ORÇAMENTO

FAMILIAR
 1. Planejamento das Finanças

Para garantir um futuro financeiro seguro para você e para sua família, é
necessário criar um planejamento financeiro. Planejar as suas finanças permite
que você se organize financeiramente, de modo a alcançar os objetivos
pretendidos por você e sua família. Colocar essa ação em prática pode se
tornar difícil, principalmente quando alguns membros da família não estão
dispostos a se envolver. Na maioria dos casos, os filhos são os que menos
querem colaborar, pois normalmente os filhos geram despesas e não possuem
receitas. A forma que eles podem ajudar é diminuindo as despesas, seja com
algumas pequenas atitudes dentro da própria casa, como, por exemplo,
diminuindo o tempo de banho, economizando água e luz; utilizando o
computador por um limite de tempo, apagando as luzes que ficam acessas
desnecessariamente. Eles também podem ajudar fora de casa, diminuindo ou
cortando gastos considerados supérfluos. Claro que

É preciso contar com a participação de todos e demonstrar a eles a

importância do planejamento financeiro, além de conscientizá-los de que esse
processo exigirá um pouco de sacrifício de cada um, ou seja, cada um deverá
abrir mão de algumas coisas, pois o principal objetivo é manter as contas e
gastos importantes em dia, para que no futuro, todos saiam ganhando e que,
no final, cada um consiga realizar os objetivos pretendidos. Dessa forma, todos
entendem a importância do planejamento financeiro, tornando-se engajados e
dispostos a ajudar.

É imporante entender que ter o controle das suas contas não implica em
apenas diminuir ou cortar gastos, mas também permitir que com as receitas
que a família obtém, seja possível guardar parte do valor para ser utilizado
futuramente ou até mesmo em situações emergenciais.
 2. Orçamento Familiar

Para iniciar um planejamento financeiro familiar, o primeiro passo é

saber o orçamento familiar, ou seja, identificar as fontes de receitas, como
também os valores provenientes de cada fonte que sua família recebe
mensalmente. Neste caso, além da soma dos salários líquidos dos membros
das famílias, podem ser consideradas receitas extras, oriundas de trabalhos
extras, rendimentos sobre valores aplicados, pensões ou outros benefícios
recebidos por todos os membros. Se houver receitas extras que não são
mensais, pode-se calcular uma média mensal para incluí-las no orçamento.

Não menos importante, na identificação do orçamento familiar, também

é necessário identificar as despesas, ou seja, sejam gastos com a casa ou
gastos pessoais. Os gastos com a manutenção da casa podem ser mais fáceis
de identificar, já os gastos pessoais, é necessário um trabalho meticuloso.

A colaboração de todos os integrantes nessa etapa é de extrema

importância, pois caso qualquer informação omitida, pode dificultar as próximas
etapas do orçamento. Identificar todas as despesas, mesmo as mais simples, é
fundamental neste processo de composição do orçamento.

Uma forma de facilitar a identificação das despesas é separá-las em

despesas fixas e variáveis. As despesas fixas são aquelas despesas que
existem todo mês e não podem deixar de ser pagas, como, por exemplo, o
aluguel ou o condomínio do seu imóvel, internet, TV a cabo, mensalidade da
faculdade, etc. Já as despesas variáveis são aquelas que não ocorrem com
frequência ou que oscilam, como por exemplo, gastos com luz, lazer, compras
de itens como roupas e as compras no supermercado.

É importante observar que dentre as despesas identificadas, haja

valores relacionados a dívidas, deve-se buscar a renegociação desses valores
para, após a composição do orçamento, verificar quanto pode ser separado
para o pagamento da dívida.

Identificadas as despesas fixas e variáveis, a próxima etapa é distinguir

quais despesas são consideradas essenciais e quais despesas podem ser
diminuídas ou cortadas. Neste caso, normalmente é mais fácil fazer ajustes nas
despesas variáveis, pois as despesas fixas não podem deixar de ser pagas.
Não há como deixar de pagar o aluguel do seu imóvel, mas é possível diminuir
o valor de compra no supermercado, pesquisando preços menores, ou até
mesmo economizar na conta de luz, diminuindo o seu gasto.

Além de identificar as receitas e as despesas, é importante dentro do

orçamento familiar, reservar uma determinada quantia para emergências, como
gastos com remédios ou outras despesas imprevistas. Essa reserva pode ser
definida por uma porcentagem de 5% a 15% da renda bruta da família. Criar
uma reserva é de extrema importância, pois além de não comprometer o seu
orçamento com situações inesperadas, evita-se a necessidade de recorrer a
empréstimos ou cheque especial, aumentando as despesas.

Cortar e diminuir despesas faz parte das ações após a composição do

orçamento familiar, mas outra ação que pode ajudar no orçamento é a busca
de novas fontes de receitas, seja fazendo “bicos” ou buscando um trabalho
alternativo aos fins de semana.

Definido o orçamento, é preciso criar objetivos que atendam a sua

necessidade e a de sua família, sejam objetivos de curto, médio ou longo
prazo, dependendo da prioridade. Definir os objetivos estimula os membros da
família a se dedicarem a não sair do orçamento estipulado, pois demonstra que
controlar o orçamento não significa apenas identificar as suas receitas para
pagar despesas, mas que esse processo permitirá alcançar melhor os objetivos
apontados.

Geralmente há o costume de se gastar, para depois encontrar alguma

forma de pagar. Isso é um erro clássico fruto da falta de planejamento aliada à
desinformação sobre o quanto se pode gastar e o quanto se pode pagar. Esse
tipo de situação pode ser evitada se o seu orçamento estiver bem definido.
Quanto mais preciso for o seu orçamento, maiores são as chances de você e
sua família se saírem bem diante de situações emergenciais. Por este motivo,
o orçamento é uma ferramenta de extrema importância no planejamento
financeira de uma família.
 Preparar um orçamento não é fácil, mantê-lo também não é nada fácil. A
sociedade atualmente está cada vez mais consumista, principalmente com as
facilidades de parcelamentos e descontos, que nos leva muitas vezes a
consumir sem necessidade. Para não extrapolar o orçamento, todos os
integrantes da família devem estar comprometidos e conscientes de que, aos
poucos, com o orçamento controlado, as metas serão alcançadas.