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>>> Especial Quarto crescente A Lua nao é feita de queijo, como nos diziam os nossos avds ao deitar. No entanto, é um sector que, aparentemente, esta em crescimento apesar da famosa crise. Um quarto crescente, portanto. iz também acrenca comum que o quei- jo provoca esquecimento, Nada de mais falso, Se assim fosse seriam mais cde 90% as pessoas que se pretendem esquecer de algo, e nio nos parece que exisea razio para tal. De facto, e para ser mais con- «ret0, 94,4% dos individuos com idades entre 05 15 € os 64 anos, residentes em Portugal Continental, afirmam ter consumido queijo nos iltimos 12 meses, de acordo com o Target Group Index (TGI Portugal), da Marktest A anilise mais detalhada revela que o consu- mo nao € algo identificivel apenas com um agénero, existindo tanto homens (93%) como mulheres (95%) que consumiram queijo no referido periodo. Jé no que diz respeito 3s fai- aas etirias, o consumo é mais baixo (88,3%) entte 0s 15 e os 24 anos, enguanto na campo ‘posto, na faixa dos 55 aos 64 anos, o consu- mo € 0 mais levado, com 97%. No que concerne as regides, em todas & evi- dente o consumo por mais de 90% dos inqui- sidos, sendo que no Grande Porto se regista a sais clevada: 96,1%. Em rermos de frequéncia, 45,9% dos inquiti- dos aficma consumir queijo com uma regula- dade de 2 a 3 veres por semana. E ha tam- Bem uma percentagem significativa — 31,7% que consome todos os dias. Be que diz respeito aos diferentes tipos de eaijo.o flamengo € 0 “vencedor”, sendo refe- do como escolha de consumo para 79,1% es inquiridos. Em segundo lugar, a uma dis- sncia significativa, encontra-se 0 queijo fres- <2 (48%), com o pédio a ser preenchido pelo squeijo da Serra (31,8%). Em quarto e quinto Bees encontramos 0 queijo de ovelha BBEP) <0 queijo de cabra (25,19). Pia 2 motivacées para a compra, pa fe publicidad nao afecta os consumi- Se eet> menos assim o responderam ‘no procurar produtos que De resto, aqueles que [Peeditos so apenas 6,9%. E. seportunidades especiais? 1s respostas dividem- sesso: concondo ¢ con- sioconcordo nem discordo (28,5%),e discordo e discordo toral- mente (26,19). Por tiltimo, pode dizer-se que os consumido- res so fidis as marcas. 67,29 afirma mesmo que quando encontra uma marca que gosta tende a ser-Ihe fil. Passemos entéo a palavra as marcas e empresas, para percebermos 0 que se passa no seu negécio. Oquesente omercado Vera Mora, gestora de ‘marketing da Queijo Sa- Jojo, revela-nos que no ano pasado 0 volume de negécios da empresa se fixou «perto dos 24 milhées de euros». Ist0 sendo 0 resultado de uma establizagdo_em volume das vendas e sum decréscimo em va los, uma vez que reposi- ciondmos os pregos dos nossos produtos no mer= cado», Para o actual ano cacreditamos num cené= rio econdmico de maior estabilidade © tranquili- dade>. Prova disso é 0 facto de no final do 1.° trimestre 0 volume de negécios registava jf «um erescimento de 89 versus igual periodo do ano anterior», De entre as cerca de 100 referéncias do porsfolio da em- pres, Vera Mota destaca 3 gamas:Palhais, Re gional, e Alavao, Segundo a responsivel, 3 gamas de produtos em conjunto represen- tam mais de 50% das vendas da empresa Também 0 mercado estrangeiro € uma grande aposta da Saloio, com um peso, em 2009, de 8% das vendas anuais da empresa, De resto, no ano que passou reps tou-se um acrésci- mo. nas exporta- goes de cerca de 35%, stendo co- ‘mo principais fo- cos a Alemanha, Franca, Espanha ¢ Angola». O plano para 2010 &«supe- rar os 10% da nos- sa facturagio para mercados nos, sendo que a ‘expansio neste mercado passa pelo alargamen- to para outras regiées ¢ pelo incremento da cobertura do tertitério através de propostas «s- pecializadas e de qualidade». E esse objectivo é assente na «marca Palhais © a gama Saloio Gourmet». Em tetmos publicitrios, a gama Palhais €a que mais dé nas vistas de entre todas por publicitirios ¢ até uma pi- gina do Facebook para a sua cabra Neste sector hi também a questio das marcas da dis- tribuicio, que apresentam _pro- dutos idénticos. E neste campo, Vera ‘Mota afirma que a Queijo —Saloio seproduz, de forma muito residual, produtos de marca > Tipos de queijos consumidos nos tiltimos 12 meses (%) propria que tém uma expressio de cerca de 19% no total da facturagio da empresa». E no parece ser um segmento onde apostar, até por- que sacreditamos no valor das marcas ¢ por isso a nossa aposta tem passado e vai continuat a passar pelo desenvolvimento de marcas for- tes, associadas a produtos inovadores,diferen- ciados e de valor acrescentado para o const- midory Flamengo ¢ lider (O flamengo, como se referiu no inicio deste texto, € 0 lider nos queijos. Por iso hd que falar com a Limiano, «marca lider do mer- cado de queijo e Portugal», segundo Paula Amaral, senior brand manager da Bel Portu- gal. No ano que passou 0 queijo Limiano “comemorou!” o seu 50.® aniversério. E que melhor prenda? Um crescimento de cerca de 4% que, segundo a responsivel, «no contexto econémico que se vive em Portu- gal, é notiveln, O grande {cone deste quei- jo, ¢ lider de vendas, é claramente a bola de queijo, isto apesar de as fatias serem o motor de crescimento da marca. f também de regi taro desempenho da gama “Menos 50% Gor- dura’, que apresentou um crescimento de 20% em relacio ao ano anterior. Toda esta ga- ma provém da fibrica que a Bel Portugal tem tem Vale de Cambra, com cerca de 300 colabo- adores, e que produz 5 mil toneladas de quei- jo Limiano por ano. Se este é assim um ano de crise, talver uma forma de poupar seja di- sivel adianta que «perante 0 momento de tur- buléncia econémica que vivemos no devemos deixar de apostar em publicidade, por isso 0 ‘nosso investimento nao vai diminuir. E nestas aleuras que as marcas relevantes se destacam ¢ € também nesse sentido que a Limiano esté a produzir uma nova campanha de comunica- do que ird para o ar em meados de 2010». ( queijo Terra Nostra, outro flamengo, é também pertenca da Bel Portugal. Falémos com Emilia Matreiros, senior brand mana- ger da marca, que logo no inicio reve- Jaum trago tinico: “Terra Nostra simboliza os Ago- res». A reforcar esté 0 facto de a Bel Portugal ter as fibricas da Terra Nostra na ilha de Sio Miguel: uma de queijo (situada na Ribeira Grande) e outra de leite UHT (situada na Co- yoada). «O leite que usamos na producto do 4queijo & exclusivamente recolhido em S. Mi- guel>, afirma a responsivel. Mas este nio é apenas” um queijo regional, senio veja-se: sfechou 0 ano de 2009 a crescer 11% face 20 ano anterior € 4% versus 0s objectivosy Cerca de metade das vendas do Terra Nostra séo no subsegmento de fatias, onde, afirma Emilia Marreiros, sio Iideres. Este facto po- deri estar, supomos, ditectamence relacionado com o facto da Terra Nostra ter sido +a primei- Especial <<< ra marca a langar queijo flamengo em fatias, hd mais de 10 anos. Ea referencia do mercado pretende manter esta posicio no mercado e na cabeca dos consumidores. E ambigio & grande, ja que sendo a «marca n.° 2-do merca- do de queijo em Portugal», tem ambigdes para o liderar. E essa ambicio é também sinénimo de langamento de novos produtos:fatias Terra Nostra Gourmet ~ «um langamento estraté- ico, por estar inserido no subsegmento que sais eresce e numa tendéncia de mercado cla- ran; e queljo ralado Terra Nostra ~ +a concreti- zacio de um sonho antigo da marca», uma ver que «representa uma nova ocasido de consumo € um novo segmento de mercado», Também neste iltimo campo a Terra Nostra reclama para si o facto de ser «a primeira marca a lan- ¢ar queijo flamengo ralado». Inovagao é chave de desenvolvimento ‘outro campo diferente esté o Grupo Santia- 0, que produ quejos frescos e egionais. De resto, estes tiltimos foram os que melhor de- sempenho tiveram, segundo o directo comer- ial, Nuno Torgal. Especificando os cresci mentos, verficou-se que nos queijos regionals 1 “vencedor” foi o Cerrado do Vale, que teve tum aumento de 36,9%, enquanto nos fiescos foi o queijo fiesco de Cabra que teve um cres- cimento de 28% de 2008 para 2009. Jé este ano os langamentos tém sido uma aposta da empresa com wos fatiados de lamengo, ovelha, cabra e mistura com a marea Campainha», A grande fatia publicitéria desta empresa tem sido, essencialmente, gasta no «ponto de ven- dla, sendo que em 2010 iri ser incrementador. ‘Também «nos iltimos tempos temos aposta- do no canal online, como desenvolvimento do site instivucionaly, revela Nuno Torgal. Isabelle Cadre, directora-geral da Lactalis Por- jo 20108 Dh 25 >>> Especial tugal, que detém, entre ou tras marcas, a Président, Galbani, Societé, eSalakis, revelou-nos que 0 percur- so tem sido de crescimen- to. Afirmando que no mer- cado dos queijos dem fuma quota de mercado de 21% em valor € 169% em volume», éde salientar que 150% da nossa actividade sio os queijos», enquanto © resto se reparte-se em partes iguais entre mantei- ga, natase lite Em re lacio as mar- cas da distri buigéo, Isabelle Cadre afirma que edesafiam-nos, mas de ‘uma forma positivas, ou say levam a que se tente sempre fazer melhor ou diferente. Aré porque o papel de empresas co- moa Lactalis deve ser 0 de «desenvolver o seu mercado, ¢ este desenvolvimento passa pela inovagio. sto € verdade para os produros, mas também nos servigos prestados 20s consumi- dores, na nossa capacidade em criar valor © uma relagio de proximidade com os nossas lientess. E conclui que as inovacoes sio va chave para desenvolver os mercados»¢ este de- senvolvimento é 0 motor mais importante do ‘rescimento, Talvez por isso afirme, peremprs- tia, wos portfolios das nos- sas marcas estio chelos novidades», André Oliveira € 0 respon sivel pelo Departamento de Pecudria ¢ Queijaria da Quin- ta da Avelada, que muiros identificam apenas com a produgio de vinho. Na rea- lidadc, e segundo 0 respon- sivel, «a Aveleda produz, desde 1987, de forma tradicional, 2 tipos de quetjo: queijo Quinta da Avele- daamanteigado e queijo Quin- tada Aveleda curado», Exendo sido uma érea sempre em cres- cendo, sendo agora considera- da estratégica para a empresa. |As vendas do queijo tém apre- sentado um crescimento na ordem dos 17% a0 longo dos iiltimos 3 anos», reforga. Como empresa com ‘menos recursos que os gigantes do sector, tem apostado na divulgagio através de accées de degustasio no ponto de venda, até porque ‘os custos envolvidos noutro tipo de campanha poderio ser insuportéveis. Mas 0 negécio pa- rece estar a crescer, como prova até 0 invest- mento realizado, o ano passado, na alteragio da imagem. Prerendeu-se dessa forma a refor- garos valores da marca de stradigio, qualidade ¢autenticidades Por fim, palavra a Bra Marques, gestora de Categoria de Sélidos e Derivados da Lactogal. Que, também, néo aponta factores negativos ou de decréscimo, Segundo a responsivel, a Lactogal, no conjunto das suas marcas, «ocu- pao 2. lugar de entre os fabricantes do mer- cado. © crescimento a0 longo de 2009 foi muito interessante e visivel a cada més, culmi- nando com um més de Dezembro de excep: fo». Também este inicio de ano nao tem de- siludido, com a emarca Casteldes a destacar-se pelo crescimento continuado e também com a conquista de espago de mercado do nosso ucijo flamengo bola Agros». A exportacio é um ponto importante, favore- cendo 0 acréscimo, De facto, na categoria dos ‘queljos representa cerca de 5% do volume de vvendas, «com os mercados de expressio portu- guesa a serem os mais tepresentativosr Para este ano afirma que as marcas de queijo a Lactogal — Castelées, Matinal, Serra Dou- rada, Agros, Primor, Castelinhos, Gresso, € ‘Mimosa ~ vio apresentar novidades. «No po- dendo revelar muito sobre o que al vem, pode- mos levantar a pontinha do véu para dizer que Matinal teri novidades muito em breve». Em termos publiciirios, em complemento aos mais “tradicionais’, a aposta ser agora na In~ temet e nas redes sociais,e «também aqui tere- ‘mos algumas novidades a0 longo deste anor. A Lactogal dispée de tés unidades especialistas na produgio de queijo: uma recente em Olivei- rade Azeméis (entrou em laboracao em 2009), com capacidade instalada para 10 mil ronela- das anuais; mais duas fabricas na ilha Terceira ¢ ilha Graciosa, nos Agores, de onde «provém tuma boa parte dos nossos queijos flamengos em barra ¢ 0 queijo Castelinhos, um curado de exceléncia, com todo o sabor dos Acores CCrescer é assim palavra reperida por todos. ‘Que se mantenha, para bem do sector. canoo Mass

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