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CONTRIBUTOS DAS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES – Civilização Egípcia

As civilizações dos grandes rios

A partir do 5º milénio a.C. assistiu-se a uma nova e profunda viragem: o Homem começou a
fixar-se nos vales de alguns grandes rios, onde vieram surgir as primeiras cidades, e com elas as
primeiras civilizações:

 Civilização do Egito, junto ao Rio Nilo

 Civilização da Antiga China, junto ao Rio Amarelo

 Civilização da Suméria, junto ao Rio Tigre e ao Rio Eufrates

 Civilização do Vale do Indo, junto ao Rio Indo

 Civilização fenícia, na faixa costeira entre o Mediterrâneo oriental e as montanhas do


Líbano

 Civilização hebraica, junto ao rio Jordão (Palestina)

Condições naturais

Algumas comunidades deslocaram-se para junto dos grandes rios por causa do seu regime de
cheias anuais que tornavam férteis os solos das suas margens. Inicialmente, o Homem não sabia
como controlar as cheias e por isso não se fixava nas proximidades dos rios. No entanto, a partir
do 5º milénio a.C. as populações atreveram-se a enfrentar a força dos rios e a ocupar as suas
margens.

Desbravou-se o solo, drenaram-se os pântanos, construíram-se diques para suster as águas nos
meses de cheias e construíram-se canais para irrigar os campos durante os meses de seca. Todo
este esforço foi recompensado com colheitas abundantes, sobretudo de cereais.

Acumulação de excedentes - O aumento da produção fez com que se produzisse mais do que
se consumia, o que originou a acumulação de excedentes.

Progresso técnico e estratificação social

Com a acumulação de excedentes agrícolas, já não era necessário tantas pessoas se dedicarem
ao trabalho agrícola, ficando libertas para outras atividades.

Surgiram os primeiros artesãos especializados: oleiros, tecelões e, mais tarde, metalurgistas. A


metalurgia (técnica de fusão e tratamento de metal) permitiu o fabrico de instrumentos e de
armas de metal, o que mudou profundamente o modo de vida das comunidades.

As necessidades de defesa e de organização da comunidade levou ao aparecimento de


guerreiros, sacerdotes e governantes. Os chefes guerreiros, religiosos e políticos adquiriram
grande poder e autoridade e começaram a exigir aos camponeses e artesãos o pagamento de
tributos.
A sociedade passou então a estar dividida em estratos sociais: por um lado, os chefes guerreiros,
religiosos e políticos (os que dirigiam e comandavam) e, por outro lado, os camponeses e os
artesãos (os que produziam).

Trocas comerciais - A acumulação de excedentes também permitiu o aparecimento de uma


nova atividade económica: o comércio, ou seja, a troca de bens (trocavam-se produtos agrícolas
e artesanais).

Aparecimento das cidades - Concluindo, a acumulação de excedentes permitiu o aparecimento


de novas atividades, como o artesanato, o comércio e os serviços administrativos, militares e
religiosos. Estas atividades tendiam a concentrar-se em grandes aglomerados populacionais –
as cidades.

Foi, portanto, nos vales fluviais que se deu a revolução urbana, que originou as bases para as
primeiras civilizações.

O Egito
Condições naturais

O Egito situa-se no nordeste de África. Fica a norte do deserto da Núbia, a este do deserto da
Líbia e a oeste do deserto Arábico. Tem ainda como limites o Mar Mediterrâneo e o Mar
Vermelho.

O território é atravessado por um grande rio: o Rio Nilo. Com as suas cheias anuais, os solos das
suas margens tornam-se bastante férteis e, por isso, propícios à agricultura.

É possível distinguir duas regiões:

 Alto Egito: nas terras mais a sul

 Baixo Egito: região do delta (parte terminal do rio Nilo que desaguava por vários braços
para o Mar Mediterrâneo)

Estas regiões foram independentes durante séculos. Entretanto, deu-se a unificação de todo o
território a cerca de 3200 a.C., pelo rei Narmer (ou Menés), tornando-se assim no primeiro faraó
do Egito.

Atividades económicas

Principais atividades económicas e produtos:

 Agricultura: Cereais (trigo e cevada), Linho…

 Artesanato: Ourivesaria, Metalurgia, Cerâmica, Tecelagem, Carpintaria…

 Comércio: Importava: minerais, pedras preciosas e madeira

 Exportava: cereais, objetos de cerâmica, tecidos de linho


Sociedade - A sociedade egípcia era estratificada e hierarquizada, ou seja, estava dividida em
vários estratos sociais, cada um com a sua importância a nível social:

 Faraó: Tinha poder sacralizado, pois era considerado deus vivo, filho do deus-Sol Amon-

o Concentrava em si todos os poderes: era o sumo-sacerdote, juiz supremo, chefe


do exército e administrador do Egito

 Altos funcionários: Tinham funções administrativas

 Sacerdotes: Prestavam o culto aos deuses, nos templos

 Escribas: Desempenhavam diversos cargos, como magistrados, cobradores de impostos


e contabilistas, graças aos seus conhecimentos (escrita e cálculo)

 Artesãos: Trabalhavam nas oficinas do rei, dos templos e dos nobres

 Camponeses: Cultivavam as terras do faraó, dos templos e dos nobres, estando ainda
sujeitos a pesados impostos

 Escravos: Eram prisioneiros de guerra que se ocupavam de diversos serviços


(domésticos, agrícolas, obras públicas, etc.)

Religião

O povo egípcio era politeísta, ou seja, acreditava em vários deuses.

Os deuses egípcios tinham várias formas: podiam ter forma humana, animal ou mista.
Representavam forças da Natureza ou qualidades humanas.

Culto dos mortos

Os Egípcios acreditavam na vida após a morte e na reencarnação. Mumificavam-se os corpos


dos mortos de forma a preservá-los para a outra vida. Depois de embalsamados, os corpos
ficavam encerrados em sarcófagos que eram depois colocados em túmulos juntamente com
alimentos, adornos, joias e outros objetos de uso pessoal.

No entanto, como este processo era algo dispendioso, era apenas realizado aos faraós e alguns
privilegiados. Os restantes egípcios (a maioria) eram sepultados no deserto.

Arte

A arte egípcia está muito relacionada com a religião e ao culto dos mortos.

 Arquitetura - Construíram-se três tipos de sepulturas: as pirâmides (enormes túmulos


reservados aos faraós), as mastabas (túmulos reservados à família dos faraós e
privilegiados) e os hipogeus (túmulos escavados nas rochas, de forma a evitar roubos
dos objetos lá deixados)
o Os templos eram grandiosos de forma a engrandecer os deuses a que faziam
culto

 Escultura e pintura - Destinavam-se sobretudo à decoração de templos e túmulos

o A figura humana era representada de acordo com a lei da frontalidade: a cabeça


e os pés de perfil e o tronco de frente

o A dimensão das figuras era de acordo com a sua categoria social

Escrita - Os Egípcios inventaram uma escrita com base em centenas de símbolos a que
chamamos hieróglifos. A escrita hieroglífica era aprendida pelos escribas em escolas especiais,
sendo os únicos da sociedade que sabiam ler e escrever.

Outros saberes - Geometria, Cálculo, Medicina, Astronomia, …

Contributos civilizacionais no Mediterrâneo oriental

A religião monoteísta dos Hebreus

Os Hebreus eram pastores nómadas que viviam na Mesopotâmia. Deslocaram-se para a


Palestina, comandados por Abrão, e depois para o Egito, atraídos pelas suas riquezas mas onde
acabaram por ser escravizados. Abandonaram então o Egito e regressaram à Palestina – a Terra
Prometida – onde fundaram o Estado de Israel. Mais tarde, o país dividiu-se em dois reinos: o
de Israel e o de Judá. Ao longo dos tempos, os Hebreus ainda tiveram sujeitos a outros povos,
como os Assírios, os Babilónios, os Persas e os Romanos.

A originalidade dos Hebreus encontrava-se na religião, dado que acreditavam num único deus
(Javé), ou seja, era um povo monoteísta. Por terem estado ao longo dos tempos sujeitos a
muitas perseguições, esperavam a vinda de um Messias, o Salvador. A Bíblia, constituída pelo
antigo e Novo Testamento, é o livro sagrado deste povo.

Assim, a religião monoteísta constitui o principal contributo dos Hebreus para a história da
civilização.

A escrita alfabética dos Fenícios

As condições naturais da Fenícia favoreceram o aparecimento de importantes cidades junto ao


litoral. Como os recursos naturais eram insuficientes, os Fenícios dedicaram-se ao artesanato e
à vida mercantil e marítima.

Os Fenícios, como comerciantes, precisavam de uma escrita rápida e simples que facilitasse os
seus negócios. Por isso, criaram um novo sistema de escrita – o alfabeto. Este novo sistema de
escrita era composto por 22 sinais muito simples, em que cada um representava um único som.

A escrita alfabética rapidamente se expandiu e está na origem de todos os alfabetos ocidentais.

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