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SUMÁRIO

SUMÁRIO............................................................................................................................. 1

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1

2 CONTROLE INTERNO ..................................................................................................... 3


2.1 A EMPRESA E O PROCESSO DE GESTÃO ................................................................ 4
2.1.1 Planejamento Estratégico............................................................................................ 4
2.1.2 Planejamento Operacional .......................................................................................... 5
2.1.3 Execução ..................................................................................................................... 5
2.1.4 Controle ....................................................................................................................... 5
2.2 DEFINIÇÃO DE CONTROLE ......................................................................................... 6
2.3 CONCEITO DE CONTROLE INTERNO ........................................................................ 7
2.4 DISTINÇÃO ENTRE CONTROLE INTERNO E EXTERNO ........................................... 7
2.5 DISTINÇÃO ENTRE CONTROLE INTERNO ADMINISTRATIVO E CONTÁBIL........... 8
2.5.1 Controles Administrativos ............................................................................................ 8
2.5.2 Controles Contábeis .................................................................................................... 9
2.5.2.1 Autorização das Transações .................................................................................. 10
2.5.2.2 Registros das Transações ...................................................................................... 10
2.6 IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO ................................................................ 11

3 PRINCÍPIOS GERAIS DE CONTROLE INTERNO ......................................................... 13


3.1 RESPONSABILIDADE ................................................................................................. 13
3.2 ROTINAS INTERNAS .................................................................................................. 14
3.3 ACESSO AOS ATIVOS ................................................................................................ 15
3.4 SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES ................................................................................... 16
3.5 CONFRONTO DOS ATIVOS COM OS REGISTROS .................................................. 16
3.6 AMARRAÇÕES DO SISTEMA ..................................................................................... 17
3.7 AUDITORIA INTERNA ................................................................................................. 18
3.8 CUSTOS DO CONTROLE VERSUS BENEFÍCIO ....................................................... 19
3.9 LIMITAÇÕES DO CONTROLE INTERNO ................................................................... 19

4 CONTROLE INTERNO NAS PRINCIPAIS ATIVIDADES DA EMPRESA ..................... 21


4.1 CONTROLE INTERNO NA ÁREA ADMINISTRATIVA ................................................ 21
4.1.1 Interesses do Administrador no Controle Contábil-Administrativo ............................ 22
4.1.2 Operações de Tesouraria .......................................................................................... 24
4.1.2.1 Caixa ...................................................................................................................... 24
4.1.2.2 Contas Bancárias ................................................................................................... 27
4.1.3 Controles Internos Específicos na Tesouraria........................................................... 28
4.1.3.1 Entradas de Recursos ............................................................................................ 28
4.1.3.2 Saídas de Recursos ............................................................................................... 29
4.1.3.3 Fundos de Caixa .................................................................................................... 29
4.1.3.4 Instituições Financeiras .......................................................................................... 30
4.1.3.5 Segregação de Funções ........................................................................................ 31
4.1.4 Erros e Fraudes no Movimento de Tesouraria .......................................................... 32
4.1.4.1 Recebimentos ou Ingressos de Recursos .............................................................. 32
4.1.4.2 Pagamentos ou Saídas de Recursos ..................................................................... 33
4.1.5 Departamento Pessoal .............................................................................................. 34
4.1.5.1 Admissão ................................................................................................................ 34
4.1.5.2 Férias...................................................................................................................... 35
4.1.5.3 Demissão................................................................................................................ 36
4.1.5.4 Processos Trabalhistas .......................................................................................... 37
4.1.5.5 Outras Formas de Prestação de Serviços.............................................................. 38
4.1.5.5.1 Serviço Terceirizado ............................................................................................ 38
4.1.5.5.2 Serviço Autônomo ............................................................................................... 39
4.1.5.5.3 Estagiário............................................................................................................. 40
4.1.5.5.4 Serviços Temporários.......................................................................................... 41
4.1.6 Folha de Pagamento ................................................................................................. 42
4.1.6.1 Aumento Salarial .................................................................................................... 42
4.1.6.2 Horas Extras ........................................................................................................... 43
4.1.6.3 Faltas ...................................................................................................................... 44
4.1.6.4 Vale-transporte ....................................................................................................... 45
4.1.6.5 Vale-refeição ou Cesta Básica ............................................................................... 46
4.1.6.6 Encargos Sociais e Impostos ................................................................................. 47
4.1.7 Compras .................................................................................................................... 48
4.1.8 Recepção .................................................................................................................. 50
4.1.9 Contas a Pagar.......................................................................................................... 51
4.1.10 Sistema Informatizado nas Compras e Contas a Pagar ......................................... 53
4.1.11 Contabilidade........................................................................................................... 54
4.1.12 Setor Fiscal.............................................................................................................. 56
4.1.13 Estoques.................................................................................................................. 57
4.1.13.1 Conceito de Estoques .......................................................................................... 57
4.1.13.2 Correlação com as Atividades da Companhia ..................................................... 57
4.1.13.3 Determinação dos Controles Internos nos Estoques ........................................... 58
4.1.13.3.1 Atividade da Companhia ................................................................................... 58
4.1.13.3.2 Controles Administrativos e Independentes ...................................................... 60
4.1.13.3.3 Principais Preocupações quanto aos Controles Contábeis............................... 61
4.2 CONTROLE INTERNO NA ÁREA DE PRODUÇÃO .................................................... 64
4.2.1 Função de Produção ................................................................................................. 64
4.2.2 Problemas de Administração da Produção ............................................................... 65
4.2.3 Análise do Custo ....................................................................................................... 67
4.2.4 Principais Informações para Apuração dos Custos................................................... 68
4.2.4.1 Matéria-prima ......................................................................................................... 68
4.2.4.2 Produtos em Processo ........................................................................................... 70
4.2.5 Funcionamento das Ordens de Serviço .................................................................... 70
4.2.6 Verificação da Disponibilidade dos Materiais ............................................................ 71
4.2.7 Requisições de Materiais .......................................................................................... 71
4.2.8 Documentação para Produção .................................................................................. 71
4.2.9 Supervisão das Ordens de Produção........................................................................ 72
4.2.10 Conseqüências de um Controle Interno Inadequado na Produção......................... 72
4.3 CONTROLE INTERNO NA ÁREA COMERCIAL. ........................................................ 73
4.3.1 Vendas ...................................................................................................................... 73
4.3.2 Setor de Faturamento................................................................................................ 74
4.3.3 Setor de Expedição ................................................................................................... 75
4.3.5 Segregação de Funções no Setor de Contas a Receber .......................................... 78

5 AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO ............................................... 80

6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 84

BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................. 88

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Registros Contábeis do Processo de Compras e Contas a Pagar. ................... 56


INTRODUÇÃO

O presente trabalho de controle interno tem por objetivo a ampliação de

nossos conhecimentos sobre o assunto, embasamento teórico para a realização

da disciplina de prática profissional em ciências contábeis II e possibilitar, também,

uma maior compreensão por parte dos interessados no assunto que quiserem

tomar esse trabalho como base.

Este assunto foi definido pelos componentes do grupo devido às

nessecidades e dificuldades, constatadas por eles, que as empresas enfrentam

para ter sistemas de controle interno mais eficientes, confiáveis e preparados para

as alterações de diretrizes proposta pela administração.


2

Fatos como fraudes, erros, desperdícios, inoperância e gastos

desnecessários serão abordados, de forma a compreender a real necessidade de

controles.

Será abordado o sistema de controle interno das empresa em diversos

departamentos, divididos de forma a exemplificar os procedimentos de controle

mais utilizado e coerentes com o setor.

Abordaremos, também, assuntos em áreas especificas de controle interno

como: tesouraria, estoque, produção, vendas e contas a receber, compras e

contas a pagar, departamento pessoal, entre outros.

Para a execução deste trabalho, utilizamos livros de controle interno,

publicações especificas da área, livros de auditoria, trabalhos acadêmicos, bem

como o auxilio do professor orientador e demais professores do curso de ciências

contábeis.
2 CONTROLE INTERNO

Contrapondo algumas idéias equivocadas, o Controle Interno não é um

sinônimo de Auditoria Interna. O Controle Interno visa adotar procedimentos com

caráter de permanência na empresa, sendo estes com o objetivo de minimizar a

ocorrência de erros ou irregularidades.

A Auditoria Interna se vale do Controle Interno para estimar a extensão

dos procedimentos de auditoria a serem realizados. Nas empresas em que o

sistema de Controle Interno é forte estes procedimentos são reduzidos; portanto, o

Controle Interno é uma ferramenta indispensável de ajuda tanto para os auditores

quanto para a administração, esta podendo conduzir ordenadamente os negócios

da empresa.
4

2.1 A EMPRESA E O PROCESSO DE GESTÃO

O Processo de Gestão, bem como o modelo de Gestão, configuram-se

com mesmo entendimento na ótica institucional de uma empresa. Segundo

Rozany Ipaves Cruz, o modelo de Gestão pode ser entendido como um,

“Conjunto de normas, princípios e conceitos que têm por


finalidade orientar o processo administrativo de uma
organização, para que esta cumpra a missão para a qual foi
constituída.” ( Cruz, 1991 :31)

O processo de gestão é parte indispensável para garantir a continuidade

da empresa, visa a garantir o cumprimento das decisões tomadas na empresa,

conseqüentemente o cumprimento de sua missão.

Para tanto, o processo de gestão econômica estrutura-se nas fases de

Planejamento Estratégico, Planejamento operacional, Execução e Controle.

Veremos a seguir uma explanação dessas fases.

2.1.1 Planejamento Estratégico

A fase de planejamento estratégico contempla o cumprimento do Principio

Fundamental de Contabilidade que visa assegurar a continuidade da empresa.


5

Essa fase do processo de gestão busca um planejamento mais qualitativo

para maximizar o aproveitamento das oportunidades de negócios para a

empresa.

2.1.2 Planejamento Operacional

Essa fase divide-se em três fases especificas, a começar pelo Pré-

planejamento Operacional, que expressa uma preocupação com as melhores

alternativas disponíveis e que viabilizem as melhores diretrizes estratégicas. O

Planejamento Operacional pode ainda ser visto como de Médio e Longo Prazos,

salientando então os recursos e prazos necessários para o cumprimento dos

objetivos.

Por fim, pode se tratar de um planejamento de Curto Prazo efetuado em

momentos de conhecimento mais seguro das variáveis envolvidas.

2.1.3 Execução

Tendo por base o Planejamento de Curto Prazo, essa fase visa por em

pratica as metas estabelecidas pela administração da empresa.

2.1.4 Controle
6

Essa etapa tem por objetivo assegurar que os resultados planejados

sejam efetivamente realizados e também identificar os possíveis desvios e suas

respectivas causas. Assim sendo, é indispensável um ótimo sistema de apuração

de resultados realizados comparativamente aos planejados, sobretudo o controle

requer envolvimento e participação dos gestores.

2.2 DEFINIÇÃO DE CONTROLE

O controle constitui parte do processo administrativo que pode ser

conceituado de varias formas, como a seguir.

O Controle, segundo Eliseu Martins (1995, p.259):

“Significa conhecer a realidade, compará-la com o que


deveria ser, tomar conhecimento rápido das divergências e
suas origens e tomar medidas para sua correção”.

Segundo Fhilip Kotler (1975, p.985):

“O controle é o processo de agir para aproximar os


resultados reais dos desejados”.

Para Sandra Figueiredo e Paulo Cesar Caggiano (1993, p. 33):

“Controle abrange os vários processos nos quais a


administração determina seus objetivos, delineia os planos
7

para alcançar estes objetivos, organiza e supervisiona as


operações necessárias para a implementação dos planos e
desempenhos esperados”.

2.3 CONCEITO DE CONTROLE INTERNO

O AICPA, (American Institute of Certified Public Accountants), por meio do

Relatório Especial da Comissão de Procedimentos de Auditoria, definiu o controle

interno como sendo:

“Controle interno é o plano da organização e todos os


métodos e medidas coordenados, aplicados a uma empresa,
a fim de proteger seus bens, conferir a exatidão e a
fidelidade de seus dados contábeis, promover a eficiência e
estimular a obediência às diretrizes administrativas
estabelecidas”. (CRCSP, 1992, p. 51)

2.4 DISTINÇÃO ENTRE CONTROLE INTERNO E EXTERNO

O controle interno é o método pelo qual as empresas se utilizam para

salvaguardar seus ativos, evidenciar a validade dos dados e efetivar a política da

empresa.

Todavia, o controle interno é realizado por um empregado da empresa,

enquanto que o controle externo, ou seja, a auditoria externa, é realizado por uma

pessoa alheia à organização da empresa.


8

Este profissional é contratado pela empresa para realização de um

trabalho, tendo como meta principal assegurar, para todos os interessados, que as

demonstrações contábeis da empresa apresente de forma adequada a situação

financeira e patrimonial da mesma para o exercício findo naquela data.

2.5 DISTINÇÃO ENTRE CONTROLE INTERNO ADMINISTRATIVO E CONTÁBIL

Os controles internos se dividem em duas categorias:

a) Controles administrativos;

b) Controles contábeis.

Controles administrativos são procedimentos e métodos que dizem

respeito, primordialmente, às operações de uma empresa e às suas políticas,

diretrizes e relatórios, relacionam-se apenas indiretamente com as demonstrações

financeiras.

O controle interno contábil consiste nos métodos, procedimentos e planos

de organização pertinentes, principalmente, à salvaguarda dos ativos das

empresas e garantir que as contas e relatórios financeiros sejam merecedores de

confiança.

2.5.1 Controles Administrativos


9

Esse controle também é conhecido como controle gerencial ou

paracontábil, compreende os métodos e procedimentos referentes principalmente

à eficiência operacional e obediência às diretrizes administrativas.

São exemplos de controles administrativos, dentre outros, os seguintes:

a) Manuais de instruções;

b) normas salutares;

c) análises de lucratividade e de produtividade;

d) controle de qualidade;

e) estudos de tempos e movimentos;

f) análise da execução orçamentaria;

g) análise de orçamento;

h) programas de desenvolvimento de empregados;

i) relatórios de desempenho.

2.5.2 Controles Contábeis

O controle interno contábil consiste em métodos, procedimentos e planos

de organização pertinentes, principalmente a salvaguarda dos ativos da empresa

e garantias de que as contas e relatórios financeiros são merecedores de

confiança. São aqueles destinados a assegurar o cumprimento dos objetivos

específicos de uma operação ou transação. Abrangem os chamados controles


10

operacionais e incluem relatórios, registros, formulários, sistema de autorização e

aprovação, segregação de funções e muitos outros.

2.5.2.1 Autorização das Transações

O sistema de controle contábil deve ser projetado de modo a que cada

transação seja devidamente autorizada, quer geral, quer especificamente. Em

geral, deve existir algumas evidências que comprovem que quem deu a

autorização está realmente capacitado para tanto.

Em algumas situações, só podemos averiguar-se as transações são feitas

segundo a autorização, quando observamos seu processo desde a início.

A observância desse controle é de suma importância para o administrador

de uma entidade. De nada adiantará todos os seus esforços no sentido de

alavancar recursos, promover uma campanha de marketing ou adotar quaisquer

outras medidas estratégicas se os controles permitem que, por exemplo, produtos

saiam dos estoques sem a devida autorização, comprometendo entregas já

programadas.

2.5.2.2 Registros das Transações

O sistema de controle interno contábil prevê o registro de transações pelos

valores certos, nas contas certas e no período em que ocorreu a transação.


11

Para o administrador, as informações contábeis devem ser um retrato do

que está ocorrendo na entidade. Para ele efetuar uma análise de suas receitas e

custos, é necessário que estas informações estejam fielmente representadas nas

demonstrações contábeis.

Uma vez feito o registro inicial de uma transação, diminui sensivelmente o

risco de fraude. Embora o registro correto das transações não garanta a

elaboração de demonstrações financeiras fidedignas, é indispensável ter bons

registros.

A utilização de documentos pré-numerados é um bom modo de verificar,

se todos os documentos foram registrados, se o controle das transações está

sendo eficiente.

2.6 IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO

Se tomarmos em conta a falibilidade humana, impõe-se a introdução de

um sistema de controle adaptado às diferentes situações dos problemas

encontrados nas empresas.

O controle interno tem uma significativa importância para a empresa, pois

quanto maior é a entidade, mais complexa é a sua organização estrutural.


12

A administração necessita ter consigo relatórios e analises que reflitam a

situação real e atualizada da empresa. Também é um aspecto importante a

necessidade de controles para salvaguardar seus ativos através da prevenção ou

descoberta de erros.
3 PRINCÍPIOS GERAIS DE CONTROLE INTERNO

Por princípios gerais de controle interno entende-se o conjunto de normas

e regras que orientam a concepção e a execução de medidas de controle interno

para assegurar o atingimento dos objetivos propostos pelo mesmo.

3.1 RESPONSABILIDADE

Os deveres de todo o pessoal dentro de uma organização devem ser

fixados e limitados de forma precisa, bem como a autoridade decorrente, atribuída

a cada uma das funções.

As razões para se definirem as atribuições são:

a) Assegurar que todos os procedimentos de controle sejam executados;


14

b) detectar erros e irregularidades;

c) apurar as responsabilidades por eventuais omissões na realização das

transações da empresa.

Podemos exemplificar algumas tarefas internas de controle, para as quais

precisam ser definidos os empregados responsáveis:

a) Aprovação de aquisição de bens e serviços;

b) programação financeira do pagamento;

c) guarda de talonários de cheques em branco;

d) preenchimento dos cheques para pagamento;

e) assinatura de cheques;

f) Pagamento ao fornecedor.

A delineação de funções ou atividades, embora possa ser informal, deve

preferencialmente ser definida em manuais de procedimentos, visto que estes

propiciam a eficiência do sistema e evitam erros.

3.2 ROTINAS INTERNAS

Toda organização possui suas próprias rotinas internas, estas rotinas

devem ser definidas nos manuais de procedimentos.

Dentre estas rotinas, podemos destacar:


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a) Formulários internos e externos, como pedidos de vendas, mapa de

controle de programação financeira, mapa de licitações e formulário de

cotação de preços, entre outros;

b) instruções para o preenchimento e destinações dos formulários internos

e externos;

c) evidências das execuções dos procedimentos internos de controle

(assinaturas, carimbos, etc.);

d) procedimentos internos dos diversos setores da empresa, como,

vendas, fiscal, almoxarifado e controladoria.

3.3 ACESSO AOS ATIVOS

Para atingir um grau de segurança adequado, o acesso aos ativos de uma

unidade, deve ser limitado ao pessoal autorizado. O termo “acesso aos ativos”,

aqui utilizado, inclui acesso físico direto (fisicamente) e acesso indireto através da

preparação ou processamento de documentos, que autorizem o uso ou disposição

desses ativos.

O número e o nível de acesso das pessoas para quem a acesso deve ser

utilizado depende da natureza do bem, e da sua suscetibilidade a perdas através

de erros ou irregularidades.

A limitação ao acesso indireto requer procedimentos de controle, onde o

conceito de segregação de funções se aprofundará.


16

3.4 SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES

Um sistema de controle adequado é aquele que minimiza a possibilidade

de dissimulação de erros ou irregularidades. Assim sendo, os procedimentos

destinados a detectar tais erros ou irregularidades devem ser executados por

pessoas que não estejam em condições de praticá-los, isto é, deve haver uma

adequada segregação de funções.

De uma maneira geral, o sistema de controle interno deve prever

segregação entre as funções de aprovação de operações, execução e controle

das mesmas, de modo que nenhuma pessoa possa ter completa autoridade sobre

uma parcela significativa de qualquer transação.

Outra área importante seria a do registro contábil que compreende o

Razão Geral e os registros inicial, intermediário e final.

O acesso a esses registros representa um risco para a organização. Por

exemplo, caso o funcionário tenha acesso aos ativos e registros contábeis, ele

poderia desviar fisicamente o ativo e baixá-lo contabilmente para despesa, o que

levaria a ocultar permanentemente essa transação.

3.5 CONFRONTO DOS ATIVOS COM OS REGISTROS


17

Esse confronto se dá de forma que seus ativos, sob a responsabilidade de

alguns funcionários, sejam periodicamente confrontados com os registros da

contabilidade. Podendo, assim, detectar possíveis desfalques de bens ou até

mesmo registro contábil inadequado de ativos.

Caso a empresa não venha a adotar tal procedimento, ficará ela exposta à

ocorrência de desvios de seus ativos.

O procedimento de controle deve ser efetuado por funcionário que não

tenha acesso aos ativos; esse fato é evidente, já que o funcionário poderia desviar

o bem e informar à administração da empresa que os ativos existentes concordam

com os registros contábeis.

3.6 AMARRAÇÕES DO SISTEMA

Este princípio consiste em uma série de procedimentos interrelacionados

envolvendo, dentre outros procedimentos, a conferência independente do registro

das transações contábeis e dos cálculos; conferência da classificação contábil de

todos os registros finais por um contador experiente e estabelecimento de

controles seqüenciais sobre as compras e vendas, de forma a assegurar que

essas transações sejam contabilizadas na época devida.


18

Nos setores de requisição, compras e de computação é impossível em

qualquer fase a inclusão de um documento falso, já que esse setor não tem

acesso à nota fiscal do fornecedor. Nos setores de recepção e contabilidade, seria

detectado pelo setor de contas a pagar devido a falta de formalização do setor de

compras.

E nos setores de contas a pagar e financeiro, a fraude seria descoberta no

setor de contabilidade, por ocasião da análise da conta de fornecedores.

3.7 AUDITORIA INTERNA

De nada adianta a implantação de um excelente sistema de controle

interno sem que alguém verifique periodicamente se os funcionários estão

cumprindo o que foi determinado no sistema, ou se o sistema não deveria ser

adaptado às novas circunstâncias.

A função da auditoria é examinar as demonstrações e registros contábeis

observando a exatidão, integridade e autenticidade destes documentos, tendo

como objetivo prestar esclarecimentos especificamente à administração da

empresa.

A auditoria vem a ser um fator externo ao controle, e se fundamenta na

necessidade que as empresas têm de que estes controles sejam efetivados na

empresa.
19

3.8 CUSTOS DO CONTROLE VERSUS BENEFÍCIO

O beneficio de um controle consiste na redução de riscos de falhas ou

fraudes que ocorrem num processo produtivo ou na simples circulação de

informações dentro da empresa.

O conceito de custo-benefício reconhece que o custo de um controle não

pode exceder os benefícios que ele proporciona.

Isso quer dizer que os controles mais sofisticados devem ser

estabelecidos para transações de valores relevantes, enquanto os controles

menos rígidos devem ser implantados para as transações menos importantes.

3.9 LIMITAÇÕES DO CONTROLE INTERNO

Dentre as limitações do sistema de controle interno, podemos destacar:

a) Conluio de funcionários na apropriação de bens da empresa;

b) os funcionários não são adequadamente instruídos com relação às

normas internas;

c) funcionários negligentes na execução de suas tarefas diárias.

Analisando os pontos acima relacionados, verificamos que, mesmo no

caso de a empresa ter um excelente sistema de controle interno, o auditor externo


20

deve executar procedimentos mínimos de auditoria, a fim de detectar possíveis

fraudes ou erros.
4 CONTROLE INTERNO NAS PRINCIPAIS ATIVIDADES DA EMPRESA

4.1 CONTROLE INTERNO NA ÁREA ADMINISTRATIVA

Os controles no setor administrativo são de fundamental importância para

as empresas, pois deste trabalho resultam avaliações a respeito de seus objetivos,

planos, procedimentos e estratégias.

Os controles tem por objetivo a avaliação do cumprimento de suas

atividades, da eficácia de seus procedimentos e do desempenho administrativo.

De forma geral, as empresas apresentam controles internos

administrativos, mas sua eficiência depende da reformulação e manutenção

constante destes procedimentos.


22

4.1.1 Interesses do Administrador no Controle Contábil-Administrativo

Visto que o controle sobre todos os aspectos da operação dos negócios é

essencial para uma efetiva organização, o administrador necessita de segurança

de que os controles internos estão funcionando conforme o pretendido. As

principais necessidades do administrador são as seguintes:

Exatidão e meticulosidade. Um erro em uma conta individual de um cliente

ou em um item de uma linha orçamentária individual pode, no melhor dos casos,

causar inconveniências (e possivelmente uma imagem ruim) e, no pior dos casos,

erros de decisão ou perdas.

Detecção e correção dos erros deve ocorrer o mais cedo possível no

processo de registro da transação. Como resultado, os controles são usualmente

embutidos em diversos pontos do sistema, talvez em todos os passos.

Sistemas modernos usam uma grande quantidade de dados financeiros

para auxiliar a administração a controlar as operações. Está sendo gradualmente

reconhecido que nesses sistemas as operações servem para controlar os dados

financeiros quase tanto quanto as operações de controle de dados. Por exemplo:

Os dados de vendas, produção e estoques são usados em um sistema

moderno de estoques para planejar as necessidades de produção e disparar as


23

ordens de produção. Essa informação, que é também essencial para o sistema de

contabilidade financeira, controla o planejamento de produção em tal grau que o

departamento de planejamento de produção serve como um efetivo controle sobre

a exatidão dos dados financeiros. Os usuários operacionais do sistema estão

constantemente revisando a exatidão dos saldos de inventário, desta forma,

substituindo, em partes, os procedimentos de contagem cíclica de inventários.

A comparação da demonstração de resultados e balancetes atuais com os

orçamentos é amplamente usada como uma ferramenta de controle gerencial

sobre as operações departamentais. Se os orçamentos são muito utilizados pela

administração, as operações servem, até certo ponto, como controle sobre a

exatidão das demonstrações contábeis, porque um erro em um lado processado

poderia causar um variação que poderia ter de ser explicada por um gerente

operacional.

Custo-padrão é uma ferramenta de contabilidade gerencial utilizada para

identificar variações dos planos. A comparação do custo-padrão com o custo real

também auxilia a identificar erros contábeis, servindo, desta forma, como controle

interno contábil.

Outros controles administrativos, alguns deles aparentemente distantes do

sistema contábil, podem, também, ter uma importante influência sobre as contas e

demonstrações contábeis. Por exemplo:


24

a) Um efetivo planejamento de vendas e o gerenciamento de produção

e estoques auxiliam a prevenir excesso de estoque e obsolescência;

b) um efetivo gerenciamento de crédito auxilia a minimizar perdas com

inadimplentes;

c) um efetivo programa de manutenção auxilia a minimizar custos de

manutenção, prolongando a vida útil do equipamento e minimizando as

despesas de depreciação.

4.1.2 Operações de Tesouraria

O dinheiro, como se sabe, exerce grande influência no instinto de

preservação, cobiça, ambição das pessoas e a grande maioria das irregularidades

a ele se relacionam. Além disso, o dinheiro entra praticamente em quase todas as

transações, quer com operações de uma empresa, quer com acionistas,

administradores, funcionários, quer com terceiros (instituições financeiras, clientes,

fornecedores etc.). Além desses fatos, estamos passando por uma fase de

transição em nossa economia, com redução salarial, desemprego etc., o que pode

implicar na ocorrência de maior número de fraudes em todas as atividades.

4.1.2.1 Caixa

O numerário em poder da empresa deve restringir-se apenas ao montante

suficiente para pagamento de pequenas despesas diárias, tais como refeições,

condução etc., controlado ou não mediante “boletins de caixa”.


25

Algumas empresas ainda têm o procedimento inadequado de registrar nos

boletins de caixa transações com instituições financeiras, clientes, fornecedores

etc., tais como recebimentos ou pagamentos de vendas e compras a prazo em

carteira. Além de duplicar os lançamentos contábeis (lançamentos cruzados), esse

procedimento debilita os controles internos das disponibilidades dessas empresas.

Há dois tipos de sistema de caixa: rotativo e fundo fixo:

a) Rotativo. Não é definido um valor mínimo ou máximo do numerário,

sendo que este deve ser suficiente para cobrir as pequenas despesas

diárias e é recomposto por meio de emissão de cheque. Este tipo de fundo

requer controle extracontábil mediante boletins de caixa; todavia,

conforme mencionado, não deve haver registros de operações com

clientes, fornecedores, bancos etc., sendo destinado apenas ao

pagamento de pequenas despesas.

b) O sistema de fundo fixo oferece melhores condições de controle e

seu funcionamento é basicamente o seguinte:

- O responsável pelo caixa firma um recibo pelo valor fixo

recebido, que fica sob sua responsabilidade;

- o valor do fundo fixo de caixa deve ser determinado pela

administração, com base na experiência adquirida quanto ao

montante total dos pagamentos que usualmente são feitos em

dinheiro, dentro de um limitado espaço de tempo;


26

- periodicamente, assim que o fundo em dinheiro ficar abaixo de

um limite razoável, faz-se seu reembolso, após a aprovação do

boletim do fundo fixo e respectivos comprovantes, emitindo-se um

cheque nominal em favor do responsável pelo caixa.

Com este sistema, os controles internos sobre o numerário de caixa ficam

substancialmente simplificados, pois sempre ocorre que a soma do numerário

remanescente com os comprovantes de caixa é igual ao valor do fundo fixo

preestabelecido.

Paralelamente a este esquema de funcionamento, algumas outras

providências devem ser tomadas, como segue:

a) determinação de um limite máximo para pagamentos em dinheiro;

acima deste limite, todos os pagamentos devem ser feitos por cheques

nominais;

b) depósitos integrais, no final de cada dia ( ou no início do dia útil

imediato), de todos os recebimentos por caixa ( vendas a vista e a prazo ),

os quais devem ser discriminados num “boletim de recebimentos”

(utilizado somente para este fim, e não possuindo nenhuma vinculação

com o boletim de fundo fixo de caixa). O “boletim de recebimentos”com os

respectivos comprovantes e o “slip” serão apresentados diariamente à

pessoa encarregada de revisar e aprovar as operações de caixa.


27

4.1.2.2 Contas Bancárias

As transações com instituições financeiras são bastante

diversificadas e envolvem operações ativas e passivas. Do ponto de vista das

empresas, essas operações que envolvem recursos obtidos ou transferidos

podem ser classificadas como:

a) Disponibilidades imediatas (depósitos a vista);

b) créditos (contas de cobranças, caucionadas, vinculadas);

c) investimentos (aplicações financeiras de curto e longo prazos);

d) exigibilidades (contas garantidas, empréstimos e financiamentos,

aceites cambiais, descontos de duplicatas, debêntures, etc.).

Atualmente, tanto os registros contábeis e extracontábeis das empresas,

quanto as operações com instituições financeiras, fornecedores e clientes são

efetuados por meio de sistemas informatizados avançados (on-line etc.), exigindo

da administração das empresas vigilância constante para salvaguardar seus bens

e direitos, com constante aprimoramento de seus sistemas de controles internos.

As empresas que possuem filiais em localidades fora de sua sede,

inclusive no exterior, usam também contas bancárias, notadamente de depósitos à

vista, para controle, por vezes separados em pagadoras e recebedoras.

A administração das empresas, principalmente em ambientes

imflacionários, aplica os excessos de disponibilidades (caixa e depósitos a vista)


28

que possuem em relação a suas necessidades imediatas ou a curto prazo, em

títulos e valores mobiliários, nos períodos em que prevê suas necessidades.

Existem inúmeros tipos de aplicações no mercado financeiro (LFT,

depósitos a prazo, certificados de depósitos bancários, ações cotadas ou não em

bolsas de valores, ouro, fundos de investimentos, renda fixa ou variável, letras de

câmbio, etc). Cada tipo de aplicação tem suas características próprias

relacionadas a prazo, taxas, rentabilidades, liquidez etc.

4.1.3 Controles Internos Específicos na Tesouraria

4.1.3.1 Entradas de Recursos

A finalidade do controle interno sobre os ingressos de recursos, tais como

recebimentos de clientes, resgates de aplicações ou ingressos de novos

empréstimos, é fornecer garantia de que todos os recebimentos, quer via fundo de

caixa, quer via instituição financeira, são imediata e integralmente creditados em

contas bancárias pertencentes à empresa, bem como corretamente registrados,

de acordo com a origem, natureza e data dos ingressos.

As condições para irregularidades e sua dissimulação podem indicar

algumas simples, mas eficientes aplicações de técnicas de controle interno, que

incluem:
29

a) Estabelecer registros de controle, definindo responsabilidades;

b) evitar oportunidades de dissimulação;

c) utilizar medidas específicas de controle.

4.1.3.2 Saídas de Recursos

O controle interno sobre as saídas de recursos tem a finalidade de garantir

que todas as saídas de recursos sejam:

a) Relativas aos negócios da empresa;

b) efetuadas de acordo com as diretrizes da empresa;

c) registradas imediata e corretamente.

A fim de evitar que sejam cometidas irregularidades no processo de

saídas de recursos, um bom sistema de controle interno deverá:

a) dificultar pagamentos para fins pessoais;

b) tornar difícil a dissimulação de pagamentos irregulares, por meio de

segregação de funções.

4.1.3.3 Fundos de Caixa

Conforme mencionado anteriormente, o volume de numerário em poder da

empresa é relativamente baixo e deve ser suficiente para cobrir o pagamento das

pequenas despesas diárias.


30

Nesse sentido, o atendimento integral às características de um fundo fixo

aliado: (a) à necessária segregação de funções (o responsável pelo fundo não

deve exercer funções de registro e controle); e (b) a outras medidas ou diretrizes

administrativas, relacionadas a concessão e prestação de contas de vales ou

adiantamentos, evidenciação do pagamento nos comprovantes pagos, contagens

físicas periódicas por pessoa independente das funções de caixa, são suficientes

para manter adequados controles internos sobre os fundos de caixa.

4.1.3.4 Instituições Financeiras

Apesar de intensa utilização de sistemas informatizados, os conceitos

tradicionais de controles internos nas diversas áreas operacionais, inclusive

tesouraria, podem ser plenamente adotados.

Um sistema de controle interno envolvendo operações com instituições

financeiras deve prever procedimentos para:

a) Recebimento de cobranças via carteira ou cobrança bancária;

b) depósitos;

c) transferências de numerários;

d) emissão de cheques;

e) emissão de borderôs;

f) conciliação bancária;

g) sistemas informatizados.
31

4.1.3.5 Segregação de Funções

A dissimulação em si exige acesso aos registros ou fuga aos

procedimentos de controle. Uma estrutura organizacional adequada exige a

separação de responsabilidades incompatíveis para fins de controle.

Funcionários que têm acesso a valores em caixa ou em bancos não

devem:

a) Registrar ou transcrever recebimentos de numerários ou cheques;

b) registrar ou transcrever pagamentos;

c) escriturar contas a receber ou ter acesso ao razão geral de clientes;

d) enviar extratos aos clientes ou ter acesso a suas respostas;

e) preparar ou autorizar a preparação de avisos de créditos ou de baixas

de contas a receber, como incobráveis, descontos ou devoluções;

f) conciliar contas bancárias;

g) escriturar ou revisar importâncias a serem recebidas de fontes diversas.

A inexistência dessa separação de funções incompatíveis enfraquece o

sistema de controles internos, possibilitando condições para erros intencionais ou

não. A grande maioria de erros ou desfalques intencionais em operações de

pagamentos e recebimentos, e também na guarda de valores, é cometida em

razão do acúmulo de funções incompatíveis e da falta de “verificação interna”. A


32

“verificação interna,” na estrutura organizacional, é essencial, pois determina que

atos praticados por um funcionário sejam conferidos ou aprovados por outro.

É óbvio que a primeira condição para um funcionário cometer

irregularidades é o acesso às disponibilidades. O acesso aos ingressos de

recursos inclui qualquer atividade que permita a um funcionário utilizar os

ingressos de recursos (numerário ou cheque) em proveito próprio. O empregado

que se dispõe a tal atitude precisa não somente ter acesso aos valores, mas

também a esperança de apropriar-se deles sem ser descoberto. Evitar a

descoberta pode ser possível, ou porque ninguém toma qualquer medida para

apurar se houve irregularidades, ou porque o empregado tem possibilidade de

ocultar seu ato. A irregularidade, portanto, uma vez cometida, tanto pode ser

visível quanto oculta.

4.1.4 Erros e Fraudes no Movimento de Tesouraria

4.1.4.1 Recebimentos ou Ingressos de Recursos

Exemplificando, o desvio de remessas recebidas para crédito de um

cliente: se o empregado que desvia o numerário deixa de registrar o recebimento,

pode ocorrer que o cliente receberá a confirmação do crédito e reclamará quando

a importância for novamente cobrada; ou, se o recebimento for registrado

(Disponível x Clientes), a conta de disponível mostrará um saldo maior que o

apresentado nos extratos bancários, e, portanto, a diferença será revelada por


33

meio da conciliação bancária. Por outro lado, se o empregado que desviou a

remessa também transcrever a importância a crédito da conta do cliente (Razão

Auxiliar), sem que nenhum registro tenha sido feito no razão geral, de forma que

não haveria reclamação do cliente e diferença entre o registro das disponibilidades

e os extratos bancários, causaria, entretanto, diferença entre Razão Geral e a

somatória dos saldos do Razão Auxiliar da conta de clientes. A não ser que o

empregado encontrasse uma forma de colocar os dois razões em igualdade,

aquele que fizer o balancete do Razão Auxiliar, comparando-o com o Razão

Geral, descobriria o fato de que os dois registros não concordam.

A dissimulação do desvio de ingressos de recursos pode efetivar-se por:

a) Omissão de lançamentos;

b) manipulação de registros;

c) manipulação de documentos;

d) desvios dos procedimentos de controle.

Um método bastante conhecido para manipulação de registros é o

“lapping”. Ele envolve o desvio de recebimento de um cliente e cobertura da falta

com o recebimento de outro, cuja importância é, por sua vez, encoberta com

recebimentos de outros clientes, dias após.

4.1.4.2 Pagamentos ou Saídas de Recursos

A dissimulação de pagamentos pode ser feita por:


34

a) Manipulação de registros;

b) Manipulação de documentos;

c) Desvios dos procedimentos de controle.

Tal qual os ingressos, o objetivo da dissimulação em pagamentos é o de

desviar recursos da empresa. Por meio da manipulação, é possível preparar

documentos falsos para fazer o pagamento parecer correto, embora de fato não

seja, ou o uso dos mesmos documentos para mais de um pagamento.

4.1.5 Departamento Pessoal

4.1.5.1 Admissão

Sempre que a empresa necessita contratar funcionários, deverá efetuar

testes a fim de selecionar o melhor candidato para preencher a vaga existente. O

candidato selecionado deve satisfazer todas as expectativas da empresa para ser

contratado.

O novo empregado deverá fornecer toda a documentação que lhe for

solicitada para que seja efetivada a contratação e, por sua vez, a empresa deverá

preencher os documentos referente a admissão e devolver em um prazo não

superior a 48 horas.
35

Por se tratar de uma entrada de um novo funcionário, tem que se ter o

cuidado da documentação não ser falsa e haver um cadastramento na folha de

pagamento, não gerando, assim, um funcionário fantasma.

Outra forma de fraude pode ser o cadastramento deste funcionário em

duplicidade na folha de pagamento.

Para que a empresa faça o controle e que as fraudes que não ocorram,

deverão ser feitos alguns procedimentos no que diz respeito às contratações, tais

como:

a) Controlar os funcionários por departamento e o relatório emitido pelo

responsável do departamento confirmando a existência deste funcionário;

b) controlar o efetivo pagamento dos salários, requisitando a assinatura do

funcionário em recibos;

c) a contratação só se efetuará mediante solicitação em formulário próprio

do departamento que irá utilizar-se deste funcionário, etc.

4.1.5.2 Férias

As férias é um direito que todo funcionário tem, por prestar serviços à

empresa por período consecutivo de doze meses após a data de sua admissão.

O controle interno nas férias tem o objetivo de assegurar certos

desfalques que podem ocorrer, pois uma falta de controle poderá gerar
36

pagamentos em duplicidade (quando é concedido férias após o período correto

conforme legislação vigente ou quando a empresa paga duas vezes o mesmo

período que o funcionário tirou as férias).

Para que haja um controle interno eficiente nas férias, a empresa deve

possuir um mapa de controle de férias com o máximo de informações no que diz

respeito às férias de seus funcionários.

Este mapa garantirá que um funcionário não terá dois períodos de férias

vencidos, que goze ou receba mais que o permitido por lei e até mesmo que não

atrapalhe o bom andamento da empresa, visto que pode determinar o período de

férias de todos os seus funcionários de acordo com suas necessidades de

pessoal.

4.1.5.3 Demissão

Demissão é a quebra do contrato de trabalho, que pode ser por parte do

empregado ou do empregador. Todo empregado tem direito à indenização devido

à sua demissão.

Se não existir controle nesta parte, os prejuízos para a empresa poderão

ser grandes. Como falhas nos controles internos, podem ser destacados:
37

a) Um pedido de demissão ser efetivado como dispensa sem justa causa,

causando aumento de despesas;

b) o funcionário, após demitido, constar na folha de pagamento;

c) divergência de valores, constatando um valor inferior no reciboem

relação ao que foi contabilizado;

d) recibos falsos;

e) pagamento de verbas rescisórias acima do que o empregado teria

direito, etc.

Deve ser salientado que há várias maneiras para que estes tipos de

fraudes não ocorram, dentre as quais pode ser citado:

a) A criação de formulários específicos (internos) para a demissão;

b) envio periódico da relação de funcionários ativos que cada

departamento possui, para que o departamento de pessoal concilie com a

folha de pagamento;

c) pode ser adotado a dupla conferência, para evitar-se uma fraude;

d) efetuar os pagamentos rescisórios na tesouraria e não no departamento

de pessoal, etc.

4.1.5.4 Processos Trabalhistas

Todo empregado como o empregador podem procurar a justiça do

trabalho para acertarem um conflito de interesses.


38

A empresa sendo acusada deverá acionar seus advogados a fim de não

perder os prazos estipulados pela justiça e consequentemente não pagar multas

por atraso.

Como esta área é difícil de ser fraudada, pois a maioria dos valores é

determinada pela justiça, o controle tem a finalidade de fazer com que não ocorra

a falta de organização e, conseqüentemente, a perda de prazos estipulados.

A empresa poderá formular um mapa de controle dos prazos, visando

evitar a perda dos mesmos, que ocasionaria a perda da ação por revelia. Pode se

criar também uma rotina para verificar se os valores pagos correspondem aos

valores da causa e seus encargos.

4.1.5.5 Outras Formas de Prestação de Serviços

4.1.5.5.1 Serviço Terceirizado

A terceirização é definida como a transferência de atividade de uma

empresa para outra, por meios de contratos que tem como objetivo a prestação de

serviços, a realização de obras ou fornecimento de produtos.

Geralmente o que ocorre neste tipo de contratação é a quebra da

finalidade da terceirização, ou seja, a contratada exercerá funções de atividade

meio da contratante. Outro problema é a falta de documentação que prove que o


39

serviço está sendo realizado por empresa contratada e até mesmo a

caracterização do vínculo empregatício por parte dos empregados da contratada.

Devido a estes e outros problemas, a empresa contratante deverá exercer

um controle sobre a empresa contratada, mantendo em arquivo um fichário onde

contenha toda documentação necessária para que possa se resguardar de

qualquer problema que futuramente poderá ocorrer.

4.1.5.5.2 Serviço Autônomo

Trabalhador autônomo é aquele que exerce habitualmente e por conta

própria uma atividade profissional remunerada, prestando serviços a terceiros,

mas sem relação de emprego.

A principal característica do serviço autônomo é que não existe

subordinação jurídica no contrato de trabalho. Um dos principais problemas que

ocorre com este tipo de serviço é a execução de serviços por parte do autônomo

que tem características de vínculo empregatício.

Podem ocorrer também vários problemas, como por exemplo, a não

celebração de contrato entre as partes; a falta de elaboração da folha de

pagamento e a falta de recolhimento da contribuição previdenciária, entre outros.


40

Diante destes problemas, é igualmente necessário, como na terceirização,

a empresa manter em seus arquivos um fichário onde conste toda a

documentação para se resguardar de possíveis processos trabalhistas. Neste

fichário é recomendável ter:

a) Contrato de prestação de serviços;

b) comprovante de registros nos órgãos de classe;

c) comprovante de inscrição no Cadastro de Contribuintes Individuais,

mantido pela Previdência Social e;

d) o comprovante de recolhimento das contribuições previdenciárias.

4.1.5.5.3 Estagiário

Pode ser definido como o estudante superior ou secundarista que trabalha

em determinada empresa em complemento ao seu aprendizado.

Este trabalho não pode prejudicar a vida escolar do estagiário e este

receberá em contra prestação um valor a título de bolsa auxílio, que será

previamente estabelecido entre as partes. Por ser estagiário, não tem os mesmos

direitos de empregado que estão previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas

(CLT). Este é o ponto fundamental da relação entre estágio e a empresa, pois se o

estagiário for utilizado de maneira direta, pode ser considerado um empregado,

causando processos na justiça do trabalho. Caso haja uma fiscalização, o fiscal

poderá exigir que o estagiário seja incluso como empregado da empresa.


41

Para a empresa precaver-se deste tipo de acontecimento, deverá manter

em arquivo alguns documentos que constatem a finalidade do estagiário, a carga

horária, a duração do estágio, o valor da bolsa auxílio, o controle da carga horária,

e outros documentos que se fizerem necessários a fim de evitar possíveis danos

futuros caso tenham algum processo na justiça solicitando a inclusão do estagiário

como empregado.

4.1.5.5.4 Serviços Temporários

O serviço temporário é executado por pessoa física, que fará a prestação

do serviço a uma pessoa jurídica. Esta prestação de serviços tem a finalidade de

suprir a falta de funcionários ou o aumento esporádico de serviço.

Existe também empresas que só executam trabalhos temporários a outras

empresas, colocando à disposição uma grande quantidade de funcionários

qualificados, ficando a prestadora de serviços responsável pelos encargos

trabalhistas e previdenciários, bem como por todos os direitos dos empregados.

As empresas deverão firmar contrato, que não poderá ser superior a

noventa dias e, neste contrato, deverá constar o motivo da contratação

temporária.

Indevidamente estes contratos são utilizados como contratos de

experiência ou até mesmo como mão-de-obra direta, deixando assim margens


42

para um processo judicial, pois desvirtuou a finalidade do contrato temporário, ou

no caso de fiscalização, pode ser exigido a inclusão do trabalhador temporário

como empregado permanente.

Para que estes problemas não ocorram, deverão ser controlados

rigidamente estes tipos de contratos, verificando-se a existência de toda a

documentação exigida em lei, pois na falta de algum documento ou até mesmo o

contrato estar irregular, o funcionário temporário poderá reclamar vínculo

empregatício, causando assim grandes despesas para a empresa.

4.1.6 Folha de Pagamento

4.1.6.1 Aumento Salarial

Eventualmente, e fora do dissídio, as empresas poderão conceder

aumentos salariais a determinados funcionários em função de bom desempenho,

boa produtividade, ou algum outro motivo. Este aumento deverá ter autorização

por escrito da gerência ou chefia, que deverão estar cientes de tal aumento.

Caso a empresa não faça nenhum tipo de controle nestes aumentos,

poderá ocorrer alguns tipos de problemas, como, por exemplo, o aumento acima

do percentual estipulado, promoções que não refletem a realidade e, por

conseqüência do aumento espontâneo, aumentará a dificuldade no cálculo do


43

acordo ou dissídio, já que não pode haver diferenciação entre adiantamentos de

dissídios ou aumentos espontâneos dados pela empresa.

A única maneira da empresa se prevenir destes acontecimentos é criar um

sistema de controle eficiente e eficaz para que não ocorram os problemas

anteriormente descritos.

4.1.6.2 Horas Extras

O cartão ponto é obrigatório nas empresas que possuem mais de dez

funcionários. No cartão ponto deverá constar o nome do empregado, horário de

entrada e saída e os intervalos para alimentação. As horas extras são horas

trabalhadas após o expediente normal e deverão ser pagas dentro da folha de

pagamento do referido mês de competência. Geralmente, os danos para as

empresas são localizados no cartão ponto, já que os mesmos são efetuados de

forma manual, aumentando as chances de fraudes.

Os erros mais comuns em relação às horas extras são:

a) Erro na contagem de horas extras realizadas;

b) erro no pagamento do percentual utilizado;

c) trabalhos desnecessários efetuados em horários extraordinários;

d) trabalhos extraordinários sem prévia autorização da chefia, etc.


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Como se sabe, a origem dos erros, a empresa poderá evitá-los e

conseqüentemente não efetuar pagamentos de horas extras sem a devida

necessidade. Todo trabalho que necessitar ultrapassar o horário normal deverá

ser autorizado e registrado o motivo de tal extrapolação.

Tal registro se faz necessário para uma futura análise, que tentará

descobrir os motivos do extrapolamento (se é por falta de funcionários, falta de

treinamento de equipes, etc.) para que o mesmo não ocorra novamente.

4.1.6.3 Faltas

É o não comparecimento ao serviço, em horário preestabelecido em

contrato de trabalho e, caso não seja justificado, o empregador poderá efetuar os

devidos descontos salariais.

Se a empresa não mantiver um controle nas faltas dos funcionários

poderá ser prejudicada quanto aos descontos que poderia efetuar dos mesmos e,

que deve também ser descontado sobre o descanso semanal remunerado, em

caso de faltas injustificadas. As justificativas apresentadas deverão ser

controladas para que não ocorra a fraude.

Um controle no cartão ponto também se faz necessário para que um

funcionário não marque a presença de um outro faltoso no cartão ponto.


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A única maneira de evitar tais problemas é ter um controle permanente

sobre os empregados e, também, possuir um bom departamento de pessoal para

que não ocorra a cobertura de faltas.

4.1.6.4 Vale-transporte

É o benefício dado ao empregado para sua locomoção da residência para

o trabalho e vice-versa, através do sistema de transporte coletivo público. Este

benefício é equivalente à parcela que exceder a 6% do salário base do

funcionário.

O vale-transporte é fornecido pelo sistema de fichas e estas são

consideradas, indevidamente, como moeda, sendo trocadas por diversos produtos

ou até mesmo por dinheiro, dificultando cada vez mais o encontro de uma solução

no sentido de evitar que estes desvios ocorram.

Por meio dos empregados, a empresa poderá ser lesada, bastando para

isto o preenchimento indevido da declaração de vale-transporte, solicitando mais

vales que o necessário ou solicitar vales para quem possui condução própria. Para

que isto não ocorra, a declaração de vale-transporte deve ser renovada

anualmente, devendo o funcionário comprovar sua residência através de alguma

conta de água, luz, telefone, etc.


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A empresa poderá ter um controle das fichas de vale-transporte adquiridos

mensalmente e compará-los; caso haja muitas oscilações, deverá ser verificado o

motivo, pois poderá estar ocorrendo uma fraude.

4.1.6.5 Vale-refeição ou Cesta Básica

Este benefício tem por finalidade o pagamento das refeições dos

funcionários, seja ele por vale refeição, vale alimentação ou cesta básica.

Igualmente como o vale-transporte, está se tornando moeda que é trocada por

bens de consumo, quebrando assim a sua finalidade, e por ser efetuado fora do

âmbito da empresa, não há como ter um controle sobre estas trocas.

Na empresa, podem ocorrer algumas irregularidades que, com um mínimo

de controle, seriam evitadas. Pode-se desviar vales se não houver nenhum

controle dos vales adquiridos, sendo que para acabar com estes desvios, é

necessário um controle que conste o número de vales adquiridos, os entregues e

os que estiverem em poder da empresa. Este controle deverá ser efetuado

mensalmente e comparado. Caso ocorra grandes oscilações, deverá ser

averiguado os motivos para evitar uma possível fraude.

Sem um controle eficiente, a empresa poderá entregar os vales em

duplicidade; para evitar que isto ocorra, basta a criação de comprovantes de

entregas, impedindo que um mesmo funcionário receba os vales mais de uma vez.
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4.1.6.6 Encargos Sociais e Impostos

Todas as empresas efetuam pagamentos de taxas e impostos e,

geralmente, há um departamento que faz tudo (cálculos e pagamentos), dando

margens à fraude.

Pessoas que trabalham em tais departamentos podem fraudar as

autenticações em guias de recolhimento, embolsando os valores. Se o cheque for

ao portador, facilita a sua utilização por parte do responsável pelos

pagamentos.Para que tais falhas não ocorram, todos os pagamentos em cheques

devem ser nominais e devem possuir uma relação de guias de pagamentos a que

o mesmo se destine. Deve ser adotada a segregação de funções para efetuar tais

quitações, enquanto um departamento efetua os cálculos, apura os valores a

serem pagos e preenche a guia de pagamento, outro terá apenas a

responsabilidade de quitação dos débitos.

Nesta área da empresa, é muito importante manter o controle, pois as

fraudes neste tipo de pagamentos, além de lesar a empresa em valores, pode

acarretar até o fechamento da mesma por parte de órgãos do governo.

Toda fraude nesta área fará a empresa pagar novamente pelos tributos

com a devida multa, já que não foram pagas na primeira vez.


48

4.1.7 Compras

A função compras destina-se geralmente ao processo produtivo,

comprando matéria-prima e insumos para a produção. Não somente para a

produção estará voltada esta função, pois também se encarregará da compra de

equipamentos, materiais de consumo interno, peças de reposição, serviços de

manutenção, que, seguem as mesmas regras que as compras de matérias-

primas.

Todo este processo de compras inicia-se na produção com uma

“requisição de compras”, que será previamente aprovada, verificando-se então a

real necessidade de compras, e destinará para os fins adequados e estabelecidos

pela empresa, evitando compras de itens em demasia ou desnecessários.

Algumas empresas dividem a tarefa de autorizar as compras. Enquanto

um departamento faz a aprovação dos materiais para a produção, haverá outro

que fará a aprovação das demais compras (imobilizado, peças de reposição,

materiais de insumos, etc.), gerando um diferenciado nível de aprovação para

qualquer compra efetuada.

As requisições de compras devem conter informações relativas à

quantidade e qualidade dos itens, quando devem estar disponíveis e quem as

requisitou.
49

A pessoa encarregada pelas compras, neste ponto, deve fazer uma

relação de fornecedores, evitando os que costumam atrasar as entregas, os que

não cumprem preços e condições preestabelecidos, os que trabalham com

produtos de baixa qualidade, entre outros problemas. Esta seleção se dará por

meio de anúncios, visitas de vendedores, revistas especializadas e outros meios

disponíveis para a empresa achar o fornecedor adequado às suas necessidades.

Neste momento, a empresa possuirá uma lista de fornecedores

classificada pela qualidade dos produtos, preços, prazos de entrega, etc., sendo

esta lista utilizada para efetivação das compras.

Todas as transações de compras devem ser evidenciadas por ordens de

compras pré-numeradas, com cópia para o departamento de contas a pagar para

haver comparação entre as notas fiscais dos fornecedores com os relatórios de

recebimentos. O departamento de compras não deve se envolver com o

recebimento das mercadorias para que se tenha um bom sistema de controle

interno.

Poderemos descrever a função de compras como uma rotina na empresa

que pode ser resumido no seguinte fluxo de operações:

a) Receber a requisição de compras aprovada;

b) efetuar tomadas de preços junto a fornecedores da lista pré-aprovada;

c) preparar e aprovar a ordem de compras em cinco vias;


50

d) enviar a primeira via para o fornecedor, a segunda via ao requisitante, a

quarta via para a recepção, arquivar a terceira e a quinta via deverá ser

enviada junto com a requisição de compras para o departamento de

contas a pagar;

e) receber da recepção a segunda e a terceira via do relatório de

recebimento, assinar a terceira via e devolvê-la à recepção.

4.1.8 Recepção

Todos os recebimentos efetuados pelas empresas e oriundas de compras

devem dar entrada no departamento de recepção, devendo este ser totalmente

independente dos demais departamentos da empresa, como o almoxarifado,

expedição, contabilidade, etc.

Deve-se preparar o relatório de recebimentos para que suas cópias sejam

envidas aos demais departamentos ( compras, estoques, contas a pagar,

contabilidade). Sua importância é averiguada na conferência dos pedidos, se

estão corretos em relação às solicitações efetuadas, quando da compra, como

qualidade, quantidade, especificações técnicas etc.

Outra importância deste departamento é a descoberta de mercadorias

com defeito ou danificadas no momento da entrada na empresa, podendo para

tanto não aceitá-las, devendo ter um controle rigoroso de todas as mercadorias


51

efetivamente recebidas e outro controle de mercadorias que já foram enviadas

para o departamento de almoxarifado.

Este controle rígido no recebimento é necessário para evitar roubos ou má

utilização e é importante que as mercadorias sejam controladas fisicamente desde

o momento que entram na empresa até o momento de utilizá-las.

A função de recepção pode ser resumida no seguinte fluxo de operações:

a) Receber do departamento de compras a quarta via da ordem de

compras;

b) inspecionar e contar os materiais, comparando-os com a ordem de

compras e a nota fiscal;

c) preparar relatórios de recebimentos em quatro vias;

d) enviar a primeira via para o departamento de contas a pagar,

juntamente com a nota fiscal;

e) enviar a segunda e a terceira via para o departamento de compras;

f) receber de volta do departamento de compras a terceira via do relatório

de recebimento,

g) assinar e arquivar junto com a quarta via e a ordem de compra.

4.1.9 Contas a Pagar

Um sistema de contas a pagar deve garantir a segurança de que nenhum

pagamento seja efetuado sem a evidência documental da existência de um


52

passivo e de se evitar pagamentos em duplicidade. Deve garantir também para

que só sejam incluídas as requisições válidas e por seus valores corretos.

Quando o departamento de contas a pagar reconhece a dívida, toda a

mercadoria ou serviços foram contratados, autorizados ou recebidos; que as

quantidades estão de acordo com as especificações; os preços conferem com o

acordo original e que a nota fiscal está correta no sentido de preenchimento de

valores e quantidades, descontos se houver, etc.

Nota-se que para o reconhecimento da dívida, deve-se ter apenas o

relatório de recebimento emitido pelo departamento de recepção sem restrições,

evidenciando assim a necessidade de se manter o departamento de recepção

totalmente independente.

No momento que são conferido todos procedimentos emite-se o cheque

para que se efetue o pagamento. Resume-se a responsabilidade do departamento

de contas a pagar na verificação das notas fiscais e outros passivos, na

determinação adequada de quais contas podem ser creditadas e debitadas, na

manutenção de registros auxiliares e na preparação de lançamentos no diário que

resumam as transações de cada mês.

Para que o controle interno seja eficiente e eficaz, deve haver

mensalmente uma conciliação dos registros auxiliares com os mantidos pela

contabilidade e a emissão de relatórios para demonstrar dados necessários para


53

que se possa manter um controle permanente de todas as obrigações da

empresa.

Poderemos resumir a função do departamento de compras no seguinte

fluxo de operações:

a) Receber do departamento de compras a primeira via da requisição de

compras e a quinta via da ordem de compra e arquivar, aguardando outros

documentos;

b) receber da recepção a primeira via do relatório de recebimentos

juntamente com a nota fiscal;

c) comparar a nota fiscal com outros documentos e mandá-la para a

contabilidade;

d) receber as duplicatas dos fornecedores;

e) comparar a requisição de compras, a ordem de compra e o relatório de

recebimento com a duplicata;

f) preparar e aprovar os lançamentos em contas a pagar;

g) preparar os resumos diários de lançamentos;

h) remeter lançamentos, resumos e notas fiscais para a contabilidade;

i) remeter, no vencimento, a requisição de compras, a ordem de compra,

o relatório de recebimento e a duplicata à tesouraria.

4.1.10 Sistema Informatizado nas Compras e Contas a Pagar


54

Como pode ser observado, deve-se manter um bom sistema de controle

interno para resguardar a empresa de possíveis fraudes, e este controle fica mais

seguro se for utilizado um sistema informatizado.

As operações entram no sistema em diferentes níveis de autorização,

havendo um entrelaçamento de informações, criando rotinas mais seguras e

completas.

O registro de uma compra entra no sistema pela digitação do relatório de

recebimentos efetuado pelo encarregado de receber as mercadorias. Este registro

é o ponto inicial para os demais departamentos e que iniciará as rotinas no

departamento de contas a pagar e na contabilidade. Por sua vez, o departamento

de contas a pagar e a contabilidade introduzirão outras informações no sistema e

haverá, como já mencionado, um entrelaçamento de todas estas informações.

Basicamente, o sistema informatizado trará benefícios e segurança para a

empresa, contribuindo para que haja um melhor sistema de controle interno.

Facilita também os níveis de autorização , pelas senhas distribuídas; restringe o

acesso a informações de pessoas não autorizadas; segrega funções e traz

benefícios na correção e registro dos lançamentos.

4.1.11 Contabilidade
55

Todo este trabalho tem relação específica com a contabilidade, que é, em

essência, o centro de controle e informações das empresas. Várias das tarefas de

controle são exercidas pelo departamento de contabilidade, motivo pelo qual este

deve ser sempre bem aparelhado, com pessoal treinado e adequadamente

localizado nos setores da empresa.

Com relação às informações geradas pelo ciclo de compras e contas a

pagar, o fluxo de operações da contabilidade pode ser descrito como segue:

a) Recebe do contas a pagar os lançamentos aprovados de compras e

resumo diário;

b) confere lançamentos com resumo e efetua lançamentos na

contabilidade;

c) confere totais na contabilidade e no resumo;

d) remete lançamentos aprovados e resumo diário para controle de

estoques;

e) recebe da tesouraria as cópias de cheques e relação de cheques

emitidos;

f) prepara lançamentos e os efetua nos livros diário e razão;

g) confere total de cheques emitidos com o total da relação de cheques

emitidos;

h) arquiva a documentação.

A forma pela qual a informação de compras e contas a pagar é registrada

na contabilidade está ilustrada pelos razonetes da figura 1.


56

Figura 1 - Registros Contábeis do Processo de Compras e Contas a Pagar.

4.1.12 Setor Fiscal

O setor de faturamento envia uma via da nota fiscal para este setor, que

emitirá o relatório diário de notas fiscais para conferência. Esta conferência tem o

objetivo de confirmar se todas as notas fiscais emitidas estão incluídas no setor

fiscal, e se os valores, códigos, classificações fiscais e cálculo estão corretamente

registrados. Caso ocorra um erro na emissão da nota fiscal, deverá ser emitida

uma carta de correção.


57

O relatório diário de nota fiscal também será utilizado para a conferência

da seqüência numérica das notas fiscais emitidas. Após as conferências, será

emitido o livro de registros de saídas, conciliado com o razão contábil e o resumo

de impostos será utilizado para preparar o livro de apuração de ICMS e IPI, e suas

respectivas guias para pagamento, que serão enviadas ao setor de tesouraria.

4.1.13 Estoques

4.1.13.1 Conceito de Estoques

“São bens adquiridos pela companhia com o objetivo de venda ou


utilização própria no curso normal de suas atividades” (Manual de
Contabilidade das Sociedades por Ações, Sérgio Iudícibus, Eliseu
Martins e Ernesto R. Gelbcke).

4.1.13.2 Correlação com as Atividades da Companhia

Dependendo da natureza da atividade da companhia, os estoques terão

características diferenciadas quanto ao seu controle, registro contábil e

apresentação nas demonstrações financeiras, por exemplo:

a) Em empresas comerciais, os estoques são adquiridos prontos para

venda e a atividade da companhia será armazená-los adequadamente

para posterior revenda, considerando o ciclo que irá determinar o sistema

de controle de estoques, a compra do produto, sua estocagem e venda

posterior;
58

b) em empresas industriais, a complexidade aumenta. Como o produto é

elaborado total ou parcialmente na companhia, têm-se necessidade de

controlar não só os recursos (matéria-prima, mão-de-obra, gastos gerais

etc.) que serão utilizados no processo produtivo, como também as fases

de produção e armazenamento do produto acabado;

c) em empresas agrícolas e agropecuárias, o controle é voltado aos

gastos com a cultura ou rebanho e controle de seu crescimento e posterior

definição de utilização e classificação contábil.

4.1.13.3 Determinação dos Controles Internos nos Estoques

Apresentaremos os principais aspectos que devem ser considerados na

elaboração e análise dos controles internos de estoques, considerando os

estoques numa atividade industrial.

4.1.13.3.1 Atividade da Companhia

Características dos produtos:

a) Os tipos de produtos e procedimentos de produção, tais como pequena

quantidade de produtos grandes (não usuais), um grande número de

produtos relativamente homogêneos e produtos que contêm materiais de

valor elevado;

b) rotação do estoque e o inter-relacionamento com o progresso

tecnológico;
59

c) possibilidade de ser transportado ou mobilidade do produto;

d) o relacionamento de matérias, mão-de-obra e custos indiretos com o

custo unitário de estoque;

e) possibilidade dos produtos serem rebeneficiados para revenda;

f) a natureza sazonal dos produtos ou padrões de produção;

g) se os produtos possuem características danosas ou perigosas (por

exemplo, ao meio ambiente);

h) natureza do processo de produção;

i) a complexidade do processo de produção;

j) a existência e negociabilidade de subprodutos;

k) subcontratação de fases do processo produtivo;

l) característica do processo produtivo: por encomenda ou contínuo;

m)o grau de automatização no processo de produção;

n) a duração do ciclo de produção, e se os procedimentos de

contabilidade de custos, inclusive apropriação dos custos de mão-de-obra

e indiretos, são coerentes com o processo de produção;

o) condições econômicas, concorrência e tendências do negócio.

Uma economia saudável e uma forte demanda pelo produto podem gerar

problemas de fornecimento e condições de falta de estoque. Uma economia em

depressão pode resultar em um declínio das vendas e excesso de estoque. As

condições inflacionarias podem elevar os custos de produção a níveis em que

terão de ser consideradas as implicações no valor líquido da realização.


60

4.1.13.3.2 Controles Administrativos e Independentes

Independentemente da natureza dos estoques, alguns controles internos

devem ser analisados quando verificamos a eficácia dos controles internos na

área de estoques, tais como:

a) A extensão em que são usados orçamentos para previsões de vendas,

níveis de estoques, atividades de produção, mão-de-obra e custos

indiretos;

b) os procedimentos para comparação e acompanhamento dos resultados

reais com os montantes planejados e orçados;

c) os procedimentos empregados pela administração para revisão e

acompanhamento de informações financeiras periódicas, relativas a

estoques e custo de produção;

d) a extensão em que os relatórios administrativos e relatórios de exceção

são preparados para revisão, incluindo;

- Quantidades em estoque e custos-padrão ou unitários;

- preço de compra, mão-de-obra e outras variações;

- despesas diretas absorvidas a maior e menor;

- margens brutas;

- estoques obsoletos ou de pouca movimentação;

- estoque devolvido;

- ajustes de inventário físico;

- modificações nos custos-padrão.


61

e) os procedimentos utilizados pela administração para revisar e

acompanhar assuntos observados nos relatórios administrativos e de

exceção;

f) os procedimentos para preparação de reconciliações dos registros

permanentes de estoques com as contas de controle no razão geral;

g) o estoque é submetido periodicamente a contagens independentes.

Caso os estoques de terceiros não estejam sujeitos a contagens físicas

periódicas, normalmente devem ser solicitadas confirmações de sua

localização;

h) os procedimentos para estimativa e contabilização de ajustes para

redução dos estoques a seu valor de realização ou de sucata e para

refletir itens de pouca movimentação, obsoletos ou de baixa possibilidade

de venda;

i) as quantidades embarcadas são reconciliadas com os pedidos e as

faturadas;

j) os custos-padrão são revisados e revistos periodicamente por pessoas

com conhecimento adequado;

k) os relatórios de recebimento, as requisições de materiais, os relatórios

de encomendas completadas e os documentos de embarque são

numericamente controlados e os documentos faltantes são investigados.

4.1.13.3.3 Principais Preocupações quanto aos Controles Contábeis


62

Quando da elaboração de controles contábeis na área de estoques, a

companhia deve preocupar-se com os seguintes aspectos:

a) Existência: se os estoques existem fisicamente e se há documentação

adequada relativa à sua propriedade;

b) cálculos: se, por exemplo, os custos unitários (custos reais de materiais,

mão-de-obra e custos indiretos, conforme for adequado) e os valores

correspondentes estão adequadamente calculados de acordo com os

princípios fundamentais de contabilidade;

c) avaliação: os saldos dos estoques refletem todos os eventos ou

circunstâncias que afetam sua avaliação, de acordo com os princípios

fundamentais de contabilidade; os estoques estão demonstrados pelo

menor valor entre o custo e o de mercado, estando reduzido ao seu valor

estimado de realização ou valor de sucata para refletir os itens de estoque

de baixa movimentação, obsoletos, invendáveis ou não utilizáveis, os

lucros ou prejuízos entre as empresas ligadas estão sendo eliminados;

d) contabilização: todas as quantidades e saldos de estoques estão

adequada e integralmente contabilizados nos registros contábeis

correspondentes;

e) acumulação de valores: as quantidades e saldos de estoques estão

adequadamente acumulados nos pertinentes registros contábeis

correspondentes.

4.1.13.4 Uso de Software no Auxílio à Revisão dos Controles Internos dos

Estoques
63

Como procedimento adicional no desenvolvimento dos controles internos

na área de estoques, podemos utilizar softwares para recuperação e análise de

dados relativos, que incluem:

a) Teste de somas e cálculos dos registros permanentes de estoques;

b) elaboração de relatórios de quantidades, custos ou descrições não

usuais de estoque;

c) identificação de estoque antigo e inativo;

d) preparação de relatórios relativos a embarques recentes de estoque,

para teste e verificação do período de competência;

e) comparação de preços de faturas recentes com custos constantes dos

registros permanentes de estoque;

f) elaboração de relatórios de mudanças de custos unitários em relação

ao ano anterior;

g) comparação de quantidades em estoque com as previsões de vendas;

h) identificações de matérias-primas relacionadas com produtos acabados

obsoletos;

i) testes de somas e cálculos da apropriação de custos indiretos

absorvidos a maior e a menor;

j) elaboração de relatórios sobre mudanças nos custos ou nas

quantidades, desde a data do inventário físico;

k) elaboração de relatórios de estoques obsoletos, excessivos ou de baixa

movimentação;
64

l) elaboração de relatórios dos produtos cujo custo excede o valor de

mercado.

4.2 CONTROLE INTERNO NA ÁREA DE PRODUÇÃO

4.2.1 Função de Produção

A produção é o processo pelo qual se criam mercadorias e serviços. A

administração da produção compreende a tomada de decisão com relação aos

processos de produção, de modo que o produto ou o serviço resultante seja

produzido de acordo com as especificações, segundo as quantidades e programas

estabelecidos e a um custo mínimo. A administração da produção ao realizar

estes objetivos associa-se a duas grandes áreas de atividade: o projeto e o

controle dos sistemas de produção.

Um sistema de produção pode possuir muitos componentes e objetos

(materiais, informações, máquinas, pessoal etc.), porém são responsáveis por um

único objetivo. Os componentes de um sistema contribuem para a produção de

um conjunto de saídas a partir de determinadas entradas. Os sistemas são,

freqüentemente, complexos, e a alteração de uma variável dentro deles afetará

muitas outras variáveis de sistema. Assim, uma alteração no ritmo da produção

pode afetar os estoques, horas de trabalho semanal, trabalho extraordinário etc.


65

4.2.2 Problemas de Administração da Produção

Vários problemas podem ocorrer em um processo produtivo. Esses

problemas exigem dois tipos principais de decisão: um que compreende o projeto

do sistema e outro que compreende a operação e controle do mesmo. O equilíbrio

relativo à importância dada a cada um dos fatores, tais como custos, serviços e

confiança do comportamento funcional dentro dos prazos estabelecidos, depende

dos propósitos básicos da companhia e da natureza geral dos produtos que se

produz. Por isso, em geral, as empresas darão, provavelmente, ênfase aos custos

coerentes com os compromissos de qualidade e prazos e entrega.

As decisões a longo prazo relacionadas com o projeto do sistema de

produção , são:

a) Escolha e projeto dos produtos: existe uma forte ligação entre a escolha

e projeto dos produtos de um lado e a capacidade de produção de outro;

b) seleção do equipamento e do processo: geralmente, para cada

necessidade, existem alternativas de equipamentos e processos; a

administração da produção deverá tomar decisões que empenham o

capital da empresa e seu enfoque básico da produção no projeto dos

recursos produtivos;

c) projeto de seleção de itens fabricados: o custo de produção reage

fortemente ao projeto de peças, produtos, formas burocráticas etc.

Decisões de projeto, muitas vezes, estabelecem as características

limitadoras do custo e processamento do sistema;


66

d) delineamento: o delineamento, ou projeto de trabalho, é parte integrante

do projeto total do sistema, envolvendo tanto a organização básica do

trabalho, quanto a integração de dados de engenharia humana para

produzir tarefas;

e) localização do sistema: as decisões a respeito de localização, em

alguns casos, podem ser importantes;

f) plano de instalação do equipamento: é preciso tomar decisões relativas

à capacidade de projeto, modos básicos de produção, turnos de trabalho,

uso de trabalho extraordinário e subcontrato; além disso, é necessário

localizar operação e equipamento em relação uns com os outros, de modo

a tornar mínimo o custo de manipulação dos materiais ou a satisfazer as

exigências de algum outro critério mais complexo.

Decisões a curto prazo, relativas ao projeto de operações e controle dos

sistemas são:

a) Controle da produção e dos estoques: é necessário decidir o modo de

distribuir a capacidade produtiva de acordo com a demanda e a política de

manutenção dos estoques;

b) conservação e regularidade de funcionamento do sistema: e necessário

tomar decisões sobre o esforço de conservação e do fato de que o tempo

de imobilização das máquinas pode estar associado diretamente a

importantes gastos ou a perdas de vendas;

c) controle de qualidade: devem ser tomadas decisões tanto para

estabelecer os níveis possíveis de risco de produzir e entregar peças


67

defeituosas ou de cometer erros, quanto do risco de rejeitar peças

aceitáveis. Os custos de inspeção devem ser ponderados com relação às

perdas prováveis, devidas à possível aceitação de materiais ou serviços

defeituosos;

d) controle de mão-de-obra: a mão-de-obra é o principal elemento de

custo na maioria dos produtos e serviços. O planejamento da produção

exige uma avaliação do componente da mão-de-obra;

e) controle de custo: os supervisores da produção devem tomar decisões

diárias que envolvem o equilíbrio da mão-de-obra, da matéria-prima e das

despesas gerais ou indiretas.

4.2.3 Análise do Custo

A análise do custo é o melhor método para se avaliar o comportamento

da produção. Ele apresenta-se sob muitas formas e baseia-se num conhecimento

do comportamento dos fatores de custo.

A análise de equilíbrio econômico utiliza as diferenças em comportamento

de certos custos em relação às variações de volume das operações. A análise de

equilíbrio econômico ajuda a estabelecer o volume de operações apropriado,

diagnosticar os problemas e avaliar a adequação de um processo de produção.

Por esses motivos, a análise do custo é muito importante, assim como as

informações utilizadas para uma correta apuração destes custos.


68

Podemos concluir que a grande função do sistema de custos é o

conhecimento do que ocorre. Para confiarmos num sistema de custos, devemos

nos preocupar com as origens das informações que o alimenta, deve-se conhecer

a origem de cada custo; se estão dentro dos valores e limites que deveriam estar;

se é possível ter rápido conhecimento quando existe algum desvio do

comportamento que deveria ter e se são tomadas atitudes para corrigir esses

desvios.

4.2.4 Principais Informações para Apuração dos Custos

4.2.4.1 Matéria-prima

A matéria-prima é, geralmente, o principal componente do custo. As

quantidades solicitadas para produção devem possuir controles para se assegurar

que as informações-base para formação do custo sejam perfeitas.

O controle sobre os registros do estoque de matéria-prima implica nas

seguintes tarefas:

a) Assegurar que retiradas não autorizadas não aconteçam;

b) assegurar o cumprimento da rotina do material em trânsito, sua

adequada identificação e sua estocagem nos lugares predeterminados;

c) assegurar que todas as transações de entrada e saída sejam

processadas, e que o sejam com rapidez e precisão, e que a coleta dos

dados seja feita com correção e nos locais de origem;


69

d) assegurar a rastreabilidade das informações, para localização das

causas dos erros detectados;

e) executar contagens físicas dos estoques, rotineiramente, e quando

houver suspeita de erros.

Os registros dos estoques são muitas vezes imprecisos, podendo ocorrer

erros quando do registro dos eventos. Por exemplo, o código do material pode ser

assinalado incorretamente e outras incorreções, como entrega direta entre

departamentos da produção sem o correspondente registro.

Para assegurar a qualidade dos registros dos estoques, devem-se fazer

controles preventivos quanto à existência de autorização prévia, existência de

todos os dados necessários e racionalidade do registro, assim como

procedimentos corretivos, para acerto dos erros verificados.

O controle preventivo quanto à existência de autorização prévia pode ser

feito através de regras, tais como:

a) As requisições não devem exceder às quantidades determinadas pela

etapa de panejamento chamada de liberação das ordens de produção;

b) os recebimentos de materiais não devem exceder às quantidades

determinadas pelos pedidos.

A verificação da existência de todos os dados necessários envolve

basicamente os códigos de transação (entrada, saída etc.), o código do material, a


70

quantidade. A verificação de racionalidade é feita levando-se em conta fatos de

bom-senso, tais como: o saldo de estoque não pode ser negativo; retiradas

cobrindo um longo espaço de tempo devem gerar desconfiança etc.

4.2.4.2 Produtos em Processo

Os produtos que se encontram em processo necessitam de

acompanhamento para a coleta dos custos inerentes a cada tipo de produto,

cumprimento dos prazos de entrega, controle do nível de estoque em processo,

minimização do tempo ocioso dos recursos de produção etc.

Para atingir este objetivo, as seguintes funções devem ser colocadas em

prática:

a) Programação da capacidade necessária por centro de produção e

alocação dos recursos de produção às necessidades decorrentes do

Plano de produção;

b) controle do estoque em processo, programando adequadamente a

liberação das ordens para produção;

c) programação de liberação antecipada de ordens de produção, para

evitar tempo ocioso.

4.2.5 Funcionamento das Ordens de Serviço


71

Antes da liberação propriamente dita, as ordens de produção já foram

submetidas à programação da liberação. Periodicamente, a intervalos curtos (por

exemplo, diariamente), as ordens com liberação programada são submetidas à

verificação das disponibilidades de materiais e ferramentas, para sua liberação

definitiva.

4.2.6 Verificação da Disponibilidade dos Materiais

A liberação das ordens de produção deve ser feita para períodos curtos.

Dessa maneira, evita-se que materiais escassos sejam alocados a Ordens de

Produção antes que sejam realmente necessários, provocando falta em outras

ordens de produção. A liberação de uma ordem não é feita se um ou mais

materiais não estiverem disponíveis. Dessa maneira , evita-se que materiais

fiquem alocados a ordens que não podem ser processadas de imediato, podendo

provocar faltas em outras ordens.

4.2.7 Requisições de Materiais

Na liberação das Ordens de Produção, uma lista de entrega deve ser

gerada para o almoxarifado, discriminando os materiais necessários.

4.2.8 Documentação para Produção


72

Um documento para controle do processamento da ordem deve conter a

identificação do produto, através de código e descrição, o número da ordem de

produção e a quantidade a ser produzida.

4.2.9 Supervisão das Ordens de Produção

A supervisão da produção baseia-se numa adequada e rápida

comunicação, fornecendo informação seletiva a quem deva tomar ações

específicas: operários, gerentes, máquinas, departamentos.

A supervisão da produção incorpora gente, computadores, formulários e

equipamentos de produção, para:

a) Emitir diretrizes para a produção com base nas atividades planejadas;

b) coletar informações sobre o estágio das atividades na produção;

c) comparar o estágio real das atividades com o planejamento e identificar

exceções;

d) decidir ações corretivas a serem tomadas;

e) emitir novas diretrizes para a produção com base nas ações corretivas.

4.2.10 Conseqüências de um Controle Interno Inadequado na Produção

A inexistência ou insuficiência de controles internos no setor produtivo

pode gerar sérias conseqüências para a empresa. Dentre muitas, podemos

destacar:
73

a) Apuração incorreta de custos dos produtos produzidos;

b) superavaliação ou subavaliação do preço de venda dos produtos;

c) administração baseando-se em informações distorcidas;

d) manutenção de estoques insuficientes ou desnecessários;

e) desvios de materiais e produtos;

f) fraudes.

4.3 CONTROLE INTERNO NA ÁREA COMERCIAL.

4.3.1 Vendas

Geralmente, o ponto inicial de uma venda ocorre quando se recebe um

pedido de compra por parte de clientes. Com este pedido de compra, o setor de

vendas emitirá o pedido de vendas que constará o nome do cliente, quantidade

solicitada, data de entrega e preço negociado.

Caso o pedido seja feito por telefone, deverá ser obtido todas informações

necessárias para emissão da nota fiscal. Se o pedido for feito por um novo cliente,

este deverá passar primeiramente no setor de crédito, que, após todas as

verificações, autorizará ou não a venda.

Quando os dados das vendas forem incluídos em sistemas de

computação, automaticamente é efetuado controle programado. Este controle

verifica o total da venda com o total do saldo aberto de clientes; análise de atrasos
74

ocorridos no recebimento de duplicatas; confronta o preço da ordem de venda

com a tabela de preços; confronta se a quantidade existente no almoxarifado é

suficiente para suprir a venda; baixa a quantidade em estoque, evitando a venda

dos produtos em duplicidade; confere se as condições oferecidas não estão além

das permitidas pela política da empresa; confere todas as operações matemáticas.

O setor de vendas emite então a ordem de venda, que é enviada para o

setor de faturamento, via sistema.

Para que um processo de vendas esteja em perfeitas condições de

operação é preciso que sejam observados determinados pontos:

a) Um método de determinação do preço de venda: para isso é preciso

que a empresa mantenha sempre atualizada a lista de preços, que faça

cotações e apresente propostas para os clientes, individualmente;

b) recebimento de pedidos de clientes: estes pedidos podem ser feitos

pelo correio, por telefone, e-mail, ou por meio de um vendedor etc.;

c) geralmente, a preparação de pedidos internos padronizados;

d) registro de pedidos: em formularios ou arquivos.

4.3.2 Setor de Faturamento

O setor de faturamento efetua a emissão da nota fiscal em, no mínimo,

duas vias, após confirmar a aprovação do crédito pelo setor de crédito. Uma das
75

vias é enviada ao setor fiscal e a outra ao setor de expedição, que faz a

conferência das quantidades enviadas para o cliente.

O setor de faturamento poderá também emitir diariamente relatórios de

vendas, que serão enviados para os setores de crédito e de vendas para

confirmação. O setor de crédito confirmará se todas as vendas efetuadas foram

registradas no contas a receber, pois o cadastramento das ordens de venda gera

informações para o setor de contas a receber e o relatório emitido pelo setor de

faturamento tem que estar de acordo com as informações. O relatório enviado ao

setor de vendas servirá para registro das vendas e análise gerencial.

A gerência de crédito pode liberar faturamentos com problemas, podendo

ser problemas de créditos, prazos, descontos, etc., mas nunca ultrapassando os

limites determinados pela administração. Esta liberação no faturamento deverá ser

através de relatório, que será listado pela gerência de créditos formalizando a

concordância e, posteriormente, enviado à administração para análise.

4.3.3 Setor de Expedição

O setor de expedição é o último setor que passa a mercadoria antes da

entrega para o cliente. O setor de vendas enviará uma via da nota fiscal, e o

almoxarifado enviará a mercadoria para o setor de expedição, que servirá para

conferência da mercadoria antes da entrega para o cliente.


76

No ato da entrega da mercadoria para o cliente este deve preencher o

canhoto da nota fiscal, assinando e datando, dando assim a concordância de que

a mercadoria é condizente com o pedido efetuado. Por se tratar de documento em

que o cliente assumiu ter recebido a mercadoria, deverá ser guardado para

comprovar futuras reclamações e evitar possíveis fraudes.

4.3.4 Setor de Crédito e Cobrança

O setor de faturamento emite a nota fiscal com dados do cliente, que

devem ser repassados ao setor de contas a receber para que sejam tomadas

medidas de controle e cobrança de duplicatas. Estes dados devem ser atualizados

no sistema por pessoas autorizadas, que possuem senha de acesso para incluir,

excluir ou alterar qualquer informação dos clientes.

O sistema de contas a receber envia diversas informações para o setor de

crédito, que podem ser utilizadas para gerar vários relatórios. Entre eles

poderemos encontrar:

a) Razão auxiliar de contas a receber;

b) relatório de duplicatas por vencimento;

c) relatório geral das duplicatas;

d) relatório de duplicatas em cobrança bancária;

e) relatório de duplicatas por cliente;

f) relatório diário de contas a receber;

g) relatório diário das baixas.


77

Deve ser feito um confronto diário do relatório de contas a receber com o

de vendas para verificar se o total das vendas corresponde ao lançado nas contas

a receber. O valor total das notas fiscais deve ser igual aos registros no sistema

de contas a receber.

O setor de crédito e cobrança é responsável pelo envio de informações

aos bancos, para ser executada a cobrança bancária. Estas informações podem

ser enviadas via fita magnética (arquivo de duplicatas) ou através do envio de

duplicatas. A empresa deverá emitir o relatório de duplicatas em cobrança

bancária para que se efetue a conferência das duplicatas recebidas.

Deverá ser enviado para a tesouraria o relatório de duplicatas por

vencimento para que se confirme a data dos recebimentos para a elaboração do

fluxo de caixa. Este relatório pode ser utilizado por outros setores da empresa,

como por exemplo: a análise das duplicatas em atraso pela administração para

que se contate os clientes. Serve também à contabilidade para prever perdas nas

contas a receber e, junto com o razão das contas a receber pode ser identificado

pendências, gerando assim uma necessidade de investigação.

O banco repassa a informação da liquidação de duplicatas através da fita

magnética ou do boleto de cobrança para a empresa efetuar as baixas no setor de

contas a receber. Através destas informações, a empresa confrontará com o


78

relatório diário de baixas de contas a receber, para que se confirme a baixa no

setor de contas a receber.

4.3.5 Segregação de Funções no Setor de Contas a Receber

A segregação de funções determina se os controles da empresa são

suficientes para atingir os objetivos básicos do controle interno.

A segregação de funções tem o propósito de dividir as tarefas, diminuindo

os riscos de fraudes e garantindo que nenhum empregado ou grupo de

empregados possam cometer ou ocultar erros ou irregularidades no curso normal

de suas funções.

No setor de contas a receber as funções que devem ser segregadas são:

a) Autorização ou aprovação de transações que afetam os ativos;

b) custódia dos ativos;

c) contabilização ou relatórios sobre as transações.

No processo de vendas e contas a receber é importante para a empresa

efetuar uma segregação de funções que seja definida. Por exemplo:

a) Quem emite a ordem de venda não pode aprovar o crédito nem ter

acesso ao arquivo de dados relacionados aos créditos;

b) quem é responsável pelo registro da documentação de despacho não

pode ser o mesmo que faz a custódia dos estoques ou autoriza sua baixa;
79

c) quem prepara o faturamento não verifica e não autoriza a determinação

do preço de venda;

d) quem faz a conciliação dos registros auxiliares com os livros contábeis

não faz a manutenção dos mesmos nem a conferência numérica das

faturas de vendas;

e) quem revisa e aprova o relatório de duplicatas por vencimento não

autoriza as baixas por serem incobráveis.

Salienta-se, também, que apenas a segregação de funções não garante

um eficiente e eficaz sistema de controle interno. Deve-se então adotar outros

métodos de controle interno para garantir a minimização das possibilidades de

fraudes.
5 AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Para atingir seus objetivos, as empresas agrupam, de forma lógica, uma

série de funções ( procedimentos ) necessários para a realizações das tarefas.

Este agrupamento resulta no estabelecimento de uma série de rotinas que são

conhecidas por sistemas.

Cada trabalho que compõe o conjunto de atividades necessárias à

operação da empresa como um todo é desenvolvido através de um sistema

específico.

Para fiscalizar o correto cumprimento das rotinas, são definidos outros

sistemas que têm como objetivo controlar o correto funcionamento de um sistema

operacional qualquer. Este sistema é denominado sistema de controle interno.


81

A avaliação desse sistema de controle interno é de fundamental

importância para o bom funcionamento da empresa.

Esta avaliação é feita para que se estabeleça e recomendem um sistema

cada vez mais ágil, econômico e funcional. Mesmo que o controle interno seja

bom, com o decorrer do tempo, haverá coisas a serem melhoradas ou

reformuladas.

Somente com uma constante avaliação do sistema de controle interno é

possível conhecer sua real intensidade e prováveis ineficiências, melhorando

assim cada vez mais o sistema.

A avaliação de controles se processa pelo levantamento dos sistemas da

empresa, que podem ser evidenciados de quatro formas diferentes:

a) Questionário narrativo;

b) questionário “sim/não”;

c) fluxogramas;

d) descrição propriamente dita.

Após ser efetuada a avaliação no sistema, será definido no resultado que

o sistema de controle interno é ou não apropriado para as necessidades da

empresa. Devemos salientar que um controle inadequado não está


82

necessariamente errado, pode sim não atender às necessidades de determinada

empresa.

Demostrarão ser sistemas de controle adequados, os sistemas que

executarem com sucesso todos os procedimentos para o qual foram propostos,

demostrando práticas compatíveis, possibilitando alcançar os objetivos a que se

propõe.

Se a avaliação do sistema de controle interno demostra ser adequado,

porém aprimorável, deverá ser aperfeiçoado de acordo com sua necessidade,

podendo tornar-se compatível com a empresa que o utiliza.

O sistema de controle interno das empresas é uma peça preestabelecida,

para os que dela se utilizam identifiquem procedimentos determinativos de

conduta para a execução de atividades na empresa. Estas diretrizes são

determinadas para que os procedimentos sejam efetivados de forma correta.

No decurso dos anos, essas diretrizes são alteradas, procedimento de

controles se tornam inoperantes ou com fraquezas. Estes controles devem ser

alterados (atualizados), de forma a suprir necessidades existentes.

Estas fraquezas encontradas devem ser reportadas à administração da

empresa, que deverá tomar as medidas cabíveis para sanar os problemas

encontrados, e estabelecer controles que melhor se adaptem à situação.


83

Como vimos anteriormente, um sistema de controle inadequado não

necessariamente está errado, pode sim ser inapropriado para determinada

empresa, sendo adequado para outra.

Um sistema de controle inadequado resulta na possibilidade de ocorrerem

falhas, que podem proporcionar erros ou fraudes, resultando em perdas para a

empresa.

A partir da constatação de um sistema de controle interno inadequado,

deve-se proceder na imediata reformulação do sistema, pois a utilização deste

representa um risco para todos os procedimentos da empresa.


6 CONCLUSÃO

Após todos os procedimentos da execução do trabalho, concluímos a real

necessidade de se estabelecer sistemas de controle interno eficientes para as

empresas, tendo em vista a necessidade das organizações.

Os sistemas de controle interno são métodos pelos quais as empresas se

utilizam para se proteger contra erros, roubos e fraudes.

Cada empresa representa uma organização com determinadas

características e com objetivo de atuação em uma área especifica no mercado. O

sistema de controle interno destas empresas deve estar em sintonia com estas

necessidades, que variam conforme as características da empresa.


85

Mas também não basta a simples existência de um sistema de controle

interno nas empresas, é necessário que ele seja utilizado pelos funcionários.

O sistema de controle interno é formado para satisfazer as necessidades

de cada empresa em que for implantado. Este sistema, com a decorrência dos

anos, pode se mostrar desatualizado; portanto, a atualização dos controles

também é muito importante.

O sistema de controle das empresas é dividido de forma a ordenar o

trabalho: enquanto que os controles administrativos se preocupam prioritariamente

com as operações da empresa e as suas políticas e diretrizes, relacionando-se

apenas indiretamente com as demonstrações financeiras, os controles contábeis

reserem-se à métodos, procedimentos e planos de organização pertinentes,

objetivando principalmente a salvaguardar os ativos da empresa e garantir que as

contas e relatórios financeiros sejam merecedores de confiança.

A utilização de um sistema de controle interno não garante que não haja

distorções nos demonstrativos das empresas, sendo no entanto importante para a

inibição e constatação das mesmas.

È fato que setores onde é maior a circulação de dinheiro é maior, também,

a possibilidade de ocorrerem fraudes, devendo haver mais e melhores controles


86

nestas áreas; no entanto, controles patrimoniais não podem ser descartados, pois

também estão sujeitos a perdas e desvios.

Mas a utilização de sistemas de controle interno não deve se preocupar

somente com controles financeiros e patrimoniais, deve sim estar em todas as

áreas da empresa.

Quanto melhor for o sistema de controle interno, melhor será o controle

interno e menor será a possibilidade de erros ou fraudes ocasionadas pelos

funcionários, e mais precisas serão as decisões tomadas pela administração da

empresa, baseadas nas informações recebidas.

Para que definamos a confiabilidade no sistema de controle interno da

empresa, devemos verificar a base do sistema, a eficiência de algumas

características de controle, como: acesso aos ativos, autorização e registro das

transações, segregação de funções, etc.

Dentre estes, entendemos ser os mais importantes o controle dos acessos

aos ativos e a segregação de funções, sendo restringido os ativos somente às

pessoas que os utilizam para sua atividade dentro da empresa, e dividindo as

tarefas entre os funcionários de modo a que um processo seja feito por várias

pessoas, diminuindo assim as possibilidades de fraudes.


87

Devemos salientar no entanto que controles de acesso aos ativos e

segregação de funções não devem ser observados isoladamente. Para que

tenhamos conhecimento dos controles internos da empresa, devemos, sim,

analisar o sistema de controle como um todo, pois uma empresa pode apresentar

ótimos controles em uma área e deficiências em outra.


BIBLIOGRAFIA

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Contabilidade das Sociedades por Ações, FIPECAFI, Ed. Atlas, 4ª edição.

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