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PLÁSTICOS VERDES

Braulio Martins
braulio.martins@vale.com

Resumo

O plástico é um material útil e versátil e desde sua invenção esteve na produção de


inúmeros produtos, sem contar a sua utilidade como embalagem. No entanto seu
uso indiscriminado e exagerado, além de ser pouco reciclado tem levado a um
questionamento sobre a sua produção. Quando não reciclado ou não destinado
adequadamente para decomposição torna-se perigoso e nocivo ao meio ambiente e
à fauna marinha (principalmente). E por ser uma matéria prima tão importante várias
tem sido as explorações em torno de sua produção mais sustentável: empresas e
universidades tem se debruçado sobre o assunto e já são inúmeras as experiências
na produção de plásticos recicláveis ou biodegradáveis (aqueles que se decompõe
mais rapidamente e são feitos com matérias primas vegetais como mandioca, cana
de açúcar e milho por exemplo). Neste artigo vamos mostrar como a
brasileira Braskem montou em 2010 uma fábrica no Rio Grande do Sul só para
produzir o polietileno verde feito a partir do etanol de cana de açúcar, tornando-se
lider mundial na produção de biopolímeros (200 mil toneladas de biopolímeros/ano).

Palavras-chave: plástico verde. produção. biodegradáveis. polietileno.

Introdução

A Braskem anunciou a produção do primeiro polietileno a partir do etanol de


cana-de-açúcar certificado mundialmente, utilizando tecnologia competitiva
desenvolvida no Centro de Tecnologia e Inovação da empresa. A certificação foi
feita por um dos principais laboratórios internacionais, o Beta Analytic, atestando que
o produto contém 100% de matéria-prima renovável.
Os chamados Plásticos-verdes são produzidos a partir de etnol da cana-de-
açúcar, sendo 100% renováveis, têm despertado o interesse intrnacional e ainda
atuando de forma positiva na projeção da imagem do etanol.
Testes que vêm sendo realizados têm demonstrado que o polietileno obtido a
partir da cana-de-açúcar tem as mesma propriedades e caracteristicamente
semelhantes ao plástico tradicional, obtido a partir de derivados do petróleo. Cabe
ressaltar que este aspecto é muito importante, uma vez que poderão ser utilizadas
para a reciclagem dos plásticos verdes as mesmas máquinas atualmente utilizadas.
Outro aspecto interessante, é que o plásticos verdes contribuem para a
redução do efeito estufa. Já existem no Brasil alguns projetos aprovados para a
criação de uma unidade-piloto para a produção do eteno, que serve como base para
a produção de polietileno a partir de matérias-primas renováveis, como é o caso do
etanol. Avaliações realizadas na fase inicial do projeto constataram um enorme
potencial de crescimento e de valorização do mercado de polímeros verdes. Como
essas resinas têm o mesmo desempenho e propriedades do produto similar obtido a
partir de matéria-prima não renovável, a indústria de manufaturados plásticos deverá
beneficiar-se desse importante desenvolvimento sem a necessidade de fazer
investimentos em novos equipamentos.
Plástico verde

Lançado em julho de 2007, o polietileno verde da Braskem foi o primeiro a ser


feito 100% a partir de fontes renováveis no mundo, com validação do laboratório
internacional Beta Analytic. Em 2010, a Braskem tornou esse projeto realidade, ao
inaugurar sua primeira planta de Eteno Verde e assumiu a liderança mundial na
produção de biopolímeros.
Para isso investiu cerca de R$ 500 milhões nesta planta, que produz
anualmente 200 mil toneladas de polietileno de etanol de cana-de-açúcar. Na
balança sustentável, para cada tonelada de polietileno verde produzido são
capturados e fixados até 2,5 toneladas de CO2 da atmosfera. Localizada em Triunfo,
Rio Grande do Sul, a planta será base
para a produção de uma gama variada
de grades de PEAD e PEBDL, para
atender a crescente demanda por
produtos cada vez mais sustentáveis.
Ao longo deste período,
diversos acordos para o fornecimento
de polietileno de fonte renovável foram
negociados. Empresas dos mais
variados segmentos da indústria e de
diversas partes do mundo fecharam
contrato para utilizar o PE Verde em
seus produtos. O polietileno é o tipo de plástico mais utilizado no mundo,
especialmente pela indústria automotiva, de cosméticos, de embalagens,
brinquedos, higiene e limpeza, entre outras. Como o polietileno verde da Braskem
possui características e propriedades idênticas às do PE de origem fóssil, ele possui
a mesma versatilidade em suas aplicações.
O projeto entra agora em fase de detalhamento técnico e econômico, e o
início da produção do polietileno verde em escala industrial está previsto para o final
de 2009. A nova unidade deverá ter tecnologia moderna e escala competitiva,
podendo atingir capacidade de produção de até 200 mil toneladas por ano.
A produção de plásticos a partir do etanol se destina a suprir os principais
mercados internacionais que exigem produtos com desempenho e qualidade
superiores, com destaque para a indústria automobilística, de embalagens
alimentícias, cosméticos e artigos de higiene pessoal.
Avaliações realizadas na fase inicial do projeto
constataram um enorme potencial de crescimento e
de valorização do mercado de polímeros verdes.
Como essas resinas têm o mesmo desempenho e
propriedades do produto similar obtido a partir de
matéria-prima não renovável, a indústria de
manufaturados plásticos deverá beneficiar-se desse
importante desenvolvimento sem a necessidade de
fazer investimentos em novos equipamentos.
Para cada tonelada de polietileno verde produzido pela empresa, 2,5
toneladas de dióxido de carbono (CO2) são removidas da atmosfera, explica Antonio
Morschbacker, responsável pela tecnologia dos polímeros verdes da Braskem. De
acordo com o estudo elaborado pela empresa em conjunto com a Unicamp, o Centro
de Tecnologia Canavieira e com a metodologia de análise de eco-eficiência da
BASF, esse valor é resultado da diferença entre a quantidade que a cana absorve
na fotossíntese (7,4 tCO2) e as emissões oriundas na produção do polietileno verde
(4,9tCO2). Essa última conta considera a queima dos combustíveis fósseis no
transporte para realização da colheita da cana de açúcar, a queima do bagaço para
processar o etanol, a desidratação e por fim, a polimerização.
Para atender essa demanda, não será preciso ampliar a área de cultivo da
cana de açúcar. Antonio Morschbacker garante que não é necessário desmatar e
nem roubar área destinada para produção de alimentos. Hoje a plantação de cana
de açúcar é de aproximadamente 7 milhões de hectares, bem abaixo da área de
pastagem e pecuária com 220 milhões de hectares, sendo que 50% são de áreas
degradadas que poderiam ser direcionadas para o cultivo da cana. A produtividade
da cana de açúcar cresce 2,5% ao ano no Brasil e produz 6.150 litros de etanol por
hectare.

Conclusão

Apostar em fontes alternativas ao petróleo, principalmente renováveis, para


fabricação de polietilenos que sejam não biodegradáveis está em consonância com
a realidade brasileira de disposição final de resíduos sólidos urbanos em aterros e
lixões. No Brasil, diante da falta de usinas de compostagem e da indisponibilidade
de áreas para construção de novos aterros nos grandes centros urbanos, a
reciclagem mecânica se apresenta como uma alternativa sócio-ambiental de
destinação final dos resíduos plásticos, contribuindo para aumentar a vida útil dos
aterros e agregar valor aos materiais descartados.

Bibliografia Consultada

- BRASKEM – Divulgação da empresa “Plástico Verdes”

-Site www.oeco.com.br - .Reportagem “Plastico Verde” 08 – abril 2008”

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