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TEOLOGIA SISTEMÁTICA LOUIS BERKHOF

(Pg 143)

3. A OBRA DOS DIAS SEPARADOS. Observamos na obra da criação uma definida graduação, sendo
que a obra de cada dia se encaminha para a obra do dia subseqüente e a prepara; culminado tudo na criação do
homem, a coroa das obras das mãos de Deus e aquém foi confiada a tarefa de fazer que toda a criação fosse
subserviente à glória de Deus.

a. O primeiro dia. No primeiro dia a luz foi criada e, pela separação da luz e trevas, o dia e a noite foram
constituídos. Esta criação da luz no primeiro dia tem sido ridicularizada em vista do fato de que o sol não foi
criado antes do quarto dia, mas a própria ciência fez calar o ridículo ao provar que a luz não é uma substância
que emana do sol, mas consiste de ondas de éter produzidas por elétrons energéticos. Note-se também que
gênesis não fala do sol como luz (or), mas como luzeiro, ou portador de luz (ma’or), exatamente o que a ciência
descobriu que é. Em vista do fato de que a luz é a condição de toda forma de vida, nada mais natural que fosse
criada primeiro. Deus também instituiu logo a ordem de alternância de luz e trevas, chamando à luz dia e às
trevas noite. Não nos é dito, porém, como se efetuou esta alternância, O relato da obra de cada dia termina com
estas palavras: “houve tarde e houve manhã”. Os dias não são computados de tarde a tarde, mas de manhã a
manhã. Depois de doze horas houve tarde, e depois doutras doze horas houve manhã.

DOGMÁTICA REFORMADA - DEUS E A CRIAÇÃO

Herman Bavinck Vol 2 (Pg 468-471

A N J O S , H U M A N ID A D E E CRISTO .
[265] Em todas essas qualidades próprias da criatura, espiritualidade, racionalidade e moralidade, os anjos são
semelhantes aos seres humanos. Ora, precisamente porque, na Escritura, a unidade dos anjos é enfatizada e sua
diversidade fica em segundo plano, há o perigo de negligenciarmos a diferença entre os anjos e os seres
humanos. A semelhança aparente está longe de sobrepujar a diferença entre eles. Tanto os seres humanos
quanto os anjos são seres pessoais, racionais, morais; ambos foram originalmente criados em conhecimento,
justiça e santidade; ambos receberam domínio, imortalidade e bem-aventurança.

Na Escritura, ambos são chamados de filhos de Deus (Jó 1.6; Lc 3.38). No entanto, a diferença entre eles é
muito rigorosamente mantida na Escritura pelo fato de que é dito que os seres humanos são, mas nunca se diz
que os anjos são criados à imagem de Deus. Na teologia, essa distinção é muito negligenciada. De acordo com
Orígenes, os anjos e a alma dos seres humanos são da mesma espécie. A união da alma com o corpo é uma
punição pelo pecado e, portanto, realmente acidental. Orígenes chegou a essa posição porque ensinava
que toda dessemelhança se originou na criatura. No início, Deus criou todas as coisas iguais, isto é, criou
apenas seres racionais e todos eles, anjos e almas, eram iguais. A diferença se originou entre eles pelo livre-
arbítrio. Alguns permaneceram de pé e receberam uma recompensa, outros caíram e receberam punição. As
almas eram especificamente unidas aos corpos. Portanto, todo o mundo material e toda a diversidade presente
nele são por causa do pecado e dos diferentes graus de pecado. Eles não existem para exibir a vontade de Deus,
mas para punir o pecado.74 Agostinho afirma expressamente: “Deus não deu a nenhuma outra criatura além do
homem o privilégio de ser feito à sua imagem”.81

Por maior que seja a semelhança entre os seres humanos e os anjos, a diferença não é menor. Na verdade,
vários elementos que pertencem à imagem de Deus existem nos anjos, mas somente a humanidade é a imagem
de Deus. Essa imagem não apenas reside naquilo que os seres humanos e os anjos têm em comum, mas naquilo
que os distingue. Os principais pontos de diferença são os seguintes:
primeiro, o anjo é espírito e, como espírito, o anjo é completo; o ser humano, por outro lado, é uma combinação
de alma e corpo: a alma sem o corpo é incompleta. O ser humano, portanto, é um ser racional, mas também é
sensitivo. Por meio do corpo, o ser humano está ligado à terra, é parte da terra, e a terra é parte do ser humano.
E, da terra, o ser humano é o cabeça e o mestre. Depois que os anjos foram criados, Deus disse que planejou
criar a humanidade e dar a ela domínio sobre a terra (Gn 1.26). O domínio sobre a terra é parte integrante do ser
humano, uma parte da imagem de Deus e, portanto, é restaurado por Cristo para os seus, a quem ele não
somente trata como profetas e sacerdotes, mas também como reis. Mas um anjo, por mais forte e poderoso que
seja, é um servo da criação de Deus, não um mestre sobre a terra (Hb 1.14).

Segundo, como seres puramente espirituais, os anjos não estão ligados uns aos outros por vínculos de sangue.
Não há entre eles nenhuma relação entre pai e filho, nenhum elo físico, nenhum sangue em comum, nenhuma
consangüinidade. Por mais intimamente que eles possam compartilhar um vínculo ético, eles são seres
desconectados, de modo que, quando muitos caíram, outros puderam se manter de pé. Nos seres humanos, por
outro lado, há um delineamento do ser divino, no qual também há pessoas, unidas não somente em vontade e
afeição, mas também em essência e natureza.

Terceiro, há, portanto, algo chamado “humanidade”, mas não há “angelidade” nesse sentido. Em um homem
todos os seres humanos caíram, mas a raça humana também é salva em uma pessoa. Na humanidade pôde haver
um Adão e, assim, também um Cristo. Os anjos são testemunhas, mas os seres humanos são objeto dos atos
mais maravilhosos de Deus, as obras de sua graça. A terra é o palco dos atos miraculosos de Deus: aqui a
guerra é travada, aqui a vitória do reino de Deus é ganha e os anjos voltam seu rosto para a terra, desejando
perscrutar os mistérios da salvação (Ef 3.10; IPe 1.12).

Quarto, os anjos podem ser espíritos mais poderosos, mas os seres humanos são mais ricos. Em intelecto e
poder, os anjos superam os seres humanos. Mas, em virtude dos relacionamentos maravilhosamente ricos que
os seres humanos mantêm com Deus, com o mundo e com a humanidade, eles são psicologicamente
mais profundos e mentalmente mais ricos. As relações que a sexualidade e a vida familiar, a vida em família no
Estado e na sociedade, a vida dedicada ao labor, à arte e à ciência trazem consigo fazem de todo ser humano
um microcosmo que, em multilateralidade, em profundidade e em riqueza, supera muito a personalidade dos
anjos. Conseqüentemente, também, os atributos mais ricos e mais gloriosos de Deus só podem ser conhecidos e
desfrutados pelos seres humanos. Os anjos experimentam o poder, a sabedoria, a bondade, a santidade e a
majestade de Deus, mas as profundezas das compaixões de Deus só se revelam aos seres humanos. A plena
imagem de Deus, portanto, só é exposta ao modo da criatura nos seres humanos - melhor ainda, na
humanidade.

Finalmente, deixe-me acrescentar que os anjos, por isso, também estão em uma relação totalmente diferente
com Cristo. Não pode haver dúvida de que existe uma relação entre Cristo e os anjos. Em primeiro lugar, várias
passagens da Escritura ensinam que todas as coisas (SI 33.6; Pv 8.22ss.; Jo 1.3; ICo 8.6; E f 3.9-11; Hb 1.2), e
especificamente os anjos (Cl 1.16), foram criados pelo Filho e, por isso, ele é o “mediador da união” de tudo
aquilo que foi criado. Mas, em segundo lugar, Efésios 1.10 e Colossenses 1.19, 20 contêm a profunda idéia
de que todas as coisas também estão em relação com Cristo como o mediador da reconciliação. Deus
reconciliou todas as coisas consigo por meio de Cristo e as reúne sob ele como cabeça - isso não significa que
essa relação consista, como muitas pessoas pensam, em que Cristo adquiriu graça e glória para os anjos bons,82
nem como outros acreditam, que os anjos podiam ser chamados de membros da igreja.83 Mas consiste no fato
de que todas as coisas, que foram perturbadas e rasgadas pelo pecado, são novamente unidas em Cristo,
restauradas à sua relação original, reunidas sob ele como cabeça. Assim, embora Cristo seja Senhor e cabeça,
ele não é o Reconciliador e Salvador dos anjos. Todas as coisas foram criadas por ele, e, portanto, também são
criadas para ele, de modo que ele possa entregá-las, reconciliadas e restauradas, ao Pai. Mas apenas os seres
humanos constituem a igreja de Cristo, somente ela é a noiva, o templo do Espírito Santo, o lugar da habitação
de Deus.

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