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Manter uma postura afetiva entre professor e aluno não significa adotar uma relação paternalista,
permissiva e que, de certa forma, se torna pouco comprometida;
Assumir uma educação mais democrática e inclusiva exige, em muitos casos, (re)aprender a se
posicionar diante do aluno iniciando pela ruptura da posição hierárquica e que coloca o professor
como detentor de todo o conhecimento;
A mediação do processo de ensino e de aprendizagem é um exercício à docência na perspectiva da
educação e da avaliação diagnóstica e emancipadora;
As avaliações devem instrumentar, portanto, o professor na revisão ou remodelagem das
estratégias propostas sem perder de vista a centralidade necessária no aluno (7);
Para que se estabeleça um processo avaliativo qualificado é necessário firmar pactos de trabalho
entre docente e alunos (7);
A devolutiva ao aluno em relação à sua avaliação retroalimenta todo o processo de ensino e de
aprendizagem e reforça o vínculo necessário entre professor e aluno no desenvolvimento do
conhecimento e na formação como cidadão.
3. Considerações finais.
Avaliar requer reflexão, mas antes disso existe um contexto onde se estabelecem as relações
humanas. Essas interações dinâmicas e complexas, no processo de ensino e aprendizagem, têm sido
amplamente estudadas, mas ainda não são práticas sustentadas no sentido da inclusão e da construção
coletiva. É, portanto, um tema relevante, atual e importante de ser acessado e difundido nas instituições
de ensino pelo país.
Dentre os principais aspectos, ressalta-se o julgamento, atinente aos processos avaliativos, como
um ato de transformação das práticas educativas na medida em que o docente inclui o aluno como
protagonista da avaliação desenvolvendo autonomia e corresponsabilidade sobre o ensino e a
aprendizagem. Trata-se de um momento crucial para o estabelecimento de vínculos, análise de
potencialidades/necessidades e readequação da prática. Nesse sentido, o ensino tende a ser mais
prazeroso e qualificado para ambos.
Assim como, ao sistematizar a avaliação diagnóstica, o docente amplia o olhar sobre as
necessidades e potencialidades de cada aluno adequando as estratégias pedagógicas a fim de alcançar o
objeto do conhecimento.
Conceitos e práticas avaliativas (diagnóstica e autoavaliação) também foram abordadas a partir de
estudos de campo sobre o tema, além dos desafios importantes para a efetivação dessas, fundamentando
contribuições para a área. Contudo, não exaurem o tema ou, tão pouco, abarcam todas as discussões
necessárias.
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