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Produção de açúcar - Aula MTA PA 03
Evaporação, cozimento, secagem e
armazenagem
Evaporação
• O caldo de cana tratado consiste numa solução mais
ou menos impura de sacarose com uma
concentração de 12 a 15 % de sólidos dissolvido.
• Para se obter o açúcar, é necessário eliminar a água
e cristalizar a sacarose. Esta fase é realizada por
etapas.
• A concentração do caldo evaporado deve ser a mais
elevada possível visando economia de vapor no
cozimento, mas não tão alta que possa provocar
uma cristalização precoce da sacarose presente no
xarope.
• Os valores mais adotados estão ao redor de 60oBrix.
2
Evaporação
• Considerando o caldo de cana como sendo uma
solução formada por um soluto não volátil (em
sua maior parte sacarose) e um solvente volátil
(praticamente água).
• Como, cada litro, ou kg, de água evaporada
consome aproximadamente 550 kcal, portanto
deve-se ter o máximo cuidado no projeto deste
setor, para que a industria não venha a ter
problemas energéticos, pois esta operação
apresenta um alto consumo de energia.
Princípios da evaporação
O princípio da evaporação é
fundamentado na hipótese de que as
soluções são compostas por um material
não volátil na temperatura do
processamento, denominada de soluto e
pela água que é o solvente. A
concentração dessa solução é dada em
porcentagem mássica que são as
gramas de soluto contidas em 100
gramas de solução. 4
Balanço de massa
• Como a quantidade de soluto permanece
constante e que ela é proporcional a massa
multiplicada pela concentração, podemos
escrever:
Mi × Ci = Mf × Cf
Ci
Mf = Mi ×
Cf
• Mi: massa inicial do produto em kg,
• Ci: concentração inicial do produto em %,
• Mf: massa final do produto em kg,
• Cf: concentração final do produto em %.
5
Balanço de massa
• A quantia de água a ser evaporada (E),
pode ser calculada por diferença:
E = Mi − Mf
Ci Ci
E = Mi − Mi × = Mi × (1 − )
Cf Cf
6
Exemplo de cálculo
• Considerando 1000 kg de caldo de cana
com 15% de sólidos dissolvidos que
pretendemos elevar para 60% por
evaporação, teremos:
15
Massa final do produto = 1000 = 250kg
60
7
Separador de Evaporado
arraste
Evaporador Saída de
incondensáveis
em usina de
açúcar
Caixa tipo Roberts
Vapor
Alimentação
De caldo
Saída de caldo
8
concentrado
Caixa tipo Roberts
CIRCULAÇÃO NO EVAPORADOR ROBERTS
h 1/3 h
13
Cálculo da superfície de aquecimento de um
evaporador - fórmula de Dessin modificada.
17
Tipos de separadores de arraste
SEPARADOR DE ARRASTE INERCIAL
SEPARADOR DE ARRASTE DE CONTATO
Perdas por arraste
• As perdas de caldo por arraste pode
chegar a 3% que pode ser reduzida a 0,1%
pela adoção de boas práticas. As perdas
indeterminadas podem chegar a 2%.
• Essas perdas podem ser evitadas pelo uso
de separadores; não operando o
evaporador acima de sua capacidade;
evitando operar o aparelho com alto nível
de caldo; entre outros.
Evaporador em múltiplo efeito
• A operação de evaporação demanda uma
quantia bastante elevada de energia, que
pode inclusive inviabilizar muitos projetos.
• Uma forma para diminuir o consumo de
energia na evaporação foi descoberta na
Lousiania EUA, Norbert Relliaux em 1844,
que é a evaporação em múltiplos efeitos. Em
1851 inventou o evaporador de tubos
verticais tal como conhecemos hoje.
• Com esse invento o consumo de energia
chegou a cair 5 a 6 vezes.
22
Múltiplo efeito
• A grande descoberta de Relliaux, foi que o
vapor gerado pela evaporação do caldo
poderia servir para aquecer o evaporador
seguinte. O vapor gerado por este segundo
corpo evaporador poderia, por sua vez
utilizado num corpo seguinte e assim
sucessivamente.
• Assim, 1 kg de vapor utilizado num corpo
evaporador geraria 1 kg de água evaporado
que poderia ser utilizada.
23
Múltiplo efeitos
Numa evaporação em múltiplo efeito
ocorre uma diminuição do consumo de
vapor no aquecimento, em relação a
uma evaporação clássica, em n vezes
sendo n o número de caixas
evaporadoras interconectadas (efeitos).
2 caixas duplo efeito
3 caixas tríplice efeito
4 caixas quádruplo efeito
5 caixas quíntuplo efeito
24
Múltiplo efeito
25
Evaporador de caldo compacto
Múltiplo efeito - limitações
• Para que a transferência de calor ocorra é
necessário uma diferença de temperatura
entre o vapor e o líquido. Esta diferença
de temperatura deve ser de 10 a 15oC
para que a áreas de troca térmica do
equipamento não seja muito alta.
• Assim, o número de corpos num múltiplo
efeitos fica limitado a um número que na
prática é de cinco corpos (quíntuplo
efeito).
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Escala de pressão e temperatura num
quíntuplo efeito
EFEITO PRESSÃO TEMP. VAZIO
Kg/cm2 oC cm
1o 1,61 113 *
2o 1,22 105 *
3o 0,95 95 12
4o 0,50 80 40
5o 0,16 55 64
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Limites de temperatura numa
evaporação
• O caldo a ser evaporado não deve ser
submetido a uma temperatura superiora 130oC
pois pode ocorrer um escurecimento pela ação
da caramelização da sacarose.
• Por outro lado temperaturas de ebulição
inferiores a 50oC exigem um vácuo muito
elevado que torna antieconômico o aparelho.
• Desta forma o número máximo de efeitos será:
130 − 50
Número = = 5,3 ≈ 5 efeitos
15
29
Coeficiente de evaporação dos
múltiplos efeito
30
Pré-evaporador
• Em geral o primeiro corpo evaporador é
superdimensionado, gerando mais vapor que o
necessário para os corpos seguintes.
• O vapor excedente dessa evaporação é
denominado “vegetal”, sendo utilizado nos
aquecedores de caldo p. ex.
• Por sua grande capacidade de gerar vapor a
primeira caixa de evaporação é denominada
muitas vezes de segunda caldeira da usina.
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Principais arranjos de uma
evaporação
Quádruplo efeito puro
190 kg/TCH
230 kg/TCH
420 kg/TCH
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Problemas na evaporação
• Degradação de açúcares
• pH
• Temperatura
• Tempo de residência
• Perdas de açúcares
• Arraste
• Vazamentos
Perdas de açúcar nos
evaporadores
Caldo clarificado Xarope Perdas
pH pH Kg sacarose por
t de cana
6,0 5,5 2,1
CaCO 3
50 Fos SiO 2
fa t
% de incrustra ção
o de
O rg Ca
40 ân eM
ic o g
Fe s
2O
3
30
20
10
10 20 30 40 50 60 70
49
Grau de solubilidade de uma
solução
É a quantidade de uma substância, em
gramas, necessária para saturar uma certa
quantia de solvente, p.ex. 100g, sob
condições físicas de temperatura, pressão,
etc, bem estabelecidas.
Disse que um solvente está saturado de
um soluto, quando qualquer quantia do
mesmo que for adicionado permanece não
dissolvido, depositando no recepiente.
50
Curva de solubilidade
A concentração de saturação de uma solução
varia com a temperatura, em geral cresce,
conforme a curva apresentada a seguir,
dividindo as soluções em:
• Subsaturadas: com concentração inferior a
concentração de saturação,
• Saturadas: com concentração igual a
concentração de saturação,
• Supersaturadas: com concentração superior
aconcentração de saturação.
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Curva de
solubilidade da
sacarose
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Características das regiões de saturação
• Região insaturada: Os cristais do soluto
adicionados dissolvem.
• Região saturada: Os cristais do soluto
adicionados não crescem nem dissolvem.
• Região supersaturada: Esta região se
divide em duas sub regiões. No inicio,
região metaestável, os cristais
adicionados crescem. Na sub-região lábil,
os cristais crescem e induzem o
surgimento de novos cristais.
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Grau de supersaturação (SS)
• Se denomina grau de SS a relação:
Concentração da solução
SS =
Concentração da solução saturada
Valores de SS
SS < 1 Solução sub-saturada
SS = 1 Solução saturada
SS > 1 Solução supersaturada
1 < SS < 1,20 Zona metaestável
SS > 1,20 Zona lábil
54
Exemplo
Suponhamos uma solução saturada de
açúcar a 80 ºC.
Pela curva de saturação verifica-se que
esta solução saturada contém 363 partes
de açúcar em cada 100 partes d’água. Se
esta solução for concentrada à
temperatura de 80º C até que o conteúdo
atinja 436 partes por cada 100 partes
d’água, a supersaturação (CS)
conseguida é:
CS = 436 / 363 = 1,20
Medidas da supersaturação
O grau de supersaturação pode ser
medido apenas por via indiretas. Os
métodos comuns são:
• Brix refratométrico.
• Elevação do ponto de ebulição.
• Condutividade elétrica.
• Consistência.
Cristalização por semeamento
• Processo que ocorre na região metaestável, onde os
cristais crescem mas não surgem novos núcleos.
• A solução é concentrada por evaporação até que ela
atinja o ponto desejado, o que ocorre em geral na faixa
de 75 a 85oBrix. É então inoculado uma certa quantia de
pequenos cristais, que crescem por deposição de
sacarose sobre a sua superfície.
• Durante a operação é necessária uma evaporação para
compensar a queda de concentração devido a retirada
da sacarose pelos cristais em crescimento.
• Quando os cristais atingem o tamanho desejado o
processo é interrompido.
57
Massa da semente
A massa da semente (MS) está relacionada com a massa do
açúcar (MA) a ser produzido como a relação do cubo dos
tamanhos da semente (dS) e do açúcar (dA), onde V é o
volume da massa cozida, p a sua densidade e c o teor de
cristais na massa:
MS d S3
= 3
MA d A
d S3
MS = MA × 3
dA
d S3
MS = V × ρ × c ( 3 )
dA
58
Granagem
Normalmente a semente é adicionada na forma de pasta,
preparada em solução alcoólica, conforme .
Na preparação da pasta, manter uma relação açúcar/álcool de 1
kg de açúcar para 2.000mL de álcool, resultando:
1000
+ 2000 = 2633 mL / kg de semente
1,795
Na prática a quantia de semente a ser utilizada é maior que a
calculada teoricamente devido:
a. Dificuldade em estimar o seu real tamanho médio;
b. Perda de partículas por arraste quando da introdução da pasta
no vácuo;
c. Dissolução de parte da semente adicionada.
Na prática o valor real está ao redor dobro do valor calculado,
sendo que este índice varia de usina para usina.
Condução do cozimento
• Com a cristalização, a medida que os cristais
crescem pela deposição da sacarose, a solução vai
ficando mais pobre neste componente, ou seja, vai
perdendo pureza.
• Um xarope com, por exemplo, 85 % de pureza, após
o crescimento dos cristais pode ter sua pureza
reduzida em 15 pontos percentuais, ficando com
uma pureza de 70 % passando a ser denominado de
mel.
• Esse mel com pureza reduzida pode ser
sucessivamente cristalizado até que sua pureza ser
reduzida até um valor na faixa de 30 a 35 %.
60
UNIFORMIDADE DOS CRISTAIS
É impossível o cristal do açúcar apresentarem
tamanhos semelhantes, não somente porque os
grânulos da semente moída originalmente não
são uniformes, mas também devido ao fato de
os cristais crescerem com velocidades
diferentes. Uma boa circulação da massa no
cozedor é um dos fatores de maior importância
para reduzir a quantidade de cristais
indesejáveis.
Cristais de açúcar de boa
qualidade
Cristais de açúcar de boa
qualidade
CRISTAIS GEMINADOS
• Certas impurezas determinam as características
do cristal. Na fábrica de açúcar de cana se faz
cristalização a altas concentrações com um
elevado teor de açúcares redutores e há
tendência à formação de cristais gêmeos. A
formação de cristais gêmeos é oriunda
principalmente da composição dos não-
açúcares e não do fator operacional.
• Os cristais geminados aprisionam uma certa
quantidade de mel entre eles e, assim sendo,
causa um aumento considerável na cor e cinza
do produto final.
CRISTAIS GEMINADOS
CRISTAIS IRREGULARES
• É bom ressaltar que a presença de cristais
irregulares é perversa para produção de um
açúcar de qualidade.
• Os cristais irregulares estão influenciados por
fatores controlados e não controlados.
• Cristais irregulares controlados são aqueles que
sua formação pode ser evitada mediante uma
boa operação dos tachos. Cristais irregulares
não controlados são os oriundos de diversos
tipos de deteriorações da cana-de-açúcar.
CONGLOMERADOS
73
Cozimento em duas massas
Xarope
Mel pobre
Magma Cozimento Semente
Cozimento
A B
Mel rico
Centrífuga Centrífuga
A B
Açúcar A Açúcar B
Magma Água
74
Cozimento em três massas
75
Massa cozida
76
Conteúdo de cristais na massa
cozida
Consiste na porcentagem de açúcar cristalizado existente no
material. O cálculo é feito através das seguintes expressões:
79
Circulação da massa cozida no cristalizador
Durante a evaporação do xarope e do crescimento
dos cristais, o material no interior do equipamento
deve estar em contínuo movimento, o que ocorre
primeiro pela ação do movimento convectivo e das
bolhas de vapor formadas que ao subirem
impulsionam a massa.
Esse movimento é muito importante para o bom
desenvolvimento dos cristais, sendo que muitos
cristalizadores dispõem de hélices em seu interior
para melhorar essa movimentação (cristalizadores
de convecção forçada).
80
Circulação natural
num cristalizador
81
Circulação
forçada num
cristalizador
82
Cozimento contínuo
• Nos últimos anos tem sido implantado em
nosso país equipamentos de cozimento
contínuo de vários modelos.
• Esses equipamentos são alimentados por
uma massa cozida com cristais de 0,2 mm
que ao longo do equipamento crescem até
o tamanho comercial (de 0,5 a 0,6 mm).
83
Cozedor contínuo
Licor
Água
evaporada
Pé-de-cozimento
Massa
cozida
Vapor Condensado
84
Sistema de cozimento contínuo
Xa rope
Vá cuo
contínuo
Vá cuo
de pé
Crista li-
za dor
Centrífuga
Me l rico
Aç úca r Me l pobre
comercia l (destila ria )
85
Controle de cozimento
• Sistemas empíricos: ponto de fio, consistência
da massa medida manualmente, etc.
• Viscosidade da massa: Pode ser medido pela
potencia requerida por um motor elétrico que
aciona um corpo de prova mergulhado na
massa. Quanto mais concentrada for a solução,
maior será a sua viscosidade e a potencia
requerida.
• Condutividade elétrica: Pela determinação da
correste elétrica quer percorre a massa. Quanto
mais concentrada for a solução, maior será a
sua resistência elétrica
86
Diagrama
Fluxo de
Massa Cozida
Cristalização
Complementar
Centrifugação
Até o final do século XIX todo açúcar
produzido no mundo era do tipo não
centrifugado, onde a separação do mel
dos cristais (purga) ou não era realizada
como no açúcar mascavo batido, ou era
utilizando a força da gravidade num
processo que poderia durar dias.
88
Purga natural da massa cozida
A massa cozida composta pelos cristais e
o mel é depositado num recipiente com
um orifício na parte inferior.
lentamente o mel vai escoando pelo
orifício, sendo que de tempos em tempos
era colocada uma certa quantia de água
para lavar todo mel residual.
89
Força centrífuga
• É toda força que se origina quando um corpo
muda a direção de sua trajetória e, como o
nome indica, atua na direção do raio de
curvatura e no sentido do centro para o exterior
(fugindo do centro).
• Um corpo em movimento de rotação sofre uma
força centrífuga proporcional a massa do corpo,
sua velocidade angular e o raio de giro
90
Intensidade da força centrífuga
Para fins práticos sua intensidade é calculada
como sendo de quantas vezes a sua
intensidade pe maior que a força de gravidade
terrestre, denominado de G:
Força centrífuga
G=
Força gravitasional
D× N 2
G=
1800
91
• Exemplo: Uma centrífuga com cesto de 1 m de
diâmetro e girando a 1200 rpm apresenta qual
valor de G?
D × N 2 1× 1200 2
G= = = 800
1800 1800
92
Tipos de centrífugas
• Centrífugas contínuas, onde a massa
cozida é alimentada continuamente
resultando em dois fluxos, um de açúcar e
outro do mel.
• Centrífugas descontínuas, onde a massa
cozida é introduzida no cesto, a maquina
é posta em movimento provocando a
saída do mel. Os cristais retidos no cesto
são retirados após um tempo conveniente
93
Centrífuga
descontínua
94
Ciclo de operação de uma centrífuga
descontínua
Carregamento 20 segundos
Frenagem e
descarregamento 30 segundos
1 min e 40 seg
TOTAL 1 min e 55 seg
95
• O ciclo total esta ao redor de 2 a 2,5
minutos, o que resulta de 18 a 20 ciclos
por hora.
• O tempo de centrifugação depende de
vários fatores dos quais os principais são:
• Tamanho dos cristais
• Uniformidade dos tamanhos dos cristais
• Viscosidade da massa
96
Cristais uniformes significa que o espaço entre os
cristais esta desimpedido para a circulação do mel
97
VISCOSIDADE
• É uma grandeza física que mede a
resistência que os fluídos apresentam a se
movimentarem.
• Quanto mais viscoso for o mel, mais difícil
será a sua capacidade de fluir.
A viscosidade dos méis depende em grande
parte de dois fatores:
Concentração (Brix) – quanto mais
concentrado for o mel maior será a sua
viscosidade.
Temperatura – Quanto mais alta for a
temperatura menor será a viscosidade.
98
Lavagem do açúcar
100
Centrífuga contínua
A utilização de operações contínuas é
sempre recomendável por permitir um
maior controle do processo e sua
automatização.
Hoje este tipo de centrifuga é utilizada em
massa de segunda ou de terceira por
quase todas as usinas, visando a
produção de cristais que servirão d e”pé”
para o cozimento de primeira.
101
As centrífugas contínuas operam com
velocidade angular de 1500 a 2000 rpm e
uma força centrífuga de 2000 G.
Essas condições extremas causam danos
aos cristais o que tem limitado o seu uso
na produção de açúcar comercial, sendo
utilizada praticamente para centrifugar
massa de 2a gerando cristais de 0,15 mm
que são misturados com caldo de cana e
com o nome de magma é utilizado como
“pé de cozimento de primeira”.
102
Descrição de uma centrífuga contínua
Alimentação
Sólido Sólido
Cesto
giratório
Líquido
Motor
103
Utilização dos méis rico e pobre no
cozimento
Xarope
Mel pobre
Magma Cozimento Cozimento
A B
Mel rico
Centrífuga Centrífuga
A B
Açúcar A Açúcar B
Magma Água
104
Secagem e resfriamento
Grânulo Grânulo
Grânulo De De
De açúcar açúcar
açúcar
Ganha Em Perde
umidade equilíbrio umidade
Umidade
desligada
P
Umidade
livre
Umidade
Ligada
Umidade de
equilíbrio
10 30 50 70 90
% de U.R.
110
Isotermas de açúcar
111
Secagem
• Consiste na retirada parcial da água de
um produto visando sua melhor
utilização, conservação, manipulação,
armazenagem e transporte.
116
Turbo secador
resfriador
equipado com
pré-secador
117
Secador tipo tambor rotativo
118
Secador tipo tambor rotativo
119
Vista de um secador
rotativo com
dispositivos internos
para evitar quebra de
cristais
120
Características técnicas do
secador rotativo
Consiste num cilindro rotativo, montado
horizontalmente, com uma leve inclinação
de 5 a 7o. No interior do cilindro existem
aletas destinadas a recolher o açúcar
elevado e derramá-lo em cortina.
O ar para a secagem ou resfriamento
atravessa o secador em sentido contrário
a movimentação do açúcar.
121
Velocidade do ar no secador
• A velocidade do ar deve se situar entre 1,0 a
1,5 m/s.
• Abaixo de 1 a secagem será deficiente e acima
de 1,5 o arraste de açúcar começará a ser
elevado.
• Velocidade abaixo de 1 m/s torna difícil o
resfriamento do açúcar a temperatura inferior a
40oC, a menos que o açúcar chegue ao
secador com uma temperatura inferior a 55oC.
122
Tempo de retenção
• O valor recomendado é entre 5 a 10 minutos,
dependendo da temperatura do ar, da
umidade do açúcar na entrada do aparelho e
da umidade do açúcar no ensaque.
• Este tempo é proporcional ao comprimento do
tambor e inversamente proporcional ao seu
número de revoluções e a sua inclinação.
• Tempo insuficiente resulta em secagem
incompleta, tempo excessivo resulta em
amarelamento do açúcar.
123
Temperaturas
• Do ar na entrada do secador: Nunca deve ser
superior a 90oC, sendo recomendável o uso de
vapor vegetal em seu aquecimento.
126
Cor, temperatura e tempo de
armazenagem
340
60C 55C
cor ICUMSA
240 45C
Ambiente
140
0 20 40 60 80 100
dias de armazenagem
127
A água de um produto migra de um local
para outro nas seguintes condições:
128
Aglomeramento e empedramento
130
Causas do aglomeramento e do
empedramento
Como o fenômeno consiste na
soldagem dos pontos de contato entre
os grânulos pela deposição de
sacarose em sua superfície, toda perda
de umidade do açúcar em condição
estática ou que causem a
supersaturação da sua película
superficial, são agentes causadores de
empedramento.
131
Agentes causadores do
empedramento
• Açúcar com excesso de umidade.
• Açúcar com temperatura muito superior a do
ambiente por ser produzido muito quente ou
por ser exposto a uma atmosfera muito fria.
• Açúcar com diferentes umidades,
temperaturas ou composição estocado no
mesmo local.
• Açúcar armazenado em local não hermético
em períodos do ano de baixa UR.
• Açúcar seco muito rapidamente ou em alta
temperatura que ocasiona uma película
supersaturada. 132
Vícios de fabricação que
predispõem o açúcar a empedrar
• Problema granulométrico como cristais muito
pequenos ou desuniformes, que resultam num
alto número de pontos de contato entre os
grânulos, que são os locais onde pode ocorrer a
“soldagem.”
• Alto teor de AR ou outras impurezas no açúcar
que o tornem muito sensível às variações da
umidade atmosférica.
• Problemas cristalográficos como cristais longos,
cristais aglomerados, etc.
• Açúcar muito quente ou com umidade e
composição variável no mesmo armazém.
133
Problemas no armazém
• Armazém não hermético que permite que as
oscilações da UR da atmosfera ajam sobre o
açúcar.
• Armazém que estoque produtos diferentes no
mesmo espaço, como produtos higroscópicos,
com odor forte, etc.
• Armazém que não vede a entrada de animais
como roedores, pássaros e insetos.
• Localização próxima de fontes emissoras de
poeira ou outro tipo de particulado.
• Infiltração de umidade.
134
Armazenagem em silos à granel
135
Armazém de açúcar do terminal
graneleiro de Maceio - Al
136
Silo vertical para açúcar
137
FIM
138