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INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ


CAMPUS TERESINA CENTRAL
DEPARTAMENTO DE GESTÃO E NEGÓCIO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE TECNOLOGIA EM SECRETARIADO
DISCIPLINA: METODOLOGIA CIENTÍFICA
PROF. ME. LEONARDO BRUNO VIEIRA SANTOS

TÍTULO DO PROJETO

NOME DO ALUNO

LOCAL, DATA
1

NOME DO ALUNO

TÍTULO DO PROJETO
Trabalho apresentado como requisito para a
obtenção de nota na disciplina Metodologia
Científica, sob a orientação do Prof. Me.
Leonardo Bruno Vieira Santos

LOCAL E DATA
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SUMÁRIO
1 objeto..................................................................................................................................................3

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA......................................................................................................................3

3 JUSTIFICATIVA......................................................................................................................................4

4 OBJETIVO.............................................................................................................................................5

4.1. OBJETIVO GERAL..........................................................................................................................5

4.2 OBJETIVOS ESPECIFÍCOS...............................................................................................................5

5 PROBLEMA..........................................................................................................................................6

6 HIPÓTESE.............................................................................................................................................6

7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................................................7

7.1 REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................................................7

8 METODOLOGIA..................................................................................................................................13

9 CRONOGRAMA..................................................................................................................................14

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................15
3
4

1 objeto
Semiótica estruturalista

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
O papel dos signos no conhecimento da realidade em Peirce e Saussure
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3 JUSTIFICATIVA
As contribuições de Saussure e Peirce são indiscutíveis: o primeiro lançou as bases
para o desenvolvimento da Linguística e o segundo gestou a Semiótica. Em ambos os
casos, esses autores compreenderam a importância dos signos na vida dos seres humanos.
Compreenderam o papel que os signos desempenham no modo como nos relacionamos
com o mundo.

Saussure não desenvolveu explicitamente uma teoria do conhecimento, mas tal


estudo está diretamente vinculado ao estudo da linguagem. Por outro lado, Peirce, que era
também um grande filósofo, criador da corrente filosófica que ficou conhecida como
Pragmatismo, desenvolveu estudos na área de epistemologia.

Nesse sentido, estudar o papel dos signos no conhecimento da realidade por esta
dupla abordagem (Saussure e Peirce) se justifica pelo fato de que são exatamente esses
autores que contribuíram significativamente para o desenvolvimento do estudo sobre os
signos. E, uma vez que, o objeto de estudo da presente pesquisa é a relação do signo com
a realidade sob a perspectiva de Peirce e Saussure, a pesquisa que está sendo proposta no
âmbito deste projeto se justifica pelo fato de que tal estudo implicará em uma abordagem
interdisciplinar que abarcará não somente o campo da Semiótica, mas também da
Psicologia e mesmo da Epistemologia.
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4 OBJETIVO

4.1. OBJETIVO GERAL


 Analisar a função dos signos em relação ao conhecimento da realidade a
partir das teorias de Peirce e Saussure

4.2 OBJETIVOS ESPECIFÍCOS


 Analisar a teoria dos signos de Charles S. Peirce
 Analisar a teoria dos signos de Ferdinand de Saussure
 Relacionar as teorias do signo de Peirce e Saussure
 Esclarecer a função dos signos em relação sua relação com a realidade na
perspectiva de cada autor
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5 PROBLEMA
Qual a relação que o papel dos signos no processo de conhecimento da realidade
para Peirce e Saussure?

6 HIPÓTESE
Peirce e Saussure defendem que só podemos conhecer a realidade por meio de
signos
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7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

7.1 REVISÃO DA LITERATURA

O estudo dos signos de um ponto de vista moderno tem sua origem nos trabalhos de
dois autores que se desconheciam mutuamente. De um lado temos Charles Sanders Peirce,
americano, e do outro Ferdinand de Saussure, suíço. Seus estudos no campo da Semiótica
são independentes um do outro e seguem perspectivas distintas. Mas ambas bastante
influentes. Para o desenvolvimento da presente pesquisa serão utilizadas as seguintes
obras de Peirce: Semiótica e Escritos Coligidos (que são compilações feitas no Brasil de
alguns trabalhos do autor). No caso de Saussure será utilizado o livro Curso de Linguística
Geral. Como material de apoio será utilizada as obras de Lucia Santaella, principalmente o
livro escrito em parceria com Winfried Nöth, intitulado Introdução à Semiótica.

....................................................................................................................................................

A primeiridade (...) “é a Ideia daquilo que é independente de algo mais”. (PEIRCE, p.


25) A secundidade (...) “é a Ideia daquilo que é, como segundo para algum primeiro,
independente de algo mais”. (ibid). E a terceiridade é a categoria (...) “é a Ideia daquilo que
faz de Terceiro, ou Medium, entre um Segundo e seu Primeiro” (ibid). Essas são as
categorias que compõem a fenomenologia proposta por Peirce.

É a partir dessa fenomenologia econômica que Peirce funda sua Semiótica. O modo
como Peirce concebe sua noção de signo é pautada pela radicalidade. É radical pois ele
não entende que os signos sejam apenas os signos externos, sendo que o signo seja
apenas mais uma classe de fenômenos no mundo, pelo contrário, Peirce entende que o
mundo está repleto de signos e talvez seja também um signo.

E o que é um signo para Peirce?

Um Signo, ou Representamen, é um Primeiro que se coloca numa relação


triádica genuína com seu Objeto, que é capaz de determinar um Terceiro, denominado seu
Interpretante, que assuma a mesma relação triádica com seu Objeto no qual ele próprio está em uma
relação com o próprio Objeto. A relação triádica é genuína, isto é, seus três membros estão por ela
ligados de um modo tal que não consiste em nenhum complexo de relações diádicas. (PEIRCE, 2010,
p. 63).

E Peirce concebe como um signo até mesmo nossos pensamentos, ideias e


cognições (até o próprio ser humano seria um signo). Peirce define o signo como algo que
representa alguma coisa, o seu objeto e assim produz um efeito na mente de um
interpretante do signo.
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A ênfase nessa relação triádica é importante para demarcar as diferenças entre o


pensamento de Peirce e Saussure, que concebia o signo de um ponto de vista diádico. Por
outro lado, se evidencia o modo como Peirce concebe o signo.

Além disso:

Peirce desenvolveu uma tipologia elaborada de signos com base em uma


classificação fenomenológica do signo de que resultam tríades. As três
tríades mais conhecidas são aquelas que derivam da relação triádica do
signo em si mesmo, que implica em uma tríade do signo em relação ao
objeto e outra em relação ao interpretante. Portanto, dependendo das três
variações possíveis do signo em si mesmo, derivam as variações de sua
relação com o objeto e com o interpretante. Das combinações possíveis
dessas tríades resultam dez classes principais de signos. (NÖTH;
SANTAELLA, 2017, p. 48).

A classificação dos signos proposta por Peirce leva em conta suas três categorias
que compõem sua fenomenologia, a saber, a primeiridade, a secundidade e a terceiridade,
sendo que cada um dos elementos que compõem a tríade proposta pelo autor, na qual se
encontram o signo ou representamen, o objeto do signo e o interpretante do signo, definem
as relações necessárias para estabelecer as dez classes de signos.

O autor apresenta inicialmente três tricotomias, que se apresentam como se segue:

Do ponto de vista do signo ou representamen, os signos podem ser:

a) Qualissigno – no âmbito da primeiridade – uma qualidade que é um signo

b) Sinsigno – no âmbito da secundidade – uma coisa ou evento que existe atualmente


como um signo singular

c) Legissigno – no âmbito da terceiridade – uma lei que é um signo

Do ponto de vista do objeto do signo, os signos podem ser:

a) Ícone – no âmbito da primeiridade – refere-se ao tipo de relação que o qualissigno


mantém com seu objeto

b) Índice – no âmbito da secundidade – que decorre da relação do sinssigno com o seu


objeto

c) Símbolo – no âmbito da terceiridade – que advém da relação do legissigno com o


seu objeto

Do ponto de vista do interpretante do signo, os signos podem ser:


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a) Rema – no âmbito da primeiridade – qualquer signo que não é nem verdadeiro nem
falso

b) Dicente – no âmbito da secundidade – signo que veicula uma informação

Tendo em mente a classificação acima, Peirce estabeleceu as dez classes de signos:

Ora, signos não acontecem em estado puro. Eles sempre se misturam,


especialmente porque eles derivam das categorias que são onipresentes e
nunca excludentes. O que pode haver, portanto, é apenas aa dominância de
uma categoria sobre as outras, mas não isolamento. Assim sendo, como é
que os signos das três tricotomias combinam? Como cada signo é
classificado em três aspectos (como signo em si mesmo, na sua relação
com o seu objeto e com respeito ao seu interpretante) e como há três
modos categóricos (ou fenomenológicos) para classificá-los, chegamos
matematicamente a uma possibilidade combinatória de 27 classes de signos
(3x 3 x 3 = 27). Porém, das 27 combinações 17 seriam contraditórias e
precisam ser excluídas. (NÖTH; SANTAELLA, 2017, p. 61).

As dez classes principais de signos seriam:


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1. Qualissigno

2. Sinsigno icônico

3. Sinsigno indicial remático

4. Sinsigno dicente

5. Legissigno icônico

6. Legissigno indicial remático

7. Legissigno indicial dicente

8. Símbolo remático

9. Símbolo dicente

10. Argumento

Por sua vez, Ferdinand de Saussure não adotou a versão tríadica como fez Peirce, para
explicar o signo. Nem partiu de uma fenomenologia para desenvolver sua semiótica. Os
estudos de Saussure se focam quase que exclusivamente nos signos verbais, disso decorre
a importância da Linguística para a perspectiva adotada por Saussure no estudo dos signos.

Afirma Saussure:

[...] une não uma coisa e uma palavra, mas um conceito e uma imagem
acústica. Esta não é o som material, coisa puramente física, mas a
impressão (empreinte) psíquica desse son (sic), a representação que dele
nos dá testemunho de nossos sentidos; [...] e, se chegamos a chamá-la
“material”, é somente neste sentido, e por oposição ao outro termo da
associação, o conceito, geralmente mais abstrato. (SAUSSURE, 2006, p.
80).

..........................................................................................................................

Saussure, diferentemente de Peirce, compreende o signo como sendo composto de dois


elementos básicos, que acima ele denomina de conceito e imagem acústica. No entanto, no
mesmo capítulo do livro Curso de Linguística Geral, do qual a citação acima foi retirada, o
autor propõe a substituição dos dois termos acima (conceito e imagem acústica), por
significado e significante respectivamente.

Desse modo:

O modelo do signo que Saussure recomenda, portanto, a ser adotado como


modelo para todos os signos a ser estudado no quadro da semiologia geral
é o modelo do signo verbal. A sua primeira característica é sua
bilateralidade. O modelo do signo saussuriano é um modelo bilateral ou
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diádico. [...] Os termos mais gerais, que Saussure usa para os seus dois
lados desse modelo, são significante [...] e significado. (NÖTH;
SANTAELLA, 2017, p. 94).

Vale ressaltar que Saussure denominou a ciência dos signos de Semiologia,


diferentemente de Peirce que a chamava de Semiótica. Mas as diferenças não se limitam
somente a isso. Como pode ser percebido acima, a atenção de Saussure se foca nos signos
verbais. E esses signos tem uma dupla face que são indissociáveis, a saber, o significado e
o significante.

A relação que se estabelece entre o significado e o significante é outro problema para o


qual Saussure se voltou. Se ambos são os dois lados de uma mesma “moeda”, é necessário
entender como se dá essa relação. A resposta de Saussure a essa questão é que o “laço
que une o significante ao significado é arbitrário, ou então, visto que entendemos por signo o
total resultante da associação de um significante com um significado, podemos dizer mais
simplesmente: o signo é arbitrário”. (SAUSSURE, 2006, p. 81).

Essa arbitrariedade que Saussure identifica no signo, diz respeito ao modo como um
falante conecta o som das palavras com o que elas significam, isto é, o modo como os
falantes associam o significante e o significado. Essa associação não é natural, mas
determinada por convenções que se estabelecem em cada língua.

Há pelo menos duas provas de que o signo é arbitrário:

A primeira prova da arbitrariedade do signo verbal é que o som da palavra


mar não evoca por si mesmo, quer dizer, pelas suas qualidades acústicas, a
ideia de qualquer mar. A segunda prova é que a mesma ideia tem diversos
nomes em diversas línguas. Aquilo que é um boi aqui, é chamado de ox
acolá. Além disso, as palavras mudam na sua pronúncia com o tempo. Há
dois mil anos, os latinos exprimiam a ideia de boi como bos, sem que as
ideias sobre esses animais domésticos tivessem mudado nesse período.
(NÖTH; SANTAELLA, 2017, p. 96-97).

A arbitrariedade do signo é, portanto, um princípio social, uma vez que nenhum indivíduo
poderia promover mudanças em uma língua sozinho. Essas mudanças são realizadas pela
coletividade. Arbitrariedade, como visto acima, significa que não há uma relação natural
entre significado e significante.

Outro princípio fundamental na semiótica de Saussure é o princípio da imutabilidade do


signo.

De fato, nenhuma sociedade conhece nem conheceu jamais a língua de


outro modo que não fosse como um produto herdado de gerações
anteriores e cumpre receber como tal. Eis porque a questão da origem da
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linguagem não tem a importância que geralmente se lhe atribui. Tampouco


se trata de uma questão a ser proposta; o único objeto real da Linguística é
a vida normal e regular de um idioma já constituído. Um dado estado de
língua é sempre o produto de fatores históricos e são esses fatores que
explicam porque o signo é imutável, vale dizer, porque resiste a toda
substituição. (SAUSSURE, 2006, p. 86).

Outro ponto importante na semiótica saussuriana é a questão da forma e da substância


do signo. Em resumo, Saussure é sinônimo de estrutura e substância se refere ao material
no qual essas estruturas se apresentam.
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8 METODOLOGIA
A metodologia a ser empregada para alcançar o objetivo proposto no âmbito do
presente projeto de pesquisa será basicamente bibliográfica, uma vez que todos os dados
necessários para a execução da mesma serão colhidos nas obras de Peirce e Saussure e
nos comentadores, como é o caso das obras de Santaella e Nöth (2017), Ibri (1992),
Bouquet (2004).

Em um primeiro momento será realizada a leitura das obras de Peirce e Saussure,


sendo que no primeiro caso, uma vez que o autor americano nunca chegou a escrever um
livro onde apresentasse sistematicamente suas ideias, serão utilizados os textos reunidos
na coletânea intitulada Semiótica e no volume da coleção os pensadores que contém os
Escritos coligidos. No caso de Saussure será utilizado o livro Curso de Linguística geral.

As leituras dessas obras serão acompanhadas dos resumos e fichamentos das


mesmas, de modo a organizar as informações que sejam relevantes ao desenvolvimento da
pesquisa. O mesmo procedimento será adotado com as obras dos comentadores que foram
selecionadas para fundamentar o presente projeto.
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9 CRONOGRAMA

MÊS ATIVIDADE
JAN
FEV Levantamento da literatura relevante,
leituras teóricas e fichamento.
MAR
ABR
MAI Organização dos dados coletados
JUN
JUL Análise dos dados coletados
AGO
SET Revisão da análise dos dados
OUT
NOV Organização e interpretação dos resultados

DEZ Relatório final


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10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOUQUET, SIMON. Introdução à leitura de Saussure. Tradução de Carlos A. L. Salum;
Ana Lúcia Franco. 9. ed. São Paulo: Cultrix, 2004.

IBRI, Ivo Assad. Kósmos Noétós: a arquitetura metafísica de Charles S. Peirce. São Paulo:
Perspectiva/Hólon, 1992. (Coleção estudos, v. 130).

NÖTH, Winfried; SANTAELLA, Lucia. A teoria dos signos de C. S. Peirce. In:______.


Introdução à Semiótica: passo a passo para compreender os signos e a significação. São
Paulo: Paulus, 2017. p. 35-90. (Coleção Introduções).

_______. F. de Saussure: fundamentos da Semiótica estruturalista. In:______. Introdução à


Semiótica: passo a passo para compreender os signos e a significação. São Paulo: Paulus,
2017. p. 91-112. (Coleção Introduções).

PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. 4. ed. Trad. José Teixeira Coelho Neto. São Paulo:
Perspectiva, 2010. (Coleção Estudos, 46).

_______. Escritos coligidos. 3.ed. Trad. Armando Mora D’Oliveira e Sérgio Pomerangblum.
São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Coleção Os Pensadores).

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. 27. ed. Trad. Antônio Chelini, José
Paulo Paes e Izidoro Blikstein. São Paulo: Cultrix, 2006.

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