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Administração Financeira e Orçamentária p/ CNJ

Analista e Técnico Judiciário – Área Administrativa


Teoria e Questões Comentadas
Prof. Sérgio Mendes – Aula 00

AULA 0 - Orçamento Público: Princípios


SAIU O EDITAL PARA O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.
É HORA DE REALIZAR O SEU SONHO!

SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação do curso 1
Princípio da Universalidade 8
Princípio da Anualidade 9
Princípio da Unidade 11
Princípio do Orçamento Bruto 12
Princípio da Exclusividade 14
Princípio da Quantificação dos Créditos Orçamentários 16
Princípio da Especificação 17
Princípio da Proibição do Estorno 19
Princípio da Publicidade 20
Princípio da Legalidade 21
Princípio da Programação 21
Princípio do Equilíbrio 22
Princípio da Não Afetação das Receitas 23
Princípio da Clareza 26
Mais Questões de Concursos Anteriores do CESPE 27
Memento (resumo) 44
Lista das questões comentadas nesta aula 46
Gabarito 54

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Olá amigos! Como é bom estar aqui!

É com enorme satisfação que iniciamos este Curso de Administração


Financeira e Orçamentária para Analista e Técnico Judiciário – Área
Administrativa do Conselho Nacional de Justiça – Teoria e Questões
Comentadas.

Novos desafios! Uma espetacular equipe de professores!


Tudo voltado para a sua almejada aprovação!

E já começo falando do nosso curso:


 Conteúdo atualizadíssimo de Administração Financeira e
Orçamentária/Orçamento Público;
 Teoria aliada a muita prática por meio de questões comentadas do
CESPE;
 Fórum de dúvidas;
 Para os que assim desejarem, contato direto com o professor por e-mail:
sergiomendes@estrategiaconcursos.com.br;
 Resumos (mementos) ao final de cada aula;
 Curso baseado exclusivamente no recente edital do CNJ.
 Ainda tem o meu blog: www.portaldoorcamento.com.br

Com esse enfoque começo este curso e cada vez mais motivado em transmitir
conhecimentos a estudantes das mais diversas regiões deste país! Sei que
muitas vezes as aulas virtuais são as únicas formas de acesso ao ensino de
excelência que o aluno dispõe. Outros optam por este tão efetivo método de
ensino porque conhecem a capacidade do material elaborado pelos Professores
do Estratégia. Porém, mais importante ainda que um professor motivado são
estudantes motivados! O aluno é sempre o centro do processo e é ele capaz de
fazer a diferença. A razão de ser da existência do professor é o aluno.

Voltando à aula demonstrativa, esta tem o intuito de apresentar ao estudante


como será a metodologia de nosso curso, bem como o conhecimento do perfil
do professor. Já adianto que gosto de elaborar as aulas buscando sempre a
aproximação com o aluno, para que você que está lendo consiga imaginar que
o professor está próximo, falando com você.

Vou começar com minha breve apresentação: sou servidor de carreira do


Senado Federal, na área de Processo Legislativo, atuando no acompanhamento
dos trabalhos da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização
do Congresso Nacional. Fui Analista de Planejamento e Orçamento do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, lotado na Secretaria de
Orçamento Federal (SOF), bem como instrutor da Escola Nacional de

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Administração Pública (ENAP) e das Semanas de Administração Orçamentária,


Financeira e de Contratações Públicas da Escola de Administração Fazendária
(ESAF). Especializei-me em Planejamento e Orçamento pela ENAP e sou pós-
graduado em Orçamento Público pelo Instituto Serzedello Corrêa do Tribunal
de Contas da União (ISC/TCU). Fiz meu primeiro concurso público nacional aos
17 anos, ingressando na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx)
e me graduei pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), concluindo
meu bacharelado em Ciências Militares com ênfase em Intendência (Logística e
Administração). Como Oficial do Exército, exerci as funções de Pregoeiro e de
Membro da Comissão Permanente de Licitações e Contratos. Sou servidor
público desde 2001 e professor das disciplinas Administração Financeira e
Orçamentária (AFO), Direito Financeiro e Planejamento e Orçamento
Governamental.

Este é o conteúdo previsto para nosso edital 2012, de ambos os cargos:


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA: 1 O papel do Estado e
a atuação do governo nas finanças públicas. 1.1 Formas e dimensões da
intervenção da administração na economia. 2 Orçamento público e sua
evolução. 2.1 Orçamento como instrumento do planejamento governamental.
2.2 Princípios orçamentários. 3 O orçamento público no Brasil. 3.1 Plano
Plurianual. 3.2 Diretrizes orçamentárias. 3.3 Orçamento anual. 3.4 Sistema e
processo de orçamentação. 3.5 Classificações orçamentárias. 4 Programação e
execução orçamentária e financeira. 4.1 Acompanhamento da execução. 4.2
Sistemas de informações. 4.3 Alterações orçamentárias. 4.4 Créditos
ordinários e adicionais. 5 Receita pública. 5.1 Categorias, fontes e estágios. 5.2
Dívida ativa. 6 Despesa pública. 6.1 Categorias e estágios. 6.2 Restos a
pagar. 6.3 Despesas de exercícios anteriores. 6.4 Suprimento de fundos.

A única diferença é o tópico “6.5 Lei Complementar nº 101/2000”, que só cai


de forma completa para Analista Judiciário. Para Técnico, só cai no que se
refere aos temas do edital. Por exemplo, se o edital prevê “Orçamento Anual”,
cai tudo sobre o tema na Constituição Federal, na Lei Complementar nº
101/2000, na Lei 4320/1964, etc. Isso veremos no nosso curso.

Buscando ser o mais completo e objetivo possível, serão 10 aulas,


desenvolvidas da seguinte forma:

AULA CONTEÚDO
Aula 0 Princípios orçamentários.
O orçamento público no Brasil; Plano Plurianual; diretrizes
Aula 1
orçamentárias; orçamento anual.
Aula 2 Sistema e Processo de orçamentação.

Aula 3 O papel do Estado e a atuação do governo nas finanças públicas; formas


e dimensões da intervenção da Administração na economia. Orçamento

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público e sua evolução; o orçamento como instrumento do planejamento


governamental.
Aula 4 Receita pública: categorias, fontes; dívida ativa.
Aula 5 Classificações orçamentárias. Despesa pública: categorias.
Aula 6 Receita pública. estágios. 6 Despesa pública: estágios.
Aula 7 Alterações orçamentárias; créditos ordinários e adicionais.
Aula 8 Restos a pagar; despesas de exercícios anteriores; suprimento de fundos.
Aula 9 Sistemas de informações.
Programação e execução orçamentária e financeira. Acompanhamento da
Aula 10
execução.
A Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei Complementar nº 101/00 será abordada no
curso LRF p/ CNJ – Teoria e 300 questões comentadas, do mesmo professor, ao
custo de apenas R$ 45,00 para quem adquiriu este curso de Administração
Financeira e Orçamentária. Só cai, de forma completa, na prova de Analista
Judiciário.

As aulas serão focadas exclusivamente no edital para o CNJ e tenho certeza


que com esforço e dedicação alcançará seu objetivo. Mesmo assim, gostaria de
dar uma recomendação: estude com afinco nossas aulas que nossa matéria
está caindo de forma impressionante nos concursos. Não será uma matéria
que você aproveitará só para esse concurso, pois te habilitará para novos voos
caso opte por outros horizontes que podem ser tão interessantes em diversos
concursos pelo Brasil.

Como motivação, separei algumas frases:

"A transformação pessoal requer substituição de velhos hábitos por novos."


(W.A Peterson)

"A única coisa que se coloca entre um homem e o que ele quer na vida é
normalmente meramente a vontade de tentar e a fé para acreditar que aquilo
é possível”. (Richard M. Devos)

"Consulte não a seus medos mas a suas esperanças e sonhos. Pense não sobre
suas frustrações, mas sobre seu potencial não usado. Preocupe-se não com o
que você tentou e falhou, mas com aquilo que ainda é possível a você fazer."
(Papa João XXIII)

"Duas coisas que aprendi são que você é tão poderoso e forte quanto você se
permite ser, e que a parte mais difícil de qualquer empreendimento é dar o
primeiro passo, tomar a primeira decisão." (Robyn Davidson)

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"Entusiasmo é a inspiração de qualquer coisa importante. Sem ele, nenhum


homem deve ser temido; e com ele, nenhum homem deve ser desprezado."
(Christian Nevell Bovee)

"Grandes resultados requerem grandes ambições." (Heráclito)

Conheça meus outros cursos atualmente no site!


Acesse: http://www.estrategiaconcursos.com.br/professor/3000/cursos

Mas antes, vamos compreender o que nossa matéria estuda?

O estudo de AFO/Orçamento Público está relacionado ao estudo do Direito


Financeiro.

O Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que disciplina a atividade


financeira do estado. Assim, abrange a receita pública (obtenção de recursos),
o crédito público (criação de recursos), o orçamento público (gestão de
recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos).

No estudo dos ramos do Direito, o Direito Financeiro pertence ao Direito


Público, sendo um ramo cientificamente autônomo em relação aos demais
ramos. A própria Constituição Federal, consoante o inciso I do art. 24,
assegura tal autonomia:
“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
(...).”

O estudo de AFO engloba o Direito Financeiro com um enfoque administrativo.


Dessa forma, pode-se definir a Administração Financeira e Orçamentária como
a disciplina que estuda a atividade financeira do estado e sua aplicação na
Administração Pública, bem como os atos que potencialmente poderão afetar o
patrimônio do Estado. O estudo de AFO visa assegurar a execução das funções
do Estado, contribuindo para aprimorar o planejamento, a organização, a
direção, o controle e a tomada de decisões dos gestores públicos em cada uma
dessas fases.

Por ter sido Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do


Planejamento e atualmente atuar no acompanhamento dos trabalhos da
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso
Nacional, a Administração Financeira e Orçamentária faz parte do meu dia a
dia. Tentarei aliar a teoria a exemplos práticos, para facilitar a compreensão do
conteúdo. Mas saiba que de alguma forma todos nós já temos uma noção
intuitiva do que seja orçamento, chave de nossa matéria. Por exemplo, sua

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renda familiar mensal (receita) deve ser igual ou superior aos seus gastos no
mesmo período (despesas). Caso isso não ocorra, você terá que financiar seus
gastos de outra forma, normalmente por meio de empréstimos (operações de
crédito), vendendo algum bem (alienação de bens) ou utilizando suas possíveis
economias (reservas).

A diferença é que o Orçamento Público segue diversas regras,


consubstanciadas na legislação que rege nossa matéria. Ao contrário da
administração de uma família, o gestor público não é o dono do que ele
administra, que pertence ao povo. Logo, apesar de existir uma parcela de
discricionariedade, ele fica limitado a seguir princípios e regras gerais para
elaborar instrumentos de planejamento e orçamento, realizar receitas e
executar despesas públicas, gerar endividamento, pagar pessoal, realizar
transferências etc.

Alguns conceitos de Orçamento público:

Segundo Aliomar Baleeiro, o orçamento público é o ato pelo qual o Poder


Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de tempo, a
execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e
outros fins adotados pela política econômica ou geral do País, assim como a
arrecadação das receitas já criadas em lei.

Consoante Giacomoni, de acordo com o modelo de integração entre


planejamento e orçamento, o orçamento anual constitui-se em instrumento, de
curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de médio
prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais
em que estão definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos
e as políticas básicas.

De acordo com Abrúcio e Loureiro, “o orçamento é um instrumento


fundamental de governo, seu principal documento de políticas públicas.
Através dele os governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os
recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos
sociais, conforme seu peso ou força política. Portanto, nas decisões
orçamentárias os problemas centrais de uma ordem democrática como
representação e accountability estão presentes. (...) A Constituição de 1988
trouxe inegável avanço na estrutura institucional que organiza o processo
orçamentário brasileiro. Ela não só introduziu o processo de planejamento no
ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas, sobretudo, reforçou
o Poder Legislativo”.

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Este é um dos volumes do Projeto de Lei


Orçamentária Anual, fotografado no
momento em que foi recebido no
Congresso Nacional.

Agora vamos estudar a matéria desta nossa aula inaugural!

Com dedicação, organização, disciplina e objetividade, estudaremos nesta aula


os princípios orçamentários, que são premissas, linhas norteadoras a serem
observadas na concepção e execução da lei orçamentária. Visam a aumentar a
consistência e estabilidade do sistema orçamentário. Por isso, são as bases nas
quais se deve orientar o processo orçamentário e são impositivos no
orçamento público, apesar de não terem caráter absoluto por apresentarem
exceções.

Veremos que alguns princípios são explícitos, por estarem incorporados à


legislação, principalmente na Constituição Federal de 1988 (CF/1988) e na Lei
4.320/1964. Outros são implícitos, porque são definidos apenas pela doutrina,
mas também são importantes para fins de elaboração, execução e controle do
orçamento público.

Atenção: é um assunto importante para a compreensão geral da matéria e


também muito cobrado em concursos!

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1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO

De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas


as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da Administração direta e indireta. Tal princípio não se aplica ao
Plano Plurianual, pois nem todas as receitas e despesas devem integrar o PPA.

Está na Lei 4.320/1964:


“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as
de operações de crédito autorizadas em lei.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos
órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio
deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2º.”

O § 5º do art. 165 da CF/1988 se refere à universalidade, quando o


constituinte determina a abrangência da LOA:

“§ 5º A Lei Orçamentária anual compreenderá:


I –o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;
II –o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.”

Princípio da Universalidade

A LOA deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da


União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.

1) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) O princípio da universalidade está


claramente incorporado na legislação orçamentária, assegurando que
o orçamento compreenda todas as receitas e todas as despesas
públicas, possibilitando que o Poder Legislativo conheça, a priori,
todas as receitas e despesas do governo e possa dar prévia
autorização para a respectiva arrecadação e realização.
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De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas


as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta. Assim, o Poder Legislativo pode
conhecer, a priori, todas as receitas e despesas do governo e dar prévia
autorização para a respectiva arrecadação e realização.
Resposta: Certa

2) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Como parte integrante do processo


orçamentário, o PPA deve obedecer ao princípio da universalidade.

O princípio da universalidade não se aplica ao Plano Plurianual, pois nem todas


as receitas e despesas devem integrar o PPA.
Resposta: Errada

2. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE

Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e


autorizado para um período de um ano. Está na Lei 4.320/1964:
“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.”

E também na nossa Constituição Federal de 1988:


“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.”

É conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem em


que o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. A ideia,
em sua origem, era obrigar o Poder Executivo a solicitar periodicamente ao
Congresso permissão para a cobrança de impostos e a aplicação dos recursos
públicos. No Brasil, ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei
4.320/1964:
“Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.”

Vários artigos da Constituição remetem à anualidade, como o § 1º do art. 167:


“§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.”

A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio,


pois o conceito de anualidade não está relacionado ao ano civil, mas com o
exercício financeiro e o período de 12 meses.

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O tema “Créditos Adicionais” é visto em aula específica quando previsto em


edital. Por agora, temos que saber que a Lei Orçamentária Anual poderá ser
alterada no decorrer de sua execução por meio de créditos adicionais. Temos
três espécies de Créditos Adicionais: suplementares, especiais e
extraordinários.
Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos
quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos
seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término desse exercício
financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de
exceções ao princípio da anualidade.

Mais algumas considerações sobre o princípio da anualidade:

_ Estamos tratando da anualidade orçamentária. A anualidade tributária


determinava que deveria haver autorização para a arrecadação de receitas
previstas na Lei Orçamentária Anual. Assim, as leis tributárias deveriam estar
incluídas na LOA, não se admitindo alterações tributárias após os prazos
constitucionais do orçamento anual. Tal princípio tributário não foi
recepcionado pela atual CF/1988 e foi substituído pelo princípio tributário da
anterioridade.
_ Anualidade é princípio orçamentário, porém anterioridade não é. O
princípio constitucional da anterioridade é princípio tributário e não
orçamentário.
_ A existência no ordenamento jurídico de um plano plurianual com duração
atual de quatro anos não excepciona o princípio da anualidade, pois tal plano é
estratégico e não operativo, necessitando da Lei Orçamentária Anual para sua
operacionalização.

3) (CESPE – Técnico Administrativo – ANCINE – 2012) Consoante o


princípio da periodicidade, o exercício financeiro corresponde ao
período de tempo ao qual se referem a previsão das receitas e a
fixação das despesas.

O princípio da anualidade é conhecido também como princípio da


periodicidade, numa abordagem em que o orçamento deve ter vigência
limitada a um exercício financeiro.
Resposta: Certa

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4) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) O princípio


da anualidade orçamentaria remonta ao controle parlamentar sobre os
impostos e a aplicação dos recursos públicos.

Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e


autorizado para um período de um ano. A ideia era obrigar o Poder Executivo a
solicitar periodicamente ao Congresso permissão para a cobrança de impostos
e a aplicação dos recursos públicos.
Resposta: Certa

3. PRINCÍPIO DA UNIDADE OU DA TOTALIDADE

Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em
cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos
paralelos.

Também está consagrado na Lei 4.320/1964:


“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.”

Vale ressaltar que, apesar de ter previsão legal desde a Lei 4.320/1964, o
princípio da unidade foi efetivamente colocado em prática somente com a
CF/1988. Antes disso, havia diversas peças orçamentárias não consolidadas,
como o orçamento monetário, o qual sequer passava pela aprovação
legislativa.

É importante destacar também que autores como José Afonso da Silva


defendem que o princípio da unidade orçamentária, na concepção de
orçamento-programa, não se preocupa com a unidade documental; ao
contrário, desdenhando-a, postula que tais documentos se subordinem a uma
unidade de orientação política, numa hierarquização dos objetivos a serem
atingidos e na uniformidade de estrutura do sistema integrado. Tem-se
também a síntese de Ricardo Lobo Torres, dispondo que o princípio da
unidade não significa a existência de um único documento, mas a
integração finalística e a harmonização entre os diversos orçamentos.

Desta forma, houve uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade,


de forma que abrangesse as novas situações, sendo por muitos denominado
de princípio da totalidade, sendo construído, então, para possibilitar a
coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer
consolidação. A Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o
princípio da totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a

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seguinte: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de


investimentos das estatais. Tal tripartição orçamentária é apenas de cunho
instrumental, não implica dissonância e, portanto, não viola o princípio em
estudo.

Concluindo, o princípio da unidade ou da totalidade não necessariamente


significa um documento único, já que o processo de integração planejamento-
-orçamento tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude
da aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento,
com datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder
Legislativo. Em que pesem tais documentos serem distintos, devem
obrigatoriamente ser compatibilizados entre si.

O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um


orçamento, e não mais que um para cada ente da
federação em cada exercício financeiro.
Há coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto,
Princípio da Unidade devem sofrer consolidação.
ou Totalidade

5) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) Considerando


os mecanismos básicos de atuação do Estado nas finanças públicas,
julgue o seguinte item.
O princípio orçamentário da unidade é um dos mais antigos no Brasil
no que se refere à aplicação prática, pois vem sendo observado desde
a publicação da Lei n.º 4.320/1964.

O erro da questão é dizer que o princípio orçamentário da unidade é um dos


mais antigos no Brasil no que se refere à aplicação PRÁTICA. Apesar de estar
previsto desde a Lei n.º 4.320/1964, somente com a CF/1988 foi efetivamente
colocado em prática. Antes disso, havia diversas peças orçamentárias não
consolidadas, como o orçamento monetário, que sequer passava pela
aprovação legislativa.
Resposta: Errada

4. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO

Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao ente público.


Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas.
Por exemplo, quando o Governo paga salários, realiza despesas. No entanto, a
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partir de determinado valor, começa a incidir sobre a remuneração o Imposto


de Renda, que é uma receita para o Governo, descontada diretamente pela
fonte pagadora. Assim, ao pagar o salário de um servidor, é efetuada uma
despesa (salário) que ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de Renda).

O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam


incluídas no orçamento ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos
seus montantes líquidos. Note que a diferença entre universalidade e
orçamento bruto é que apenas este último determina que as receitas e
despesas devam constar do orçamento pelos seus totais, sem quaisquer
deduções.

Também está na Lei 4.320/1964:


“Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos
seus totais, vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra
incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.”

No nosso exemplo, considere uma carreira de alto escalão do Executivo, que


tem como subsídio inicial R$ 13.000,00. Subtraindo os descontos de Imposto
de Renda e Previdência Social, o líquido gira em torno de R$ 9.500,00. Na Lei
Orçamentária, segundo o princípio do orçamento bruto, deverão constar
todos esses itens, de receitas de despesas, e não somente a despesa líquida da
União de R$ 9.500,00.

Não importa se o saldo líquido será positivo ou


negativo, o princípio do orçamento bruto
impede a inclusão apenas dos montantes
líquidos e determina a inclusão de receitas e
despesas pelos seus totais, vedadas
Princípio do Orçamento bruto quaisquer deduções.

6) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) O


princípio do orçamento bruto se aplica indistintamente à lei
orçamentária anual e a todos os tipos de crédito adicional.

O princípio do orçamento bruto, o qual impede a inclusão apenas dos


montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus
totais, aplica-se indistintamente à LOA e a todos os tipos de crédito adicional.
Resposta: Certa

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5. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE

O princípio da exclusividade surgiu para evitar que o orçamento fosse utilizado


para aprovação de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo
orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo.

Determina que a Lei Orçamentária não poderá conter matéria estranha à


previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as
autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita orçamentária (ARO). Por exemplo, o orçamento não
pode conter matéria de Direito Penal.

Assim, o princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da Lei


Orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros
campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo
mais rápido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinência
com seu conteúdo eram denominadas “caudas orçamentárias” ou “orçamentos
rabilongos”. Por outro lado, as exceções ao princípio possibilitam uma pequena
margem de flexibilidade ao Poder Executivo para a realização de alterações
orçamentárias.

Possui previsão na nossa Constituição, no § 8º do art. 165:


“§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.”

E também no art. 7º, incisos I e II, da Lei 4.320/1964:


“Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
I –Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as
disposições do artigo 43;
II –Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por
antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.”

O inciso II foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com
o art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. Estuda-se ARO em tópico específico
relacionado ao endividamento público, quando previsto no edital.

Voltando ao nosso princípio, em resumo, significa que:

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Regra: LOA deve conter apenas previsão de receitas e fixação


de despesas.

No entanto, admitem-se autorizações para:

• créditos suplementares e apenas este; e

Princípio da • operações de crédito, mesmo que por antecipação de


Exclusividade receita.

Relembro que o gênero créditos adicionais possui três espécies:


suplementares, especiais e extraordinários. Pelo princípio da exclusividade, a
LOA poderá autorizar a abertura de créditos adicionais suplementares, porém
não é permitida a autorização para os créditos adicionais especiais e
extraordinários.

No que se refere às operações de crédito, entenda, por agora, que elas se


assemelham a empréstimos que o ente contrai para aumentar suas receitas e
cobrir suas despesas.

Finalizando, em relação ao princípio da exclusividade, é fundamental guardar


que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos
suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO.

Pessoal, o que deve ficar claro é que a LOA não pode criar
receitas e despesas (respeitadas as exceções do princípio da
exclusividade). O que eu quero dizer é que na LOA não
pode constar uma autorização para o aumento de
remuneração de uma determinada carreira, por exemplo. A
LOA vai refletir o aumento da despesa (pois toda despesa
deve estar na LOA), mas esse aumento tem que ser criado
por um instrumento legal prévio. No caso, seria uma lei
anterior autorizando o aumento. O mesmo se aplicaria
quando fosse necessária a criação de novos cargos públicos.

7) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Se determinado município precisar


urgentemente aprovar a autorização legal para a contratação de
determinado empréstimo destinado a reformar as escolas locais antes
do início do período letivo, tal autorização não poderá ser incluída na
LOA, pois essa lei não pode conter dispositivo estranho à previsão das
receitas e à fixação das despesas.

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O princípio da exclusividade determina que a lei orçamentária não poderá


conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas.
Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária.
Logo, no caso em tela, a autorização legal para a contratação de determinado
empréstimo destinado a reformar as escolas locais antes do início do período
letivo deverá ser incluída na LOA.
Resposta: Errada

6. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

O princípio da quantificação dos créditos orçamentários está consubstanciado


no inciso VII do art. 167 da CF/1988, o qual veda a concessão ou utilização de
créditos ilimitados:
“Art. 167. São vedados:
(...)
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados.”

A dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito


orçamentário. O princípio da quantificação dos créditos orçamentários
determina que todo crédito na LOA seja autorizado com uma respectiva
dotação, limitada, ou seja, cada crédito deve ser acompanhado de um valor
determinado. Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções.

O art. 59 da Lei 4.320/1964 exige a observância do princípio:


“Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos
concedidos.”

Para que o empenho (estágio da despesa que “abate” o valor da dotação, por
força do compromisso assumido) não exceda o limite dos créditos concedidos,
tal crédito deve ter um valor determinado, limitado, coadunando-se com a
regra constitucional da quantificação dos créditos orçamentários.

8) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) A única hipótese de autorização para


abertura de créditos ilimitados decorre de delegação feita pelo
Congresso Nacional ao presidente da República, sob a forma de
resolução, que fixará prazo para essa delegação.

Não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções.


Resposta: Errada

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7. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO (OU ESPECIALIZAÇÃO OU


DISCRIMINAÇÃO)

O princípio da especificação determina que, na Lei Orçamentária Anual, as


receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a
aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de
acompanhamento e controle do gasto público, evitando a chamada “ação
guarda-chuva”, que é aquela ação genérica, mal especificada, com demasiada
flexibilidade.

Para o PPA e a LDO, não há necessidade de um detalhamento tão grande de


receitas e despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois a LOA é obrigada a
seguir o princípio da especificação.

O princípio veda as autorizações de despesas globais. Atualmente, o princípio


da especificação não tem status constitucional, porém está em pleno vigor por
estar amparado pela legislação infraconstitucional, como na Lei 4.320/1964,
que em seu art. 5º dispõe:
“Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a
atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de
terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo
20 e seu parágrafo único.”

As exceções do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho


que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas
gerais de execução da despesa, como os programas de proteção à testemunha
que, se tivessem especificação detalhada, perderiam sua finalidade. Tais
despesas são classificadas como despesas de capital e também chamadas de
investimentos em regime de execução especial.

O referido art. 20 ainda determina que os investimentos sejam discriminados


na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras e de outras aplicações.

O § 4º do art. 5º da LRF estabelece a vedação de consignação de crédito


orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo a especificação da despesa.
Esse artigo apresenta outra exceção ao nosso princípio, que é a reserva de
contingência (art. 5º, inciso III, da LRF).
A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de
créditos adicionais, perdas que, embora possam ser previsíveis, são episódicas,
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais.
Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade pública, como uma
enchente de grandes proporções.

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As exceções dos programas especiais de trabalho e reserva de contingência são


quanto à dotação global, pois não necessitam de discriminação. Não deve ser
confundido com dotação ilimitada, que é aquela sem valores definidos.
Exemplo: recursos para o programa de proteção à testemunha. Dotação
ilimitada seria não definir o valor no orçamento ou colocar que se pode gastar
o quanto for necessário. Não é permitido, sem exceções. Já dotação global
seria colocar dotação limitada, R$ 20 milhões para o programa, porém sem
detalhamento. Também a regra seria não ser permitido, porém admite
exceções, como nesse programa, pois com um detalhamento poderia haver
risco de morte para as testemunhas.

Atenção: não confundir Orçamento Bruto com Discriminação.


O princípio da discriminação (ou especialização ou especificação)
determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando
a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de
acompanhamento e controle do gasto público.
Já o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes
líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não
importando se o saldo líquido será positivo ou negativo. Por exemplo, a
apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação das
deduções previamente efetuadas a título de restituições, ferem o princípio do
orçamento bruto.

9) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) São


exceções ao que determina o princípio da discriminação ou
especialização os programas especiais de trabalho que, por sua
natureza, não podem ser cumpridos em subordinação às normas gerais
de execução da despesa.

O princípio da discriminação determina que as receitas e despesas devam ser


discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. As exceções
são os programas especiais de trabalho, como os programas de proteção à
testemunha, que se tivessem especificação detalhada, perderiam sua
finalidade.
Resposta: Certa

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10) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Entre as três leis ordinárias previstas
pela CF para dispor sobre orçamento, somente a LOA é obrigada a
observar o princípio da especificação.

Para o PPA e a LDO não há necessidade de um detalhamento tão grande de


receitas e despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois a LOA é obrigada a
seguir o princípio da especificação.
Resposta: Certa

8. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO

O princípio da proibição do estorno determina que o administrador público


não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Quando
houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer à
abertura de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou
transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo.

Veja o dispositivo constitucional:


“Art. 167. São vedados:
(...)
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa.”

Os termos remanejamento, transposição e transferência são relacionados pela


Constituição Federal às situações de destinação de recursos de uma categoria
de programação para outra ou de um órgão para outro. Foram introduzidos na
CF/1988 em substituição à expressão estorno de verba, utilizada em
constituições anteriores para indicar a mesma proibição. Essa é a origem do
princípio da proibição do estorno.

Parte da doutrina considera que são conceitos que devem ser definidos em
lei complementar (ainda não editada), portanto não poderiam ser
definidos por lei ordinária ou outro instrumento infralegal. Outros
doutrinadores consideram que não há distinção entre os termos. Ainda, outros
autores definem os termos da seguinte forma:

• Transposição: É a destinação de recursos de um programa de trabalho


para outro, por meio de realocações do ente público dentro do mesmo
órgão. Por exemplo, se o administrador decidir ampliar a construção da sede
da secretaria de obras realocando recursos da abertura de uma estrada, com
ambos os projetos programados e incluídos no orçamento.
• Remanejamento: É a destinação de recursos de um órgão para outro,
por meio de realocações do ente público. Por exemplo, a Administração pode
realocar as atividades de um órgão extinto.

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• Transferência: É a destinação de recursos dentro do mesmo órgão e do


mesmo programa de trabalho, por meio de realocações de recursos entre
as categorias econômicas de despesas. Na transferência, as ações envolvidas
permanecem em execução, por isso não se confunde com os créditos
adicionais especiais, nos quais ocorre a implantação de uma despesa que não
possuía dotação orçamentária. Por exemplo, o MPOG decide realocar recursos
de manutenção de seu prédio para adquirir computadores para uma seção que
funcionava com computadores antigos.

Por categoria de programação deve-se entender a função, a subfunção, o


programa, o projeto/atividade/operação especial e as categorias econômicas
de despesas.

Na verdade, a importância do princípio está em evitar, no decorrer do exercício


financeiro, a desconfiguração da LOA aprovada pelo Congresso Nacional. Para
isso, é necessária a autorização legislativa.

11) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se o


Poder Executivo Federal promover a transposição de recursos de uma
categoria de programação orçamentária para outra, ainda que com
autorização legislativa, incorrerá em violação de norma constitucional.

O princípio da proibição do estorno faz restrições a transposição de recursos de


uma categoria de programação orçamentária para outra caso não exista
autorização legislativa. Logo, se houver autorização legislativa, o Poder
Executivo não incorrerá em violação de norma constitucional.
Resposta: Errada

9. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela
Administração Pública, que são legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência.

O princípio da publicidade também é orçamentário, pois as decisões sobre


orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa
oficial. É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de
comunicação para conhecimento público, de forma a garantir a transparência
na elaboração e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso
para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da
fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes.

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10. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais


são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo
Congresso Nacional.
O art. 5º da Constituição determina em seu inciso II que “ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
O art. 37 cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração
Pública, que são legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.
Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo.

O respaldo ao princípio da legalidade orçamentária também está na


Constituição:
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.”

Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições


legais. O orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de
um processo legislativo completo, apesar de possuir um ciclo com
características diferenciadas. Assim como toda lei ordinária, o orçamento será
um projeto preparado pelo Poder Executivo e enviado ao Poder Legislativo,
para apreciação e posterior devolução, a fim de que ocorra a sanção e a
publicação. Logo, legalidade também é princípio orçamentário.

11. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO

O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada,


planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação
do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e
a forma de programação. Assim, alguns autores defendem que o princípio da
programação não poderia ser observado antes da instituição do conceito de
orçamento-programa.

O princípio da programação vincula as normas orçamentárias à consecução e à


finalidade do plano plurianual e aos programas nacionais, regionais e setoriais
de desenvolvimento.

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12) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) O princípio orçamentário da


programação não poderia ser observado antes da instituição do
conceito de orçamento-programa.

O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada,


planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação
do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e
a forma de programação. Assim, alguns autores defendem que o princípio da
programação não poderia ser observado antes da instituição do conceito de
orçamento-programa.
Resposta: Certa

12. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO

O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão


superiores à previsão das receitas.

A LRF, em seu art. 4º, inciso I, “a”, determina que a lei de diretrizes
orçamentárias trate do equilíbrio entre receitas e despesas:
“Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art.
165 da Constituição e:
I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas.”

Outras áreas, como as relacionadas às finanças públicas, aplicam o princípio do


equilíbrio. Por exemplo, o art. 9º da LRF também trata do equilíbrio das
finanças públicas, só que no aspecto financeiro. Determina que “se verificado,
ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no
Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato
próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação
de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei
de diretrizes orçamentárias”. Outro exemplo é o art. 42, o qual veda ao titular
de Poder ou órgão, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair
obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja
suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

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A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário,


caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princípio do
equilíbrio não tem hierarquia constitucional (não está explicitado na
CF/1988). No entanto, contabilmente e formalmente o orçamento
sempre estará equilibrado, pois tal déficit aparece normalmente nas
operações de crédito que, pelo art. 3º da Lei 4.320/1964, também devem
constar do orçamento.

A inclusão da reserva de contingência no orçamento também visa, entre outras


finalidades, assegurar o atendimento ao princípio do equilíbrio no aspecto
financeiro. Por exemplo, imagine uma situação de calamidade pública, na qual
o Poder Público Federal necessite de recursos para ajudar na reconstrução de
um município destruído por uma inundação. Como não há previsão
orçamentária, poderá ser utilizada a reserva de contingência. Na ausência
dela, haveria um grande desequilíbrio entre a previsão inicial de receitas e o
aumento imprevisto das necessidades de despesas, desestabilizando a
execução financeira.

13) (CESPE – Promotor – MPE/PI – 2012) De acordo com o princípio


da unidade, ou totalidade, que rege a ordem orçamentária no Brasil, o
montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não
poderá ser superior ao total das receitas estimadas para o mesmo
período.

De acordo com o princípio do equilíbrio que rege a ordem orçamentária no


Brasil, o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não
poderá ser superior ao total das receitas estimadas para o mesmo período.
Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em
cada exercício financeiro.
Resposta: Errada

13. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS


RECEITAS

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais.

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Está na Constituição Federal, no art. 167, inciso IV:


“Art. 167. São vedados:
(...)
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo.”

Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade


do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas
despesas obrigatórias. A principal finalidade do princípio em estudo é aumentar
a flexibilidade na alocação das receitas de impostos.
No que couber, aos demais entes são permitidas as mesmas vinculações da
União previstas na CF/1988.

Importante: caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua
vinculação, mesmo que em outro exercício financeiro. Veja o parágrafo único
do art. 8º da LRF:
“Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação,
ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.”

Na Constituição Federal anterior (Emenda Constitucional 1/1969), o princípio


da não vinculação de receitas estava relacionado a todos os tributos. A
denominação do princípio foi mantida pela maior parte da doutrina (não
vinculação de receitas), entretanto, agora abrange apenas os impostos,
coadunando-se com a ideia de que o imposto é o típico tributo de arrecadação
não vinculada. Assim, a regra geral é que as receitas derivadas dos impostos
devem estar disponíveis para custear qualquer atividade estatal.

Na CF/1988, o princípio veda a vinculação de impostos e não de tributos.

A Constituição pode vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional


podem ser vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinária ou
qualquer dispositivo infraconstitucional, não pode.
Apenas os impostos não podem ser vinculados por lei infraconstitucional.
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a) Repartição constitucional dos impostos;


b) Destinação de recursos para a Saúde;
c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do
ensino;
d) Destinação de recursos para a atividade de
administração tributária;
e) Prestação de garantias às operações de crédito por
antecipação de receita;
Exceções ao Princípio
f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de
da Não Vinculação débitos para com esta.

14) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) A


abrangência do princípio orçamentário da não vinculação de receitas
restringe-se às receitas de impostos.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais.
Na Constituição Federal anterior (Emenda Constitucional 1/1969), o princípio
da não vinculação de receitas estava relacionado a todos os tributos. A
denominação do princípio foi mantida pela maior parte da doutrina (não
vinculação de receitas), entretanto, agora abrange apenas os impostos,
coadunando-se com a ideia de que o imposto é o típico tributo de arrecadação
não vinculada. Assim, a regra geral é que as receitas derivadas dos impostos
devem estar disponíveis para custear qualquer atividade estatal.
Resposta: Certa

15) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) A


vinculação de receitas para educação, saúde e segurança não pode ser
considerada violação do principio da não afetação de receitas, uma vez
que esses serviços são a razão da existência do Estado moderno.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Assim, as exceções
são determinadas pela CF/1988 e não incluem os gastos com segurança.
Resposta: Errada

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14. PRINCÍPIO DA CLAREZA

O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e


compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse,
precisam manipulá-lo.

Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e


completa. Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância
para tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração.

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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE

16) (CESPE – Técnico Científico – Direito – Banco da Amazônia - 2012)


É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa para a realização de atividades da administração tributária.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. São elas:
 Repartição constitucional dos impostos;
 Destinação de recursos para a Saúde;
 Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;
 Destinação de recursos para a atividade de administração
tributária;
 Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita;
 Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta.

Logo, é permitida a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou


despesa para a realização de atividades da administração tributária.
Resposta: Errada

17) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia


- 2012) A legislação brasileira não estabelece o princípio da
anualidade orçamentária, razão por que se aprovam o orçamento fiscal
e o da seguridade social anualmente e o orçamento plurianual de
investimentos, a cada quatro anos.

A legislação brasileira estabelece o princípio da anualidade orçamentária,


razão por que se aprovam os orçamentos que integram a LOA anualmente:
orçamento fiscal, da seguridade social e de investimento das estatais.
Resposta: Errada

18) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia


- 2012) A ocorrência de déficits na execução orçamentária não implica
desrespeito ao princípio do equilíbrio, com base no qual se deve
elaborar a lei orçamentária, podendo ser eles incorporados nas
chamadas operações de crédito e no refinanciamento da dívida
pública.

A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário,


caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princípio do

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equilíbrio não tem hierarquia constitucional (não está previsto na CF/1988). No


entanto, contabilmente e formalmente o orçamento sempre estará equilibrado,
pois tal déficit aparece normalmente nas operações de crédito que, pelo art. 3º
da Lei 4.320/1964, também devem constar do orçamento.
Resposta: Certa

19) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia


- 2012) O princípio da unidade orçamentária não é adotado no Brasil,
de maneira que existem múltiplos orçamentos que não se incluem no
orçamento anual da União, como os elaborados pelas empresas
estatais e autarquias especiais.

Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação
em cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos
paralelos.
Há a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer
consolidação. Logo, incluem-se também no orçamento anual da União os
elaborados pelas empresas estatais e autarquias especiais.
Resposta: Errada

20) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) O princípio da não


afetação da receita veda a vinculação de receita de impostos, taxas e
contribuições a despesas, fundos ou órgãos.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais.
Na Constituição Federal anterior (Emenda Constitucional 1/1969), o princípio
da não vinculação de receitas estava relacionado a todos os tributos. A
denominação do princípio foi mantida pela maior parte da doutrina (não
vinculação de receitas), entretanto, agora abrange apenas os impostos,
coadunando-se com a ideia de que o imposto é o típico tributo de arrecadação
não vinculada. Assim, a regra geral é que as receitas derivadas dos impostos
devem estar disponíveis para custear qualquer atividade estatal.
Resposta: Errada

21 (CESPE - Administrador – Min Saúde – 2010) O administrador


público que respeita o princípio do orçamento bruto, ao planejar o
orçamento do ano seguinte, deve fazer as devidas compensações nas
contas com a intenção de incluir em sua planilha os saldos resultantes
dessas operações.

O princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes


líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais. Logo,

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não existem compensações entre receitas e despesas para a inclusão apenas


dos saldos.
Resposta: Errada

22) (CESPE – Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio


da legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas
finanças públicas, dispõe que o orçamento será, necessariamente,
objeto de uma lei, resultante de um processo legislativo completo, isto
é, um projeto preparado e submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder
Legislativo, para apreciação e posterior devolução ao Poder Executivo,
para sanção e publicação.

Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições


legais. O orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de
um processo legislativo completo, apesar de possuir um ciclo com
características diferenciadas. Assim como toda lei ordinária, o orçamento será
um projeto preparado pelo Poder Executivo e enviado ao Poder Legislativo,
para apreciação e posterior devolução, a fim de que ocorra a sanção e a
publicação. Logo, legalidade também é princípio orçamentário.
Resposta: Certa

23) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) É vedado incluir na LOA


autorização para operações de crédito por antecipação de receita.

Consoante, o princípio da exclusividade, é permitido incluir na LOA


autorização para operações de crédito por antecipação de receita.
Resposta: Errada

24) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Em respeito ao


princípio orçamentário da não vinculação da receita, nenhum imposto
será vinculado a órgão, fundo ou despesa, nem mesmo no caso de
destinação de recursos para serviços públicos de saúde e educação.

O princípio da não vinculação ou não afetação de receitas dispõe que nenhuma


receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a
certos e determinados gastos, ressalvadas as exceções constitucionais.

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EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO:

Repartição constitucional dos impostos;

Destinação de recursos para a Saúde;

Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;

Destinação de recursos para a atividade de administração tributária;

Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita;

Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta (art. 167,
§ 4.°).

Logo, as destinações de recursos para serviços públicos de saúde e educação


(desenvolvimento do ensino) são exceções ao princípio orçamentário da não
afetação.
Resposta: Errada

25) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) O princípio


orçamentário da especificação ou especialização não está explicitado
no texto da CF.

Atualmente, o princípio da especificação não tem status constitucional (não


este explicitado na CF/1988), porém está em pleno vigor por estar amparado
pela legislação infraconstitucional.
Resposta: Certa

26) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) Em que pese o princípio da não


vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesas, a
Constituição Federal de 1988 (CF) não veda tal vinculação na
prestação de garantais às operações de crédito por antecipação de
receita.

A CF/1988 não veda a vinculação de impostos na prestação de garantais às


operações de crédito por antecipação de receita, já que se trata de uma das
exceções ao princípio da não vinculação de receitas.
Resposta: Certa

27) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Direito - ABIN - 2010) A


lei de orçamento não consigna dotações globais destinadas a atender
indiferentemente a despesas de diversas fontes, como as de pessoal,
excetuando-se dessa regra os programas especiais de trabalho que,
por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às
normas gerais de execução da despesa.

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De acordo com o princípio da discriminação, a Lei de Orçamento não


consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas
de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras,
com as ressalvas dos programas especiais de trabalho.
Resposta: Certa

28) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Uma das


exceções ao princípio da exclusividade é a autorização para
contratação de operações de crédito, desde que se trate de
antecipação da receita orçamentária.

Uma das exceções ao princípio da exclusividade é a autorização para


contratação de operações de crédito, ainda que se trate de antecipação da
receita orçamentária. Ao trocar “ainda que” por “desde que”, a questão limita o
princípio apenas às operações de crédito por antecipação da receita
orçamentária, excluindo as operações de crédito convencionais.
Resposta: Errada

29) (CESPE - Administrador – Min Saúde – 2010) Ao se analisar os três


orçamentos que compõem a lei orçamentária anual — o fiscal, o de
investimentos e o de seguridade social —, torna-se evidente a
contradição com o princípio da unidade.

Houve uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade, de forma que


abrangesse as novas situações, sendo por muitos denominado de princípio da
Totalidade, sendo construído, então, para possibilitar a coexistência de
múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação. A
Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o princípio da
totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a seguinte:
orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de
investimentos das estatais. Logo, não há contradição com o princípio da
unidade.
Resposta: Errada

30) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) A aplicação do


princípio do orçamento bruto visa impedir a inclusão, no orçamento, de
importâncias líquidas, isto é, a inclusão apenas do saldo positivo ou
negativo resultante do confronto entre as receitas e as despesas de
determinado serviço público.

O princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes


líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não
importando se o saldo liquido será positivo ou negativo.
Resposta: Certa

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31) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) Os princípios orçamentários


são linhas norteadoras da programação e da execução orçamentárias.
Preconiza-se, nessa direção, a não vinculação das receitas, com a
finalidade precípua de aumentar a flexibilidade na alocação das
receitas de impostos.

Os princípios orçamentários são premissas, linhas norteadoras a serem


observadas na concepção e execução da lei orçamentária. Visam a aumentar a
consistência e estabilidade do sistema orçamentário. O princípio da não
afetação de receitas visa evitar que as vinculações reduzam o grau de
liberdade do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam
essas despesas obrigatórias.
Resposta: Certa

32) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração - ABIN -


2010) De acordo com o princípio orçamentário da não afetação das
receitas, a Lei Orçamentária Anual (LOA) deve apresentar todas as
receitas por seus valores brutos e incluir um plano financeiro global
em que não haja receitas estranhas ao controle da atividade
econômica estatal.

De acordo com o princípio orçamentário do orçamento bruto, a LOA deve


apresentar todas as receitas por seus valores brutos, vedadas quaisquer
deduções.
Resposta: Errada

33) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU - 2010) O princípio da


periodicidade fortalece a prerrogativa de controle prévio do orçamento
público pelo Poder Legislativo, obrigando o Poder Executivo a solicitar
anualmente autorização para arrecadar receitas e executar as
despesas públicas.

O princípio da anualidade ou periodicidade dispõe que o orçamento deva ser


elaborado e autorizado para um período de um ano. Logo, obriga o Poder
Executivo a solicitar anualmente autorização para executar as despesas
públicas.
Resposta: Certa

34) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração - ABIN -


2010) Do princípio orçamentário da universalidade decorre a
recomendação de que cada esfera da administração — União, estados,
Distrito Federal e municípios — tenha seu próprio orçamento.

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Do princípio orçamentário da unidade decorre a recomendação de que cada


esfera da administração — União, estados, Distrito Federal e municípios —
tenha seu próprio orçamento.
Resposta: Errada

35) (CESPE – Administrador – IBRAM/DF - 2009) A peça orçamentária


pode conter a previsão de criação de cargos públicos, desde que
acompanhada da sinalização das receitas necessárias para seu
pagamento.

A previsão de criação de cargos na LOA afronta o princípio da exclusividade.


A LOA não pode criar receitas e despesas (respeitadas as exceções do
princípio da exclusividade). Na LOA não pode constar uma previsão para a
criação de cargos. A LOA vai refletir o aumento da despesa (pois toda despesa
deve estar na LOA), mas esse aumento de cargos tem que ser criado por um
instrumento legal prévio. No caso, seria uma lei anterior autorizando a
criação.
Resposta: Errada

36) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU - 2010) A existência da


abertura de créditos suplementares por meio de operações de crédito,
inclusive por antecipação da receita na LOA, implica violação ao
princípio da exclusividade.

São exceções ao princípio da exclusividade as autorizações de créditos


suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita
orçamentária (ARO).
Assim, a existência da abertura de créditos suplementares por meio de
operações de crédito, inclusive por antecipação da receita na LOA, não implica
violação ao princípio da exclusividade.
Resposta: Errada

37) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Embora a não


afetação da receita constitua um dos princípios orçamentários, há
várias exceções a essa regra previstas na legislação em vigor.

O princípio da não afetação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, ressalvadas as exceções constitucionais.
Resposta: Certa

38) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Contabilidade - ABIN –


2010) A inclusão de dotações para despesas sigilosas no orçamento da
ABIN é uma decorrência do princípio da publicidade.

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A inclusão de dotações para despesas sigilosas no orçamento da ABIN é uma


decorrência de uma exceção ao princípio da discriminação. São os
chamados programas especiais de trabalho.
Resposta: Errada

39) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A abertura de


crédito suplementar e a contratação de operações de crédito são
excepcionalidades em relação ao princípio da exclusividade, previstas
na CF e em legislação específica.

São exceções ao princípio da exclusividade as autorizações de créditos


suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita
orçamentária (ARO).
Resposta: Certa

40) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Um importante


princípio orçamentário estabelece que todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza.

A igualdade sem distinção de qualquer natureza (CF/1988, art. 5º, caput), ou


seja, de sexo, raça, trabalho, credo religioso e convicções políticas, é
consectária de tratamento igual a situações iguais e tratamento desigual a
situações desiguais. No entanto, não se trata de um princípio orçamentário.
Resposta: Errada

41) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) A


autorização para um órgão público realizar licitações não pode ser
incluída na lei orçamentária anual em observância ao princípio da
exclusividade.

O princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da lei


orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros
campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo
mais rápido (caudas orçamentárias). Logo, a autorização para um órgão
público realizar licitações não pode ser incluída na lei orçamentária anual.
Resposta: Certa

42) (CESPE - Procurador Federal - AGU - 2010) A vinculação de receita


de impostos para a realização de atividades da administração
tributária não fere o princípio orçamentário da não afetação.

O princípio da não vinculação ou não afetação de receitas dispõe que nenhuma


receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a
certos e determinados gastos, ressalvadas as exceções constitucionais, como a
possibilidade de vinculação de receita de impostos para a realização de

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atividades da administração tributária.


Resposta: Certa

43) (CESPE – Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O


princípio da especificação determina que, como qualquer ato legal ou
regulamentar, as decisões sobre orçamento só têm validade após a sua
publicação em órgão da imprensa oficial. Além disso, exige que as
informações acerca da discussão, elaboração e execução dos
orçamentos tenham a mais ampla publicidade, de forma a garantir a
transparência na preparação e execução do orçamento, em nome da
racionalidade e da eficiência.

O princípio da publicidade é que determina que as decisões sobre orçamento


só tenham validade após a publicação em órgão da imprensa oficial. É
condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de comunicação
para conhecimento público, de forma a garantir a transparência na elaboração
e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso para qualquer
interessado às informações necessárias ao exercício da fiscalização sobre a
utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes.
Resposta: Errada

44) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) A reserva de


contingência, dotação global para atender passivos contingentes e
outras despesas imprevistas, constitui exceção ao princípio da
especificação ou especialização.

O princípio da especificação determina que, na Lei Orçamentária Anual, as


receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a
aplicação dos recursos. Umas de suas exceções é a reserva de contingência, a
qual tem por finalidade atender, além da abertura de créditos adicionais,
perdas que, embora possam ser previsíveis, são episódicas, contingentes ou
eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com vistas a enfrentar
prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais.
Resposta: Certa

45) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Administração - ABIN -


2010) O princípio da não afetação de impostos de que trata o art. 167,
inciso IV, da CF aplica-se aos estados, ao Distrito Federal e aos
municípios, sendo permitida a vinculação de impostos da competência
desses entes federativos somente para a prestação de garantia ou
contragarantia à União e para o pagamento de débitos com ela
contraídos.

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EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO:

Repartição constitucional dos impostos;

Destinação de recursos para a Saúde;

Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;

Destinação de recursos para a atividade de administração tributária;

Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita;

Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta (art. 167,
§ 4.°).

No que couber, aos demais entes são permitidas as mesmas vinculações


da União previstas na CF/1988.
Resposta: Errada

46) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com o


princípio orçamentário da exclusividade, deve-se evitar que dotações
globais sejam inseridas na LOA.

De acordo com o princípio orçamentário da discriminação, deve-se evitar que


dotações globais sejam inseridas na LOA.
Resposta: Errada

47) (CESPE – Administrador – IBRAM/DF - 2009) No caso dos


orçamentos estaduais, é permitida a vinculação de impostos estaduais
para a prestação de garantia à União.

No que couber, aos demais entes são permitidas as mesmas vinculações da


União previstas na CF/1988
Resposta: Certa

48) (CESPE – Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio


do orçamento bruto determina que o orçamento deva abranger todo o
universo das receitas a serem arrecadadas e das despesas a serem
executadas pelo Estado.

O princípio da universalidade determina que o orçamento deva abranger todo


o universo das receitas a serem arrecadadas e das despesas a serem
executadas pelo Estado. O princípio do orçamento bruto veda que as despesas
ou receitas sejam incluídas no orçamento nos seus montantes líquidos. Note
que a diferença entre universalidade e orçamento bruto é que apenas este
último determina que as receitas e despesas devam constar do orçamento
pelos seus totais, sem quaisquer deduções.
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Resposta: Errada

49) (CESPE – Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio


da totalidade, explícito de forma literal na legislação brasileira,
determina que todas as receitas e despesas devem integrar um único
documento legal. Mesmo sendo os orçamentos executados em peças
separadas, as informações acerca de cada uma dessas peças são
devidamente consolidadas e compatibilizadas em diversos quadros
demonstrativos.

O princípio da totalidade não está explícito de forma literal na legislação


brasileira. Além disso, o princípio da unidade ou da totalidade não
necessariamente significa um documento único, já que o processo de
integração planejamento-orçamento tornou o orçamento necessariamente
multidocumental, em virtude da aprovação, por leis diferentes, dos vários
instrumentos de planejamento, com datas de encaminhamento diferentes para
aprovação pelo Poder Legislativo. Em que pesem tais documentos serem
distintos, devem obrigatoriamente ser compatibilizados entre si.
Resposta: Errada

50) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) O


princípio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que
o Poder Executivo realize qualquer operação de receita e despesa sem
prévia autorização, bem como possibilita que se reconheçam, no
orçamento, todas as parcelas da receita e da despesa em seus valores
brutos, sem qualquer tipo de dedução.

O princípio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que o


Poder Executivo realize qualquer operação de receita e despesa sem prévia
autorização, já que todas devem estar no orçamento. No entanto, o fim da
assertiva se refere ao princípio do orçamento bruto. A diferença entre
universalidade e orçamento bruto é que apenas este último determina que as
receitas e despesas devam constar do orçamento pelos seus totais, sem
quaisquer deduções.
Resposta: Errada

51) (CESPE - Analista - SERPRO - 2008) Segundo o princípio da


universalidade, as despesas devem ser classificadas de forma
detalhada, para facilitar sua análise e compreensão.

Segundo o princípio da discriminação ou especificação, as despesas devem


ser classificadas de forma detalhada, para facilitar sua análise e compreensão.
Resposta: Errada

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52) (CESPE - Técnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) O princípio


da unidade estabelece que todas as receitas e despesas constarão da
LOA pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.

O princípio do orçamento bruto estabelece que todas as receitas e despesas


constarão da LOA pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
Resposta: Errada

53) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) Se um


parlamentar apresentar projeto de lei permitindo às entidades estatais
publicar suas demonstrações contábeis de forma condensada, a
pretexto de reduzir suas despesas, a aprovação dessa medida ferirá o
princípio do orçamento bruto.

O fato de uma entidade publicar demonstrações contábeis de forma


condensada não fere o princípio do orçamento bruto, pois não haverá
deduções de receitas ou despesas. O princípio violado seria o da
especificação, pois a concisão das informações acarretaria em diminuição da
descriminação de receitas e despesas.
Resposta: Errada

54) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) O saldo não


aplicado do crédito adicional extraordinário cuja promulgação ocorrer
em setembro de 2011 poderá ser reaberto e incorporado ao orçamento
de 2012, sendo uma exceção ao princípio da anualidade.

Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos


quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos
seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término desse exercício
financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de
exceções ao princípio da anualidade.
Resposta: Certa

55) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) De acordo


com o princípio da especialização, as receitas e as despesas devem
aparecer no orçamento de maneira discriminada para permitir o
conhecimento da origem dos recursos e sua aplicação.

O princípio da especificação determina que as receitas e despesas devam ser


discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos.
Resposta: Certa

56) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Conforme o


princípio orçamentário da unidade, todas as receitas e despesas devem
integrar o orçamento público.

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Conforme o princípio orçamentário da universalidade, todas as receitas e


despesas devem integrar o orçamento público.
Resposta: Errada

57) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) O princípio da


exclusividade foi proposto com a finalidade de impedir que a lei
orçamentária, em razão da natural celeridade de sua tramitação no
legislativo, fosse utilizada como mecanismo de aprovação de matérias
diversas às questões financeiras.

O princípio da exclusividade surgiu para evitar que Orçamento fosse utilizado


para aprovação de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo
orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo.
Resposta: Certa

58) (CESPE – Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio


da anualidade ou da periodicidade estabelece que o orçamento
obedeça a determinada periodicidade, geralmente um ano, já que esta
é a medida normal das previsões humanas, para que a interferência e
o controle do Poder Legislativo possam ser efetivados em prazos
razoáveis, que permitam a correção de eventuais desvios ou
irregularidades verificados na sua execução. No Brasil, a periodicidade
varia de um a dois anos, dependendo do ente federativo.

O princípio da anualidade, também conhecido como princípio da periodicidade,


determina que o orçamento deva ter vigência limitada a um exercício
financeiro. No Brasil, ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei
4.320/1964. Logo, a periodicidade é de um ano.
Resposta: Errada

59) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A existência do PPA,


da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos, constitui uma
exceção ao princípio orçamentário da unidade.

A existência do PPA, da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos, não


constitui uma exceção ao princípio orçamentário da unidade.
O princípio da unidade ou da totalidade não necessariamente significa um
documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento
tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da
aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com
datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo.
Resposta: Errada

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60) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com o


princípio da não afetação, o montante das despesas não deve superar
o montante das receitas previstas para o período.

De acordo com o princípio do equilíbrio, o montante das despesas não deve


superar o montante das receitas previstas para o período.
Resposta: Errada

61) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) O princípio da


discriminação ou especialização trata da inserção de dotações globais
na lei orçamentária, providência que propicia maior agilidade na
aplicação dos recursos financeiros.

A regra geral do princípio da discriminação ou especificação é a vedação às


autorizações de despesas globais.
Resposta: Errada

62) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) Segundo o princípio da


anualidade, a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da lei.

Segundo o princípio da exclusividade, a LOA não conterá dispositivo estranho


à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei
Resposta: Errada

63) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) Não há, na CF, vedação aos
chamados orçamentos rabilongos.

O princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da lei


orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros
campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo
mais rápido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinência
com seu conteúdo eram denominadas “caudas orçamentárias” ou “orçamentos
rabilongos”. Logo, o princípio da exclusividade veda os orçamentos rabilongos.
Resposta: Errada

64) (CESPE – Economista – FUB – 2009) A Lei Orçamentária Anual


(LOA) consignará dotações globais destinadas a atender
indiferentemente a despesas de pessoal, material e serviços de

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terceiros. Contudo, os investimentos não poderão ser custeados por


dotações globais, classificadas entre as despesas de capital.

De acordo com o princípio da discriminação, a Lei de Orçamento não


consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas
de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras,
com as ressalvas dos investimentos em regime de execução especial.
Resposta: Errada

65) (CESPE – TFCE - TCU – 2009) A lei orçamentária anual não deve
conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de
despesa, admitindo-se, contudo, preceito relativo à autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

O princípio da exclusividade determina que a lei orçamentária não poderá


conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas.
Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO).
Resposta: Certa

66) (CESPE - Administrador – Min Saúde – 2010) Acerca dos princípios


orçamentários, a Constituição Federal de 1988 (CF) prevê a
autorização para a abertura de créditos especiais e extraordinários.

Acerca do princípio orçamentário da exclusividade, a Constituição Federal de


1988 (CF) prevê a autorização para a abertura de créditos suplementares.
Resposta: Errada

67) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Por força do


princípio da exclusividade, a LOA não deverá conter dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Por isso, a lei
orçamentária não pode ser aprovada se nela constar autorização para
a realização de operações de crédito.

O princípio da exclusividade determina que a lei orçamentária não poderá


conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. No
entanto, em caráter de exceção, são permitidas autorizações de créditos
suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita
orçamentária (ARO).
Resposta: Errada

68) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O princípio da


exclusividade tem por objetivo principal evitar a ocorrência das
chamadas caudas orçamentárias.

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O princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da lei


orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros
campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo
mais rápido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinência
com seu conteúdo eram denominadas caudas orçamentárias.
Resposta: Certa

69) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Direito - ABIN - 2010) De


acordo com o princípio da exclusividade orçamentária, a lei
orçamentária anual não compreende dispositivo estranho à previsão
da receita e à fixação da despesa, ressalvando-se a essa proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

De acordo com o § 8.o do art. 165 da CF/1988:


§ 8.º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Resposta: Certa

70) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração - ABIN -


2010) A ocorrência de deficit frequente na atividade financeira do
Estado constitui prova de que o orçamento, no âmbito do governo
federal, não observa o princípio do equilíbrio entre receitas e
despesas.

Contabilmente e formalmente o orçamento sempre estará equilibrado,


pois tal déficit aparece normalmente nas operações de crédito que, pelo art.
3.º da Lei 4.320/1964, também devem constar do orçamento.
Logo, o orçamento, no âmbito do governo federal, observa o princípio do
equilíbrio entre receitas e despesas.
Resposta: Errada

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E aqui terminamos nossa aula demonstrativa.

Segue ao final de cada aula o “memento do concurseiro”, a lista de questões


comentadas e os seus respectivos gabaritos. O memento é apenas um
lembrete dos principais pontos do conteúdo abordado. Logo, é uma
diretriz para o estudante, porém recomendo que você o complemente de
acordo com suas necessidades e não deixe de constantemente consultar o
conteúdo da aula. Não se prenda apenas ao memento.

Na próxima aula trataremos do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes


Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual.

Espero você lá!

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO 0

PRINCÍPIOS DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um


orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em
Unidade ou
cada exercício financeiro.
Totalidade
Há coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem
sofrer consolidação

O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes


Universalidade
aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
ou Globalização
administração direta e indireta.

Anualidade ou O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de


Periodicidade um ano.

Orçamento Todas as receitas e despesas constarão da lei orçamentária pelos


Bruto seus totais, vedadas quaisquer deduções.

Regra: O orçamento deve conter apenas previsão de receita e


fixação de despesas.
Exclusividade
Exceção: Autorizações de créditos suplementares e operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO).

Regra: Receitas e despesas devem ser discriminadas,


Especificação
demonstrando a origem e a aplicação dos recursos.
(ou
Exceção: Programas especiais de trabalho ou em regime de
Discriminação
execução especial e reserva de contingência. As exceções são
ou
quanto à dotação global. Não são admitidas dotações ilimitadas, sem
Especialização)
exceções.

São vedados a transposição, o remanejamento ou a transferência de


Proibição do
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um
Estorno
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.

Quantificação
dos Créditos É vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados.
Orçamentários

É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de


Publicidade
comunicação para conhecimento público.

Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo


Legalidade legislativo. Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e aos
Orçamentária créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.

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O orçamento deve expressar as realizações e objetivos da forma


programada, planejada. Vincula as normas orçamentárias à
Programação
consecução e à finalidade do PPA e aos programas nacionais,
regionais e setoriais de desenvolvimento.

Visa a assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à


Equilíbrio
previsão das receitas.

Regra: É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão,


fundo ou despesa. Exceções:
a) Repartição constitucional dos impostos;
b) Destinação de recursos para a Saúde;
Não afetação
c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;
(ou Não
d) Destinação de recursos para a atividade de administração
vinculação) de
tributária;
Receitas
e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação
de receita;
f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para
com esta.

O orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e


Clareza
completa.

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) O princípio da universalidade está claramente


incorporado na legislação orçamentária, assegurando que o orçamento
compreenda todas as receitas e todas as despesas públicas, possibilitando que
o Poder Legislativo conheça, a priori, todas as receitas e despesas do governo
e possa dar prévia autorização para a respectiva arrecadação e realização.

2) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Como parte integrante do processo


orçamentário, o PPA deve obedecer ao princípio da universalidade.

3) (CESPE – Técnico Administrativo – ANCINE – 2012) Consoante o princípio


da periodicidade, o exercício financeiro corresponde ao período de tempo ao
qual se referem a previsão das receitas e a fixação das despesas.

4) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) O princípio da


anualidade orçamentaria remonta ao controle parlamentar sobre os impostos e
a aplicação dos recursos públicos.

5) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) Considerando os


mecanismos básicos de atuação do Estado nas finanças públicas, julgue o
seguinte item.
O princípio orçamentário da unidade é um dos mais antigos no Brasil no que se
refere à aplicação prática, pois vem sendo observado desde a publicação da Lei
n.º 4.320/1964.

6) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) O princípio do


orçamento bruto se aplica indistintamente à lei orçamentária anual e a todos
os tipos de crédito adicional.

7) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Se determinado município precisar


urgentemente aprovar a autorização legal para a contratação de determinado
empréstimo destinado a reformar as escolas locais antes do início do período
letivo, tal autorização não poderá ser incluída na LOA, pois essa lei não pode
conter dispositivo estranho à previsão das receitas e à fixação das despesas.

8) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) A única hipótese de autorização para


abertura de créditos ilimitados decorre de delegação feita pelo Congresso
Nacional ao presidente da República, sob a forma de resolução, que fixará
prazo para essa delegação.

9) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) São exceções ao


que determina o princípio da discriminação ou especialização os programas
especiais de trabalho que, por sua natureza, não podem ser cumpridos em
subordinação às normas gerais de execução da despesa.

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10) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Entre as três leis ordinárias previstas pela CF
para dispor sobre orçamento, somente a LOA é obrigada a observar o princípio
da especificação.

11) (CESPE – Gestão de orçamento e finanças – IPEA – 2008) Se o Poder


Executivo Federal promover a transposição de recursos de uma categoria de
programação orçamentária para outra, ainda que com autorização legislativa,
incorrerá em violação de norma constitucional.

12) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) O princípio orçamentário da programação


não poderia ser observado antes da instituição do conceito de orçamento-
programa.

13) (CESPE – Promotor – MPE/PI – 2012) De acordo com o princípio da


unidade, ou totalidade, que rege a ordem orçamentária no Brasil, o montante
da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao
total das receitas estimadas para o mesmo período.

14) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) A


abrangência do princípio orçamentário da não vinculação de receitas restringe-
se às receitas de impostos.

15) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) A vinculação de


receitas para educação, saúde e segurança não pode ser considerada violação
do principio da não afetação de receitas, uma vez que esses serviços são a
razão da existência do Estado moderno.

16) (CESPE – Técnico Científico – Direito – Banco da Amazônia - 2012) É


vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa para a
realização de atividades da administração tributária.

17) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia - 2012)


A legislação brasileira não estabelece o princípio da anualidade orçamentária,
razão por que se aprovam o orçamento fiscal e o da seguridade social
anualmente e o orçamento plurianual de investimentos, a cada quatro anos.

18) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia - 2012)


A ocorrência de déficits na execução orçamentária não implica desrespeito ao
princípio do equilíbrio, com base no qual se deve elaborar a lei orçamentária,
podendo ser eles incorporados nas chamadas operações de crédito e no
refinanciamento da dívida pública.

19) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia - 2012)


O princípio da unidade orçamentária não é adotado no Brasil, de maneira que
existem múltiplos orçamentos que não se incluem no orçamento anual da
União, como os elaborados pelas empresas estatais e autarquias especiais.
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20) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) O princípio da não


afetação da receita veda a vinculação de receita de impostos, taxas e
contribuições a despesas, fundos ou órgãos.

21) (CESPE - Administrador – Min Saúde – 2010) O administrador público que


respeita o princípio do orçamento bruto, ao planejar o orçamento do ano
seguinte, deve fazer as devidas compensações nas contas com a intenção de
incluir em sua planilha os saldos resultantes dessas operações.

22) (CESPE – Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio da


legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas finanças
públicas, dispõe que o orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei,
resultante de um processo legislativo completo, isto é, um projeto preparado e
submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder Legislativo, para apreciação e
posterior devolução ao Poder Executivo, para sanção e publicação.

23) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) É vedado incluir na LOA autorização


para operações de crédito por antecipação de receita.

24) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Em respeito ao princípio


orçamentário da não vinculação da receita, nenhum imposto será vinculado a
órgão, fundo ou despesa, nem mesmo no caso de destinação de recursos para
serviços públicos de saúde e educação.

25) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) O princípio


orçamentário da especificação ou especialização não está explicitado no texto
da CF.

26) (CESPE – AUFC – TCU – 2009) Em que pese o princípio da não vinculação
da receita de impostos a órgão, fundo ou despesas, a Constituição Federal de
1988 (CF) não veda tal vinculação na prestação de garantais às operações de
crédito por antecipação de receita.

27) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Direito - ABIN - 2010) A lei de


orçamento não consigna dotações globais destinadas a atender
indiferentemente a despesas de diversas fontes, como as de pessoal,
excetuando-se dessa regra os programas especiais de trabalho que, por sua
natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de
execução da despesa.

28) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Uma das exceções ao
princípio da exclusividade é a autorização para contratação de operações de
crédito, desde que se trate de antecipação da receita orçamentária.

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29) (CESPE - Administrador – Min Saúde – 2010) Ao se analisar os três


orçamentos que compõem a lei orçamentária anual — o fiscal, o de
investimentos e o de seguridade social —, torna-se evidente a contradição com
o princípio da unidade.

30) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) A aplicação do princípio do


orçamento bruto visa impedir a inclusão, no orçamento, de importâncias
líquidas, isto é, a inclusão apenas do saldo positivo ou negativo resultante do
confronto entre as receitas e as despesas de determinado serviço público.

31) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) Os princípios orçamentários são linhas


norteadoras da programação e da execução orçamentárias. Preconiza-se,
nessa direção, a não vinculação das receitas, com a finalidade precípua de
aumentar a flexibilidade na alocação das receitas de impostos.

32) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração - ABIN - 2010)


De acordo com o princípio orçamentário da não afetação das receitas, a Lei
Orçamentária Anual (LOA) deve apresentar todas as receitas por seus valores
brutos e incluir um plano financeiro global em que não haja receitas estranhas
ao controle da atividade econômica estatal.

33) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU - 2010) O princípio da


periodicidade fortalece a prerrogativa de controle prévio do orçamento público
pelo Poder Legislativo, obrigando o Poder Executivo a solicitar anualmente
autorização para arrecadar receitas e executar as despesas públicas.

34) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração - ABIN - 2010)


Do princípio orçamentário da universalidade decorre a recomendação de que
cada esfera da administração — União, estados, Distrito Federal e municípios
— tenha seu próprio orçamento.

35) (CESPE – Administrador – IBRAM/DF - 2009) A peça orçamentária pode


conter a previsão de criação de cargos públicos, desde que acompanhada da
sinalização das receitas necessárias para seu pagamento.

36) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU - 2010) A existência da abertura


de créditos suplementares por meio de operações de crédito, inclusive por
antecipação da receita na LOA, implica violação ao princípio da exclusividade.

37) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) Embora a não


afetação da receita constitua um dos princípios orçamentários, há várias
exceções a essa regra previstas na legislação em vigor.

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38) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Contabilidade - ABIN – 2010) A


inclusão de dotações para despesas sigilosas no orçamento da ABIN é uma
decorrência do princípio da publicidade.

39) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A abertura de crédito


suplementar e a contratação de operações de crédito são excepcionalidades
em relação ao princípio da exclusividade, previstas na CF e em legislação
específica.

40) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Um importante princípio


orçamentário estabelece que todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza.

41) (CESPE – Inspetor de Controle Externo – TCE/RN – 2009) A autorização


para um órgão público realizar licitações não pode ser incluída na lei
orçamentária anual em observância ao princípio da exclusividade.

42) (CESPE - Procurador Federal - AGU - 2010) A vinculação de receita de


impostos para a realização de atividades da administração tributária não fere o
princípio orçamentário da não afetação.

43) (CESPE – Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio da


especificação determina que, como qualquer ato legal ou regulamentar, as
decisões sobre orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da
imprensa oficial. Além disso, exige que as informações acerca da discussão,
elaboração e execução dos orçamentos tenham a mais ampla publicidade, de
forma a garantir a transparência na preparação e execução do orçamento, em
nome da racionalidade e da eficiência.

44) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) A reserva de


contingência, dotação global para atender passivos contingentes e outras
despesas imprevistas, constitui exceção ao princípio da especificação ou
especialização.

45) (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – Administração - ABIN - 2010) O


princípio da não afetação de impostos de que trata o art. 167, inciso IV, da CF
aplica-se aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, sendo permitida a
vinculação de impostos da competência desses entes federativos somente para
a prestação de garantia ou contragarantia à União e para o pagamento de
débitos com ela contraídos.

46) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com o princípio


orçamentário da exclusividade, deve-se evitar que dotações globais sejam
inseridas na LOA.

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47) (CESPE – Administrador – IBRAM/DF - 2009) No caso dos orçamentos


estaduais, é permitida a vinculação de impostos estaduais para a prestação de
garantia à União.

48) (CESPE – Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio do


orçamento bruto determina que o orçamento deva abranger todo o universo
das receitas a serem arrecadadas e das despesas a serem executadas pelo
Estado.

49) (CESPE – Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio da


totalidade, explícito de forma literal na legislação brasileira, determina que
todas as receitas e despesas devem integrar um único documento legal.
Mesmo sendo os orçamentos executados em peças separadas, as informações
acerca de cada uma dessas peças são devidamente consolidadas e
compatibilizadas em diversos quadros demonstrativos.

50) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) O princípio da


universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que o Poder Executivo
realize qualquer operação de receita e despesa sem prévia autorização, bem
como possibilita que se reconheçam, no orçamento, todas as parcelas da
receita e da despesa em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução.

51) (CESPE - Analista - SERPRO - 2008) Segundo o princípio da


universalidade, as despesas devem ser classificadas de forma detalhada, para
facilitar sua análise e compreensão.

52) (CESPE - Técnico de Controle Externo - TCE/TO - 2008) O princípio da


unidade estabelece que todas as receitas e despesas constarão da LOA pelos
seus totais, vedadas quaisquer deduções.

53) (CESPE – Analista Judiciário – Administração – TJCE - 2008) Se um


parlamentar apresentar projeto de lei permitindo às entidades estatais publicar
suas demonstrações contábeis de forma condensada, a pretexto de reduzir
suas despesas, a aprovação dessa medida ferirá o princípio do orçamento
bruto.

54) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) O saldo não aplicado do


crédito adicional extraordinário cuja promulgação ocorrer em setembro de
2011 poderá ser reaberto e incorporado ao orçamento de 2012, sendo uma
exceção ao princípio da anualidade.

55) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/TO - 2008) De acordo com o


princípio da especialização, as receitas e as despesas devem aparecer no
orçamento de maneira discriminada para permitir o conhecimento da origem
dos recursos e sua aplicação.

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56) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Conforme o princípio


orçamentário da unidade, todas as receitas e despesas devem integrar o
orçamento público.

57) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) O princípio da


exclusividade foi proposto com a finalidade de impedir que a lei orçamentária,
em razão da natural celeridade de sua tramitação no legislativo, fosse utilizada
como mecanismo de aprovação de matérias diversas às questões financeiras.

58) (CESPE – Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio da


anualidade ou da periodicidade estabelece que o orçamento obedeça a
determinada periodicidade, geralmente um ano, já que esta é a medida normal
das previsões humanas, para que a interferência e o controle do Poder
Legislativo possam ser efetivados em prazos razoáveis, que permitam a
correção de eventuais desvios ou irregularidades verificados na sua execução.
No Brasil, a periodicidade varia de um a dois anos, dependendo do ente
federativo.

59) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A existência do PPA, da


LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos, constitui uma exceção ao
princípio orçamentário da unidade.

60) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com o princípio


da não afetação, o montante das despesas não deve superar o montante das
receitas previstas para o período.

61) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) O princípio da


discriminação ou especialização trata da inserção de dotações globais na lei
orçamentária, providência que propicia maior agilidade na aplicação dos
recursos financeiros.

62) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) Segundo o princípio da anualidade,


a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.

63) (CESPE - Procurador - PGE/PE - 2009) Não há, na CF, vedação aos
chamados orçamentos rabilongos.

64) (CESPE – Economista – FUB – 2009) A Lei Orçamentária Anual (LOA)


consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas
de pessoal, material e serviços de terceiros. Contudo, os investimentos não
poderão ser custeados por dotações globais, classificadas entre as despesas de
capital.

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65) (CESPE – TFCE - TCU – 2009) A lei orçamentária anual não deve conter
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação de despesa, admitindo-
se, contudo, preceito relativo à autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.

66) (CESPE - Administrador – Min Saúde – 2010) Acerca dos princípios


orçamentários, a Constituição Federal de 1988 (CF) prevê a autorização para a
abertura de créditos especiais e extraordinários.

67) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Por força do princípio da


exclusividade, a LOA não deverá conter dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa. Por isso, a lei orçamentária não pode ser
aprovada se nela constar autorização para a realização de operações de
crédito.

68) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) O princípio da exclusividade


tem por objetivo principal evitar a ocorrência das chamadas caudas
orçamentárias.

69) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Direito - ABIN - 2010) De acordo


com o princípio da exclusividade orçamentária, a lei orçamentária anual não
compreende dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa,
ressalvando-se a essa proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita.

70) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração - ABIN - 2010) A


ocorrência de deficit frequente na atividade financeira do Estado constitui
prova de que o orçamento, no âmbito do governo federal, não observa o
princípio do equilíbrio entre receitas e despesas.

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Administração Financeira e Orçamentária p/ CNJ
Analista e Técnico Judiciário – Área Administrativa
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Sérgio Mendes – Aula 00

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