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Immanuel Kant (1724 - 1804)

1. A Figura

Nasceu em Königsberg, cidade isolada no extremo da Prússia oriental, de


família extremamente humilde, sendo seu pai fabricante de selas. Seus
antepassados eram escoceses (família Cant – daí Tsant), filiando-se à seita
dos petistas (religião dos puritanos alemães – os Soldados da Paz).

Viveu Kant num momento importante, localizado na encruzilhada de três


grandes correntes de ideias que predominavam no século XVIII: o
racionalismo de Descartes e Leibniz, o empirismo de Berkeley e Hume, a
ciência positiva físico-matemática de Newton, extraindo de cada uma o
material para elaborar sua teoria do conhecimento e, depois, o problema da
metafísica.

Com a Crítica da Razão Pura alcança o ponto máximo entre os pensadores


de todos os tempos, fazendo acontecer a ‘revolução copernicana’.

2. As obras

Crítica da Razão Pura (1781)

Prolegômenos a toda Metafísica futura que queria apresentar-se como


Ciência (1783)

Fundamentos da Metafísica dos Costumes (1785)

Crítica da Razão Prática (1788)

Crítica do Juízo (1790)

A Religião dentro dos Limites da Razão Pura (1793)

3. Dificuldade inicial do Kantismo: a terminologia

Primeira dificuldade: nomenclatura ou terminologia que em Kant possui uma


singularidade: os vocábulos são tomados ora no sentido etimológico, ora
Kant lhe atribui significado diverso do corrente.

Para dar apenas um exemplo, estudemos o sentido dos seguintes


vocábulos: crítica, puro, “a priori”, “a posteriori”, analítico, sintético, estética,
transcendental, experiência, nûmeno, fenômeno, “coisa em si”.

É absolutamente impossível penetrar o sistema kantiano sem penetrar-lhe,


em primeiro lugar, o vocabulário.

Crítica não tem em Kant, o sentido de censura, reprovação ou aprovação,


mas sim o de estudo, investigação, pesquisa.
Puro não tem o sentido de “livre de impurezas”, mas sim o de independente
da experiência.

Crítica da razão pura, simples título de um livro, nada indica ao leitor que
não conheça os sentidos das palavras que o compõe, mas é evidente,
dentro da terminologia do autor, que significa: Investigação da razão
funcionando independentemente da experiência.

A priori é o mesmo que “puro”, ao mesmo tempo que a posteriori é fundado


na experiência. Não é, pois um apriorismo ou um aposteriorismo, no tempo,
relacionando-se tais expressões, tão-só, com a experiência, saltando-a ou
baseando-se nela.

Analítico nada tem a ver com análise, divisão de um todo em partes, nem
sintético se refere a resumo, a síntese, o que estudaremos a propósito dos
juízos.

Estética não é a ciência do belo, mas é tonada por Kant em sentido


etimológico, significando sensação, percepção, percepção sensível, do
grego aisthesis.

Transcendental não é algo muito importante, sendo tomada por Kant no


sentido de o que existe em si e por si, independente de mim.

Experiência é a percepção sensível; nûmeno ou noumeno, palavra


empregada por Platão, no Timeu, é a realidade inteligível, objeto da razão,
oposta à realidade sensível, realidade absoluta, a coisa em si; fenômeno é
tudo que é objeto da experiência possível, tudo que aparece no tempo ou
no espaço e que manifesta as relações determinadas pelas categorias.

Coisa em si é o que subsiste em si mesmo, sem supor outra coisa.

4. Teoria do conhecimento em Kant

O problema central da filosofia de Kant é o problema do conhecimento,


podendo-se afirmar que sua filosofia é uma gnosiologia ou teoria do
conhecimento.

Até Kant, de modo geral a filosofia era uma ontologia. Depois de Kant, a
filosofia passa a ser uma gnosiologia. Do estudo do ser passamos ao
estudo do conhecer.

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