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No fígado as enzimas AST (TGO), ALT (TGP) e GGT se localizam especificamente nos:
I. Os melhores marcadores de acompanhamento das hepatites são GGT e FALC, pois os canalículos são estruturas
muito sensíveis aos vírus.
II. AST > 3 vezes o VR e ALT < 2 vezes o VR indicam lesão hepatocelular.
III. Os testes que medem a função hepática (BTF, albumina e TP) são mais específicos para acompanhamento das
hepatites.
1) F, V, F; 3) F, V, V;
2) F, F, V; 4) V, V, V.
3. É muito comum na prática do dia a dia haver certa confusão entre os testes laboratoriais de função hepática
e de lesão hepática. Assim dentre os testes abaixo quais deles se prestam a avaliar a função hepática?
1) AST e ALT;
2) GGT e fosfatase alcalina;
3) Somente ALT e GGT por serem enzimas específicas do tecido hepático;
4) Bilirrubinas total e fraçõe
4. Um paciente é acompanhado por ter hepatite B crônica e apresentava os seguintes resultados de exames
laboratoriais em:
Julho/2014 Julho/2015
AST= 154 U/L (VR= até 35 U/L) AST= 344 U/L (VR= até 35 U/L)
ALT= 76 U/L (VR= até 40 U/L) ALT= 99 U/L (VR= até 40 U/L)
Gama glutamil transferase= 63 U/L (VR 11 a 49) Gama glutamil transferase= 73 (VR 11 a 49)
FALC = 33 U/L (VR 10 a 45) FALC = 43 U/L (VR 10 a 45)
BT= 0,9 mg/dL (VR= 0,2 a 1 mg/dL) Albumina = 3,2 g/L (VR 4,9 a 5,3 g/L)
BD= 0,2 mg/dL (VR= 0,0 a 0,2 mg/dL)BI= 0,7 mg/dL TP= 1 min, AP= 70% RNI=1,2 (VR AP 70 a 100%,
(VR= 0,2 a 0,8 mg/dL) RNI 1 a 1,5)
5. Após cirurgia um paciente evoluiu com aumento das enzimas hepáticas chegando a AST= 2.540 U/L e ALT=
2.311 U/L. O paciente apresentou quadro de insuficiência hepática aguda e foi transferido para UTI.
Qual a hipótese mais provável deste quadro?
1) Jejum prolongado pelo procedimento que levou a hipoglicemia crônica e incapacidade de neoglicogênese pelo
fígado;
2) Reativação de hepatite viral causada por queda da imunidade pelo estresse cirúrgico;
3) Uma peritonite bacteriana espontânea pela abertura e manipulação do abdômen;
4) Hepatite aguda medicamentosa sendo o mais provável por anestésico.
6. O paciente da questão acima apresentou na evolução ao longo dos dias piora do quadro. Porém os exames
de AST e ALT voltaram abruptamente aos níveis normais. Isto indica:
1) Mau prognóstico, pois não há mais tecido a ser lesado;
2) Bom prognóstico, pois a capacidade de regeneração do fígado é grande;
3) Mau prognóstico devido ao fato de o paciente ter tido cirurgia recente;
4) Impossível dizer, pois não foram feitas confirmações com amostras diluídas.
1) Osso; 3) Intestino;
2) Paratireoide; 4) Placenta.
8. Homem de 29 anos, operário da construção civil, em exame periódico de medicina ocupacional vem com
aumento importante de GGT. Com base neste achado podemos fechar diagnóstico de etilismo?
1) Sim, pois além do achado laboratorial, que é específico para uso de drogas e álcool, temos os antecedentes
epidemiológicos (ocupacionais);
2) Não, pois somente com um exame não podemos fechar diagnóstico de etilismo;
3) Não, pois a dosagem de GGT não é específica e pode sofrer alteração coma qualquer tipo de droga ou
medicamento;
4) Sim, pois um indivíduo com aumento de GGT teve contato com alguma substância estranha ao organismo.
9. A síndrome conhecida por NAFLD (Non Alcohoolic Fatty Liver Disease) ou doença da infiltração gordurosa do
fígado (esteatose hepática) se caracteriza laboratorialmente por:
1) Os quadros de colestase cursam de um modo geral com níveis elevados de GGT e fosfatase alcalina em relação
aos de AST/ALT;
2) A síndrome de Gilbert se caracteriza por episódios de icterícia recorrente e aumento das bilirrubinas;
11. Quando comparamos as meia-vidas plasmáticas das enzimas dos hepatócitos (AST e ALT) com as
canaliculares (GGT e FALC) podemos dizer que:
12. Mutações genéticas autossônicas também podem alterar o metabolismo das bilirrubinas e desencadear a
icterícia. Para cada doença hereditária a seguir, identifique qual fração de bilirrubina sérica é predominante.
Após correlacionar as colunas, marque a opção correspondente:
( ) Síndrome de Crigler Najjar ( BD) predomínio de bilirrubina direta
( ) Síndrome de Dubin-Johnson ( BI ) predomínio de bilirrubina indireta
( ) Síndrome de Gilbert
1) BI - BI - BD; 3) BD -BI - BD;
2) BI - BD - BI; 4) BD - BD - BI.
13. A creatina quinase (CK) é uma enzima predominantemente muscular sendo composta pela união de duas
subunidades do tipo B (cérebro) e M (muscular). As combinações destas subunidades originam as isoenzimas
BB, MB e MM. A atividade da enzima CK, habitualmente, encontra-se elevada nas seguintes condições clínicas,
exceto:
1) Infarto agudo do miocárdio; 3) Miosite;
2) Artrose; 4) Trauma muscular.
1) A enzima aldolase encontra-se presente em células musculares esqueléticas, coração, fígado, cérebro,
pulmões, rins, intestino delgado, eritrócitos e plaquetas
2) A medida da atividade da aldolase sérica é útil no diagnóstico e monitoramento das doenças do tecido músculo
esquelético
3) A aldolase, a semelhança da CK, apresenta queda acentuada após prática de exercício físico;
4) Devida à diferença de massa muscular, os homens tendem a apresentar maior atividade sérica da aldolase em
relação às mulheres.
16. Paciente do sexo feminino, 45 anos, assintomática e não praticante de exercício físico. O médico assistente
solicitou a medida da atividade da CK e encontrou resultado elevado de 470 U/L (valor de referência: até 167
U/L). O médico considerou o resultado inconsistente e solicitou repetição do exame em nova amostra
juntamente com a dosagem de aldolase. Na segunda dosagem o resultado foi de 490 U/L e a medida da
atividade da aldolase foi de 3,0 U/L (valor de referência: até 7,6 U/L).
1) Trata-se de um erro laboratorial. É impossível uma elevação da CK não estar acompanhada por uma elevação
concomitante da aldolase;
2) Possível presença de macro CK. Sugere-se pesquisa específica;
3) Trata-se de um quadro típico de infarto agudo do miocárdio;
4) O médico deveria solicitar outros exames complementares visando avaliar doença auto-imune.
1) São conhecidos dois tipos de macro CK: tipo 1 e tipo 2. A tipo 1 é um complexo de CK-BB ou CK-MM ligado a
IgG ou IgA. A macro CK tipo 2 é um complexo oligomérico de origem mitocondrial;
2) A formação da macro CK decorre de um fenômeno secundário a hemólise da amostra, o qual interfere na
dosagem da CK-MB massa;
3) A macro CK está presente somente em pacientes com doença renal crônica;
4) A macro CK é uma molécula que dá origem a troponina a nível de cardiomiócitos.
19. Assinale a alternativa correta em relação à enzima aspartato amino transferase (AST):
1) A atividade da enzima AST pode estar elevada em processos de acometimento muscular, hemólise, doenças
hepatocelulares agudas e crônicas (hepatites, câncer hepático, colestase);
2) Trata-se de um marcador de elevada especificidade no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio;
3) A enzima AST é indicada única e exclusivamente para o estudo das doenças hepáticas;
4) No soro com hemólise observa-se diminuição da atividade da AST em função da interferência negativa da
hemoglobina.
20. Assinale a alternativa incorreta em relação à medida da atividade da desidrogenase láctica (DHL) na doença
muscular:
1) A enzima DHL é composta pela combinação de monômeros, que pode ser do tipo H (miocárdio) ou M (músculo
esquelético);
2) A DHL pode se elevar numa fase mais tardia do infarto agudo do miocárdio;
3) A DHL é um marcador de maior sensibilidade e especificidade que a troponina no diagnóstico do infarto agudo
do miocárdio;
4) A atividade da enzima DHL pode se elevar em outras condições clínicas, tais como: anemia hemolítica,
leucemias, linfomas, entre outros.
1) A mioglobina é uma proteína intracelular de baixo peso molecular presente nas células musculares;
2) No infarto agudo do miocárdio pode se elevar 1 a 2 horas após o início da dor;
3) Num paciente com suspeita de infarto agudo do miocárdio (IAM), níveis séricos elevados de mioglobina
confirma o diagnóstico de IAM;
4) A mioglobina é eliminada do organismo através da filtração glomerular.
22. Um paciente portador de doença renal crônica procurou o pronto socorro com sintomas sugestivos de
infarto agudo do miocárdio. As dosagens de troponina I e CK-MB massa revelaram-se normais, porém a
dosagem de mioglobina apresentou-se elevada. Qual a interpretação para a elevação da mioglobina sérica?
23. Um paciente após acidente automobilístico apresentou extensa lesão muscular de membros inferiores e foi
internado na unidade de terapia intensiva. O exame de urina revelou presença de hemoglobinúria, porém sem
hematúria. Assinale a alternativa correta em relação a justificativa para este achado:
25. Assinale a alternativa que indica o parâmetro laboratorial que detecta precocemente um quadro de infarto
agudo do miocárdio:
1) Trata-se de um marcador do processo de respiração celular, sendo útil no diagnóstico da acidose láctica o qual
pode ocorrer na hipóxia tecidual, exercício físico intenso e miopatias severas;
2) Produzido em excesso quando há um suprimento inadequado de oxigênio aos tecidos;
3) A dosagem do lactato antes e após exercício físico permite avaliar a capacidade respiratória celular;
4) A dosagem do lactato não é possível de ser realizado fora do ambiente de uma unidade de terapia intensiva,
em razão da instabilidade da amostra à temperatura ambiente.
28. Os marcadores laboratoriais podem ser didaticamente subdivididos em três grandes grupos, de acordo com
o tipo de disfunção hepática: lesão hepatocelular, alteração da síntese hepática, e da disfunção da
excreção/detoxificação. Correlacione as alternativas A, B e C e marque a opção correspondente:
1) A, B, C, A; 3) B, C, C, A;
2) B, C, A, B; 4) B, B, C, A;
29. O fígado produz enzimas colestáticas, sendo as principais a Fosfatase Alcalina (FA) e a Gama Glutamil
Transferase (GGT). Em relação às enzimas hepáticas colestáticas, marque a alternativa incorreta:
30. É comum a associação entre os marcadores laboratoriais hepáticos para auxílio no diagnóstico clínico. Com
base na relação entre ALT e FA, correlacione as alternativas A, B e C e marque a opção correspondente:
1) A - B - C; 3) C - B - A;
2) C - A - B; 4) B - A - C.
31. A enzima desidrogenase lática ou lactato desidrogenase (LDH) é um outro marcador de função hepática
rotineiramente solicitado na prática assistencial. Dentre as alternativas a seguir referentes à LDH, todas
estão corretas, exceto:
32. A ingestão de álcool nas 72 horas que antecederem a coleta de sangue pode interferir significativamente
em qual parâmetro do perfil lipídico?
1) HDL-colesterol; 3) Triglicérides;
2) LDL-colesterol; 4) Lipoproteína (a).
1) A fração colesterol não-HDL é usada como estimativa do número total de partículas aterogênicas no plasma
(VLDL-colesterol + IDL-colesterol + LDL-colesterol);
2) O colesterol não-HDL é calculado pela subtração do HDL-colesterol do colesterol total: Colesterol não-HDL =
Colesterol total - HDL-colesterol;
3) O colesterol não-HDL pode fornecer melhor estimativa do risco em comparação com o LDL-C, principalmente
nos casos de hipertrigliceridemia associada ao diabetes, à síndrome metabólica ou à doença renal;
4) A dosagem direta do colesterol não-HDL avalia a capacidade do organismo metabolizar o LDL-colesterol à nível
muscular.
36. Considerando os resultados de colesterol total, HDL-colesterol e triglicérides assinale a alternativa que
descreve corretamente os valores de LDL-colesterol pela fórmula de Friedewald e colesterol não-HDL,
Colesterol total: 230 mg/dL
HDL-colesterol: 30 mg/dL
Triglicérides: 300 mg/dL.
37. Assinale a alternativa incorreta em relação à proteína-C reativa na avaliação do risco cardiovascular:
1) A proteína-C reativa é sintetizada no fígado e sendo caracterizada como uma proteína de fase aguda;
2) As lesões ateroscleróticas causam elevações discretas da proteína-C reativa;
3) Para que a proteína-C reativa possa ser utilizada como marcador para avaliação do risco cardiovascular a
dosagem deve ser realizada por meio de ensaios ultrassensíveis;
4) A proteína-C reativa não deve ser utilizada para avaliação de risco cardiovascular por se tratar de um marcador
inespecífico que pode se elevar em infecções e no diabetes.
38. A presença da microalbuminúria é considerada como um dos fatores agravantes para a avaliação do risco
cardiovascular. Assinale a alternativa que melhor define a microalbuminúria sob o ponto de vista
laboratorial.
1) Microalbuminúria corresponde à presença de albumina na urina em quantidade muito pequena, abaixo dos
limites de detecção dos métodos habitualmente utilizados. Caracteriza-se microalbumina quando a excreção
de albumina situa-se entre 20 e 200 µg/minuto ou 30 a 300 mg/24 horas;
2) Microalbuminúria e proteinúria são termos sinônimos e somente é aplicável para avaliação da doença renal;
3) O método laboratorial de eleição para dosagem da microalbuminúria é a química seca através do uso das tiras
reagentes utilizadas nos exames de rotina de urina;
4) A urina isolada coletada ao final do dia é a melhor amostra para avaliação da microalbuminúria. Este tipo de
coleta elimina a interferência da proteínúria noturna.
39. As bilirrubinas podem se depositar em diferentes órgãos e tecidos sistêmicos, causando a icterícia, condição
clínica que compreende a coloração amarelada da pele e das mucosas. A partir de quais valores séricos de
bilirrubina total surge a icterícia clínica?
40. Os marcadores laboratoriais podem ser didaticamente subdivididos em três grandes grupos, de acordo com o
tipo de disfunção hepática: lesão hepatocelular, alteração da síntese hepática, e da disfunção da
excreção/detoxificação. Correlacione as alternativas A, B e C e marque a opção correspondente:
41. Os marcadores laboratoriais podem ser didaticamente subdivididos em três grandes grupos, de acordo com
o tipo de disfunção hepática: lesão hepatocelular, alteração da síntese hepática, e da disfunção da
excreção/detoxificação. Correlacione as alternativas A, B e C e marque a opção correspondente:
1) A, B, C, A; 3) B, C, C, A;
2) B, C, A, B; 4) A, A, B, C.
42. A albumina, produzida pelo hepatócito, apresenta importante função de manutenção da pressão oncótica
e transporte de substâncias lipossolúveis. Com relação à albumina, assinale a alternativa incorreta:
43; O fígado produz enzimas colestáticas, sendo as principais a Fosfatase Alcalina (FA) e a Gama Glutamil
Transferase (GGT). Em relação às enzimas hepáticas colestáticas, marque a alternativa incorreta:
46. É comum a associação entre os marcadores laboratoriais hepáticos para auxílio no diagnóstico clínico. Com
base na relação entre ALT e FA, correlacione as alternativas A, B e C e marque a opção correspondente:
1) A - B - C; 3) C - B - A;
2) C - A - B; 4) B - A - C.
47. A enzima desidrogenase lática ou lactato desidrogenase (LDH) é um outro marcador de função hepática
rotineiramente solicitado na prática assistencial. Dentre as alternativas a seguir referentes à LDH, todas
estão corretas, exceto:
48. Com base nas alternativas a seguir, marque C caso seja Correta ou I, caso seja Incorreta e assinale a opção
correspondente:
( ) Toda hepatopatia cursa com hipoproteinemia, mas nem toda hipoproteinemia é por hepatopatia;
( ) Quanto maior o resultado laboratorial das aminotransferases, pior o prognóstico clínico do doente;
( ) Todo alargamento do tempo de protrombina é indicativo de piora da função hepática.
1) C - I - C; 3) I - C - C;
2) C - C - I; 4) I - I - I.
49. Fatores pré-analíticos podem alterar as dosagens dos marcadores laboratoriais de função hepática. Caberá
ao clínico e ao laboratório a identificação destes fatores para interpretação correta dos resultados ou, até
mesmo, a solicitação de recoleta. São exemplos de interferência pré-analítica, exceto:
50. Durante o tratamento de uma hepatopatia, é comum a solicitação de exames seriados para avaliação da
evolução clínica do doente. Dentre as alternativas a seguir, assinale a correta:
1) A creatinina é o produto do metabolismo dos aminoácidos no tecido muscular, sendo que a concentração
plasmática tem relação com a atividade física;
2) A concentração plasmática da creatinina não é dependente do sexo, da idade e da massa muscular;
3) A creatinina é excretada predominantemente por via urinária, após processo de filtração renal. Uma pequena
quantidade de creatinina é secretada e praticamente não é reabsorvida;
4) A relação entre a concentração plasmática de creatinina e a taxa de filtração glomerular é tipicamente linear,
sendo que dosagens séricas seriadas de creatinina no decorrer de 24 horas, dispensa a necessidade de
métodos mais apurados para avaliação da filtração glomerular.
53. Todos os fatores abaixo descritos elevam o nível plasmático de uréia, exceto:
C - Na fórmula UV/P, as concentrações plasmática e urinária da creatinina devem ser expressas nas mesmas
unidades. O laboratório deve medir o volume urinário com a máxima exatidão em relação ao período de coleta.
D - Habitualmente, para fins de comparação, o cálculo da depuração da creatinina é normalizado, utilizando-se o
valor da superfície corpórea de 1,73 m2.
1) V; V; F; V; 3) V; F; F; V;
2) V; V; V; V; 4) F; F; V; F.
55. Assinale a alternativa correta em relação às fórmulas utilizadas para estimativa da filtração glomerular:
1) A aplicação de fórmulas para avaliação da filtração glomerular são muito úteis na prática clínica, pois permitem
uma boa estimativa e dispensam a coleta de urina;
2) A grande limitação ao uso rotineiro das fórmulas que estimam a taxa de filtração glomerular é o elevado nível
de complexidade envolvido no cálculo e a indicação exclusiva para pacientes com função renal preservada;
3) Atualmente, a única fórmula recomendada para estimativa da filtração glomerular é a de Cockcroft-Gault;
4) A fórmula desenvolvida a partir do estudo MDRD (Modification of Diet in Renal Disease Study Group) não deve
ser aplicada a população brasileira, em razão do elevado nível de miscigenação e da elevada prevalência de
doença renal em todas as regiões brasileiras.
56. Assinale a alternativa que melhor define o papel da cistatina C na avaliação da função renal:
1) A cistatina C é uma macromolécula que contém açúcar e aminoácido na sua composição, sendo livremente
filtrada e reabsorvida pelos túbulos renais. Trata-se de um excelente marcador para estimar a taxa de
reabsorção tubular;
2) Trata-se de uma proteína de baixo peso molecular, pertencente a uma família de inibidores de proteases e
presente em todas as células nucleadas do organismo. Produzida em quantidade constante, não é afetada pela
idade e nem pelo gênero do indivíduo. Não sofre influência da dieta. É livremente filtrada nos glomérulos
renais, não sendo secretada pelos túbulos e ativamente reabsorvida e metabolizada pelas células tubulares.
Os níveis plasmáticos de cistatina C apresentam boa correlação com a taxa de filtração glomerular;
3) A cistatina C é considerada pelos consensos nacionais e internacionais como o melhor parâmetro laboratorial
na avaliação da função renal. A sua limitação é que não pode ser utilizado em idosos e crianças em função da
baixa massa muscular observados nestas faixas etárias;
4) A cistatina C substitui com grandes vantagens o uso de fórmulas para estimativa da filtração glomerular. No
entanto, ainda não demonstrou ser superior a determinação da depuração da creatinina endógena, o qual
continua sendo o melhor exame para avaliação da filtração glomerular e reabsorção tubular.
57. Assinale a alternativa que correlaciona corretamente os tipos de proteinúria listados de A a D, com as
características peculiares destas, descritas nos itens de 1 a 4.
1 - Caracterizada pela excreção urinária de proteínas de baixo peso molecular as quais em condições normais,
deveriam ser reabsorvidas.
2 - Corresponde a excreção de uma proteína de baixo peso molecular, particularmente em pacientes com doença
linfoproliferativa, geralmente no mieloma múltiplo. Trata-se de cadeias leves livres de imunoglobulinas do tipo
kappa ou lambda.
3 - Tipo de proteinúria observada quando o indivíduo permanece em posição ereta.
4 - É o tipo mais comum de proteinúria, sendo a albumina a proteína excretada. Resulta do aumento da
permeabilidade glomerular.
1) Microalbuminúria corresponde à presença de albumina na urina em quantidade muito pequena, abaixo dos
limites de detecção dos métodos habitualmente utilizados;
2) Caracteriza-se microalbumina quando a excreção de albumina situa-se entre 20 e 200 µg/minuto ou 30 a 300
mg/24 horas;
3) A microalbuminúria é um fator de risco para o desenvolvimento de doença renal progressiva em pacientes
diabéticos e em pacientes hipertensos, sendo bom indicador de doença renal inicial;
4) Os métodos laboratoriais para dosagem da microalbuminúria (nefelometria e imunoturbidimetria) ainda não
apresentam boa exatidão e precisão, haja visto, o limite de detecção destas metodologias não definir com
clareza o limite entre a microalbuminúria e a proteinúria. As tiras reagentes (química seca) apresentam boa
sensibilidade na avaliação da microalbuminúria.
59. Qual a utilidade da dosagem da proteína carreadora do retinol (RBP) em amostras urinárias?
60. O ácido úrico é o produto final do metabolismo das purinas. A produção diária do ácido úrico é cerca de 700
mg/dia, sendo eliminados 30% através de uricólise intestinal e os restantes 70% pelos rins, através de
filtração glomerular e processos de reabsorção e secreção tubulares no túbulo proximal, com uma excreção
fracionada da carga filtrada de menos de 10%. Assinale a alternativa que melhor caracteriza a causa da
hiperuricemia na doença renal crônica:
1) Na doença renal crônica, observa-se somente quadro de hipouricemia por aumento da secreção tubular de
ácido úrico;
2) A hiperuricemia que ocorre na doença renal crônica decorre do maior aporte protéico introduzido durante o
tratamento da doença e aumento da filtração glomerular.
3) A hiperuricemia que ocorre na doença renal crônica ocorre essencialmente da redução na filtração glomerular
e costuma ser assintomática;
4) São raras as situações de hiperuricemia na doença renal crônica. Habitualmente, os níveis de ácido úrico nesses
pacientes raramente ultrapassam níveis de 3,0 mg/dL.