Vous êtes sur la page 1sur 165

TUBERCULOSE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVIG)


Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEP)
Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PECT)

Março - 2019
ASSESSORIA TÉCNICA DO PECT

Christiana Oliveira
Patricia Florenço
Sheila Santiago
Valderina Ramos
Yolanda Morano
CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO E OPERACIONAL
PROGRAMAÇÃO

Cenário Epidemiológico e Operacional

Definição

Transmissão

Sintomas

Diagnostico

Tratamento

Prevenção

Instrumentos de Registro
TUBERCULOSE NO BRASIL – 2017

Fonte: Sinan/SIM/OMS
TUBERCULOSE NO BRASIL – 2017

73.000
54% dos
10% 76% contatos
71% cura abandono testados examinados
para HIV
COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA DOS CASOS DE TUBERCULOSE NO CEARÁ, 2008 A 2018*

4500 50,0
44,8
4000 42,0 45,0

40,0
3500

35,0
3000

Incid. Por 100.000 hab.


Nº de Casos Novos

30,0
2500
3624 3814 25,0
3451 3457
2000 3782 3444 3319
3810 3653
3568 3431 20,0
1500
15,0

1000
10,0

500 5,0

0 0,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ano de diagnóstico

Nº Casos Novos Incidencia

Fonte: Sinan
*Dados atualizados em 17/01/2019, sujeitos a revisão
COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA DE CASOS NOVOS DE TB POR CRES/CEARA, NO PERÍODO
DE 2013 A 2017
70,0

59,8
60,0 57,7

50,0
Incid. Por 100.000 hab.

39,4
40,0 37,3
35,4
33,6
30,7 30,3 31,4
29,7
30,0 27,0 26,8 26,2 27,2
23,5 23,1
21,0 21,6 22,0 21,1 21,6
20,0 17,6

10,0

0,0

Regionais de saúde

Fonte: Sinan
*Dados atualizados em 17/01/2019, sujeitos a revisão
PERCENTUAL DE CONTATOS EXAMINADOS DOS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE NO
CEARÁ, 2008 A 2018*

100,0

90,0

80,0 74,7

70,0 65,6 67,1 67,5 66,1 65,5 65,5


63,4 64,2 63,2
60,0
60,0
Percentual

50,0

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ano de diagnóstico

Fonte: Sinan
Dados atualizados em 17/01/2019, sujeitos a revisão
PERCENTUAL DE HIV REALIZADO X COINFECÇÃO DOS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE
NO CEARÁ, 2008 A 2018*

100,0

90,0
79,7
80,0 76,3
71,0
70,0 64,4
61,5
57,7 57,5 58,4 59,1
60,0
Percentual

49,3
50,0

40,0 36,5

30,0

20,0

7,1 7,3 7,5 7,9 8,4 7,7 6,6


10,0 4,9 5,4 6,3
3,6
0,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ano da Notificação

% HIV Realizado % Coinfecção

Fonte: Sinan
*Dados atualizados em 17/01/2019, sujeitos a revisão
PERCENTUAL DE CULTURA REALIZADA DENTRE OS CASOS DE RETRATAMENTO DE
TUBERCULOSE, CEARÁ, 2008 A 2018*
Cenário de Tuberculose
100,0

90,0

80,0

70,0

60,0
Percentual

50,0

40,0 34,3
32,1 31,6
26,2 28,2 27,6 27,8
30,0
23,3
21,2
19,1
20,0 16,5

10,0

0,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ano de diagnóstico

Fonte: Sinan
*Dados atualizados em 17/01/2019, sujeitos a revisão
PERCENTUAL DE CURA E ABANDONO DOS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE NO CEARÁ,
2008 A 2018*
Cenário de Tuberculose
100

90

78,2
80 75,2 75,3 73,6 73,2
71,3
67,1 67 68,7
70 65,8

60
Percentual

50

40

30
21,8 22,9
18,9 19,3
20 15,7 14,9 15,2 16,4 16,6
13,2 14
11,2 10,4 12,1 11,2 12,1 11,3
8,6 9,1 9,8
10

0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano da Notificação

%Cura %Abandono %Outros

*Outros: Ignorados, Óbito por tuberculose, óbito por outras causas, falência, TBDR, transferências e mudança de diagnostico.

Fonte: Sinan
*Dados atualizados em 17/01/2019, sujeitos a revisão
TAXA DE MORTALIDADE (POR 100 MIL HAB.) DE TUBERCULOSE POR
CAUSA BÁSICA NO CEARÁ, 2008 A 2018*
Cenário de Tuberculose

300 3,5

2,8
3,0
250
2,4
2,5
200

Tx. Mortalidade
Nº de Óbitos

2,0
150
1,5
257 222
100 240 195
231 223 1,0
198 188
205 205 169
50
0,5

0 0,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ano do óbito

óbitos SIM %Tx Mortalidade

Fonte: SIM
*Dados atualizados em 17/01/2019, sujeitos a revisão
PERCENTUAL DO REGISTRO DE PÓS ÓBITO DOS CASOS DE TUBERCULOSE DE 2016 A
2018*, CEARÁ
Cenário de Tuberculose

0,9

0,8
0,8

0,7

0,6

0,5
Percentual

0,5

0,4

0,3
0,3

0,2

0,1

0
2016 2017 2018*
Ano de diagnóstico

Fonte: SIM
Dados atualizados em 17/01/2019, sujeitos a revisão
Cenário de Tuberculose
MUNICIPIOS COM REGISTRO DE PÓS ÓBITO DOS CASOS DE TUBERCULOSE DE 2016 A 2018*,
CEARÁ

2016 2017 2018


Maranguape

Fortaleza

Maracanaú

Crato

Fonte: Sinan
*Dados atualizados em 17/01/2019, sujeitos a revisão
MUNICIPIOS SILENCIOSOS DOS CASOS DE TUBERCULOSE DO CEARÁ, 2018

Miraíma

Apuiarés

Pacujá

Potiretama

Umari

Baixio
Potengi

Tarrafas

Fonte: Sinan
*Dados atualizados em 17/01/2019, sujeitos a revisão
PERCENTUAL DE CASOS NOVOS DE TB NOS MUNICÍPIOS COM POPULAÇÃO
ACIMA DE 100MIL HAB. CEARÁ, 2013 A 2018
2013 2014 2015 2016 2017 2018
FORTALEZA 44,8 45,5 45,8 49,2 48 46,5
60
CAUCAIA 5,6 4,6 5,7 4,7 5,2 5,6
50 2013 MARACANAU 3,1 3,4 3,2 3,2 3,5 3,2
2014 ITAPIPOCA 0,9 0,9 0,6 0,9 0,8 1,1
40 SOBRAL 3,9 4,2 4,5 3,7 3,5 3,9
2015
CRATO 1,2 1,3 0,8 0,9 0,9 0,8
30 2016
JUAZEIRO 2,5 2,3 2,2 2,2 2,4 2,6
2017
20
2018
10

0
FORTALEZA MARACANAU SOBRAL JUAZEIRO
No ano de 2018 os municípios de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Sobral e Juazeiro corresponderam a 61,8%

Fonte: Sinan
*Dados atualizados em 17/01/2019, sujeitos a revisão
RESOLUÇÃO CIB 54/2018
TUBERCULOSE

Doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também


conhecido como Bacilo de Koch. Acomete principalmente os pulmões (Tb pulmonar),
mas pode atingir qualquer outro órgão, como: ossos, rins, pleura, gânglios, intestino e
cérebro (Tb extra-pulmonar)

Sheila Santiago
MODO DE TRANSMISSÃO
 A transmissão ocorre através do ar, por meio de gotículas contendo os bacilos expelidos
por um doente ao tossir, espirrar ou falar em voz alta

 Quando estas gotículas são inaladas por pessoas sadias, provocam a infecção
tuberculosa e o risco de desenvolver a doença

Sheila Santiago
PERÍODO DE INCUBAÇÃO

A maioria dos casos de doença ocorrem em torno de 06

semanas a 12 meses após a infecção inicial

Sheila Santiago
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE

A transmissão é plena quando o doente estiver eliminando


bacilos e não tiver iniciado o tratamento. Com o esquema
terapêutico recomendado, a transmissão é reduzida,
gradativamente em algumas semanas.

Sheila Santiago
TRANSMISSÃO, PATOGÊNESE E QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA

 A infecção pelo bacilo da tuberculose pode ocorrer em qualquer


idade

 A probabilidade que a TB seja transmitida depende de alguns


fatores:

 Da contagiosidade do caso índice (doente bacilífero fonte da


infecção)

 Do tipo de ambiente onde a exposição ocorreu

 Da duração da exposição

Sheila Santiago
TRANSMISSÃO, PATOGÊNESE E QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA

 Quando infectada, a pessoa pode desenvolver tuberculose doença


em qualquer fase da vida

 Isto acontece quando o sistema imune não pode mais manter os


bacilos “sob controle” e eles se multiplicam rapidamente

 10% das pessoas infectadas adoecem, metade durante os 2 primeiros


anos após a infecção e a outra metade ao longo da vida.

Sheila Santiago
SINTOMAS

 Tosse (SR)
 Febre vespertina
 Perda de peso
 Sudorese noturna
 Dor torácia
 Dispneia

Sheila Santiago
DEFINIÇÕES DE CASO DE TB

Critério bacteriológico: Critério clínico:


 Toda pessoa que,  Toda pessoa com sinais e
independentemente da forma sintomas sugestivos de TB que
clínica, apresenta pelo menos não atendeu ao critério
uma amostra positiva de bacteriológico, mas
baciloscopia ou de cultura ou apresentou resultados de
de TRM-TB. exames de imagem ou
histológicos sugestivos.

Sheila Santiago
ESTUDO DE CASO

Sheila Santiago
JGS, masculino, 42 anos, auxiliar de serviços
gerais, residente da periferia de uma região
metropolitana, morando com esposa e 4
filhos.
Apresentava tosse há um mês.
Sua casa foi visitada pelo agente comunitário
de saúde (ACS) da área para avaliar a
situação vacinal das crianças, e não
observou que JGS tossia.
Em visita à unidade básica de saúde (UBS)
para vacinação do filho, teve um acesso de
tosse, e não foi interrogado sobre o tempo
do sintoma.
Três meses após o início dos sintomas, JGS
permanecia com tosse, expectoração
purulenta com raias de sangue, febre
vespertina, sudorese noturna e
emagrecimento de 8 kg.
Procurou a emergência por três vezes nesse
período, sendo que, no último atendimento,
mediante a radiografia de tórax, teve o
diagnóstico de “princípio de pneumonia”, sendo
medicado com antibiótico e encaminhado à UBS,
para melhor avaliação.
1- Em relação a JGS houve falha de abordagem em
relação aos sintomas:

82
1- Em relação a JGS houve falha de abordagem em
relação aos sintomas:

3
2- Define-se como SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIO (SR) a pessoa que
Define-se como sintomático respiratório o
apresenta tosse por tempo indivíduo que apresenta
tosse porigual
tempo igual ou superior
ou superior a: a:

82
2- Define-se como SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIO (SR) a pessoa que
Define-se como sintomático respiratório o
apresenta tosse por tempo indivíduo que apresenta
tosse porigual
tempo igual ou superior
ou superior a: a:

3
TEMPO DE TOSSE POR POPULAÇÃO
Tempo (Duração) Exame de escarro Raio X de
População Periodicidade da busca ativa
de tosse solicitado tórax

População geral adscrita ao Em todas as visitas do ACS ou Baciloscopia ou


3 semanas Não
território da ESF outro profissional da equipe TRM-TB

População geral que procura o


Em todas as visitas do usuário Baciloscopia ou
serviço de saúde (ESF, UBS ou Não
ao serviço de saúde TRM-TB
Hospitais)*
2 semanas

Na identificação do caso Baciloscopia ou


Contato de TB pulmonar Qualquer duração Sim
índice. TRM-TB

Sheila Santiago
TEMPO DE TOSSE POR POPULAÇÃO

Periodicidade da busca Exame de escarro Raio X de


População Tempo (Duração) de tosse
ativa solicitado tórax

Qualquer duração. Acrescida


Baciloscopia ou
da investigação de febre ou Sempre que visitar o
PVHIV TRM-TB e Sim
emagrecimento ou sudorese serviço de saúde
cultura com TS
noturna.

Sheila Santiago
TEMPO DE TOSSE POR POPULAÇÃO
Tempo (Duração) Exame de escarro Raio X de
População Periodicidade da busca ativa
de tosse solicitado tórax

No momento da admissão no sistema


Baciloscopia ou
prisional. Pelo menos uma vez ao ano
PPL Qualquer duração TRM-TB e cultura Sim
ou, idealmente, a cada 6 meses (em
com TS
“campanha”)

Baciloscopia ou
Pessoas em Qualquer duração Em todas as oportunidades de contato
TRM-TB e cultura Pode
situação de rua com profissionais da saúde
com TS

Sheila Santiago
TEMPO DE TOSSE POR POPULAÇÃO

Tempo
Exame de escarro Raio X de
População (Duração) de Periodicidade da busca ativa
solicitado tórax
tosse

Albergues, Qualquer
Na entrada e repetir com a Baciloscopia ou
instituições de longa duração Pode
periodicidade avaliada localmente TRM-TB e cultura com TS
permanência

Qualquer Todos os contatos com


Baciloscopia ou TRM-TB
Indígenas duração profissionais da saúde e visitas do Pode
e cultura com TS
agente de saúde indígena

Sheila Santiago
TEMPO DE TOSSE POR POPULAÇÃO
Tempo (Duração) de Periodicidade da busca Exame de escarro Raio X de
População
tosse ativa solicitado tórax

Profissionais de Qualquer duração Admissão e exame Baciloscopia ou TRM-TB


Sim
saúde médico anual e cultura com TS

Qualquer duração em Planejar estratégias de


Baciloscopia ou TRM-TB Pode ser
Imigrantes situações de maior busca de acordo com a
e cultura com TS considerado
vulnerabilidade realidade local

Sempre que visitar o


Diabetes mellitus 2 semanas Baciloscopia ou TRM-TB Sim
serviço de saúde.

Sheila Santiago
Livro de registro do Sintomático Respiratório
Livro de registro do Sintomático Respiratório
JGS ...
Três dias depois do atendimento na
emergência, JGS procurou a UBS mais
próxima da sua residência levando o
encaminhamento e a radiografia de tórax,
sendo atendido por uma enfermeira.
3- Em relação ao atendimento inicial a JGS na UBS, é
recomendada a solicitação de:

82
3- Em relação ao atendimento inicial a JGS na UBS, é
recomendada a solicitação de:

3
4- Em relação à coleta de escarro, recomenda-se,
preferencialmente:

85
4- Em relação à coleta de escarro, recomenda-se,
preferencialmente:

3
5- Para a adequada coleta de escarro,
o mais importante é:

85
5- Para a adequada coleta de escarro,
o mais importante é:

3
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS

 Microscopia direta de escarro;


 Cultura para microbactéria;
 Teste Rápido Molecular
 Exames radiológicos (auxiliar no diagnóstico).

Sheila Santiago
A baciloscopia direta deve ser solicitada
para:
• Sintomático Respiratório

• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar,


independentemente do tempo de tosse

• Suspeita clínica de TB extrapulmonar

• Controle mensal de TB pulmonar ou laríngea

Sheila Santiago
ADEQUADA COLETA DE ESCARRO
Local aberto,
preferencialmente ao ar livre, ou
em condições adequadas de
biossegurança.

Sheila Santiago
CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE DAS AMOSTRAS

Em temperatura ambiente no máximo até 24h


 Após 24h manter sob refrigeração
 Quantidade de gelo no mínimo 1/3 do volume da caixa
 Proteger da luz solar
 Acondicionar de forma adequada
 Requisições na parte externa
 Se por algum motivo o pessoal tiver que manipular a amostra,
deverá usar luvas
 As caixas térmicas devem ser lavadas diariamente.
 Não esquecer a lavagem das mãos logo após receber e manipular
os potes do exame de escarro.

Sheila Santiago
BACILOSCOPIA E TRM-TB
BACILOSCOPIA TRM-TB
• Diagnóstico de casos novos e • Diagnóstico de casos novos
retratamento • Diagnóstico de resistência a
• Controle do tratamento da TB rifampicina
• Simples • Detecta DNA do complexo M.
• Existe há mais de 100 anos tuberculosis

Sheila Santiago
TRM-TB
O TRM-TB DEVE SER SOLICITADO PARA:
• Investigar TB em SR, sem tratamento prévio
• Investigar TB extrapulmonar nos materiais biológicos já
validados (liquor, gânglios linfáticos e outros tecidos)
• Triagem de resistência à rifampicina nos casos de
retratamento;
• Triagem de resistência à rifampicina nos casos com suspeita
de falência ao tratamento da TB;
• Suspeita de TB em crianças (quando possível coleta de
escarro).
A enfermeira solicitou duas baciloscopias de
escarro e marcou a consulta de JGS para o
dia seguinte.
Foi orientado a continuar a medicação
prescrita.
JGS compareceu à consulta médica
apresentando as mesmas queixas.
Referiu tabagismo de 20 cigarros por dia há
25 anos (25 maços/ano), e uso de cerveja
diariamente após o trabalho.
Nega doenças pulmonares prévias. Informa
que seu pai teve TB há 20 anos,
tratado por seis meses.
Apresentava-se lúcido, orientado,
emagrecido, afebril, anictérico, com PA:
130x70 mmHg; dentes em mau estado de
conservação.
Resultado das baciloscopias:
1ª amostra: +++
2ª amostra: coletada no dia da consulta
médica
6- Não é definido o diagnóstico de TB indivíduo com:

85
6- Não é definido o diagnóstico de TB indivíduo com:

3
EXAME RADIOLÓGICO

Permite a seleção de
portadores de imagens
sugestivas de tuberculose ou de
outra patologia.

É um exame auxiliar.

Sheila Santiago
CULTURA COM TESTE DE SENSIBILIDADE (TS)

Atualmente, a cultura com TS está


indicada para todas as pessoas com
diagnóstico por meio da baciloscopia

Sheila Santiago
7- Para todo caso de TB está indicada a investigação de:

67
7- Para todo caso de TB está indicada a investigação de:

3
8- Sobre a coinfecção TB/HIV
10 é correto afirmar que:

3
65
8- Sobre a coinfecção TB/HIV é correto afirmar que:

3
COINFECÇÃO TB-HIV
Todas as PVHIV com TB devem iniciar TARV.

• contagem de linfócitos T-CD4+ < 50: iniciar TARV em 2


semanas

• contagem de linfócitos T-CD4+ ≥ 50 ou pessoas com


tuberculose meníngea: iniciar TARV em 8 semanas
9- Além de solicitar o anti-HIV, a outra ação necessária após o diagnóstico
de TB é a notificação do caso. A responsabilidade do preenchimento da
ficha de notificação é do profissional:

3
62
9- Além de solicitar o anti-HIV, a outra ação necessária após o diagnóstico
de TB é a notificação do caso. A responsabilidade do preenchimento da
ficha de notificação é do profissional:

3
INSTRUMENTOS DE REGISTRO
FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE CASO DE TB (SINAN)
LIVRO DE REGISTRO E ACOMPANHAMENTO DE
CASO DE TB “LIVRO VERDE”
LIVRO DE REGISTRO E ACOMPANHAMENTO DE
CASO DE TB “LIVRO VERDE”
BOLETIM DE ACOMPANHAMENTO DO SINAN
O caso foi notificado e foi iniciado Esquema Básico para
JGS, em regime autoadministrado com as seguintes
orientações:

tomar as medicações em jejum, com água, diariamente, inclusive


nos finais de semana;

não beber cerveja, nem fumar;

a urina ficará avermelhada;


manter a casa bem arejada, permitindo a entrada de luz
solar;

não é necessária a separação de copos, talheres, pratos, ou


outros objetos de uso coletivo;

se apresentar qualquer reação estranha, retornar à UBS.


10- Em relação ao tratamento adotado, a modalidade mais
Em relação ao tratamento adotado, a modalidade mais
adequada é:
adequada é:

67
10- Em relação ao tratamento adotado, a modalidade
Em relação ao tratamento adotado, a modalidade maismais
adequada é:
adequada é:

3
TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO (TDO)

É a observação da tomada dos


medicamentos da TB pela pessoa em
tratamento por um profissional de saúde,
pelo menos 3 vezes na semana.
TRATAMENTO

Sheila Santiago
PRINCÍPIOS GERAIS DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE
Crescimento
geométrico

Crescimento lento

1om 2om
3om 4om 5om 6om

Fase intensiva Fase de manutenção

Objetivo: reduzir a Objetivo: eliminar os bacilos persistentes


transmissibilidade, a proporcionando uma cura efetiva
morbidade e a resistência e duradoura da doença.
adquirida pela redução
da população bacilífera

Fonte: Fiúza de Melo


ESQUEMA BÁSICO (EB)
Esquema Faixas de peso Unidade/dose Duração

RHZE 20 a 35 Kg 2 comprimidos
150/75/400/275 mg
36 a 50 Kg 3 comprimidos 2 meses
(comprimidos em
DFC) 50 a 70 Kg 4 comprimidos (fase intensiva)

Acima de 70 Kg 5 comprimidos
RH 20 a 35 Kg 1 comp 300/150mg ou 2 comp 150/75mg
300/150 mg* ou
150/75 mg 1comp 300/150mg + 1comp de 150/75mg
36 a 50 Kg 4 meses
(comprimidos em ou 3 comp150/75mg
(fase de
DFC)
50 a 70 Kg 2 comp 300/150mg ou 4 comp 150/75mg manutenção)

2 comp 300/150mg + 1comp de 150/75mg


Acima de 70 Kg
ou 5 comp 150/75mg
ESQUEMA DE TRATAMENTO PARA CRIANÇAS
(<10 ANOS)
Peso do paciente

Fases do ≥21Kg a ≥26Kg a ≥31Kg ≥36Kg a ≥40Kg a


Fármacos Até 20Kg ≥45Kg
tratamento 25Kg 30Kg a 35Kg 40Kg 45Kg
mg/di
mg/Kg/dia mg/dia mg/dia mg/dia mg/dia mg/dia
a
Rifampicina
15 (10-20) 300 450 500 600 600 600
(R)
2 RHZ Isoniazida (H) 10 (7-15) 200 300 300 300 300 300
Pirazinamida
35 (30-40) 750 1000 1000 1500 1500 2000
(Z)
Rifampicina
15 (10-20) 300 450 500 600 600 600
4 RH (R)
Isoniazida (H) 10 (7-15) 200 300 300 300 300 300
Fonte: Tabela adaptada da OMS. Guidance for national tuberculosis programmes on the management of tuberculosis
in children, 2014.
JGS foi orientado a levar todas as pessoas
que convivem com ele no mesmo domicílio
para avaliação no mesmo dia do seu retorno
para a primeira revisão, que aconteceria em
15 dias.
JGS informou que mora com a esposa e quatro filhos
de 16, 10, 9 e 5 anos.
11- Sobre o controle de contatos, a afirmativa correta é:

63
11- Sobre o controle de contatos, a afirmativa correta é:

3
INVESTIGAÇÃO DE CONTATOS
• CASO ÍNDICE: pessoa inicialmente identificada com TB
pulmonar ativa, prioritariamente com diagnóstico
bacteriológico
• CASO FONTE: é o caso infectante, não necessariamente
o primeiro identificado
• CONTATO: mesmo ambiente – casa, trabalho, instituições
de longa permanência
12- Para os contatos de JGS, a conduta
inicialmente recomendada é:
•Prova tuberculínica e radiografia do tórax
a) para todos

•Prova tuberculínica para os filhos e


b) radiografia do tórax para a esposa

•Avaliação clínica e prova tuberculínica para


c) todos
12- Para os contatos de JGS, a conduta
inicialmente recomendada é:
•Prova tuberculínica e radiografia do tórax
a) para todos

•Prova tuberculínica para os filhos e


b) radiografia do tórax para a esposa

•Avaliação clínica e prova tuberculínica


c) para todos
Familiar Clínica PT (mm) RX Tórax Cicatriz BCG

Esposa assintomática 13 normal presente

16 anos assintomática 4 normal presente

10 anos assintomático 8 normal presente

9 anos assintomático 16 normal presente

tosse, febre, alargamento do


5 anos 12 presente
anorexia mediastino
INFECÇÃO LATENTE DA TUBERCULOSE
(ILTB)

A ILTB ocorre quando uma pessoa possui o bacilo,


mas ele permanece viável sem causar doença no
organismo.
As pessoas com ILTB, em geral, permanecem
saudáveis por muitos anos com imunidade variável à
doença.
A CADA SEGUNDO, UMA NOVA PESSOA SE
INFECTA

População mundial

Infecção latente
25 a cada 100 pessoas

Pessoas com TB
Nunca iniciar tratamento para ILTB sem
antes afastar a doença ativa:
→ Exame bacteriológico + RX do tórax em
sintomáticos
→ RX tórax em assintomáticos
 O tratamento da ILTB reduz em 90% o
risco de desenvolver TB doença

 Apenas 10% das pessoas que iniciam


o tratamento para ILTB o completam
IDENTIFICAÇÃO DA ILTB

Prova Tuberculínica (PT)


A PT consiste na inoculação intradérmica de um derivado
proteico purificado (PPD) do M. tuberculosis, com a finalidade
de medir a hipersensibilidade a este antígeno.

Foto:CDC
72h nos serviços de
48 a 96h saúde
INTERPRETAÇÃO DA PROVA
TUBERCULÍNICA
1. PT ≥ 5 mm: considera-se positivo para
ILTB, inclusive crianças
independentemente da idade de
vacinação com BCG
2. PT < 5mm: considera-se negativo para
ILTB
INTERPRETAÇÃO DA PROVA
TUBERCULÍNICA
O efeito da BCG sobre o resultado da PT
reduz com o passar do tempo,
principalmente se a BCG foi feita antes
de um ano de idade.
INTERPRETAÇÃO DA PROVA
TUBERCULÍNICA
Desta forma, para os vacinados até o
1º ano e não revacinados, a PT ≥ 5mm
deve ser interpretada como infecção
latente, de maneira semelhante em
adultos e crianças.
Crianças ≤ 10 anos
INVESTIGAÇÃO
DE CONTATOS Consulta

Assintomático Sintomático

RX tórax e PT Investigar TB

Rx tórax normal Rx tórax suspeito TB Excluída TB,


prosseguir
investigação

PT ≥ 5 mm PT: 0 – 4 mm Prosseguir Tratar TB


investigação TB

Tratar ILTB Repetir PT em


8 semanas

Conversão: incremento de 10 mm ou
Sem conversão:
Conversão da PT: tratar ILTB
alta com orientação
mais em relação à 1ª prova tuberculínica
(após 8 semanas).
Adultos e adolescentes ≥ 10 anos
Conversão:
INVESTIGAÇÃO incremento de 10 mm
ou mais em relação à
DE CONTATOS Consulta 1ª prova tuberculínica
(após 8 semanas).

Assintomático Sintomático

PT Investigar TB

PT ≥ 5 mm PT < 5 mm TB
Excluída a TB

Repetir PT
Rx tórax
em 8 semanas Tratar TB
Prosseguir
investigação
Suspeito Normal Sem conversão da PT Com conversão da PT

Tratar ILTB Alta com orientação RX tórax


Prosseguir
Investigação de TB
Suspeito Normal

Prosseguir investigação Tratar ILTB


Fluxograma para avaliação da Infecção latente em
profissionais de saúde
Anergia
tuberculínica:
Quando um indivíduo
está infectado pelo
Profissional de Saúde (admissional)
Mycobacterium
tuberculosis e não Realizar PT
reage à tuberculina,
este fenômeno é
conhecido como
anergia tuberculínica
(SARINHO; REIS; PT < 10mm PT ≥ 10mm
BARBOSA, 2002)

Repetir a PT em 1 a 3 semanas
Descartar
doença, orientar
Caracterizado Persistência
e não repetir
efeito booster de PT < 10mm

Repetir em 12 meses, efeito booster, quando a


Orientar e segunda PT (realizada uma a
quando PS atua em três semana após a primeira)
for ≥ a 10 mm, com
não repetir
locais de risco incremento de pelo menos 6
mm em relação a primeira PT
TRATAMENTOS DA ILTB
Regime de Tempo de
Dose Indicação
tratamento tratamento

É o esquema preferencial
considerando a longa experiência
5 a 10 mg/kg com sua utilização e pela
de peso até a disponibilidade desse fármaco no
Isoniazida dose máxima 6 a 9 meses
de 300
país.
mg/dia Para pessoas com hepatopatias e
pessoas > 50 anos priorizar outros
regimes.
TRATAMENTOS DA ILTB
Regime de Tempo de
Dose Indicação
tratamento tratamento

Pode ser a primeira escolha para


pessoas >50 anos, com hepatopatias,
10 mg/kg de contatos de pessoas com TB
peso até a monorresistente à isoniazida e com
Rifampicina 4 meses
dose máxima intolerância à isoniazida.
de 600 mg/dia É contraindicada para PVHIV em uso
de inibidores de protease e
dolutegravir.

Nota Técnica 99/2018: tratamento da ILTB continue sendo realizado com o medicamento
isoniazida, conforme recomendações vigentes, enquanto indústria regulariza a produção
de rifampicina 300mg.
Teste Indicações em adultos e adolescentes

 HIV CD4 ≥ 350 cel/mm3 (mais detalhes em situações especiais);


 Contatos adultos e adolescentes (≥ 10 anos);
PT ≥5mm ou  Alterações radiológicas fibróticas sugestivas de sequela de TB;
IGRA positivo  Uso de inibidores do TNF-α (preferencialmente antes da sua utilização);
 Uso de corticosteróides (>15mg/dia de prednisona por >1mês); e
 Pré-transplante que fará uso de terapia imunossupressora.

 Silicose;
 Neoplasia de cabeça e pescoço;
 Insuficiência renal em diálise;
 Linfomas e outras neoplasias hematológicas;
PT ≥10mm ou
 Outros tipos de neoplasia com quimioterapia imunossupressora;
IGRA positivo  Diabetes mellitus;
 Baixo peso (<85% do peso ideal);
 Tabagistas (20 cigarros/dia); e
 Calcificação isolada (sem fibrose) na radiografia.
Teste avaliado Indicações em adultos e adolescentes
Conversão (2ª PT  Contatos de TB bacilífera;
 Profissional de saúde;
com incremento de
 Profissional de laboratório de micobactéria;
10mm em relação à  Trabalhador do sistema prisional;
1ª PT)  Trabalhadores de instituições de longa permanência.
QUIMIOPROFILAXIA PRIMÁRIA
Recém nascido
contato de pessoas com baciloscopia positiva

Iniciar QP primária

3 meses depois – fazer PT

PT ≥ 5 mm PT < 5 mm

Manter QP por mais 3 meses e não


Suspender QP e vacinar com BCG
vacinar com BCG
Tratamento e acompanhamento da ILTB
em crianças <10 anos

ISONIAZIDA (H)
Dose: 10 mg/kg/dia (máxima de 300 mg/dia)
Tempo de tratamento: 6 ou 9 meses (180 doses:
em 6 a 9 meses ou 270 doses: em 9 a 12 meses)

RIFAMPICINA (R)
Dose: 15 mg/kg/dia (máximo 600 mg/dia)
Tempo de tratamento: 4 meses (120 doses: 4
meses, podendo se prolongar até 6 meses)
JGS refere estar sem febre, sem sudorese,
com mais apetite, porém, não consegue se
alimentar bem por causa das náuseas muito
fortes.
Pensa em parar com o tratamento, pois, além
das náuseas, não consegue ficar dois dias sem
fumar.
Está sem beber cerveja.
Apresenta ainda muita tosse e expectoração
amarelada, sem raias de sangue.
13- Diante da reação adversa descrita, a conduta
preferencial é:

62
13- Diante da reação adversa descrita, a conduta
preferencial é:

3
14- São fatores de risco para o desenvolvimento de reações adversas
maiores:

58
14- São fatores de risco para o desenvolvimento de reações adversas
maiores:

3
REAÇÕES ADVERSAS

Estudos mostram que a ocorrência de reações


adversas “menores” varia de 5% a 26%. Nesses
casos, não há a necessidade de interrupção ou
substituição do EB.
REAÇÕES ADVERSAS MENORES
Efeitos adversos Provável(eis) fármaco(s) Condutas
responsável(eis)
Intolerância digestiva (náusea e Etambutol Reformular o horário da
vômito) e epigastralgia. Isoniazida administração dos
Pirazinamida medicamentos (duas horas após
Rifampicina o café da manhã). Considerar o
uso de medicação sintomática.
Avaliar a função hepática.

Suor/urina de cor avermelhada Rifampicina Orientar.

Prurido e exantema leve Isoniazida Medicar com anti-histamínico.


Rifampicina
Dor articular Isoniazida Medicar com analgésicos ou
Pirazinamida anti-inflamatórios não hormonais.
REAÇÕES ADVERSAS MENORES
Provável(eis) fármaco(s)
Efeitos adversos Condutas
responsável(eis)
Medicar com piridoxina
Neuropatia periférica Etambutol (incomum) (vitamina B6) na dosagem
Isoniazida (comum) de 50mg/dia e avaliar a
evolução.
Orientar dieta hipopurínica e
Hiperuricemia (com ou sem Etambutol
medicar com alopurinol ou
sintomas). Pirazinamida
colchicina, se necessário.
Cefaleia e mudança de
comportamento (euforia,
Isoniazida Orientar.
insônia, depressão leve,
ansiedade e sonolência)
Isoniazida Orientar e medicar com
Febre
Rifampicina antitérmico
REAÇÕES ADVERSAS MAIORES
Efeitos adversos Provável(eis) fármaco(s) Condutas
responsável(eis)

Suspender o tratamento. Nos casos


moderados, reintroduzir os
Exantema ou Etambutol medicamentos um a um após a
hipersensibilidade de Isoniazida resolução do quadro. Substituir o fármaco
moderada a grave. Rifampicina identificado como alergeno. Nos casos
graves, após a resolução do quadro,
iniciar esquema especial alternativo.

Psicose, crise convulsiva, Suspender a isoniazida e reiniciar


encefalopatia tóxica ou Isoniazida esquema especial sem a referida
coma. medicação.
REAÇÕES ADVERSAS MAIORES
Provável(eis) fármaco(s)
Efeitos adversos Condutas
responsável(eis)
Suspender o etambutol e reiniciar esquema
especial sem a referida medicação. A neurite
óptica é dose dependente e reversível, quando
Neurite óptica Etambutol
detectada precocemente. Raramente
acontece durante os dois primeiros meses com
as doses recomendadas.
Suspender o tratamento até a resolução da
alteração hepática. Reintroduzir os
Isoniazida medicamentos um a um após a avaliação da
Hepatotoxicidade Pirazinamida função hepática (RE, seguidos de H e por último
Rifampicina a Z). Avaliar possível substituição do
medicamento responsável ou mudança do
esquema.
JGS foi orientado a tomar a medicação 2h após o
café da manhã e utilizar bromoprida antes da
primeira refeição, almoço e jantar.
Acompanhamento: 1 mês e 7 dias

JGS comparece à consulta na referência indicada


e sem náuseas.
Acompanhamento: 2º mês

Paciente relatou ausência de febre, ganho de 3 kg,


tosse pouco produtiva com expectoração clara,
ausência de sintomas digestivos, persistindo com o
tabagismo e uso de cerveja nos finais de semana.
Foi solicitada baciloscopia de controle.
Uma semana depois, o resultado da baciloscopia
do 2º mês foi positivo (+).
15- Frente ao resultado positivo da baciloscopia de 2◦ mês, o que
você faria ?

58
15 - Frente ao resultado positivo da baciloscopia de 2◦ mês, o que
você faria ?

3
O paciente foi contatado por telefone para comparecer ao
serviço de saúde. No dia seguinte, coletou novo material
para nova baciloscopia, cultura, identificação e teste de
sensibilidade.

Recebeu também os resultados dos exames sorológicos: HIV


e hepatites virais (não reatores).
A baciloscopia de controle do 3º mês foi negativa.
JGS não compareceu à consulta na data
agendada.
Após tentativas de contato por telefone sem
sucesso, foi programada uma visita domiciliar
para resgate do paciente faltoso.
JGS não compareceu à consulta na data agendada,
pois havia perdido o cartão e ainda tinha
medicamentos.
JGS estava fazendo um biscate, e, quando a
profissional de saúde passou em frente a um bar na
comunidade, lá estava ele com um copo de cerveja
numa mão e um cigarro na outra.

Foi então marcada nova consulta para JGS e sua


esposa.
No dia agendado, compareceram à UBS para
avaliação.

JGS, mantendo o mesmo quadro, sem ganhar mais


peso, com tosse . Não procurou atendimento no grupo
de alcoólicos anônimos.
O resultado da baciloscopia do 4º mês foi positivo
(+).

O paciente garante que está tomando


corretamente a medicação.
16- Em relação à positividade da baciloscopia no 4º mês, é correto
afirmar:

59
16- Em relação à positividade da baciloscopia no 4º mês, é correto
afirmar:

3
A médica avaliou a questão da adesão ao tratamento,
percebendo que o mesmo fazia uso irregular das
medicações, pois sempre sobravam medicamentos nas
consultas mensais, continuava utilizando bebida
alcoólica de forma mais intensa nos finais de semana, e
por esse motivo, não tomava as medicações com medo
de voltarem os sintomas digestivos.
Manteve o esquema em uso.
17- Em relação ao tratamento de JGS, nesse momento:

3
51
17- Em relação ao tratamento de JGS, nesse momento:

3
FALÊNCIA
Persistência da positividade do escarro ao final do
tratamento:
 Início do tratamento, é fortemente positivo (++ ou
+++) e assim permanece até o 4º mês; ou
 Positividade inicial seguida de negativação e nova
positividade por dois meses consecutivos, a partir do
4º mês.
RESISTÊNCIA
Natural → processo de multiplicação do bacilo.
Primária → pessoas nunca tratadas para TB, que
foram contaminadas por bacilos previamente
resistentes.
Adquirida ou secundária → pessoas com TB
inicialmente sensível, que se tornam resistentes após a
exposição aos medicamentos: esquemas
inadequados, uso irregular.
No final de semana, um membro de uma comunidade
religiosa local, parceira do serviço de saúde, realizava
a supervisão. Foi incentivado, pelo grupo religioso
que passou a freqüentar, a tratar-se do alcoolismo, do
tabagismo, assim como aderir ao tratamento da TB.
JGS segui corretamente todas as orientações.
O resultado da baciloscopia do 5º mês negativa
A esposa de JGS apresentou tosse seca por 15
dias, febre e perda ponderal.
Referiu amenorréia há 15 dias.
Foi solicitada dosagem de β-HCG, que confirmou
a gravidez.
Foi solicitado Baciloscopia de escarro .
A baciloscopia foi positiva.
A paciente apresentou uma boa evolução clínica
na consulta do 1º mês.
18- Em relação ao uso de EB na gestação é
correto afirmar:

60
18- Em relação ao uso de EB na gestação é
correto afirmar:

3
O esquema básico pode ser
administrado em gestantes nas doses
habituais.
O uso concomitante de piridoxina
50mg/dia é recomendado, dado o
risco de toxicidade neurológica no
recém-nascido (isoniazida).
Não há contraindicações à
amamentação, desde que a mãe não seja
portadora de mastite tuberculosa.
É recomendável, entretanto, que faça uso
de máscara cirúrgica ao amamentar e
cuidar da criança, enquanto permanecer
com baciloscopia positiva.
Diagnóstico da tuberculose
pulmonar em crianças (< 10 anos)
com baciloscopia negativa ou não
realizada pode ser realizado pelo
escore.
Contato de adulto Prova
Quadro clínico-radiológico Estado nutricional
com tuberculose tuberculínica
Adenomegalia hilar
ou padrão miliar
e/ou PT entre 5-9mm
Febre ou Condensação ou
sintomas como infiltrado (com ou sem 5 pontos Desnutrição
tosse, adinamia, escavação) grave
inalterado por 2 Próximo, nos
expectoração, (peso <
semanas ou mais últimos 2 anos
emagrecimento, e/ou percentil 10)
sudorese por 2 Condensação ou
semanas ou infiltrado (com ou sem
escavação) por 2 PT ≥10mm
mais semanas ou mais,
evoluindo com piora 10 pontos 10 pontos
15 pontos ou sem melhora com
5 pontos
antibióticos para
germes comuns

15 pontos
Contato de adulto Prova Estado
Quadro clínico-radiológico
com tuberculose tuberculínica nutricional
Condensação ou
Assintomático ou com
infiltrado de
sintomas há menos
qualquer tipo por
de 2 semanas
menos de 2 Ocasional ou PT < 5 mm Peso ≥
semanas negativo percentil 10
0 ponto
5 pontos
Infecção respiratória
com melhora após Radiografia
uso de antibióticos normal
para germes comuns 0 ponto 0 ponto 0 ponto
ou sem antibióticos

- 10 pontos - 5 pontos
TOTAL: 50 pontos
INTERPRETAÇÃO DO ESCORE PARA
DIAGNÓSTICO DA TB NA CRIANÇA
 ≥ 40 pontos (muito provável): iniciar tratamento.
 30 pontos (possível): indicativo de TB, iniciar o
tratamento, a critério médico.
 < 25 pontos (pouco provável): Continuar a
investigação.
LEMBRETES......
RISCO DE ADOECIMENTO POR TUBERCULOSE NAS
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS*
Populações vulneráveis Risco de adoecimento por TB

Pessoas vivendo em situação de rua 56 X maior**

Pessoas que vivem com o HIV 28 X maior

Pessoas privadas de liberdade 28 X maior

Indígenas 3 X maior

*Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação –Sinan/avaliados março de 2017, exceto**, retirado do Sistema de Notificação e Acompanhamento dos Casos de
Tuberculose – TB-WEB/SP e Prefeitura Municipal da São Paulo. Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. Censo da população em situação de rua na
municipalidade de São Paulo, 2015. São Paulo, 2015.
Em relação à ILTB, o tratamento EM
GESTANTE deve ser postergado para após
o parto.

Em gestantes com infecção pelo HIV tratar


a ILTB após o terceiro mês de gestação.
Em caso de baciloscopia positiva no
segundo mês:
Solicitar cultura com TS e TRM-TB
Prolongar a primeira fase do
tratamento por mais 30 dias
JGS apresentou ótima evolução clínica, radiológica e
bacteriológica tendo obtido cura com 6 meses de
tratamento.
A esposa apresentou uma boa evolução clínica
durante todo o tratamento com cura comprovada.
Toda a família encontra-se em bom estado de
saúde.
E foram felizes para sempre....
OBRIGADA!

tuberculose.ce@gmail.com

Vous aimerez peut-être aussi