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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACVEST

CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
CAMILA MELO MACHADO

CÂMERAS FOTOGRÁFICAS: TECNOLOGIA ANALÓGICA


VERSUS TECNOLOGIA DIGITAL

Lages - SC
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3
2 FOTOGRAFIA ANALÓGICA VERSUS DIGITAL 4
2.1 Surgimento e evolução da fotografia 4
2.1.1 Heliografia 4
2.1.2 Daguerreótipo 4
2.1.2 Kodak N° 1 5
2.1.2 Polaroid 5
2.1.2 Início da fotografia digital 5
2.2 Fotografia analógica 6
2.3 Fotografia digital 6
3 CONCLUSÃO 8
REFERÊNCIAS 9
1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho irei abordar um comparativo entre a tecnologia de processamento de


dados analógica e a tecnologia de processamento de dados digital aplicadas a fotografia.
A fotografia passou por vários processos evolutivos desde que foi criada, até chegar à
tecnologia digital, hoje as câmeras digitais superaram as demais, no quesito popularidade,
vivemos um momento em que as fotografias são tiradas principalmente com sensores de
imagem digital.
Embora Joseph Nicéphore Niepce seja considerado por muitos o pai da fotografia, por
ter tirado a primeira em 1826, tanto a invenção da foto, quanto da câmera não pode ser atribuída
a uma pessoa só, pois foi uma consequência de ideias desenvolvidas por vários indivíduos ao
longo do tempo, que se deve principalmente à necessidade que o ser tem de registrar imagens.
A escolha entre a tecnologia analógica e a digital ainda é bem polêmica. Os custos de
ambos os formatos têm suas vantagens e desvantagens. Fotografia digital tem um custo mais
caro devido a tecnologia, já a fotografia analógica de início pode ser mais acessível, porém tem
a desvantagem com as revelações.
2 FOTOGRAFIA ANALÓGICA VERSUS DIGITAL

As imagens sempre fascinaram a humanidade e estão por toda parte do mundo, a


fotografia funciona nas nossas mentes como uma espécie de passado preservado, onde a cena é
congelada.
A fotografia é um fator importante para a recordação, funciona como uma espécie de
memória social, capaz de registrar momentos, pessoas e locais que nunca mais existirão,
conservando acontecimentos do passado (MONEGO; GUARNIERI, 2012).

2.1 Surgimento e evolução da fotografia


Os experimentos fotográficos começaram em 1793, baseados em química e matemática,
as primeiras tentativas foram frustrantes e desapareciam rapidamente (DORÉ, 2016).

2.1.1 Heliografia
Em 1826, Joseph Nicéphore Niépce foi responsável pela primeira fotografia
permanente, utilizando uma técnica com a câmera escura que ele batizou de heliografia
(PEREIRA, 2017).
Niépce utilizou uma placa de estanho com betume branco da Judéia, que tinha como
uma das suas propriedades, endurecer, quando atingido com luz. Como revelador, utilizou uma
espécie de essência/óleo de lavanda, que dissolvia o betume irregularmente nos vários pontos
da chapa, conforme a maior ou menor ação da luz nesses pontos, formando-se assim a imagem
fotográfica (BERNARDO, 2007).
O betume da Judéia, é uma substância fotossensível produzida com petróleo e demorava
cerca de oito horas para a foto ficar pronta (PEREIRA, 2017).
Niépce foi a primeira pessoa a conseguir “imprimir” a luz em uma superfície, porém a
qualidade era baixíssima, além disso, o processo todo de captura levava horas.

2.1.2 Daguerreótipo
Niépce não quis revelar ao mundo sua descoberta, ele guardou para si os segredos da
heliografia até que conhece o também francês Louis Jacques Mandé Daguerre. Ao conhecer
Niépce e a heliografia, ambos decidem assinar um contrato de sociedade, em 1829, para dar
continuidade às pesquisas (TURAZZI, 2008).
Niépce morre em 1833, Daguerre segue seus trabalhos e descobre que o vapor do
mercúrio funciona como revelador nas imagens (CORRÊA, 2009).
No ano de 1839, em Paris, Daguerre apresenta ao mundo sua mais recente invenção, que
mudaria para sempre o modo de se registrar acontecimentos, momentos históricos e cenas
cotidianas: o daguerreótipo (PATRÍCIO, 2011).
O processo para obtenção do daguerreótipo, consistia em sensibilizar uma placa de cobre
revestida de prata polida e sensibilizada com vapor de iodo. Colocava-se o material, que é
sensível à luz, em uma câmara escura por alguns minutos e ao se retirar, o utiliza-se o vapor de
mercúrio como revelador (CORRÊA, 2009).
A utilização da placa cobre, que era um material barato, coberta com uma camada de
prata para que formasse uma superfície espelhada e sensibilizada com vapores de iodo, fazia
com que o processo de “fotografar” caísse de oito horas, para cerca de vinte minutos (PEREIRA,
2017).
O daguerreótipo trazia como resultado um positivo único, nítido, sem caráter
reprodutivo, que deveria ser protegido por um vidro, sem contato com o ar, a fim de evitar a
oxidação, pois a superfície era muito delicada (CORRÊA, 2009).

2.1.2 Kodak N° 1
Durante as décadas que se seguiram desde a invenção do daguerreótipo a fotografia
pouco evoluiu. O ato de registrar imagens ainda era algo trabalhoso e demorado, que exigia
técnica, capital, equipamento e conhecimento de química por parte dos fotógrafos; eram poucos
os que podiam trabalhar neste novo ramo (CORRÊA, 2009).
George Eastman, em 1880, iniciou seus estudos, seu foco foi desenvolver produtos que
simplificassem a fotografia (PASCHOAL, 2015).
Em 1888, a fotografia deu um salto com a criação da primeira câmera fotográfica
comercial, criada por George Eastman, a Kodak Nº1 (PASCHOAL, 2015).
A Kodak N° 1 era leve e pequena, o rolo para carregá-la tinha capacidade para 100
exposições e seu preço era acessível, a Kodak custava cerca de 25 dólares (PASCHOAL, 2015).
Outra mudança que a Kodak proporcionou foi que, quando acabassem as 100
exposições, o fotógrafo podia levar o rolo até a Kodak, que eles revelavam as fotos e colocavam
um rolo novo. Isso fez com que mais pessoas entrassem para o mundo da fotografia, porque não
precisavam mais de conhecimento de revelação (PASCHOAL, 2015).

2.1.2 Polaroid
O terceiro momento de grande importância na história da fotografia surgiu da
necessidade de se ver na hora as imagens que eram fotografadas. Surge a fotografia instantânea,
através da câmera Polaroid, idealizada em 1948 pelo inventor e físico Edwin Land
(GODINHO, 2011).
O equipamento de exposição e revelação do filme está dentro da câmera, de modo que
para o fotógrafo, que não precisa fazer outra coisa a não ser mirar, disparar e ver como a imagem
se materializa na fotografia que desliza para fora do aparelho, é tudo muito fácil (ELSNER,
2018).
2.1.2 Início da fotografia digital

Durante muitos anos gravar imagens teve estas características, até o lançamento da
fotografia digital. As primeiras imagens digitais, vêm da Guerra fria, do programa espacial norte
americano, registraram a superfície de Marte que foram capturadas por uma câmera de televisão
a bordo da sonda Mariner 4, em 1965 (CORRÊA, 2009).
A primeira câmera digital comercial da história foi lançada pela Sony em 1981. A
Mavica, era um produto totalmente voltado para as classes mais altas (custava cerca de
U$$12.000,00 dólares), com fotografias de qualidade tão baixa que ela poderia ser considerada
um produto de luxo, pouco funcional (CORRÊA, 2009).
Ao longo das décadas as câmeras digitais sofreram grandes evoluções; se tornaram mais
acessíveis financeiramente, compactas, automáticas, passaram a desempenhar múltiplas
funções (filmadora, webcam), receberam cartões de memória capazes de armazenar centenas
de fotos e suas imagens passaram a ser gravadas em resoluções muito altas (CORRÊA, 2009).

2.2 Fotografia analógica

O funcionamento da máquina fotográfica envolve química e física. O filme representa a


parte química e o conjunto de lentes, a física.
O funcionamento de uma câmera analógica engloba processos químicos e mecânicos,
apresentando componentes chaves, responsáveis pela sua percepção, entrada de luz e captura
das imagens (PARANHOS, 2013).
A luz entra por uma pequena abertura que regula a quantidade de luz que entra. Em
seguida, a luz passa por lentes, que podem ser convexas ou biconvexas que a desviam o feixe
de luz e fazem o convergir num único ponto.
Nesse momento os dados que estão entrando são de origem analógica, ou seja, variam
continuamente ao longo do tempo, podendo a sua amplitude assumir qualquer valor entre um
mínimo e um máximo, tomam valores em apenas certos instantes, discretos, do tempo.
O formato analógico é possível representá-lo com uma curva (parábolas), que apresenta
intervalos com valores que variam entre 0 e 10, por exemplo. Uma das principais características
deste tipo de sinal é que ele passa por todos os valores intermediários possíveis (0.01, 0.566 ,
4.565 , 8.55…).
No fundo da máquina, a luz incide sobre um filme fotográfico de plástico coberto por
uma solução sensível à luz. As áreas do feixe atingidas pela luz sofrem uma reação química,
criando o negativo, que passará pelo processo de revelação e dará origem à foto.
Paranhos (2013) acredita que um dos motivos pela opção das câmeras analógicas nos
dias de hoje, é a questão da qualidade da imagem, onde geralmente fotógrafos perdem muito
tempo editando as imagens digitais a fim de encontrar uma aparência mais natural, como
encontrado nas fotografias analógicas.
Segundo Paranhos (2013), o uso destes filmes é mais valorizado, pois este possua um
alcance dinâmico maior do que o digital.
A principal vantagem técnica da fotografia analógica é a definição e resolução da
fotografia. Uma fotografia tirada com filme de formato médio pode ser ampliada para fazer
pôsteres enormes, dependendo do equipamento e filme com resoluções comparáveis a
aproximadamente 400MP.

2.3 Fotografia digital


A câmera digital não utiliza processos químicos na captura de imagens. A luz, ao passar
pela lente, é registrada em um sensor e armazenada em um cartão de memória (CORRÊA,
2009).
Nas câmeras digitais, existem um dispositivo que converte as variações luminosas em
dados eletrônicos que serão gravados na memória. Esses dispositivos são chamados sensores
fotossensíveis (sensíveis a luz), existem dois tipos de sensores o CCD ou CMOS.
Nas câmeras com sensores tipo CCD é necessário conversor analógico para digital
(conversor A/D), esse conversor modifica o valor de cada pixel em um valor digital,
convertendo os mesmos para a medição binária.
No caso de câmeras com CMOS, estas usam inúmeros transistores alocados em cada
pixel, utilizada para amplificar e mover a carga, usando fios tradicionais. O usuário deste sensor
digital não necessita de conversor A/D, ou seja, a foto já é extraída em forma digital.
O sistema digital é aquele que toma valores em apenas certos instantes, discretos, do
tempo e apenas podem assumir uma certa gama limitada de valores. Dados binários são um
caso particular de dados digitais, no sentido de que apenas podem assumir um de dois valores,
‘0’ ou ‘1’. Ou seja, no sistema digital, se apresentar o dado 0,8, ele será computado para 1.
Segundo Corrêa (2009), as facilidades da fotografia digital possibilitam a um maior
número de pessoas adquirir um equipamento fotográfico, visto que estes são mais fáceis de usar.
Embora a câmera em si possa ser mais cara (se comparada com uma câmera analógica com as
mesmas funções) não há gastos ao longo do tempo com filmes e revelação.
3 CONCLUSÃO
As câmeras analógicas são melhores quando levamos em conta a qualidade de
resolução, devido amplitude de seu sistema analógico (0.01 , 0.566 , 4.565 , 8.55…), contudo a
qualidade das digitais melhorou muito durante os anos, porém o problema contínua na hora de
ampliar a foto, pois o processo a partir do negativo, oferece uma qualidade muito superior a
digital.
Em contrapartida a câmera digital nos oferece o imediatismo das fotos e a despesa do
filme e revelação é extinto, podemos imprimir as fotos se desejarmos ou simplesmente projetar
na tela de um computador, televisão ou data show sem custo algum. Além disso é possível
armazenar em um cartão de memória, HD, CD/DVD ou até mesmo o armazenamento em
nuvens que torna o armazenamento muito mais seguro.
Acredito que para fins técnicos e profissionais a câmera analógica é muito mais viável
por conta de sua qualidade de resolução. Porém para fins de registros de momentos cotidianos
a câmera digital será muito mais usual, pelo seu baixo custo de manutenção e praticidade.
REFERÊNCIAS

BERNARDO, César. A Primeira Fotografia - A Heliografia de Niépce. 2007. Disponível


em: <http://camerafotografica.blogspot.com/2007/02/primeira-fotografia-heliografia-
de_18.html>. Acesso em: 20 abr. 2019.

CORRÊA, Juliana Rosa. A Evolução Da Fotografia E Uma Análise Da Tecnologia Digital.


2009. 92 f. Tese (Doutorado) - Curso de Comunicação Social/jornalismo, Ufv - Universidade
Federal de Viçosa, Viçosa, 2013.

DORÉ, Eliza. Niépce e Darguerre - Os pais da fotografia. 2016. Disponível em:


<https://iphotochannel.com.br/fotopedia/daguerre-e-niepce-os-pais-da-fotografia>. Acesso
em: 20 abr. 2019.

ELSNER, Ann. A menina que quis ver sua foto: assim foi inventada a Polaroid. 2018.
Disponível em:
<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/23/tecnologia/1527071305_005314.html>. Acesso
em: 20 abr. 2019.

GODINHO, Renato Domith. Como foi inventada a fotografia? 2011. Disponível em:
<https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-foi-inventada-a-fotografia/>. Acesso em: 20
abr. 2019.

MONEGO, Sonia; GUARNIERI, Vanderleia. A fotografia como recurso de memória.


Cadernos do Ceom, Santa Maria, v. 36, n. 25, p.72-87, 2012.

PATRÍCIO, Djalma José. O uso de materiais analógicos para o aprendizado da tecnologia


digital na fotografia. Discursos Fotográficos, Londrina, v. 7, p. 57-76, 2011.

PARANHOS, Felipe. Como funciona uma câmera fotográfica analógica. 2013. Disponível
em: <https://www.oficinadanet.com.br/post/12121-como-funciona-uma-camera-fotografica-
analogica>. Acesso em: 20 abr. 2019.

PASCHOAL, Mariana. KODAK: A fotografia acessível. 2015. Disponível em:


<https://blog.emania.com.br/kodak-a-fotografia-acessivel/>. Acesso em: 20 abr. 2019.

PEREIRA, Anderson. Daguerreótipo: a ‘mãe’ das máquinas fotográficas. 2017. Disponível


em: <https://www.estudopratico.com.br/daguerreotipo-historia-maquinas-fotograficas/>.
Acesso em: 20 abr. 2019.

TURAZZI, Maria Inez. O 'homem de invenções' e as 'recompensas nacionais': notas sobre H.


Florence e L. J. M. Daguerre. Anais do Museu Paulista, São Paulo v. 16, p. 11-46, 2008.

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