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Filosofia – 10º Ano

O trabalho do filósofo

«Nós, filósofos, somos melhores a formular questões do que a responder-lhes, o


que talvez pareça a algumas pessoas uma confissão cómica de futilidade:
- Ele diz que a especialidade dele é só fazer perguntas não responder-lhes.
Que trabalho menor! E pagam-lhe para isso?
Porém, qualquer pessoa que já tenha tentado resolver um problema
verdadeiramente duro sabe que uma das tarefas mais difíceis consiste em encontrar
as questões correctas a formular e a ordem correcta pela qual devemos formulá-las.
Não somente temos de descobrir o que não sabemos, mas também o que
necessitamos e não necessitamos de saber e o que necessitamos de saber para
descobrir o que necessitamos de saber, e assim por diante. A forma que as nossas
questões tomam abre algumas vias e fecha outras, e não queremos perder tempo e
energia a seguir por becos sem saída. Os filósofos podem, por vezes, auxiliar-nos
nesta tarefa, mas obviamente também têm criado obstáculos. É então que um outro
filósofo tem de arregaçar as mangas e por ordem na confusão.»

Dennett, Daniel (2006), Quebrar o Feitiço. Lisboa: Esfera do Caos.

Após uma leitura atenta do texto, responda às seguintes questões:

1. Em que consiste a tarefa mais árdua do filósofo?

2. Para algumas pessoas a tarefa do filósofo parece «uma confissão cómica de


futilidade». Considera o trabalho do filósofo supérfluo? Justifique a sua resposta.

3. Segundo Dennett nós temos de «descobrir o que não sabemos, mas também o
que necessitamos e não necessitamos de saber e o que necessitamos de saber
para descobrir o que necessitamos de saber, e assim por diante». Partindo da
ideia de que a Filosofia é movida pela busca do saber, elabore um pequeno
comentário ao texto no qual descreva aquilo que entende por trabalho filosófico.

Bom trabalho!

Prof.ª Joana Inês Pontes

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