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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA

ÚNICA DA COMARCA DE NOVO REPATIMENTO, ESTADO DO PARÁ.

ELIAS ALVES DOS SANTOS SOBRINHO, brasileiro,


convivente,autônomo, portadora da cédula de identidade RG n°
5650536 PC/PA, inscrita no CPF n° 919.159.102-34, residente e
domiciliado na Rod. Transamazônica 04, KM 212, Vila Maracajá, no
município de Novo Repartimento/PA, por seus advogados infra-
assinados (procuração anexa), com endereço profissional e eletrônico
constantes no rodapé, com fundamento nosartigos 187 e 927 caput e
paragrafo único do Código Civil, artigo 319 e seguintes do Código de
Processo Civil, doravante encaminhadas as intimações do feito,
vem,respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor:

AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS C/C


DANOS MORAIS

Em face de CANOPUS – SEMINOVOS,inscrita no CNPJ nº


08.017.264/0001-60, situada na Folha 31, Quadra 12, Lote 10, Nova
Marabá – Marabá/PA, 68507-670; TOYOTA DO BRASIL LTDA, inscrita
no CNPJ nº 59.104.760/0001-91, situada na Rua Max Mangels Senior,
nº 1024, Bairro Planalto, CEP 09.895-510, na cidade de São Bernardo
do Campo/SP, pelos motivos de fato e fundamentos jurídicos a seguir
delineados:
I. DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, necessário destacar que os requerentes


declaram não possuir condições financeiras para arcar com as
despesas processuais, sem prejuízo do próprio sustento ou da sua
família.

Desta feita, requer o consentimento do benéfico da Justiça


Gratuita, nos moldes do art. 98 do Código de Processo Civil,
garantindo-lhes, deste modo, o efetivo acesso à justiça.

II. BREVE RELATO DOS FATOS

O Autor adquiriu um veiculo marca TOYOTA HILUX SW4 SRV


4X4 / PRATA / 2009, placa KHT 2944, fabricado e revendido pelas
requeridas, logo em seguida o requerente se deparou com um problema
no carro, verificando o que seria, constatou que a peça MODULO
CONTROLE MOTOR estava com defeito.

Na oportunidade o Autor entrou em contato com a representante


concessionária CANOPUS, ora requerida, comunicando o ocorrido, os
quais lhe informaram que não teriam tal peça, mas que iriam entrar em
contato com a fabricante do veiculo TOYOTA, também requerida, para
que fabricasse a referida peça.

Naquela oportunidade, em dezembro de 2018, o Requerente teve


que desembolsar o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para
fabricação da peça, entretanto, até a presente data não houve resposta
de nenhuma por parte das Requeridas e o veículo do Autor se encontra
parado desde então.
Destaque-se que o Autor utiliza o carro para seu trabalho,
viajando para negociar compras de materiais para a loja do qual é
proprietário e fazendo entrega de peças em toda região.

Diante de várias conversas com o representante da empresa


CANOPUS SEMINOVOS via mensagens de WhatsApp (anexo), não
obteve solução para o problema em questão.

Por essa razão não resta alternativa senão o ingresso pela


viajurisdicional como forma de verem garantidos os seus direitos.

III. DO DIREITO

Consultando o ordenamento jurídico pátrio, vamos encontrar


diversos dispositivos que expõe sobre o tema. A Constituição Federal em
seu artigo 5, inciso X exibe:

"são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a


imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação."

No mesmo sentido aduz o Código Civil em seu artigo 186 que


relata a cerca do dever de quem comete o ato ilícito.

Vejamos:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.

Não menos importante encontramos no mesmo Código a


obrigação daquele que causar dano a outrem:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo
único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em
lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.

Não restam dúvidas no tocante à responsabilidade das empresas


requeridas, eis que não somente realizaram cobrança indevida do Autor
prometendo a solução do problema, como disponibilizaram no mercado
de consumo veículo cujas peças necessárias ao funcionamento não se
encontram disponíveis para realização de manutenção.

No tocante a isto, temos o entendimento jurisprudencial


julgando favorável o pedido de reparação por danos materiais e danos
morais decorrente de veiculo com defeito em peça, mostrando a
responsabilidade do fabricante.

Vejamos:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E


MORAIS. VEÍCULO QUE PAROU DE FUNCIONAR EM RAZÃO
DE QUEBRA DO MOTOR. DEFEITO DE FABRICAÇÃO.
PROVA PERICIAL CONCLUSIVA NO SENTIDO DE QUE O
MOTOR QUEBROU EM RAZÃO DE DEFEITO NO PRODUTO
OU FALHA DO SERVIÇO. FABRICANTE NÃO COMPROVOU A
SUA TESE DE QUE A CULPA SERIA EXCLUSIVA DO
AUTOR/CONSUMIDOR. 1. RESPONSABILIDADE. Em face do
artigo 12 da Lei 8.078/90 (CDC), o fabricante responde,
independentemente da existência de culpa, por danos
causados aos consumidores por defeitos no produto ou no
serviço, podendo eximir-se da responsabilidade civil, desde que
demonstre a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Tendo em vista a natureza objetiva da responsabilidade do
fabricante, não poderia apenas alegar, tendo também o ônus de
provar, que os danos foram causados pelo mau uso do
automóvel. 2. PROVAS. Diante das provas produzidas nos
autos, foi possível concluir, assim como o MM Juiz, que a
quebra do motor não poderá ser imputada ao apelado, mas sim
à apelante Renault já que houve defeito no produto (motor) ou
falha na execução de um serviço de manutenção da
concessionária. "AÇÃO DE INDENIZAÇÃO (DANOS MORAL E
MATERIAL) DIREITO DO CONSUMIDOR. VEÍCULO NOVO.
MOTOR FUNDIDO. DEFEITO NA FABRICAÇÃO DE PEÇA.
DEMORA EXCESSIVA E INJUSTIFICADA DO FABRICANTE
EM AUTORIZAR O CONSERTO. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA PELOS DANOS OCORRIDOS. PROCEDÊNCIA
DECISÃO CONFIRMADA. 1. O fabricante responde
objetivamente pelo defeito de fabricação de peça
(mangueira de retorno do radiador), que teria causado a
fusão do motor, em veículo novo, o qual estava no período
de garantia, bem como pelo defeito na prestação dos
serviços de reparação da peça (demora excessiva e
injustificada para autorizar a concessionária a realizar o
conserto), tendo ficado o veículo parado por várias
semanas e, por isso, causado danos materiais
(impossibilidade do agricultor utilizar sua caminhonete em
seu trabalho) e morais (resultante dos dissabores e
frustrações que teve com a aquisição do veículo novo). 2. O
fabricante não se exime da responsabilidade simplesmente
alegando a culpa do consumidor pelo mau uso do veículo
(ausência de troca do filtro de ar), devendo demonstrar
esse fato para poder beneficiar-se dos artigos 12, par.3º, e
14, par.3º, do CDC. 3. Não deve ser modificado o quantum
dos danos morais fixados na sentença, para a compensação
dos danos morais, quando, observados os critérios da
razoabilidade e da proporcionalidade, não restar
caracterizado o enriquecimento sem causa da parte
vitoriosa.(TJPR, REL. DES. ACACCIO CAMBI, AC. 19162, 2ª
CÂMARA CÍVEL)". 3. LAUDO PERICIAL. É oportuno frisar
que conforme o entendimento adotado pela doutrina e
jurisprudência, o laudo pericial goza de presunção juris
tantum de veracidade, havendo necessidade de
impugnação específica e bastante para infirmá-lo. 3.
LEGITIMIDADE. O Fabricante Renault do Brasil é
responsável para responder a presente ação de acordo com
o art. 12 e 18 do Código de Defesa do
Consumidor."ILEGITIMIDADE AD CAUSAM - Compra e
venda. Veículo novo. Responsabilidade do fabricante e
fornecedor. Inteligência dos artigos 12 e 18 do Código de
Defesa do Consumidor. Responsabilidade solidária do
fornecedor/comerciante no caso de vício inerente ao
produto. Pedido do consumidor baseado nesse fato.
Ilegitimidade de parte afastada. Agravo improvido. (1º
TACSP - AI 0996708-0 - (37580)- Americana - 6ª C. - Rel.
Juiz Marciano da Fonseca - J. 20.03.2001)" 4. DANO
MORAL CONFIGURADO. Impõe-se a responsabilidade
indenizatória por danos morais decorrentes da frustração e
constrangimento provocados ao consumidor que teve
negado o conserto do motor do seu veículo. O valor da
indenização deve ser expressivo. Não pode ser simbólico,
mas deve servir como um fator de desestímulo a fim de que
não reincida na ofensa. Mas deve, igualmente, haver bom
senso, a fim de que o instituto não seja desvirtuado de seus
reais objetivos, nem transformado em fonte de
enriquecimento ilícito.Deste modo, mantenho a r. sentença
que arbitrou a indenização por danos morais em R$ 5
.000,00 (cinco mil reais), sendo o valor justo e adequado à
espécie. RECURSO DE APELAÇÃO DESPROVIDO.

(TJ-PR - AC: 3035832 PR Apelação Cível - 0303583-2,


Relator: Eugenio AchilleGrandinetti, Data de Julgamento:
22/09/2005, 9ª Câmara Cível, Data de Publicação:
07/10/2005 DJ: 6970)

Ante o exposto, forçoso verificar que a ré se coloca sob o império


da lei naquilo que percute à sua responsabilidade pelos diversos danos
causados a terceiro, conforme as regras que vão da Constituição ao
Código Civil.

Destarte, o Direito é suficientemente pródigo na defesa da parte


inocente, especificamente no caso de consumidor lesado.

III.I–DO DANO MORAL

O dano moral constitui lesão que integra os direitos da


personalidade, como a vida, a liberdade, a intimidade, a privacidade, a
honra, a imagem, a identificação pessoal, a integridade física e psíquica,
o bom nome; enfim, a dignidade da pessoa humana, um dos
fundamentos da República Federativa do Brasil, apontado,
expressamente, na Constituição Federal em seu artigo 1º inciso III.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união


indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

III - a dignidade da pessoa humana;

Configura dano moral aquele dano que, fugindo à normalidade,


interfira intensamente no comportamento psicológico do indivíduo,
causando-lhe aflições, angústia, desequilíbrio em seu bem estar,
podendo acarretar ao ofendido dor, sofrimento, tristeza, vexame e
humilhação.

Neste norte, em virtude da desesperadora situação imposta ao


Autor pelas Requeridas, que estão há 08 (oito) meses procrastinando a
resolução de um problema que claramente é de competência de ambas.

III.II – DO DANO MATERIAL

O dano material é aquele que afeta diretamente o patrimônio do


ofendido.
Conforme já fora exposto inicialmente, o autor utilizava seu
veiculo para seu trabalho e sustento. Ocorre que, com o defeito da peça
e com o atraso da requerida em socorrer o autor resolvendo seu
problema.
Verifica-se em comprovante anexo que, o autor depositou a
quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para a empresa responsável
por vender o veiculo, para providenciar a peça com defeito.
O dano é o elemento mais importante da responsabilidade civil,
pois sua ocorrência constitui fator de desequilíbrio social, e, portanto
reclama alguma reparação.

562 - "Na indenização de danos materiais decorrentes de


ato ilícito, cabe a atualização de seu valor, utilizando-se,
para esse fim, dentre outros critérios, dos índices de
correção monetária."

No tocante ao dano material, nessa espécie de indenização,


prima-se pela reparação dos danos emergentes, ou seja, tudo aquilo que
o autor perdeu.

III.III – DA TUTELA DE URGÊNCIA


O art. 300 do Código de Processo Civil prevê a possibilidade
deconcessão da tutela de urgência, desde que comprovado
probabilidade dodireito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo.
Art. 300.
A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

À evidência, encontram-se presentes no caso em apreço, os


requisitos necessários à concessão liminar da antecipação dos efeitos
da tutela provisória de urgência antecipada, quais sejam, a relevância
do fundamento do direito do demandante e o justificado receio de dano,
previstos no art. 84, § 3º, do CDC e no art. 300, NCPC.
Com efeito, é inquestionável o direito exposto, que não admite as
práticas abusivas realizadas pela demandada, uma vez que cobrou o
valor da peça ao Requerente e o mesmo já efetuou o pagamento,
conforme comprovante em anexo.
Desta forma, o demandante requer seja concedida,
LIMINARMENTE, A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA
PROVISÓRIA DE URGENCIA ANTECIPADA suficiente para impor à
empresa demandada, colocar o veiculo em funcionamento.

IV. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

A) A gratuidade judiciária por ser pobre no sentido legal, não


podendo arcar com as despesas processuais nem com os
honorários advocatícios e/ou de sucumbência, conforme os
ditames Constitucionais, Lei 1.060/50 e Código de Processo
Civil e suas modificações;

B) A citação das Requeridas para que respondem à presente ação,


no prazo legal, sob pena de revelia e confissão;

C) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em


especial o depoimento pessoal dos Requeridos, e, apresentação
dos títulos originais em audiência oportuna;

D) A procedência do pedido, com a condenação das Requeridas ao


ressarcimento imediato da quantia paga, no valor de R$ R$
5.000,00 (cinco mil reais), acrescidas ainda de juros e correção
monetária, conforme artigo 18 do Código de Defesa do
Consumidor.

E) Sejam as Requeridas condenadas por Vossa Excelência,


pagarem ao requerente um quantum a título de danos morais,
qual seja o valor de 20 (vinte) salários mínimos, em atenção às
condições das partes, principalmente o potencial econômico-
social do lesado, e, a gravidade da lesão, sua repercussão e as
circunstâncias fáticas, este não seria enriquecimento sem causa
e, devido ao poder financeiro das Requeridas, tornando-se tal
pena pecuniária em uma proporção que atingisse o caráter
punitivo ora pleiteado, como também o compensatório.

F) A condenação das requeridas nas custas judiciais e honorários


advocatícios, estes a serem fixados por Vossa Excelência no que
tange Art. 85 §2º e §6º do CPC, 20% sobre o valor da
condenação.
Dá-se a causa o valor de R$ 24.960,00 (vinte e quatro mil
novecentos e sessenta reais)

Novo Repartimento – PA, 011 de outubro de 2019.

Cândido Lima Júnior


OAB-PA, 25.926-A

Ângelo Sousa Lima


OAB-PA 26.226

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