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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

MILLENA CRISTINA BARROS


MATRÍCULA: 201511087
TURMA 31 B

Projeto de Instalações Elétricas

LAVRAS
2018
Índice
1. Introdução........................................................................................................... 3
2. Normas Aplicáveis.............................................................................................. 3
3. Objetivos.............................................................................................................. 4
4. Premissas............................................................................................................ 4
4.1. Previsão de Cargas................................................................................. 4
4.1.2 Determinação da Carga de Iluminação............................................ 4
4.1.3 Levantamento da Carga de Tomadas.............................................. 4

4.2. Dimensionamento dos Circuitos.............................................................. 5


4.2.1 Seção Mínima............................................................................... 5
4.2.2 Capacidade Mínima de Corrente .................................................... 5
4.2.3 Queda de Tensão ......................................................................... 7

4.3. Dimensionamento dos Disjuntores.......................................................... 8


4.4. Dimensionamento dos Eletrodutos.......................................................... 8
5. Memorial de Cálculo.............................................................................................9
5.1. Previsão das cargas a serem instaladas na residência........................... 9
5.2. Divisão dos Circuitos.............................................................................. 11
5.3 Dimensionamento dos Condutores......................................................... 12
5.3.1. Critério da capacidade mínima de corrente.....................................12
5.3.2 Critério da queda de tensão.......................................................... 13
5.3.3 Escolha da dimensão dos condutores............................................. 16

5.4. Dimensionamento dos Disjuntores.......................................................... 16


5.5 Dimensionamento dos Eletrodutos........................................................... 17
5.6 Dimensionamento do disjuntor de alimentação (CEMIG)......................... 18
5.7 Dimensionamento dos disjuntores Geral e do 2º Piso.............................. 20
5.8 Dimensionamento do condutor de alimentação (CEMIG)......................... 20
5.8.1 Critério da capacidade mínima de corrente....................................... 21
5.8.2 Critério da queda de tensão............................................................. 21

5.9 Dimensionamento dos condutores entre o disjuntor geral e o


disjuntor do 2º Piso.......................................................................................... 21
5.9.1 Critério da capacidade mínima de corrente.........................................21
5.9.2 Critério da queda de tensão..............................................................21

5.10 Dimensionamento do eletroduto entre o disjuntor geral e o


disjuntor do 2º Piso.......................................................................................... 22
6. Conclusão.............................................................................................................. 22
Referências................................................................................................................ 22
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1. Introdução

A instalação elétrica trata-se da transferência da energia elétrica


proveniente de uma fonte geradora, sua transformação e seus pontos de
utilização (tomada, interruptor, lâmpada). Este processo envolve as etapas do
projeto e da implementação física das ligações elétricas, que garantirão o
fornecimento de energia em determinado local. Um projeto elétrico consiste na
documentação escrita e organizada que possibilita a montagem da instalação
elétrica.
O projeto tema deste relatório é de uma edificação residencial de dois
pavimentos com instalação de baixa tensão. Tal construção é dotada de vários
circuitos elétricos e, o dimensionamento geral destes, seguem algumas normas
descritas no tópico seguinte – Normas Aplicáveis.
As partes componentes de um projeto elétrico são: a memória de
cálculo– parte escrita que contém os parâmetros do projeto (cargas, correntes,
tensões de trabalho, fatores de demanda e de proteção); o conjunto de plantas
– pranchas de desenho em escalas e formatos adequados onde se apresentam
em planta baixa arquitetônica, por simbologia convencionada; a localização das
lâmpadas e seus comandos; as tomadas com suas respectivas cargas, a fiação
com os circuitos a que pertencem e os dispositivos de proteção; o quadro de
cargas; os diagramas de fases e geral; a legenda e o selo (carimbo) e detalhes
de montagem.
Uma instalação elétrica deve ser adequadamente dimensionada, visando
disponibilizar aos seus usuários conforto e segurança primordialmente.

2. Normas Aplicáveis

As instalações elétricas residenciais e industriais devem se enquadrar nas


normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), a fim de
padronizar e manter um nível de segurança específica de acordo com o local a
se trabalhar.
As NBR’s a serem obedecidas no projeto elétrico são:

 NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão;


 NBR 5413 - Iluminância de Interiores – Procedimento;
 NBR 60898 - Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para
instalações domésticas e similares;
 NBR5444 - Símbolos gráficos para instalações prediais;
 Concessionária: Padrões da Concessionária de energia elétrica.

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3. Objetivos
O objeto de estudo deste trabalho é apresentar as etapas do projeto de
instalação elétrica de baixa tensão residencial dentro das normas da ABNT.
Serão apresentadas informações importantes relativas à instalação elétrica,
quais seus principais componentes, como dimensiona-los e escolhê-los.

4. Premissas

4.1. Previsão de Cargas

4.1.2 Determinação da Carga de Iluminação

Para o levantamento das cargas de iluminação, adota-se a condição


para se estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz, a qual é
necessária prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um
interruptor de parede. A carga de iluminação é feita em função da área do
cômodo da residência e se estabelece a potência mínima de iluminação,
adotando o critério abaixo:

 Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 metros


quadrados deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA.
 Em cômodos ou dependências com área superior a 6 metros, deve ser
prevista uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 metros
quadrados, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 metros
quadrados inteiros.

4.1.3 Levantamento da Carga de Tomadas

Para a determinação das cargas de tomadas adota-se a uma condição


para se estabelecer o número mínimo de tomadas de uso geral (TUG’s), as
quais se devem seguir as seguintes recomendações:

 Cômodos com área igual ou inferior a 6 metros quadrados, pelo menos


uma tomada.
 Dependências com mais de 6 metros quadrados, no mínimo uma
tomada para cada 5 metros ou fração de perímetro, uniformemente
distribuídas.
 Banheiros: No mínimo uma tomada junto ao lavatório.
 Cozinha: uma tomada para 3,5 metros ou fração de perímetro,
independente da área.
 Varanda: pelo menos uma tomada.

Nas TUG’s se destinam aparelhos móveis ou portáteis. Para se


estabelecer a potência mínima de tomadas de uso geral se segue as
seguintes condições:

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 Para o banheiro, cozinha e área de serviço: se atribui no mínimo 600
VA por tomada, até três tomadas e 100 VA para os excedentes.

 Nas demais dependências: se deve atribuir no mínimo 100 VA por


tomada.

As tomadas de uso específico (TUE’s) são destinadas à ligação de


equipamentos fixos e estacionários. A condição para se estabelecer a
quantidade se faz de acordo com o número de aparelhos de utilização que
vão estar fixos em uma dada posição no ambiente. Para se estabelecer a
potência das tomadas de uso específico, se deve atribuir a potência nominal
do equipamento a ser alimentado.

4.2. Dimensionamento dos Circuitos

Os circuitos elétricos são conexões que transferem a energia elétrica da


alimentação aos diversos consumidores de uma edificação. Todos os circuitos
do projeto foram conectados por condutores de cobre, e o método de instalação
destes é o B1-residencial (condutores isolados em eletroduto de seção circular
embutido); já os eletrodutos em que passam os condutores são de PVC.
Para o dimensionamento desses circuitos foram utilizados três métodos,
sendo admitida como seção do condutor a maior encontrada em qualquer um
dos processos: o primeiro destes foi o dimensionamento da fiação pela seção
mínima; o segundo foi o da capacidade de corrente; e por último, utilizou-se o
dimensionamento dos cabos pela queda de tensão. Todas as tabelas de tais
métodos foram recolhidas da ABNT/NBR- 5410/04.

4.2.1 Seção Mínima

Tabela 1: Dimensionamento da fiação pela seção mínima.

4.2.2 Capacidade Mínima de Corrente

Considera-se no método que a temperatura ambiente a qual os circuitos


estão expostos é 30ºC, o qual nos dá FCT unitário de acordo com a Tabela 2 e
que quanto mais circuitos passando no eletroduto (no seu pior trecho), menor
será o FCNC (Tabela 3).

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Tabela 2: Coeficientes de correção para temperatura de trabalho dos circuitos.

Tabela 3: Coeficientes de correção para quantidade de circuitos agrupados no


eletroduto.

A partir do cálculo de corrente de projeto (Equação 1), recorremos a


Tabela 4, nas colunas de instalação B1, de acordo com o número de condutores
carregados, para encontrar a seção mínima dos cabos condutores, de acordo
com esse método.

Equação 1: Cálculo da corrente de projeto de um circuito, de acordo com sua potência,


tensão submetida e fatores de correção.

Tabela 4: Seção aferida de acordo com a corrente calculada.

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4.2.3 Queda de Tensão

Para a aplicação deste método consideramos a hipótese de que a queda


de tensão unitária não poderia ultrapassar 4%, cálculo foi feito a partir da
Equação 2. Também consideramos que o eletroduto é um material não
magnético.

𝑒(%) ∗ 𝑉
∆𝑉𝑈𝑁 =
𝐼𝑃 ∗ 𝑑
Equação 2: Cálculo da Tensão Unitária.

Onde:

e(%) = máxima queda de tensão (0,04);


V = tensão aplicada;
Ip = corrente de projeto;
d = distância.

A partir de tal valor recorremos a Tabela 5, nas colunas de eletroduto


não magnético, para obter o valor de seção mínima a partir desse método. Após
isto podemos fazer a conferência se tal valor é correto, fazendo a queda de
tensão trecho a trecho, procedimento demonstrado na seção de cálculos.

Tabela 5: Seção aferida de acordo com a queda de tensão calculada.

Em alguns circuitos é necessário também o cálculo da queda de tensão


trecho a trecho, uma vez que esses apresentem muitos pontos de utilização.

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Para esse cálculo é usual a Equação 3 a seguir:

Equação 3: Queda de tensão trecho a trecho.

4.3. Dimensionamento dos Disjuntores


Um disjuntor é um dispositivo eletro mecânico, que funciona como
um interruptor automático, destinado a proteger uma determinada instalação
elétrica contra possíveis danos causados por curto-circuitos e sobrecargas
elétricas. A sua função básica é a de detectar picos de corrente que
ultrapassem o adequado para o circuito, interrompendo-a imediatamente
antes que os seus efeitos térmicos e mecânicos possam causar danos à
instalação elétrica protegida.
O dimensionamento do disjuntor deve ser feito levando-se em conta
sua corrente nominal e a curva de atuação do disjuntor. Os valores padrões
dessas correntes (em A) estabelecidos pela NBR 60898:04 são:

2 – 4 – 6 – 10 – 13 – 16 – 20 – 25 – 32 – 40 – 50 – 63 – 80 – 100 – 125

A determinação do disjuntor deve levar em conta a corrente nominal


do circuito, determinada pela seção do condutor (Tabela 4) e a corrente do
fio cuja bitola foi definida na etapa de dimensionamento de condutores. A
fórmula geral para dimensionamento do disjuntor será conforme a Equação
4:

𝐼𝐹𝐼𝑂 ∗ (𝐹𝐶𝑁𝐶 ∗ 𝐹𝐶𝑇) ≥ 𝐼𝐷𝐼𝑆𝐽 ≥ 𝐼𝐶𝐼𝑅𝐶


Equação 4: Fórmula geral para dimensionamento dos disjuntores.

4.4. Dimensionamento dos Eletrodutos

Os eletrodutos são os dutos por onde passamos condutores elétricos


destinados a proteger os condutores e o ambiente.
De acordo com a norma NBR 5410/2004, a taxa máxima de ocupação
em relação à área da seção transversal de eletrodutos não deve ser superior
a 40% para três ou mais condutores ou cabos.
Para o dimensionamento desses equipamentos, foi considerado, para
análise de cálculo, o trecho de cada eletroduto em que passavam mais
circuitos. A partir deste, calculou-se a área total dos condutores nesse pior
trecho, a partir da Tabela 6. Posteriormente foi escolhido o diâmetro do
eletroduto em cada trecho, de acordo com sua área máxima permitida de
ocupação, dependendo de seu diâmetro, a partir dos valores da Tabela 7;
tabela esta que foi feita considerando-se que em todos os trechos passam
três ou mais condutores.

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Tabela 6: Área total ocupada por condutores de diferentes seções.

Tabela 7: Máxima ocupação do eletroduto, de acordo com o número de cabos.

5. Memorial de Cálculo
Para a formulação do roteiro de cálculos segue-se recomendações da
NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão.

5.1. Previsão das cargas a serem instaladas na residência

O levantamento das potências foi realizado mediante a previsão das


cargas mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas conforme o tópico
4.1 descrito anteriormente, possibilitando, assim, determinar a potência total
prevista para a instalação elétrica residencial.

A planilha com a previsão de cargas para a residência pode ser vista na


tabela 8 abaixo:

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Tabela 8: Previsão de Cargas.

A partir da Tabela 8 obteve-se a carga total da residência, sendo esta de


29465 VA.

Exemplo de cálculo:

Sala de Estar: Área = 23,54 m²; Perímetro = 21,77 m

 Para iluminação:

6 m² + 4 m² +4 m² + 4m² + 4m² + 1,54 m² = 23,54 m²

100 VA + 60 VA+ 60 VA + 60 VA + 60 VA

Carga mínima de Iluminação na Sala de Estar: 340 VA

 Para TUG’s:
5 m + 5 m + 5 m + 5 m + 1,77m = 21,77 m

4 tomadas

No mínimo quatro tomadas devem ser colocadas na sala de estar.

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5.2. Divisão dos Circuitos

Durante a execução do projeto, foram previstos circuitos de iluminação


separados dos circuitos de tomadas de uso geral (critérios estabelecidos pela
NBR 5410). Para que os circuitos não fiquem carregados, e não resultarem numa
bitola muito grande dificultando a instalação dos fios nos eletrodutos e as
ligações terminais (interruptores e tomadas), procurou-se organizar nossos
circuitos de modo a limitar a corrente a 10 A. Já para o caso do chuveiro elétrico,
no qual excede os 10 A, a norma prevê circuito independente, exclusivo para o
equipamento, como feito.
Após realizada a divisão dos circuitos, deve-se calcular a corrente de
circuito (ICIRC), por meio da Equação 1 dada nas premissas.
A divisão dos circuitos e o cálculo de suas respectivas correntes desta
residência estão dispostos na Tabela 9 a seguir:

Tabela 9: Divisão dos circuitos e cálculo da corrente de circuito.

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5.3 Dimensionamento dos Condutores
A seção dos condutores de cada circuito foi obtida conforme o tópico 4.2
descrito anteriormente, sendo adotados dois critérios: o da capacidade mínima
de corrente e o da queda de tensão.

5.3.1. Critério da capacidade mínima de corrente

Para o cálculo da seção pelo critério da corrente é necessário saber quais


os circuitos serão agrupados, para se obter FCNC. Os circuitos foram integrados
como descrito na Tabela 10:
Tabela 10: Circuitos integrados.

Para obter a seção do condutor deve-se calcular o valor da corrente de


projeto (Ip) e, com esse valor, olhar o valor da bitola na tabela 4 mostrada
anteriormente. Essa corrente é calculada por meio da equação 1 presente nas
premissas.
O cálculo das bitolas por meio do critério da capacidade mínima de
corrente para todos os circuitos pode ser visto na Tabela 11 seguinte:

Tabela 11: Seções dos condutores obtidas pelo critério da capacidade mínima de corrente.

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Exemplo de Cálculo:
 Para o circuito 1:
Considerando que a temperatura ambiente a qual os circuitos estão
expostos é 30ºC, ou seja, FCT =1 e FCNC=0,70 visto que o circuito 1 está
integrado com mais dois, totalizando 3 circuitos. Como já mostrado
anteriormente, a corrente de projeto pode ser calculada da seguinte
maneira:

Para o circuito 1 tem-se que:


P = 780 VA
V= 127 V
FP= 1

780
Logo, 𝐼𝐶𝐼𝑅𝐶 = = 6,14 𝐴
127 ∗1

6,14
E, assim: 𝐼𝑃𝑅𝑂𝐽 = = 8,77 𝐴
1∗0,70

A seção do cabo é projetada a partir da corrente de projeto.


Consultando a tabela 4, a seção do cabo deve ser a referente ao valor
imediatamente maior a corrente de projeto calculada. Como o valor
imediatamente maior a corrente calculada daria uma seção menor que 1,5
mm², adota-se esse último valor, visto que esse é a mínima seção exigida
para circuitos de iluminação.

5.3.2 Critério da queda de tensão

Para o cálculo da seção dos condutores por meio do critério da queda de


tensão, admitiu-se uma queda de tensão de 4%. A queda de tensão unitária é
calculada por meio da Equação 2 mostrada no tópico 4.1.3.
Os valores das das quedas de tensão unitária e das seções obtidas por meio
desse critério para todos os circuitos de tomada da residência estão descritos na
Tabela 12 seguinte:

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Tabela 12: Cálculo da queda de tensão unitária e as respectivas seções.

Alguns circuitos continham mais de uma tomada e, por isso, fez-se


necessário o cálculo da queda de tensão trecho a trecho, como descrito na
Equação 3. Esse valor de queda de tensão acumulado na última coluna não
poderia passar de 4%, mas caso passasse, os cálculos deveriam ser refeitos
com um valor de seção do condutor imediatamente maior, até que a queda de
tensão no último trecho seja inferior a 4%, porém isso não ocorreu para esse
caso.
Os valores de queda tensão trecho a trecho foram obtidos de acordo com
as Tabela seguintes:

Tabela 13: Queda de tensão trecho a trecho para o circuito 3.

Tabela 14: Queda de tensão trecho a trecho para o circuito 10.

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Tabela 15: Queda de tensão trecho a trecho para o circuito 11.

Tabela 16: Queda de tensão trecho a trecho para o circuito 12.

Tabela 17: Queda de tensão trecho a trecho para o circuito 13.

Exemplo de Cálculo:
 Queda de tensão unitária:

- Para o circuito 3:
P = 800 VA
V = 127 V
IPROJ = 9 A
d = 21,2 m = 0,0212 km
e(%) = 4%
Tem-se que:
𝑒(%) ∗ 𝑉 0,04 ∗ 127
∆𝑉𝑈𝑁 = = = 26,62 𝑉
𝐼𝑃 ∗ 𝑑 9 ∗ 0,0212

A partir desse valor encontrado, é possível consultar a tabela 5 na


coluna de circuito monofásico de FP = 0,8. O valor da seção deverá ser
imediatamente inferior ao ∆𝑉𝑈𝑁 calculado. Sendo assim, retornaria a
seção de 1,5 mm², mas como a norma exige que circuitos de tomadas
tenham no mínimo 2,5 mm², este último é o adotado.

 Queda de tensão trecho a trecho:


-Para o circuito 3:

Como já calculado anteriormente na queda de tensão unitária, a


seção utilizada será de 2,5 mm². Logo, pela tabela 5, temos que o ∆𝑉𝑈𝑁 a
ser utilizado será de 16,9 V, referente a essa seção. Sabe-se que:
V = 127 V
e(%) = 4%
∆𝑉𝑈𝑁 = 16,9 𝑉
𝐹𝐶𝑁𝐶 = 0,7

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Além disso, sabe-se que no circuito 3 há 8 tomadas de 100 VA cada,
separadas pelas distâncias descritas na tabela 13, em km.
No primeiro trecho, por exemplo, a distância é de 0,0025 km. Neste
trecho sabemos que P = 700 VA. Com esse valor de potência, da tensão
e do FCNC, pode-se calcular a corrente de projeto, sendo esta IPROJ =
7,874 A. Utilizando a Equação 3 descrita anteriormente tem-se que:

∆𝑉𝑢𝑛 ∗ 𝐼𝑃 ∗ 𝑑 ∗ 100 16,9 ∗ 7,874 ∗ 0,0025 ∗ 100


∆𝑒𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 = = = 0,26195
𝑉𝑛 127

O mesmo deve ser feito para as potências de 600, 500, 400, 300, 200
e 100 VA, sendo o valor sempre acumulado. Os somatórios não devem
passar de 4%, mas, se acontecer, deve-se escolher um condutor de seção
imediatamente maior e refazer os cálculos.

5.3.3 Escolha da dimensão dos condutores

A dimensão escolhida para cada condutor deve ser a maior encontrada


por cada critério para o mesmo circuito. Sendo assim, as bitolas foram escolhidas
de acordo com a Tabela 18 abaixo:

Tabela 18: Escolha da seção do condutor de acordo com os critérios adotados.

5.4. Dimensionamento dos Disjuntores


O dimensionamento dos disjuntores foi realizado de acordo com o tópico
4.3. A corrente de fiação foi obtida a partir da Tabela 4 (método de instalação
B1), e os fatores de correção encontrados a partir das Tabelas 2 e 3. A partir
desses valores foram calculados os disjuntores corretos para cada circuito.

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Os valores de disjuntores calculados para esta residência podem ser
vistos na tabela 19 a seguir:

Tabela 19: Dimensionamento dos disjuntores dos circuitos do projeto.

Exemplo de Cálculo:
- Para o Circuito 1:
A seção do condutor do circuito 1 é de 1,5 mm². Pela tabela 4, a
corrente nominal desse fio é de 17,5 A. Sabe-se que FCT (30°) = 1, FCNC
= 0,70 e que a corrente desse circuito é de 6,14 A. Como já descrito no
tópico 4.2, o dimensionamento do disjuntor é realizado de acordo com a
Equação 4:

𝐼𝐹𝐼𝑂 ∗ (𝐹𝐶𝑁𝐶 ∗ 𝐹𝐶𝑇) ≥ 𝐼𝐷𝐼𝑆𝐽 ≥ 𝐼𝐶𝐼𝑅𝐶


17,5 ∗ (0,70 ∗ 1) ≥ 𝐼𝐷𝐼𝑆𝐽 ≥ 6,14

Entre os valores padrões de corrente nominal dos disjuntores


estabelecidos pela NBR 60898, o que melhor se enquadra para esse
circuito é o disjuntor de 10 A.

5.5 Dimensionamento dos Eletrodutos


O dimensionamento dos eletrodutos foi realizado de acordo com o tópico
4.4. Foi realizado o cálculo apenas nos trechos com maior quantidade de
circuitos passantes, para que assim evitasse o uso de muitos eletrodutos de
diferentes seções, o que é inviável economicamente.

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Este dimensionamento para essa residência utilizou trechos da planta baixa
em anexo onde estão representados os circuitos. Os valores encontrados podem
ser visualizados na tabela 20 abaixo:

Tabela 20: Dimensionamento de eletrodutos.

Como apenas no primeiro trecho o diâmetro do eletroduto encontrado foi


diferente dos demais, adotou-se então que todos os eletrodutos da casa deverão
ser de 25 mm.

Exemplo de Cálculo:

No eletroduto que passa o circuito 1 passa também os circuitos 3 e 4. No


circuito 1 a seção do cabo é de 1,5mm² e nos circuitos 3 e 4 é 2,5mm², mas no
circuito 1 como é de iluminação, passa-se apenas 2 condutores, a fase e o
neutro, enquanto nos circuitos 3 e 4 tem-se a presença do terra. Logo, a área
total dos condutores é:

Atotal= (2*7,07) + (6*10,75) = 78,64 mm²

Assim, consultou-se a Tabela 7 e o eletroduto escolhido foi o de 20 mm de


diâmetro, uma vez que a área máxima de ocupação dele é de 84,49 mm².

5.6 Dimensionamento do disjuntor de alimentação (CEMIG)

Para o dimensionamento do disjuntor de alimentação da casa, seguiu-se as


normas da CEMIG. Primeiramente foi medida a Carga Total Instalada (29465 VA
ou 27585 W) e, a partir da Tabela 21, escolheu-se o disjuntor trifásico.

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Tabela 21: Escolha do tipo de disjuntor, de acordo com a CEMIG.

Para o dimensionamento do disjuntor, deve-se separar a carga total dos


circuitos da casa em carga de luz + TUG e carga de TUE, para que se possa
aplicar a seguinte equação para cada um dos casos:

Demanda (D) = FD x Carga

Equação 5: Cálculo da demanda.

Em que FD é o fator de demanda, determinado por meio da Tabela 22


para iluminação e TUG’s e pela Tabela 23 para TUE’s.

Tabela 22: Fator de demanda para iluminação e TUG’s

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Tabela 23: Fator de demanda para TUE’s

A carga instalada para luz e TUG foi de 7,52 kW, e a carga instalada para
TUE’s de 17 kW. Para luz e TUG, o fator de demanda é de 0,57. Já para TUE’s
considera-se dois chuveiros e três aparelhos de ar condicionado. Logo:

Demanda = 0,57 x 7520 + 0,92 x 2 x 5500 + 0,84 x 3 x 2000


Demanda = 19446,4 W

Para a escolha do disjuntor de alimentação foi consultada a Tabela 21, na


coluna de Proteção – Disjuntor Termo-Magnético. Como a carga demandada é
de aproximadamente 19,5 kW, o disjuntor indicado foi o de 60 A, mas por
segurança optou-se pela colocação do disjuntor de 70 A.

Após isto, foi feito o a divisão de cargas entre as três fases, para não
sobrecarregar nenhuma destas, procedimento mostrado em anexo.

5.7 Dimensionamento dos disjuntores Geral e do 2º Piso.

19500 [𝑊]
 Geral: 𝐼 = = 51,17 𝐴.
220 ∗ √3 [𝑉]

Para este caso, foi escolhido o disjuntor de 60 A.

18158,8 [𝑊]
 2º Piso: 𝐼 = = 47,65 𝐴.
220 [𝑉]

Para este caso, também foi escolhido o disjuntor de 60 A.

5.8 Dimensionamento do condutor de alimentação (CEMIG)

Para o cálculo da seção dos condutores de alimentação foram utilizados os


critérios de corrente e tensão.

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5.8.1 Critério da capacidade mínima de corrente

Para o método de capacidade mínima de corrente, primeiramente


dividimos a carga demandada calculada anteriormente por três (disjuntor
trifásico), e depois calculamos a corrente de fase.

19446,4/3 [𝑊] 6482,13[𝑊]


𝐼𝑝 = = = 51,04 𝐴
127 [𝑉] 127 [𝑉]

Analisando a Tabela 4, temos que a seção mínima será de 16 mm².

5.8.2 Critério da queda de tensão

Pelo método de queda de tensão, calcula-se a seção mínima a partir da


Equação 2, considerando a queda de tensão máxima de 2% e a distância de 10
m entre o disjuntor de alimentação e o de distribuição da casa).

0,02 [%]∗127 [𝑉]


𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡 = = 4,98 𝑉.
51,04 [𝐴]∗0,01 [𝐾𝑚]

Analisando a Tabela 5, a seção mínima encontrada foi de 10 mm².

Como no critério de capacidade mínima de corrente a seção indicada foi de


16 mm² e no critério de queda de tensão foi de 10 mm², deve-se escolher o maior
valor e, portanto, a seção escolhida foi de 16 mm².

5.9 Dimensionamento dos condutores entre o disjuntor geral e o


disjuntor 2º Piso

5.9.1 Critério da capacidade mínima de corrente

18158,8 [𝑊]
𝐼= = 47,65 𝐴
220 [𝑉]

Analisando a Tabela 4, tem-se que a seção mínima dos condutores entre


o disjuntor geral e o disjuntor do 2° piso é de 16 mm².

5.9.2 Critério da queda de tensão

0,04 [%] ∗ 220 [𝑉]


𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡 = = 61,56 𝑉
47,65 [𝐴] ∗ 0,003 [𝐾𝑚]

Observando a Tabela 5, tem-se que para esse valor de queda de tensão a


seção mínima seria de 1,5 mm².
Logo, a seção mínima dos condutores entre o disjuntor geral e o disjuntor
do 2° piso escolhida será de 16 mm².

21
5.10 Dimensionamento do eletroduto entre o disjuntor geral e o
disjuntor 2º Piso

Sabendo que a seção do condutor entre os dois disjuntores será de 16 mm²


e que este apresenta uma área de 37,39 mm² de acordo com a Tabela 6, e que
serão necessários quatro condutores (3 fases e o neutro), tem-se que:

𝑂𝑐𝑢𝑝𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 = 37,39 ∗ 4 = 149,56 𝑚𝑚²

Por meio da Tabela 7, obtemos que o diâmetro deste eletroduto deve ser
de 32 mm.

6. Conclusão
A elaboração do presente trabalho possibilitou o conhecimento prático da
eletrotécnica, de forma em que foi possível aplicar toda a teoria dada em sala de
aula e ver na prática como é o projeto de dimensionamento de uma instalação
residencial.
O objetivo foi alcançado uma vez que foi apresentado as etapas do projeto
de instalação elétrica de baixa tensão residencial dentro das normas da ABNT.
Foram apontadas informações importantes relativas à instalação elétrica, quais
seus principais componentes, como dimensiona-los e escolhê-los.
Atentou-se a seguir à risca as normas da concessionária de energia da
região para obter um bom funcionamento da energia elétrica da residência, com
segurança, sem sobrecargas ou riscos de incêndio.

Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM-60898:
disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e
similares. Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-5410:


instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-5413:


iluminância de
interiores. Rio de Janeiro, 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-5444:


símbolos gráficos
para instalações elétricas prediais. Rio de Janeiro, 1989.

22
Anexos

Anexo l – Equilíbrio de Fases

23
24
Anexo lll – Diagrama Trifilar

- Térreo:

25
- Pavimento Superior:

26

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