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Helena Bernardes e Thays Jaculi XX

Debito cardíaco é a frequência cardíaca com relação ao Quanto maior o preenchimento do ventrículo maior a
CARDIOPATIAS HIPERTENSIVAS (TÂNIA) volume de sangue e a resistência vascular vai depender tensão desse sangue em cima das paredes e maior a
da estrutura do vaso, dos mediadores que vão gerar a contração reflexa que esse miocárdio vai exercer.
SISTEMA CARDIOVASCULAR vasodilatação ou vasoconstrição.
 Na diástole o volume que sai do coração. A pré
Sistema vascular é interligado e fechado, o que acontece Quem gera o batimento do coração é nó sinusal. O nó carga depende da contração e a pós carga é o
com os vasos reflete no coração e o que acontece no sinusal tem fibras de potencial de repouso mais baixo volume que sai depende de como essas parede das
coração reflete nos vasos e no pulmão, o que acontece que normal e essa fibra é auto excitável. Quem controla artérias vão receber esse fluxo. Se tem uma
no pulmão reflete no sistema cardiovascular. Então a o batimento cardíaco é o SNA (sistema nervoso contração do miocárdio e ejeção de sangue pra
hipertensão é deflagrada com alteração nesse sistema e autônomo). dentro da artéria, a artéria então vai relaxar. A
a grande vítima da hipertensão é o coração e na grande Então tem o batimento que é gerado no próprio coração artéria precisa relaxar pra acomodar o fluxo.
maioria das vezes não é ele a causa. e tem um controle desse batimento pelo SNA e alguém  O que ocorre na hipertensão? Um dos eventos mais
precisa sinalizar para esse SNA o que precisa ser feito. Os importantes da hipertensão é que na hora que o
REGULAÇÃO FISIOLÓGICA DO SISTEMA receptores que estão fora do coração vão avaliar as sangue sai do coração a artéria não relaxa, e o
CARDIOVASCULAR condições externas e sinalizar para o SNA. coração tem dificuldade para passar. Vai depender
O volume vai ser gerado de acordo com a contração do do estado do vaso, se o vaso tiver contraído a
A pressão arterial é a pressão do sangue sobre as quantidade de sangue que sai é menor, acaba
paredes das artérias, quem causa essa pressão é o musculo cardíaco, e vai dar o quanto de volume vai ser
retirado. Então terá o efeito pré carga (sístole) e o efeito ficando mais sangue dentro do ventrículo porque o
coração. Então essa pressão é gerada no coração, porém sangue não conseguiu sair. Se o vaso não se
quem a sente são as artérias, a força de ejeção do pós carga (diástole).
acomodar a pressão sobe.
sangue do coração que é aferida. Na frequência cardíaca o simpático ativado pode
aumentar em até 30% do bombeamento e o Se o fluxo for maior a dilatação será maior e se o fluxo
Uma pessoa hipertensa não tem a frequência cardíaca for menor a dilatação será menor.
aumentada, na maioria das vezes o que muda é a força parassimpático ativado pode diminuir em até 50% o
de contração do coração. O batimento é muito mais alto bombeamento.
e forte e é perceptível no hipertenso. A contração do coração é dada pela Lei de Frank Starling. MEDIADORES
 PA média = débito cardíaco/ resistência periférica  Lei de Frank Starling: evento pré-carga – sístole. Tudo que movimenta o sódio irá mexer com o volume de
sangue. Quem tira o sódio é o rim, quanto tem aumento
Essa pressão é calculada pelo debito cardíaco (o quanto A sístole tem dois eventos contrateis, o primeiro é a
de sódio no sangue vai agua e aumenta o volume quanto
de sangue que sai do coração) e a resistência periférica contração isométrica e depois uma contração isotônica.
tira o sódio, com ele vai agua e diminui o volume. Quem
(resistência dos vasos pela saída de sangue). A contração isométrica tem a força de contração só que
mexe com o sódio é o mineral e os corticoides.
O debito cardíaco é a correlação do volume sistólico com o musculo não diminui de tamanho, a isotônica é a
contração propriamente dita, tem a força de contração e  Atriopeptina é um hormônio produzido pelas
a frequência e o volume sistólico depende da capacidade
musculo diminui. próprias células do coração que tem ação do
contrátil do coração, contrai mais ejeta mais e contrai
hormônio antidiurético e aumenta a excreção de
menos ejeta menos.  Na sístole primeiro tem uma contração isométrica
sódio.
O coração ejeta em média 70 ml por ciclo cardíaco. Tem bem no momento em que a válvula abre. O sangue
um total que fica na câmara que é em torno de 120 e passa do ventrículo para os átrios, o sangue vai  Fatores cardíacos são fatores quem vão influenciar o
140 ml. Então ejeta 70 ml e sobra 30 ml. Portanto pressionar a parede dos ventrículos e essa contração simpático e parassimpático e com alterar a
dependendo da força de contração na hora da diástole, o isométrica vai ser maior, sendo maior a tensão frequência.
coração irá relaxar com mais força e puxa mais sangue e dentro do ventrículo aumenta e no momento que a
aumenta o debito cardíaco. válvula abre o sangue é jogado com mais força.
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 Rins Frequência e intensidade das complicações aumentam
com o aumento da PA. Indivíduos com PA controlada
Sistema renina angiotensina aldosterona. O volume
tem vida longa sem complicações.
começa a liberar renina,ocorre vasoconstrição periférica
e aumenta a concentração de sódio e aumenta o volume  Hipertensão arterial primária ou essencial: Atinge
de agua. Quanto o rim erra e libera muita renina, libera mais entre os 35 e 45 anos, mortalidade é de 1,5 a
também a angiotensina II que é vasoconstritora e a 2,0 vezes maior nos homens, mulheres mais comum
aldosterona aumenta o volume de sangue. após a menopausa, fatores genéticos +
Vasoconstrição com avolume do sangue aumentado, componentes ambientais (obesidade, café, tabaco,
resulta em hipertensão. álcool e stress).
ECA (enzima conversora de angiotensionogênico) –  Hipertensão arterial secundária: é que houve
capitopil atua na ECA. Diminui a vacoconstrição causada algum problema. Pode ser renal crônico, gravidez,
pela angiotensina II. alteração valvular, isso leva a uma hipertensão.
FATORES FISIOLÓGICOS QUE INFLUENCIAM A
Concertou o problema a hipertensão desaparece.
PRESSÃO ARTERIAL  Vasos sanguíneos
Associa-se a doenças variadas: Hipertensão renal,
Quem altera e quem controla o tônus vascular do vaso é hipertensão endócrina, hipertensão por doenças
 Regulação de PA o endotélio, pode produzir endotelina e NO. A cardiovasculares, hipertensão neurogênica e
Controle central que vai atuar no coração e nos vasos, no endotelina faz contração e o NO faz vasodilatação, os hipertensão e gravidez.
coração, na contração e nos vasos no musculo liso. estudos mostram que esse NO é muito importante,
diminuição na produção de NO impede que o vaso dilate  Hipertensão arterial benigna: Maioria dos casos de
Quem avisa para o SNC que precisa relaxar e contrair são
para acomodar o fluxo de sangue. Essa é hipertensão HA. Cifras tensionais não são muito elevadas -
os receptores. Tem os barroreceptores e os
essencial que abrange a maioria dos hipertensos. diástole < 110 mmHg. complicações graves só
quimiorreceptores. Esses receptores estão na parede da
ocorrem tardiamente. Pacientes evoluem por vários
aorta e na parede da carótida.
HIPERTENSÃO anos -média de 20 anos. Maioria são assintomáticos
 Barrorreceptores percebem o quanto de pressão ou apresentam manifestações inespecíficas como
esse sangue está fazendo na parede. Fez a pressão, cefaléia, tontura e cansaço.
foi lá para o SNC a informação, a pressão está alta e
 Hipertensão arterial maligna: Grave, pois as cifras
reflete no coração e nos vasos, coração diminui o
tensionais são muito altas -diástole > 120 mmHg,
batimento e vasos relaxam. Mensagem vai via
Complicações são comuns. Cefaléia, distúrbios da
receptor e volta, quando volta relaxa e o vaso e
visão, alterações ao exame do fundo do olho,
diminui o batimento cardíaco.
Pressão sistólica é a pressão de ejeção e pressão insuficiência renal, falência cardíaca e encefalopatia
 Quimiorreceptores vão avaliar a tensão de oxigênio diastólica é a resistência do vaso. Acima de 120 tem risco hipertensiva. Se não for tratada, apenas 25% dos
e o pH. Não é acidose, é dentro da normalidade são de sofrer AVC. No 120 o vaso está muito tenso e o pacientes sobrevivem mais de um ano. Em 75%
pequenos desvios no pH ou na tensão de oxigênio. coração está ejetando sangue com muita força, e os elevados níveis de renina e angiotensina
Dois grupos de receptores vão perceber a situação vasos como estão contraídos o coração tem que fazer a
do sangue com relação a parede dessa artéria e vão perfusão sanguínea porque pode levar a óbito. DOENÇA CARDÍACA HIPERTENSIVA (DHC)
fazer a regulação.
Sistema vascular contraído e um coração ejetando São reflexos cardíacos ao aumento da resistência
Se esses receptores começarem a falhar, perde o sangue com muita força. Os grandes vasos não causam periférica. Sistêmica ou pulmonar. Sistêmica – lado
equilíbrio de ejeção, aumenta a ejeção e o vaso não tanto problema mas nas arteríolas pode causar esquerdo. Pulmonar – lado direito. Hipertensão essencial
relaxa, resultado é a hipertensão. Estudos mostram que influencia e pode fazer romper. é do lado esquerdo, vai atingir toda a parte de artérias
hipertensos tem alteração nos barorreceptores. que estão ligados ao ventrículo esquerdo
 Hipertensão arterial
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 CORAÇÃO  Mecanismo que causa essas síndromes é a hipóxia.  Angina variante de prinzmetal: dor em repouso
DHC esquerda: O coração responde a hipertensão O que varia entre eles é a velocidade com que a resultante de espasmo coronariano. Não envolve
hipóxia acontece. formação de placas.
aumentando a força de contração, se ele aumenta a
força de contração a parede do ventrículo esquerdo Dependendo da velocidade de desenvolvimento e da INFARTO DO MIOCÁRDIO
aumenta porque é uma hipertrofia. Essa hipertrofia é gravidade do estreitamento arterial e da resposta
patologia e vão levar a um crescimento anormal. Fibras miocárdica existem 4 Síndromes Isquêmicas: Morte do musculo cardíaco resultante de isquemia grave
ficam grandes, gordas e desorganizadas. 1. Angina de Peito, prolongada
Na hipertrofia do ventrículo esquerdo ocorre uma Incidência: aumenta com a idade e com a aterosclerose.
2. Infarto do Miocárdio
hipertrofia concêntrica. Os sarcomeros vão se formando 10% menos de 40 anos e 45% menos de 65 anos. Negros
um ao lado do outro então a fibra alarga. Por isso toda a 3. Cardiopatia Isquêmica Crônica com ICC e brancos igual freqüência. Homens tem maior
parede do musculo aumenta então a cavidade diminui. 4. Morte Cardíaca Súbita. freqüência. Mulheres pós menopausa e uso de
Com o passar do tempo o volume de sangue e a contraceptivos orais / tabagismo.
capacidade de contração da fibra diminui e o indivíduo
EPIDEMIOLOGIA  Fatores de risco: obesidade, fumo, álcool,
entra em insuficiência cardíaca. É irreversível, esse
sedentarismo, estresse, sal, hipertensão e
coração fica incapaz de contrair adequadamente para Principal causa de morte. Alta incidência e vem colesterol.
manter a perfusão. Concêntrica, Vasocontrição, reduzindo nos dias de hoje porque sabe-se as principais
Sarcomeros organizados lado a lado e Diminuição da causas e assim é possível fazer uma prevenção. Há
cavidade. avanços nos diagnósticos e procedimentos terapêuticos. PATOGENIA:
DHC direita: Na direita o problema é o pulmão, o sangue
que sai do ventrículo direito que vai para o pulmão pode PATOLOGIA GLOBAL
ter um edema, fibrose ou uma tromboemebolia por
exemplo. Alguma coisa nesse pulmão que impede que o Base fisiológica comum: obstruções ateroscleróticas nas
fluxo de sangue passe. Esse sangue começa a ficar art. Coronárias. Alteração aguda na placa (ruptura,
acumulado no ventrículo direito. A hipertrofia do ulceração, hemorragia). Formação do trombo coronário.
ventrículo direito ocorre não ao lado, mas de forma Papel da vasoconstrição.
longitudinal. O sarcomero aumenta de tamanho, as
fibras ficam mais longas e a cavidade aumenta, ocorre ANGINA NO PEITO
espessamento da parede por fora. Excêntrica,
Vasodilatação, Sarcomeros organizados Dor precordial causada por isquêmica miocárdica
longitudinalmente, Aumento da cavidade. transitória (1 segundo a 15 minutos) e que não chega a
causar necrose celular.
Aguda – dilatação da cavidade ventricular direita
Classificação:
Crônica – espessamento da parede ventricular
 Angina estável: aterosclerose estenosante com dor
CARDIOPATIA ISQUÊMICA (CEZAR) na atividade física. Placa de ateroma integra.

Designação genérica para um grupo de síndromes, as  Angina instável: dor frequente e crescente aos
quais estão relacionadas e são resultantes da isquemia esforços. Angina pré-infarto. Placa de ateroma está
(doença arterial coronariana – DAC). tendo aumento da área de oclusão por um trombo
parcial. O nível de oclusão do vaso é partial.
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SEQUÊNCIA DE ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DO Mais frequente– 40 a 50%. Necrose de parede anterior
INFARTO DO MIOCÁRDIO de VE. Clínica: dor precordial em aperto irradiada para
dentro para o braço esquerdo. Parede anterior do VE,
ME (microscopia eletrônica), MO (microscopia óptica) e 2/3 anteriores do septo interventricular
Macroscopia.
 Artéria descendente posterior (coronária direita)
 30 min: ME – mitocôndrias inchadas. Sem alteração
Segundo mais frequente – 30-40%. Clínica: dor no
na MO e macroscopia
estomago. Paredes inferior e posterior do VE e VD e 1/3
 2h: Sem muitas alterações comparada aos 30 min. posterior do septo interventricular. Artéria circunflexa
Quanto antes reperfundir, mais musculo irá salvar. ME: densidade amorfas mitocondriais. (coronária esquerda). Menos frequente – 15-20%.
Diagnóstico precoce e reperfusão miocárdica pode salvar Parede lateral do VE.
o máximo possível do miocárdio “em risco”.  4-12h: MO – necrose de coagulação, eosinofilia da
fibra muscular.
REPERFUSÃO MIOCÁRDICA
CLASSIFICAÇÃO  18-24h: MO – perda de núcleos e estriações e
começa aparecer os neutrófilos. Macroscopia: Métodos:
Existem dois tipos de infarto do miocárdio com aspecto mosqueado escuro
morfologia e significado clinico distintos:  Trombólise (estreptoquinase)
 24-72h: MO: predomina os neutrófilos.
 Infarto transmural: maioria dos casos, compromete  Angioplastia transluminal percutanea
Macroscopia: amarelado central e hiperemia
toda a espessura da parede. Envolve obstrução total periférica  Stents intravasculares
da coronária, trombose oclusiva.
 3-7 dias: MO: substituição dos neutrófilos pelos  Cirurgia para enxerto de bypass de artéria coronária
 Infarto subendocárdico: limitado ao 1/3 interno da macrófagos. Macroscopia: borda hiperemiada,
parede ventricular. Resulta de uma artéria coronária Reperfusão em menos de 20 minutos há salvamento das
amolecimento central amarelado-acastanhado
com trombo que foi lisado ou choque com fibras cardíacas. A reperfusão reinstala a função do
hipotensão e hipoperfusão. Oclusão parcial da  7-10 dias: MO: muito macrófagos fagocitando e coração. Se o fluxo for reestabelecido alguma necrose
coronária. aparece tecido de granulação. Macroscopia: será evitada e alguma função retornará. A “injúria de
Margens vascularizadas e avermelhadas, reperfusão” pode retardar o retorno da função e é ela
 Coronária esquerda: descendente anterior – amolecimento e cor amarelada central. responsável pela disfunção ventricular pós-isquemica.
irrigação da parede anterior do VE. circunflexa -
irrigação da parede lateral do VE  10-14 dias: MO: tecido de granulação, inicio da
deposição de colágeno. Macroscopia: Bordas DIAGNÓSTICO
 Coronária direita: descendente posterior – deprimidas vermelho - acinzentadas
irrigação da parede posterior do VE Clínica: dor precordial e sudorese ou epigástrica. Colocar
 15 dias-2 meses: MO: cicatriz de colágeno denso. o ECG, pode ter subradesnivelamento, tem o diagnóstico
 Oclusão total da descendente anterior Macroscopia: Cicatrização completa. de infarto. Fará o trombólise para tentar salvar. Nesse
(coronária esquerda): infarto transmural da meio tempo coleta do sangue para avaliar as enzimas, a
parede anterior do VE Depois da reperfusão, o que salvou de fibras cardíacas
irá voltar a funcionar. As fibras que não se salvaram e região necrosada solta na circulação sanguínea
 Oclusão total da circunflexa: infarto transmural necrosaram no centro, irá evoluir para essas fases fragmentos do musculo necrótico (miosina, actina,e
de parede lateral do VE citadas acima. troponina). Troponina é o principal marcador de necrose
do musculo cardíaco.
 Oclusão total da descendente posterior
(coronária direita): infarto transmural de parede TOPOGRAFIA DO INFARTO DO MIOCÁRDIO
posterior de VE CONSEQUÊNCIAS E COMP LICAÇÕES DO INFARTO
 Artéria descendente anterior (coronária esquerda) AGUDO DO MIOCÁRDIO
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Arritmia cardíaca. Insuficiência ventricular esquerda  Ocorre após infarto → descompensação funcional toxicidade do medicamento. Isso não ocorre nos
congestiva e edema pulmonar. Choque cardiogênico. do miocárdio. antibióticos porque a bactéria é procarionte, como a
Ruptura da parede (tamponamento cardíaco). célula é diferente o medicamento atua em estruturas
 Raramente é silenciosa sendo a primeira
Tromboembolia. Trombose mural. que nós não temos. Isso facilita o processo.
manifestação a insuficiência cardíaca congestiva.
 Maior incidência de chagas é no Norte e no
 ½ dos receptores de transplante cardíaco
EVOLUÇÃO Nordeste (áreas endêmicas). Barbeiro se esconde
MORTE SÚBITA CARDÍAC A nas causas de pau a pique mais comum nessas
regiões e ele vai picar as pessoas principalmente a
É uma morte inesperada cardíaca em indivíduos sem noite. O local que aparece mais as picadas são o
doença cardíaca assintomática ou logo após o início dos rosto e a mão, porque são as áreas que ficam
sintomas na primeira hora. descobertas durante a noite.
 Geralmente é a 1 a manifestação de uma cardiopatia  Tratamento para chagas é só na fase aguda, na fase
isquêmica. crônica quando o individuo já está com a doença
não adianta mais tratar porque não tem
 Conseqüência de uma arritmia letal (ex: fibrilação
praticamente mais parasita, só é sintomático.
ventricular)
Dependendo do local fica difícil o diagnostico na fase
 Desencadeada por instabilidade elétrica induzida aguda.
por isquemia do miocárdio. Focos arritmogênicos
 Existem tipos de Trypanossoma que causam chagas,
adjacentes a áreas cicatriciais
a doença é similar só que o bicho é diferente pois
 Outras causas: anormalidade congênita estrutural tem espécies diferentes, e por ser de espécie
ou coronariana; arritmias hereditárias; lesões diferente tem um quadro diferente.
valvulares; lesão miocárdica inflamatória ou
Veter é o triatomíneo, mais conhecido como barbeiro ou
idiopática; hipertrofia cardíaca; distúrbios
chupança.
metabólicos e drogas exógenas.
 Forma de contágio mais comum é por meio da
CARDIOPATIA CHAGÁSICA (TÂNIA) picada, só que existem outras formas que também
podem acontecer como: ingestão, transfusão
 Epidemiologia: Principal causa de insuficiência vertical (mãe para o filho), transfusão sanguínea,
cardíaca em países latino americanos. Há cerca de 8 alimentação, relação sexual e amamentação. Essas
CARDIOPATIA ISQUÊMICA CRÔNICA a 10 milhões de infectados. Cerca de 20 mil mortes transmissões são mais esporádicas e raras mas
por ano. Cerca de 12 mil nascimentos de bebês podem acontecer.
Coração que apresenta infarto com diferentes estágios contaminados.
de evolução. Pode-se ter infarto cicatrizado, infarto CICLO BIOLÓGICO
 Doença de Chagas:
muito cicatrizado, infarto em cicatrização e um infarto
agudo tudo no mesmo miocárdio. Trypanossoma cruzi é um protozoário. Como Trypanossoma tem um ciclo biológico e tem várias
protozoário, ele é uma célula eucarionte e as células do formas. Dependendo da onde o bicho está instalado ele
Insuficiência cardíaca progressiva em consequência homem são eucariontes, portanto as drogas que atuam irá adquirir uma forma diferente e essa forma irá gerar a
dessas diversas áreas de fibrose que descompensam o no protozoário atuam nas nossas células também. Isso é infecção. Existem duas formas, uma infectante e a outra
miocárdio porque perda contratilidade do músculo, ao um problema, porque a dose ideal para matar o parasita de transmissão.
perder essa contratilidade ocorre estase e leva a uma é muito tóxica para o organismo humano. Então toda
insuficiência cardíaca. doença parasitária tem esse tipo de problema, a
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Transmissão do inseto para os vertebrados, não é O parasita entra dentro da célula via absorção de Parasita vai se multiplicar na porta de entrada, na picada.
somente o homem que tem chagas qualquer mamífero membrana, membrana celular tem proteínas a Primeira multiplicação no local da picada. Esse parasita
tem chagas. Na zona rural os animais ficam no pasto, o tripomastigota e a amastigota elas se ligam nessas vai se multiplicar em macrófagos, fibroblastos, endotélio,
barbeiro pica o animal e depois pica o homem e vice proteínas de membrana e entram. O inseto não tem então a tripomastigota entra na pele e entra em alguma
versa, então o reservatório animal de parasitas é muito essas proteínas de membrana. O sistema imune começa célula, essas células são muito fáceis de entrar,
grande. O problema é com essa transmissão com o e enxergar o parasita como se fosse uma célula do corpo. macrófagos resisdesnte no tecido são quietos e alguém
homem, para tentar diminuir essa transmissão é Sinalização via membrana celular é extremamente precisa estimular para que eles fiquem inflamatórios.
importante acabar com o vetor (barbeiro). Se não tiver o importante. Contato do parasita com as células que estão na
vetor a transmissão não ocorre.
epiderme é muito tranquilo, eles entram e a célula não
 Forma de transmissão: tripomastigota FASE AGUDA faz nada porque os macrófagos não estão ativados. O
parasita se multiplica e cai na corrente sanguínea e ai vai
 Forma infectante: amastigota  Sinais e sintomas são escassos e essa fase é de infestar os órgãos. Então ele pode ir para o coração ou
 Forma de vetor: epimastigota tratamento. Os medicamentos vão criar radicais para o tubo digestivo.
livres que vão destruir o parasita.
A tripomastigota consegue ir para os dois caminhos, Amastigota entra no sangue, ativa os tecidos e aumenta.
consegue ir para o homem e se transformará em 1 a 2 meses a quantidade de parasitas diminui muito, O trypanossoma tem afinidade com as fibras de
amastigota e fará a infecção ou pode ir para o inseto e se então essas drogas são afuncionais então tem um miocárdio e fibras nervosas, então a segunda multiplica
transformar em epimastigota. quadro que ocorre muitos anos depois, 10 a 30 anos, um ocorre nesse outro tecido.
quadro crônico que vai se instalar principalmente por
O barbeiro fêmea se alimenta de sangue só que ela não causa de alteração no sistema imunológico. As outras multiplicações pegam o miocárdio e fibras
nasce com a doença, é necessário que o barbeiro pique condutoras do SN. Pode acontecer uma encefalite fatal
alguém doença para adquirir o parasita. Quando ela pica, A maioria das pessoas curam na fase aguda sem droga e em fases agudas, são muito raras. O parasita ao invés de
ela suga o sangue e então suga a tripomastigota, se ela sem medicamento, o sistema imunológico é competente ir para o coração ele vai para o SNC, por conta de sua
sugar a amastigota ela não vai ficar infectada. A para destruir o parasita. O problema são as pessoas que afinidade por fibras nervosas e faz uma infestação. No
amastigota só consegue causar infecção em mamíferos não eliminam o parasita de forma adequada. digestivo, pega fibras nervosas então pega
porque ela é intracelular. No inseto precisa de uma  Diagnóstico: Diagnóstico é sorológico. Para produzir principalmente os plexos mioentericos, aonde ele entra
forma que se prolifere dentro do intestino, solta e não anticorpos para determinada doença leva um tempo ele destrói.
em célula, porque o barbeiro na hora que ele suga o de no mínimo uma semana. Se der positivo vai Estudos mostram que o caminho que trypanossama irá
sangue depois ele defeca, se o parasita não estiver solto entrar com a medicação para evitar que chegue na percorrer, se é para o coração, cérebro ou intestino
no intestino do inseto não teria como ele sair nas fezes. fase crônica. dependerá do tipo de trypanossoma. Tem regiões onde
A amastigota só consegue de multiplicar dentro de Criança acorda com um pontinho inchado no rosto, vai as pessoas desenvolvem só na parte cardíaca, porém em
celula, a forma epimastigota consegue se multiplicar no pensar que é um pernilongo comum. Na pele vai pensar outras é na parte digestiva e nas outras no SN. Conclui-se
intestino solto. Barbeiro chupa a tripomastigota ela vira que é dermatite. O grande problema é que pode não que é o mesmo bicho, contudo cepas diferentes.
epimastigota e dentro do intestino ela se multiplica, detectar que é chagas, raros casos na fase aguda têm  Resposta imunológica mais intensa: o sistema
maior parte em epimastigota e a outra em sintomas. imunológico assim que o parasita entra ele se ativa,
tripomastigota na hora que esse inseto ele está sugando
sangue e ele defeca. A pessoa coça a picada e as fezes  Sintomas: Miocardite fatal em bebes porque o ativa linfócito, esse linfócito ativa moléculas que irão
sistema imune não está competente para destruir o ativar os macrófagos e entre outras células, tudo
conseguem adentrar. As fezes tem tripomastigota e
bicho. Incompetência do sistema imune leva um para destruir o parasita rapidamente. A grande
epimastigota, a epimastigota nesse momento morre não
processo inflamatório muito intenso no coração. maioria da população destrói o bicho por meio do
consegue se multiplicar a tripomastigota vira a
sistema imunológico.
amastigota e se multiplica. Algumas amastigotas viram
tripomastigota e infectam o sangue. INFECÇÃO AGUDA
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O parasita leva a uma ativação do sistema imune para a indeterminada – equilíbrio mantido, cardíaca – perda do CARDIOMEGALIA
forma Th1. Ativação de LTCD8 que é o linfócito matador equilíbrio e digestiva - perda do equilíbrio.
(mata a célula alterada, não mata parasita). Quem mata  Miocardiopatia inflamatória dilatada, com grande
 Forma crônica indeterminada: aumento da área cardíaca por hipertrofia e aumento
o parasita é o macrófago por meio da fagocitose. E os
anticorpos se ligam na amastigota e fazem com que ela Indivíduos de forma crônica indeterminada tem o das cavidades, evoluindo para insuficiência cardíaca
seja fagocitada mais rapidamente. parasita, podem até ter alguma lesão cardíaca porém são ou morte súbita. Tem-se hipertrofia concêntrica.
assintomáticos. O parasita se adaptou ao hospedeiro e
As pessoas que não conseguem eliminar os parasitas  Miocardiopatia inflamatória arritmogênica, com
tem vida longa, não leva o hospedeiro a óbito pois assim
totalmente, evoluem para a fase crônica. área cardíaca normal ou moderadamente
o parasita também morreria.
aumentada, comprometimento intenso do sistema
Nesses indivíduos é descoberta a chagas apenas por de condução e morte súbita.
MACROSCOPIA
meio da sorologia ou necropsia.
 Retardo na chegada do estimulo elétrico leva a
Pericárdio congesto e com exsudato. 30% desses pacientes pode ocorrer transição para a atrofia das fibras miocárdicas e a lesão da ponta do
Aumenta do coração com miocárdio flácido – fica flácido forma cardíaca anos mais tarde ventrículo esquerdo do coração, trata-se de um
porque ele está edemasiado devido ao liquido.  Forma crônica sintomática adelgaçamento das fibras sem fibrose – lesão em
ponta de vértice
Sistema cardiocirculatório – forma cardiaca
MICROSCOPIA
Sistema digestório – forma digestiva (megacólon e HIPERTENSÃO PULMONAR
Miocardite difusa com parasitas megaesôfago)
Maior comprometimento do coração no lado direito.
Fim da fase aguda Ambos – forma cardiodigestiva ou mista (reativação Ocorre estase pulmonar e há tendência a formar
Protozoários que não foram eliminados pela resposta intensa do processo inflamatório) trombos, edema pulmonar e congestão.
imunológica podem ainda permanecer viáveis no interior
 Distúrbios elétricos: Bloqueio AV (atrioventricular),
das células infectadas. HISTOPATOLOGIA bloqueio de ramos direito e arritmias ventriculares
 lesões regridem, assintomáticos, raros parasitas,  Miocardite inflamatória mononuclear com áreas de complexas.
progressão da lesão. Teoria auto-imune - sistema adensamento celular, fibrose, dissociação  Óbitos: por morte súbita, por ICC e por
imunológico ativado sem ter parasita e contra as (endomísio – TC entre as fibras), fragmentação e comprometimento pulmonar ou derrame
estruturas próprias destruição das fibras cardíacas pericárdico.
Dos indivíduos que não conseguem eliminar totalmente  Fibrose – esse coração tem sido destruído há muito
o parasita, tem que ter um equilíbrio entre a infestação CARDIOPATIA REUMÁTICA (ANGELO)
tempo, desde há fase aguda e principal célula que
do parasita e a ativação do sistema imunológico, se tiver faz essa destruição é o LTCD8, ele passa a enxergar
o equilíbrio entre os dois se entra numa fase  Febre reumática: Doença aguda, infecciosa, região
as células do miocárdio como se fossem células de orofaringe. Estrepto β-hemolítico do grupo A.
indeterminada da chagas. estranhas e mata essas células. E então vai Essa bactéria especificamente desperta toda uma
Os indivíduos em que o equilíbrio entre a infestação do destruindo os tecidos do coração e no local ocorre reação imunológica comprometendo algumas
parasita e o sistema imunológico é perdida, sistema fibrose. estruturas.
imunológico destrói o coração e ele entra em chagas  Alguns casos apresentam focos de reativação
crônica. Então o mesmo sistema imunológico que tirou  Mecanismo: pelo qual se desenvolve a febre
subaguda com predominância de linfócitos CD8+ e reumática é com o antígeno do estrepto. Algumas
os indivíduos da fase aguda, acaba destruindo o coração fatores citotóxicos.
na fase crônica e levando a lesão. estruturas do estrepto faz uma reação cruzada com
 Baixa presença de parasitismo miocárdio e rápida os antígenos teciduais do organismo humano.
FORMAS CRÔNICAS evolução. Alguma estrutura que tem no estrepto é muito
Helena Bernardes e Thays Jaculi XX
semelhante ao do corpo humano. Quem faz 3) Nódulos subcutâneos – nódulo reumatoide, é ETIOPATOGENIA:
anticorpo anti-estrepto não só neutraliza a bactéria uma degeneração de colágeno
como ataca alguma das nossas estruturas, por isso é Reação imune pós-infecciosa: houve uma infecção prévia
4) Eritema marginatum de orofaringe, mas a lesão da válvula cardíaca é
reação cruzada.
5) Coréia de Sydenham – estimulo central para imunológica não tem relação alguma com a bactéria.
Acaba se tornando uma reação auto-imune aos agentes
contrações involuntárias do musculo esquelético, contrai 1) Reação cruzada – produz anticorpo e ele enxerga o
teciduais induzidos pelo estrepto. Estrepto libera uma
o musculo espontaneamente produto da bactéria e enxerga também a válvula, é uma
toxina chamada de estrepto-lisina. Para que o organismo
se defenda dessa toxina e a neutralize se produz o Critérios Secundários (menores): menos específicos reação cruzada do sistema imunológico
anticorpo anti-estreptolisina O. 1) Febre 2) Auto-imune – a válvula sofre uma modificação
Quando o indivíduo faz o anticorpo para se defender do qualquer e ela é antigênica, ela desperta a formação de
2) Artralgia – dor na articulação sem migração
estrepto para neutralizar a estrepto-lisina, esse anticorpos então é uma reação autoimune.
anticorpo enxerga algumas estruturas do organismo 3) Doença reumática prévia – sintoma de febre
como agressores e assim ele ataca também essas reumática anteriormente.
EVIDÊNCIAS PARA DOENÇA IMUNE :
estruturas. Então é uma doença auto-imune.
CRITÉRIO DE JONES Como saber na febre reumática que o estrepto não tem
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DE FEBRE nenhuma relação, que é uma doença de caráter imune?
REUMÁTICA? Como manipular esses sintomas para ter certeza que é Se fizer uma análise da infecção que o indivíduo tem na
febre reumática? Jones fez uma série de critérios para orofaringe vê que a infecção cardíaca vem 2 a 3 semanas
É extremamente difícil porque ela da sintomas muito isso. Diagnóstico de febre reumática: evidências de depois, que é exatamente o período de formação dos
semelhantes a qualquer doença. Então é preciso que infecção estrepto do grupo A. Diagnóstico feito anticorpos. A febre reumática aparece semanas após a
tenha algum sintoma ou sinal mais especifico que não sorologicamente ou por cultura. infecção, isso é um critério imune.
acontece em outra doença para que faça o diagnóstico.
 Critérios: 2 manifestações primárias e 1 primária e 2  FR semanas após infecção
Existe uma lista de doenças, chamadas de sinais maiores secundárias
ou critérios primários e secundários da febre reumática  Lesões FR e CPR – estéreis
Quando há agressão no coração o dado mais importante
que são mais específicos da febre reumática.
de sequela e que tem importância clinica é quando a  Faringite FR (ASLO)
Febre reumática é o anticorpo que agride as estruturas, lesão é valvar, pois entra em cronificação. Por que  FR recorrente precedida por infecção – surtos de
então as estruturas podem dar alguma sintomatologia cronifica? Qualquer agressão que tenha nessa valva leva repetição de ataque cardíaco se vê no histórico que
clínica. o aparecimento de vasos sanguíneos, só que quando o o paciente teve uma infecção recente de orofaringe
vaso chega leva junto célula inflamatório e anticorpo,
Dosagem de ASLO na febre reumática é importante pois
CRITÉRIOS PRIMÁRIOS (MAIORES): MAIS que pode agredir a válvula. Pode-se dizer que é uma
o aumento progressivo desse anticorpo (estreptolisina
fibrose deformante valvular e a mitral é a mais
ESPECÍFICOS O) indica a doença. Isso significa que a doença não é de
comprometida frequentemente.
caráter bacteriano é de caráter imunológico.
1) Poliartrite migratória – sintomatologia muito
suspeita, doença articular em uma das mãos, depois INCIDÊNCIA PREDISPOSIÇÃO: 3%
passa para a outra e depois passa para o joelho, percebe-
se a migração. 1940 com 20,6 mortes/100.000, 1982 com 2,2 Não são todos que podem ter febre reumática, porque
mortes/100.000, 15 a 20 milhões de casos/ano naquela provavelmente não é só a bactéria beta hemolítica que
2) Cardite – processo inflamatório de algumas
época. Atualmente incidência e número de mortes desperta isso, precisa ter pré-disposição individual.
áreas do coração altera o batimento, pode dar
diminuíram Alguns indivíduos não tem o sistema imunológico para
taquicardia ou braquicardia.
combater, há alguma falha no sistema imune.
Helena Bernardes e Thays Jaculi XX
Na população apenas 3% tem predisposição de ter febre Pericárdio: Pericardite Fibrose, retração, calcificação. Mitral isolada: 65 – 70%.
reumática. Não é todo mundo que tem infecção por Mitral/aorta : 25%. Estenose / Insuficiência / Dupla
O mecanismo imunológico envolvido nesse processo é
estrepto terá febre reumática. lesão. Lesão crônica da febre reumática atinge a válvula
tanto do Linfócito T como do Linfócito B.
mitral, aórtica e tricúspide.
Os Linfócitos T que é da imunidade celular são ativados
REAÇÃO IMUNOLÓGICA pelo antígeno do estrepto. Os Linfócitos B são ativados RESUMO:
Glicoproteina/hialuronidase capsular igual aos humanos também pelo antígeno do estrepto, só que o B fabrica
anticorpo e o T, ele mesmo combate os agressores. Infecção de orofaringe. Essa infecção é feita pelo
nas válvulas cardíacas
estrepto β-hemolítico do grupo A. Esse estrepto
A glicoproteína/hialuronidase presente na cápsula da Os anticorpos produzidos pelo Linfócito B agridem várias desperta o linfócito T e o linfócito B. O linfócito T vai
bactéria é igual a glicoproteína/hialuronidase presente estruturas, mas principalmente as válvulas formando direto no combate ao estrepto e o linfócito B fabrica
nos humanos, destacando-se as válvulas cardíacas. vegetações. Essa vegetação da válvula é uma fibrose, anticorpos específicos para combater o estrepto em cada
calcificação ou área inflamada. Vegetações é uma área.
A reação imunológica atinge a substancia maneira de se apresentar uma área da válvula lesada.
glicoproteína/hialuronidase, essas substancias são Na fibra cardíaca e nas glicoproteínas/hialuronidase do
encontradas no colágeno, portanto o anticorpo pode No miocárdio também existe agressão e essa agressão é tecido colágeno, o linfócito T pode agredir diretamente
atacar qualquer lugar do organismo pois o colágeno se através dos Corpúsculos de ASCHOFF, esses corpúsculos ou/e o linfócito B através do anticorpo.
encontra na MEC. indicam febre reumática em atividade porque é o
corpúsculo ainda é um processo inflamatório, não está A infecção tem dois mecanismos de agressão
Porém, as válvulas cardíacas são mais atingidas pelo na fase crônica. imunológica, um celular e outro humoral. Os dois
anticorpo. Essa válvula a ser atingida pelo anticorpo participam do mesmo processo tanto na fibra quanto
começa a ter vasos sanguíneos e a ficar inflamada e ao Pode atingir o pericárdio dando uma pericardite. nos constituintes do colágeno.
tratar o indivíduo essa válvula irá cicatrizar. É bom para Qualquer doença de caráter imune pode atingir o
uma válvula que ela cicatrize? É péssimo, a válvula ao pericárdio. CARACTERÍSTICAS DO NÓDULO DE ASCHOFF E
cicatrizar perde muito da sua elasticidade. CÉLULA DE ANITSHKOW
 Antígeno membrana MORFOLOGIA
 Características do nódulo de Aschoff: ao redor do
 Sarcolema Febre reumática aguda: vaso, agregados particulares estão distribuídos nas
pontas em forma de chama de vela e apresenta
O antígeno da membrana da bactéria o anticorpo contra  Aschoff (células de Anitschkow) – Aschoff é uma
células inflamatórias (linfócitos, plasmócitos). Pode
essa estrutura ataca o sarcolema. O sarcolema circunda célula inflamatória, apresenta linfócito, plasmócito e
ter aspecto granulomatoso quando apresenta célula
cada fibra cardíaca e cada fibra de músculo estriado. macrófago. O macrófago no coração como ele tem
multinucleada.
uma morfologia diferente é chamado de
 Proteína M membrana estrepto Miosina
Anitschkow.  Características da célula de Anitshkow: é uma célula
A proteína M da membrana do estrepto quando cria macrófágica, o núcleo é bem alongado e é uma
 Pericárdio, miocárdio, endocárdio – quando a febre
anticorpo agride diretamente por semelhança a actina e célula em lagarta.
reumática atinge esses três folhetos é chamada de
a miosina que são elementos que realizam a contração
pancardite reumática Fases do nódulo de Ashoff
muscular.
 Lesões sub-endocárdicas: Placas de Mac Callum – a 1) Foco perivascular de colágeno edemaciado eosinófilo,
 Linfócitos T -> ativados por antígeno do
febre reumática pode ser tão discreta que atinge circundado de linfócitos, plasmócitos e macrófagos
estrepto
pequenas áreas atrás do endocárdio, são as lesões (célula de Anitshkow)
 Linfócitos B -> Anticorpo – Válvulas: Vegetações sub-endocárdicas ou placas de Mac Callum. 2) Aspecto granulomatoso com material fibrinóide
Miocárdio: Corpúsculo de ASCHOFF CPR crônica: central, halo de células inflamatórias e algumas
multinucleadas (célula gigante de Ashoff).
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3) Substituição por nódulo cicatricial – quando o  Miocardite: Fibrilação atrial – tromboembolia – Febre reumática evoluindo para endocardite bacteriana
paciente é tratado o nódulo cicatriza. dilatação cardíaca – insuficiência mitral – refere-se ao indivíduo que está evoluindo de uma
Estenose de mitral e aórtica insuficiência cardíaca – morte na fase aguda 1% cardiopatia reumática crônica e depois fez essa forma
sub-aguda.
A fibrose na válvula altera a sua hemodinâmica, altera o A fibrilação atrial é um batimento superficial da câmara
vai aumentando o volume em um fluxo menor e pode A febre reumática pode dar cardiopatia bacteriana na
seu diâmetro e o seu calibre. Quando a válvula retrai o
formar trombos. A câmara como está batendo forma sub-aguda com bactéria de baixa virulência.
seu orifício fica muito diminuído, isso chama-se estenose
valvar. superficialmente e não consegue ejetar todo o sangue
ela vai armazenando cada vez mais sangue vai dilatando. EPIDEMIOLOGIA E PATOGENIA
 Uma estenose de mitral terá repercussão no átrio Se dilata o coração a válvula dilata junto e evolui para
direito, porque é dele que vem o sangue. O AD está insuficiência mitral, depois insuficiência cardíaca e pode  Antigamente cardiopatia reumática valvular era a
com dificuldade de passar o sangue pela válvula levar a óbito. Frequência de morte muito baixa. principal envolvida na origem das cardiopatias
mitral então o átrio dilata. bacterianas, atualmente são as cardiopatias
 Lesão cumulativa / Profilaxia congênitas.
 Uma estenose de aorta terá repercussão no
ventrículo esquerdo. O VD para compensar essa
Se o indivíduo teve um surto e teve uma lesão, na  Importante: imunodeficiência (AIDS ou
segunda vez pode formar mais lesão e por isso vai se quimioterapia), drogas EV.
estenose irá hipertrofiar
acumulando com o que já existia anteriormente. A
O colágeno frente a pressão e a batida do sangue vai profilaxia é importante para evitar que se tenha o  Streptococcus viridans mais de 50% dos casos (não é
rompendo as fibras e essa válvula vai aumentado o seu segundo surto. o β-hemolítico).
calibre, chega um momento que essa válvula aumenta  Staphylococcus aureus - 20% a 30% dos casos.
tanto que ultrapassa o calibre normal e isso chama-se  Complicação / Endocardite infecciosa.
insuficiência valvar. Uma das complicações da febre reumática é a  Outros agentes: Streptococcus pneumoniae, bacilos
endocardite infecciosa (bactéria na própria válvula). entéricos e fungos.
 Estenose: dificuldade na abertura
 Insuficiência: dificuldade no fechamento ENDOCARDITES (ANGELO) ENDOCARDITE INFECCIO SA
Se a válvula está esteanótica e também com início de Doença infecciosa das válvulas cardíacas ou do Infecção valvular ou endocardite mural formando
insuficiência valvar, nesse momento a válvula fica com endocárdio por agente infeccioso formando vegetações vegetação. Agentes: Bactérias, fungos, Clamydia
dificuldade de abrir e de fechar e isso chama-se dupla com o microrganismo. Na endocardite, o microrganismo
lesão mitral. Essa válvula terá aspecto de boca de peixe.  Endocardite aguda – válvula normal/morte 50% -
ataca o local.
S.aureus
EVOLUÇÃO CLÍNICA Agentes: quase todos. Fungos, riquetsias – espiroquetas,
clamídias – protozoários. Maioria é bacteriana.  Endocardite subaguda: válvula lesada (crônica)-
 FR aguda – 5 a 15 anos S.viridans.

Evolução clinica extremamente longa, o indivíduo pode FORMAS CLÍNICAS  Causas: CPR (cardiopatia reumática crônica),
ter essa doença entre 5 a 15 anos de idade. Caso Cardiopatias Congênitas, Neutropenia, HIV,
 Aguda: infecção destrutiva e violenta de válvula
detectado com 6,7 anos tem que ser feita a profilaxia até Cateteres, Diabetes, álcool, drogas EV.
normal, com organismo virulento, mortalidade de
os 18 anos. mais de 50% Neutropenia é a redução do número de neutrófilos e
Cardite aguda: 50 a 75% em crianças. 35% em adultos assim a imunidade é diminuída. Uso de cateteres pode
 Sub-aguda: em válvulas deformadas, organismos de empurrar bactéria para dentro do organismo.
Não é comum em adultos e é frequente em crianças. baixa virulência, evolução longa.
Ocorre alteração da frequência cardíaca.  Complicações: insuficiência ou estenose valvular,
Vegetações em ambas, compostas por fibrina, células
abscessos, pericardite, infarto renal, GN focal
inflamatórias e microrganismos.
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(glomérulo nefrite focal), GNDA (glomérulo nefrite  Mycobacterium: parede celular única – ácido
difusa aguda).
 Hipercoagulação micólico → ácido resistentes
Os abcessos são formados devido ao fragmento que se Quando a Mycobacterium sofre os processos de banho
Os trombos são formados em indivíduos que tem um
destaca da vegetação leva junto bactéria e forma um durante o processo de coloração da lâmina, as bactérias
estado de hipercoaguabilidade, está coagulando em um
embolo séptico e onde chega forma trombo e abcessos. dessa família não sofrem ação degradatória de álcool e
tempo menor que o normal, o sangue tem um estado
Infarto renal ocorre quando um embolo para em artéria nem de ácidos por isso elas ficam impregnadas no
muito viscoso.
renal. As vezes o embolo é tão pequeno que ele passa corante que foi colocado. Um componente da parede
pela artéria renal e para no glomérulo e no glomérulo  Adenoma mucinoso (pâncreas e ovário) celular dessas bactérias dá resistência ao álcool e ao
ocorre o processo inflamatório (GN focal). Em câncer de pâncreas e ovário a célula libera muco no ácido, o nome desse componente é o ácido micólico.
O imunocomplexo normalmente é eliminado, porém sangue e ele fica mais concentrado e coagulado, Desse ácido micólico que surgiu o nome Mycobacterium.
alguns indivíduos não conseguem fazer isso e eles são tendência a formar trombos. Mycobacterium tuberculosis é uma das bactérias que são
aprisionados no rim e são grudados na membrana basal (BAAR) bacilos álcool ácido resistente.
 Leucemia, aumento de estrógenos e trauma cateter
e não realiza a filtração (GNDA), é uma doença imune
glomerular pelo mesmo agente estrepto da febre Estrógeno é um vasodilatador e regula o metabolismo HISTÓRIA
reumática. lipídico.
A tuberculose sempre fez parte da humanidade. Têm
 Hemocultura positiva em 80 a 95% . Sobrevida 5 COMPLICAÇÃO: EMBOLIA registros antigos de pessoas tentando entender o
anos (tratado) – 50 a 90%. processo da doença. O entendimento atual da
Endocardite do LES (Doença de Libman-Sacks) – Lúpus tuberculose começou primeiramente quando se
EVOLUÇÃO Vegetações: 1 a 4mm – estéreis – mitral e tricúspide são entendeu que é uma doença infecciosa, que havia um
Febre, perda de peso, astenia, sopros valvulares (válvulas os locais preferenciais. agente etiológico que transmitia a doença.
deformadas forma um turbilhonamento do sangue). Macro: Granulações róseas isoladas ou múltiplas em  Villemin: 1865 - Natureza infecciosa da doença
Petéquias, hemorragias. átrio, ventrículo, endocárdio mural.  Robert Koch: 1882 - Isolamento do agente em lesão
Micro: Material fibrinóide. Corpúsculo hematoxilinico. de humanos. 1890 - Produção da Tuberculina O.T.
COMPLICAÇÕES:
Anticorpo antinúcleo – anticorpo gruda no núcleo solto e (Old tuberculin). Mycobacterium tuberculosis –
 Cardíacas: insuficiência ou estenose valvular com esse núcleo se modifica e é não é mais reconhecido e o bacilo de Koch. Importante no conhecimento do
ICC, abscessos, pericardite supurativa, deiscência de neutrófilo o fagocita. É pouco frequente no indivíduo agente etiológico.
próteses valvulares. vivo e no tecido é chamado de corpúsculo  Mantoux : 1908 - Inoculação intradérmica de
hematoxilinico.
 Embólicas: esquerda - cérebro, baço, rins. Direita - tuberculina para fins de diagnóstico de tuberculose.
pulmões. Renais: infarto, glomerulonefrites, TUBERCULOSE (VICTOR)  Calmette & Guérin: 1908 – 1920 - Produção da
abscessos. vacina BCG para o homem. Vacina BCG obrigatória
FAMÍLIA MYCOBACTERIUM no Brasil. Objetivo dessa vacina não é imunizar e
ENDOCARDITE TRAMBÓTI CA NÃO BACTERIANA  Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis prevenir a tuberculose pulmonar e sim, prevenir a
(MARÂNTICA) tuberculose por meio da Mycobacterium bovis,
O agente etiológico é uma bactéria que se chama
contraída quando ingerido leite não pasteurizado
Ocorre: debilitados, cancerosos ou indivíduos com sepsis Mycobacterium tuberculosis. Mycobacterium é uma
por exemplo.
família bem grande de bactérias e dentro dessa família
Macro: vegetações 1 a 5mm em válvulas normais, linha tem a espécie tuberculosis.  Dorset: 1934 - Produção de tuberculina em meio
fechamento sintético. Teste diagnostico: foi removida uma
Micro: trombas sem inflamação substancia da bactéria chamada de tuberculina que
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atuava como antígeno. Quando injetado de forma tuberculose caminha junto com o HIV por conta da  Formação de granuloma caseoso e cavitação
intradérmica observava se formava uma reação ao imunodepressão.
Essa resposta celular especifica irá formar granulomas
redor ou não. Tuberculina retirada de forma natural.
característicos da tuberculose. O granuloma
 Seibert: 1934 - Produção da tuberculina purificada = INFECÇÃO X DOENÇA tuberculoide tem a presença de necrose caseosa e essa
PPD. PPD utilizado ainda atualmente = tuberculina necrose caseosa também pode ter cavitação.
Ao ter contato com o agente etiológico não significa que
sintetizada. PPD pode dar positivo quando se tem
a pessoa adquiriu a doença. A infecção é quando se tem  Destruição de tecidos pelo próprio hospedeiro
contato com a vacina, não necessariamente precisa
a presença do microrganismo, só que esse Toda essa necrose caseosa e essa cavitação foi causada
ter contato com a doença.
microrganismo pode trazer ou não a doença significa no pela própria resposta imunológica do hospedeiro. Essa
ponto de vista clinico. resposta imunológica controla o processo, porém ao
ETIOLOGIA mesmo tempo destrói o tecido.
 Família: Mycobacteriaceae TRANSMISSÃO
ESSA RESPOSTA IMUNOLÓGICA SE INICIA DE QUAL
 Gênero: Mycobacterium  Via respiratória: Pessoa a pessoa de M. tuberculosis
FORMA?
 Complexo M. tuberculosis: M. tuberculosis, M. veiculados pelo ar
bovis, M. caprae, M. africanum, M. microti e M. O reservatório natural do M. tuberculosis é o ser  Tem um antígeno que está presente na
pinnipedii humano. Então a pessoa que está doente ao espirrar ela Mycobacterium. Esse antígeno vai ter que ser
vai deixar em suspensão no ar o agente etiológico que apresentado pelo macrófago que é a célula
 Micobactérias não tuberculosas: M. avium, M. apresentadora de antígeno nesse caso.
intracellulare, M. scrofulaceum • M. avium pode ser inalado por alguém que estiver próximo.
subsp. paratuberculosis  Via digestiva: Ingestão de leite comtinado pelo  O macrófago vai fagocitar o antígeno, ao fagocitar
M.bovis (não pasteurizado) vai pegar um fragmento desse antígeno e vai
expressar esse fragmento na membrana celular dele
INCIDÊNCIA que está voltado para o ambiente externo.
ETIOPATOGENIA
O brasil está entre os países com maior incidência de  Essa expressão do fragmento do antígeno é
tuberculose. O brasil está junto com outros países que  Invasão dos alvéolos pulmonares chamada de complexo/ molécula de
estão em desenvolvimento ou com níveis baixos histocompatibilidade (MHC). Esse complexo ficará
 Resposta celular
socioeconômicos. expresso do lado de fora desse macrófago e ele vai
O agente etiológico é transmitido por via respiratória e servir para que o linfócito T se ligue a esse
Tuberculose no Brasil
ele vai para o trato respiratório e então ele irá se complexo.
50 milhões de pessoas infectadas por TB no Brasil. inocular nos alvéolos. Isso vai desencadear uma resposta
71.123 casos de TB notificados (ano de 2013). Brasil: celular muito especifica que vai ser fundamental para  Esse linfócito T é do tipo TCD4 + e na maioria das
111º país em incidência no mundo. Média de 4,5 mil que esse processo se desenvolva. vezes ele está na forma quiescente no organismo,
mortes por ano. 70% dos casos estão em 315 municípios. então a partir do momento que ele tem contado
3ª causa de mortes por doenças infecciosas. 1ª causa de  Desenvolvimento da resposta imune e de com o MHC ele se torna ativado.
mortes dos pacientes com AIDS. hipersensibilidade tardia
 O linfócito T ativado é fundamental porque ele irá se
Essa resposta celular é uma resposta imune e vai levar a tornar o Linfócito TCD4 HELPER e vai poder ter duas
 O tratamento da tuberculose começou a mudar
pessoa a ter uma hipersensibilidade tardia, ou seja, possibilidades: esse linfócito ativado vai sinalizar
quando houve a introdução dos antibióticos como a
quando a pessoa é exposta a esse agente etiológico ela para que alguns macrófagos se tornem citotóxicos,
penicilina que é usada ainda nos dias de hoje. Na
se torna sensibilizada a ele. Em uma segunda introdução ou seja, macrófagos com capacidade de destruição
década de 80 houve a descoberta e a infecção
do microrganismo, a pessoa já tem uma resposta celular do agente etiológico realizando uma resposta celular
desconhecida por HIV e assim observou-se que a
mais rápida. e também vai poder sinalizar linfócitos B para que
Helena Bernardes e Thays Jaculi XX
esses podem dar uma resposta humoral fabricando O processo começa a acontecer exatamente nesse Tem muita rede capilar envolvendo a estrutura do
anticorpos. momento. Na hora que o macrófago pega para si próprio pulmão, como o macrófago não está conseguindo acabar
essa Mycobacterium ele tenta digerir essa bactéria de com as bactérias começa a ter recrutamento de
MICROSCOPIA alguma forma. O macrófago após ter fagocitado a monócitos no sangue para aquele tecido e nesse
Mycobacterium por meio da endocitose ele ainda precisa instante, por conta da quantidade grande de bactérias
No granuloma está ocorrendo uma resposta linfocitária
digerir essa bactéria. Aquilo que entrou no citoplasma é inicia a introdução do microrganismo na corrente
(linfócitos na periferia) conforme caminha para o centro
chamado de fagossoma, esse fagossoma é o vacúolo que sanguínea e linfática.
tem os macrófagos, macrófagos que ficam especializados
onde fica o Mycobacterium e terá que interagir com o
na forma epitelioide, macrófagos que se unem pelo  Início de resposta TH1 → Ativação de macrófagos
vacúolo que o macrófago já tem que está cheio de
citoplasma tornando células gigantes multinucleadas e → Bactericida (citotóxico)
enzima pra poder digerir, esse vacúolo cheio de enzima é
macrófagos que são citotóxicos (macrófagos de Ao ter recrutamento do monócito para ir para o tecido
chamado de lisossoma. A interação do fagossoma com o
combate). Ainda mais para o centro terá muitos bacilos e começa o processo inflamatório propriamente dito e
lisossoma forma o fagolisossoma.
a área da necrose caseoasa. começa a ter a resposta imunológica Th1. Essa resposta
A infecção fica bem-sucedida pois a Mycobacterium
MACROSCOPICAMENTE TH1 tem objetivo de ativar macrófago, porque o
impede a interação do fagossoma com o lisossoma, ou
macrófago tecidual não deu conta de acabar com o
seja, apesar da Mycobacterium ter sido fagocitada o
Área branca acinzentada com o centro levemente microrganismo então quem vai tentar fazer isso será
macrófago não consegue digerir essa bactéria. A
escurecido é a formação do granuloma, o granuloma outros macrófagos com capacidade
Mycobacterium impede isso através da interação do
pode receber o nome de Nódulo de Ghon. citotóxica/bactericida. Começa a ter resposta
cálcio entre os dois vacúolos (sempre que tem união de
inflamatória no local da inflamação da bactéria e
membrana é mediado por cálcio) e então não ocorre a
também inicia a resposta inflamatória no linfonodo de
ETIOPATOGENIA – LINHA DO TEMPO formação do falolisossoma, assim ela fica dentro do
drenagem. Esse período ocorre acima de 3 semanas.
macrófago, porém não sofre digestão.
 Penetração em macrófagos por endocitose →  A diferenciação para Th1 é dependente da IL-12
Glicolipídio revestido por manose → Receptor  Bactérias proliferadas em macrófagos alveolares →
manose do macrófago Bactérias proliferadas em espaços alveolares → Essa sinalização para ser Th1 é intermediada pela
Bacteremia Interleucina-12, quando tem secreção de IL-12 caminha
Teve a infecção bem-sucedida por meio da inalação do para Th1. Quem dá essa sinalização por IL-12 é o
Mycobacterium tuberculosis e essa bactéria vai parar no A Mycobacterium se prolifera e continua se dividindo
macrófago apresentador de antígeno. O macrófago
trato respiratório. A primeira alteração que vai ocorrer sem sofrer nenhum tipo de agressão. O macrófago fica
interpreta o antígeno e “joga” IL-12 para que se
vai ser nos alvéolos que é onde a bactéria vai se lotado de bactéria até que ele se rompa e essas bactérias
desenvolva e tenha uma relação com o Linfócito T.
depositar. são liberadas novamente no alvéolo e esse processo vai
aumentando exponencialmente. As bactérias vão se  Células Th1 maduras (linfonodos e pulmões) →
Primeira célula importante nesse processo é o Produção de IFN-γ → Ativação de macrófagos
proliferando nos alvéolos e nos espaços alveolares.
macrófago alveoloar ou tecidual, é o macrófago que já
Ocorre então bacteremia (aumento de bactérias) no O linfócito TCD4 secreta o Interferon-Gama (IFN-Gama) e
está presente no alvéolo para assim poder dar uma
local e começa a ter semeadura com outros espaços o TNF. O IFN-Gama é importante para especializar
resposta imunológica rápida. Esse macrófago exposto a
alveolares. Nesse momento a maioria das pessoas nessa macrófagos e o TNF para recrutar macrófagos.
bactéria irá englobar essa bactéria por meio de
fase estão assintomáticas ou no máximo com uma
endocitose, essa entrada é muito facilitada no macrófago Produz IFN-Gama e esse ativa os macrófagos e isso gera
sintomatologia branda, em um estado febril e um mal-
porque na parede celular da Mycobacterium tem um a formação de fagolisossoma, que até então o
estar.
lipídio revestido por manose e o macrófago tem receptor macrófago não conseguia formar, e também produz NO
para manose.  Migração de mócito-macrófagos → Maior atividade que será importante no sentido citotóxico.
inicial contra o bacilo → Disseminação
 Multiplicação no fagossoma → Bloqueio da fusão  O IFN-Gama é o que permite a contenção da
hematogênica intra-monócito
do fagossoma com o lisossoma (inibição de Cálcio) infecção → Atividade bactericida e diferenciação
Helena Bernardes e Thays Jaculi XX
para histiócitos epitelioides (macrófagos Lesão expande e eventualmente erode para brônquios A tuberculose caminha junto com HIV. Uma condição
epitelioides) e vasos → Disseminação vascular e linfática → piora a outra. A liberação de TNF alfa será importante
O IFN-Gama é o que permite a manutenção da infecção Evacuando o centro caseoso → Cavitação para recrutar os linfócitos, ao mesmo tempo esse TNF
porque é ele que dá atividade bactericida ao macrófago O granuloma vai aumentar cada vez mais e a quantidade estimula de algum modo a duplicação do vírus do HIV.
Assim ocorre aumento do potencial da carga viral da
e contém a infecção através dos macrófagos epitelioides. de necrose vai aumentando e vai chegar no momento
pessoa. Além disso, o alvo do HIV são os linfócitos TCD4
A função da célula epitelioide é formar uma contenção, é que o granuloma fica tão grande ao ponto que consegue
+ e são eles que são fundamentais para a resposta
ela que dá a forma do granuloma isolando o centro que se comunicar com os bronquíolos o conteúdo que era
tem a maior concentração de bactérias. caseoso vai expectorar por meio da tosse do indivíduo. celular e então a progressão da doença é muito mais
facilitada.
Aquilo que antes tinha um conteúdo caseoso, fica sem
 Caseação
nada por meio da evacuação e assim forma a cavitação. DPOC (ANGELO)
Enquanto a imunidade aumento começa a ter a Além disso essa cavitação é ideal para a multiplicação
possibilidade de ter cada vez mais lesão no tecido. das bactérias, não há circulação sanguínea nesse local e Bronquite crônica, asma, bronquiectasia e enfisema.
Começa a ter a formação de cavitação e a formação de também a concentração de oxigênio é diferente do meio
necrose caseosa no centro. externo. Há alta transmissibilidade.  DPOC: aumento da resistência ao fluxo do ar
resultando de uma obstrução parcial ou completa,
Resultado: lesão curada ou lesão latente Disseminação hematogênica maciça – Tuberculose em qualquer nível do trato respiratório. Teste de
 Lesão curada → Cicatriz miliar função respiratória (teste de volume expiratório
Quando a bactéria cai na circulação o microrganismo forçado): Diminuição do volume expiratório.
Na maioria das pessoas depois da formação do
granuloma o processo é resolvido de forma natural, por pode parar em qualquer lugar do corpo. Quando o  Versus Doenças restritivas: expansão pulmonar
meio do próprio organismo. Toda a movimentação indivíduo é imunodeprimido pode começar a ter reduzida, com diminuição da capacidade pulmonar
imunológica foi suficiente e conteve o problema e pode semeadura dessa bactéria a distância e geralmente será total (distúrbios da parede torácica, doenças
ter na região que tinha os granulomas a formação de em órgãos muito perfundidos com circulação sanguínea intersticiais e infiltrativas agudas ou crônicas)
cicatriz. e linfática e assim ocorre a tuberculose miliar. Os órgãos Doença da função da parede torácica.
mais comuns são fígado, medula óssea, baço,
 Lesões latentes suprarrenais, meninges, rins, mas também pode ocorrer
Alguns casos não é eliminada toda a bactéria e ocorre a em qualquer órgão. A tuberculose miliar pode ser
formação de lesões latentes, se o indivíduo for imuno decorrente da tuberculose primária progressiva ou da
competente a doença não irá evoluir e ficará secundária progressiva.
estacionada, porém caso seja imunodeprimido ou tenha
idade avançada pode caminhar para reativação e DIAGNÓSTICO
tuberculose miliar.
 História da doença
Manutenção da doença ativa ou reativação de lesão
latente ou reinfecção  Achados físicos e radiográficos
Após semanas/ anos que a lesão ficou latente, pode se  Identificação do bacilo - Esfregaços e culturas ácido-
tornar reativa novamente dependendo do estado resistentes do escarro
imunológico (imunodepressão e idade avançada) ou
 PCR - Detecção do DNA do M. tuberculosis
também por meio da reinfecção, se a pessoa continua se
expondo ao agente etiológico. Acontece então a
TUBERCULOSE X HIV BRONQUITE CRÔNICA
tuberculose secundária, o indivíduo já está sensibilizado.
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Não é qualquer paciente com infecção nos brônquios TH1. Não tem a resposta imunológica (proteção via IL-1,FNT, IL-6, quimiocinas, óxido nítrico, bradicinina
que é diagnosticado com bronquite crônica, para ser imunidade celular) do Th1 apenas do Th2 (onde existe e endotelinas. Um monte de elementos que
classificado deve ter: Tosse persistente com produção de apenas a estimulação do linfócito B para formar participam do processo.
escarro por pelo menos 3 meses (em 2 anos anticorpo) fica faltando a imunidade celular causando
 Asma Não-atópica ou Não reagente (não alérgica):
consecutivos), na ausência de qualquer outra causa processo inflamatório recorrente, devido a falta do TH1.
Desencadeada por infecções virais,
identificável. Indivíduo sofre remodelagem das vias aéreas por hiperirritabilidade da árvore brônquica.
Patogênese – fator desencadeador irritação crônica por atuação do bloqueio do gene Adam -33: expresso em
 Asma induzida por drogas: ex: induzida por aspirina.
substâncias inaladas (fumaça do tabaco, poeiras de fibroblastos pulmonares e células musculares lisas.
grãos, algodão, sílica). Infecções bacterianas e virais são Quando ele é bloqueado, essas células ficam  Asma Ocupacional: inalação de poeiras, gases
importantes no desencadeamento das exarcebações, desorientados e aceleram a proliferação de células (ex:tolueno), outros produtos químicos.
não é o fator etiológico, mas agrava. musculares lisas e de Fibroblastos. Papel dos Mastócitos:  Morfologia – Macroscopia: hiperdistensão, oclusão
Morfologia: hipersecreção de muco nas grandes vias liberação de aminas vasoativas e de fatores de de brônquios e bronquíolos por espessos tampões
crescimento (PDGF). de muco. Microscopia: espirais de Curschmann
aéreas (hipertrofia das glândulas submucosas), aumento
do número de células caliciformes (células produtoras de (muco com células epiteliais desprendidas),
muco) nos pequenos brônquios e bronquíolos e ASMA ATOPICA (PROCESSO ALÉRGICO) espessamento da membrana basal epitelial
formação de “plugs” de muco (funcionam como “rolhas” numerosos eosinófilos, o muco resseca e forma
de muco que entopem) nas pequenas vias aéreas. Inicia-se geralmente na infância, historia familiar de cristais de Charcot-Leyden, aumento de tamanho
atopia, desencadeada por antígenos ambientais poeiras, das glândulas submucosas, hipertrofia da
ASMA polens, dejetos de animais e alimentos. Reação de musculatura lisa.
hipersensibilidade do tipo 1 (fases imediata ou tardia).
Distúrbio inflamatório crônico das vias aéreas que causa BRONQUIOECTASIA
episódios recorrentes de sibilação (chiado), falta de ar,  Resposta imediata: ocorre em minutos após a
rigidez torácica e tosse. Inflamação e broncoespasmo estimulação, muito rápido, já existe a Dilatação permanente de brônquios e bronquíolos em
(fenômenos principais). Células inflamatórios: hipersensibilidade só necessita do estimulo inicial. virtude da destruição do músculo e tecido elástico,
eosinófilos, mastócitos (carácter alérgico), macrófagos, Mastócitos são pré sensibilizados cobertos por IgE resultando em infecções necrosantes crônicas.
linfócitos t. Contração do brônquio com grande (imunoglobulina) são estimulados e há liberação de “Aneurisma” do brônquio, destruição da parede que
dificuldade do fluxo do ar para ventilar os pulmões. mediadores químicos. Abertura de junções depois fibrosa, o ar penetra com força, a parede rígida
intercelulares da mucosa com estimulação direta de acaba cedendo e abrindo. Dilatação do brônquio pós
Patogenese – predisposição genética para receptores vagais subepiteliais, resultando numa destruição da sua parede.
hipersensibilidade do tipo 1 (imediata). Resposta broncoconstrição.
predominante de linfocitos T (TH2), alterações Associada a diversas condições – doenças hereditárias:
estruturais da parede brônquica (remodelagem das vias  Resposta tardia: inicia-se 4-8 horas e pode persistir principalmente crianças fibrose cística,
aéreas) por hipertrofia da camada muscular e depósito 12-24h ou mais. Influxo de células inflamatórias imunodeficiências, discinesia ciliar primaria (indivíduo
de colágeno subepitelial. Por isso é classificada como (neutrófilos, monócitos, linfócitos, basófilos e que nasce com deficiência dos cílios do epitélio cilíndrico
DPOC, porque há deposição de colágeno que vai principalmente eosinófilos) pela ação de citocinas do pulmão, esses ajudam a remover detritos e secreção,
danificando a parede do brônquio e pode evoluir para (ex:IL5) derivadas de mastócitos. Outras fontes de sem eles inicia-se todo um processo inflamatório),
uma DPOC. citocinas: endotélio, células epiteliais (ex: eotaxina). síndrome de Kartagener (bronquiectasia pode fazer
Mediadores envolvidos: envolvidos no parte dessa síndrome quando associado com sinusite e
Resposta predominante de linfócitos T (TH2) – a via do desenvolvimento do broncoespasmo – leucotrienos situs inversus). Pós-infecções do tipo pneumonias
Th1 não acontece devido a falha na influência restritiva C4D4 e E4, acetilcolina (intervenção farmacológica). necrosantes, fungos, vírus, ou até pós tuberculose a
do INF -gama e também pela ausência do fator de Presentes na crise e com efeito tipo-asma histamina, bronquiectasia pode surgir. Pós obstrução brônquica ex:
transcrição que interfere na diferenciação para linfócitos PGD2 (prostaglandina tipo 2). Mediadores suspeitos: tumores ou até outras doenças como artrite reumatóide,
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lúpus eritematoso sistêmico (doenças de caráter fibrosado é perda de parênquima. Não é uma doença PARASSEPTAL
imunológico, anti colágeno, acabam destruindo a parede inflamatória, pode ter mas não é tão significativo.
do brônquio). A parte distal acinar está envolvida. Marcante nas áreas
adjacentes a pleura, ao longo do septo de tecido
 Etiologia e Patogênese: obstrução e infecção
condições necessárias para o desenvolvimento da conjuntivo lobular e as margens dos lóbulos. Ocorre
bronquiectasia. adjacente as áreas de fibrose, cicatrizes ou atelectasia
(mais intenso na metade superior dos pulmões). Podem
 Macroscopia: em geral bilateral e lobos inferiores
(secreção tem tendência, devido a gravidade, de ir formar estruturas císticas (bolhas de 0,5mm a 2,0cm de
para o lobo inferior) dilatação de brônquios e diâm.). Frequente causa de pneumotórax (acúmulo de ar
bronquíolos é considerada bronquiectasia quando entre as duas pleuras por ruptura de uma dessas bolhas
está até 4X o normal, formam longos alargamentos de enfisema, pulmão não expande) espontâneo em
tubulares (tipo cilíndrica) ou distensão fusiforme ou Classificados em 4 tipos: centriacinar (no centro do adultos jovens.
sacular (tipo sacular). acino), panacinar (associados a deficiência de alfa1),
 Microscopia: casos em atividade (processo parasseptal (parte distal acinar está envolvida), irregular IRREGULAR
inflamatorio atuando), infiltrado intenso, agudo e (envolve acino irregularmente).
Envolve irregularmente o ácino. Associado com
crônico (reinfecção), descamação do epitélio e
ulceração; fibrose. Bronquiectasia é um processo CENTRIACINAR cicatrizes. Maioria dos casos são assintomáticos, porque
crônico, porém ela pode estar instaurada em um as cicatrizes são pequenas. Pode ser a forma mais
Envolve as partes centrais do ácino (bronquíolo
processo agudo. comum de enfisema.
respiratório). Lóbulos superiores (segmentos apicais). As
 Brônquio fica dilatado, sendo propício há infecções, paredes dos espaços enfisematosos geralmente contêm
essas infecções acabam atingindo outros brônquios pigmento negro. Inflamação é comum em torno de INCIDÊNCIA
e isso acaba danificando a estrutura normal do
brônquios, bronquíolos e septos alveolares. Podem ter Incidência comum, combinada de 50% de enfisema
órgão progressivamente. O tratamento as vezes é
cirúrgico, tira a parte anômala, para que não se associação com bronquite crônica, o brônquio doente paracinar e centriacinar em autópsias. Associação entre
atinja todo o pulmão. com processo inflamatório, os alvéolos em volta tabagismo intenso, pacientes mais graves em homens. É
começam a romper com a chegada do ar devido a uma doença silenciosa e que progride lentamente.
 Quadro Clínico: tosse grave e persistente, Associação entre tabagismo intenso , pacientes mais
expetoração de escarro de odor fétido, hemoptise inflamação, o ar chega e não consegue sair. O papel dos
graves homens e responsável pela morte em 6,5%.
(devido a ulceração da parede), dispneia e ortopneia produtos de tabaco e poeira de carvão na gênese.
(deitado). Estado febril (dependendo de patógenos
associados). Tosse paroxística: drenagem postural PANACINAR PATOGENIA
com tosse e expectoração pela manhã, tudo isso Mecanismo protease-antiprotease. Baseia-se em 2
Ácinos uniformemente dilatados (bronquíolo até os
pode levar ao cor pulmonale e também a abcessos observações importantes: clínica e exprimental. A teoria
no cérebro devido a uma infecção sistêmica. alvéolos terminais). Ocorre comumente nas zonas
protease-antiprotease é resultado de um desequilíbrio
inferiores e na margem inferior do pulmão (bases entre as proteases (elastase) e antiprotease (alfa1-
ENFISEMA PULMONAR pulmonares). Associado com a deficiência da alfa1- antitripsina) no pulmão. O enfisema resulta do efeito
Dilatação anormal e permanente dos espaços aéreos ao antitripsina (inibe as proteases, enzimas digestivas, se a destrutivo da alta atividade de protease nos indivíduos
bronquíolo terminal com destruição dos septos e fibrose alfa 1 está ausente, as enzimas atuam livremente). com baixa atividade antiprotease. Os fumantes
mínima. O enfisema pode ser classificado de acordo com apresentam maior número de neutrófilos e macrófagos
sua distribuição anatômica dentro do lóbulo. Septo roto, nos alvéolos O fumo aumenta a atividade elastolítica da
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protease nos macrófagos e esta não é inibida pela alfa1 - Enfisema bolhoso: Forma de enfisema, que produz ALTERAÇÃO VASCULAR NO PULMÃO LEVA A
AT. Os oxidantes na fumaça de cigarro e radicais livres de grandes bolhas subpleurais. Não é um tipo especial, é HIPERTENSÃO PULMONAR.
O2 secretados pelos neutrófilos inibem a alfa1 AT. um tipo de agravamento, qualquer tipo de enfisema
pode formar bolha e levar ao enfisema bolhoso. Alteração vascular no pulmão pode dar cor pulmonale
 QUADRO CLÍNICO: DISPNÉIA PROGRESSIVA,
porque leva a hipertensão pulmonar.
TOSSE, SIBILOS, PERDA DE PESO, TÓRAX EM - Enfisema intersticial: dentro do septo alveolar (pode ser
BARRIL, EXPIRAÇÃO PROLONGADA, também no subcutâneo, no mediastino). Penetração de Se você obstrui alguns vasos do pulmão o sangue não
CAPACIDADE DE DIFUSÃO DE O2 BAIXA. ar no estroma pulmonar, mediastino ou tecido penetra adequadamente, esse ventrículo deve fazer uma
subcutâneo. O ar que chega no alvéolo é normal, mas força enorme (o sangue não consegue chegar ao
 COMPLICAÇÕES: MORTE POR ACIDOSE
não ocorre a troca gasosa. pulmão) e causa hipertensão pulmonar. O trajeto está
RESPIRATÓRIA (devido a dificuldade de
sob hipertensão. Não é hipertensão sistêmica.
respirar)/COMA/COLAPSO MACIÇO DOS COR PULMONALE
PULMÕES.  Quem pode causar hipertensão pulmonar, causar
(Cardiopatia pulmonar crônica) alteração nos vasos: Embolia pulmonar, Poliarterite
 Macroscopia: no enfisema panacinar os
nodosa, Granulomatose de Wegener levam a
pulmões estão volumosos, de aspecto
Doença cardíaca desencadeada por uma doença resistência vascular pulmonar.
hipercreptante (maior quantidade de ar no
pulmonar.
pulmão, aumenta crepitação), estendendo-se
Hipertrofia ou dilatação do VD secundária a hipertensão INFLAMAÇÃO CRÔNICA: DE LONGO PRAZO E
até a superfície pleural. Os lobos esfisematosos
são pálidos (compressão dos vasos sanguíneos). pulmonar causada por distúrbios que afetam a estrutura FIBROSANTE NO PULMÃO.
O centroacinar é menos marcante, atingindo os ou a função dos pulmões. É doença pulmonar primaria Inflamação crônica de longo prazo e fibrosantes que
2/3 superiores. Grandes vesículas ou bolhas parenquimatosa ou vascular.
podem levar a cor pulmonale, são áreas que causam
apicais são mais características do enfisema Deve-se excluir essas doenças para chamar de cor processo inflamatório muito grande que os vasos
irregular. pulmonale: 1) cardiopatia congênita (Shunts E  D) formam shunt entre eles, misturando artérias e veias
 Microscopia: destruição completa das paredes 2) patologia ventricular esquerda (Estenose então o sangue circula lá dentro e não progride e acaba
septais, resultando progressão do enfisema, há mitral). dando o processo de aumento da pressão do mesmo
fusão de alvéolos adjacentes, produzindo
espaços aéreos anormais (vesículas ou bolhas).  Cor pulmonale agudo (é recente): dilatação do VD jeito.
Enfisema é uma doença em progressão. após embolização pulmonar maciça. Alteração da
câmara é dilatação.  Causados por: Bronquiectasias (fenômeno crônico),
Abscessos pulmonares (fenômenos agudos),
OUTROS TIPOS DE ENFISEMA  Cor pulmonale crônico: sobrecarga crônica da
Pneumonite crônica levam shunt intrapulmonares
pressão no VD com hipertrofia. Alteração da câmara
- Enfisema compensatório: dilatação dos alvéolos em (fenômeno crônico).
é hipertrofia.
resposta a perda de substância pulmonar. Um pulmão
não está funcionando, o outro acaba “acumulando”  Se tem hipertrofia e dilatação é um cor pulmonale IDIOPÁTICO
função mais do que ele consegue e acaba danificado. crônico descompensado. Ultrapassou sua
capacidade de adaptação dessas fibras Pode ter um cor pulmonale por uma alteração vascular
- Enfisema senil: enfisema no velhinho, que fica com pulmonar primária, o indivíduo nasceu com os vasos
pulmão flácido. Pulmões superdilatados e volumosos, hipertrofiarem, ai ele começa a “bater”
superficialmente, então a câmara dilata para caber doentes. Já nasceu com os vasos escleróticos.
ductos alveolares e bronquíolo respiratório dilatam e os
alvéolos tornam-se menores. Não vai mata-lo, é um mais sangue. Entrando em insuficiência cardíaca  Esclerose vascular pulmonar primária.
enfisema discreto. direita.
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 Quadro clínico: tosse, dispneia, fraqueza, comprimindo o tórax e o pulmão não expande, alguma característica que pode causar isso. Ex: ambiente
insuficiência cardíaca (edema, cianose), dedos sangue não circula). hospitalar).
hipocráticos, estase (fluxo menor de sangue) jugular 2- Poliomielite (carácter viral, destruição do
e hepatomegalia (mais sangue, não volta o sangue neurônio localizado na medula, se pega a nivel Fatores de risco: hospedeiro – faixa etária, estado
corretamente). torácico, inativa a musculatura intercostal e o nutricional, estado imunitário (HIV, doenças
indivíduo não consegue realizar a expansão
 Laboratório: saturação de O2 baixa, menor de 85%, autoimunes), baixo peso ao nascer, desmame precoce,
torácica).
pCO2 aumentada, Pressão Venosa Central viroses pregressas (gripes do tipo influenza),
3- Distrofias musculares (miopatia por exemplo,
aumentado. Diagnostico com Rx e Cateterismo. malformações anatômicas e patologias de base.
musculatura é flácida).
 Macro: hipertrofia do VD até 1,5cm, dilatação do Ambientais – poluição atm e intradomiciliar (cigarro,
 Consequência: hipóxia (porque não ventila direito o
cone da artéria pulmonar (saída do sangue, pela bolor), aglomerações (creches, escolas). Sócio
pulmão), acidose, vasoconstrição pulmonar e
força que ele faz, acaba dilatando) e patologia economicos – habitação (deterioradas, com umidades),
policitemia (fenômeno em resposta diante de uma
pulmonar (bronquite crônica, bronquiectasia...). saneamento, vacinação, renda familiar e grau de
hipóxia de longa duração).
 Tratamento: patologia pulmonar (antibióticos mais instrução do pais.
O2), IC direita: dieta de sal, diuréticos e digital PNEUMONIA BACTERIANA (VICTOR)
(drogas/elementos para fortalecer a contração MECANISMO DE PROTEÇÃO PULMONAR
muscular).  Definição: processo inflamatório agudo que engloba
as vias aéreas, os alvéolos e o parênquima causado (CONTRIBUI NO PAPEL DE DEFESA).
 Doenças pulmonares que levam a hipertensão por uma infecção. Agente patogênico deverá atingir  Mecânico: cílios, muco e tosse. (proteção
pulmonar: Bronquite crônica, enfisema primário, as vias respiratórias inferiores em número e decorrente do próprio epitélio).
pneumoconiose (armazenamento de pigmentos ou virulência suficiente capaz de superar as defesas do
substâncias exógenas), fibrose intersticial (fibrose organismo.  Imunológicos: macrófagos alveolares (tem papel
diretamente no septo pulmonar), tuberculose importante), anticorpos IgA e IgG, complemento
disseminada (disseminada porque tem que ser uma  7% das mortes é causada por pneumonia. As taxas (C2b), surfactantes (mantêm o arcabouço dos
lesão extensa), sarcoidose (doença granulomatosa são maiores em menores de 5 anos e adultos com alvéolos armados evitando colabamento),
sem agente etiológico, atingi grandes extensões do mais de 75 anos (sistema imunológico não está defensinas e fibronectina e lisozima.
trato respiratório). muito desenvolvido ou já está comprometido).
Fontes de contaminação: ar contaminado (bactérias em
TUMORES DE MEDIASTINO OU PULMONARES. suspensão), microbiota presente no trato respiratório
Causam cor pulmonale por alteração nos vasos devido a superior e microbiota da cavidade oral.
Compressão e a Invasão da parede, ou porque o vaso ta
comprimido ou por que ta invadido. Luz diminuída, Microbiota oral: mais de 700 espécies bacterianas
sangue tem dificuldade de penetrar. colonizando, presença de fungos e protozoários, flora
oral, maioria transitória. Cerca de 20 espécies são de
CAUSAS MAIS RARAS flora residente. A flora varia por motivos diversos.
Distúrbios neuromusculares ou esqueléticos
Outras formas de contagio: disseminação hematogênica
1- Cifoescoliose (problema ortopédico, em que o (bacteremia que acaba atingindo o pulmão) e infecções
individuo flete para a posição anterior, nosocomiais (infecções ambientais, ambientes que tem
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Os cílios do epitélio são importantes para aprisionar a inflamatório que vai ser depositado nos alvéolos. preenchidos por exsudato seroso ou sero-fibrinoso
bactéria, dificultar a instalação dela nesse epitélio e Tornando o pulmão condensado, alvéolos preenchidos, (mais em pouca quantidade).
órgão mais pesado, ar não consegue chegar nos alvéolos
movimentar para expulsar aquele microrganismo  Fase de hepatização vermelha - o pulmão fica
e há alteração na troca gasosa.
aprisionado. compacto e vermelho devido a grande chegada de
Implicações na função respiratória: diminuição da sangue. Isto ocorre porque os alvéolos estão
 O microrganismo precisa passar pela porta de complacência pulmonar (órgão fica denso), diminuição preenchidos por exsudato (hemácias) e perdem o ar.
entrada, não adianta ele entrar em contato com da capacidade pulmonar (pulmão preenchido por A hiperemia ativa do processo inflamatório agudo
meu trato respiratório ele precisa atravessar minha exsudato, perde permeabilidade aérea) e diminuição da também contribui para a cor vermelha. Fica com
barreira natural que é composta pela própria razão ventilação/perfusão levando a hipoxemia aspecto de fígado também.
integridade do epitélio e sua função mecânica, não (diminuição da saturação de O2 no sangue) e
 Fase da hepatização cinzenta – órgão ainda
basta apenas passar pela barreira ele tem que ter hipercalemia (não há saída de CO2, então ele fica
condensado e agora tem o pus. O exsudato nos
organotropismo (afinidade por aquele local), tendo acumulado).
alvéolos passa a purulento, dando ao pulmão a cor
afinidade pelo local ela vai se aderir, se aderindo ela
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS acinzentada.
coloniza e pode causar ou não a infecção
dependendo da atuação do sistema imune.  Fase de resolução - o aparecimento de anticorpos
Manifestações do próprio estado de combate a doença.
contra as bactérias (principalmente o pneumococo)
PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE  Gerais – febre, calafrios, cefaleia, irritabilidade, leva à resolução da infecção e eliminação do
letargia, dor, taquicardia e queixas gastrointestinais. exsudato, via fagocitose por macrófagos e
Streptococcus pneumoniae (+50% PAC), Haemophilus eliminação pela tosse. “limpeza” e resolução do
influenzae, Mycoplasma pneumoniae, Chlamidia, C.  Pulmonares – dispneia, tosse, aumento da
problema.
psittaci, C. trachomatis, Moraxella catarrhalis, Legionella frequência respiratória e ausculta muitas vezes
pneumophila, Staphylococcus aureus, Pseudomonas pobre, que não traz grandes elucidações.
aeruginosa e Klebsiella pneumoniae. Na microscopia vemos preenchido a área onde deveria
Maioria das infecções no pulmão são causadas pelo CLASSIFICAÇÃO DAS PNEUMONIAS existir um espaço para a entrada de ar. Conforme as
streptococcus pneumoniae. bacterias vão criando volume os septos acabam sendo
Classificação é feita de acordo com o acometimento da destruídos. Exsudato polimorfonuclear, deposição de
FISIOPATOLOGIA pneumonia no órgão. fibrina.

 Broncopneumonia lobular: consolidação esparsa PNEUMONIAS NOSOCOMIAIS


supurativas agudas. multilobar, bilateral e basal.
Acometimento do pulmão de forma difusa. Pneumonia decorrente do ambiente. O fator importante
para que ela surja é o mecanismo de resistência
 Pneumonia lobar – consolidação fibrino supurativa
de grande parte do lobo. Acometimento muito bacteriana aos antimicrobianos.
concentrado em um lobo pulmonar, isso muda no
exame de Rx pois o lobo tem densidade diferente. Bactérias de alta patogenicidade podem estar na nossa
microbiota normal, mas por estar em pequena
FASES DA PNEUMONIA quantidade, não atingem a gente. Os antibióticos tem
 Fase congestiva - hiperemia ativa (vasodilatação e espectro estreito (atingem bactérias específicas) ou tem
Ele vai infectar de forma aguda o meu parênquima (meu
consequente mais sangue chega no tecido) em amplo espectro (atingem um maior número de espécie
órgão), infectando gera um processo inflamatório
naquele órgão, esse processo vai gerar exsudado resposta à infecção bacteriana e os alvéolos ficam de bactérias). Na hora da dúvida de um diagnóstico, o
médico receita um antibiótico de amplo espectro,
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porque independente do que for, a chance de conseguir respiratório superior que acaba evoluindo para uma atingir a via aérea mais inferior, pegando brônquio,
acabar com o problema é maior. Porém ele atua de infecção no trato respiratório inferior. traqueia e pulmão. Se esse processo inflamatório chegar
forma sistêmica, consegue combater bactérias de baixa até o nível alveolar teremos uma inflamação intersticial,
patogenicidade, média, mas as bactérias de alta nos septos alveolares, onde teremos as maiores
patogenicidade não são atingidas. Selecionando assim, alterações.
as bactérias de alta patogenicidade.
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
PNEUMONIAS ATIPICAS (VICTOR)
Envolvimento pulmonar disperso (não tem um
 Diversas classificações possíveis: acometimento localizado), envolve todo o lobo
bilateralmente ou unilateralmente. Enxergaremos o
Distribuição da infecção: Lobar e Broncopneumonia.
Contexto: Comunidade e Hospitalar (Nosocomiais). órgão com áreas vermelho azuladas (não terá áreas
Achados físicos / anatomopatológicos: Típica ou Atípica. amareladas acinzentadas por não haver exsudato, mas
vai ficar vermelho devido a chegada de sangue),
 Menor quantidade de escarro que na bacteriana, Essa evolução não da pra prever e não tem muita
ausência de achados físicos de consolidação (não congestas (devido o septo estar alargado) e
explicação. Existem fatores como desnutrição,
tem achados de radiografia), elevação moderada de subcreptantes (os alvéolos ainda estarão preenchidos
alcoolismo e outras comorbidades que podem levar a
leucócitos e ausência de exsudato alveolar (não tem por ar).
exsudato, mas mesmo assim ainda tem essa evolução.
comprometimento das trocas gasosas).
ASPECTOS DA ETIOPATOGENIA ASPECTOS HISTOLÓGICO S
 Agente etiológico: Vírus influenza A e B, vírus
sincicial respiratório, adenovírus, herpes simplex,  alvéolo permanece limpo, porém os septos estão
citomegalovírus e Mycoplasma pneumoniae (a alargados devido a muito infiltrado inflamatório
resposta que o sistema imunológico da na presença mononuclear e ao edema (saída de líquido, fica
dela é uma resposta muito mais atípica do que muito mais no septo).
típica). Reação inflamatória predominantemente dentro das
paredes alveolares: septos alveolares alargados e edema
MYCOPLASMA PNEUMONIAE intersticial e infiltrado mononuclear.

Agente etiológico mais comum na pneumonia atípica. Dano alveolar – material proteáceo alveolar, exsudato
celular e membranas hialinas. (O epitélio voltado ao
É comum em crianças e adultos jovens
alvéolo acaba necrosando e acaba formando deposição
Sua ocorrência é esporádica e é responsável pelas de membrana hialina, tendo como consequência lesão
ppidemias locais (comunidades fechadas, com acumulo do epitélio e um isolamento. Então o ar não consegue
de gente.) Ex: escolas, prisões etc.
realizar troca de gases com os capilares).
Pneumonia por agente viral ou agente atipico, como Podemos ter tanto vírus quanto o mycoplasma, que se
exemplo o mycoplasma, eu vou ter sempre, de maneira inicia numa infecção da via aérea do trato superior, esse
microrganismo se fixa no epitélio respiratório daquela CURSO CLÍNICO
genérica, eu vou iniciar um processo no trato
região, gerando um processo inflamatório que pode  É muito variado não tem como prever como vai ser a
levar a até a necrose. Essa instalação pode progredir e evolução da doença.
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 Tem baixa morbidade (refere-se ao conjunto de  Aspectos histopatológicos: muito edema septo
indivíduos que adquirem doenças em um intervalo Como se inicia a infecção: primeiras manifestações no alveolar, infiltrado inflamatório intersticial, dano
de tempo), apesar da influenza A e B e adenovírus alveolar difuso, formação de membranas hialinas,
trato respiratório superior - corisa, edema de mucosa
serem comuns, o nosso organismo consegue bronquiolite necrotizante e extensa hemorragia.
resolver o problema antes que ele atinja o trato (que causa o nariz entupido) que sendo reflexo de
respiratório inferior. hipersecreção, hiperemia etc por ser onde o vírus se
VÍRUS SINCICIAL RESP IRATÓRIO (GENERO
inoculou. Teremos a migração desse processo mais
 Mas pode ter evolução graves e potencialmente PNEUMOVIRUS)
fatais. Como exemplo, os pacientes profundamente, começaremos a ter edema de prega
imunodeprimidos que podem ter pneumonia por vocal e etc. Só que, as coisas começam a complicar Ele é importante nos extremos – bebês e idosos. É
varicela. quando chega na altura da traqueia (que é onde tem o importante na bronquiolite.

 Quadro pneumonia atípica está bem estabelecido, o epitélio respiratório), se esse vírus chegar lá, ele vai  Agente etiológico mais comum de infecções
paciente tem poucos sinais e sintomas, não deteriorar aquele epitélio muco ciliado e se isso respiratórias abaixo dos 2 anos: Bronquiolite,
apresenta nada de significativo no RX, tosse pode acontecer, podemos ter infecção bacteriana secundária. bronquite pneumonia. ↑ incidência > 65 anos
estar presente, mas é seca e sem produção de Porque o epitélio é um mecanismo de proteção (comorbidades).
escarro, improdutiva. Uma deficiencia respiratória mecânico, então as bactérias que entramos em contato  Patogenia: acomete inicialmente trato respiratório
leve e etc. superior, coriza e obstrução nasal. Progride para
diariamente não vão ser combatidas e vão conseguir
 Forma esporádica comum é leve com baixa colonizar. Por isso é normal você ter um quadro de trato respiratório inferior tosse, dificuldade
mortalidade (1%) porém pode assumir proporções expiratória, dispnéia e taquipneia. (da mesma
influenza mais grave e sobrepor a ela uma infecção
epidêmicas graves com alta mortalidade. Ex. 1915 e forma).
bacteriana. Não vai ter só a lesão do epitélio, vai iniciar a
1918: 40.000.000 óbitos. Gripe espanhola, que
formação de exsudato, perda da capacidade de  Aspectos histopatológicos (NÃO VAI COBRAR NA
houve mutações do vírus da influenza que não PROVA): obstrução alveolar, células gigantes com
estávamos preparados. formação de muco e vai iniciar a formação de tampão, se
inclusão intracitoplasmática, infiltrado inflamatório
esse tampão formar em uma área terminal, haverá variado e alargamento dos septos alveolares.
colabamento dos alvéolos, diminuindo a capacidade
PNEUMONIAS ATÍPICAS DE ORIGEM VIRAL  Não adianta usar broncodilatador, porque o
respiratória. Pode formar disseminados tampões e
Vírus influenza A, B e C. problema não é broncoconstrição, não é que não
mesmo quando aquela “gripe” for combatida, o paciente está chegando ar. Ta ventilando pouco porque não
Influenza A – é comum, mas o problema é quando terá sequelas, com diminuição da capacidade pulmonar. ta sendo perfundido.
entramos em contato com um subtipo mutado. A
influenza infecta humanos, porcos, cavalos e pássaros, o H1N1 (2009)
problema é quando ocorre uma mutação e a gente entra PNEUMONIAS POR FUNGOS
em contato. Porque não temos imunoglobulinas para Originado de 1 ou mais vírus influenza suínos, portanto,
Não é normal em pacientes saudáveis. Essas pneumonias
lidar com ele, temos uma resposta a esse vírus muito alta não tínhamos o sistema defensivo adequado e acabou
têm íntima relação com imunossupressão. (paciente com
resultando nesses problemas todos. evoluindo de forma severa. Dispnéia severa.
HIV, em tratamento com câncer e etc.
Principal causador de infecções pandêmicas e
epidêmicas. Taxa de mortalidade 16,7% - 38,8% – 8 dias após
Infecção invasiva: Aspergillus, Candida, Cryptococcus
surgimento dos sintomas – Adultos jovens (3ª década) –
Desvio antigênico – Mutações da hemaglutinina e neoformans, Pneumocystis carinii, Nos EUA: Blastomyces
Previamente saudáveis.
neuraminidase » Pandemias: recombinação substituindo dermatidis.. EUA / Caribe: Histoplasma capsulatum. EUA
por de animais. / Mexico: Coccidioides immitis.
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 Aspergillus: habitante solos, debris orgânicos (lixo, Câncer de bexiga ta quase sempre relacionado ao uma metaplasia. A agressão persistente faz com que
comida, condimentos e plantas). Presença em tabagismo. o epitélio sofra uma displasia escamosa leve,
secreções respiratórias geralmente reflete moderada, acentuada e carcinoma in situ (quando a
colonização e não infecção. Casos descritos em gente tem células maignas, limitadas pela
SINTOMAS
pacientes em quimioterapia, transplantados, AIDS membrana basal) – Esse processo justifica
etc.  Tosse prolongada (com ou sem sangue), na ausculta carcinoma espino celular no pulmão, uma vez que a
chiado inspiratórios, redução das capacidades gente não tem mucosa malphigiana no pulmão.
 Macroscopicamente da pra ver “bolhas” fúngicas.
respiratórias, dispneia, dor no peito, muita perda de Outras lesões consideradas pré neoplásicas:
peso e apetite. Hiperplasia adenomatosa atípica (justifica
PNEUMONIA NO HOSPEDEIRO adenocarcinoma no pulmão) e Hiperplasia difusa de
Câncer de pulmão tem como diagnóstico diferencial a
IMUNOCOMPROMETIDO células neuroendócrinas (justifica carcinomas
tuberculose.
neuroendócrinos).
Pneumonia é uma das complicações mais comuns em  Prognóstico no estágio avançado é ruim - 16% de
pacientes imunossuprimidos: transplantados, HIV,  Produtos reconhecidamente cancerígenos para o
sobrevida em 5 anos. Se o tumor estiver espalhado,
pulmão: hidrocarboneto aromáticos policíclicos,
neoplasias malignas, tratamento antineoplásico, terapia sobrevive 1 ano.
substâncias mineirais principalmente arbesto,
antimicrobiana prolongada e terapia com metais e radiações ionizantes.
corticoesteróides prolongada. ETIOLOGIA
GENÉTICA MOLECULAR
 Agentes infecciosos muito diversos que  Tabagismo: 87% dos casos ocorrem em fumantes
normalmente não causariam infecção em hígidos: ativos, mas só 11% (desses 87%) dos fumantes São importantes porque elas traçam uma assinatura
CMV, Aspergillus, Candida, Cryptococcus e Herpes ativos desenvolvem uma neoplasia pulmonar. Isso molecular e permitem tratamento com terapia alvo,
simple. São respostas muito exacerbadas por acontece porque o benzopireno causa mutações dividi em 2 grupos (câncer de pequenas células e de não
infecções oportunistas. A pneumonia do (inativação) no gene p53, que deixa de ser guardião pequenas células). As exposições causam alterações
imunocomprometido é atípica. e quando essa célula começa a expressar um genéticas nas células neoplásicas que se acumulam e
genótipo para tumor não tem um gene que vai lá e provocam o fenótipo neoplásico.
TUMORES PULMONARES (CEZAR) mata aquela célula.  A célula neoplasica vai expressar oncogenes (genes
 Riscos industriais: radiação ionizante em alta dose, que induzem o crescimento tumoral): c-MYC, KRAS,
Prevalência muito alta, no homem só perde para o
urânio, asbesto (inalação de trabalhadores aumenta EGFR, c-MET e c-KIT.
câncer de próstata e na mulher só perde para o câncer
5x), asbesto+tabagismo (50 a 90 x). Arbesto causa  Ou vai expressar genes supressores de tumor
de mama. É o tumor mais letal tanto no homem quanto
uma fibrose no pulmão e aumenta muito a chance inativados (mata a célula por apoptose evitando que
na mulher.
de câncer de pulmão e de pleura. A forma anfíbola aquilo forme o tumor): p53, RB1, p16 (INK4a) e
- Principais tumores são os epiteliais (adenocarcinomas, da fibra do arbesto é a forma que prejudica mais o múltiplos locus no cromossomo 3p.
carcinoma espino celular), câncer neuroendócrinos tbm. pulmão.
O pulmão é sede de muitas metástases por serem muito Se eu tenho oncogene em excesso expresso ou gene
vascularizados.  Poluição do ar: poluição aérea insidiosa por gás supressor de tumor inativado é a base pra você ter inicio
radônio que está na atmosfera. da formação do tumor. Os grupos câncer de pequenas
 Tumores primários (tumores que tem origem no
pulmão): Frequentes, mais prevalentes em homens,  Lesões precursoras: um dos principais câncer de células e câncer de não pequenas células ele é dividido a
pulmão é o carcinoma espino celular. O cigarro partir disso.
maior frequência e mortalidade no mundo, muitos
tipos relacionados à produtos inalados (tabagismo, agride o epitélio respiratório, a célula perde o cílio e  Perfis moleculares distintos - Câncer de pequenas
gases carcinogênicos ambientes poluídos...). Atinge sofre uma metaplasia inicial por uma mucosa do tipo células: c-KIT, p53, 3p, RB e BCL2 e Câncer de não
adultos de 40 a 70 anos. malphigiana. Então a primeira coisa que acontece é pequenas células: EGFR, KRAS, p53, p16(INK4a). P53
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é o principal, expresso em quase todo tipo de de ser periférico (próximo da pleura visceral) e indiferenciados na microscopia óptica, mas são
pulmão. menor. Proporção igual entre homens e mulheres. diferenciados na microscopia eletrônica, porém o
Correlação com tabagismo, inspiração de gases acesso é muito difícil. Ultraestruturalmente podem
radônicos, amianto, gás carbônico, arsênio, níquel... apresentar mínima diferenciação escamosa ou
CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA (OMS)
Positivo para TTF-1 (marcador de célula do glandular. Tumor com um monte de mitose atípica,
 Carcinoma de Pequenas células (SCLC). Tipo “Oat parênquima pulmonar), mutações em KRAS, p53, célula grande com nucléolo muito maligno, mas não
cell carcinoma”, tumores altamente malignos, EGFR. Tem a forma hilar (brônquico, central) consigo diferenciar na histogênese se é um adeno
escasso citoplasma, núcleos, células redondas e subdividido em acinar, papilar e sólido ou terminal ou um espino celular.
azuis. Tumores bem diferenciados e tem como (carcinoma bronquioloalveolar). Na microscopia
 Carcinoma adenoescamoso (tumor misto): uma
característica marcar cromogranina e cinaptofizina vemos glândulas com luz revestidos por células com
área forma perola córnea e a outra área forma
(não sei se é assim que escreve, digitei como ele polimorfismo, hipercromasia e atipia de núcleo.
glândula. Ele não é indiferenciado, ele tem as duas
falou, não sei nem se isso cai) porque são neoplasias - O Bronquíolo alveolar é um subtipo de adenocarcinoma diferenciações. Forma combinada de aspectos
com diferenciação neuroendócrina. Diagnóstico que tem características diferentes, porque ele simula histológicos de adenocarcinoma e carcinoma
diferencial é linfoma. uma doença condensante do pulmão, tem limites escamoso. Menos de 5% dos casos de câncer
 Carcinoma Não-pequenas células (NSCLC): imprecisos, forma geralmente grandes massas, com pulmonar.
carcinoma de células escamosas, adenocarcinoma (é crepitação. Ele é uma neoplasia de células cilíndricas
 Tumores Neuroendócrinos: tumores que tem
o mais frequente de todos. Acinar, mucosas, que atapetam os alvéolos, o crescimento desse
origem na crista neural, neuroectodérmica. Tem
bronquioloalveolar, papilar, etc), carcinoma de tumor é envolvendo os alvéolos.
diferenciação epitelial, mas tbm tem diferenciação
células grandes, tumores neuroendócrinos (baixo e  Carcinoma de células escamosas: carcinoma neuroendócrina. Tumor que produz aminas
alto grau histológico), carcinomas com epidermóide ou espinocelular. Relacionado ao vasoativas ou hormônio (cortisol). Carcinoide típico
pleomorfismo, sarcóides ou elementos sarcóides. tabagismo. Representa 25% de todos os tumores é a forma benigna e o carcinoma neuroendócrino é
HISTOGÊNESE PREDOMIN ANTE NO PULMÃO pulmonares. Mais comum em homens fumantes, atípico e é a forma maligna. Na macro: Tumor bem
mas está aumentando nas mulheres. Mutação do delimitado, amarelado. Na micro: Ilhotas de células
 Carcinomas (origem epitelial é o mais prevalente 90- p53, inativação do p16, superexpressão do EGFR. arredondadas em meio a rica trama vascular
95%). Se desenvolve a partir de uma metaplasia escamosa que (neoplasia produtora de aminas vasoativas). Cerca
de 5% dos casos de câncer. 20 a 40% não fumantes.
 Carcinóides brônquicos (5%). o cigarro promoveu uma agressão do epitélio
pseudoestratificado ciliado que acaba se tornando CARCINOMA PULMONAR DE CÉLULAS PEQUENAS
 Neoplasias Mesenquimais (2-5%). Bem raros. epitélio plano estratificado → agressão persiste
1º 40% adenocarcinomas, 2º lugar carcinomas de causando uma displasia leve moderada acentuada → Também conhecido como “Oat cell carcinoma”. (célula
pequenas células e 3º lugar carcinomas de células agressão persiste e torna-se carcinoma in situ. parede um grãozinho de aveia)
escamosas. O adenocarcinoma tem uma parcela grande Observar a origem broncogênica (central). Tumoração  Tumores altamente agressivos, células bem
de pessoas que possuem que não fumam, o resto, branca, superfície irregular, com área de hemorragia diferenciadas, células pequenas, redondas e azuis e
grande parte está ligado ao tabagismo. centralizada. Grande massa tumoral no brônquio fonte, com alto grau de necrose.
CARCINOMA PULMONAR DE CÉLULAS NÃO mais central. Na microscopia observamos pérolas
córneas, célula com citoplasma bem eosinofilica (célula  Câncer de alta malignidade, amplas metástases (não
PEQUENAS tem como diferenciar se não fizer as marcações
disceratótica).
moleculares).
 Adenocarcinoma: principal câncer pulmonar,  Carcinoma Indiferenciado de células grandes: de 5 a
representa 40% dos casos. É o mais frequente em  Originário de células neuroendócrinas dos brônquios
10% de todos os tumores pulmonares. Originado de
mulheres e nos indivíduos não fumantes. Tendência células epiteliais. São anaplásicos. São diferencial com linfoma agressivo (marcador
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imunohistoquimico neuroendócrino: cromogranina Estágios no geral quimioterápicos são contraindicados para pacientes com
e sinaptofisina +). Mutações no p53 e RB1. histologia escamosa quando as características
 I e II – tumores restritos ao pulmão: primeiro
histológicas não são suficientes para a caracterização de
 Algumas variantes são capazes de produzir tratamento indicado principal é cirúrgica
uma linha específica de diferenciação.
hormônios (primeira manifestação desse tumor (citoredução).
pode ser as síndromes paraneoplásicas). Chance de cura é grande e a sobrevida em cinco anos é
TUMORES PULMONARES SECUNDÁRIOS –
 Macro: grandes massas de origem central, de 67% (IA), 57% (IB), 55% (IIA) e 39% (IIB).
comprometendo grandes extensões do órgão, METÁSTASES
 III- infiltração em linfonodos. (metástase no gânglio
muitas vezes com metástases pleurais, hepáticas ipsilateral ou contralateral).  Sítio mais comum de metástases por ser altamente
etc. Micro: predomina o azul (núcleo, praticamente vascularizado então ele pode receber metástase via
sem citoplasma). Geralmente necessita de quimioterapia prévia, mas
linfática (carcinomas), sanguínea (sarcomas) e por
aumenta a morbidade no pós-operatório. Reduzida
contiguidade.
chance de cura.
CARCINOMA DE CICATRI ZES
 IV – metástases PNEUMOCONIOSES (TANIA)
Crescimento neoplásico em locais de cicatrizes. Tumores
associados a doenças crônicas do pulmão. Asbesto mais Metástases, podendo incluir cérebro e adrenais. Baixa Alterações pulmonares devido a poeiras, partículas.
tabaco entram como vilão mais uma vez. expectativa de vida.
Pneumo = pulmão Conion = pó Ose = estado de
Adenocarcinoma e carcinoma de células escamosas. Isso
se for no pulmão, se for na pleura o asbesto está SINDROMES PARANEOPLA SICAS
associado neoplasia maligna do mesoteliócito
(mesotélio, revestimento das cavidades corpóreas). Está muito relacionado a carcinoma de pequenas células. CLASSIFICAÇÃO DAS DIFERENTES PARTÍCULAS
Ex: mais recorrente é a Síndrome de Cushing – individuo
começa a secretar corticoide. Situações metabólicas que  Aerossol: solução coloidal em que a fase dispersora
ESTADIAMENTO DO CÂNC ER DE PULMÃO (NÃO aparecem antes de ser detectado o tumor, aparece é gasosa e a fase dispersa é sólida ou líquida.
PRECISA DECORAR). como primeira manifestação clínica. Sindromes  Fibras partículas com relação
paraneoplásicas hematológicas individuo aparece com comprimento/diâmetro ≥ 3:1. Deposição depende
anemia, eritrocitose, problemas com a coagulação etc. do diâmetro ≤ 3 µm.
ANÁLISE MOLECULAR, I MUNOISTOQUÍMICA  Poeiras são partículas de material sólido, que se
ETERAPIA DIRECIONADA encontra em suspensão no ar, na forma de partícula
ou de fibra.
 Câncer de pequenas células (TTF-1 e cromogranina A  Fumos são óxidos metálicos formados a partir do
+) aquecimento e fusão do respectivo metal. Tamanho
 Adenocarcinoma (CEA e Napsina A +) médio de 0,1 a 0,4 µm.
 CEC ( p63 e CK5/6 +)  Fumaças são produtos complexos de materiais
orgânicos carbonáceos, constituídas de gases,
Dessa forma eu consigo definir a linha de diferenciação e
fumos, vapores e poeiras. Não entra na
o oncologista consegue definir uma terapia alvo.
Pneumoconiose, só nas DPOCs.
Painel imuno-histoquímico com p63, TTF-1 e
Na pneumoconiose o que interessa são as partículas
citoqueratinas 5/6 para diferenciar CCE e outros
T:tamanho do tumor M:metástase no pulmão solidas (redondinhas, quadradinhas) ou fibras
carcinomas de pequenas células, pois certos agentes
N:número de nódulos. (alongadas) de origem inorgânicas. O que influencia
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nessa reação pulmonar são as partículas muito estroma pulmonar é mínima, como também a destruição  Silicose: ela dissolve, entra dentro do citoplasma do
pequenas, porque as grandes ficam presas no muco das estruturas do órgão. A reação a poeira é macrófago e é tóxica. Inalação de partículas -
respiratório (a gente espirra e elimina). Por elas serem potencialmente reversível. Não forma fibrose. ocupacional. Inicia-se com a formação de granuloma
pequenas, elas são carregadas pelo ar e chegam aos Lesão do tipo macular com deposição intersticial com deposição concêntrica de colágeno (sílica).
alvéolos. Inicia-se com a formação de RL após serem
peribronquiolar de partículas, fagocitadas ou não, com
nenhum ou discreto desarranjo estrutural, além de leve fagocitados, alveolite, lesão de pneumócito tipo I,
infiltrado inflamatório. (lesão é muito pequena, se hiperplasia de tipo II e fibroblastos.
FATORES QUE INFLUENCIAM A REAÇÃO
PULMONAR: houver). Disfunção respiratória quase ausente. Evolução Macrófagos em resposta a sílica são produzidos
clínica benigna. Pode ocorrer regressão das lesões. mediadores inflamatórios (TNF, interleucina 1,
 Tamanho da partícula para deposição alveolar entre interleucina 6, prostaglandina, leucotrieno D4).
2 a 5µm. PNEUMOCONIOSES FIBRO GÊNICAS Prostaglandina e leucotrieno são metabólitos do ácido
O que influencia nessa reação pulmonar são as araquidônico. Macrófago residente é agredido pela
Alteram permanentemente ou destroem a estrutura
partículas muito pequenas, porque as grandes ficam sílica, não consegue digerir, começa a produzir
alveolar. A reação colágena (deposição de colágeno) do
presas no muco respiratório (a gente espirra e elimina). mediadores inflamatórios pra ajudar, essas células
estroma vai de grau médio até máximo. Estado cicatricial
Por elas serem pequenas, elas são carregadas pelo ar e (monócitos, neutrófilos) chegam no local e destroem o
permanente nos pulmões, forma cicatriz, nódulo e não
chegam aos alvéolos. tecido, necrosa o tecido e forma uma cicatriz, com
reverte.
deposito de colágeno. O parênquima muito lentamente
 Susceptibilidade individual: exposição no trabalho, Reações pulmonares inflamatória lenta, com fibrose vai sendo destruído. Todo esse processo inflamatório vai
como nas minas, fábrica de produção de vidro... intersticial que pode ser nodular ou difusa. Disfunção atuar nos alvéolos. Pneumócito tipo 1 célula responsável
 Intensidade e duração da exposição. pulmonar progressiva, caminha pra ter sintomatologia. pela troca gasosa, é uma célula sensível que morre mais
Curso clínico maligno. Depois que aparecem os sintomas, rápido, pneumocito tipo 2 produz surfactante, é uma
 Propriedade química da poeira e sua toxicidade e é porque já destruiu o parênquima e não há retorno das célula mais resistente mesmo sofrendo a mesma
solubilidade. funções. agressão do pneumócito 1, ele não morre mas responde
Doenças pulmonares causadas por exposição a partículas com displasia. Pulmão perde parênquima e os que ainda
TIPOS DE PNEUMOCONIO SE
ou fibras inorgânicas. De etiologia ocupacional estão lá tem deficiente na troca gasosa.
(exposição trabalho) e causam doenças restritivas  Antracose: deposição de grânulos de substâncias
pulmonares. Acarretam resposta inflamatória pulmonar externas, tais como : carvão (partícula inerte, não
crônica, com lesão parenquimatosa. (São excluídas a solubiliza, não agride, porém o macrófago fagocita e
bronquite e o enfisema). Podem ser fibrogênicas e não- fica com a pedrinha dentro sem causar alteração.
fibrogênicas. Portanto o macrófago libera poucos mediadores
 O material inorgânico é depositado, inflama, quando inflamatórios. Por isso a inflamação é mínima e a
inflama destrói, fibrosa e perde parênquima, consequentemente não há lesão), fuligem e pó.
formando nódulos de fibrose dentro do pulmão com Está relacionado ao pulmão e seus linfonodos de
as partículas de dentro. Portanto, quanto mais drenagem. As partículas são retiradas do pulmão pelos
partículas, mais nódulos e consequentemente macrófagos, encaminhadas aos linfonodos e então
menos capacidade pulmonar. eliminadas. Trabalhadores de minas de carvão,
PNEMOCONIOSES NÃO FI BROGÊNICAS churrasqueiros, fumantes, cidades poluídas. Pode ser
estável ou desenvolver um processo inflamatório leve e
São aquelas causadas por partículas inertes. Não contínuo, sem muitos mediadores.
alteram a estrutura alveolar. A reação (inflamatória) do Na micro: sílica brilha.
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QUADRO CLÍNICO: forma fibrina no alvéolo. Esses macrófagos vão produzir caseosa com potencial fibrosante. Podendo ter um
fatores de crescimento (estimulam a mitose) que vão mecanismo auto-imune (sarcoidose). Pode ser
A silicose pode apresentar-se em três formas: atuar no fibroblasto que vai proliferar e produzir desencadeado por baixas doses ou curta exposição
colágeno, fibrose. Na hora que o asbesto entra em (menos de 1 ano). Progressiva lenta e com
Aguda: forma rara, exposição maciça à sílica livre em contato com o macrófago ele estimula a produção de manifestações clínicas, mesmo após afastamento.
jateamento de areia ou moagem de quartzo puro. fator de crescimento típico (GNCFS e CFS) e a Podendo ser tratada com corticoide.
Durante cinco anos de exposição e sobrevida em torno
fibronectina (proteína de matriz, produzida
de um ano.  Sarcoidose (mais rara, ela disse que não é tão
naturalmente, mas quando em contato com o asbesto
importante): Granuloma não-caseoso de origem não
Subaguda: alterações radiológicas precoces, após cinco produz muito mais), os dois tem ação mitótica. Um
infecciosa. Doença auto-imune. Aspecto carnoso e
anos de exposição. tecido que múltipla muito tem mais chance de
fibroso. Arranjo concêntrico de células epitelióides e
Crônica: latência longa, os sintomas aparecem nas fases desenvolver célula pré maligna e tumoral. A fibronectina
células gigantes.
tardias. tem uma ação importante nesse mecanismo do asbesto,
mas quem faz a mutação e é o cancerígeno é o asbesto.
São fatores importantes para seu desencadeamento e CONSEQUÊNCIAS (ELA NÃO COMENTOU ESSE
Ele faz a mutação e os fatores de crescimento proliferam
agravamento: Concentração da poeira em suspensão ou essa mutação. SLIDE).
número de partículas em suspensão, teor de sílica na Ativação de fibroblastos. Nódulos e fibrose pulmonar.
Asbestose: fibrose intersticial com presença de corpos
partícula e tamanho das partículas.
asbestóticos ou fibras de asbesto no parênquima
Sintomas iniciais: Dispnéia de esforço em coexiste pulmonar. Os sintomas e alterações funcionais são em
sídrome bronquítica, dor torácica não localizada, queixas geral mais precoces do que em outras Pneumoconioses,
de ordem geral: tontura, fraqueza, sudorese. Raras ou porque a lesão é mais intensa, então evolui mais rápido.
pequenas opacidades ou reticulações anodulares. Falta
CÂNCER DE PULMÃO
de correlação clínico/radiológico.
Quadros avançados: Dispnéia intensa, bronquite crônica,  Indivíduos com asbestose podem desenvolver um
cor pulmonale. Radiologia: micronodulações câncer pulmonar típico que é o mesotelioma.
disseminadas as vezes com áreas de fibrose com Não há tipo histológico prevalente. Longos períodos de
aglomeração de nódulos. latência. Pode ser causado por todos os tipos de asbesto
Pneumoconiose desenvolve cor pulmonale porque na Maior prevalência nos casos com asbestose (>20%). Não
área de fibrose, os vasos estarão estenosados, há limite de segurança estabelecido. Efeito sinérgico com
diminuidos e o sangue vai ter dificuldade de chegar no tabagismo (>50%) (quando tem asbestose e ainda fuma).
pulmão. Ele não chega e fica acumulado no lado direito  Mesotelioma Maligno: Tumor pleural de péssimo
do coração, dilatando o ventrículo direito. prognóstico. Não há relação dose-resposta com o
 Asbesto: é um cristal utilizado na produção de asbesto (quanto maior a exposição, maior a
amianto. Causa intensa resposta inflamatória probabilidade de desenvolver o tumor). Associação
crônica, quadro de pneumoconiose mais intenso, e mais forte com minerais complexos. Pode ocorrer
causa câncer (Carcinógeno – mesotelioma). após exposição indireta, inadvertida ou domiciliar.
Área pulmonar diminui, pressão negativa é alterada
Asbesto é uma fibra, o macrófago fagocita, ela dissolve, da caixa torácica, ar não consegue entrar,
ela é toxica, macrófago produz mediadores (fatores resultando em angustia respiratória.
quimiotáticos pra neutrófilos, óxidos e enzimas que vão
destruir o pneumócito tipo 1, vão lesionar o tecido e ai  Berilose (mais rara, ela disse que não é tão
inflama, formando exsudato, vem o fibrinogênio que importante): Doença granulomatosa pulmonar não

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