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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Departamento de Psicologia – DPS


Psicologia Social III – 2019.2
Professor: Dr. Leomir C. Hilário1

EMENTA

O objetivo dessa disciplina é apresentar e discutir as “psicologias sociais marginais” (F. Munné e J. C.
Soares), as quais podem ser definidas como contribuições no interior da psicologia social a partir da
teoria crítica de Marx, desde a sua emergência com a instauração do social como problema histórico-
político (as massas, a barbárie e a fratura republicana), passando por sua consolidação na Escola de
Frankfurt, chegando até problemas contemporâneos, como os fenômenos da descivilização, das
variações em torno da política (necropolítica, psicopolítica, morte da política) e da subjetividade em
tempos de crise do capitalismo (amoque como sujeito da crise).

CONTEÚDO

Introdução. O social e as psicologias sociais marginais


- A instauração do social como problema (exercício de genealogia do social);
- As configurações do social: social-assistencial, questão social e dessocialização;
- Psicologias sociais marginais: a linha de Marx na psicologia social.

Eixo 1. A psicologia das massas: entre o conservadorismo e a emancipação


- As massas como retorno da barbárie (G. Le Bon);
- As massas e o eu: o mal-estar na modernidade (S. Freud);
- As massas como expressão da contradição social (K. Marx);
- As massas do fascismo (W. Reich).

Eixo 2. As psicologias sociais marginais no século XX


- A personalidade autoritária (Escola de Frankfurt);
- A cultura do narcisismo e o mínimo eu (C. Lasch);
- A corrosão do caráter como consequência pessoal da crise do capitalismo (R. Sennett);
- A amnésia social da psicologia (R. Jacoby);
- A psicologia crítica: um projeto de ciência marxista do sujeito (K. Holzkamp);

Eixo 3. Problemas contemporâneos das psicologias sociais marginais


- As massas na atualidade: o fim do social? (J. Baudrillard e P. Sloterdijk);
- O problema da necropolítica (A. Mbembe);
- A fantasia social ideológica (S. Zizek);
- Psicopolítica e Big Tech (Byung-Chul Han e E. Morozov);
- Processos de descivilização (N. Elias e O. Natchwey);
- A crise da forma-sujeito (R. Kurz e A. Jappe).

1 E-mail: leomirhilario@gmail.com

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AVALIAÇÕES

Nota 1. Prova individual dissertativa.

Nota 2. Apresentação (individual ou em grupo) de pelo menos um texto da disciplina.

Nota 3. Produção de um texto completo, na forma de um artigo, porém curto (até 5 folhas), contendo os
seguintes elementos textuais: título, resumo, palavras-chave, introdução, desenvolvimento e referências
bibliográficas.

OBS: para confecção dos textos, seguir as normas da ABNT (que será disponibilizada pelo professor via
SIGAA).

REFERÊNCIAS

BÁSICAS
ANTUNES, D. C. Por um conhecimento sincero do mundo falso: Teoria Crítica, Pesquisa Social Empírica e The Authoritarian
Personality. São Paulo: Paco Editorial, 2014. (Cap. 3 e 4).
BAUDRILLARD, J. À sombra das maiorias silenciosas: o fim do social e o surgimento das massas. São Paulo: Brasiliense:
1985.
FREUD, S. Psicologia das massas e análise do eu. São Paulo: Companhia das letras, 2012.
HOLZKAMP, K. Ciência marxista do sujeito: uma introdução à psicologia crítica. Tomo 1. Maceió: Col. Veredas, 2016.
(Prólogo, cap. 1 e 2).
JACOBY, R. Amnésia social: uma crítica da psicologia conforrmista, de Adler a Laing. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1977.
JAPPE, A. A sociedade autofágica: capitalismo, desmesura e destruição. Lisboa: Antígona, 2019. (Cap. 2 e 4).
LASCH, C. A cultura do narcisismo: A vida americana numa Era de Esperanças em Declínio. Rio de Janeiro: Imago, 1983.
(Intro., caps. 1 e 2).
LASCH, C. O mínimo eu: sobrevivência psíquica em tempos difíceis. São Paulo: Brasiliense, 1986. (Intro. e Cap. 1).
MBEMBE, A. Necropolítica. In Arte & Ensaios, [S.l.], n. 32, mar. 2017.
MOROZOV, E. Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu, 2018.
MUNNÉ, F. Psicologias sociales marginadas: la línea de Marx en la psicología social. Barcelona: Ed. Hispano, 1982.
NATCHWEY, O. Descivilização – Sobre tendências regressivas nas sociedades ocidentais. In GEISELBERGER, H. A
Grande Regressão: um debate internacional sobre os novos populismos – e como enfrentá-los. São Paulo:
Estação Liberdade, 2019.
NEVES, R. S. Notas para uma genealogia da psicologia social. In Psicologia & sociedade. São Paulo, SP. Vol. 16, n. 2
(maio/ago. 2004), p. 12-19.
REICH, W. Psicologia das massas do fascismo. São Paulo: Martins Fontes, 1988. (Prefácio).
SLOTERDIJK, P. O desprezo das massas: ensaio sobre lutas culturais na sociedade moderna. São Paulo: Estação
Liberdade, 2002.
ZIZEK, S. Entre a ficção simbólica e o espectro fantasmático: rumo a uma teoria lacaniana da ideologia. In Interrogando o
real. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.

COMPLEMENTARES
DELEUZE, G. A ascensão do social. In DONZELOT, J. A polícia das famílias. Rio de Janeiro: Graal, 1980.
DONZELOT, J. La invención de lo social: ensayo sobre la declinación de las pasiones políticas. Buenos Aires: Nova Visión,
2007.
ESTRAMINIANA, J. L. A.; LUQUE, A. G. Introducción a la psicología social sociológica. Barcelona: Editorial UOC,
2007.
ENRIQUEZ, E. Da horda ao Estado: psicanálise do vínculo social. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990. (Cap. 2 e 4).
FAAR, R. As raízes da psicologia social moderna. Rio de Janeiro: Vozes, 2010.
NEVES, R. A invenção da psicologia social. Petrópolis: Vozes, 2005.

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