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O documento discute vários aspectos da contabilidade internacional, incluindo: 1) definições de contabilidade e contabilidade internacional; 2) fatores que justificam o estudo da contabilidade internacional; 3) a relação entre globalização, mercado de capitais e contabilidade internacional. Ele também descreve vários organismos contábeis nacionais e internacionais.
Description originale:
CONTABILIDADE INTERNACIONAL: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS E ORGANISMOS INTERNACIONAIS E NACIONAIS.
O documento discute vários aspectos da contabilidade internacional, incluindo: 1) definições de contabilidade e contabilidade internacional; 2) fatores que justificam o estudo da contabilidade internacional; 3) a relação entre globalização, mercado de capitais e contabilidade internacional. Ele também descreve vários organismos contábeis nacionais e internacionais.
O documento discute vários aspectos da contabilidade internacional, incluindo: 1) definições de contabilidade e contabilidade internacional; 2) fatores que justificam o estudo da contabilidade internacional; 3) a relação entre globalização, mercado de capitais e contabilidade internacional. Ele também descreve vários organismos contábeis nacionais e internacionais.
Trabalho Individual (T1) – Contabilidade Internacional: aspectos
introdutórios e organismos internacionais e nacionais.
a) Quais as definições de Contabilidade e de Contabilidade Internacional?
Contabilidade é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações
quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) das entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que possui um patrimônio).
A linguagem da informação contábil não é homogênea e varia conforme
o país. Fato disso é a classificação da contabilidade como sendo uma ciência social aplicada. Isso significa dizer que ela recebe grande influência do meio em que está inserida. A contabilidade internacional surge para construir um ponto comum entre os relatórios financeiros e laborados por contextos de outros países e definir métodos de adaptação aos padrões internacionais a partir da contabilidade local. Tornou-se importante no Brasil a partir da criação da Bolsa de Valores e da vinda de capital estrangeiro ao mercado nacional. Ela está estruturada a partir do estudo das normas contábeis vigentes em cada país e tem como objetivo a transformação de relatórios a diferentes regras normativas, conforme os interesses comerciais relacionados a operações de exportação/importação ou entre empresa matriz e filial situada no exterior, por exemplo.
b) Que fatores justificam a necessidade do estudo da Contabilidade
Internacional e da adoção dos seus ensinamentos, por parte dos profissionais da contabilidade?
A grande quantidade de mudanças resultantes da adoção de padrões
contábeis internacionais exige alto grau de conhecimento e busca por atualização por parte desses profissionais, pois a qualidade da educação profissional contábil tem significativo impacto em suas demonstrações e no tipo de informação que presta. Essas que ao final servirão para tomadas de decisões para seus usuários internos e externos. Com a adoção das normas internacionais, o contador terá que levar em conta fatores mais abrangentes.
c) O que você entende por globalização e por mercado de capitais?
Existem relações entre estes e a Contabilidade Internacional?
Globalização é o processo de aproximação entre as diversas sociedades
e nações existentes por todo o mundo, seja no âmbito econômico, social, cultural ou político. Porém, o principal destaque dado pela globalização está na integração de mercado existente entre os países. Já o mercado de capitais é um mecanismo de distribuição de valores mobiliários, que tem o objetivo de gerar liquidez aos títulos emitidos pelas empresas e viabilizar o seu processo de capitalização. Isso quer dizer que o objetivo é direcionar os recursos financeiros da sociedade (poupança) para o comércio, a indústria e outras atividades econômicas, assim remunerando melhor o investidor e contribuindo para o desenvolvimento econômico do país. Logicamente há uma enorme relação entre eles já que o processo de globalização aproximou as trocas entre países, ou seja, a sua integração de mercado como é o caso do mercado de capitais que através da bolsa de valores as instituições de qualquer país podem negociar suas ações. E a contabilidade internacional serve justamente para aproximar ainda mais essas relações como o processo de harmonização das normas internacionais ficou mais fácil e coerente entre países às trocas de relações.
d) O que significa convergência e harmonização e quais os principais
tipos de dificuldades encontradas pelos países para a concretização dessas aspirações, no contexto da Contabilidade Internacional?
Convergência é o processo que busca um acordo entre os padrões
contábeis internacionais, mediante um conjunto comum de princípios, preservadas as particularidades de cada país. A convergência visa eliminar as diferenças entre as normas emitidas pelos diversos órgãos contábeis. Harmonizar é conciliar, tornar harmônico. A harmonização contábil pode ser entendida como o processo pela qual diversos países, a partir de um consenso, buscam a compatibilidade das normas contábeis, preservando as particularidades e características de cada país. Está associada à adequação das normas a nível internacional, permitindo comparação. A harmonização refere-se ao alinhamento, consistência e coerência das normas e práticas contábeis. Existem algumas dificuldades de suas implementações dentre eles estão: o nacionalismo, o ordenamento jurídico, estrutura de financiamentos e a normatização contábil.
e) O que tem sido feito para que a convergência contábil seja algo concreto e não apenas uma mera abstração?
A principal inovação trazida por esse processo é que a prática contábil
brasileira passa a estar muito mais baseada na interpretação dos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) do que na mera aplicação de regras nacionais, como no passado recente. Isso traz implicações relevantes para a qualidade da informação contábil para o profissional da contabilidade, para outros profissionais que utilizam essa informação (como os economistas), para investidores e analistas do mercado financeiro e para outros interessados. Além da criação de órgãos, conselhos e etc.
f) O que são os IRFS, qual é a instituição internacional encarregada de
cuidar desse assunto e onde está sediada?
IFRS são um conjunto de normas internacionais de contabilidade,
emitidas e revisadas pelo IASB - International Accounting Standards Board (Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade), que visam uniformizar os procedimentos contábeis e as políticas existentes entre os países, melhorando a estrutura conceitual e proporcionando a mesma interpretação das demonstrações financeiras. Está sediado em Londres, no Reino Unido. g) Qual a situação dos Estados Unidos da América (EUA), maior economia mundial, em relação à adoção das normas internacionais de contabilidade?
Os EUA dificultam a sua adoção das normas internacionais de
contabilidade, já que utilizam de sua própria contabilidade e é considerado um país extremamente nacionalista, apesar de alguns avanços. Eles ainda não adotaram de forma obrigatória os padrões do IASB para suas empresas, sejam elas de capital aberto ou não. E parece que a adoção efetiva está muito longe de chegar ao fim. Os mais otimistas ainda estimam cinco anos para a adoção das IFRS nos EUA. Um importante organismo na disseminação da harmonização das normas internacionais de contabilidade é o International Organization for Governmental Securities Commissions – IOSCO, nascido de nove países, o órgão enfrentou dificuldades na sua adoção porque os Estados Unidos, principal mercado de capitais do mundo, não se dispôs a adotar as normas do IASC, devido a divergência de práticas entre as normas do IASC (hoje IASB) e os USGAAP – princípios de contabilidade geralmente aceitos norte-americanos. Diante dessa situação o CFC (2006, apud COSIFE) preconiza que “essas diferenças se dão devido ao fato de que, nos Estados Unidos, as práticas contábeis estarem fortemente ligadas a um sistema legal que lhe é próprio”. Alguns autores como Niyama (2006) e Hendriksen (1999) colocam a contabilidade dos Estados Unidos entre as dos países do bloco Anglo - Saxônico, no qual a classe contábil é forte e sofre pouca influência do governo, visto que se percebe claramente o enfoque da escola americana nos usuários externos (acionistas, credores, fornecedores e outros) e não no governo.
h) No Brasil, quais as entidades que se pronunciam sobre as Normas e
Procedimentos Contábeis (fale resumidamente sobre cada uma e seus respectivos papéis, incluindo as agências reguladoras)?
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)
Foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades: ABRASCA; APIMEC NACIONAL; BOVESPA; CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE; FIPECAFI; IBRACON. Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais".
Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
O Conselho Federal de Contabilidade foi instituído pelo Decreto - Lei 9.295/46 com o objetivo de orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil, através dos Conselhos Regionais de Contabilidade. Cabe também ao CFC decidir, em última instância, os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais; regular acerca dos princípios contábeis, do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educação continuada; editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional. i) O que existe de mais atual em termos de legislação (de forma resumida, explique a evolução da lei societária e as recentes alterações nela introduzidas, principalmente no que diz respeito à contabilidade)?
A lei societária - Lei nº 6.404, de 1976 - a partir de 2008 sofreu
profundas alterações, inicialmente pela Lei nº 11.638, de 2007 (1) e pela Medida Provisória nº 449/08, convertida na Lei nº 11.941, de 2009, quando foram introduzidos novos conceitos, métodos e critérios contábeis e fiscais, com o fim de harmonizar as regras contábeis adotadas no Brasil aos padrões internacionais de contabilidade (padrão International Financial Report Standart - IFRS), recepcionando assim a transparência internacional de regras e informações contábeis a ser em observadas por todas as companhias abertas e pelas empresas de grande porte (2), quando da elaboração de suas demonstrações financeiras.
A começar pela relação de demonstrações financeiras, foi extinta a
demonstração das origens e aplicações de recursos e criadas a demonstração dos fluxos de caixa e a demonstração do valor adicionado (3). A classificação contábil dos grupos e subgrupos de contas do balanço patrimonial das sociedades também foi significativamente alterada. O Ativo e o Passivo foram divididos em dois grandes grupos de contas: Circulante e Não Circulante. Foram extintos os seguintes grupos, subgrupos e contas: Ativo Permanente, Ativo Diferido, Passivo Realizável a Longo Prazo, Resultado de Exercício Futuro, Reserva de Reavaliação, Lucros e Prejuízos Acumulados. Foram criados os subgrupos e contas: "Intangível" no Ativo e "Prejuízos Acumulados" e "Ajustes de Avaliação Patrimonial" no Patrimônio Líquido (4). Na Demonstração de Resultado foi suprimido o grupo Resultados Não Operacionais, adotando-se a nomenclatura de "Outras Receitas" e "Outras Despesas". As contas representativas de Prêmios na Emissão de Debêntures e Doações Subvenções para Investimentos, antes de comporem as Reservas de Lucros, agora devem transitar pelo resultado do exercício.
Cabe mencionar ainda que as Leis nº 11.638, de 2007 e 11.941, de 2009
trouxeram importante alteração no sentido de dar sustentação legal às normas contábeis expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM e demais órgãos reguladores (19). Isso obrigou os órgãos responsáveis pelas normas contábeis a falarem a mesma língua, ou seja, atualmente, a CVM, o Banco Central, agências reguladoras (ANATEL, ANEL, ANS, SUSEP, etc.), devem observar as regras internacionais de contabilidade introduzidas pelas referidas leis e referendadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
j) O que é o CPC, quais as suas atribuições?
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis é uma entidade autônoma
criada pela Resolução CFC nº 1.055/05. Tem como objetivo estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Técnicos sobre Procedimentos de Contabilidade e divulgar informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira às normas internacionais de contabilidade.
k) Quais os tipos de documentos emitidos pelo CPC, discorrendo sobre
cada um deles e informando quantos de cada tipo já foram emitidos?
Tipos de documentos emitidos:
Pronunciamentos Técnicos; (51 pronunciamentos); Orientações; (8 orientações) e Interpretações (21 interpretações). O s Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente submetidos a audiências públicas. As Orientações e Interpretações poderão, também, sofrer esse processo.
l) A aplicação adequada das Normas Internacionais de Contabilidade está
prevista no Código de Ética Profissional do Contador – cite o(s) item(ns) que trata(m) do tema?
A aplicação das normas internacionais é um dos objetivos do código de
ética do contador; ou seja; a conduta ética do contador deve seguir tantos os princípios éticos e legislações vigentes do Brasil quanto também estar alinhado às normas internacionais de contabilidade. Como é demostrado abaixo: NBC PG 01 – CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTADOR Objetivo: 3. Esta norma se encontra convergente aos padrões internacionais da ética no exercício da profissão contábil.
Regime de competência contábil na Câmara dos Deputados: uma análise do processo de institucionalização do regime de competência contábil para o registro patrimonial na Câmara dos Deputados segundo a vertente sociológica do institucionalismo