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Ano 7, número 13, semestral, abr/2017 a set/ 2017

Cultura e regionalidade: semelhanças e diferenças


nas festas do Divino Espírito Santo no território brasileiro

Cultura y regionalidad: similitutes y diferencias


en las fiestas del Divino Espíritu Santo en el territorio brasileño

Culture and regionality: similarities and differences


in the Holy Divine Spirit holidays in Brazilian territory

Débora B. G. ThomsenI
Rosália Maria Netto PradosII
Luci Mendes de Melo BoniniIII

Resumo:

Palavras chave: Estudam-se as festas do divino dos municípios de Mogi das Cruzes -
SP, Alcântara – MA, Pirenópolis - GO, São João Del Rei – MG e Vale do
Regionalismo Guaporé–MT- RO a fim de se identificar eventos folclóricos, religiosos
e profanos, bem como apontar políticas locais de preservação de
Festa do Divino patrimônio histórico, cultural – material e imaterial. Optou-se pelo
método de revisão bibliográfica e documental – tanto documentos
Religiosidade e cultura
oficiais como documentários expostos nas redes sociais e páginas
Patrimônio cultural oficiais dos municípios. Os resultados demonstraram que as festas do
Divino em várias regiões do Brasil são bastante semelhantes dadas
as origens portuguesas.Não se encontrou, na maioria dos casos,
políticas culturais de reconhecimento de patrimônio cultural, mas sim,
de incentivos turísticos em algumas delas.

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Resumen:

Se estudian las fiestas del divino de los municipios de Mogi das Cruzes Palabras clave:
– São Paulo, Alcantara - Maranhão, Pirenópolis - Goiás, São João Del
Rei – Minas Gerais y Valle del Guaporé – Mato Grosso y Rondônia a Regionalismo
fin de identificar eventos folclóricos, religiosos y Profanos, así como
apuntar si existen políticas locales de preservación de patrimonio Fiesta de lo Divino
histórico, cultural - material e inmaterial. Se optó por el método de
Religiosidad y cultura
revisión bibliográfica y documental - tanto documentos oficiales como
documentales expuestos en las redes sociales y páginas oficiales de Patrimonio cultural
los municipios. Los resultados demostraron que las fiestas de lo divino
en varias regiones de Brasil son bastante similares a las orígenes
portuguesas. No se ha encontrado, en la mayoría de los casos, políticas
culturales de reconocimiento de patrimonio cultural, sino, Incentivos
turísticos en algunas de ellas.

Abstract:

Keywords: This paper presents a research about the Holy Ghost feast in different
municipalities in Brasil: Mogi das Cruzes - São Paulo, Alcântara –
Regionalism Maranhão, Pirenópolis - Goiás, São João Del Rei – Minas Gerais and
Vale do Guaporé – Mato Grosso and Rondônia in order to identify folk,
Holy Ghost Feast religious and secular events, as well as local political point of preservation
historical, cultural heritage – tangible and intangible. The method was
Religion and culture
the bibliographical and documental review– both official documents
Cultural heritage as documentaries exposed in social networks and official pages were
chosen to clarify the objects studied here. The results showed that the
parties of the divine in various regions of Brazil are quite similar because
the Portuguese sources. It was not found, in most cases, cultural policies
cultural heritage recognition, but tourist incentives in some of them.

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Em 1989 a UNESCO organizou uma


recomendação para a salvaguarda da cul-
Cultura e regionalidade: semelhanças tura tradicional e popular. Nela, a organi-
e diferenças nas festas do Divino zação enfatiza o valor desses patrimônios
Espírito Santo no território brasileiro imateriais como a aproximação entre os di-
ferentes povos e grupos sociais, a afirma-
ção da identidade cultural, sua importância
1. Introdução para o desenvolvimento social, econômico,
cultural, político e histórico de uma nação.
As festas religiosas são considera- A Conferência Geral também reconheceu a
das manifestações importantes e necessá- fragilidade dessas formas de cultura, princi-
rias para integração da comunidade, repre- palmente quando essas tradições são orais.
sentação da cultura e memória local, além
de propiciar a valorização da expressão Assim, recomenda aos Estados
coletiva. Nessas comemorações os devo- medidas legislativas ou outras que sejam
tos podem manifestar com liberdade suas necessárias, para fomentar e preservar
crenças e sua fé, aguçados por um ideal de essas representações culturais. Neste
igualdade e solidariedade (ARAÚJO, 2004). sentido, este texto busca traçar alguns
pontos que possam justificar o debate.
De acordo com Lossio e Pereira Alguns levantamentos podem iluminar al-
(2007), as manifestações populares que guns cantos da necessidade de se buscar
apresentam um contexto regional, repre- políticas mais eficazes no reconhecimento
sentam uma identidade cultural e são um do patrimônio cultural brasileiro a fim de
incentivo ao desenvolvimento local. Para os promover a cultura, o turismo e enfrentar o
autores, devemos considerar que essa re- desmonte do sentimento de pertencimen-
presentação cultural popular, com o passar to que a globalização ameaça.
do tempo, sofre alterações em função de
mudanças no panorama econômico, admi- Regionalmente as festas religiosas
nistrativo, educativo, social e político da re- se diferenciam umas das outras por apre-
gião bem como as políticas públicas envolvi- sentarem influências de fatores socioeco-
das na valorização da manifestação social. nômicos, étnicos, tradições e memória co-
letiva. Em alguns lugares as festividades
No contexto globalizado em que contam apenas com missas e quermesses,
vivemos, a facilidade na comunicação em outras localidades as tradições, o colori-
altera a dinâmica dessas manifestações do da festa, os aspectos folclóricos e históri-
folclórico-religiosas já que a divulgação cos, transformam as comemorações em um
pode acontecer em larga escala, atrain- evento de grande porte (ARAÚJO, 2004).
do turistas e empreendedores. De acor-
do com Simões (2006), esse tipo de tu- Neste sentido, trabalho tem como ob-
rismo apresenta interesses econômicos, jetivo estudar a Festa do Divino em algumas
mas também colabora com o desenvol- regiões do país de modo a identificar ativida-
vimento local. des relacionadas à ao folclore, à religiosida-
de, atividades culturais e turísticas e se exis-
Em conformidade com o exposto, tem políticas locais que as salvaguardam.
a UNESCO (1989) reconhece que a cul-
tura tradicional e popular, fundamentada Os resultados demonstraram que as
em tradições, é expressa por um grupo festas do divino em várias regiões do Brasil
ou indivíduos e representa a identidade são bastante semelhantes dadas as origens
de uma comunidade. portuguesas, a tradição oral vem sustentan-

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do essas atividades e não se encontrou, na evangelização. Atualmente ela é conside-


maioria dos casos, políticas culturais de reco- rada a manifestação católica mais antiga
nhecimento de patrimônio cultural, mas sim, de que se tem conhecimento em Portugal
de incentivos turísticos em algumas delas. e no Brasil. Datando de 1321, essa festi-
vidade representa uma comemoração às
graças concedidas pela terceira pessoa
2. Método da Santíssima Trindade, o Espírito Santo
e originou-se em Portugal, mas posterior-
Esta pesquisa é de natureza descriti- mente foi difundida pelo mundo. (BONINI;
va de abordagem qualitativa. A fim de poder PEREIRA, 2015)
descrever cada localidade, suas característi-
cas e as de cada Festa do Divino, utilizou-se É provável que a celebração tenha
a revisão da literatura: artigos, livros teses chegado ao Brasil no século XVI e a par-
e dissertações encontradas em portais aca- tir daí, espalhou-se e foi sendo modificada
dêmicos de modo que se pudesse ter uma para adaptar-se às diferenças regionais
visão ampla sobre cada uma delas. Foram do país. Encontram-se particularidades
realizadas revisões tendo como base de in- socioeconômicas, étnicas, tradicionais e
formação os portais oficiais das prefeituras, relacionadas à memória coletiva, o que faz
blogs oficiais e canais do YouTube de devo- com que cada festa tenha sua particulari-
tos ou simplesmente pessoas interessadas dade, sua identidade (ARAÚJO, 2004).É
para detalhamento de eventos ou ainda de importante destacar que o devoto, partici-
dados sobre as políticas locais. pante ativo das festividades em homena-
gem ao Divino, é o exemplo de expressão
da crença popular (CHAVES, 2010).
Cultura e regionalidade:
a Festa do Divino no Brasil A festividade conta ainda com a
participação do seu personagem mais ca-
De acordo com Simões (2006), as racterísticos, o imperador, ou casal de im-
identidades e as culturas são móveis, elas peradores, que em algumas cidades são
se deslocam e redefinem fronteiras. Seus representados por crianças, em outras
componentes podem originar-se em uma são utilizados adultos nesta função. Eles
região e migrar para outras, e assim, po- significam “alguém do povo que é esco-
dem evidenciar suas características ou lhido para ser o mensageiro da palavra de
miscigenar-se com outra cultura: Deus”. Em algumas cidades seus encar-
gos são apenas simbólicos, aparecendo
Nesse âmbito, os trânsitos contribuem para realizar alguns protocolos nas cele-
para reflexões sobre tensões, conver- brações, já em outras localidades, eles
gências e divergências entre o local, realizam parte da organização da festa,
o nacional e o global, tendo em conta arrecadação de fundos, e orações.
que a globalização promove movimen-
tos migratórios em relação ao local e Em algumas festas, as atrações
acentua as suas questões identitárias. apresentadas, tais como cantores, sho-
(SIMÕES, 2006, p. 10). ws, etc., nem sempre são regionais, mas
são consideradas importantes e possuem
A Festa do Divino Espírito Santo, grande visibilidade por impulsionarem o
inicialmente era relacionada aos antigos turismo e, consequentemente, a econo-
rituais pagãos do culto aos vegetais, con- mia do local, e por isso, são valorizadas
tudo, logo depois foi protegida pela Igreja em detrimento do fortalecimento da comu-
e passou a ser utilizada como forma de nidade e de seus artistas populares.

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Pensando nos benefícios relaciona- além de sediar uma das celebrações de


dos à identidade local, ao desenvolvimento abertura da festa.
econômico e nas possibilidades de estímu-
los à cultura, turismo e comércio (setores Identificada como Patrimônio Imate-
formais e informais) de uma determinada rial da cidade desde 2009, a Festa do Divino
região, o governo por meio do Ministério da valoriza a expressão folclórica-religiosa dos
Cultura, criou alguns projetos direcionados antigos moradores que praticavam a adora-
à valorização das manifestações culturais ção ao Espírito Santo, desde o século XVII.
como a Lei Federal de Incentivo à Cultu- Considerada uma das festas mais antigas do
ra (Lei nº 8.313/91), a Lei Rouanet, e a Lei Brasil, a festa de Mogi das Cruzes é respon-
do Audiovisual (Lei nº 8.685/93) (BRASIL, sável pela mobilização de 3000 voluntários,
2017). Esse apoio é fundamental para que a aproximadamente, devotos e visitantes, que
relação entre cultura e desenvolvimento seja juntos somam mais de 400 mil pessoas par-
complementar, e, assim, consolide a diversi- ticipantes nos mais de 60 eventos relaciona-
dade como um direito, visto que, “o núcleo da dos à festividade (BONINI; PEREIRA, 2015).
relação entre cultura e desenvolvimento em
países como o Brasil passa, necessariamen- Em Mogi das Cruzes há um cortejo
te, pelo tenso equilíbrio entre diversidade cul- intitulado Entrada dos Palmitos: uma procis-
tural e desigualdade social” (ALVES, 2010). são com carros de boi e cavaleiros – muito
enfeitados com palmitos: vegetal abundan-
te na região em décadas passadas. Esse
Festa do Divino: cortejo traz os devotos com seus cavalos e
Mogi das Cruzes – São Paulo cavaleiros enfeitados, com suas bandeiras
para honrar e demonstrar sua devoção à ter-
A cidade de Mogi das Cruzes está ceira pessoa da santíssima Trindade. Saem
localizada na região sudeste do estado de à frente os festeiros e capitães do mastro,
São Paulo, distante 50km da capital, São ex-festeiros, personalidades políticas e con-
Paulo. Possui uma população estimada de vidados, em seguida grupos de devotos que
429.321 habitantes (IBGE, 2016) sendo que se dividem por sentimento de pertencimen-
em 2010 eram 387.779 (IBGE, 2010). Des- to: jovens, idosos, crianças, rezadeiras, mui-
tes, 199.604 são católicos (51,47% da po- tos vestidos de vermelho e, na sua maioria,
pulação contabilizada em 2010), e 114.148 com as bandeiras. Mais atrás das pessoas
são evangélicos (29,44%) (IBGE, 2010). A vêm os grupos de congadas e marujadas
cidade foi fundada em 1611 por Gaspar Vaz, honrando seus padroeiros, com seus tam-
e surgiu em função dos bandeirantes. bores e ritmos, por último os carros de boi
enfeitados com legumes, flores e frutas, e
A tradicional Festa do Divino Espí- os cavaleiros que vêm de cidades e distri-
rito Santo de Mogi das Cruzes acontece tos mais distantes do centro da cidade, para
50 dias após a Páscoa e celebra o dia onde se dirige a procissão que passa pelo
de Pentecostes. São 404 anos de devo- altar do divino erigido em frente à Catedral
ção. Esse é um dos motivos que a faz ser de Santana e segue depois para o local da
considerada patrimônio cultural da cidade quermesse onde os romeiros vão se alimen-
(SILVA; SANTOS; BONINI, 2017).A prefei- tar com o afogado do povo: uma distribuição
tura reconhece a tradição, o valor históri- gratuita de uma sopa feita de batata com
co, o envolvimento religioso e os aspectos carne de vaca (BONINI; PEREIRA, 2015).
culturais relacionados, tanto que fundou o
Museu da Festa do Divino Espírito Santo Assim como todas as festas religio-
que objetiva preservar a memória e valori- sas a quermesse acontece todas as noi-
zar os bens advindos das comemorações tes num local específico que a prefeitura

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da cidade organiza todos os anos a fim de Espírito Santo). A queima dos pedidos sim-
dar conta da grande massa que a cidade boliza a elevação dos mesmos ao céu.
recebe, dada as dimensões da festa.
Para identificação dos devotos e
Um dos ritos religiosos que aconte- agentes das festividades, tradicionalmente
cem ao longo da festa é a Alvorada: durante são utilizadas bandeiras vermelhas, com
9 dias, a partir das 5 horas da manhã, os uma pomba (representação popular do Es-
devotos se reúnem em frente da Catedral pírito Santo, conforme referências bíblicas)
de Santana, saem por uma procissão que no centro. Todas possuem características
se arrasta pelo centro da cidade e rezam a comuns como fitas coloridas trançadas,
Coroa do Divino, esta ação representa uma a pomba envolta por ornamentação, e os
antiga manifestação realizada pelos devo- dons do Espírito Santo representados. Sem-
tos que buscavam doações para a realiza- pre utilizando as cores vermelho e branco,
ção da Festa do Divino, passando de casa esse ícone, na maioria das vezes, é feito à
em casa, rezando e abençoando as famílias mão (VALIM; PRADOS; BONINI, 2015).
que doavam prendas para a festa. São dife-
rentes trajetos: hospital, cemitério e igrejas.
A procissão assim se organiza: na frente os Festa do Divino: Alcântara - Maranhão
lanterneiros, em seguida rezadores e reza-
deiras acompanhados do carro de som e A cidade de Alcântara está localizada
atrás desses os devotos, mais de duas mil na região norte do estado do Maranhão, dis-
pessoas participam das alvoradas ao longo tante 30km da capital, São Luís. Possui uma
da festa (BONINI; PEREIRA, 2016). população estimada de 21.667 habitantes
(IBGE, 2016) sendo que em 2010 eram
No último dia da Festa ocorre uma 21.851 (IBGE, 2010). Destes, 12.658 são
procissão ao Divino Espírito Santo, que par- católicos (58% da população contabilizada
te da Catedral de Santana e caminha pelas em 2010), e 4.249 evangélicos (19,44%)
ruas do centro da cidade. O cortejo faz sete (IBGE, 2010). A cidade foi fundada em 1648
paradas durante o percurso em reconhe- quando a aldeia elevou-se a categoria de
cimento aos setes dons do Espírito Santo vila. Esse território, antes habitado por ín-
- Fortaleza, Ciência, Conselho, Sabedoria, dios, passou a ser colonizados por france-
Piedade, Entendimento e Temor do Senhor. ses e logo em seguida, por portugueses.
Para essa procissão, devotos voluntários de
toda a cidade confeccionam tapetes decora- Entre as celebrações realizadas du-
dos feitos com serragem, pó de café, casca rante os dias de festa, ocorrem missas na
de ovo, areia colorida, entre outros materiais. igreja matriz, apresentação dos membros da
corte no Palácio Imperial de Alcântara (crian-
Desde o início do ano, as rezadei- ças entre 4 e 14 anos utilizando trajes de épo-
ras realizam um trabalho de peregrinação ca da corte de imperadores e mordomos),
visitando mais de 2 mil casas, e atenden- cortejo ao Divino e levantamento do mastro.
do cerca de 33 mil devotos. Durante essas Durante todas as etapas da cerimônia, as cai-
visitas, elas recolhem pedidos ao Divino xeiras, senhoras que tocam caixa e entoam
Espírito Santo (BONINI; PEREIRA, 2016). cânticos em louvor ao Divino Espírito Santo,
embalam a festa. Esses cânticos são acom-
O encerramento da festa se dá após panhados pelas caixeiras, mulheres conside-
a celebração de Pentecostes, com a incine- radas sacerdotisas que conduzem os rituais
ração dos pedidos realizados pelos devotos festivos da Festa do Divino (GOMES; GAS-
e entregues às rezadeiras ou depositados TAL; CORIOLANO, 2015). As caixas são ins-
nas urnas instaladas no Império (altar do trumentos de percussão que acompanham

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os cânticos, resgatando a herança cultural res das vestimentas que serão utilizadas
africana, muito presente na região, já que Al- pelas crianças e por toda a decoração da
cântara possui comunidades remanescentes festa. É costume haver ao amanhecer, ao
de quilombos que mantém as características meio dia, e ao anoitecer, uma salva de cai-
dos seus ancestrais. Os cânticos entoados xas, denominada alvorada.
podem ser improvisados ou decorados, indi-
viduais ou coletivos (GOMES, 2017). O levantamento do mastro indica o
início da festa e é realizado à noite e sua
É importante salientar que Alcântara derrubada assinala a finalização da festa.
foi a primeira cidade histórica amazônica a
ser reconhecida como Patrimônio Nacio- Ao participarem das festividades,
nal, desde 1948, por sua riqueza cultural e os turistas entram em contato com o co-
arquitetônica. A cidade mantém viva gran- tidiano, a gastronomia, e o estilo de vida
des tradições culturais e a convivência em local. O comércio ambulante de comidas e
comunidade e merece destaque pela pre- bebidas se intensifica, no entanto, surgem
sença de inúmeras ruínas coloniais, con- atividades de cunho puramente comercial,
sideradas atrativos turísticos, tais como a como os clubes de reggae:
Capela das Mercês, 1656; Praça da Matriz,
1648; Igreja de São Matias, 1869; Pelouri- Este evento religioso estimula a parti-
nho; Igreja e Convento de Nossa Senhora cipação ativa dos visitantes: no levan-
do Carmo, 1665; Forte de São Sebastião, tamento do mastro, nas missas e la-
1797; Igreja de Nossa Senhora do Rosário dainhas, na visita aos mordomos, ou
dos Pretos, 1781; entre outras (GOMES, seja, os espaços de convivência co-
2017). Em 1983, em Alcântara, foi criado o munitária transformam-se em espa-
Centro de Lançamentos de Alcântara para ços materiais e simbólicos onde bens,
implementação de atividades espaciais. serviços, patrimônios e elementos
Essa criação gerou grandes impactos so- da cultura circulam entre anfitriões e
ciais, econômicos e ambientais pois reti- hóspedes. (CARVALHO, 2016, p. 13).
rou diversas comunidades quilombolas de
suas áreas originais, em função da desa- Segundo Gomes (2017), as come-
propriação para fins de interesse nacional, morações na cidade estão passando por
ocupando praticamente toda a área litorâ- sérias dificuldades de perpetuação em
nea da cidade (GOMES, 2017). função da falta de renovação das caixei-
ras, geradas pelo desconhecimento, de-
As festas no Maranhão apresentam sinteresse e falta de incentivos; a viagem
algumas particularidades como as caixei- em embarcações, em condições precá-
ras e a união da festa católica a religiões rias, que dá acesso à cidade; a falta de
praticadas em terreiros de tambor de mina estrutura de restaurantes e hotéis. No en-
- casas de culto afro-maranhense, principal- tanto, a gestão municipal e estadual vem
mente em São Luís (FERRETI, 2005). No se comprometendo a estimular e financiar
entanto, em Alcântara, a festa é de base a manutenção das tradições da cidade e a
católica, e as caixeiras entoam cânticos em sensibilização da população local.
devoção ao Espírito Santo, exclusivamente.

Fazem parte das festividades reali- Festa do Divino:


zadas no Maranhão, um casal de impera- São João Del Rei – Minas Gerais
dores, de mordomo régio, mordomo mor,
os padrinhos do mastro e outros colabo- A cidade de São João del Rei está
radores. Em seguida, escolhem-se as co- localizada na região sudeste de Minas Ge-

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rais, distante 187km da capital, Belo Hori- ros circulam pelas ruas das cidades, junto
zonte. Possui uma população estimada de com as bandeiras do Espírito Santo.
89.832 habitantes (IBGE, 2016) sendo que
em 2010 eram 84.469 (IBGE, 2010). Des- As festividades se iniciam com o le-
tes, 72.048 são católicos (85,3% da popula- vantamento do mastro, na sexta feira. No
ção contabilizada em 2010), e 7.271 evan- sábado, véspera de Pentecostes é reali-
gélicos (8,6%) (IBGE, 2010). A cidade foi zada a Missa Inculturada - com rituais que
fundada em 1713 pelo Governador D. Braz seguem as tradições africanas. No sába-
Balthazar da Silveira, e desenvolveu-se em do é realizada a Procissão do Imperador
virtude da intensa mineração na região. Perpétuo seguida de bandeiras, músicas e
folias. No domingo de Pentecostes trans-
A festa em adoração ao Divino Es- corre a alvorada, missa, apresentação de
pírito Santo, na cidade de São João del grupos de congadas, marujadas, catua-
Rei, iniciou-se, provavelmente, com a pés, bate-paus e moçambiques, seguidos
inauguração da igreja do Senhor Bom Je- de danças-de-fitas e pastorinhas. Depois,
sus de Matosinhos, em 1774. Possui um vem o Cortejo Imperial e a coroação do
imperador perpétuo, Santo Antônio, eleito novo Imperador. Para finalizar as celebra-
pela população, coadjuvando com o Divi- ções ocorre a descida do mastro (PASSA-
no Espírito Santo. Conta como principais RELLI, 2004; PORTAL DO DIVINO, 2017).
eventos associados às festividades, as
folias (visitas às casas recolhendo donati-
vos para as comemorações); a cavalgada Festa do Divino: Pirenópolis – Goiás
do divino (ocorre nas ruas da cidade); os
mastros do Divino e Santo Antônio; procis- O município de Pirenópolis está loca-
são do imperador perpétuo, entre outros lizado no centro do estado de Goiás, distante
(PORTAL DO DIVINO, 2017). 130km da capital, Goiânia. Possui uma popu-
lação estimada em 24.604 habitantes (IBGE,
Em São João del Rei, comemora- 2016), sendo que em 2010 eram 23.006
-se o Jubileu Perpétuo, uma festa religio- (IBGE, 2010), destes, 16.294 são católicos.
sa que possibilita indulgência aos fiéis A cidade foi fundada em torno das primeiras
arrependidos, que confessarem, comun- décadas do século XVIII, por Manoel Rodri-
garem, e visitarem a capela de Nosso Se- gues Tomar e surgiu em função das ativida-
nhor Jesus Cristo de Matosinho e fizerem des mineradoras na região. (IBGE, 2017)
orações a Deus em favor da santa propa-
gação da fé (PASSARELLI, 2004). Em 1990 o município foi tombado
como conjunto arquitetônico, urbanísti-
A festa sofreu uma paralisação em co, paisagístico e histórico, pelo IPHAN.
1923 quando a Conferência Episcopal da Possui casarões e igrejas do século XVIII
Província de Mariana proibiu a festa, que como a Matriz de Nossa Senhora do Ro-
só voltou a ganhar força e representativi- sário de 1732 (PIRENOPOLIS, 2017). Na
dade em 1997. Nessa data ela começou cidade, as comemorações em homena-
a apresentar características que se repe- gem ao Espírito Santo, envolvem as Ca-
tem todos os anos: a fase preparatória valhadas – encenações dramáticas da ba-
das festividades ocorre quando as ruas do talha entre mouros e cristãos pelo domínio
município são percorridas pelas Folias do da península Ibérica e são animadas por
Divino, que são grupos folclóricos respon- diversos mascarados.
sáveis por angariar donativos para a festa.
No domingo que antecede a festa aconte- Acredita-se que as festas foram se
ce a Cavalgada do Divino, onde cavalei- difundindo em Goiás à medida que a Igreja

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expandia e ocupava novos espaços assu- de. As máscaras mais populares são de
mindo uma cultura colonizadora por meio boi, onça e diabo. (PIRENÓPOLIS, 2017)
dos jesuítas. Em Pirenópolis, a festa ga-
nhou grande enfoque quando a cidade per- Um dado importante sobre a Festa
deu sua importância econômica em Goiás, do Divino em Pirenópolis é que, assim como
e assim, buscou dinamizar seus festejos ocorreu em outras localidades, antigamente
em função da valoração da expressão da a festa era totalmente patrocinada e orga-
sociedade. No entanto, é importante obser- nizada por uma única família, de alto poder
var que a Romanização da Igreja Católica aquisitivo, da cidade. O mantenedor da fa-
exigiu das entidades religiosas, posturas mília era considerado o Imperador do Divino
diferentes das que vinham sendo tomadas, e a festa se moldava aos padrões estabele-
inclusive redefinindo manifestações católi- cidos por essa família (SILVA, 2000).
cas populares (SILVA, 2000).

Em contrapartida, a população lo- Festa do Divino: Vale do Guaporé –


cal criou um vínculo inestimado com a fes- Mato Grosso - Rondônia
tividade, entendendo as comemorações
como identidade cultural da comunidade O rio Guaporé nasce na cidade de
e, por esse motivo, busca formas de via- Pontes e Lacerda (MT), penetra no estado
bilizar a manutenção das tradições respei- de Rondônia e compõe a divisa natural entre
tando os mecanismos de produção e re- Brasil e Bolívia, desaguando no Rio Mamoré,
produção da festa que são responsáveis no município de Costa Marques (RO). O vale
por promover o intercâmbio abundante de apresenta inúmeras áreas de preservação
bens materiais e simbólicos durante as além de seu valor histórico com a presença
festividades (SOARES, s/d) de lendas indígenas e ribeirinhas e manifes-
tações populares (RONDÔNIA, 2017).
As festividades do divino se iniciam
com as folias do Divino, onde cavaleiros No Vale do Guaporé, o cortejo do
percorrem a zona rural da cidade, com Divino acontece de uma forma particular:
o objetivo de levar bênçãos e captar re- uma procissão fluvial que percorre mais
cursos para a festa; muitas cantorias são de 35 localidades brasileiras e bolivianas.
entoadas em homenagem ao Paráclito. As Assim como algumas outras festas, como
cavalhadas acontecem logo após as folias Piracicaba e Anhembi, no interior de São
do Divino. São três dias de comemorações Paulo, essa festa é realizada utilizando-
que simbolizam as lutas na idade Média. A -se o rio. A procissão, uma tradição herda-
cidade construiu um “cavalhódromo” para da dos negros, já acontece há 123 anos e
a realização das dramatizações. Nos dois atrai devotos de muitos lugares do Brasil e
primeiros dias ocorre a encenação das lu- dos países vizinhos. Ela se inicia no domin-
tas, com a vitória cristã e a conversão dos go de Páscoa em uma cidade escolhida e
mouros que é quando acontece a evoca- culmina em uma festividade que dura sete
ção do Divino Espírito Santo. No terceiro dias encerrando todas as comemorações
dia, ocorrem provas de habilidades envol- no Dia de Pentecostes (CRUZ, 2016).
vendo todos os cavaleiros (PIRENÓPO-
LIS, 2017; SILVA, 2000). Dentro do Barco do Divino se en-
contra uma Arca contendo a Coroa, a
Alguns homens, chamados de bandeira, as toalhas do altar e os livros
“curucucus”, a pé ou a cavalo, utilizam de ata da festividade (BORGES, 2017).
fantasias muito criativas e máscaras, brin- O barco é movido por um pequeno mo-
cam e fazem barulho pelas ruas da cida- tor que é desligado quando a embar-

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pragMATIZES - Revista Latino Americana de Estudos em Cultura

cação se aproxima de uma localidade (...)


e inicia-se remadas cadenciadas que A cultura tradicional e popular, na medi-
levam o barco até o porto. Quando o da que é constitutiva de manifestações
barco aporta, o responsável pela Coroa de criatividade intelectual, individual ou
desembarca e é recebido pelo Impera- coletiva, merece proteção análoga à
dor local, ao som de muita cantoria e que se confere às produções intelectu-
orações (PAKAAS, 2017). ais. Tal proteção da cultura tradicional e
popular revela-se como meio indispen-
sável para o melhor desenvolvimento,
Semelhanças culturais entre perpetuação e difusão deste patrimô-
as Festas do Divino nio, quer no país como no estrangeiro,
sem prejuízo dos legítimos interesses
Segundo Mariano (2009), essas nele implicados (UNESCO, 1989, p. 6)
demonstrações religiosas atuam de forma
dinâmica, acompanhando a evolução e as E que o Brasil bem buscando
mudanças econômicas e culturais da loca- acompanhar, pois um marco legal voltado
lidade, misturando o rural com o urbano; ao “Registro de Bens Culturais de Nature-
o catolicismo rústico com o culto à nature- za Imaterial que constituem o patrimônio
za; o tradicional com o moderno, pois: “em cultural brasileiro” é o Decreto 3.551/2000.
função da manutenção da tradição os re- O responsável por atuar nessa área é o
cursos modernos que tendem a destruí-la Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico
são utilizados, causando a sua reprodução, Nacional (IPHAN), por meio do Departa-
embora de forma espetacular, ou seja, no mento de Patrimônio Imaterial (DPI).
processo de transformação da Festa em
mercadoria.” (MARIANO, 2009, p. 14) (...) compreende o Patrimônio Cultural
Imaterial brasileiro como os saberes, os
E assim tradicionalmente, continua ofícios, as festas, os rituais, as expres-
a autora: “a Festa implica ligação com o sões artísticas e lúdicas, que, integra-
passado que se atualiza no presente, vol- dos à vida dos diferentes grupos sociais,
tada para o futuro (...)” (Idem, ibidem, p. 3). configuram-se como referências identi-
tárias na visão dos próprios grupos que
Ao se organizar o quadro a seguir, as praticam. Essa definição bem indica o
intentou-se alinhar as questões culturais entrelaçamento das expressões culturais
assim como debruçou-se nas páginas dos com as dimensões sociais, econômicas,
governos locais a fim de se vislumbrar re- políticas, entre outras, que articulam es-
ferências que demonstrassem interesse tas múltiplas expressões como proces-
na preservação dos patrimônios culturais, sos culturais vivos e capazes de referen-
dentro do que ensina a UNESCO: ciar a construção de identidades sociais
(CASTRO; FONSECA, 2008, p. 12)
A preservação respeita a proteção das
tradições que revelam da cultura tra- No sentido de se identificar certos
dicional e popular e dos seus deten- caminhos que estão sendo trilhados na pa-
tores, na consideração que cada povo trimonialização das festas do Divino de al-
detém direitos sobre a sua própria cul- gumas regiões do país, buscou-se elaborar
tura e de sua adesão a essa cultura um quadro com informações presentes nas
pode enfraquecer-se por influência fontes consultadas a fim de se tecer compa-
da cultura industrializada difundida rações entre elementos culturais: sagrados
através dos meios de comunicação e profanos, bem como de políticas locais
(UNESCO, 1989, p. 4). para apoio da manutenção das tradições:

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Ano 7, número 13, semestral, abr/2017 a set/ 2017

Quadro 1. Descrição de elementos culturais e políticas locais


de algumas festas regionais do Divino no Brasil

Considerações finais dos são festividades católicas antigas de influ-


ência dos colonizadores portugueses que se
Caracterizadas pela mistura entre o sa- espalharam por todo território nacional e foram
grado e o profano, as comemorações em honra se adaptando à geografia e costumes locais
ao Divino Espírito Santo nos territórios avalia- características étnico-culturais. Muitas mantive-

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pragMATIZES - Revista Latino Americana de Estudos em Cultura

ram suas marcas mais peculiares como a pre- BONINI, Luci M. M.; PEREIRA, Rute (orgs.). Reza-
sença de determinados símbolos como o mas- deiras e Rezadores da Festa do Divino Espírito San-
to em Mogi das Cruzes, SP: Os saberes e fazeres
tro, a bandeira e a pomba branca, a presença
como patrimônio cultural. São Paulo: Editae, 2015.
de rituais católicos como missas, alvoradas e
novenas, traço do colonizador português. BORGES, Wilmer. Vale do Guaporé: começa em
Porto Murtinho o 123 Festa do Divino Espírito
Foram descritas, ainda que breve- Santo e chega a Pimenteiras 22 de Abril. Hoje
mente, particularidades culturais: religiosas, Rondônia, 2017. Disponível em: http://hojeron-
donia.com/vale-do-guapore-comeca-em-porto-
manifestações folclóricas, símbolos advin-
-murtinho-o-123a-festa-do-divino-espirito-santo-
dos do colonizador que interagiram com -e-chega-a-pimenteiras-22-de-abril/. Acessado
as tradições culturais dos negros “evange- em: 21/07/2017.
lizados” que mantiveram seus ritmos, suas
cores vibrantes, seus instrumentos musicais BRASIL. Ministério da Cultura. Fundo Nacional
de percussão que inspiram os devotos. de Cultura. Brasília: Ministério da Cultura, 2017.
Disponível em: http://www.cultura.gov.br/editais-
-da-cultura. Acessado em: 24/06/2017.
Percebe-se, pelos dados encontra-
dos, que os poderes locais precisam olhar BRASIL. Decreto Nº 3.551, de 4 de Agosto de
mais detidamente para a inserção das fes- 2000. Institui o Registro de Bens Culturais de
tas na agenda política para a preservação Natureza Imaterial que constituem patrimônio
dos patrimônios culturais ali existentes. Há, cultural brasileiro, cria o Programa Nacional do
Patrimônio Imaterial e dá outras providências.Dis-
em algumas localidades o investimento em
ponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
políticas de turismo, já que a Festa do Divino decreto/d3551.htm. Acessado em 23/07/2017.
promove o desenvolvimento local e regional.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
A pesquisa também demonstrou que (IBGE). Cidades. 2010, 2016, 2017. Disponível em:
faltam resultados científicos mais abrangen- http://www.ibge.gov.br. Acessado em: 14/06/2017.
tes que possam comparar semelhanças e
CARVALHO, Karoliny. Análise do potencial turísti-
diferenças entre essas festas no Brasil. co da Festa do Divino Espírito Santo em Alcântara,
Maranhão, Brasil. Turismo & Sociedade. Curitiba,
Os autores agradecem a Bolsa de v. 9, n. 1, p. 1-18, janeiro-abril de 2016.
pesquisa concedida pela FAEP – Fun-
dação de Amparo ao Ensino e à Pes- CASTRO, Maria L.V. de, FONSECA Maria Cecília L.
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