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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 2ª VARA DO TRABALHO

DA COMARCA DE PALMAS - TO

Processo nº. 0000767-95.2019.5.10.0801

CLAUDIVALDO MOREIRA ALVES, já qualificado nos autos em


epígrafe, em que contende com UMANIZZARE GESTAO PRISIONAL E
SERVICOS S.A, também qualificada, vem à presença de Vossa Excelência,
tempestivamente, por meio de seu advogado devidamente constituído, procuração nos
autos, com fundamento no Art. 895, Inciso I, da Consolidação das Leis do Trabalho,
interpor o presente

RECURSO ORDINÁRIO

em face da decisão proferida por este d. Juízo às fls .10 o que faz nas razões anexas, que
ora se requer a juntada, e, após a intimação da outra parte para apresentar contrarrazões,
seja admitido e remetido ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região
Trabalho para o devido julgamento.

Nesses termos,
pede deferimento.

Brasília – DF, 25 de julho de 2019.

Ivaneide S do Nascimento
OAB DF nº.358.721
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO

PROCESSO Nº: 0000767-95.2019.5.10.0801

RECORRENTE: CLAUDIVALDO MOREIRA ALVES


RECORRIDO: UMANIZZARE GESTAO PRISIONAL E SERVICOS S.A,

ÉGREGIA TURMA
EMINENTES DESEMBARGADORES

DA ADMISSIBILIDADE:
O presente recurso é tempestivo, obedecendo o octídio legal desde a data de
publicação da sentença, em 15 de julho de 2019, subscrito por procurador habilitado e
sem a necessidade de preparo tendo em vista que o Reclamante é dispensado do
recolhimento de custas antes gratuidade judiciária deferida pelo MM. juízo a quo, estando
com fundamentação adequada, conforme segue, quanto aos fatos e ao direito.
Preenchidos os pressupostos recursais de admissibilidade recursal, requer o
presente recurso e a apreciação do mérito.

DOS FATOS

O Recorrente propôs reclamação trabalhista em face da Recorrida postulando


horas extras e indenização pela supressão das horas extras habituais. Atribuiu-se à causa
o valor de R$ 42.241,71 (quarenta e dois mil, duzentos e quarenta e um reais e setenta e
um centavos).

Em audiência, a reclamada apresentou defesa na modalidade contestação,


ouviram-se as partes e uma testemunha da parte autora. As propostas conciliatórias
infrutíferas.

Destarte, o juiz de primeiro grau julgou parcialmente procedentes os pedidos


formulados. Negando provimento e mantendo a improcedência do pedido de diferenças
e reflexos decorrente de acúmulo funcional e provendo parcialmente o quesito nos tópicos
de honorários advocatícios.

DA INCONSTITUCIONALIDADE DA CONDENAÇÃO EM SUCUMBÊNCIA A


BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA
O Recorrente é beneficiário da Justiça Gratuita conforme se Sentença de piso.
Não obstante à concessão desta gratuidade, o Recorrente foi condenado ao pagamento
dos honorários de advogado não percentual de 15%. Ocorre que tal decisão, apesar da
comparação por norma introduzida pela Reforma Trabalhista, Carece de força
constitucional, devendo ser objeto de controle difuso por este Juízo.
Dispõe a Constituição Federal em seu art. 5º que:

XXXIV -são todos assegurados, independentemente do


pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos
ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certificação em repartições públicas, para defesa
de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
XXXV -a lei não excluída da apreciação do Poder Judiciário ou
ameaça a direito;
LXXIV -o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita
aos que comprovarem insuficiência de recursos;

Portanto, deve ser assegurado a todos o amplo direito a acesso à Justiça.


Contudo, uma decisão que condena o Reclamante ao pagamento de honorários fere
gravemente tais preceitos, obrigando-o a requerer o reconhecimento incidental de
inconstitucionalidade dos seguintes dispositivos legais: § 4º do art. 791-A da CLT, art.
790-B, caput e § 4º da CLT e art. 844, §2º da CLT.
As normas acima violam a essência do instituto de assistência judiciária
gratuita. Em seguida, tem-se que, por um lastro de cidadania, a todos é dado o direito de
acesso ao Judiciário, bem como ao pobre, para que exercite esse direito, é garantido os
benefícios da justiça gratuita.
Dessa forma, o princípio de isonomia será ferido de morte, caso se imponha
o pagamento de honorários advocatícios a quem é pobre, posto que, além de negar – lhes
tal direito, sua cidadania seria reduzida.
Nesse passo, o exercício regular direito de ação não pode gerar perda da
eficácia da garantia constitucional da assistência judiciária gratuita.
Afinal, é evidente que atribui ao trabalhador ou ônus de pagar honorários
periciais e advocatícios impede, na prática, o acesso à jurisdição, uma vez que os
dispositivos impugnados esvaziam a intenção constitucional e inviabilizam ao
demandante pobre assunção de riscos da demanda.
Razão pela qual, SOLICITAR aliás, pela via difusa, o controle de
constitucionalidade dos artigos legais supramencionados, para que ao final seja revista a
condenação do Recorrente ao pagamento dos honorários advocatícios reconhecendo sua
isenção.
Subsidiariamente, caso a parte Recorrente reste com o ônus da sucumbência,
SOLICITAR que sejam os honorários minorados e fixados o percentual de 5% e seja sua
exigência de suspensão, diante do contrato de benefício duma gratuidade judiciária.

PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS

Concluindo, pede e espera que seja conhecido e provido o recurso ordinário,


para que seja reformada a venerada sentença recorrida, afastando a limitação imposta e
a condenação da Recorrida ao pagamento do plus salarial e demais verbas restantes na
exordial.

Nesses termos,
pede deferimento.

Brasília, 23 de julho de 2019.

Ivaneide S do Nascimento
OAB DF nº.358.721

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