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NITERÓI
2019.2
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1. INTRODUÇÃO
essas pessoas são colocadas em um grupo que as aceite, pois nos acrescentam
valores morais e de respeito ao próximo, com todos tendo os mesmos direitos e
recebendo as mesmas oportunidades diante da vida. A inclusão está ligada a todas
as pessoas que não têm as mesmas oportunidades dentro da sociedade.
2. TIPOS DE INCLUSÃO
3. SITUAÇÃO NO BRASIL
Para 62% dos profissionais de RH, suas empresas não estão preparadas para
lidar com a diversidade. Outros 25% acreditam que as companhias não estão aptas a
tratar do tema. Só 10% afirmam que suas corporações estão prontas para essa
questão.
Entre as dificuldades apontadas, para a adoção de uma política de diversidade,
aparecem preconceito ou falta de informação (48%), aceitação e respeito dos gestores
(25%), aceitação e respeito dos colegas (14%), falta de preparo da área de Recursos
Humanos (9%), discriminação (4%).
Quando se trata de exclusão social é importante salientar que é muito difícil que
alguém ou algum grupo social esteja totalmente excluído de toda a sociedade.
Geralmente, isso ocorre sobre uma parte dela, entretanto isso não diminui a
importância da causa. Assim, falar de inclusão é falar de democratizar os diferentes
espaços para aqueles que não possuem acesso direto a eles.
No Brasil, a diversidade e a inclusão estão amparadas pela legislação, com
destaque para a Lei Nº 13.146/2015, a Lei de Inclusão Social, que institui o Estatuto
da Pessoa com Deficiência e tem como finalidade assegurar “condições de igualdade,
o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência,
visando à sua inclusão social e cidadania”. No âmbito do trabalho, ainda há a Lei
8.213/91, também conhecida como a Lei de Cotas, que determina que as empresas
com mais 100 funcionários deverão incluir em seu quadro, profissionais reabilitados
ou com deficiência. Esse número será de 2% a 5% de profissionais, de acordo com a
quantidade de funcionários da empresa.
No entanto, segundo dados publicados, em julho de 2016, pelo Ministério do
Trabalho e Previdência Social, foram criadas pelas empresas pouco mais de 380 mil
vagas para atendimento da Lei de Cotas. O número correto deveria ser mais de 827
mil postos de trabalho, considerando que 6,2% da população possui pelo menos
algum tipo de deficiência, segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística, e do Ministério da Saúde.
maior o número de empresas que têm buscado adotar iniciativas que estimulem a
equidade entre etnias, gêneros, classes sociais e necessidades especiais. No entanto,
a pesquisa também mostra as dificuldades enfrentadas internamente para mudar
hábitos e culturas no ambiente empresarial. Isso porque não basta criar programas de
diversidade, é preciso realizar investimentos visando reduzir os impactos destes
mecanismos para que criemos dentro dos negócios ambientes cada vez mais
respeitosos e saudáveis, e assim, funcionários mais satisfeitos e produtivos. Segundo,
Cris Kerr, especialista em diversidade e inclusão, o grande desafio é fazer inclusão
desse público em destaque. “O que as empresas fazem hoje é diversidade, contratam
um monte de pessoas diversas, mas não incluem. É como se fizessem uma festa,
convidassem homens, mulheres, brancos, negros, LGBT e deixassem todos eles
sentados, não chamassem ninguém para dançar. Eu falo que trouxe todo mundo, mas
não incluí ninguém.”
As políticas de inclusão, no geral, ainda estão em processo de construção no
mundo corporativo, sendo o pensamento de que “não existe preconceito nas
entidades” um dos grandes empecilhos para que as empresas e os profissionais se
desenvolvam. Um ambiente de trabalho em que exista diversidade, onde profissionais
negros, mulheres, LGBTs e deficientes sejam inclusos, pode contribuir grandemente
não só para uma sociedade igualitária como também para os resultados corporativos,
como mostra um estudo da consultoria empresarial americana McKinsey.
Esse estudo ainda revela que 25% das empresas que respeitam as diferenças
como um pilar conseguem executar serviços de forma mais efetiva do que as
instituições “não diversas”.
4. COMO FAZER?
dos principais cargos de chefia. Fala-se isso porque não adianta a empresa montar
um programa e algum chefe manter uma postura incorreta, repleta de piadas e
pensamentos preconceituosos. A transformação é cansativa.
5. EXEMPLOS
5.2. UBER
A Uber foi reconhecida pela Glassdoor, serviço on-line de recrutamento e seleção
de talentos, como a empresa número 1 em práticas de contratação igualitárias para
pessoas LGBTQ+. Isso é um grande feito, visto que a inclusão de tal público LGBT
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nas corporações foi tema de uma campanha lançada em junho de 2018 pela ONU
com o objetivo é combater a discriminação no ambiente de trabalho e fortalecer o
envolvimento das empresas na promoção da igualdade de direitos e tratamento justo
da população LGBT.
A mesma empresa também se destacou nos projetos de inclusão de deficientes
auditivos, fazendo parcerias para que se divulgue o projeto e estimule a entrada de
pessoas na área. Um bom exemplo de parceria é a criada com site HandTalk visando
assim ter maior influência no público. Mas como seria feita tal inclusão? No app, os
clientes pedem um carro e inserem o destino. A partir daí, cria-se uma rota para o
motorista. Assim não é necessário explicar a ele o caminho a ser seguido. A indicação
do trajeto é feita por outro app, o Waze. Além disso, o Uber avisa, com antecedência,
que o motorista tem deficiência auditiva, evitando possíveis constrangimentos.
Procurada pelo G1, a Uber informou que há motoristas com deficiência
trabalhando em todas as 11 cidades que o app opera no Brasil. Os requisitos para
trabalhar com a empresa são os mesmos para todos os condutores: basta ter carteira
de motorista com licença para exercer atividade remunerada (EAR), ter mais de 21
anos, não possuir antecedentes criminais e cumprir com as exigências referentes ao
veículo utilizado.
5.3. Accenture
O compromisso com a diversidade na Accenture é uma estratégia global. O
Programa de Diversidade da empresa tem ações focadas na contratação e inclusão
de pessoas com deficiência, na capacitação e liderança de mulheres, na valorização
e difusão das diferenças culturais e religiosas e na manutenção de uma rede de troca
de experiências para o público LGBT. No Brasil, onde a Accenture tem 12 mil
funcionários, as ações de inclusão estão focadas em identidade de gênero, público
LGBT e deficientes. Estes últimos recebem especial atenção por ser muito pequeno o
universo de deficientes empregados no País.
Para as pessoas com deficiência (PCDs), há uma preocupação em oferecer um
ambiente que as acolha, com instrumentos de trabalho e mobiliário adequados para
que tenham condições de igualarem-se às demais. Já para acolher o público LGBT, a
empresa trabalha a autenticidade, criando oportunidades para que os colaboradores
possam compartilhar suas experiências e contar suas histórias.
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5.5. C&A
O quadro da diversidade na divisão brasileira mostra uma empresa na qual dois
terços do total de funcionários é composto por mulheres, mais da metade são negros
e metade dos colaboradores estrangeiros são refugiados. Na alta liderança, a
participação feminina é de um terço e, no nível gerencial, as mulheres são mais da
metade. A C&A tem também mais de 700 funcionários com deficiência.
Para coordenar as iniciativas e as ações para esses públicos, criou um Comitê de
Diversidade, formado por 60 pessoas de diferentes áreas da empresa, que participam
voluntariamente do grupo e reúnem-se a cada três semanas para discutir as ações. O
Comitê é dividido em três grupos diferentes para discutir questões de gênero, raça e
a causa LGBTQI+.
5.6. Vale
Há dois anos, a Vale estruturou uma área para tratar do tema da diversidade e
pesquisou algumas dimensões do tema: gênero, raça, religião, orientação sexual,
deficiência, nacionalidade e regionalismo. A partir daí, criou um guia de diversidade
em que explica cada uma dessas dimensões. A Vale é desde 2014 signatária dos
Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU, e tem promovido campanhas
de comunicação interna e nas suas redes sociais aproveitando datas como o Dia
Internacional da Mulher, o Dia da Eliminação da Discriminação Racial e o Dia do
Orgulho LGBTI. Internamente, recebe denúncias por um canal de ouvidoria e reúne
grupos de afinidades, criando redes de conversas para falar de questões críticas. A
Fundação Vale também apoia o tema promovendo nas regiões em que a empresa
opera iniciativas contra violência doméstica e fomento de trabalho e renda para
empoderamento feminino.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS