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Universidade de Brasília

Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental
Microbiologia Ambiental - Turma A

Jeiel Francis Carvalho Fernandes

DEGRADAÇÃO MICROBIOLÓGICA E ENZIMÁTICA DE


COMPOSTOS DERIVADOS DE PETRÓLEO.
Brasília - DF, 19 ​de Novembro de 2018
Introdução
Atualmente, no mundo, o uso do petróleo e seus derivados vêm sendo cada vez mais
essencial para a manutenção das demais atividades humanas, sobretudo, a industrial. Durante
a sua extração, refino, transporte e operações de armazenamento do petróleo e/ou de seus
derivados podem vir a ocorrer derramamentos acidentais ocasionando a contaminação de
corpos como solos, corpos hídricos etc (Aislabie et al., 2004; Marín et al., 2006).Tais
ocorrências vêm motivando, principalmente, a realização de pesquisas relacionadas com a
remediação de locais contaminados, tendo em vista que, a poluição causada por petróleo e
seus derivados tem sido um dos principais problemas ao meio ambiente nestes eventos.
Quando ocorre o derramamento de algum destes compostos em solos, por exemplo, uma das
principais preocupações é a contaminação das corpos hídricos subterrâneas, que são usados
como fontes de abastecimento de água para o consumo humano. Os frequentes
derramamentos de petróleo e seus derivados registrados vêm motivando o desenvolvimento
de novas técnicas que visam, principalmente, a descontaminação dessas matrizes. Diante
disso, diversas técnicas, físicas, químicas e biológicas, vêm sendo desenvolvidas para a
remoção ou a degradação in-situ ou ex-situ de petróleo derramado e para a redução de seus
efeitos sobre o ecossistema, especialmente os tóxicos. Dentre as técnicas desenvolvidas, a
"biorremediação" vem se destacando como uma alternativa viável e promissora para o
tratamento de solos contaminados por petróleo e seus derivados.
1 - PETRÓLEO
O petróleo, nada mais é, que uma mistura composta formada de gases, líquidos e
sólidos. É composto por em sua grande maioria por de hidrocarbonetos, sendo o restante da
sua composição formado por outros compostos contendo enxofre, íons metálicos, oxigênio e
nitrogênio. em termos mais técnicos, petróleo, é todo e qualquer hidrocarboneto líquido, isso
segundo a Lei Nº9478 de 6/08/1997, ANP.
O nome “petróleo” refere-se tanto ao petróleo natural, ou seja, não processado, quanto
os compostos produzidos artificialmente como um óleo refinado qualquer . O petróleo é um
combustível fóssil formado quando grande quantidade de organismos mortos foram
enterrados sob rocha sedimentar e submetidos a grandes quantidades de calor e pressão.
Grandes aglomerados desses organismos estabeleceram-se no fundo do mar, se
misturando com sedimentos e sendo enterrados em condições anaeróbias (isto é, sem
oxigênio). Com o passar dos milênios, novas camadas se estabeleceram em mares e oceanos,
fazendo com que o calor intenso e a pressão se acumulassem nas regiões mais baixas.
Inicialmente, este processo fez com que a matéria orgânica sofresse mudanças, gerando um
material com característica cerosa conhecido como querogênio, encontrado em vários locais
ao redor do mundo. Em seguida, com mais calor e pressão os hidrocarbonetos líquidos e
gasosos passaram por um processo chamado catagênese, gerando o petróleo como o
conhecemos.
A formação de petróleo ocorre por pirólise de hidrocarbonetos em uma variedade de reações
principalmente endotérmicas a alta temperatura e/ou pressão (Braun et al, 1993).
Figura 1: Composição do Petróleo.
Fonte: Thomas(2001)

A composição elementar média do petróleo em percentual em massa é apresentada na


Tabela 1 abaixo:

Elemento Percentual em Massa (%)

Carbono 83-87

Hidrogênio 11-14

Enxofre 0,06-8

Nitrogênio 0,11-1,70

Oxigênio 0,1-2,0

Metais ( Fe, Ni, V, etc) Até 0,3

Tabela 1: Composição Elementar Média do Petróleo.


Fonte: Thomas(2001)

A origem biológica mostra-se claramente como o processo pelo qual o petróleo


natural se forma. A formação abiótica pode ocorrer, mas contribui com muito pouco na
produção de elementos que fazem parte da química do petróleo limitando-se à compostos
com até 4 átomos de carbono, o que definitivamente não é sua maior composição tendo em
vista as substâncias formadas por grandes cadeias de de compostos orgânicos - como
hidrocarbonetos- presentes no mesmo.

1.1 - CONTAMINAÇÃO DE MEIO DE PETRÓLEO E SEUS


DERIVADOS.
Em função da complexidade deste composto, o tratamento de áreas contaminadas por
este é muito complicado. Em ambientes contaminados por petróleo e seus derivados , com
alguns destes se destacando dos demais. Neste caso, contaminantes que exigem maior
preocupação, normalmente, são os principais a serem identificados durante um processo de
remediação, são: benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos (isômeros: orto-, meta- e
para-xileno), conhecidos também como BTEX, que são, em resumo, hidrocarbonetos
monoaromáticos, cuja a principal característica a presença do anel benzênico em sua estrutura
molecular. Presentes principalmente, em solventes e em combustíveis.
Os BTEX são extremamente nocivos não só ao meio ambiente como também ao ser
humano, afetando negativamente o sistema nervoso central, apresentando também toxicidade
crônica mais significativa que os hidrocarbonetos alifáticos (também presentes no petróleo e
derivados), mesmo em concentrações da ordem de µg L​-1 (Watts et al., 2000). O Benzeno é
dentre os compostos do BTEX, por isso, sendo considerado como o agente mais preocupante
no que diz respeito saúde pública. Segundo a Agência Internacional de Pesquisa de Câncer
(International Agency for Research on Câncer - IARC), órgão da Organização Mundial da
Saúde, o benzeno se classifica no Grupo I, ou seja, é uma substância de fato cancerígena,
podendo ainda causar leucemia em seres humanos tal classificação não se limita à apenas
padrões nacionais. a IARC, Agência de Saúde e Segurança Ocupacional (National Institute
for Occupational Safety and Health - NIOSH) nos EUA, bem como a Agência de Proteção
Ambiental (Environmental Protection Agency - EPA) também incluem o benzeno em suas
listas de produtos cancerígenos (EPA, 2003a; IARC, 2006; NIOSH, 2006). Daí, a
importância com os níveis desses compostos num ambiente recém degradado por este tipo de
contaminante.

2 - BIORREMEDIAÇÃO
A biorremediação pode ser descrita como uma tecnologia que tem como intuito,
utilizar processos metabólicos de microrganismos com o fim de converter determinados
contaminantes e, substâncias menos agressivas, ou aceitáveis, ao ser humano e ao meio
ambiente no local a ser remediado. A biorremediação explora a diversidade genética e
versatilidade dos microorganismos para a transformação dos contaminantes em produtos
finais menos perigoso, os quais se integrarão ao ciclo biogeoquímico natural (Liv & Suflita.
1993).
Já Shannom & Unterman (1993) definem a biodegradação como um tipo de
biotransformação que destrói a estrutura principal do composto, resultando em produtos
derivados de menor complexidade ou massa. Num efeito cascata, estes últimos poderiam ser
ainda mais degradados, e dependendo da microbiota presente no sítio a ser remediado, estes
compostos podem sofrer completa oxidação, produzindo formas inorgânicas dos seus
constituintes inorgânicos (CO​2​, H​2​O, Sais minerais e etc) Este último
processo(mineralização) resulta no sucesso da recuperação e é um sinal de que a
desintoxicação foi de fato alcançada. Caso os produtos da biorremediação parcial ainda sejam
nocivos ao meio, o processo de biodegradação não pode ser considerado um sucesso.
A biorremediação é induzida na água ou no solo por meio de um processo natural
chamado fagocitose entre a microbiota do solo e moléculas contaminantes (Mills, 1995).
A implementação da biorremediação tem como necessidade, entender a relação entre as
funções metabólicas dos microrganismos com os compostos presentes no meio, a demanda
nu​tricional, a bioquímica das reações envolvidas, e as reações envolvidas no processo.

2.1 - CONDIÇÕES QUE REGEM A BIORREMEDIAÇÃO


O processo de biodegradação de contaminantes, ou conversão em produtos de menor
massa ou agressividade, é baseada nas condições físico-químicas que regem todos os
ecossistemas. Para que a biorremediação ocorra, os microorganismos necessitam de
nutrientes, e condições ambientais adaptáveis às suas funções metabólicas, tais como,
temperatura, pH, além da microbiota nativa já existente no local a ser remediado.

Os organismos são subdivididos dentro de categorias de acordo com suas funções


metabólicas, que são a capacidade da fonte de energia, carbono e das moléculas aceptoras de
elétrons durante a redução de oxirredução. Cookson (1995). Cookson (1995) também
também comenta que os organismos retiram energia do sol são denominados como
fototróficos. Um segundo grupo de microrganismos é denominado como quimiotróficos, que
têm como fonte de energia produtos químicos. Este grupo divide-se em: autotróficos para
organismos que utilizam CO​2 como
​ fonte de carbono e heterotróficos para organismos que
usam compostos orgânicos como principal fonte de carbono. Um último grupo tem sua
classificação com base na fonte de elétrons que os microorganismos utilizam no processo de
oxirredução: caso o elétron doador seja um composto orgânico são chamados de
organotrópicos, caso a fonte de elétrons seja um composto inorgânico, são chamados
litotróficos. Com base nessa classificação, um sítio contaminado com compostos orgânicos
perigosos pode comportar organismos quimiorganotróficos, enquanto em sítios com
contaminantes inorgânicos podem comportar organismos litotróficos, estes últimos podendo
estar ativamente envolvidos na completa mineralização dos compostos inicialmente nocivos.

Tipo Elétron Aceptor

Respiração Aeróbia (O​2​)

Respiração Anaeróbia

Redução de Nitrato Nitrito (NO​2​-​)

Desnitrificação Nitrato (NO​3​-​)

Redução Sulfato Sulfato ( SO​4​-2​)

Redução do íon Férrico Ferro (Fe​+3​)

Redução do próton Prótons (H​+​)

Redução de enxofre Enxofre (S)

Respiração Orgânica Fumarato

Redução Orgânica Óxido Trimetilamina


Fermentação Compostos Orgânicos

Fermentação Metânica (Metanogênese) Dióxido de Carbono

Tabela 2.1- Modos de metabolismos ( Cookson, 1995).

Segundo Cookson (1995) os processos biológicos requeridos para o sucesso de uma


remediação in situ são:
● A presença de organismos com a capacidade de degradar o composto ou compostos
alvos;
● A presença de um substrato reconhecível que pode ser usado como fonte de energia e
carbono;
● A presença de um indutor para provocar a síntese de enzimas para o composto alvo;
● A presença de um sistema apropriado de doadores e aceptores de elétrons;
● Condições ambientais adequadas para as reações enzimáticas catalisadoras com
ênfase na umidade e no pH;
● Nutrientes necessários para a fase de crescimento celular e para a produção de
enzimas;
● Uma faixa de temperatura condizente com a atividade metabólica;
● Ausência de materiais, ou substâncias tóxicas para os microorganismos;
● Presença de organismos para degradar os produtos metabólicos;
● Presença de organismos para prevenir os produtos metabólicos tóxicos intermediários;
Isso tudo em condições que minimizem a competição entre os organismos
responsáveis por realizar as reações desejadas.
Além dos condicionantes ambientais requeridos para o sucesso do processo de
biodegradação, que são respectivamente: umidade, pH, nível osmótico, temperatura,
nutrientes de crescimento e solubilidade na água.

2.2 - ESTRATÉGIAS UTILIZADAS EM BIORREMEDIAÇÃO


Para a utilização da técnica de biorremediação, podem ser classificadas de duas
formas: biorremediação in situ e biorremediação ex situ.
A biorremediação in situ consiste na realização do procedimento no seu próprio local,
não havendo a remoção do material contaminado. Diminuindo os custos e futuras falhas
ambientais relacionados ao deslocamento do material contaminado do seu local de origem
para o local de tratamento. Alguns exemplos de técnicas de biorremediação in situ são:
● Bioventilação: Consiste na estimulação da atividade da população existente de
microrganismos através da inserção de gases em poços de injeções ou extrações,
tendo como resultado a diminuição dos contaminantes. Mais utilizado em áreas
contaminadas grandes.
● Bioestimulação: Consiste na introdução de surfactantes e/ou nutrientes, apesar do
local contaminado já apresentar boa capacidade de biodegradação, realizando um
aumento nas condições ambientais. Sendo utilizado, nesse caso, devido a condições
que intercedem no processo de biodegradação natural.
● Bioaumentação: Na degradação dos poluentes, há inserção de microrganismos
específicos (bactérias e fungos) para o consumo como fonte de alimento. Mais
indicado para locais com baixa capacidade de biodegradação.
● Biorremediação intrínseca: Consiste no consumo, através dos microrganismos
presentes, do poluente como fonte energética, causando na diminuição do poluente de
forma natural. O problema dessa técnica seria o longo período de recuperação, devido
o processo ser natural.
● Fitorremediação: A utilização de plantas para remediação do local contaminado.
Já a biorremediação ex situ é a necessidade de remoção de solo ou água do local
contaminado para o tratamento em outro local. Indicado quando há risco de contaminação de
pessoas e do ambiente próximo ou altas concentrações de contaminantes. Alguns exemplos
de técnicas de biorremediação ex situ são:
● Compostagem: O contaminado é levado para um local o qual há controle da lixiviação
e escoamento superficial oriundos das pilhas formadas. Neste solo, será desencadeado
um processo em que os microrganismos aeróbios irão degradar os contaminantes
orgânicos, transformando-os em material orgânico estabilizado, CO2 e água
(AHTIAINEN et al., 2002).
● Biorreatores: Podem ser comparados a tanques aéreos fechados. O solo ou o efluente
são acondicionados em tanques mecanicamente agitados, o que possibilita o aumento
da disponibilidade dos contaminantes aos microrganismos degradadores e a
eliminação da heterogeneidade da distribuição dos contaminantes. Além disso, no
interior do biorreator, as condições ambientais de pH, os nutrientes, a aeração (ou
anaerobiose) e a temperatura são otimizados para o máximo crescimento microbiano,
sendo possível também, a inoculação de microrganismos com capacidade degradativa
conhecida, o que torna o processo bastante eficiente (MACLEOD; DAUGULIS,
2005).
● Landfarming​: Este processo utiliza microorganismos do solo para tratamento dos
resíduos industriais orgânicos biodegradáveis. Para isto, é mantida uma população
microbiana aderida nas partículas do solo, que é colocada em contato com o resíduo a

ser degradado (GUARACHO, 2005).

3 - USO DA BIORREMEDIAÇÃO PARA ATENUAÇÃO OU REPARO


TOTAL DE DESASTRES ENVOLVENDO DERRAMAMENTO DE
PETRÓLEO E SIMILARES EM SÍTIOS.

No ano de 1946,o microbiólogo marinho Claude E. ZoBell (1905-1989) identificou,


pela primeira vez, microrganismos capazes de degradar petróleo, ou seja, usá-lo como fonte
de carbono e energia. O petróleo, é composto complexo, uma mistura de hidrocarbonetos.
Sua composição varia de acordo com o local de extração e das condições físico-químicas e
biológicos que deram origem ao mesmo. Estima-se que a maior parte dos seus componentes
(de 60% a 90%) é de possível biodegradação ​(CRAPEZ et al., 2002).​Tornando a eficaz em
possíveis casos de desastres relacionados à derramamento de petróleo e similares. É
importante ressaltar que uma fração menor (de 10% a 40%) não é potencialmente
biodegradável, podendo gerar danos ao meio ambiente e/ou ser bioacumulada nos seres vivos
no mesmo. Assim, o destino dessa parcela dependerá das da interação de vários fatores.
Tabela 3.1 - A degradação do petróleo em sítio é influenciada por vários fatores.
Fonte: CRAPEZ et al., 2002.

A complexidade dos compostos petrolíferos juntamente com os processos


metabólicos necessários no processo de degradação leva a formação de cooperação, entre
bactérias de diferentes gêneros e espécies, cada uma especializada em degradar uma ou várias
substâncias tóxicas. Entre os principais gêneros, destacam-se: Acidovorans, Acinetobacter,
Agrobacterium, Alcaligenes, Aeromonas, Arthrobacter, Beijemickia, Burkholderia, Bacillus,
Comomonas, Cycloclasticus, Flavobacterium, Goordona, Moraxella, Mycobacterium,
Micrococcus, Neptunomonas, Nocardia, Pasteurella, Pseudomonas, Rhodococcus,
Streptomyces, Sphingomonas, Stenotrophomonas e Vibrio. (CRAPEZ et al., 2002).
Basicamente, existem dois tipos de Biorremediação: A bioestimulação e
bioaumentação. A bioestimulação (figura 3.1) resume-se na adição de nutrientes (compostos
contendo nitrogênio e fósforo) que serão utilizados pelos microrganismos na degradação do
óleo.
Figura 1 - Degradação (da esquerda para a direita) dos hidrocarbonetos de petróleo por consórcio
bioaumentado de bactérias hidrocarbonoclásticas e bioestimulados com fertilizante.
Fonte: CRAPEZ et al., 2002

A biodegradação é uma tecnologia bastante complexa e sua implementação ocorre em


etapas que compreendem basicamente, no estudo do ambiente contaminado, do tipo de
contaminante, dos riscos e da legislação pertinente. É necessário em primeiro lugar o
reconhecimento do tipo e e quantificação da quantidade do poluente, bem a caracterização de
fatores, como, a natureza biológica, geológica, geofísica e hidrológica do sítio a ser
remediado (GAYLARDE et al., 2005). Segundo Gaylarde et al. (2005), entre as principais
dificuldades da implementação de processos de biorremediação, destacam-se:
● A poluição geralmente envolve vários compostos, de diferentes classes
químicas, requerendo a seleção e utilização de diferentes microrganismos com
metabolismo específico para os diferentes poluentes;
● Quando as concentrações dos poluentes são baixas, os microrganismos podem
não produzir as enzimas necessárias; quando são muito altas, os
microrganismos podem ser inibidos;
● Alguns dos poluentes presentes podem ser incompatíveis com o processo de
biodegradação implementado;
● Alguns compostos são rapidamente adsorvidos pelo solo, sedimento e/ou
água, diluindo-se abaixo do nível exigido para a ativação da biodegradação,
contudo permanecendo ainda em concentrações acima da desejável;
● A taxa de biorremediação pode ser muito baixa, resultando em um processo de
longa duração.

4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

​No mundo atual, em que cada vez mais a economia depende cada vez mais de
compostos derivados de petróleo para a continuidade de sua atividade industrial, a
contaminação causada ocasionalmente por problemas na extração, armazenamento, ou
transporte destes compostos tem se tornado uma preocupação ambiental, uma vez que,
geralmente, a contaminação interfere no ambiente da área afetada, como fauna, flora, solo e
vegetação.Diante às demais formas de atenuação destes tipos de desastres, destaca-se a,
biorremediação, uma forma natural de degradação de compostos químicos, método por meio
da qual se reciclam os nutrientes nos ambientes naturais, uma prática que tem alcançando
importância mundial.
Portanto, a biorremediação surge como um método alternativo e natural, mais barato
em relação a outros, ao tratamento de áreas contaminadas por derramamento de petróleo e/ou
similares deste. Porém, observa-se que essa técnica não deve ser utilizada em ambientes que
exijam resultados imediatos, devido à demora no processo de decomposição de derivados do
petróleo pelos petrófilos.

5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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