tempo do quadro de ardósia e do pau de giz já lá vai. A sala de aula em que a secretária da professora
está em frente das carteiras dos alunos, perfeitamente alinhadas em várias filas, tem os dias contados.
Aos cadernos e lápis, juntam-se agora os tablets, os ecrãs 3D ou os quadros interativos. As novas
tecnologias e os métodos pedagógicos mais inovadores estão a mudar não só a forma como se ensina
como também a própria envolvência física onde se ensina.
A sala de aula deve contemplar formas de ensinar e de aprender sustentáveis, motivadoras, em que
espaços, tempos e recursos se conjuguem para um fim comum.
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Espaços Físicos
OS ESPAÇOS QUE IDEALIZAMOS PARA O ACTIVE LAB BASEIAM-SE NOS LABORATÓRIOS DE APRENDIZAGEM DESENVOLVIDOS NO ÂMBITO DE PROJETOS
DA EUROPEAN SCHOOLNET, CUJO MODELO SE APRESENTA ABAIXO, DEVIDAMENTE ADAPTADO E ADEQUADO À NOSSA REALIDADE E NECESSIDADES.
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A utilização de metodologias ativas permite desenvolver cenários de aprendizagem mais adaptados a diferentes perfis de alunos. Integrado no
Projeto FCL (Future Classroom Labs), a criação de laboratórios de aprendizagem permite aos docentes desenvolver um conjunto de atividades
que respondam a estes perfis, com ajuda da tecnologia.
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A metodologia subjacente aos laboratórios de aprendizagem pressupõe a criação de seis áreas de atividade
dentro de cada sala de aula, nomeadamente da sala de aula do futuro.
São elas:
Interact (Interagir)
Exchange (Partilhar)
Investigate (Investigar)
Create (Imaginar)
Develop (Desenvolver)
Present (Apresentar)
Na primeira, o professor pode usar a tecnologia para melhorar a interatividade e participação dos alunos em
espaços de aprendizagem tradicionais. Um dos desafios da sala de aula tradicional é ter todos os alunos
activamente envolvidos; A tecnologia permite que cada aluno possa contribuir. Soluções variam de dispositivos
individuais, como tablets e smartphones, para quadros interactivos e conteúdos de aprendizagem interativo.
Na zona Interagir, a aprendizagem envolve tanto os professores e alunos ativamente.
Para o desenvolvimento desta interação as condições técnicas devem prever a existência de: quadros
interativos, tablets, mesas interativas, software de brainstorming e espaços de partilha (mural físico e online).
Na área Investigar, os alunos são incentivados a descobrir por si mesmos; eles têm a oportunidade de ser
participantes ativos em vez de ouvintes passivos. Na zona Investigar, os professores podem promover a
aprendizagem por problemas - e baseada em projetos para melhorar as habilidades de pensamento crítico dos
alunos. O mobiliário flexível suporta este conceito, e a zona de trabalho pode ser reconfigurada rapidamente
para permitir o trabalho em grupos, pares ou individualmente. A tecnologia dá uma mais-valia para a pesquisa,
fornecendo dados reais e também fornecendo ferramentas para examinar e analisar.
Para apoiar esta área é importante colocar ao dispor dos alunos diferentes tipos de equipamentos: robots,
microscópios, laboratórios on-line, modelos 3D.
A área Criar permite aos alunos para planear, projetar e produzir seu próprio trabalho - por exemplo, uma
produção multimédia ou uma apresentação. Na zona Criar, não se pretende a simples repetição de
informações: os alunos trabalham com atividades de construção de conhecimentos reais. Interpretação,
análise, trabalho em equipe e avaliação são partes importantes do processo criativo.
Para desenvolver cenários de aprendizagem que recorram a esta área devem estar disponíveis equipamentos
áudio e vídeo e respetivo software, assim como software adequado para a realização de animações e podcasts.
A zona Desenvolver, muito ligada à área Criar é um espaço de aprendizagem informal e auto-reflexão. Os
alunos podem realizar um trabalho escolar de forma independente ao seu próprio ritmo, mas também podem
aprender informalmente enquanto se concentram nos seus próprios interesses fora dos contextos formais de
sala de aula na escola e em casa. Ao fornecer formas de promover a auto-aprendizagem, a escola apoia os
alunos no desenvolvimento de auto-reflexão e capacidades de meta-cognição. A escola incentiva os seus
alunos para uma verdadeira aprendizagem ao longo da vida, reconhecendo e valorizando a aprendizagem
informal.
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Neste contexto é importante que a sala disponha de mobiliário informal,
cantos de estudo, dispositivos portáteis, dispositivos de áudio e phones, livros e e-books, jogos (analógico e
digitais).
Futuros alunos da sala de aula do futuro vão precisar de um conjunto diferente de ferramentas e capacidades
para: apresentar, entregar e obter feedback sobre o seu trabalho. A apresentação e entrega do trabalho dos
alunos tem que ser tidos em conta no planejamento de aulas, permitindo aos alunos adicionar uma dimensão
comunicativa ao seu trabalho. A partilha dos resultados pode ser suportado por uma área dedicada a
apresentações interativas que, através do seu design e layout, incentivem a interação e feedback. Publicação
on-line e partilha do trabalho realizado são também de extrema importância, permitindo que os alunos se
habituem a usar recursos on-line, e a familiarizar-se com os princípios da segurança electrónica.
Nesta área deve existir mobiliário reconfigurável, projetor HD e ferramentas de publicação on-line (blog, VLE,
sites de compartilhamento on-line).
Pretendemos adaptar à nossa realidade esta metodologia, usando-a tanto no laboratório como nas diferentes
salas de aula.
4. PERTINÊNCIA
As mudanças legislativas, tecnológicas, económicas e sociais surgem a uma velocidade vertiginosa e exercem
sobre a escola pressões profundas, que obrigam a escola a repensar-se, a moldar-se e adaptar-se
constantemente, recorrendo a dinâmicas e estratégias incisivas e cirúrgicas muito peculiares, dado que a
intervenção da escola vai muito além das suas fronteiras geográficas, penetrando em redes complexas de
sistemas externos.
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No concelho de rio maior verifica-se que uma faixa da população
escolar, apresenta baixos índices de motivação para os estudos, pelo AGRUPAMETO DE
que os métodos mais tradicionais de ensino não constituem por si só
ESCOLAS
uma garantia de aprendizagem, uma vez que os alunos desistem à
primeira dificuldade. Não podendo contar, na maioria dos casos, com FERNANDO
um contexto familiar de suporte, são alunos que apresentam
CASIMIRO
frequentemente insucesso escolar, dificilmente prosseguindo os seus
estudos até ao final. Assim, para estes alunos uma metodologia PEREIRA DA SILVA
baseada na resolução contextualizada de problemas, com recurso às
tecnologias de informação e comunicação, num ambiente mais
informal, poderá constituir uma mais-valia em termos de melhoria dos
índices motivacionais e aprendizagem, dando sentido aos conceitos e
aprendizagens em desenvolvimento, reforçando a necessidade de Constituído por quatro
aumentar o seu esforço pessoal no sentido de melhorar a aquisição de
edifícios, dois na sede de
conhecimentos. São alunos que, na sua maioria, mostram elevado
interesse em atividades de caráter prático, pelo que a utilização de
concelho, um na
metodologias contextualizadas pelas suas vivências potenciam as
aprendizagens significativas e o interesse pela realização das freguesia de São João da
atividades e aquisição de conhecimentos, reforçando, pela autonomia
inerente, a necessidade de um maior respeito pelo trabalho Ribeira e outro na de
desenvolvido pelo professor.
Asseiceira.
A existência na escola de um espaço multifuncional, adaptável a esta
diversidade, acompanhado por um projeto pedagógico de mudança de
práticas, permitirá às escolas do agrupamento responder às diferentes Temos ainda alunos nos
características dos seus alunos.
estabelecimentos
Pretende-se que o projeto seja desenvolvido nas diferentes escolas do
agrupamento, a população alvo a que se destina este espaço inicia-se prisionais de Vale de
no pré-escolar e termina no final do 3.º ciclo, abrangendo ainda as
ofertas educativas não regulares. A sala estará situada nas escolas Judeus e Alcoentre.
básicas e a população, que terá mais acesso, pela proximidade, serão
os alunos dos 1º aos 9ºs anos dessas escolas, no entanto, a requisição
de grande parte dos materiais será uma prática a incentivar.
Objetivos Estratégicos:
Neste eixo definem-se as orientações em termos de ofertas educativas, nas opções em termos de inclusão,
consequente sucesso educativo, e nas relações com a comunidade.
Objetivos Estratégicos:
OE4: Difundir as boas práticas e resultados do agrupamento contribuindo para graus crescentes de
integração da escola na comunidade;
Os eixos estratégicos articulam-se entre si concorrendo para a obtenção do pretendido sucesso educativo.
O objetivo máximo de qualquer projeto de intervenção escolar passará sempre pelo sucesso escolar,
assumido na sua plenitude.
Tendo em conta o elevado insucesso que ainda existe nas nossas escolas básicas, a procura de novas
metodologias que respondam a diferentes estilos de aprendizagem é uma busca incessante por parte das
escolas. Neste contexto pretendemos apostar na mudança de metodologias que facilitem as aprendizagens
formais, recorrendo a recursos internos e externos ao agrupamento. Estamos a iniciar um processo de
desenvolvimento profissional no agrupamento, com formadores internos, que se concentra nas metodologias
ativas nomeadamente nos laboratórios de aprendizagem e utilização das potencialidades das TIC nas
diferentes áreas do conhecimento, assim como troca de experiências entre docentes, realizando formação
informal em diferentes áreas a partir de cada departamento que disponha de docentes com competências
específicas que convirjam para o nosso projeto de intervenção.
* Fomentar boas práticas, estratégias e uso de ferramentas que possam ser úteis e ajudar, tanto para alunos
e professores
* Reunir experiências de diferentes formas de lidar com desafios, definindo e assumindo boas práticas e criar
dinâmicas escolares que facilitem a superação de dificuldades ou situações problemáticas relativas à era
digital;
* Obter um melhor desempenho em sala de aula, nomeadamente a melhoria dos resultados escolares dos
alunos.
A estratégia Europa 2020 aponta para um Crescimento Inteligente, Sustentável e Inclusivo, aposta do nosso
agrupamento para a intervenção que pretendemos desenvolver e aprofundar ao sermos apoiados pelo
projeto EMA.
Pretende-se pois que este projeto desenvolva novas capacidades nos alunos, com vista à melhoria dos
resultados escolares, à potenciação da empregabilidade dos mesmos. Alunos com capacidades adaptadas às
necessidades do mundo atual serão potenciais profissionais com uma melhor preparação para enfrentar
desafios que lhes sejam colocados, integrando-se melhor na vida ativa.
As mudanças legislativas, tecnológicas, económicas e sociais surgem a uma velocidade vertiginosa e exercem
sobre a escola pressões profundas, que obrigam a escola a repensar-se, a moldar-se e adaptar-se
constantemente, recorrendo a dinâmicas e estratégias incisivas e cirúrgicas muito peculiares, dado que a
intervenção da escola vai muito além das suas fronteiras geográficas, penetrando em redes complexas de
sistemas externos.
*Levantamento dos recursos humanos da escola com perfil para implementação do Plano de formação do
agrupamento
O lema do projeto educativos do Agrupamento centra-se no sucesso educativo dos seus alunos:
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Articular para o sucesso
AGRUPAMETO DE
Deste modo as respostas que ambos procuram centram-se na busca de
soluções para resolução dos casos de insucesso dos seus alunos, usando ESCOLAS
novas metodologias, diferentes recursos, diferentes ofertas educativas.
FERNANDO
Tendo em conta o elevado insucesso que ainda existe nas nossas escolas CASIMIRO
básicas, a procura de novas metodologias que respondam a diferentes
estilos de aprendizagem é uma busca incessante por parte das escolas. PEREIRA DA SILVA
Neste contexto surgem os laboratórios de aprendizagem.
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5.RESULTADOS PRETENDIDOS
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6.PROJETO PEDAGÓGICO
Assentando na alteração das práticas pedagógicas este projeto assentará em princípios de aprendizagem
baseada na investigação.
Quatro princípios fundamentais norteiam este projeto: 1) articular tecnologias digitais e pedagogia para tornar
a escola do futuro mais aliciante. 2) Deslocar parte da ação pedagógica do professor para o aluno. 3) Promover
hábitos de aprendizagem que se prolonguem ao longo da vida. 4) Desenvolver processos de ensino e
aprendizagem ativos que promovam a melhoria de resultados escolares.
O projeto que pretendemos desenvolver envolve uma mudança significativa de práticas docentes,
nomeadamente no que diz respeito ao papel do professor e do aluno e na forma como as atividades educativas
são organizadas.
Pretende-se que essas atividades sejam de cariz ativo, inovador, com uma dinâmica colaborativa que leve os
alunos a desenvolver novas atitudes dentro da sala de aula, aprendam a colaborar e desenvolvam hábitos de
trabalho autónomo, que melhorem as suas competências comunicativas.
O professor tem um papel diferente: o de líder de equipa e de inovador e o aluno um papel mais ativo nas
atividades desenhadas nos cenários de aprendizagem a desenvolver, em vez do habitual papel passivo de
recetor de informação.
Desenvolvendo experiências de aprendizagem mais autênticas, refletindo fielmente situações que os alunos
provavelmente irão encontrar no local de trabalho e pela vida fora, trabalhar em equipa, com parceiros
externos, e produzir trabalho que será utilizado para além da sua sala de aula, pretende-se atingir uma maior
motivação, maior empenho na participação em aula, melhores desempenhos académicos.
Alguns dos objetivos a atingir com esta metodologia:
-Envolver os alunos em aprendizagens ativas e autónomas.
-Expressar as suas ideias de forma inovadora.
-Comunicar com os outros utilizando diferentes recursos.
-Comunicar com o(a) respetivo(a) professor(a) de forma inovadora.
-Utilizar ferramentas digitais para apoiar a colaboração entre pares.
-Aprender a ouvir, a argumentar.
-Aprender a relativizar as suas próprias opiniões e a aceitar as ideias dos outros, recolha de pontos de vista
diferentes, refletir e tomar decisões.
-Participar na avaliação e feedback dos seus pares.
-Participar no processo de conceber a mudança na sala de aula. Como cocriadores das suas experiências de
aprendizagem, desenvolvendo novas abordagens à aprendizagem e à avaliação com os seus professores.
-Criação de artefactos pelos alunos (para além da simples apresentação digital de conhecimentos para
avaliação).
-Colaborar em projetos internacionais desenvolvidos na escola.
-Incrementar o uso das tecnologias digitais para inovar pedagogicamente.
-Articular conhecimentos de diferentes disciplinas
As atividades a planear para a sala de aula do futuro serão organizadas em cenários de aprendizagem, que
coloquem os alunos perante situações desafiantes, que os levem a envolverem-se mais profundamente no
conjunto de tarefas de cada cenário de forma a desenvolverem conceitos de diferentes áreas. Este tipo de
resposta educativa, envolve a articulação entre docentes de um mesmo conselho de turma, contribuindo
diferentes disciplinas para a realização de um mesmo cenário de aprendizagem. A mobilização dos saberes das
diferentes disciplinas será de extrema importância para o sucesso deste processo. Estas atividades terão em
mente as diferentes capacidades a desenvolver pelos alunos, de forma a serem utilizados os diferentes espaços
da sala do futuro, já atrás referidos: Interagir, partilhar, investigar, criar, apresentar e desenvolver e também
outros espaços quer da escola quer fora da escola.
Pretende-se por um lado que as atividades sejam articuladas entre as diferentes disciplinas e que vão
respondendo as exigências do currículo, usando diferentes formas de responder às dificuldades apresentadas
pelos alunos, numa perspetiva de escola inclusiva.
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Neste sentido o trabalho entre pares, as tutorias e a diferenciação de tarefas procurarão responder tanto aos
alunos com maiores dificuldades, como aos alunos com grande potencial de aprendizagem, que nem sempre
encontram na escola desafio suficiente para desenvolver as suas reais capacidades.
Fases de implementação do projeto:
Verificação do nível de implementação das TIC na escola
Desenho de um plano de intervenção baseado na análise anterior
Organização de uma equipa nuclear que coordene o projeto
Realização de formação de professores
Desenho de um plano detalhado do projeto curricular a desenvolver recorrendo à metodologia dos
laboratórios de aprendizagem
Desenho de atividades inovadoras pelas diferentes equipas de professores (conselhos de turma de
preferência)
Realização do cronograma de atividades
Implementação do cronograma de atividades do projeto
Organização e Dinamização de um seminário de âmbito nacional para partilha do trabalho realizado.
Avaliação do trabalho realizado
Reformulação do plano detalhado do projeto
Implementação da segunda fase de atividades do projeto
Integração da metodologia LA para além do espaço da sala de aula do futuro
Será organizado um calendário de acesso a sala, mediante inscrição de cada professor, de acordo com as
necessidades de desenvolvimento de cada cenário de aprendizagem.
7.PÚBLICO ALVO
O público alvo serão os alunos dos dois agrupamentos, num total de cerca de 2000 alunos.
Os Agrupamentos de Escolas, enquanto escola públicas, têm como missão assegurar uma educação de
qualidade e uma participação ativa de toda a comunidade educativa no processo ensino e aprendizagem dos
alunos, garantindo assim uma sólida formação cultural e cívica. Neste contexto, os projetos educativo que
servem de base ao desenvolvimento da ação pedagógica nos Agrupamentos, estão assentes em prioridades,
metas, estratégias e indicadores de medida, diferentes nos dois agrupamentos, mas com objetivos comuns são
eles: Qualidade Educativa, Cidadania, Integração, Qualidade e Equidade de Oportunidades, Relacionamento
Interpessoal, Valorizar o trabalho de Equipa.
No que respeita ao “Integração, Qualidade e Equidade de Oportunidades”, partindo do pressuposto
fundamental de que a escola é de todos e para todos, ambos os agrupamentos têm cultivado a tradição de
serem escolas inclusivas, pretendendo, desde sempre, que haja o respeito por todos e a valorização da
diferença. Para além disso, desde sempre, também, defendemos que para haver equidade de oportunidades
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deve-se atender às diferentes vocações/motivações das crianças, sendo fundamental que a escola apresente
uma grande diversidade formativa. Fica, desta feita, traçado a largas pinceladas e de forma bastante ambiciosa,
o que queremos para as nossas escolas. É óbvio que não concretizaremos a árdua tarefa da educação das
nossas crianças sem o envolvimento consciente e empenhado de toda a comunidade educativa,
nomeadamente do tecido empresarial para a cooperação em situações de contextualização das práticas
simuladas. Colaborar e articular para o sucesso, torna-se, assim, imperativo.
Existe já uma equipa coordenadora do projeto preparada para assegurar o arranque do projeto e dar corpo às
diferentes fases do projeto.
Para a consecução deste projeto é necessário assegurar a existência dos seguintes recursos:
Tipologia Recurso
Tecnológicos Quadro Interativo Móvel
Projetores de Vídeo
Tablets
Portáteis
Mesa Interativa
Impressora 3D
Phones e microfones
Sistema sorround
Mesa de mistura
Televisão Led
Scanner
Impressora 3D
Drones
Mesas
Tela cromokey
Sofás
Estantes
Software de vídeo
Robots
Sistema de videoconferência
Livros e ebooks
VALOR
EQUIPAMENTOS QUANT. VALOR TOTAL
UNITÁRIO
HARDWARE
ActivPanel 70'’ ou 84'’ 1 6 873,84 € 6 873,84 €
Suporte Móvel ActivPanel 1 787,31 € 787,31 €
ActivTable (Mesa Interativa de 46'’ HD LCD) 1 7 807,22 € 7 807,22 €
Portáteis 4 599,78 € 2 399,12 €
PC Fixo (Efetua o controlo do ActiveLab /
1
Multimédia) 1 211,25 € 1 211,25 €
Carrinho para carregamento (Tablets e Portáteis) 1 1 781,25 € 1 781,25 €
Scanner A3 1 285,00 € 285,00 €
24
SOFTWARE
Software ClassFlow 1 1 425,00 € 1 425,00 €
KITS
Kits de Geolocalização 1 712,50 € 712,50 €
Kits de Sensores 1 712,50 € 712,50 €
Já existentes na escola:
Tipologia Recurso
Tecnológicos Quadro Interativo Móvel
Projetores de Vídeo
Tablets
Impressora 3D
Phones e microfones
Active Expression
Televisão Led
Drones
Kits de robótica
Webcam
Mesas
Software de vídeo
Sistema de videoconferência
Livros e ebooks
O cerne de todo o projeto é inovador na mudança de práticas que preconiza, na forma de envolver os alunos
nas atividades, assim como nos recursos a utilizar. Baseia-se em experiências já testadas, nomeadamente nos
projetos internacionais ITEC e FCL, cujos relatórios apontam para resultados muito satisfatórios de aplicação
da metodologia que pretendemos implementar.
A equipa visitou também escolas com projetos já em curso no nosso país e os resultados apresentados pelos
seus coordenadores são, também eles, muito positivos.
As nossas escolas têm também ao seu dispor um centro de formação que disponibiliza há vários anos formação
na área da implementação das TIC, que tem vindo a preparar os nossos professores para assumir este tipo de
desafios.
Numa época em que as ofertas educativas aos alunos são necessariamente diferentes para alunos com
necessidades específicas e em que a motivação dos mesmos é essencial, a escola pública, enquanto espaço
acessível a todos, deve dar aos alunos as mesmas oportunidades que outros espaços educativos de acesso mais
restrito.
Com este projeto pretendemos que a escola pública ofereça oportunidades de qualidade a todos os alunos,
independentemente dessas características.
Ao longo dos anos temos estabelecido parcerias com diversas entidades e empresas locais. Temos uma longa
tradição de realização de estágios fora do contexto escolar e de estágios profissionais em articulação com a
Escola Superior de Educação de Santarém.
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No âmbito deste projeto a parceria com a Escola Superior de Educação de Santarém será de ordem técnica e
de acompanhamento pedagógico. O Centro de Competência TIC desta instituição tem feito um trabalho
articulado connosco no desenvolvimento de competências TIC dos nossos docentes, na dinamização de
atividades e no suporte técnico, articulação esta que está garantida para apoiar a realização do projeto ACTIVE
LAB.
O agrupamento tem ainda feito um trabalho de articulação com a Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas,
participando em diferentes projetos com esta equipa, nomeadamente: Seguranet, Programação no 1º Ciclo,
Clubes de Robótica e Programação, Etwining, Rádios e Televisões Escolares, ITEC, entre outros.
Salientamos ainda a nossa participação em diferentes projetos internacionais como é o caso dos projetos
Comenius e Erasmus + que têm tido um impacto muito significativo na nossa comunidade escolar e nas
aprendizagens dos nossos alunos, nomeadamente na área da utilização de plataformas TIC e aplicações TIC,
assim como na sensibilização para o respeito pelo ambiente.
O projeto Active Lab é uma resposta agregadora de todos estes projetos num projeto mais abrangente e
transversal a todas as disciplinas e anos de escolaridade que tem a sua âncora no nosso Projeto Educativo e
Plano Anual de Actividades.
Como consequência de todos os projetos desenvolvidos a Câmara Municipal de Rio Maior associou-se ao
agrupamento como parceiro no Active Lab, apoiando logisticamente, no apoio à realização de pequenas obras
que serão necessárias realizar no Laboratório e no contacto com empresas da área.
Temos ainda uma parceria com o Centro de Formação de Associação de Escolas do Concelho de Rio Maior que
irá assegurar formação no âmbito dos Laboratórios de Aprendizagem e que se irá iniciar no 3º Período de
2015/16, com continuação no ano 2016/2017. Dará ainda apoio na disseminação nos resultados do projeto
num Seminário de apresentação dos resultados do projeto a realizar bianualmente.
Serão ainda estabelecidos protocolos com empresas da região na área da informática que se queiram associar
ao projeto.
A maisvalia do apoio da Fundação Calouste Gulbenkian será na aquisição dos equipamentos indispensáveis ao
equipamento do Laboratório, sem o qual não poderemos colocar em prática alguns dos aspetos do projeto,
nomeadamente no que diz respeito à utilização de equipamentos com uma maior interatividade do que os já
existentes na escola, mobiliário versátil e que permita uma reconfiguração rápida do laboratório que permita
a realização de atividades colaborativas que não sejam possíveis realizar nas salas de aula tradicionais.
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