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A dor lombar continua a ser a causa mais comum de queixas de saúde, que acaba por ser limitante,
especialmente à medida que envelhecemos. A sua reabilitação tem sofrido uma transição de:
Essencialmente, temos feito um grande trabalho em nos afastarmos da TENS – Transcutaneous Eletrical
abordagem de simplesmente tratarmos os sintomas em direção a uma abor- Nerve Stimulation, ou em
dagem que encontre o comprometimento no movimento que acabou por le- português, Neuroestimulação
var a uma dor lombar. Claro que usar algo como um dispositivo TENS pode ter Elétrica Transcutânea. Vem sendo
usado desde a década de 70 para
um papel na neuromodulação da dor, mas é de conhecimento comum que as atuar no sintoma do problema – a
melhoras observadas são transitórias e que esse uso de aparelhos não chega na dor – e não na sua causa, como
real disfunção. bem observou o autor.
Uma área que recebeu bastante atenção, e com a devida razão, é analisar as
limitações na mobilidade do quadril como causa de dor lombar. Até o presente
momento, muitas pesquisas têm se focado em analisar a perda de mobilidade
na rotação externa e interna do quadril. Posso dizer que a minha própria habili-
dade em ajudar pessoas com dores lombares melhorou bastante, com o correr
dos anos, quando aprendi a dar atenção para a mobilidade do quadril.
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Thomas Test
Avaliado deita na maca, flexiona o quadril e o mantém flexionado (levando a coxa de encontro ao
peito). O outro quadril (que é o que será avaliado) é deixado em extensão.
O teste é considerado normal quando a coxa se mantém ao menos na mesma linha do tronco.
Uma outra versão, chamada de Teste de Thomas Modificado, faz com que o posicionamento do
avaliado seja mais para a borda da maca, deixando a coxa livre para descer, se a sua mobilidade assim o
permitir. Foi o Teste de Thomas Modificado que foi usado no estudo citado.
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Então uma atitude muito fácil de tomar para reduzir a dor lombar é trabalhar na mobilidade de extensão
do quadril.
Um exercício que quase todos que
treinam aqui na Champion PT and
Reinold se refere ao
Performance fazem é o que eu chamo de modo como esse tipo de
“Verdadeiro Alongamento dos Flexores do alongamento é realizado,
Quadril” (N.T: Em inglês: True Hip Flexor a foto acima ilustra bem
como não fazer, pelve
Stretch). Já falei a respeito dele em artigos com inclinação anterior
passados, acredito que a maior parte dos e lombar em extensão.
alongamentos que são comumente feitos Esse é um alongamento
que coloca tensão
para essa região não trazem benefícios e na cápsula anterior
não alongam de fato o que gostaríamos. do quadril, e não nos
O “Verdadeiro Alongamento dos flexores
Flexores do Quadril” é uma boa maneira
de começar a trabalhar na mobilidade da
extensão do quadril.
Execução:
• Em base ½ ajoelhada encontre a posição de
posteriorização da pelve.
• Mantenha a postura alta, por si só, esta posição
já coloca os flexores do quadril em alongamento.
• Se quiser aumentar um pouco a tensão, incline
levemente à frente (Como na imagem mais à
direita), PORÉM devendo SEMPRE manter a
integridade da postura alta, pelve em inclinação
posterior, e lombar na mesma posição (sem
nenhum movimento na coluna lombar).
Pontos Chave
Existe uma diferença entre um alongamento para o quadríceps e um para o flexor do quadril. Quando
desempenhar este alongamento foco no flexor do quadril, no psoas, e não no reto femoral.
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Se não conseguir sentir o alongamento, contraia os glúteos com mais força. A maior parte das pessoas tem
dificuldades com isso, mas é um aspecto chave.
Guie os quadris com as mãos. Eu normalmente inicio esse alongamento com as mãos nos quadris, para que possa
ensinar as pessoas a sentirem a inclinação pélvica posterior. Coloque as pontas dos dedos na frente e os polegares
atrás, fazendo a inclinação posterior, dando a dica verbal de “faça com que os polegares desçam”.
Progrida para adicionar o engajamento do núcleo. Uma vez que eles dominem a inclinação posterior da pelve,
eu normalmente progrido ao assistir na participação do núcleo (“core” em inglês) no movimento. Isso pode ser feito
ao colocar ambas as mãos no joelho da frente e empurrar para baixo ou segurar um bastão ou rolo com as duas mãos
Artigo Original
A Simple and Easy Hip Mobility Drill for Low Back Pain – Mike Reinold
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CZECH GET UP
Richard Ulm, Alena Kobesova, Michael Rintale, Matina Jezkova
Na mesma época em que o treinamento com kettlebells estava crescendo em popularidade nos Estados
Unidos, Pavel Kolar, um fisioterapeuta com doutorado em pediatria, estava formulando sua abordagem de
reabilitação na República Checa, na Prague School of Rehabilitation (2).
Kolar descende de uma longa linhagem de clínicos e fisioterapeutas
de categoria internacional. Combinando a influência de médicos Uma tradução livre de Dynamic
como Vladimir Janda, Karel Lewit e Vaclav Vojta com sua experiência Neuromuscular Stabilization seria:
Estabilização Neuromuscular Dinâmica,
como ginasta de elite, ele formulou uma explicação abrangente sobre mas optarei por deixar o nome original
movimento e função, que formam a base do Dynamic Neuromuscular durante o texto.
Stabilization – DNS.
Este artigo irá examinar os conceitos principais desta abordagem e sua utilidade no campo da preparação
física.
O Czech get-up usa posições consistentes com os princípios do DNS e da Cinesiologia Desenvolvimental –
os aspectos neurofisiológicos do sistema de maturação locomotora (2). Ao usar um kettlebell durante o Czech
get-up, é colocada uma resistência em cima dos padrões de movimento vistos nos exercícios do DNS e da
Cinesiologia Desenvolvimental. Isto permite ao Czech get-up ativar e treinar estratégias de estabilização ideais
e a eficiência do movimento, que é o objetivo primário do DNS (2,3).
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Nesse período, a criança adquire a capacidade
de alcançar certas posições (Ex: Tripla flexão, posição
quadrúpede, agachamento, etc.) e de executar certos
movimentos, como: Girar, engatinhar, ficar em pé e
caminhar, sem que seja ensinada a fazê-lo (2). Estes
movimentos são fundamentais e mais tarde tornam-
se a fundação de movimentos mais complexos, como
arremessar ou dar um pique.
Após estudar a cinesiologia desenvolvimental e
observar como bebês saudáveis e crianças se movem,
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O centramento articular provê
uma distribuição de forças
através da articulação de maneira
equilibrada e eficiente. Isso,
simultaneamente, protege as
estruturas passivas e permite à
articulação transferir mais força,
o que pode levar a um risco de
lesão diminuído e melhorar a
performance (2, 3, 4).
Para restaurar o movimento
ideal e o centramento articular
de seus pacientes, Kolar
construiu um sistema de
reabilitação usando as posições
e movimentos observados
durante o desenvolvimento (2).
Estes exercícios são baseados na
cinesiologia desenvolvimental
e podem ser úteis por 2 razões
principais:
1. Os exercícios treinam
o sistema integrado de
estabilização espinal: Porque
os movimentos enfatizam a
integração de todo sistema
locomotor em um processo de
estabilização, o que permite
aos exercícios treinarem o
atleta de maneira mais efetiva
para alcançar o centramento
articular.
2. Os exercícios usam posições
familiares ao sistema nervoso
central (SNC): Permitindo ao
SNC (re)ativar mais facilmente
estratégias de movimento
apropriadas para a função e
performance ideais.
A seguir forneceremos
exercícios específicos do DNS que
imitam as posições vistas durante
o desenvolvimento motor usando
o Czech get-up.
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MARCOS POSICIONAIS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Exemplos de marcos posicionais no desenvolvimento que são usadas comumente no DNS:
Padrão rotacional
A figura mostra a criança virando da base supinada para a
base pronada, um movimento
De barriga para cima- decúbito que ocorre tipicamente
dorsal para de barriga para
baixo - decúbito ventral. por volta dos 6 meses de
desenvolvimento (2,3). Esse
movimento é construído em
O termo que se usa em inglês cima da capacidade de gerar
é "Sling" para o qual não existe
uma boa correspondência
pressão intra-abdominal e é
de um termo em português. quando a criança começa a
Como estes "slings" agem ativar seus Sistemas de Suporte Miofasciais
como um suporte para as
cadeias miofasciais, optei
Oblíquos: Anterior e Posterior.
por chamar estas conexões Esses sistemas de suporte oblíquos são
de: Sistemas de Suporte necessários para virtualmente qualquer
Miofascial, mais como uma movimento, mas são particularmente
descrição da função do que
um nome apropriado. Estas importantes para movimentos rotacionais,
conexões de suporte também como lançar um disco ou bater em uma bola
são chamadas de subsistemas. de tênis.
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Posição do tripé
A figura mostra a criança na posição do tripé, que é alcançada ti-
picamente entre 9 e 11 meses de desenvolvimento (2). Esta é uma
posição importante porque é a primeira vez que a criança é capaz de
sustentar parcialmente seu peso corporal usando todo o pé.
Essa é uma posição de transição, onde a criança muda de um padrão
de rotação, onde os segmentos de suporte dos membros inferiores e
superiores estão no mesmo lado (padrão ipsilateral), para um padrão
de engatinhar, onde o segmento de suporte do membro superior está
do lado oposto ao segmento de suporte do membro inferior (padrão
contralateral) (3).
Esse é o momento onde ela torna-se mais estável, em preparação
a movimentos como alcançar objetos, ficar em pé e eventualmente
caminhar.
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POSIÇÃO 3
POSIÇÃO SUPINADA/POSIÇÃO DE TRIPLA FLEXÃO
- 3 MESES
O atleta deve usar o sistema integrado de
estabilização espinal para ativar o abdome a fim de
gerar pressão intra-abdominal suficiente e estabilização
sagital.
Uma vez que o abdome esteja pressurizado, o atleta
deve flexionar os quadris a 90-110º sem que qualquer
movimento seja observado na coluna e na parte inferior
das pernas. Isso irá fazer com que ele entre em uma
posição de tripla flexão, consistente com uma criança com aproximadamente 3 meses de desenvolvimento. O
atleta deve continuar a pressurização do abdome para lentamente levantar a pelve do solo sem mover os quadris
ou as pernas enquanto transfere o suporte sobre a articulação toracolombar.
Esta posição é comumente alcançável quando a criança chega aos 4 meses de desenvolvimento. Através
de toda transição, o diafragma e o assoalho pélvico mantém uma relação paralela e uma coordenação entre a
respiração e estabilização (1).
POSIÇÃO 4
POSIÇÃO EM DECÚBITO LATERAL/ROTAÇÃO
PARCIAL - 5 MESES
A partir da posição supinada, o atleta deve iniciar
o processo de rotação, usando o braço e o quadril do
lado que não está sustentando o kettlebell como base
de suporte. Através dessa transição, ele deve manter a
relação paralela entre o diafragma e o assoalho pélvico.
Enquanto isso, o quadril contralateral, do lado que está
sustentando o kettlebell, deve abduzir, fazer a rotação
externa e uma leve extensão em preparação para o
suporte do peso corporal.
Esta posição é consistente com uma criança entre 4
a 6 meses de desenvolvimento. A rotação completa da
base supinada para a pronada é tipicamente alcançada
ao redor dos 6 meses de desenvolvimento.
POSIÇÃO 5
SENTADO EM POSIÇÃO OBLÍQUA - BAIXA
O atleta deve continuar o processo de rotação
enquanto está suportado pelo cotovelo. Esta posição
é chamada de sentado em posição oblíqua - baixa, e é
consistente com uma criança com aproximadamente
7 meses de desenvolvimento, logo antes de alcançar
a posição de tripé.
Nessa posição, o cotovelo está diretamente sob o
ombro e o atleta é suportado pelo quadril e cotovelo.
O quadril e joelho devem estar parcialmente
flexionados e o quadril e joelho contralaterais devem
estar flexionados com o pé todo apoiado no solo.
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POSIÇÃO 6
SENTADO EM POSIÇÃO OBLÍQUA - ALTA
A seguir, o atleta irá tirar o cotovelo do solo, apoiar-
se sobre a mão aberta e manter o cotovelo estendido.
Nesta transição, as pernas não se movem muito e o
suporte é mantido pelo glúteo médio e o quadril. Esta
posição é chamada de sentado em posição oblíqua -
alta, e é tipicamente adquirida por volta dos 8 meses
de desenvolvimento.
POSIÇÃO 7
POSIÇÃO DO TRIPÉ
O atleta deve fazer a transição entre sentado em
posição oblíqua - alta para a posição do tripé. O que
envolve a transferência de peso do quadril de suporte
e da parte lateral da coxa para a porção lateral do
joelho do mesmo lado.
À medida que o
suporte se transfere Do quadril e lateral da coxa
distalmente, o quadril para o joelho.
de suporte deve abduzir,
estender e fazer a rotação
externa para tirar a pelve do solo. Ao mesmo tempo, a
perna de cima deve dar um passo para que se alcance
a posição do tripé.
Esta posição é adquirida ao redor dos 9- 11 meses
de desenvolvimento. Nessa posição, o atleta está
suportando seu peso corporal com o joelho, o pé e a
mão aberta, formando um tripé.
Todo pé deve estar recebendo a sobrecarga,
distribuindo a pressão de maneira igual entre o
calcanhar, a primeira articulação metatarsofalangeana
e a quinta articulação metatarsofalangeana.
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POSIÇÃO 8
POSIÇÃO COM JOELHO ALTO
O atleta deve se mover para uma posição de joelho
alto, onde seu peso corporal é sustentado apenas
pelo joelho e pelo pé. Uma distribuição de carga
apropriada sobre o pé precisa ser alcançada nesta
posição antes da progressão do atleta. A posição de
joelho alto é alcançada tipicamente por volta dos 10
meses de desenvolvimento.
Esta posição é também chamada de “meio ajoelhada”. Mas os
autores a chamaram, em inglês, de “High Kneeling”, “joelho
alto” em uma adaptação livre.
POSIÇÃO 9
POSIÇÃO EM PÉ
Da posição de joelho alto, o atleta deveria progredir para a
posição em pé. Através desta transição, de joelho alto para ficar em
pé, a estabilização e o centramento articular devem ser mantidos.
Ficar em pé em um espaço livre (N.T: Sem qualquer suporte ou
auxílio) não é alcançado pela criança até por volta dos 12 - 14 meses
de desenvolvimento.
POSIÇÃO 10
POSIÇÃO AGACHADA
A partir da posição em pé, o atleta deve descer em uma
posição agachada, onde possa manter o centramento articular
com uma estabilização apropriada através da coluna. Muitos irão
ter dificuldades com este movimento por terem falta de algum,
ou alguns, dos muitos requisitos necessários para alcançar esta
posição (Ex: Amplitude de movimento na extensão torácica,
mobilidade do quadril ou estabilidade lombopélvica). O atleta
deve descer até uma amplitude em que possa manter a qualidade
de movimento. A posição agachada é tipicamente adquirida por
volta dos 10 - 12 meses de desenvolvimento. A partir da posição
agachada, o atleta volta a ficar de pé
e faz todo o movimento reverso até Revertendo todos os passos
alcançar a posição inicial. anteriores detalhados no
texto.
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CONCLUSÃO
Demonstrar comando e controle através de cada posição e de todas as transições é o objetivo do movimento
completo. É importante para atletas e preparadores físicos lembrarem que o DNS enfatiza a qualidade sobre a
velocidade, força ou quantidade de movimento.
O vídeo com a execução completa do Czech Get-Up pode ser visto no link: https://www.youtube.com/
watch?v=tXplxBb1nZE
REFERÊNCIAS
Bordoni, B., Zanier, E. Anatomic connections of the diaphragm: influence of respiration on the body. Journal
of Multidsciplinary Healthcare 6: 281-291, 2013.
Frank, C., Kobesova, A., Kolar, P. Dynamic Neuromuscular stabilization in sports rehabilitation. International
Journal of Sports Physical Therapy February 8(1): 62-73, 2013.
Kobesova, A., Kolar, P. Developmental kinesiology: Three levels of motor control in the assessment and
treatment of the motor system. Journal of Bodywork and Movement Therapies 18(1): 23-33, 2013.
Kobesova, A., Safarove, M., Kolar, P. Dynamic neuromuscular stabilization: Exercise in the developmental
positions to achieve spinal stability and functional joint centration. In: Hutson, M, and Ward, A (Eds.), Oxford
Textbook of Musculoskeletal Medicine. Oxford University Press; 66-83, 2015.
Artigo:
Czech Get Up. Ulm, R., Kobesova, A., Rintale, M., Jezkova,M.
Observação:
Esta adaptação inclui imagens, para fins de melhor entendimento, que não constam no artigo original.
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EXERCÍCIOS DE MOBILIDADE DE TORNOZELO
PARA MELHORA DA DORSIFLEXÃO
Mike Reinold
Limitações na dorsiflexão do tornozelo podem causar várias limitações funcionais, bem como no
desempenho atlético, levando ao desejo de se realizar exercícios de mobilidade de tornozelo. Este tipo de
exercícios tornou-se muito popular ao longo dos últimos anos, e, frequentemente, são um componente
importante de exercícios corretivos e da preparação de movimento.
O que se chama de preparação de movimento é como muitos
chamam o aquecimento, mas com uma dimensão e propósito
maiores do que muitos de nós conhecíamos por aquecimento, que
era simplesmente aumentar a temperatura dos tecidos
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Alongamentos para a Mobilidade do Tornozelo
Uma vez que a autoliberação termina, eu gosto de alongar o músculo. Se existem restrições moderadas ou
severas, eu sustento a posição por uns 30 segundos, mas frequentemente eu faço apenas algumas repetições
de 10 segundos para a maioria das pessoas.
Para ambos alongamentos, não deixe o pé virar para fora. Deve se manter a neutralidade da articulação,
apontando o dedão ligeiramente para dentro (medial).
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Tony Gentilcore, co-fundador da Cressey Abaixo, uma grande progressão de Kevin Neeld,
Performance, nos mostra outro exercício bem preparador físico e terapeuta manual que trabalha
simples, que é essencialmente apenas uma versão de com jogadores de hóquei, que incorpora os dedos
“aquecimento dinâmico” do teste de mobilidade de elevados contra a parede, essencialmente, tornando o
tornozelo do qual falamos antes. exercício um desafio à mobilidade e um alongamento.
Se olharmos atentamente, veremos que ocorre uma
mobilização nos 3 planos: sagital, frontal e transverso.
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Abaixo, usando a Voodoo Floos Band para assistir a liberação miofascial e o posicionamento da tíbia em
rotação interna.
Após enrolar a borracha firmemente ao redor da perna ele faz a automobilização da dorsiflexão do tornozelo auxiliando a rotação
interna da tíbia com as mãos. Pode ser feito o auxílio da rotação externa também (mostrado na imagem abaixo).
Não estou bem certo ainda dos mecanismos de funcionamento desta borracha, que realiza uma forte compressão da região alvo
com objetivo de auxiliar na mobilidade. Esta ferramenta está se tornando popular através do treinador de uma Crossfit em São
Francisco chamado Kelly Starrett.
Para aqueles que sentem uma compressão, uma “beliscada” na parte anterior do tornozelo, sinal de res-
trição articular do tornozelo em geral, Erson Religioso, terapeuta da região de Buffalo, mostra algumas mobili-
zações usando o Conceito de Mulligan empregando uma borracha.
Conceito de tratamento criado pelo neozelandês Brian Mulligan, muitas das técnicas podem ser empre-
gadas para ganhos de mobilidade no contexto de treinamento físico, não necessariamente somente para o
tratamento de pacientes. Para saber mais: Mulligan Concept.
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Neste exercício, ele faz com que seu paciente posicione a borracha atrás de seu joelho oposto, no entanto,
a borracha pode ser colocada presa a qualquer coisa posicionada as costas do executante. Nesta posição, o in-
divíduo dá um passo à frente para criar tensão na borracha, o que faz com que a tíbia se mova posteriormente
quando o indivíduo realiza a dorsiflexão.
À medida que a mobilidade progride, pode ser que variações desses exercícios mostrados no artigo pos-
sam ser mais efetivas. Podemos combinar estas abordagens em um único exercício, como o uso da técnica de
mobilização de Mulligan com a borracha, juntamente com o uso do bastão na posição meio-ajoelhada.
Como pudemos ver, existem muitas variações de exercícios que podem ser desempenhados de acordo
com a limitação que se apresenta. Você pode experimentar diferentes combinações, mas o que importa real-
mente é encontrar o que funciona melhor para cada indivíduo. No entanto, aí estão alguns bons exemplos de
exercícios de mobilidade de tornozelo que podem ser escolhidos para tentar melhorar a dorsiflexão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Dill, K. E., Begalle, R. L., Frank, B. S., Zinder, S. M., Padua, D. A. Altered Knee and Ankle Kinematics Du-
ring Squatting in Those With Limited Weight-Bearing–Lunge Ankle-Dorsiflexion Range of Motion. Journal Athl
Train, 2014.
Fong CM, Blackburn JT, Norcross MF, McGrath M, Padua DA. Ankle-dorsiflexion range of motion and lan-
ding biomechanics. J Athl Train. 2011.
Konor, M. M., Morton, S., Eckerson, J. M., Grindstaff, T. L. Reliability of three measures of ankle dorsiflexion
range of motion. IJSPT, 2012.
Macrum E, Bell DR, Boling M, Lewek M, Padua D. Effect of limiting ankle-dorsiflexion range of motion on
lower extremity kinematics and muscle-activation patterns during a squat. J Sport Rehabil. 2012.
Mauntel TC, Begalle RL, Cram TR, Frank BS, Hirth CJ, Blackburn T, Padua DA. The effects of lower extremity
muscle activation and passive range of motion on single leg squat performance. J Strength Cond Res. 2013.
Artigo Original:
Ankle Mobility Exercises to Improve Dorsiflexion
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TÉCNICA DE ENERGIA MUSCULAR
PARA MOBILIDADE DE TORÁCICA
Mike Reinold
Você já trabalhou com alguém que parece que nunca melhora sua mobilidade torácica,
especialmente a rotação?
Eu trabalho ocasionalmente com pessoas que não respondem aos tradicionais exercícios de mobilidade
torácica. Às vezes, a sua postura diária, especialmente aqueles que trabalham sentados há anos, necessita mais
do que os exercícios convencionais proporcionam. Por vezes, sinto que as limitações podem ser verdadeiras
restrições de mobilidade, mas outras vezes, também sinto que pode haver mais uma espécie de tônus de
proteção envolvido.
Uma técnica que pode ser usada para melhorar os exercícios de mobilidade, especialmente se existe o
envolvimento de um tônus de proteção, é a Técnica de Energia Muscular (TEM). A Energia Muscular é usada
comumente para aumentar a mobilidade em outras áreas do corpo, como o ombro ou os isquiotibiais, mas
menos frequentemente usada, por algum motivo, para mobilidade torácica.
Abaixo, eu mostro uma técnica de energia muscular bem simples que pode ser usada para aumentar a
mobilidade de rotação da coluna torácica. Também é bem fácil de usar em você mesmo, além de seus clientes.
Faça uma tentativa e veja como se sente. Tenho ficado bastante surpreso com quanta mobilidade consegui
alcançar em um curto espaço de tempo usando esta técnica, especialmente para aquelas limitações de
mobilidade resistente a outras técnicas.
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NOTA:
• Ao rodar para esquerda (após a contração realizada ao rodar para direita) instrua o indivíduo a relaxar
e aproveitar o ganho de amplitude, caso ao final dessa amplitude de rotação para a esquerda se nota
alguma tensão, instrua o indivíduo a respirar fundo e relaxar, então rodar um pouquinho mais para
esquerda.
• Use quantas repetições achar necessário para aumentar a mobilidade torácica, uma boa ideia é fazer
a avaliação da mobilidade em rotação sentado (na mesma posição do exercício) antes e depois da
aplicação da técnica para verificar o ganho. A avaliação é simplesmente pedir para rodar a torácica
na posição sentada (a mesma posição do exercício), sem que haja movimento na pelve, o movimento
deve vir todo da coluna torácica.
Artigo original em inglês:
Thoracic Mobility Muscle Energy Technique.
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DOR ANTERIOR NO JOELHO
LOCAL DA DOR X ORIGEM DA DOR
Mike Boyle
A dor anterior no joelho tem muitos nomes, mas infelizmente tem relativamente poucos tratamentos
efetivos. Condromalácia patelar, Tendinite patelar e Síndrome patelofemoral são todos nomes usados para
descrever vários tipos de dores, frequentemente debilitantes, no joelho.
Uma grande parte do problema no tratamento da dor anterior no joelho pode ser que o tratamento
muitas vezes é focado na articulação do joelho, ou o que poderia ser descrito como local primário da dor. Na
realidade, o joelho pode ser o repositório de dor que tem origem em problemas no quadril ou no pé.
Uma abordagem de tratamento centrada no joelho torna-se uma abordagem baseada no sintoma, ao
invés de uma abordagem baseada na causa. Em outras palavras, o tratamento frequentemente é focado em
eliminar o sintoma versus tentar eliminar a causa.
Interessantemente, a pesquisa atual está chegando à conclusão que muitos dos incidentes de uso exces-
sivo do joelho não são incidentes unicamente do joelho. Dor anterior no joelho pode de fato ser mais um
sintoma do que um diagnóstico.
Todas as condições mencionadas na frase de abertura podem de fato estar relacionadas a pouca estabili-
dade no quadril, mas apresentarem-se como dor no joelho (Powers, 2003).
A analogia que temos usado frequentemente para descrever porque isso ocorre é a que eu me refiro como
“a analogia da corda”. Se eu colocar uma corda frouxa em volta do seu pescoço, e ficando na sua frente eu pu-
xar a corda, você me diria que a parte de trás do seu pescoço dói. Se eu simplesmente parar de puxar a corda
sua dor no pescoço desapareceria. O fato que importa é que
realmente nada havia de errado com seu pescoço. O pescoço
era simplesmente o ponto final em que você sentiu o puxão.
Isto é muito parecido ao efeito do glúteo médio e glúteo
máximo puxando no trato iliotibial e resultando em dor no
joelho. O trato iliotibial transmite forças do glúteo médio ao
tendão patelar. Por alguma razão o tendão patelar sente dor,
assim como a parte de trás do pescoço sente o puxão da cor-
da.
Outra causa potencial da dor anterior no joelho pode ser
uma perda involuntária de mobilidade do tornozelo.
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O zelo dos treinadores em estabilizar o tornozelo com
os tênis, de cano alto usados no basquete, tapes e braces
tem levado muitos atletas a jogarem com articulações de
tornozelo que funcionam como se estivessem fundidas.
A realidade é que no basquete, o esporte líder em dor
anterior no joelho, entorses graves de tornozelo são
menos frequentes e dores patelofemorais têm alcançado
níveis quase epidêmicos.
O desejo de excesso de estabilização na articulação
tem levado ao fenômeno que nós chamamos de “entorse
alta de tornozelo” e a uma epidemia de problemas
no tendão patelar. A entorse de tornozelo alta era
virtualmente desconhecida 20 anos atrás e também
pode ser um subproduto do excesso de estabilização
do tornozelo. Interessantemente o futebol tem poucos
problemas no tornozelo e patelofemorais, no entanto,
os jogadores usam um calçado baixo e leve, na grama.
Treinar com menos estabilidade artificial na articulação
do tornozelo provavelmente protege o tornozelo e o joelho.
Durante a última década, a dor anterior no joelho tem sido relacionada à fraqueza no vasto medial oblíquo
(VMO), trajetória alterada da patela e numerosas outras causas. A maioria dos tratamentos têm se centrado
em tentar reduzir a dor no local com vários tipos de tratamentos (gelo, taping, ultrassom, etc.).
A realidade é que um programa agressivo de fortalecimento dirigido do quadril para baixo, particularmente
o controle excêntrico de flexão, adução e rotação interna do joelho pode ser, na realidade, mais efetivo.
O estudo de Ireland (Ireland et al. 2003) afirma claramente que:
“Mulheres que se apresentam com dor patelofemoral demonstram significativa fraqueza na ab-
dução e rotação externa do quadril quando comparadas ao grupo controle não sintomático”.
Fortalecimento da extremidade inferior, feito com ênfase no controle do quadril em combinação com
um programa de treinamento pliométrico unilateral progressivo para abordar o componente excêntrico e
estabilidade neural, pode permitir que muitos indivíduos experimentem alívio de longo prazo.
Pesquisas recentes têm validado o que até agora era um sentimento empírico. Há três anos, todos os
atletas que treinavam em nosso centro de treinamento eram avaliados para dor no quadril (palpação do glúteo
médio) quando reclamavam de dor na região anterior do joelho. Nós notamos perto de 100% de correlação
entre dor na região anterior do joelho e desconforto no glúteo médio. Todos os nossos atletas com dores no
joelho acusavam desconforto no glúteo médio do quadril do lado afetado.
Liberação de tecido (soft tissue
work) para o glúteo médio (Rolo de
Espuma, bola de tênis, massagem) causou
uma significante redução de dor na patela
em quase todos os casos. Muitos atletas
apresentaram fraqueza de glúteo médio
quando testados manualmente. A conclusão
é óbvia, estabilizadores do quadril fracos
proporcionam maior instabilidade no joelho
e flexão de quadril com um componente
adicional de adução e rotação interna.
Esses problemas de controle resultam
em uma sensação dolorosa na articulação Figura retirada de um artigo interessante do Brett Contreras sobre
patelofemoral ou no tendão patelar. o tema: Knee Valgus (Valgus Collapse), Glute Medius Strengthening,
Band Hip Abduction Exercises, and Ankle Dorsiflexion Drills.
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Outro estudo no ano passado (verão de 2006), nos fez dar mais atenção aos músculos adutores, outro gru-
po de estabilizadores do quadril. Em 2006, além de observamos a estrutura lateral do quadril como potencial
causador de dor no joelho, nós também passamos a prestar atenção aos níveis de forca e hiperatividade dos
adutores. Após investigações mais aprofundadas encontramos fraqueza no grupo muscular adutor do quadril,
com um padrão de substituição dos flexores de quadril pelos adutores, assim com óbvia presença de pontos
gatilho - trigger points - nos adutores.
A chave para ambos: a causa e a solução recaem sobre a programação de treinamento dominante no pla-
no sagital, tão prevalente no sistema americano, e no Brasil também não é diferente.
A maioria dos programas de treinamento são classicamente dominantes no plano sagital, assim como
também são bilaterais. Parece bem claro que a solução para as dores no joelho está em melhorar o controle
do movimento no quadril, joelho e pé no plano frontal, e que exercícios unilaterais precisam ser empregados,
tanto para desenvolvimento de força como também para desenvolvimento de potência para abordar esses
problemas.
Além disso, o treinamento de força unilateral para os membros inferiores deve girar em torno do que
chamamos de exercícios unilaterais sem suporte, como variações de agachamentos e levantamentos terra
unilaterais.
Exercícios unilaterais dominantes de joelho como o agachamento de base alternada (Figura embaixo à
direita) e o agachamento unilateral com suporte (Figura embaixo à esquerda) podem fornecer um estímulo
adequado no plano sagital, mas não fornecem estímulo suficiente para as estruturas do quadril nos planos
frontal e transverso.
O atleta precisa estar de pé, apoiado em um pé só e com o pé oposto não tendo contato com o solo ou
qualquer outro objeto ou superfície. Na essência, o ato de estar de pé em um pé só e realizar um agachamento
unilateral, torna o exercício tri-planar, embora o atleta esteja se movendo somente no plano sagital. Tendo
apenas um pé em contato com o solo força as estruturas do quadril (abdutores e rotadores externos) a
estabilizarem contra movimentos nos planos frontal e transverso. Nesses exercícios unilaterais sem suporte,
permitiremos uma amplitude de movimento menor, a fim de desenvolver controle no quadril.
Esta é a maior exceção em nosso sistema, já que sempre usamos a amplitude total do movimento. O
objetivo é conseguir sempre uma amplitude livre de dor, usando a resistência do peso corporal antes de
adicionar qualquer carga externa.
A exceção será a adição de um par de halteres de 2 kg para permitir a mudança de peso em direção ao
calcanhar. Temos chamado este conceito de exercício de amplitude de movimento progressiva. A progressão
é na amplitude de movimento ao invés de ser na carga usada, provocando assim um controle progressivo do
movimento do quadril.
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PROGRAMA DE TRATAMENTO SUGERIDO PARA SÍNDROME DE DOR PATELOFEMORAL
Passo 1
Trabalho nos tecidos moles para o glúteo médio com uma bola de tênis e rolo de espuma, ou um
fisioterapeuta ou treinador qualificado – se disponível.
Técnicas de Auto Liberação Miofascial:
ISQUIOTIBIAIS:
A imagem é autoexplicativa, rolar para frente e para trás sobre
a área alvo. Não esquecer de rodar o pé, e consequentemente
o quadril, para fora e para dentro a fim de abranger toda
região. Pode-se colocar uma perna sobre a outra para
aumentar a pressão.
ADUTORES:
Além da posição mostrada na imagem pode-se colocar o
joelho em extensão, permitindo uma rotação do quadril, que
por sua vez nos permite alcançar outras áreas da região dos
adutores com o rolo.
TRATO ILIOTIBIAL:
Existe certa polêmica em relação ao valor de se rolar na região
do trato iliotibial, por este ser na maior parte um tendão
espesso. A despeito disso, se pode concentrar o rolo, ou uma
bola de borracha, na parte alta da região lateral do quadril, a
porção dos músculos tensor da fáscia lata/glúteo médio.
QUADRÍCEPS:
Não esquecer de rodar o pé, e consequentemente o quadril,
para fora e para dentro a fim de abranger toda as partes desse
grupo muscular. Pode-se colocar uma perna sobre a outra
para aumentar a pressão.
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GLÚEO MÁXIMO:
A bola usada na imagem proporciona maior pressão do que
o rolo por ter menor área de superfície. Ao fazer uma flexão/
abdução/rotação externa (como na imagem) se coloca um
pouco mais de tensão no glúteo máximo e rotadores do
quadril pela maior flexão do quadril.
Panturrilha:
Não esquecer de rodar o pé, e consequentemente o quadril,
para fora e para dentro a fim de abranger toda as partes desse
grupo muscular. Pode-se colocar uma perna sobre a outra
para aumentar a pressão.
Passo 2
Uso do Treinamento Neuromuscular Reativo (RNT – Reactive Neuromuscular Training) para os abdutores
do quadril em conjunto com um programa de fortalecimento para o joelho e extensores do quadril, com o foco
em exercícios de perna unilaterais sem suporte e amplitude progressiva de movimento, se necessário.
O termo Treinamento Neuromuscular Reativo pode ser confuso, pois o mesmo termo é aplicado por 2
terapeutas muito respeitados para expressar dois processos de pensamento muito diferentes.
Mike Clark, da Academia Nacional de Medicina Esportiva (NASM – National Academy of Sports
Medicine), uso o termo no lugar de pliometria. O fisioterapeuta Gray Cook, por outro lado, usa o termo
Treinamento Neuromuscular Reativo aplicado a um processo de pensamento inteiramente diferente.
O conceito de Cook envolve aplicar um stress a uma articulação em oposição à ação de determinados
grupamentos musculares. Em outras palavras, para trabalhar os abdutores do quadril de forma eficiente uma
tira de borracha é colocada ao redor dos joelhos, e a perna é puxada por uma força de adução. A aplicação
dessa força de adução irá ativar a ação dos abdutores, trata-se de alimentar a disfunção, o que parece
contraintuitivo, a fim de que o sistema reaja fazendo com que haja a ativação neuromuscular desejada.
Agachamentos unilaterais sem suporte com amplitude de movimento progressiva e ênfase no Treinamento
Neuromuscular Reativo é um prato cheio em qualquer programa de treinamento. O fundamental é que o
atleta está em pé sobre um pé só. Em uma sessão com o fisioterapeuta ou com o personal trainer, a força de
adução pode ser fornecida pelo terapeuta ou o treinador com um pedaço de theraband, etc.
Em uma situação de treino em grupo, a força de adução pode ser fornecida por um pedaço de Theratube
como indicado abaixo. Nesse exemplo o glúteo médio é ativado para contrariar a força de adução da borracha
(ideia de Shad Forsythe, Ex-Especialista em Performance da Exos, antiga Athletes Performance, de Los Angeles.
Atualmente preparador físico do Arsenal da Inglaterra).
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AGACHAMENTO UNILATERAL SEM SUPORTE:
Aqui uma progressão inicial, com amplitude de movimento
reduzida. O par de anilhas age como um auxílio para
distribuição do peso corporal e não com o intuito de colocar
uma sobrecarga.
Padrão 1 – Levantamento terra unilateral com halter ou kettlebell, ou no pulley baixo (com cabos)
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TERRA UNILATERAL - ALCANÇANDO:
A primeira fotografia mostra uma progressão inicial do terra
unilateral, “alcançando” a frente, também se pode especificar
um alvo e pedir para o executante tocá-lo (uma parede por
ex.). A outra foto mostra uma progressão do mesmo exercício
usando a resistência de uma estação de cabos.
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EXTENSÃO DE QUADRIL UNILATERAL – NA
BOSU BALL.
Abaixo, Mike Boyle mostra uma progressão para esta categoria de exercícios:
1 – Somente a fase excêntrica bilateral;
2 – Execução normal: excêntrica-concêntrica bilateral;
3 – Execução normal: excêntrica-concêntrica unilateral.
OBS: Antes de se executar de maneira completa (excêntrica-concêntrica) com uma perna (unilateral) se pode colocar uma
progressão anterior: “somente excêntrica unilateral”.
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Passo 4 - Treinamento concêntrico dos abdutores do quadril
Embora muitos possam argumentar que exercícios uniarticulares de isolamento não são funcionais, ainda
é necessário treinar a ação concêntrica dos abdutores do quadril. Isto pode ser feito com uma simples:
ABDUÇÃO DO QUADRIL EM PÉ EM
UM PILATES REFORMER
ou em um MVP Shuttle
Pontos de Ênfase:
Core. O treinamento do core deve sempre ser incluído em qualquer programa de treinamento, mas para
indivíduos com dor patelofemoral, exercícios em 4 apoios e variações de pontes devem ser usados para enfa-
tizar a função do glúteo máximo e glúteo médio.
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Condicionamento/Resistência Muscular. Andar de costas é outro excelen-
te exercício para o atleta com dor patelofemoral. Andar de costas fornece me-
nos stress à articulação patelofemoral e é na realidade uma série de extensões
terminais do joelho em cadeia fechada. Essa caminhada pode iniciar na estei-
ra com um trabalho intervalado com um aumento progressivo da inclinação e
progredir para andar de costas com uma resistência anterior, usando um trenó
- sled, por exemplo.
Box jumps
Saltos na caixa em uma tradução livre. Tomar cuidado de não
colocar uma caixa muito alta, em que o executante aterrisse
“encolhido”. O objetivo principal de inserir a caixa e auxiliar
na aterrissagem e não adicionar um grau de dificuldade em
relação a saltar no solo apenas.
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Jump squat
Hurdle jump
Salto com barreira em uma tradução livre. A variação que o
autor sugeriu no texto é uma mostrada na imagem ao lado.
Salta sem contramovimento (impulso) sobre a barreira, caindo
no mesmo posicionamento inicial e assim sucessivamente.
A chave para combater a dor femoropatelar, é adotar uma abordagem diversificada, que trabalhe na fonte
da dor versus o local da dor e que leve em consideração todas as funções da extremidade inferior.
BIBLIOGRAFIA:
Powers, Christopher. The Influence of Altered Lower Extremity Kinematics on Patella Femoral Joint
Dysfunction. Journal of Orthopedic and Sports Physical Therapy, 2003;33: 639-646.
Ireland et al. Hip Strength in Females with and without Patella-Femoral Pain. Journal of Orthop Sports Phys
Ther. 2003.
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TRÊS PONTOS SOBRE A PRONTIDÃO DO
MANGUITO ROTADOR
Eric Cressey
Força muscular
Esta consiste de trabalho com resistência manual e
qualquer implemento, de cabos a halteres; é necessário
que exista uma sobrecarga e que seja desafiador.
O exercício mostrado na imagem é uma resistência manual aplicada
à rotação externa do ombro, com esse em abdução. O executante
está em base ½ ajoelhada.
Timing
Consiste de exercícios como a sustentação 90/90 e
estabilizações rítmicas - a palavra “timing” nesse contexto
poderia ser traduzida por “sincronicidade”. A sincronia de
ativação desse grupo muscular.
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Resistência
Construída sobre o que vimos na primeira categoria (alguns dos mesmos exercícios), mas a resistência
externa é um pouco menor e os exercícios são feitos com maior número de repetições ou por um período mais
longo. O objetivo é menos em relação à força muscular e mais no sentido de treinar a capacidade de sustentar
a cabeça do úmero na cavidade glenóide por um período maior de tempo. Eu diria que é mais importante para
um esporte como a natação do que para atletas de beisebol ou tênis.
Irradiação:
Pode ser referido a quase que qualquer exercício, já que o manguito rotador tem uma ativação reflexa
sempre que o braço se move. Com isso dito, certos exercícios – como variações com o kettlebell virado para
cima (kettlebell bottom up) por exemplo – são particularmente úteis ao desafiar essa categoria de exercícios.
A irradiação é um princípio do FNP – Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva, dita que a ativação distal
tem um reflexo proximal, nesse caso, a preensão manual tem um reflexo, uma irradiação, de ativação no om-
bro, mais precisamente no manguito rotador.
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O exercício mostrado na imagem acima consiste em sustentar
o kettlebell com o fundo virado para cima em diferentes
posições do ombro.
Ele usa esse exercício com um ângulo de flexão do ombro
entre 80-110°, e alerta que muitos irão usar a cabeça longa
do bíceps braquial para fazer o trabalho da flexão do ombro e
acabam sentindo a parte anterior do ombro no exercício.
Padronização:
Exercícios que fazem com que o úmero alcance sua amplitude total de movimento. De particular
importância, para arremessadores de beisebol, que é a população que o autor mais trabalha. Embora possa
ser adaptado a outras populações esportivas que usam grandes amplitudes na glenoumeral, é a amplitude
final de rotação externa do ombro, que treinamos com exercícios como este:
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2 – Eu prefiro uma exposição quase diária ao invés de programas
exaustivos com menor frequência.
Se você analisar nossos programas de treinamento, a maior parte dos nossos atletas profissionais estará
fazendo algum treino com foco no manguito rotador 5-6 vezes na semana.
2x por semana fazemos um trabalho mais concentrado em força muscular e irradiação e 2x/semana
cobrimos exercícios que trabalhem o timing. Embora quase todos os dias façamos algum tipo de exercício que
use o padrão que eles precisam, para que assim lembremos ao grupo de músculos do manguito rotador o que
eles precisam fazer.
Essa abordagem é um grande contraste com o que normalmente vemos no mundo do beisebol, que é
notório por distribuir rotinas de cuidado com o braço 2x/semana que levam de 45-60 minutos.
Normalmente são cerca de 15 exercícios de múltiplas séries e deixam o atleta com o braço extenuado ao
final da sessão. Penso que essa abordagem tem mais a ver com o fato de se alinhar com o que é conveniente
em sessões de fisioterapia de 2-3x/semana do que por ser verdadeiramente ideal. Sou da crença que você não
precisa (ou queira) exaurir o manguito rotador para chegar onde deseja.
E, enquanto estamos nesse assunto, se o manguito é requerido em uma base diária com os arremessos,
levantamentos de peso, atividades da vida diária, por que não dar uma exposição mais frequente a fim de
construir um pouco de resiliência no tecido?
Muitas vezes a razão por termos desconforto ou a sensação “estranha” nos exercícios é em virtude dos
atletas estarem prestando muita atenção na osteocinemática da articulação em questão – movimentos de
rotação externa/interna, flexão/extensão, adução/abdução (N.T: Em termos gerais a osteocinemática descreve
o movimento dos ossos em relação aos 3 planos do corpo – sagital, frontal e transverso).
E não estão prestando atenção na artrocinemática da mesma articulação (N.T: Já a artocinemática descreve
o movimento que ocorre entre as superfícies articulares. Segundo Neumann em seu livro “Cinesiologia do
Aparelho Musculosquelético, 2011” existem 3 movimentos fundamentais entre superfícies articulares curvas
– rolamento, deslizamento e giro).
Em outras palavras, o rolamento e deslizamento da articulação glenoumeral tem de ser controlado dentro
de uma janela apertada para assegurar o movimento ideal.
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Nas variações de rotação externa do ombro, a cabeça do úmero tende a deslizar anteriormente na
cavidade glenóide. Os ligamentos glenoumerais (cápsula anterior do ombro), o manguito rotador e o tendão
bicipital são as únicas coisas que podem sustentar o úmero na cavidade. Na população de arremessadores a
cápsula é normalmente um pouco frouxa e o manguito um pouco fraco, portanto o tendão do bíceps braquial
frequentemente tem de assumir o fardo – e é por isso que alguns acabam
sentindo a parte da frente do ombro, fortalecendo, portanto, um mau
padrão. Também existem muitos nervos na parte anterior do ombro que
podem acabar irritados.
Agora as coisas ficam mais complexas. O infraespinal e o redondo menor
fazem parte do manguito rotador e se inserem diretamente na cabeça do
úmero, portanto eles podem controlar a artrocinemática (deslizamento
posterior) durante a rotação externa da articulação glenoumeral.
Inversamente, o deltóide posterior (em azul na imagem à esquerda) se
insere na parte posterior da espinha da escápula até o tubérculo deltóideo.
Em outras palavras, ele não controla a cabeça do úmero.
Com isto em mente, o deltóide posterior na realidade cria um deslizamento
anterior da cabeça do úmero na medida em que roda externamente e abduz
horizontalmente o braço. Por essa razão, você precisa se assegurar de que
o braço não faça uma abdução horizontal durante os exercícios de rotação
externa.
Se estiver procurando mais dicas como essas confira meu novo material: Sturdy Shoulder Solutions.
Artigo Original:
3 Random Thoughts on Rotator Cuff Readiness.
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TRABALHANDO OS ADUTORES
Patrick Ward
Os adutores são músculos muito importantes e parece que com todas estas Sports Hernias acontecendo
hoje em dia, clínicos e preparadores físicos parecem estar prestando mais atenção a eles.
Isto é especialmente verdade, após alguns dos artigos que Mike Boyle tem escrito em relação a estiramen-
tos dos adutores (estiramento da virilha), preparação física para hóquei e Sports Hernia.
Deixei o termo original, pois não há tradução para o português do termo Sports Hernia, inclusive muitos radiologistas o usam aqui
no Brasil. Segundo o que apurei em leituras e consultas com os amigos especialistas na área, o termo que mais se aproximaria
seria hérnia inguinal/hérnia por esforço da parede abdominal. Embora alguns às vezes incluam a pubalgia nessa definição,
aumentando a confusão.
Para a maioria dos clínicos (fisioterapeutas, quiropratas, etc) ou massoterapeutas, esta pode ser uma área
bem sensível quando se trata de um trabalho nos tecidos moles. Eu compararia a trabalhar na parte ante-
rior do pescoço – em virtude do fato que se precisa deslocar o hióide e a cartilagem tireóide com uma mão
enquanto trabalha com a outra mão nos músculos longo do pescoço e longo da cabeça – já que é uma área
muito desconfortável de se trabalhar. No entanto, não importa quão desconfortável seja, existem vezes que
esse trabalho necessita ser feito.
Mas, e se você não tem acesso a um terapeuta? E se for um preparador físico e não pode prover seus
atletas ou clientes com tratamento manual? E se for um clínico ou massoterapeuta e não se sente confortável
trabalhando nessa área? (em minha opinião isso precisa ser superado).
Abaixo algumas estratégias que podem ser usadas ou ensinadas aos atletas/clientes para que possam fa-
zer seu trabalho de tecidos moles nos adutores.
Ação
O grupo adutor é composto de 5 músculos, todos eles inserem em vários locais ao longo da base da pelve.
Quando falamos a respeito da sua função, as coisas podem se complicar um pouco. Isto porque os adutores se
aproximam do quadril de ângulos e orientações diferentes, criando várias linhas de força.
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Foto retirada do Livro: Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético – Fundamentos para a Reabilitação Física 2ª ed. (Neumann,
2011)
Foto retirada do Livro: Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético – Fundamentos para a Reabilitação Física 2ª ed. (Neumann,
2011)
No entanto, independente da posição do quadril, as fibras posteriores do adutor magno, junto com o
glúteo máximo e os músculos isquiotibiais, serão sempre poderosos extensores do quadril.
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Inserções
Pectíneo – Do ramo púbico superior, até a
linha pectínea na face posterior do fêmur.
Auto-tratamento dos
Adutores
Antes de alguém ir
metendo a mão nos adutores,
precisamos entender que esta
não é somente uma área muito
sensível (a maioria das pessoas
não tolera uma tonelada de
pressão na área) e que abriga
algumas estruturas muito
importantes que você não
gostaria que fossem amassadas
e esmagadas.
O triângulo femoral consiste
do ligamento inguinal, os
músculos sartório e adutor
longo. Dentro deste triângulo
fica a artéria femoral, o nervo
femoral e os linfonodos
inguinais. Obviamente, essa não
é uma área que alguém gostaria
que enfiassem os dedos!
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Para ter uma noção de onde se localiza esta estrutura,
para que se possa abordar a área com cautela, inicie
palpando a Espinha Ilíaca Ântero Superior. O ligamento
inguinal corre da espinha ilíaca até o tubérculo púbico. Uma
vez que seja encontrada a espinha ilíaca, simplesmente
deslize medialmente cerca de 1 polegada (2,45 cm) e
ligeiramente inferior, então será capaz de sentir a pulsação
da artéria femoral.
As estruturas importantes estarão ao redor dessa
pulsação, então se for capaz de localizar a artéria femoral,
terá uma ideia de onde não trabalhar. Adicionalmente, se
a qualquer momento sentir uma pulsação durante algum 1
trabalho manual de tecidos moles, afaste-se da área e
reposicione suas mãos.
Também é importante notar que você deveria tentar
localizar a pulsação da femoral com qualquer dedo exceto
o polegar. Uma vez que o polegar tem uma pulsação
relativamente forte por si só, irá tirar sua habilidade de
sentir a pulsação da artéria femoral.
Já que agora sabemos onde não trabalhar, é hora de
descermos ao âmago da questão.
Os músculos adutores podem ser difíceis de isolar, no 2
entanto com paciência e prática você deveria ser capaz de
localizar e trabalhar as áreas sensíveis.
1 Inicie deitando de costas e flexionando o joelho do
lado que será trabalhado. Permita a perna cair para o lado,
pondo o quadril em rotação externa. Colocar a perna em
flexão e rotação externa irá ajudá-lo a palpar alguns mús-
culos, o que pode ajudar a demarcar o posicionamento e
saber o que se está trabalhando.
Para a palpação e tratamento, você irá usar a mão ipsi-
lateral (a mão do mesmo lado da perna que está sendo tra-
balhada). Isto deixará a mão contralateral livre para fazer
3
movimentos resistidos, para que saibamos em que múscu-
lo estamos no momento.
2 Com a perna flexionada e externamente rodada, use
a mão ipsilateral para localizar a espinha ilíaca ântero su-
perior. Coloque a sua mão oposta no topo da sua coxa e
faça uma flexão do quadril suave contra a mão (não preci-
sa forçar muito). Isso irá ressaltar o sartório, apontado na
imagem 2, e lhe dar um marco lateral do triângulo femoral.
3 Se você deslizar um pouco abaixo da espinha ilíaca
ântero superior e logo medial ao sartório, irá achar o triân- 4
gulo femoral (lembre-se de sair fora de qualquer estrutura
que pulse!).
4 Com a mão palpando gentilmente a área medial ao
sartório, use a mão oposta e a coloque na parte medial
da coxa para aplicar uma resistência à adução, aduzindo
a coxa contra a mão. Isso irá ressaltar o adutor longo a
borda medial do triângulo femoral, apontado na imagem
à direita.
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5 Você pode usar este músculo como um marco para
achar os outros músculos adutores. Pode iniciar tratando o
5
ventre muscular do adutor longo com compressões e então
deslizar a mão superiormente até o tubérculo do púbis e
tratar o local da inserção com fricções. Quando deslizar
superiormente a partir do ventre muscular, pode fazer
novamente a resistência manual para confirmar se está no
local certo – irá sentir o local de inserção do músculo tenso
sob seus dedos. A inserção do adutor longo será bastante
proeminente.
6 A partir do adutor longo, se você deslizar ligeiramente
na direção lateral ao ventre muscular, irá trabalhar o ventre
6
muscular do pectíneo e do adutor curto.
Se notar na figura do triângulo femoral da página 42),
estes 2 músculos se inserem dentro do triângulo femoral,
então use a cautela para se afastar de qualquer estrutura
que tenha uma pulsação. Novamente, você pode subir até
o osso púbis e alcançar o local de inserção destes músculos.
Para aqueles com um histórico de distensão na virilha, esta
área pode ser particularmente sensível, então vá devagar a
princípio.
7 Novamente usando o adutor longo como nosso guia, 7
se localizarmos o local de inserção no osso púbico, podemos
deslizar ligeiramente medial ao adutor longo e trabalhar
no grácil. Fricção pode ser aplicada ao local de inserção e
compressão usada sobre o ventre muscular. Como o adutor
longo, a inserção do grácil será bem proeminente. O ventre
muscular será mais medial do que o adutor longo e irá
correr para baixo ao longo de todo o aspecto medial da
coxa e inserir abaixo do joelho na tíbia, junto com o sartório
e o semitendinoso no tendão da pata de ganso.
As inserções do adutor magno podem ser trabalhadas
ao localizar as proeminentes inserções do adutor longo e do
8
grácil. Uma vez que estão localizados, você pode deslizar a
partir deles em uma direção posterior até o adutor magno.
8 Novamente, fricção pode ser aplicada ao local de
inserção (posterior às inserções mais proeminentes dos
adutores e sob a tuberosidade isquiática). Uma segunda
alternativa para tratar o adutor magno é sentar sobre uma
bola de tênis e trabalhar a parte medial da tuberosidade
isquiática (onde irá acabar trabalhando um pouco o
semimembranáceo também).
Liberação Posicional
Se qualquer um dos músculos adutores estiver particularmente sensível, você pode achar benéfico
usar uma técnica chamada liberação posicional (N.T: Do original em inglês “Positional Release” em uma
tradução livre) ou às vezes referida como estiramento-contraestiramento (N.T: Do original em inglês “Strain-
Couterstrain”). A fim de fazer com que esta técnica funcione, você simplesmente necessita saber o que o
músculo faz e então colocá-lo na posição correta passivamente.
Primeiro, inicie localizando o local tenso de um dos adutores. O local deveria registrar de 8 a 10 na escala
de dor de 10 pontos.
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Exemplo de uma, de muitas, escala
da dor.
Mantendo contato com o local, use a mão oposta para passivamente flexionar e aduzir o quadril até que a
dor registre menos do que um 3 na escala.
Na maioria dos casos, a dor estará eliminada quando for alcançada a posição de liberação.
Segure esta posição por mais ou menos 90 segundos. Com a mão que está em contato com o ponto
sensível (que a esta altura deveria deixar de sê-lo), você pode ou sustentar a compressão ou aplicar uma
fricção circular suave ao tecido, mas sem deixar o local.
Após 90 segundos, passivamente coloque o quadril de volta a posição inicial e reteste o ponto para ver se
a dor/sensibilidade diminuiu (pode estar totalmente livre de dor após aplicar esta técnica). Se a dor persistir,
continue sua palpação até que a próxima área tensa seja alcançada.
Localização dos
Localização dos pontos e padrões pontos e padrões de Localização dos pontos e padrões de dor referida do
de dor referida do Pectíneo. dor referida do Adutor Adutor Magno.
Curto e Adutor Longo.
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Localização dos pontos e
Localização dos pontos e padrões de dor referida do Sartório padrões de dor referida do
Grácil.
CONCLUSÃO
Estiramentos nos adutores podem ser um pé no saco. Alguns auto-cuidados podem ser de grande ajuda
em tratar a dor miofascial ou rigidez nestes músculos, que podem se desenvolver a partir do treinamento ou
competições.
Assegure-se de procurar ajuda médica se está lesionado ou acredita que está acontecendo mais do que
apenas um estiramento. Se tiver problemas em localizar sozinho as estruturas citadas no texto, seja paciente!
Como sempre, procure um terapeuta manual qualificado que não apenas se sente confortável fazendo este
tipo de trabalho, mas que também irá lhe ensinar como fazer o dever de casa, ajudando a reforçar o trabalho
que ele/ela está fazendo no consultório/clínica, aumentando o ganho terapêutico.
Antes de ensinar estas técnicas aos seus clientes/atletas, assegure-se de praticá-las em você mesmo
várias vezes para ter uma ideia de como se sente e ter um entendimento de como os músculos se sentem no
momento do auto-tratamento, lembre-se:
Você não pode palpar um livro de anatomia! Você tem de ter sentir as estruturas antes de explicá-las a
alguém.
REFERÊNCIAS
Beil, Andrew. Trail Guide To The Body: How to Locate Muscles, Bones and More. Books of Discovery
Publishing. 3rd ed. 2005.
Neumann, Donald. Kinesiology of the Musculoskeletal System: Foundations for Physical Rehabilitation.
2002.
Davies, Clair. The Trigger Point Therapy Workbook. New Harbinger Publications Inc. 2nd ed. 2004.
Chaitow, Leon. Delany, Judith. Clinical Applications of Neuromuscular Techniques – Volume 2: The Lower
Body. Elsevier. 2002.
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