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CENTRO DE TECNOLOGIA
Natal/RN
2011
Ilzenete Andrade Meneses
Natal/RN
2011
Ilzenete Andrade Meneses
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________________
Profª. Drª. Maria das Vitórias Vieira Almeida de Sá – Orientadora
_________________________________________________________________
Profa. Dra. Andreza Kelly Costa Nóbrega – Examinadora Interno (UFRN)
________________________________________________________________
Profª. Drª. Ana Cecília Vieira da Nóbrega – Examinadora Externo (UFPE)
RESUMO
Palavras chave: Concreto com PET. Concreto com fibras. Altas temperaturas.
ASSESSMENT OF CONCRETE MADE WITH DE PET FIBER
EXPOSEDO TO HIGH TEMPERATURES
ABSTRACT
A Deus, pela sua indiscutível presença imanente e por todas as bênçãos que
graciosamente me tem concedido ao longo de toda a minha vida.
A minha família pelo apoio constante, por entender minha ausência e pela torcida
por minha vitória nesse projeto de vida.
Aos meus amigos Leonete, Mateus, Josimar, Lane e Aline Dantas sempre presentes
me incentivando a continuar essa jornada.
A Adla e Roniberto, bolsistas da Profª Vitória, que muito me ajudaram nos ensaios
de caracterização dos materiais utilizados nessa pesquisa.
uniaxial ......................................................................................................................24
Figura 4 - Série Histórica do Censo da Reciclagem de garrafas PET no Brasil ........ 37
2010 .......................................................................................................................... 39
.................................................................................................................................. 56
identificadas pelas suas diferentes temperaturas; b) detalhe das amostras. ............ 65
Figura 24 - Resistência média à compressão dos concretos aos 28 dias ................. 74
.................................................................................................................................. 76
Figura 27– Micrografia do concreto com fibra de PET a 30ºC – detalhe da fibra de
Figura 30 – Micrografia do concreto com fibra de PET a 400ºC – detalhe das fases
do concreto................................................................................................................ 80
Figura 31 – Micrografia do concreto com fibra de PET a 900ºC – detalhe da área do
Figura 33 – Micrografia do concreto com fibra de PET a 900ºC – detalhe das fases
do concreto................................................................................................................ 82
LISTA DE TABELAS
.................................................................................................................................. 41
Tabela 2 – Volume estimado de concreto para os corpos de prova em litros ........... 46
Tabela 11 - Massas específica e unitária, módulo de finura do agregado graúdo .... 70
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 16
1.1 Estrutura da Pesquisa .................................................................................. 20
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 21
2.1 Concreto....................................................................................................... 21
2.1.1 Agregados ............................................................................................. 22
2.2 Concreto com Fibras .................................................................................... 30
2.2.1 Aspectos Gerais .................................................................................... 30
2.2.2 Concreto com Fibras Poliméricas .......................................................... 32
2.2.3 Concreto com fibra de PET ................................................................... 34
2.2.4 Sustentabilidade Ambiental ................................................................... 34
2.3 Concreto Submetido as Altas Temperaturas ................................................ 39
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ........................................................................ 44
3.1 Planejamento Experimental ......................................................................... 45
3.1.1 Escolha do Traço ................................................................................... 46
3.1.2 Cálculo dos Materiais ............................................................................ 46
3.2 Caracterização dos materiais ....................................................................... 47
3.2.1 Cimento ................................................................................................. 47
3.2.1.1 Ensaio de Finura.................................................................................... 48
3.2.1.2 Determinação do Tempo de Pega do Cimento ...................................... 48
3.2.1.3 Ensaio de Consistência do Cimento ...................................................... 49
3.2.1.4 Ensaio de Expansibilidade do Cimento ................................................. 49
3.2.1.5 Determinação da Resistência à Compressão do Cimento .................... 50
3.2.2 Agregado Miúdo .................................................................................... 50
3.2.3 Agregado Graúdo .................................................................................. 51
3.2.4 Fibra de PET ......................................................................................... 52
3.2.5 O aditivo ................................................................................................ 53
3.3 Produção do Concreto ................................................................................. 55
3.3.1 Mistura, Moldagem e Cura do Concreto ................................................ 55
3.3.1.1 Mistura do Concreto .............................................................................. 55
3.3.1.2 Moldagem do Concreto ......................................................................... 55
3.3.1.3 Ensaio de Abatimento – Slump test .................................................... 58
3.3.1.4 Cura do Concreto ................................................................................. 60
3.4 Aquecimento dos Corpos de Prova de concreto .......................................... 60
3.5 Ensaios do Concreto .................................................................................... 61
3.5.1 Resistência à compressão .................................................................... 62
3.5.2 Análise Visual das Amostras ................................................................. 62
3.5.3 Absorção e porosidade .......................................................................... 63
3.5.4 Análise microestrutural dos concretos ................................................... 64
RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 66
4.1 Caracterização dos materiais ....................................................................... 66
4.1.1 Cimento ................................................................................................. 66
4.1.2 Agregado Miúdo .................................................................................... 67
4.1.3 Agregado graúdo ................................................................................... 69
4.1.4 Fibra de PET ......................................................................................... 71
4.2 Caracterização do concreto ................................................................... 72
4.2.1 Ensaio de abatimento ............................................................................ 72
4.2.2 Absorção e porosidade .......................................................................... 72
4.2.3 Resistência a Compressão .................................................................... 73
4.2.4 Análise visual das amostras .................................................................. 75
4.2.5 Análise Microestrutural dos Concretos .................................................. 77
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 83
5.1 Conclusões .................................................................................................. 83
5.2 Considerações gerais................................................................................... 84
5.3 Sugestões para trabalhos futuros ................................................................ 85
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 86
16
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
O concreto apresenta três razões para ser o material mais escolhido pelos
engenheiros, para os elementos estruturais de uma construção. A primeira razão é
sua resistência a ação da água, ideal para obras como túneis, barragens, canais
entre outros. Peças como sapatas, pilares e vigas em concreto armado onde passa
a haver a ação conjugada do concreto e o ferro para melhoria da resistência à tração
e á compressão, e, além disso, o concreto protege a ferragem da exposição á água.
A segunda razão reside na facilidade do concreto fresco em adaptar-se a forma e os
tamanhos variados dos elementos estruturais, ou seja, a possibilidade de moldagem
do concreto fresco devido à sua consistência plástica. E a terceira é o baixo custo e
a rápida disponibilidade do concreto para uma obra. Os materiais básicos, cimento e
agregado, são fáceis de serem encontrados em qualquer parte do mundo, com um
custo menor que os demais materiais de construção (METHA e MONTEIRO, 2008).
Nos últimos anos, tem havido uma crescente busca por concretos mais
resistentes e duráveis, caracterizados por uma alta densidade e um baixo volume de
vazios. A matriz densificada tende a contribuir para o aumento da sensibilidade do
material as condições térmicas extremas bem como no processo de aquecimento
rápido.
18
Nesse contexto, o uso das fibras para correção dos efeitos causados no
concreto exposto as altas temperatura sendo pesquisada nas últimas décadas. A
comunidade científica vem trabalhando com a teoria difundida por Rle (1997 apud
NINCE, 2007) e endossada por outros pesquisadores como Sullivan (2004), Hertz
(2003) e Kalifa, Chénè e Gallé (2001), todos citados por Nince (2007) que o uso de
fibras de baixo ponto de fusão reduz o risco de lascamento do concreto por meio da
formação de uma rede de pequenos vazios e canais que permitem a dissipação da
pressão de vapor, diminuindo, consequentemente as tensões de tração internas.
CAPÍTULO 2
Fundamentação Teórica
2.1 Concreto
2.1.1 Agregados
24
4
Fonte: ME
ETHA e MO
ONTEIRO (2
2008)
Quando
o o concrreto é submetido a tempera
aturas ele
evadas, as
s tensõess
térm
micas dentrro do con
ncreto são geradas na interfa
ace do agrregado gra
aúdo pela
a
diferrença de dilatações
d t
térmicas e
entre a argamassa e o próprio agregado graúdo. A
inten
nsidade das
d tensõ
ões térmiccas é inffluenciada
a pela fo
orma geom
métrica e
combinação dos
d agreg
gados. A forma co
omo as microfissura
m as aparec
cem e se
e
pagam é influenciada pela inttensidade dessas te
prop ensões e, por conse
eguinte, o
enfra
aquecimen
nto do conccreto (COS
STA, et al. 2002 b)
Do pon
nto de vissta microe
estrutural, a diferen
nça entre os coefic
cientes de
e
expa
ansão térm
mica da arrgamassa e dos agrregados grraúdos gera tensões
s térmicass
micrroscópicas criando diferentes
d estados de fissura
as microsccópicas. As
A fissurass
pode
em ser con
ntroladas pelo
p o uso
o de agrega
ados de menor
m coefficiente de expansão
o
térm
mica (COST
TA, et al. 2002a).
2
Segundo Nince (2
2007), o agregado
a inicia sua dilatação
d e
em torno de
d 300º C
até degradar quimicame
ente. Parte
e do fissu
uramento do
d concretto surge após
a essa
a
temp
peratura, devido
d à in
ncompatibilidade térrmica nas deformaçõ
ões entre a pasta e
agre
egado. Essse fenôme
eno pode ser agrava
ado quantto mais insstável term
micamente
e
seja o agregad
do. O gran
nito, por exxemplo, é termicame
ente estável até pata
amares de
e
temp
peratura de
e 600ºC ou
u mais (LIM
MA, 2005)..
25
Segundo Metha e Monteiro (2008), a fase pasta de cimento, pode ainda ser
divida em outras fases visíveis em microscópio eletrônico de varredura (MEV), a
saber: fases sólida, vazios e água. A estrutura microscópica da pasta de cimento
poser ser visualizado na Figura 2.2.
A fase dos vazios na pasta de cimento se forma através dos espaços de água
e do cimento não preenchidos pelos produtos de hidratação do mesmo. Metha e
Monteiro (2008) dividem essa fase em: espaço interlaminar do C-S-H, que contribui
para a retração por secagem; os vazios capilares, maiores que o anterior, e que
influenciam na permeabilidade e na resistência do concreto endurecido; e, ainda o ar
incorporado (aprisionado), que podem, por seu tamanho, contribuir para diminuição
da resistência.
Além da fase sólida e dos vazios, a água também tem papel importante na
caracterização microestrutural do concreto. Na fase pasta de cimento, a água pode
ser dividida em água capilar, adsorvida, interlaminar e quimicamente combinada,
dependendo do grau de facilidade com que esta água pode ser removida (METHA e
MONTEIRO, 2008).
A água capilar pode ser chamada de livre, não sofre influência de atração da
parte sólida, sua perda pode causar retração da pasta. A água livre no concreto
endurecido é evaporada a aproximadamente 100ºC. A água interlaminar é associada
ao C-S-H e a quimicamente combinada não se perde na secagem, mas é
proveniente da decomposição dos hidratos por aquecimento. Segundo Cuoghi e
Figueredo (2007), a água interlaminar é liberada da matriz de concreto em
temperaturas entre 100 e 200ºC. Conferindo nessa fase uma perda de estabilidade
da pasta.
28
Em Lima (2005) verifica-se que até 400ºC há uma pequena perda de massa
atribuída a progressiva desidratação do C-S-H e de outras fases hidratadas. Em
torno dos 400ºC ocorre uma perda abrupta de massa referente a desidratação da
portlandita. E por volta dos 670ºC, outra perda devido a descarbonatação da calcita.
Após 800ºC, a pasta sofre uma modificação das ligações químicas, com substituição
da estrutura hidráulica por uma estrutura cerâmica.
Para Cuoghi e Figueredo (2007), acima dos 200ºC a água evaporada reduz
as forças de Van Der Walls entre as camadas de C-S-H, ocasionando o
aparecimento de fissuras e uma ligeira perda de resistência.
Nince (2007) afirma que os fatores internos do concreto que mais contribuem
para a degradação desse material frente a altas temperaturas são: relação
água/cimento muito baixa e adição de partículas finas ou ultrafinas, pois deixam o
concreto mais denso, menos permeável, o que dificulta a saída do vapor de água
para a atmosfera, gerando altas pressões e aumentando o risco de lascamento
explosivo.
Nince (2007), baseada nos trabalhos de Hertz e Sorense (2005) entre outros,
sugere que a quantidade de água livre no concreto, a forma do elemento estrutural e
a taxa de elevação de temperatura são fatores externos que contribuem para a
perda de resistência do concreto a altas temperaturas. Esses autores observaram
que em temperaturas acima de 600ºC todos os concretos apresentavam a mesma
porcentagem de perda de resistência.
A fibra pode ser classificada como curta ou longa. As fibras curtas atuam
diretamente sobre a argamassa, diminuem o grande número de microfissura num
compósito sobre carga, não aumentam muito a resistência, não alteram de forma
significativa a trabalhabilidade e podem aumentar a ductibilidade. As fibras longas
atuam na matriz do concreto para diminuir macrofissuras, no entanto diminuem a
trabalhabilidade, confere ao concreto uma maior resistência à tração (METHA e
MONTEIRO, 2008).
Ao longo dos últimos anos, as fibras já vem sendo bastante usadas como
reforço da pasta de cimento para minimizar as fissuras de retração plástica e
aumentar a resistência a tração do material.
Reciclar é uma maneira de lidar com o lixo de forma a reduzir e reusar. Este
processo consiste em fazer coisas novas a partir de coisas usadas. A reciclagem
reduz o volume do lixo, o que contribui para diminuir a poluição e a contaminação,
bem como na recuperação natural do meio ambiente, assim como economiza os
materiais e a energia usada para fabricação de outros produtos.
2.2.4.1 O PET
Pela norma NBR 10004 (2004) o PET pode ser classificado como resíduo
classe II B – Inerte conforme se pode ler:
No ano de 2010, foram recicladas 262 mil toneladas de PET, segundo dados
do 7º Censo da Reciclagem do PET no Brasil, divulgado pela ABIPET – Associação
Brasileira da Indústria do PET. Esse número corresponde a 55,8% das unidades
consumidas no país. A totalidade desta quantidade teve a correta destinação, sendo
totalmente recicladas e utilizadas em novos produtos.
Sul 109
Sudeste 254
Norte 6
Centroeste 18
Nordeste 38
8
Fo
onte: ABIPE
ET (2011)
2.3 Concreto
C Submetid
do as Altas
s Tempera
aturas
O comp
portamento
o real de um
u concre
eto exposto
o a altas ttemperaturras resulta
a
de muitos fa
atores que interag
gem simultaneamen
nte e que são de grande
e
complexidade para uma
a análise exata. Se
endo este comportam
mento, de
eterminado
o
pelas propried
dades dos seus com
mponentes: pasta, zo
ona de tra
ansição e agregado.
ante a exp
Dura posição a altas
a temp
peraturas o elemento
o estrutura
al absorve calor que
e
se trraduz em expansão térmica. Ocorre
O então uma exxpansão d
diferenciada
a entre oss
elem
mentos do concreto
c SOUZA, 1998).
(S
Metha e Monteiro
o (2008) afirmam
a que a com
mposição d
do concreto é muito
o
impo
ortante porrque tanto
o a pasta como
c o ag
gregado se
e decompõ
õem com o calor. A
perm
meabilidade
e, o tama
anho do elemento estrutural e a taxxa de aumento da
a
temp
peratura go
overnam o desenvolvimento de
e pressõess internas. A pasta perde
p seuss
diversos tipos de água com
c o aum emperatura. A comp
mento da te posição mineralógica
a
dos agregadoss governa a dilatação
o térmica diferencial
d entre a pa
asta e os agregados
a s
e po
or consequência na zona
z de tra
ansição.
Assim, a durabilid
dade do co
oncreto é substancia
almente affetada em presença
a
de altas
a temperaturas. Sendo
S essse process
so agravad
do em fun
nção das dimensões
d s
das peças vêm
m sendo re
eduzidas com
c o ava
anço tecno
ológico da construçã
ão civil e o
uso de um concreto
c d melhorr desempe
de enho. Peçças com maiores dimensões
d s
ofere
ecem menor propa
agação de
e calor do
d exterio
or para o núcleo da peça,
presservando-a
a.
40
Kanéma et al. (2011) definem que os fatores que levam o concreto ao efeito
spalling estão relacionados á: (1) baixa permeabilidade, (2) baixo fator agua/cimento,
e (3) um aumento do gradiente térmico. Para eles, o gradiente térmico, por si só, não
pode explicar a fragmentação explosiva do concreto.
41
Temperatura Efeitos
Peret et al (2003) concluíram que a adição das fibras poliméricas pode reduzir
o dano durante a secagem dos concretos refratários, pelo aumento da
permeabilidade, ou seja, redução da pressão interna. Esse resultado está associado
aos avaliados por Salomão e Pandolfelli (2003) da Universidade Federal de São
Carlos/SP, que estudaram o comportamento dos materiais refratários.
42
Como as fibras de baixo ponto de fusão, elas têm um efeito significativo sobre
o comportamento hidráulico do concreto sob altas temperaturas, ou seja, quando o
concreto é exposto a temperatura maior que a temperatura de fusão da fibra, inicia-
se a formação de uma rede permeável que permite a migração dos gases para o
exterior, reduzindo a pressão nos poros do material e, conseqüentemente,
eliminando a possibilidade de ocorrência do lascamento explosivo nos concretos de
alta resistência (De Castro et al (2011).
CAPÍTULO 3
Procedimento Experimental
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL
AGREGADO AGREGADO
CIMENTO FIBRA DE PET ADITIVO
MIÚDO GRAUDO
- Resistência a - Granulometria - Granulometria - Análise - Caracterização
compressão - Módulo de - Módulo de termogravimétrica química
- Consistência finura Finura
normal - Massa - Massa
-Expansibilidade específica específica
- Pega - Massa - Massa
- Finura aparente Aparente
- Massa unitária - Massa unitária
PRODUÇÃO DO CONCRETO
3.2.1 Cimento
1
(http://www.vcimentos.com.br/htms-ptb/Imprensa/Noticias_Ver.asp_obj=Noticia_110727
48
Onde,
na pasta até uma distancia de 4±1 mm da placa da base. No início da pega a agulha
deve estacionar a 1 mm da base inferior do tronco de cone e o fim da pega será
quando esta mesma agulha não mais penetrar na pasta deixando apenas uma
pequena deformação na superfície da mesma. Depois de estacionada a agulha nas
posições descritas, foram marcados os tempos em que elas ocorreram. Para isso foi
necessário que se fizesse leituras periódicas até achar o tempo de pega.
∑%acumuladas (3.2)
3.2.3
MF =
100
a) b) c)
(a) (b)
Fonte: Foto do autor
53
3.5.2 O aditivo
Características
Aspecto: Líquido
PH: 6–8
Dosagem
Antes de iniciar a mistura, a betoneira foi lubrificada com água, com o objetivo
da água de amassamento do concreto não ser absorvida pelo equipamento, depois
essa água foi removida (HELENE, 2005).
(a) (b)
Fonte: Foto do autor
Temperaturas
Concreto
30 100 200 300 400 600 900 R total
Referência 3 3 3 3 3 3 3 3 24
Com PET 3 3 3 3 3 3 3 5 26
XPYYY, onde X pode ser sem ou com PET e YYY é a temperatura em que o
concreto foi submetido antes do ensaio de compressão. Exemplo:
a) Molde metálico com diâmetro de base inferior de 200 mm, diâmetro da base
superior de 100 mm e altura de 300 mm;
b) Haste de aço com diâmetro de 16 mm e comprimento de 600 mm;
c) Placa de base para apoio do molde
d) Régua graduada.
(a) (b)
O forno foi programado para aquecer a uma taxa de 1ºC/min. Após atingir a
temperatura desejada os corpos de prova permaneceram submetidos à essa
temperatura durante 30 minutos e em seguida permaneceram no forno até
61
(a) (b)
Os corpos de prova foram capeados com enxofre antes do ensaio para obter
uma melhor distribuição de carga na máquina do ensaio. O aspecto de um corpo de
prova após capeamento pode ser visto na Figura 18.
⎛ m − ms ⎞ (3.3)
A = ⎜⎜ sat ⎟⎟ x100
⎝ ms ⎠
⎛ msat − ms ⎞ (3.4)
e = ⎜⎜ ⎟⎟ x100
⎝ sat
m − mimersa ⎠
⎛ m ⎞
ρ real = ⎜⎜ s
⎟⎟ x100 (3.5)
⎝ s
m − m imersa ⎠
Sendo,
200oC 900oC
30oC
400oC
(a) (b)
Fonte: Foto do autor
RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1.1 Cimento
Pasta Pega
Água (150 ml) +Cimento (500g) I = 9h e 19min
a/c 0,37 T = 11h e 59 min
Pega: 2 h e 40min
100%
90%
80%
70%
% acumulada
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
4,8 2,4 1,2 0,6 0,3 0,15 <0,15
Peneira (mm)
Porcentagem (%)
Diâmetro Retido (g)
Retida Acumulada
25 15 0,30% 0,30%
19 390 7,80% 8,10%
9,5 4485 89,70% 97,80%
6,3 75 1,50% 99,30%
4,8 20 0,40% 99,70%
2,4 15 0,30% 100,00%
Total 5000,00
100%
90%
80%
70%
% acumulada
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
25 19 9,5 6,3 4,8 < 4,8
Peneira (mm)
Como foi visto no item 2.2.1 a granulometria, dimensão máxima, forma, textura
superficial, resistência e rigidez dos agregados, atribuem maior ou menor resistência
ao concreto.
Concreto
A partir dessas temperaturas os espaços deixados pelas fibras passam a atuar como
válvulas que reduzem a poropressão no interior da massa do concreto endurecido,
favorecendo a redução do efeito “spalling”, e, por conseguinte a integridade física da
estrutura do concreto.
Referência 120
Como pode ser visto na Figura 25 o concreto com adição da fibra de PET
apresenta índices de vazios e porosidade muito próximos do concreto referência.
Atribui-se tal resultado ao fato da adição de fibra apresentar pouca interferência na
relação água/cimento da mistura.
37,45
45
37,28
35,67
36,05
35,00
33,00
40
33,00
30,78
Resitência a Compressão (MPa)
35
24,20
30
21,61
25
SP
20
12,48
CP
11,70
15
10
4,14
3,82
5
0
30 100 200 300 400 600 900
Temperaturas de aquecimento (°C)
Como pode ser visto na Figura 23 a resistência do concreto com fibra de PET
apresentou resistência semelhante ao concreto sem PET, o ganho de resistência se
dá pela geometria (plana) da fibra de PET que atua como adição, diminuindo a
relação água e os materiais secos.
a) b)
77
Observou-se que aos 900ºC a coloração era bem clara numa tonalidade entre
o amarelo e o rosa. A fissuração da superfície do corpo de prova nessa temperatura
é intensa.
Área do PET
Concreto
Área do
Concreto
Área do PET
Pode ser visto nas figuras 29 e 30, que a 400ºC, a fibra de PET no interior do
concreto já não mais existe. A fibra, nessa temperatura passa a cumprir seu papel,
criando canis para aliviar a poropressão no interior do concreto. As fissuras são
evidencias de tal situação.
Figura 29 – Micrografia do concreto com fibra de PET a 400ºC – detalhe da área do PET
Área do PET
Concreto
Figura 30 – Micrografia do concreto com fibra de PET a 400ºC – detalhe das fases do
concreto
Concreto
Na figura 33 pode-se ver a área do concreto como uma área mais clara, mais
porosa, enquanto a área do PET, mais escura e menos porosa, no entanto, ambas
muito fissuradas.
81
Figura 31 – Micrografia do concreto com fibra de PET a 900ºC – detalhe da área do PET
Figura 32 – Micrografia do concreto com fibra de PET a 900ºC – detalhe da área ampliada
da figura 31
Concreto
Fibra de PET
Figura 33 – Micrografia do concreto com fibra de PET a 900ºC – detalhe das fases do
concreto
Vazio de
Bolha de Ar
Área do PET
CAPITULO 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 Conclusões
O fato das resistências dos concretos com e sem PET estudados serem muito
próximos e, com PET ser ligeiramente maiores, sugere que a adição de PET
contribui de forma positiva tanto no desempenho mecânico, quanto na redução do
desplacamento do concreto (efeito “spIalling”) quando submetidos à ação de altas
85
No campo dos materiais, alguns aspectos que não fizeram parte do escopo
dessa pesquisa podem compor novos estudos, sugere-se:
REFERÊNCIAS
FIGUEIREDO, A. D. Concreto com Fibras. Cap. 39. In: Isaia, G. C (Ed.). Concreto:
Ensino, Pesquisa e Realizações. São Paulo, Instituto Brasileiro do Concreto
IBRACON, 2005
FRASCÁ, M. H. B. O., Rocha como material de Construção. Cap. 15. In: Isaia, G. C
(Ed.). Materiais de Contrução Civil e Principios de Ciência e Engenharia dos
Materiais. São Paulo, Instituto Brasileiro do Concreto IBRACON, 2007
KALIFA, P.; CHÉNÉ, G.; GALLÉ, C.. High-Temperature Behaviour HPC with
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