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Gladys Célia Hurtado Aquino

PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA

Aspectos de Liquefação na Estabilidade de


Pilha de Lixiviação de Minério de Cobre
sob Carregamento Sísmico

Dissertação de Mestrado

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Engenharia Civil da PUC-Rio como
requisito parcial para obtenção do título de Mestre
em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Celso Romanel

Rio de Janeiro, junho de 2009


Gladys Célia Hurtado Aquino

Aspectos de Liquefação na Estabilidade de


Pilha de Lixiviação de Minério de Cobre
sob Carregamento Sísmico
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação


em Engenharia Civil da PUC-Rio como requisito parcial
para obtenção do título de Mestre em Engenharia Civil.

Prof. Celso Romanel


Orientador
Departamento de Engenharia Civil - PUC-Rio

Francisco Claudio Pereira de Barros


CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear

Zenón Aguilar Bardales


Facultad de Ingenieria Civil – UNI-Peru

Prof. José Eugênio Leal


Coordenador Setorial do Centro
Técnico Científico - PUC-Rio

Rio de Janeiro, 29 de junho de 2009


Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução
total ou parcial do trabalho sem autorização da
universidade, do autor e do orientador.

Gladys Célia Hurtado Aquino

Graduou-se em Engenharia Civil pela Universidade


Nacional de Engenharia (UNI-PERÚ) em 1997.
Trabalhou na área de Mecânica dos Solos e de
consultoria em geotecnia de mineração na empresas
FIC-UNI e Vector, no Peru. Ingressou em 2006 no
curso de mestrado em Engenharia Civil da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, na área de
Geotecnia, desenvolvendo dissertação na linha de
pesquisa de Geomecânica Computacional.
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Ficha Catalográfica
Hurtado Aquino, Gladys Célia

Aspectos de liquefação na estabilidade de pilha de


lixiviação de minério de cobre sob carregamento
sísmico / Gladys Célia Hurtado Aquino; orientador:
Celso Romanel – Rio de Janeiro: PUC,
Departamento de Engenharia Civil, 2009.

170 f. il; 29,7 cm.

Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) –


Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 2009.

Inclui referências bibliográficas.

1. Engenharia Civil – Tese. 2. Liquefação dinâmica.


3. Carregamento não-drenado. 4. Pilha de lixiviação.
5. Potencial de liquefação. 6. Modelo UBCSAND. I.
Romanel, Celso. II. Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro. Departamento de Engenharia
Civil. III. Título.

CDD: 624
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A minha família
Agradecimentos

A Deus, pela força para continuar.

A minha querida família: meus queridos pais Célia e Henri e minhas irmãs
Gloria e Carmen pelo grande apoio, carinho e compreensão durante
minha etapa de estudo. E a meus queridos sobrinhos José Enrique e
Ariana por serem minha alegria e força de superação.

Ao professor Celso Romanel pelos conhecimentos aprendidos e pela


orientação e guia durante esta pesquisa.
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A CAPES pelo apoio financeiro.

A meus amigos da Vector-Peru e Vector Engineering pelos


conhecimentos com eles aprendidos e por terem fornecidos as
informações e dados necessários para esta pesquisa.

A meus queridos e incondicionais amigos Verônica, Carlos, Humberto,


Victor, Ronald, Jorge e Rafael, que nunca esqueceram de mim e me
deram alento para continuar.

As minhas amigas e amigos que do Peru sempre me enviaram carinhos.

A meus amigos da Vila Jahuaribe - Piabetá, por se converterem em minha


família brasileira.

A todos os amigos e companheiros de estudo no curso de pós-graduação


em Engenharia Civil da PUC-Rio.

Aos funcionários do Departamento de Engenharia Civil, em especial à


Rita secretária do programa de pós-graduação.

Aos professores do curso de Mestrado pela valioso ensinamento


transmitido, meus sinceros agradecimentos.

Ao Brasil, pelo acolhimento.


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Resumo

Hurtado Aquino, Gladys Célia; Romanel, Celso (Orientador). Aspectos de


Liquefação na Estabilidade de Pilha de Lixiviação de Minério de Cobre
sob Carregamento Sísmico. Rio de Janeiro, 2009. 170p. Dissertação de
Mestrado - Departamento de Engenharia Civil, Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro.

O fenômeno de liquefação continua sendo um dos temas mais importantes,


complexos e controversos da engenharia geotécnica, sendo a liquefação dinâmica,
causada por terremotos, o maior contribuinte de risco sísmico urbano em vários
países andinos. O movimento causa incrementos da poropressão que reduz a
tensão efetiva e conseqüentemente a resistência ao cisalhamento de solos
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arenosos. O presente trabalho de pesquisa apresenta e compara algumas das


metodologias existentes para a avaliação do fenômeno de liquefação dinâmica,
variando desde o método semi-empírico de Seed-Idriss para estimativas do
potencial de liquefação até a execução de algumas análises numéricas, no contexto
dinâmico, através do programa computacional FLAC 2D v.5. Um estudo de caso,
para uma comparação dos diversos procedimentos, consiste na análise dinâmica de
uma pilha de lixiviação de minério de cobre, situada em região de atividade
sísmica no Peru que, devido a problemas no sistema de drenagem interna, resultou
com um alto nível de saturação que poderia colocar sua estabilidade em risco
devido à possibilidade de liquefação sob carregamento sísmico. Dos resultados
obtidos nessas análises, pode-se afirmar que o método semi-empírico de Seed-
Idriss, para determinação do potencial de liquefação, compara-se bastante bem
com modelos mais sofisticados baseados em análises dinâmicas empregando tanto
o modelo constitutivo de Finn quanto o modelo constitutivo elastoplástico
UBCSAND.

Palavras-chave
Liquefação dinâmica. Carregamento não-drenado. Pilha de lixiviação.
Potencial de liquefação. Modelo UBCSAND. Estabilidade de taludes.
Programa computacional FLAC.
Abstract

Hurtado Aquino, Gladys C. Hurtado; Romanel, Celso (Advisor).


Liquefaction Aspects on the Stability of a Copper Ore Heap Leach
under Seismic Loading. Rio de Janeiro, 2009. 170p. M.Sc. Thesis -
Department of Civil Engineering, Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro.

The phenomenon of liquefaction is still one of the most important, complex and
controversial subjects of the geotechnical engineering, being the dynamic
liquefaction, caused by earthquakes, the major contributor to urban seismic risks
in several Andesian countries. The shaking increases the pore water pressure
which reduces the soil effective stress and, therefore, the shear strength of sandy
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soils. This dissertation presents and compares some of the proposed


methodologies to evaluate the phenomenon of dynamic liquefaction, ranging from
the semi-empirical method of Seed-Idriss to estimate the liquefaction potential to
the execution of some numerical analyses, within the dynamic context, through the
computational program FLAC 2D v.5. The case study, for the comparison among
the several procedures, consists of a copper ore heap leach, situated in a high
seismic activity zone in Peru, that experimented high levels of saturation, due to
problems in the internal drainage system, that could put in risk the stability of the
leach pad to the possibility of liquefaction under seismic loading. From the results
of such analyses, one can say that the semi-empirical method proposed by Seed-
Idriss for the determination of the liquefaction potential compares quite well with
outputs from more sophisticated numerical analyses based on dynamic studies that
incorporate either the Finn’s or the elasto-plastic UBCSAND constitutive models.

Keywords
Dynamic liquefaction. Undrained loading. Leach pad. Liquefaction
potential. UBCSAND model. Slope stability. FLAC computer program.
Sumário

1 INTRODUÇÃO 24

2 LIQUEFAÇÃO, REVISÃO DOS CONCEITOS 26


2.1. Fluxo por liquefação 26
2.2. Mobilidade cíclica 27
2.3. Revisão do comportamento das areias e sua modelagem 28
2.3.1. Aparelho de cisalhamento simples direto 28
2.3.2. Comportamento da areia sob cisalhamento simples 30
2.3.3. Redistribuição das poropressões de água 34
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2.4. Resistência não drenada dos solos liquefeitos 35


2.4.1. Correlações baseados no SPT para determinar a resistência
residual 37

3 AVALIAÇÃO DO FENÔMENO DE LIQUEFAÇÃO 40


3.1. Método semi-empírico para avaliar o potencial de liquefação baseado
no SPT 42
3.1.1. Razão de tensões cíclicas (CSR) 43
3.1.2. Razão de resistências cíclicas à liquefação (CRR) 47
3.1.3. Fator de escala da magnitude MSF 52
3.1.4. Correções por altas pressões de sobrecarga Kσ e por tensões
cisalhantes estáticas do depósito Kα 53
3.2. Modelos geotécnicos para a análise dinâmica do fenômeno de
liquefação 56
3.2.1. Modelo de tensões efetivas para cálculo da liquefação - Finn &
Martin 1977 56
3.2.1.1. Efeitos do endurecimento e poropressões 59
3.2.2. Modelo acoplado volume-cisalhamento cíclico e poropressões para
areias - Byrne 1991 63
3.2.3. Modelo UBCSAND – Byrne, 1995 66
3.2.3.1. Comportamento elástico 68
3.2.3.2. Módulo cisalhante plástico 70
3.2.3.3. Incremento da deformação cisalhante e volumétrica plástica 72
3.2.3.4. Ângulo de atrito pico 73
3.2.3.5. Ângulo de atrito a volume constante 74
3.2.3.6. Parâmetro de forma de endurecimento cíclico, Ch 74
3.2.3.7. Limitações do modelo UBCSAND 75

4 MODELAGEM COM O FLAC 78


4.1. Considerações da modelagem dinâmica 79
4.1.1. Carregamento dinâmico e condições de contorno 80
4.1.2. Amortecimento mecânico 81
4.1.3. Transmissão da onda a través do modelo 84
4.2. Considerações da modelagem para análises de estabilidade 84
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4.2.1. Determinação do fator de segurança no FLAC 86

5 ANÁLISE DO FENÔMENO DE LIQUEFAÇÃO NUMA PILHA DE


LIXIVIAÇÃO NO PERÚ 88
5.1. Introdução 88
5.2. Recopilação dos estudos na pilha de lixiviação 91
5.2.1. Análise do perigo sísmico 91
5.2.2. Características do minério 92
5.2.3. Piezômetros 95
5.2.4. Investigações geotécnicas 95
5.2.4.1. Programa de campo 95
5.2.4.2. Ensaios de laboratório 99
5.2.5. Revisão dos recalques/movimentos dos marcos topográficos da
pilha 100
5.3. Análise do potencial de liquefação da pilha de lixiviação 101
5.3.1. Análise de resposta sísmica 102
5.3.2. Potencial de liquefação 105
5.3.3. Conclusões da análise de potencial de liquefação 106
5.4. Análise de estabilidade de talude com o Slide e o FLAC 115
5.4.1. Propriedades de resistência para a análise de estabilidade 116
5.4.2. Modelagem com o Slide 120
5.4.2.1. Condições de análises 121
5.4.2.2. Resultados das análises 121
5.4.3. Modelagem com o FLAC 130
5.5. Análise dinâmica do fenômeno de liquefação na pilha de lixiviação 141
5.5.1. Modelagem 142

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 163

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 167


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Lista de figuras

Figura 2.1 - Vulcão de areia. 28


Figura 2.2 - Deformação por Cisalhamento Simples. 29
Figura 2.3 - Hipótese de Razão de vazios crítico derivado dos testes de
cisalhamento direto (Casagrande, 1976). 31
Figura 2.4 - Testes de cisalhamento simples drenados monotônicos nas
areias de Otawa a diferentes densidades e com a mesma tensão inicial
(modificado de Vaid et al., 1981). 31
Figura 2.5 - Resultados dos testes de cisalhamento simples drenado
cíclico na areia fofa e densa de River Fraser (Sriskandakumar, 2004). 32
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Figura 2.6 - Dependência do ângulo de dilatação da densidade relativa e


nível de tensões (de Vaid et al., 1981). 32
Figura 2.7 - Seção transversal idealizada do grupo de partículas
mostrando as mudanças durante um carregamento cíclico (Youd, 1977) 33
Figura 2.8 - Razão de Resistência Cisalhante Residual Sr/σ’vo, do solo
liquefeito versus o N do SPT corrigido para uma areia limpa equivalente
para σ’vo menores que 400 kPa. Grupo 1: dados de SPT e geometria
completos; Grupo 2 &3: dados de SPT ou geometria incompletos (Idriss e
Boulanger, 2007). 38
Figura 3.1 - Relações entre Mw e outras escalas de magnitude (NCEER,
1998). 47
Figura 3.2 - Casos históricos de SPT para areias limpas, a curva proposta
pela NCEER (1997) e a curva recomendada por Idriss e Boulanger
(2004). 49
Figura 3.3 - Curva de CRR com (N1)60 publicados dede 1979 para areias
limpas. 49
Figura 3.4 - Casos Históricos de SPT para solos sem coesão com FC ≥
35%, curvas da NCEER (1997) e a recomendada por Idriss % Boulanger
(2004). 50
Figura 3.5 - Fator de Escala da Magnitude MSF propostos por vários
pesquisadores. 52
Figura 3.6 - Definição do índice do parâmetro do estado relativo (após
Boulanger 2003). 54
Figura 3.7 - Comparação das relações Kσ derivadas. 55
Figura 3.8 - Variações de Kα com o número de golpes do SPT (N1)60 para
σ’v0 = 1atm 56
Figura 3.9 - Módulo Cisalhante médio a vários valores de Deformação
Volumétrica. 60
Figura 3.10 - Comparação entre as curvas Tensão-Deformação predita e
medida. 60
Figura 3.11 - Curva Deformação Volumétrica para ensaios de
Cisalhamento Cíclico a Amplitude de Deformação Constante (Martin et al.,
1975) 62
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Figura 3.12 - Curva de Deformação Volumétrica Incremental (Martin et al.,


1975) 62
Figura 3.13 - Curva Alternativa da Deformação Volumétrica dos dados de
Martin, 1977. 65
Figura 3.14 - Deformação Volumétrica Incremental Normalizada. 66
Figura 3.15 - Modelo Clássico de Mohr-Coulomb. 67
Figura 3.16 - Modelo UBCSAND. 68
Figura 3.17 - Relação Hiperbólica Tensão-Deformação. 71
Figura 3.18 - Zona de contração e dilatação por cisalhamento induzido 72
Figura 3.19 - Teste de Cisalhamento Simples sob condição adensada
K0 76
Figura 3.20 - Resultados numéricos e experimentais do comportamento
drenado monotônico da areia fofa do Fraser River (Sriskandakumar,
2004) 76
Figura 3.21 - Curva tensão-deformação cisalhante usando dois planos
mobilizados sob condição K0. 77
Figura 4.1 - Tipo de condições de contorno para carregamento sísmico
disponível no FLAC. 81
Figura 4.2 - Curva de valores de amortecimento versus deformação cíclica
- Modelo default do histerético do FLAC e de Seed Idriss para uma
areia. 83
Figura 4.3 - Curva de valores do módulo secante versus deformação
cíclica - Modelo default do histerético do FLAC e de Seed Idriss para uma
areia. 83
Figura 5.1 - Típico esquema da Fundação de uma pilha. 88
Figura 5.2 - Vista lateral da pilha de lixiviação. 89
Figura 5.3 - Vista frontal da pilha de lixiviação. 89
Figura 5.4 - Sumidouros formados na crista da pilha de lixiviação. 89
Figura 5.5 - Área de ruptura da pilha de lixiviação. 90
Figura 5.6 - Mapa de localização dos trabalhos de campo e as 4 seções
tracejadas para as análises. 96
Figura 5.7 - Seções A, B, C e D para análises no EduShake. 103
Figura 5.8 - Análise estática na Seção A. 122
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Figura 5.9 - Análise estática na Seção B. 123


Figura 5.10 - Análise estática na Seção C. 124
Figura 5.11 - Análise estática na Seção D. 125
Figura 5.12 - Análise pós-liquefação na Seção A. 126
Figura 5.13 - Análise pós-liquefação na Seção B. 127
Figura 5.14 - Análise pós-liquefação na Seção C. 128
Figura 5.15 - Análise pós-liquefação na Seção D. 129
Figura 5.16 - Geometria e malha criada para a Pilha de Lixiviação. 131
Figura 5.17 - Superfície freática na condição estática, modelo Mohr-
Coulomb. 132
Figura 5.18 - Poropressão na condição estática, modelo Mohr-
Coulomb. 132
Figura 5.19 - Tensões Verticais Totais na condição estática, modelo Mohr-
Coulomb. 133
Figura 5.20 - Tensões Verticais Efetivas na condição estática, modelo
Mohr-Coulomb. 133
Figura 5.21 - FS estática = 1.93, e máxima razão de tensão cisalhante
atuante. 134
Figura 5.22 - Máxima razão de tensão cisalhante atuante, zoom. 134
Figura 5.23 - Deslocamentos horizontais na análise estática, máx. de
0,025m. 135
Figura 5.24 - Deslocamentos verticais na análise estática, máx. de 0,200m
(na crista). 135
Figura 5.25 - Análise de grandes deformações, máx. razão de deformação
cisalhante. 136
Figura 5.26 - FS pós-sismo = 0,63 e máxima razão de tensão cisalhante
atuante. 137
Figura 5.27 - Máxima razão de tensão cisalhante atuante, zoom, pós-
sismo. 137
Figura 5.28 - Malha deformada na análise pós-sismo. 138
Figura 5.29 - Malha deformada pós-sismo, zoom da crista (a) e do pé da
pilha (b) 138
Figura 5.30 - Deslocamentos horizontais pós-sismo, máx. de 0,125m. 139
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Figura 5.31 - Deslocamentos verticais pós-sismo, máx. de 0,075m. 139


Figura 5.32 - Análise de grandes deformações, máx. razão de deformação
cisalhante. 140
Figura 5.33 - Análise de grandes deformações, máx. razão de deformação
cisalhante, zoom. 140
Figura 5.34 - Deslocamentos horizontais pós-sismo, máx. = 5m, grandes
deformações. 141
Figura 5.35 - Deslocamentos verticais pós-sismo, máx. = 3m, grandes
deformações. 141
Figura 5.36 - Sismo de Moquegua, 2001. 144
Figura 5.37 - Superfície freática na condição estática, modelo
UBCSAND. 145
Figura 5.38 - Poropressão na condição estática, modelo UBCSAND. 145
Figura 5.39 - Tensões Verticais Totais na condição estática, modelo
UBCSAND. 146
Figura 5.40 - Tensões Verticais Efetivas na condição estática, modelo
UBCSAND. 146
Figura 5.41 - Registro tempo historia de velocidade do sismo de
ingresso. 147
Figura 5.42- Registro tempo historia do deslocamento do sismo de
ingresso. 147
Figura 5.43 - Potencia das Freqüências filtrada para 10 Hz. 148
Figura 5.44 - Registro tempo historia de deslocamentos do sismo filtrado
para 10 Hz. 149
Figura 5.45 - Registro tempo historia da velocidade de correção para a
linha base. 149
Figura 5.46 - Registro tempo historia de aceleração filtrada e corrigida,
que será usada nas análises. 150
Figura 5.47 - Geometria, malha e aplicação das condições de contorno e
do sismo. 151
Figura 5.48 - Historia das velocidades em alguns nodos, sistema sem
amortecimento. 152
Figura 5.49 - Espectro de freqüência. Determinação da freqüência
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dominante da velocidade, num sistema sem amortecimento. 152


Figura 5.50 - Historia das poropressões em alguns nodos, sistema sem
amortecimento. 153
Figura 5.51 - Historia das poropressões em alguns nodos, sistema com
amortecimento Rayleigh + Local, t=30 seg. 154
Figura 5.52- Zonas liquefeitas t=30seg de sismo. 154
Figura 5.53 - Zonas liquefeitas depois de ter terminado a aplicação do
sismo, condição pós-sismo. 155
Figura 5.54 - Zoom, malha deformada t=30seg de sismo. 155
Figura 5.55 - Zoom, malha deformada depois de ter terminado a aplicação
do sismo, condição pós-sismo. 156
Figura 5.56 - Deslocamentos horizontais, depois de ter terminado a
aplicação do sismo, condição pós-sismo. 156
Figura 5.57 - Deslocamentos verticais, depois de ter terminado a
aplicação do sismo, condição pós-sismo. 157
Figura 5.58 - Historia das poropressões em alguns nós, sistema com
amortecimento Rayleigh + Local, modelo UBCSAND, t=57 seg. 158
Figura 5.59 - Historia das poropressões em alguns nodos, modelo
UBCSAND, depois de ter terminado a aplicação do sismo, condição pós-
sismo. 159
Figura 5.60 - Zonas liquefeitas t=57seg de sismo, modelo UBCSAND. 159
Figura 5.61 - Zonas liquefeitas depois de ter terminado a aplicação do
sismo, condição pós-sismo, modelo UBCSAND. 160
Figura 5.62 - Zonas liquefeitas t=30seg de sismo, Kw=1E3KPa, modelo
UBCSAND. 160
Figura 5.63 - Zoom, malha deformada t=57seg de sismo, modelo
UBCSAND. 161
Figura 5.64 - Zoom, malha deformada depois de ter terminado a aplicação
do sismo, condição pós-sismo, modelo UBCSAND. 161
Figura 5.65 - Deslocamentos horizontais, depois de ter terminado a
aplicação do sismo, condição pós-sismo, modelo UBCSAND. 162
Figura 5.66 - Deslocamentos verticais, depois de ter terminado a
aplicação do sismo, condição pós-sismo, modelo UBCSAND. 162
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Lista de tabelas

Tabela 3.1 - Comparação das Vantagens e Desvantagens de Vários


Testes de Campo para Avaliação da Resistência à Liquefação.
Tabela 4.1 - Parâmetros do amortecimento histerético, ajustados para a
linha superior da areia de Seed Idriss, 1970
Tabela 5.1 - Acelerações Espectrais
Tabela 5.2 - Comparação das massas específicas no Projeto e as
encontrados na construção
Tabela 5.3 - Resume das escavações a céu aberto
Tabela 5.4 - Resume das sondagens e dados do SPT
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Tabela 5.5 - Resume da Classificação do Minério


Tabela 5.6 - Movimentos na Pilha e na Berma de Estabilidade
Tabela 5.7 - Cálculo das propriedades dinâmicas para serem usadas no
EduShake
Tabela 5.8 - Sismos utilizados para o cálculo das acelerações pico na
superfície
Tabela 5.9 - Resumo da análise de resposta sísmica
Tabela 5.10a - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e
Idriss & Boulanger (2006)
Tabela 5.10b - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e
Idriss & Boulanger (2006)
Tabela 5.10c - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e
Idriss & Boulanger (2006)
Tabela 5.10d - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e
Idriss & Boulanger (2006)
Tabela 5.10e - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e
Idriss & Boulanger (2006)
Tabela 5.10f - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e
Idriss & Boulanger (2006)
Tabela 5.10g - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e
Idriss & Boulanger (2006)
Tabela 5.10h - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e
Idriss & Boulanger (2006)
Tabela 5.11a - Cálculo da resistência residual não drenada (Idriss e
Boulanger, 2007)
Tabela 5.11b - Cálculo da resistência residual não drenada (Idriss e
Boulanger, 2007)
Tabela 5.11c - Cálculo da resistência residual não drenada (Idriss e
Boulanger, 2007)
Tabela 5.12 - Resume das razões de resistência residual não drenada,
Sr/σ'v
Tabela 5.13 - Propriedades de resistência dos materiais para a análise de
estabilidade
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Tabela 5.14 – Fatores de segurança das análises de estabilidade


Lista de símbolos

ALFABETO ROMANO

amax – aceleração horizontal de pico na superfície do terreno


B – módulo de deformação volumétrica do solo
e
B – módulo de deformação volumétrica elástica
BPT – ensaio de penetração de Becker
C1 até C4 – constantes que dependem do tipo da areia e sua densidade relativa
CB – fator de correção devido ao diâmetro do furo
CE – fator de correção devido à eficiência da energia do martelo
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Ch – parâmetro de forma de endurecimento cíclico


CN – fator de correção devido à pressão de sobrecarga
CPT – ensaio de cone
Cp,s – velocidade da propagação da onda P ou S através do meio
CR – fator de correção devido ao comprimento da haste
CRR7,5 – razão de resistência cíclica à liquefação
CS – fator de correção devido a amostrador não-padronizado
CSR – razão de tensões cíclicas
Cσ – variável para o cálculo do fator de correção devido à sobrecarga
d – dilatância
D – amortecimento crítico
Dr – densidade relativa
∆u – incrementos de poropressões
∆l – tamanho do elemento da malha
e – índice de vazios
E – módulo de Young
Er – módulo unidimensional da areia
f – componente da maior freqüência
FC – teor de finos, materiais menores que 0.074mm
FSL – fator de segurança contra a liquefação
g – aceleração da gravidade
Ge – módulo cisalhante elástico
p
G – módulo cisalhante plástico
p
G max – módulo cisalhante plástico máximo
Gm0 – módulo cisalhante máximo inicial
Gmn – módulo cisalhante máximo
H1 até H4 – constantes para ajuste de equações
Hc – coeficiente de endurecimento dos incrementos de deformação
volumétrica plástica
K0 – coeficiente de empuxo no repouso
(K2)max – número do módulo cisalhante (Seed e Idriss, 1970)
keB – número do módulo de deformação volumétrica elástico
ke G – número do módulo cisalhante elástico
kp G – número do módulo cisalhante plástico
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Kσ – fator de correção devido à sobrecarga


Kα – fator de correção devido à inclinação do terreno
Kw – módulo de deformação volumétrica da água
M – magnitude do sismo
ML – magnitude local ou de Richter
mb – magnitude ondas de corpo de curto período
mB – magnitude ondas de corpo de longo período
me – expoente do módulo de deformação volumétrica elástico
Ms – magnitude de ondas de superfície
MSF – fator de correção devido à escala de magnitudes
Mw – magnitude do momento do sismo
ne – expoente do módulo cisalhante elástico
nf – razão de tensões na ruptura
np – expoente do módulo cisalhante plástico
np – porosidade
NCEER – Centro Nacional de Investigação de Engenharia Sísmica
Nm – número de golpes do SPT medido em campo
Nr – número representativo de passos no SOLVE fos do FLAC
(N1)60 – número de golpes do SPT corrigido devido à sobrecarga efetiva,
eficiência da energia do martelo, diâmetro do furo, comprimento da
haste e amostrador.
(N1)60cs-Sr – número de golpes do SPT corrigido para areia limpa equivalente
P – onda longitudinal
Pa – pressão atmosférica
Po – probabilidade de excedência anual
Rf – razão de ruptura
rd – coeficiente de redução de tensões
S – onda cisalhante
Scs – resistência cisalhante última ou resistência no estado crítico
SPT – ensaio de penetração normal
Sqss – resistência cisalhante no estado quase-constante
Sr – resistência residual
Vs – velocidade de ondas de cisalhamento
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vn,s – velocidade normal ou cisalhante da partícula


z – profundidade

ALFABETO GREGO

σ'y , σ'v – tensão normal vertical efetiva


σ'x , σ'h – tensão normal horizontal efetiva
σ'm – tensão efetiva média
σn – tensão normal aplicada
σs – tensão cisalhante aplicada
σ'v0 – tensão normal vertical efetiva inicial
σv0 – tensão normal vertical total inicial
δ – deslocamentos
γ(%) – deformação cisalhante
γ – peso específico do solo
τm0 – tensão cisalhante máximo inicial
τmn – tensão cisalhante máximo
τxy – tensão cisalhante
τs – tensão cisalhante estática
τr – tensão cisalhante no último carregamento reverso
γr – deformação cisalhante no último carregamento reverso
ξR – índice de parâmetro de estado
εv – deformação volumétrica
εvd – deformação volumétrica acumulada
∆εvd – incremento da deformação volumétrica
dεvp – incremento da deformação volumétrica plástica
dγp – incremento da deformação cisalhante plástica
∆γ – incremento da deformação cisalhante
η – razão entre tensões cisalhante e normal
φcv – ângulo de atrito sob volume constante
φd – ângulo de atrito mobilizado
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φf – ângulo de atrito no pico


φr – ângulo de atrito reduzido
φ’ – ângulo de atrito efetivo
ν – coeficiente de Poisson
ρ – massa específica
ψ – ângulo de dilatância
αB – variável no cálculo do módulo de deformação volumétrica elástico
αL – amortecimento local
λ – comprimento de onda
24

1
INTRODUÇÃO

A liquefação é um processo que geralmente ocorre em solos arenosos ou


arenosos com matriz siltosa de baixa plasticidade baixa que tendem a se densificar
quando submetidos a carregamentos cíclicos ou motônicos. Se a drenagem é lenta
ou simplesmente não existe, as poropressões podem se incrementar até anular as
tensões efetivas, ocorrendo a flutuação das partículas e conseqüentemente a perda
da resistência ao cisalhamento do solo. No solo liquefeito se produz grandes
deformações sob baixas tensões cisalhantes, as quais causam danos nas
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edificações, pontes e outras obras de engenharia.


Apesar do procedimento simplificado para determinar o potencial de
liquefação ser usual na prática da engenharia sísmica, muitas pesquisas vem
permitindo o desenvolvimento de modelos numéricos baseados no método de
elementos finitos (FEM) ou das diferenças finitas, que permitem realizar uma
melhor previsão do comportamento das camadas dos solos com alto potencial de
liquefação, facilitando a seleção de soluções mitigadoras mais adequadas. Tudo
isto tem sido acompanhado com o avanço da tecnologia computacional, o que tem
permitido o uso de softwares mais complexos e sofisticados para se obter uma
melhor análise geotécnica das soluções propostas.
No campo da mineração, o fenômeno de liquefação não é totalmente
desconhecido. Segundo a história de desastres, verifica-se freqüentemente o tipo
de liquefação estática, onde o evento ativador não é um sismo, mas sim um
incremento de carregamento súbito pelo crescimento da estrutura. Estes episódios
são geralmente observados nas barragens de rejeitos, sobretudo as de construção à
montante, pelo próprio sistema de crescimento deste tipo de estrutura e pela
constituição do rejeito (material finamente granulado, fofo e saturado), embora o
fenômeno também possa acontecer em materiais mais granulares, como deixou
claro o desastre de Aberfan, Wales (pilha de carvão) em 1996, onde o material de
granulometria grossa também foi susceptível à liquefação. A história não revela
casos de liquefação em pilhas de lixiviação de minérios.
25

Esta dissertação está dividida em 6 capítulos. No capítulo 2 faz-se uma


revisão dos conceitos do fenômeno de liquefação, como o fenômeno de fluxo por
liquefação, a mobilidade cíclica, assim como uma revisão do comportamento das
areias sob cisalhamento simples e redistribuição das poropressões. Também são
apresentados os conceitos sobre a resistência não-drenada dos solos liquefeitos e
correlações baseadas no SPT para a determinação da resistência residual.
No capítulo 3 apresentam-se as metodologias existentes para avaliação do
fenômeno de liquefação. Primeiramente, foi descrito o método semi-empírico
tradicional para avaliar o potencial de liquefação, com considerações recentes
feitas por Idriss em 2006. Na sequência, apresentam-se três modelos geotécnicos
para a determinação da resposta de areias saturadas sob carregamento sísmico:
Finn e Martin (1977), Byrne (1991) e o modelo UBCSAND (Byrne, 1995). Estes
três métodos partem de um mesmo conceito, porém com a variação de alguns
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fatores que intervém no resultado final.


No capítulo 4 descreve-se o programa computacional FLAC, apresentando a
capacidade do programa para modelagem de problemas da engenharia civil, assim
como considerações específicas para a modelagem sob condições estática e
dinâmica.
No capítulo 5 apresenta-se a análise do fenômeno de liquefação numa pilha
de lixiviação que, por problemas de drenagem, acarretou um elevado nível de
solução dentro da pilha, que, somado às características próprias da pilha, poderia
deflagrar a liquefação sob carregamento sísmico. Determinou-se o potencial de
liquefação da pilha e foi feita uma análise dinâmica usando o FLAC como
ferramenta computacional. Estas duas metodologias foram confrontadas numa
análise de estabilidade de taludes da pilha.
No capítulo 6 resumem-se as principais conclusões do trabalho e
apresentam-se recomendações para futuras pesquisas na área de liquefação de
solos, utilizando-se de análises dinâmicas tendo o programa FLAC como
ferramenta computacional.
26

2
LIQUEFAÇÃO, REVISÃO DOS CONCEITOS

Liquefação é um dos mais importantes, interessantes, complexos e


controversos tópicos em engenharia geotécnica de sismos.
O termo liquefação, originalmente criado por Mogami e Kubo (1953), tem
sido historicamente usado em conjunto com uma variedade de fenômenos
diferentes, mas próximos entre si, que envolvem deformações causadas por
perturbação monotônica, transiente ou repetitiva em solos de baixa coesão sob
condição não-drenada.
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A tendência dos solos granulares secos sob carregamento cíclico ou


monotônico é de densificação. Mas se os mesmos estiverem saturados, um
carregamento rápido ocorre sob condição não-drenada, e a tendência para se
densificar causa um incremento ou excesso das poropressões com tensões efetivas
decrescentes. Em casos extremos, a poropressão desenvolvida durante o sismo
pode aumentar até o ponto em que toda a tensão efetiva tenha sido anulada. Neste
estado, a areia não tem resistência cisalhante significativa e deforma-se como um
líquido, daí a terminologia liquefação.
O fenômeno de liquefação que resulta deste processo pode ser dividido em
dois grupos principais: fluxo por liquefação e mobilidade cíclica. Ambos são
muito importantes e uma avaliação de risco de liquefação deve considerar
cuidadosamente estes dois casos.

2.1.
Fluxo por liquefação

Esse processo ocorre com menos freqüência que a mobilidade cíclica, mas
seus efeitos são muito mais severos.
O fluxo por liquefação pode ocorrer quando a tensão cisalhante necessária
para o equilíbrio estático de uma massa de solo (tensão cisalhante estática) é
maior que a resistência cisalhante do solo no seu estado liquefeito. Uma vez
27

desencadeada as grandes deformações devido ao fluxo por liquefação, as


deformações subseqüentes são conduzidas pelas tensões cisalhantes estáticas.
A ruptura por liquefação é caracterizada pela repentina natureza de sua
origem, pela velocidade com a qual se desenvolve e pela grande distância que,
freqüentemente, os materiais liquefeitos podem se movimentar.
Este fenômeno se desencadeia através do surgimento de altas poropressões
em areias saturadas, devidas a carregamentos estáticos ou cíclicos, sob volume
constante e só pode acontecer nas areias fofas.

2.2.
Mobilidade cíclica

A mobilidade cíclica ocorre sob um amplo intervalo de condições de campo


e das características do solo e seus efeitos podem variar de insignificante a
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altamente prejudicial.
Em contraste com o fluxo por liquefação, a mobilidade cíclica acontece
quando as tensões cisalhantes estáticas são menores que a resistência cisalhante do
solo liquefeito. As deformações produzidas pela ruptura por mobilidade cíclica se
desenvolvem progressivamente durante o movimento sísmico. Outra diferença do
fluxo por liquefação é que as deformações produzidas pela mobilidade cíclica são
conduzidas por ambas as tensões cisalhantes: estáticas e cíclicas.
Estas deformações são chamadas de separação lateral (lateral spreading) e
podem ocorrer sobre superfícies ligeiramente inclinadas ou superfícies totalmente
planas adjacentes a os corpos de água (por exemplo, praias, lagos entre outros).
Um caso especial de mobilidade cíclica é a liquefação a nível do terreno.
Como as tensões cisalhantes horizontais estáticas que poderiam conduzir a
deformações laterais não existem, a liquefação a nível do terreno pode produzir
grandes movimentos conhecidos como oscilação do terreno durante o movimento
sísmico, mas produz pequeno movimento lateral permanente do solo. A falha por
liquefação ao nível do terreno é causada pela subida do fluxo da água que pode
ocorrer quando as poropressões induzidas sismicamente se dissipam. As
características deste tipo de falha são excessivos recalques verticais e conseqüente
inundação do terreno ao nível da superfície do solo e o desenvolvimento dos
vulcões de areia.
28

Este processo caracteriza-se pela progressiva deformação de areias saturadas


quando sujeitas a carregamentos cíclicos sob teor de umidade constante. Podem
acontecer em ambas as zonas de areias fofas e densas.
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Figura 2.1 - Vulcão de areia

2.3.
Revisão do comportamento das areias e sua modelagem

Muitos problemas geotécnicos (por exemplo, fundações contínuas,


barragens de terra, etc.) podem ser aproximados como uma análise de deformação
plana e as relações tensão-deformação derivadas para a condição plana de
deformação. Em tais casos, a rotação das tensões principais ocorre inclusive sob
aplicação de carregamento vertical estático (Leroueil e Hight, 2003). Um aparelho
de cisalhamento simples é um dos aparelhos de testes mais comuns que incorpora
ambas as condições, a deformação plana e a rotação de tensões principais. É
importante revisar o típico comportamento drenado das areias sob carregamento
cisalhante simples e sua modelagem.

2.3.1.
Aparelho de cisalhamento simples direto

Dois aparelhos de cisalhamento simples direto (DSS) têm sido usados em


testes de solos: um desenvolvido em Cambridge (Roscoe, 1953) e outro
desenvolvido no Instituto Geotécnico de Noruega, NGI (Bjerrum e Landva, 1966).
No aparelho DSS de Cambridge geralmente obtêm-se dados confiáveis do
29

comportamento tensão-deformação sob carregamento monotônico, e ambos os


aparatos têm similar desempenho nas características de deformação sob
carregamento cíclico, particularmente para níveis de deformação abaixo de 5%.
(Budhu, 1984).
Considera-se adequado simular condições de deformação cíclicas no campo
por meio de uma amostra de solo em um ensaio de cisalhamento simples direto,
deformada em uma condição de deformação plana. O aparelho de cisalhamento
simples simula a rotação das principais tensões como ocorre no campo, o que o
torna adequado para o desenvolvimento de modelos constitutivos que possam
contabilizar os efeitos da rotação de tensões principais.
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Figura 2.2 - Deformação por Cisalhamento Simples

O aparelho triaxial convencional não pode ser usado para esse propósito
pois não permite qualquer rotação das tensões principais. Vários pesquisadores
(Peacock e Seed, 1968; Silver e Seed, 1971) sinalizaram que os testes de
cisalhamento simples direto cíclico são melhores para simular o carregamento
induzido por ondas sobre estruturas de terra e o carregamento sísmico causado
pela propagação vertical das ondas cisalhantes. Ishihara e Li (1972) descreveram a
diferença entre os testes triaxial e de cisalhamento simples em termos da direção
das tensões principais, condição inicial de tensões e a distribuição dentro da
amostra.
Num ensaio de cisalhamento simples convencional as tensões laterais não
são medidas, porém a tensão lateral ou radial pode ser medida nos aparelhos DSS
de Cambridge e do tipo NGI (Budhu, 1984). A tensão cisalhante complementar à
vertical num aparato de cisalhamento simples não existe deixando condições de
tensões não uniformes. Mas Roscoe (1953) mostrou que as tensões cisalhantes no
plano horizontal são aproximadamente uniformes no terço central da amostra
numa análise elástica do especime realizada em um aparelho DSS de Cambridge.
Igualmente, Lucks et al. (1972) demonstra, usando análise de elementos finitos
30

elástico linear, que aproximadamente o 70% da amostra cilíndrica testada no


aparelho NGI estaria numa condição de tensões aproximadamente iguais.
Existem outros aparelhos, como o de cisalhamento de torção cilíndrico
furado (HCT), que permitem a rotação das tensões principais com uma melhor
definição do cisalhamento complementário (Vaid et al., 1990), mas que também
podem gerar tensões não uniformes sob certas condições de trajetória de tensões
na condição de carregamento.
Com esta revisão, conclui-se que o uso do aparelho DSS é aceitável para
compreender o comportamento do solo sob carregamento sísmico para propósitos
de engenharia.

2.3.2.
Comportamento da areia sob cisalhamento simples
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Casagrande (1936) realizou ensaios em uma caixa de cisalhamento usando


amostras de areias fofas e densas, e encontrou que as areias fofas e densas atingem
a uma mesma razão de vazios se o cisalhamento é suficientemente grande, como
mostrado na Figura 2.3. Baseado nisto, Casagrande (1976) propôs o termo
“densidade crítica” ou “razão de vazios crítico” (a linha horizontal M da Figura
2.3) como um estado que permite uma quantidade de deformação cisalhante sem
mudança de volume. Tendo por base a idéia de Casagrande, Roscoe et al. (1958)
definiu o estado crítico como aquele na qual um solo “continua se deformando a
tensão constante e razão de vazios constante”. Schofield e Wroth (1968)
formularam este conceito do estado crítico dentro da teoria de plasticidade. Isto
tem sido chamado o estado crítico da mecânica dos solos e poderia ser
considerado o primeiro modelo que considera a variação de volume durante o
cisalhamento.
Assim como o termo estado crítico está associado às condições drenadas, o
término “estado constante” ou “steady state” é empregado para as condições não
drenadas (Poulos, 1981).
31

Areia fofa

Razão de Vazios ou Densidade Relativa


Resposta contrativa

M
Sem alteração
Razão de
de volume
vazios crítica

Areia densa
Resposta dilatante

Deslocamentos δ

Figura 2.3 - Hipótese de Razão de vazios crítico derivado dos testes de cisalhamento
direto (Casagrande, 1976)
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Vaid et al. (1981) realizou testes de cisalhamento simples drenados


monotônico na areia de Ottawa a diferentes densidades relativas depois de ter sido
adensadas sob uma tensão vertical efetiva (σ’v0) de 200 kPa. Na Figura 2.4 se
apresenta as características de tensão-deformação cisalhante e alteração de volume
na areia, nota-se que o solo se contrai debaixo de certa razão de tensão (isto é, o
seno do ângulo de atrito a volume constante, Sen φcv) e se expande acima mesma
razão.

Figura 2.4 - Testes de cisalhamento simples drenados monotônicos nas areias de Otawa
a diferentes densidades e com a mesma tensão inicial (modificado de Vaid et al., 1981)

Sriskandakumar (2004) realizou testes de cisalhamento simples drenados


cíclicos nas areias fofas e densas de Fraser River, que são apresentadas na Figura
2.5. Nessa figura se pode observar o mesmo comportamento que nos ensaios de
32

Vaid: as areias densas e fofas se contraem para uma razão de tensões abaixo do
Sen φcv e se dilatam acima da mesma.

Figura 2.5 - Resultados dos testes de cisalhamento simples drenado cíclico na areia fofa
e densa de River Fraser (Sriskandakumar, 2004).
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Os incrementos das mudanças de volume induzidos por cisalhamento,


chamada de dilatância D, é definida como a razão do incremento da deformação
volumétrica, dεv, e o incremento da deformação cisalhante, dγ. A dilatância D é
expressa também em termos do ângulo de dilatação ψ e definido como Senψ =
dεv/dγ (Hansen, 1958). Uma areia dilata tanto como a tensão efetiva vertical
inicial decresce, e como a densidade relativa aumenta, tal como mostrado pelos
testes de cisalhamento simples na areia de Leighton Buszzard realizados por Cole
(1967) e apresentado na Figura 2.6.

Figura 2.6 - Dependência do ângulo de dilatação da densidade relativa e nível de


tensões (de Vaid et al., 1981)

O carregamento monotônico apresentado na Figura 2.4 mostra que a


dilatância é uma função da razão das tensões η = t/s’, onde t = (σ’1 - σ’3)/2 e s’=
33

(σ’1 + σ’3)/2, (Rowe, 1962). A dilatância D é igual a zero quando η = Sen φcv.
Então, uma simples expressão para a dilatância D é D = Sen φcv – η tanto para
amostras fofas como para amostras densas (Park, 2005).
Elementos de solo sob carregamento de ondas ou carregamento sísmico
experimentaram descarregamento e recarregamento (isto é, carregamento cíclico
ou repetitivo). A Figura 2.7 ilustra esquematicamente como a areia se dilata e se
compacta durante o carregamento cisalhante cíclico e, por conseguinte altera a
poropressão, apresentada por Youd (1977).
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Figura 2.7 - Seção transversal idealizada do grupo de partículas mostrando as mudanças


durante um carregamento cíclico (Youd, 1977)

As Figuras 2.5b e 2.7D mostram a característica contrativa das amostras


fofas e densas quando as tensões cisalhantes são revertidas (Park 2006). Nos testes
de Sriskandakumar (2004) se observa que todo descarregamento foi contrativo.
Essas mudanças de volume são a base para deduzir as deformações plásticas
durante o descarregamento, mas como se pode notar na Figura 2.5b, no inicio da
aplicação da tensão cisalhante reversa a mudança de volume é bastante pequena, o
que sugere uma resposta elástica (antes mencionado por Jefferies, 1997, usando
dados dos ensaios triaxiais em areias densas)
34

2.3.3.
Redistribuição das poropressões de água

Quando uma típica areia fofa (DR=40%) é testada no laboratório com


cisalhamento simples cíclico o comportamento é inicialmente contrativo em
carregamento e descarregamento. Porém, a grandes deformações em
carregamento, o solo torna-se dilatante quando o estado de tensões excede o
ângulo de atrito a volume constante, φcv.
Areias densas se comportam de maneira similar exceto pelo fato da resposta
dilatante ser muito mais pronunciada. Ambos os solos são sempre contrativos em
descarregamento. O resultado do carregamento cíclico é geralmente uma redução
no volume da amostra.
Se os poros são cheios com água e são impedidas de escapar da amostra
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(condição não drenada), então as poropressões aumentam quando o esqueleto do


solo tenta se contrair e diminuem quando o esqueleto do solo tenta se dilatar.
Como as poropressões aumentam, as tensões efetivas e a resistência cisalhante
decrescem, mas quando dilata, a tensão efetiva e resistência cisalhante aumentam.
A resposta dilatante ocorre quando a trajetória de tensões excede a fase de
transformação ou a linha φcv (Figura 2.4 e 2.5). Com repetidos ciclos a trajetória
de tensões pode alcançar a tensão efetiva zero traduzida numa resistência
cisalhante zero e ocorrer liquefação. Porém sob cisalhamento monotônico
continuado a grandes deformações o solo pode dilatar, subindo a envoltória de
falha ganhando resistência também chamada de Resistência Residual que não
serão alcançados até:
(i) Que se produza cavitação dos poros de água e, portanto, permita à
amostra incrementar seu volume e alcançar o estado constante, ou
(ii) Que a alta tensão efetiva média gerada por dilatação suprima a
dilatação e o solo alcance sua resistência no estado crítico, ou
(iii) Que se triturem os grãos de areia e o solo alcance um estado crítico do
material triturado.
A resistência da areia alcançada em (i), (ii) ou (iii) é geralmente muito maior
que a resistência residual comumente aceita dos retro-análises de casos históricos
e é provavelmente muito maior que a resistência drenada.
35

Se, no lugar de permitir carregamento não drenado, um pequeno fluxo de água


entrando é permitido, este reduzirá ou eliminará a resistência ganha como
resultado da expansão. Se o volume de fluxo entrante excede a expansão devido a
cisalhamento induzido pela dilatação então o solo rapidamente alcançará o estado
de tensão efetiva zero e tem sido liquefeito.
Existem numerosos casos históricos onde a liquefação dos solos ocorreu
durante um movimento sísmico, mas a falha por fluxo associada não ocorreu até
algum tempo depois de ter finalizado o movimento. Nos exemplos clássicos da
barragem de Lower San Fernando e em Niigata, testemunhas reportaram que a
viga mestra da ponte de Showa Ohashi começou falhar poucos minutos depois
que o movimento sísmico tinha cessado.

2.4.
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Resistência não drenada dos solos liquefeitos

Procedimentos para estimar a resistência residual, Sr, dos solos não coesivos
ou não plásticos que sofreram liquefação têm sido abordados consideravelmente
nos últimos 25 anos. Procedimentos que requerem ensaios de laboratório são
geralmente muito complicados, já que necessitam amostras que tenham sido
obtidas por técnicas de congelamento (Robertson et al., 2000) ou amostras obtidas
com técnicas de amostragem de alta qualidade, conjuntamente com procedimentos
para corrigir a resistência por cisalhamento para estimar as mudanças de volume
que ocorrem durante a amostragem e o teste (Castro, 1975; Castro e Poulos, 1977;
Poulos et al., 1985). Outro procedimento seria estimar Sr “in-situ” dos solos
liquefeitos através da retro-análise dos casos históricos de deslizamentos por
liquefação de fluxo, como apresentado inicialmente por Seed (1987) e
posteriormente modificado por vários pesquisadores, por exemplo: Davis et al.,
1988; Seed e Harder, 1990; Ishihara, 1993; Write et al., 1999; Olson e Stark,
2002; Idriss e Boulanger, 2007.
Whitman (1985) descreveu situações onde percolações nos poros de água
devido a excessos dos gradientes de poropressões induzidas por sismos, podem
levar a amolecimentos localizados do solo liquefeito ou redistribuição dos vazios,
que podem resultar num Sr muito menor em campo que os que poderiam ser
36

obtidos de testes de laboratório com amostras com razão de vazios antes de um


sismo.
Um número de definições tem sido usado na literatura para a resistência
cisalhante de solos liquefeitos. A resistência cisalhante última ou resistência no
estado crítico, que é medido em testes de laboratório não drenado é denotada
como Scs, enquanto a resistência cisalhante no estado quase-constante, a qual
corresponde ao mínimo local na curva tensão-deformação de testes de laboratório
não drenado, é denotado como Sqss. A resistência cisalhante residual, usada aqui
para a resistência dos solos liquefeitos, refere-se à resistência cisalhante que um
solo liquefeito mobiliza no campo, a qual pode ser complicada pela redistribuição
dos vazios e outros mecanismos de campo que não podem ser replicados nos
testes de laboratórios. Estas três resistências são fundamentalmente diferentes
desde um ponto de vista mecânico e, portanto é essencial manter uma distinção.
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Idriss e Boulanger, 2007, apresentaram relações baseados no SPT e CPT


para estimar a razão da resistência cisalhante residual com a tensão vertical efetiva
inicial, Sr/σ’vo, para solos não plásticos liquefeitos, baseados na revisão de casos
históricos de outros pesquisadores nos últimos 20 anos. Posteriormente, estas
relações recomendadas para projetos foram avaliadas com ensaios de laboratório e
recentes descobertas com respeito aos mecanismos de redistribuição dos vazios.
As retro-análises de casos históricos envolvem análises de estabilidade
estática pós-sismo das estruturas de terra destinando a cada zona de solo não
liquefeito a melhor estimativa da resistência cisalhante, enquanto a zona que
liquefez é destinada uma resistência cisalhante desconhecida de Sr (com φu=0). O
maior valor de Sr é aquele que dá um fator de segurança contra o deslizamento
igual a 1.0 para a geometria indeformada do talude. Outra estimativa de Sr é
similarmente obtida para a geometria deformada final do talude, se esta geometria
deformada é razoavelmente documentada e se as camadas de solo não têm sido
seriamente modificadas no processo de deformação. Vários procedimentos têm
sido usados para interpolar entre estas duas estimativas de Sr tentando contabilizar
o papel de parâmetros envolvidos, tais como: inércia ao deslizamento, geometria,
perda de resistência devido à mistura com corpos de água adjacentes, e outros
fatores. Por exemplo, Olson e Stark (2002) calcularam para a barragem de Lower
San Fernando, valores de Sr de 36 e 5 KPa para cada geometria respectivamente, e
um valor interpolado de 19 KPa. Isto ilustra como a interpolação das resistências
37

entre a geometria deformada e indeformada é um passo muito significativo e


incerto na interpretação dos casos históricos, somado à já grande incerteza na
estimativa dos valores de Sr. Deve-se ter em mente que é necessário para
seguintes aplicações, a estimativa de Sr durante as primeiras fases de instabilidade,
e não em algum estágio posterior (isto é, logo que significantes misturas tenham
ocorrido).

2.4.1.
Correlações baseados no SPT para determinar a resistência residual

A resistência cisalhante residual Sr, tem sido normalizada com respeito à


tensão vertical efetiva inicial, σ’vo (Stark e Mesri, 1992; Ishihara, 1993; Wride et
al., 1999; Olson e Stark, 2002; Idriss e Boulanger, 2007), baseado na observação
que esta fornece uma base razoável para descrever o comportamento tensão-
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deformação até níveis moderados de deformação nos ensaios de laboratório não


drenados. Em adição, recentes estudos sugerem que os efeitos da redistribuição
dos vazios, os quais são afetados por numerosos fatores, podem também ser bem
representados por uma correlação de Sr/σ’vo ao invés de usar Sr diretamente (Idriss
e Boulander, 2007).
Os valores de Sr/σ’vo dos casos históricos foram plotados como uma função
de (N1)60cs-Sr por Idriss e Boulanger (2007), recomendando duas curvas para
estimar o Sr/σ’vo: uma curva para condições onde os efeitos da redistribuição são
esperados para ser insignificantes, e outra curva onde os efeitos da redistribuição
dos vazios serão significantes. Isto é mostrado na Figura 2.8, onde também pode
se notar a continuação da curva para valores de (N1)60cs-Sr maiores de 14, os quais
estão além da faixa de dados disponíveis dos casos históricos.
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Figura 2.8 - Razão de Resistência Cisalhante Residual Sr/σ’vo, do solo liquefeito versus o
N do SPT corrigido para uma areia limpa equivalente para σ’vo menores que 400 kPa.
Grupo 1: dados de SPT e geometria completos; Grupo 2 &3: dados de SPT ou geometria
incompletos (Idriss e Boulanger, 2007)

A linha inferior da Figura 2.8 corresponde às condições onde os efeitos da


redistribuição dos vazios podem ser significantes, isto é, para os lugares onde uma
camada de espessura significante de solo liquidificável deita sob uma camada de
solo de baixa permeabilidade que poderia impedir a dissipação, depois de ter
acontecido o sismo, dos excessos de poropressões induzidos pelo sismo. Esta
relação pode ser expressa pela seguinte equação:

Sr  (N 1 )  (N 1 )60cs −Sr − 16 
3

= exp  60 cs −Sr
+   − 3.0 ≤ tanφ ' (2.1)
σ vo'  16  21.2  

A linha superior da Figura 2.8 corresponde à condição onde os efeitos da


redistribuição dos vazios podem ser considerados desprezíveis. Isto inclui os
lugares onde a estratigrafia não impedirá a dissipação dos excessos das
poropressões, e esta dissipação poderia estar acompanhada pela densificação do
solo em toda a profundidade. Neste caso, segundo os dados recopilados por Idriss
e Boulanger e as correlações entre densidades relativas e (N1)60cs-Sr indicam que a
resistência cisalhante não drenada poderia se incrementar rapidamente tanto como
(N1)60cs-Sr se aproxime de 16 ou 17 (Dr ≈ 60%). Esta relação pode ser expressa
pela seguinte equação:
39

Sr  (N 1 )  (N 1 )60cs −Sr − 16 
3
   (N ) 
= exp  60 cs −Sr
+   − 3.0 x 1 + exp  1 60cs −Sr − 6.6 
σ vo'  16  21.2     2. 4 

≤ tan φ ' (2.2)

O papel potencial da redistribuição dos vazios ou outros mecanismos de


perda de resistência nos casos históricos não está totalmente claro. Modelos
físicos e analíticos indicam que a redistribuição dos vazios é mais severa para
areias fofas, assim sugere que as duas relações deveriam ser algo diferente para
resistências à penetração baixas, mas o estado atual de conhecimento não fornece
a base para incorporar qualquer diferença nesta vez (Idriss & Boulanger, 2007).
Valores de Sr/σ’vo para σ’vo > 400 kPa são esperados ser menores do que os
recomendados na Figura 2.8. Os resultados de ensaios de compressão triaxial de
Yoshimine et al. (1999) mostrou que a razão Sr/σ’vo, para uma Dr dada, foram
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relativamente independentes de σ’vo até um valor de σ’vo de 500 kPa, mas


decresceu para altos valores de σ’vo.
40

3
AVALIAÇÃO DO FENÔMENO DE LIQUEFAÇÃO

Avaliar quantitativamente a possibilidade de iniciação da liquefação é,


necessariamente, o primeiro passo para a maioria dos projetos envolvendo
potencial de liquefação induzido sismicamente. Existem dois tipos gerais de
aproximação disponíveis para isto: o uso de ensaios de laboratório com amostras
não alteradas, e, o uso de relações empíricas baseadas em correlações do
comportamento em campo observadas com ensaios índice in-situ.
O uso de ensaios de laboratório pode ser complicado devido à perturbação
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da amostra durante a amostragem e a reconsolidação. Além disso, também é


difícil e custoso executar ensaios de cisalhamento simples cíclico de alta
qualidade, e ensaios triaxiais cíclicos representa pobremente as condições de
carregamento que é o principal interesse na maioria de problemas sísmicos.
Ambos os problemas poderiam ser melhorados pelo uso de técnicas apropriadas
de obtenção de amostras “congelados” (frozen), e subseqüentes ensaios de alta
qualidade em aparatos de cisalhamento torsional ou cisalhamento simples cíclico.
A dificuldade e custo destas técnicas delicadas, porém, as coloca além do
orçamento e escopo da maioria de estudos de engenharia. Alem disso, amostras
congeladas podem ser impraticáveis em solos com significante conteúdo de finos,
já que a baixa permeabilidade destas pode levar a uma expansão feito gelo,
perturbando completamente os solos mais que prevenindo a perturbação.
Conseqüentemente, o uso dos ensaios índice in-situ é a abordagem
dominante da pratica comum na engenharia. Como é resumido no artigo do estado
da arte publicado em 2001 pelo Grupo de Pesquisadores da National Center for
Earthquake Engineering Research (NCEER), quatro métodos de ensaios in-situ
têm alcançado um nível de suficiente maturidade como para representar as
ferramentas viáveis para este propósito, e estes são:
(i) O Ensaio de Penetração Standard (SPT),
(ii) O Ensaio de Penetração do Cone (CPT),
(iii) Medição da Velocidade das Ondas de Cisalhamento in-situ, e
41

(iv) Ensaio de Penetração de Becker (BPT).


Principais vantagens e desvantagens de cada teste são listadas na Tabela 3.1.
O mas antigo, e ainda amplamente usado para estes análises, é o SPT, e da qual se
detalhará mais na frente.

Tabela 3.1 - Comparação das Vantagens e Desvantagens de Vários Testes de Campo


para Avaliação da Resistência à Liquefação
Tipo de Teste
Característica
SPT CPT Vs BPT

Medições passadas em Abundante Abundante Limitado Escasso


zonas com liquefação
Tipo do comportamento Parcialmente Drenado, Pequenas Parcialmente
tensão-deformação drenado, grandes deformações drenado,
influenciando o teste grandes deformações grandes
deformações deformações
Controle da qualidade e Pobre a boa Muito boa Boa Pobre
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repetibilidade
Detecção da Boa para Muito boa Aceitável Aceitável
variabilidade do testes pouco
depósito de solo espaçados
Tipo de solo na qual o Não gravoso Não gravoso Todos Principalmen
teste é recomendado te gravoso
Toma das amostras de Sim Não Não Não
solo
Medição de Índice Índice Engenharia Índice
propriedades índice ou
de engenharia

Logo, o seguinte passo seria uma análise propriamente dinâmica da


liquefação. Martin et al. (1975) apresentou um método para modelar incrementos
das poropressões devido ao carregamento cíclico. Esse tem sido o primeiro
modelo de tensões efetivas para análises de liquefação. O método
fundamentalmente captura o comportamento do esqueleto sob carregamento
cíclico, e impõem uma restrição volumétrica para considerar incrementos de
poropressões.
Procedimentos do estado da arte envolvem análises de elementos finitos ou
diferenças finitas usando um modelo constitutivo de tensões efetivas acoplado
com os efeitos do fluxo da água. Essas análises podem estimar deslocamentos,
acelerações e pressões dos poros da água causados por um sismo de ingresso. A
42

ativação da liquefação, deslocamentos e potencial de deslizamentos por fluxo são


direcionados como um tudo e incluídos em uma única análise.
Programas de computacionais tais como DIANA-SWANDYNE II (Chan
1993), DYNAFLOWTM (Prevost, 1998), DYSAC2 (Muraleetharan et al., 1988),
SUMDES2D (Ming & Li, 2001), SWANDYNE (Zienliewicz et al., 1990), e
UBCSAND são alguns dos procedimentos numéricos típicos com modelos
constitutivos avançados usados na engenharia prática.

3.1.
Método semi-empírico para avaliar o potencial de liquefação baseado
no SPT

Os professores H. B. Seed e I. M. Idriss desenvolveram e publicaram uma


metodologia denominada “procedimento simplificado” para avaliar a resistência à
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liquefação dos solos.


Este procedimento tem sido um padrão de prática em toda Norte América e
em outras partes do mundo. Para atualizar e melhorar estes critérios que são
rotineiramente aplicados na prática, em 1996 e 1998 o Centro Nacional de
Investigação na Engenharia Sísmica (NCEER) reuniu os Professores T.L. Youd e
I.M. Idriss junto com 20 especialistas com o propósito de ganhar consenso na
atualização e acréscimo no procedimento simplificado.
Como a maioria dos métodos empíricos para avaliar a liquefação, o método
da NCEER é derivado dos dados de SPT obtidos em lugares que experimentaram
liquefação em um sismo passado. Como provavelmente um adensamento ou um
possível amolecimento do depósito de solo pode ter acorrido, os valores NSPT
medidos podem ser significativamente diferentes depois do sismo (Liao et al.
1988). Porém, estas mudanças são também pobremente entendidas para permitir
uma correção do valor de SPT medido para refletir as condições antes do sismo.
Este análise inclui uma atualização dos procedimentos semi-empíricos
baseados em dados de campo para avaliar o potencial de liquefação de solos não
coesivos durante sismos. O cálculo de duas variáveis é requerido para a avaliação
da resistência à liquefação dos solos:
• A demanda sísmica sobre a camada do solo, expressa em termos de
CSR7.5, razão de tensões cíclica, e
43

• A capacidade do solo para resistir à liquefação, expressa em termos de


CRR, razão de resistência cíclica à liquefação.
Então, a equação do fator de segurança FSL contra a liquefação é escrita a
continuação:
 CRR 7.5 
FSL =   . MSF . K σ . K α (3.1)
 CSR 
Onde:
MSF Fator de correção pela escala da magnitude
Kσ Fatores de correção pela pressão de sobrecarga
Kα Fatores de correção pelo talude do terreno

3.1.1.
Razão de tensões cíclicas (CSR)
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Seed e Idriss (1971) formularam a seguinte equação para o cálculo da razão


de tensão cíclica:
τ  a   σ vo 
CSR =  av,  = 0.65  max   ,  rd (3.2)
 σ vo   g   σ vo 
Onde:
amax Aceleração horizontal pico na superfície do terreno gerado pelo
sismo expressos em g,
g Aceleração da gravidade,
σvo Tensão vertical total na profundidade z,
σ’vo Tensão vertical efetiva na profundidade z,
rd Coeficiente de redução de tensões que leva em consideração a
flexibilidade da coluna de solo. (isto é, rd=1 corresponde ao
comportamento de um corpo rígido).
O fator de 0.65 é usado para converter a razão de tensões cisalhantes cíclicas
a uma razão de tensões cíclicas que é representativa do ciclo mais significante da
duração total do carregamento.

Aceleração pico (amax)


A aceleração pico amax aplicada no procedimento é aquela que ocorrerá na
superfície do terreno na ausência de incrementos de poro pressões ou liquefação.
44

Idriss (NCEER, 1996), na compilação dos dados usados para derivar o


procedimento simplificado original, usou o maior dos picos das componentes
horizontais da aceleração dos registros de movimentos disponíveis. Porém, em
quase todos os casos, os picos das horizontais registradas foram aproximadamente
iguais. Assim, o pico e a média geométrica dos dois picos foram
aproximadamente os mesmos valores. Baseados nesta informação, os
participantes do seminário da NCEER, 1996 e 1998, concordaram que o uso da
média geométrica é consistente com o desenvolvimento do procedimento e é
preferível para o uso na engenharia prática. No entanto, usar a maior das duas
acelerações picos ortogonais é conservativa e é permitida. A resultante vetorial de
combinar as acelerações horizontais são raramente calculadas e não deveriam ser
usadas. As acelerações picos verticais são geralmente muito menores que as
acelerações picos horizontais e são ignoradas para o cálculo da resistência à
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liquefação.

Coeficiente de redução das tensões (rd)


As tensões cisalhantes induzidas em qualquer ponto num nível do depósito
de solo durante um sismo são principalmente devido à propagação vertical das
ondas cisalhantes no depósito. Estas tensões são particularmente dependentes das
características do movimento sísmico (intensidade e freqüência), do perfil de
velocidade das ondas cisalhantes no lugar, e das propriedades dinâmicas do solo.
Idriss (1999) numa extensão do trabalho de Golesorkhi (1989) executou
várias análises paramétricas da resposta no sítio e concluiu que para condições de
maior interesse prático, o parâmetro rd deverá ser adequadamente expresso como
função da profundidade e da magnitude do sismo (M) seguindo as expressões a
seguir:
Ln(rd ) = α ( z ) + β (z )M (3.3a)

 z 
α (z ) = − 1.012 − 1.126 Sen + 5.133  (3.3b)
 11. 73 
 z 
β (z ) = 0.106 + 0.118 Sen + 5.142  (3.3c)
 11.28 
Onde z é a profundidade em metros e M é a magnitude do momento
45

Estas equações, Eq 3.2a, b e c, são aplicáveis até uma profundidade z≤34m,


enquanto a seguinte equação é aplicável para z>34m:
rd = 0.12 exp(0.22 M ) (3.3d)
A incerteza em rd aumenta com a profundidade, tal que as equações 3.3a
atédeverá ser somente aplicada para profundidades menores de 20 metros. A
avaliação da liquefação a maiores profundidades freqüentemente envolvem
condições especiais para a qual análises mais detalhadas são necessárias. Por esta
razão, recomenda-se que o CSR (ou seu equivalente valor rd) a profundidades
maiores de 20 m deverá ser baseado em estudos de resposta em situ, com cálculo
de resposta de alta qualidade.

Magnitude do sismo (M)


A magnitude é um número que caracteriza o tamanho relativo de um sismo.
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A magnitude está baseada na medida do máximo movimento registrado por um


sismógrafo. Muitas escalas têm sido definidas, mas as mais comumente usadas
são:
1) Magnitude local o de Richter ML, calculadas para sismos que ocorrem
relativamente perto das estações de registro, geralmente dentro de
algumas centenas de quilômetros entre o sismo e a estação de registro.
Esta é a primeira escala e foi desenvolvida por Richter em 1935,
mesmo que na atualidade o tamanho dos sismos se continua dando em
Magnitude Richter.

2) Magnitude de ondas de corpo de curto período mb, e de longo período


mB, geralmente registrado para sismos que ocorrem a mais de 2000
quilômetros da estação de registro. Isto pode ser calculado
relativamente rápido, porque este valor se baseia na amplitude das
ondas P que viajam através do corpo do interior da terra e são os
primeiros sinais em atingir uma estação sísmica. Para grandes sismos
(magnitude maior de 6), mb ou mB satura, isto é, mesmo que o tamanho
do sismo seja maior, o valor mb ou mB não incrementa. Em tais casos
os sismólogos têm que considerar outro tipo de magnitude.
46

3) Magnitude de ondas de superfície MS, medida das ondas que viajam ao


longo da superfície da terra com uma velocidade menor que as ondas
P. Pelo tanto, tem-se que esperar um tempo grande até que as ondas
atinjam uma estação distante assim que não podem ser calculados
rapidamente como mb. Dependendo da distância, isto pode tomar de 1
a 2 horas, comparado com um máximo de 20 minutos das ondas P. MS
é medida para ondas de período de 20s (1s para mb) e a saturação se
iniciará só para sismos muito grandes (magnitude maior que 8). A
baixa velocidade da onda de superfície é a razão pela que os
sismólogos não podem distinguir rapidamente entre um sismo forte e
muito forte (magnitude maior de 6). Sismos próximos da superfície da
terra (menos de 30 quilômetros) geram ondas de superfície maiores
comparado com um sismo do mesmo tamanho a maior profundidade.
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4) Magnitude do momento MW foi introduzida em 1979 por os


sismólogos Thomas C. Hanks e Hiroo Kanamori da Universidade de
Harvard. É a única magnitude que é diretamente relacionada com a
física da fonte sísmica. MW é derivado (baseado em considerações
teóricas) do momento sísmico M0, o qual é o produto da área de falha
pelo deslocamento médio para o tempo de falha do material rígido.
Devido á complexidade das formulações matemáticas, a escala de
magnitude de momento resulta irrelevante e às vezes inapropriada para
sismos pequenos, a pesar de ter valores similares nas outras escalas
(sismos menores de 3.5 segundo a United States Geological Survey).

Pelo exposto, as escalas de 1) ao 3) tem alcance e aplicabilidade limitada e


não medem satisfatoriamente o tamanho de grandes sismos. A escala de
magnitude de momento Mw, é uniformemente aplicável para todo tamanho de
sismo (mas é mais difícil ser calculado que os outros tipos), sobretudo para sismos
de mediana a grande magnitude. Para sismos pequenos, outras escalas poderiam
ser usadas como a escala de Richter.
A magnitude do momento, a escala comumente usada para aplicações de
engenharia, é a escala preferida para o cálculo da resistência à liquefação. Como
47

apresenta a Figura 3.1, magnitudes de outras escalas podem ser substituídas


diretamente para MW.
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Figura 3.1 - Relações entre Mw e outras escalas de magnitude (NCEER, 1998)

3.1.2.
Razão de resistências cíclicas à liquefação (CRR)

A razão de resistência cíclica é a razão de tensões cíclicas que causa


liquefação num solo sem coesão, para um sismo de magnitude M=7 ½ como
obtidos das correlações semi-empíricas baseadas em casos históricos. Estas
correlações semi-empíricas são baseadas principalmente em dados para condições
no nível do terreno e tensões de sobrecarga efetivas no âmbito de 100 KPa, Seed
(1983) recomendou que o CRR seja corrigido por esses efeitos. Por esta razão, na
fórmula do FSL da equação 3.1 estão adicionados os fatores de correção pela
magnitude MSF, por sobrecarga Kσ, e pelas tensões cisalhantes estáticas Kα.
Procedimentos semi-empíricos para avaliar a liquefação foram inicialmente
desenvolvidos usando o Ensaio de Penetração Standard SPT e ainda são os mais
usados. Subseqüentes desenvolvimentos, desde o original procedimento
recomendado por Seed et al. (1984, 1985), têm incluído contribuições de muitos
pesquisadores, especialmente na investigação de casos históricos individuais onde
evidências de liquefação foram ou não foram observadas. Em 1996/98 o
seminário NCEER/NSF resultou num número de revisões sugeridas para
procedimento baseados no SPT, mas com só um menor ajuste da curva CRR vs.
(N1)60 para areias limpas proposta por Seed em 1984.
48

Idriss e Boulanger em 2004 fizeram uma re-avaliação dos procedimentos


baseados nos ensaios de SPT e incorporaram várias revisões dos parâmetros. A
forma da curva CRR vs. (N1)60 a altos valores de (N1)60 foram guiados por
considerações teóricas e experimentais porque tiveram insuficientes dados de
casos históricos para limitar a curva neste intervalo. Em 1982, Seed e Idriss
definiu a curva CRR vs. (N1)60 assintótica à vertical para (N1)60 ≈ 35 porque os
resultados de De Alba et al. (1976) na mesa vibratória indicava que a pendente da
relação CRR–DR poderia se incrementar substancialmente a altos valores de DR.
Seed em 1984 deixou similarmente a curva CRR vs. (N1)60 assintótica à vertical ,
mas para (N1)60 ≈ 30. No trabalho de Idriss e Boulanger de 2004, a relação CRR
vs. (N1)60 foi assinada uma inclinação muito pronunciada, mas não vertical,
baseados na re-avaliação dos resultados experimentais para amostras de campo de
alta qualidade obtidas com técnicas de amostragem congeladas e julgamentos
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baseados nas relações conceptuais entre DR (a qual se relaciona com valores de


(N1)60), tensões confinantes efetivas (as quais mudam com as tensões cisalhantes
aplicadas), e o CRR como derivada a través da teoria de ξR.
As novas relações CRR vs. (N1)60 revisadas por Idriss & Boulanger, são
apresentadas nas Figuras 3.2 a 3.4. O caso de solos sem coesão com conteúdo de
finos menores ou igual a 5% são mostrados na Figura 3.2, que contém a curva
proposta por Idriss e Boulanger junto com a curva recomendada pelo seminário da
NCEER/NSF. Na Figura 3.3, a curva para FC ≤ 5% é comparada com outras
curvas publicadas, incluindo a mais cedo (Seed, 1979) até a mais recente relação
(Cetin, 2000 resumida por Seed em 2001). Deve-se ressaltar que as curvas e os
pontos de dados para casos históricos de liquefação/não liquefação pertencem a
sismos de magnitude M=7½ e tensões verticais efetivas σ’vo = 1atm (100 KPa).
49

Figura 3.2 - Casos históricos de SPT para areias limpas, a curva proposta pela NCEER
(1997) e a curva recomendada por Idriss e Boulanger (2004).
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Figura 3.3 - Curva de CRR com (N1)60 publicados dede 1979 para areias limpas.
Os casos para solos sem coesão com finos também foram re-analisados por
Idriss e Boulanger em 2004 e são apresentados na Figura 3.4. Como se pode
verificar a curva revisada é inferior á curva proposta pela NCEER/NF em
1996/1998.
50

Figura 3.4 - Casos Históricos de SPT para solos sem coesão com FC ≥ 35%, curvas da
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NCEER (1997) e a recomendada por Idriss % Boulanger (2004).

Finalmente, o valor de CRR proposta por Idriss e Boulanger, para um sismo


de M=7½ e tensão vertical efetiva σ’vo = 1atm, pode ser calculada baseada em
(N1)60 do SPT, usando a seguinte equação:
 (N 1 )  (N 1 )60cs 
2
 (N ) 
3
 (N ) 
4

CRR 7.5 = exp  60 cs
+   −  1 60cs  +  1 60cs  − 2.8 (3.4)
 14.1  126   23.6   25.4  

Onde:
(N1)60cs O valor de N do SPT corrigido, e é calculado da seguinte maneira:
(N1 )60cs = (N1 )60 + ∆ (N1 )60 (3.5)

O término (N1)60 é o valor Nm do SPT medido no campo, corrigido por


vários fatores segundo o acordado no seminário da NCEER 1996/1998, como
segue:
(N 1 )60 = N m C N CE CB CR CS (3.6)
Onde:
CN Normaliza a pressão de sobrecarga efetiva σ’vo à Pa (1atm ≈
100KPa) para obter uma quantidade adimensional, independente
das tensões e mais unicamente relacionada à densidade relativa
DR da areia. Boulanger & Idriss (2004) a definiram como:
51

m
 P 
CN =  a' 
 ≤ 1.7 (3.7)
 σ vo 

m = 0.784 − 0.0768 (N1 )60 (3.8)

Com (N1)60 limitado a um valor máximo de 46. Para solucionar CN requer-


se iteração porque (N1)60 depende de CN e CN depende de (N1)60.

CE Correção pela eficiência da energia do martelo.


Equipamento CE

Martelo tipo Rolo 0.50 – 1.00 (0.75)


Martelo de Seguridade 0.70 – 1.20 (0.95)
Martelo tipo Rolo Automático 0.80 – 1.30 (1.05)
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CB Correção pelo diâmetro da perfuração.


Diâmetro da perfuração CB
65 a 115 mm 1.00
150 mm 1.05
200 mm 1.15

CR Correção pelo comprimento da vara.


Comprimento da vara CR

<3m 0.75
3-4 m 0.80
4-6 m 0.85
6-10 m 0.95
10-30 m 1.00

CS Correção pela configuração não padronizada do amostrador


Método de amostragem CS

Amostrador padronizado 1.00


Amostrador sem revestimento 1.10 - 1.30
O termo ∆(N1)60 é o ajuste da resistência à penetração do SPT a um
equivalente valor de areia limpa e expressa como:
 9.7  15.7  
2

∆( N1 )60 = exp 1.63 + −   (3.9)


 FC + 0.1  FC + 0.1  

52

Onde FC é o conteúdo de finos em porcentagem.

O uso da equação de CRR provê um meio conveniente para avaliar a razão


de tensões cíclicas que causam liquefação em solos sem coesão com qualquer
conteúdo de finos.

3.1.3.
Fator de escala da magnitude MSF

Idriss (TRB 1999) propôs um novo grupo de MSFs que são compatíveis
com, e somente para ser usados com, o rd dependente da magnitude que também
foi proposto por ele. Estes novos MSFs têm valores ligeiramente maiores que os
MSFs originais de Seed e Idriss (1982), mas menores que os outros MSFs
revisados pela NCEER (1998) e são obtidos pela seguinte relação:
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−M 
MSF = 6.9 exp   − 0.058 ≤ 1.8 (3.10)
 4 
Os valores de MSF obtidos com esta equação são apresentados na Figura
3.5, junto com outros propostos por autores distintos.

Figura 3.5 - Fator de Escala da Magnitude MSF propostos por vários pesquisadores.

As relações de Ambraseys em 1988 e Arango em1996 apresentam valores


de MSF significativamente maior para magnitudes de sismo M<7, mas estas
diferenças são particularmente atribuídas a diferenças nas relações de rd
assumidas, como descritas anteriormente.
53

MSF e rd são inter-relacionadas através de sua dependência na magnitude do


sismo. Por exemplo, magnitudes pequenas resultam em pequenos valores de rd e
grandes valores MSF. Conseqüentemente, derivações empíricas de MSF que se
baseiam em relações rd independentes da magnitude (isto é, Ambraseys e Arango)
são juntadas ambos os efeitos da magnitude dentro do parâmetro MSF sozinho.
No entanto, mesmo se as relações de MSF de Ambraseys ou Arango são usadas
com seus correspondentes coeficientes de redução de tensões independentes da
magnitude, acredita-se que eles produzirão resultados não conservativos para
profundidades quase superficiais durante sismos de pequena magnitude (M≤6½).
O valor máximo de MSF, expresso na equação 3.10 e apresentado na Figura
3.5, deriva-se do fato que a mínima duração de sismos de pequenas magnitudes
correspondem a aproximadamente ¾ de um ciclo da tensão pico.
As relações de rd e MSF descritas nas equações 3.3 e 3.10 são recomendadas
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para uso na prática porque eles incorporam características básicas do


comportamento identificado pelos estudos analíticos e experimentais, sem se
tornar complexo ou dar uma indevida precisão.

3.1.4.
Correções por altas pressões de sobrecarga Kσ e por tensões
cisalhantes estáticas do depósito Kα

Os fatores de correção Kσ e Kα foram desenvolvidos inicialmente por Seed


(1983) para ajustar a razão de resistência cíclica (CRR) às sobrecargas estáticas e
às tensões cisalhantes maiores que aquelas envolvidas no desenvolvimento do
procedimento simplificado. Como já mencionado, o procedimento simplificado só
é válido para lugares levemente inclinados (baixa tensão cisalhante estática) e
profundidades menores que 15 metros (pressão de sobrecarga baixa). O fator de
correção Kσ estende a razão cíclica a altas pressões de sobrecarga, assim como o
fator de correção Kα permite estender o procedimento simplificado para condições
de taludes fortemente inclinados.
O efeito da tensão por sobrecarga sobre o CRR foi recentemente re-avaliado
em alguns detalhes por Boulanger (2003) e Boulanger e Idriss (2004). Esta re-
avaliação usou a teoria do estado crítico na qual um índice de parâmetro de estado
(ξR), como definido na Figura 3.6, foi introduzido por Boulanger (2003) como um
méio prático para inter-relacionar os efeitos combinados de DR e σ’v0 sobre CRR.
54

Como mostrado na Figura 3.6, ξR é a diferença entre a DR atual e a DR do estado


crítico (DR,CS) para a mesma tensão normal efetiva média. A linha do estado
crítico empírico na Figura 3.6 foi derivada do índice da dilatância relativa de
Bolton, IRD, (1986), a qual é um índice empírico que envolve os conceitos do
estado crítico. O parâmetro Q determina a tensão na qual a linha do estado crítico
curva abruptamente para abaixo, indicando o inicio significativo da trituração da
partícula, e este valor depende do tipo de grão, onde Q≈10 é empregado para
quartzo e feldspato.
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Figura 3.6 - Definição do índice do parâmetro do estado relativo (após Boulanger 2003)

Boulanger (2003) mostrou que CRR poderia ser expresso como uma única
função de ξR, e Idriss e Boulanger (2003) mostrou que ξR poderia ser expresso em
termos da resistência à penetração do SPT.
Uma maneira de representar os efeitos da tensão de sobrecarga sobre CRR
segundo os estudos descritos acima foi através de um fator Kσ, a qual tem sido a
aproximação padrão desde 1983 (Boulanger e Idriss, 2003):
σ ' 
Kσ = 1 − Cσ ln  Vo  ≤ 1.0 (3.11)
 Pa 
1
Cσ = ≤ 0.3 (3.12)
18.9 − 17.3DR
Idriss e Boulanger (2003) re-avaliaram correlações entre (N1)60, e DR com o
propósito de avaliar a liquefação, e recomendaram a seguinte expressão para
areias limpas (Seed et al., 1986):
55

(N 1 )60
= 0.15 (N 1 )60
0.5
DR = (3.13)
46
Subseqüentemente o termo Cσ foi expresso em termos de (N1)60 como:
1
Cσ = (3.14)
18.9 − 2.55 (N1 )60
Com (N1)60 limitado ao máximo valor de 37 para cumprir Cσ ≤ 0.3.

O valor de Kσ foi restringido para ser menor que 1.0, embora o valor de Kσ
exceda 1.0 quando σ’vo/Pa é menor que a unidade (Figura 3.7) porque a relação foi
derivada de resultados de análises para 1 < σ’vo/Pa < 10 e é preferível que a curva
não seja controlada por estes poucos pontos para profundidades superficiais
A relação Kσ recomendado prove valores significativamente maiores para
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σ’vo/Pa > 1 em comparação com as curvas desenvolvidas por Hynes e Olsen


(1998) e recomendada em Youd et al. (2001) como mostrado na Figura 3.7.

Figura 3.7 - Comparação das relações Kσ derivadas

Da mesma forma, uma expressão relacionando Kα para ξR foi obtida por


Idriss e Boulander (2003):
 −ξ 
Kα = a + b exp R  (3.15a)
 c 
Onde:
56

a = 1267 + 636α 2 − 634 exp(α ) − 632 exp(− α ) (3.15b)

(
b = exp − 1.11 + 12.3α 2 + 1.31Ln(α + 0.0001) ) (3.15c)

c = 0.138 + 0.126α + 2.52α 3 (3.15d)


α = τ s / σ 'v 0 (3.15e)

Onde τs é a tensão cisalhante estática e σ’v0 a tensão vertical efetiva inicial.


Usando as equações 3.15 e a Figura 3.6, pode-se substituir ξR em termos de
(N1)60.
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Figura 3.8 - Variações de Kα com o número de golpes do SPT (N1)60 para σ’v0 = 1atm

Estas curvas deverão ser usadas com cuidado e somente por especialistas em
engenharia sísmica geotécnica (NCEER).

3.2.
Modelos geotécnicos para a análise dinâmica do fenômeno de
liquefação

3.2.1.
Modelo de tensões efetivas para cálculo da liquefação - Finn & Martin
1977

A resposta dinâmica, ao menos para areias fofas a medianamente densas,


saturadas, é dominado pelos efeitos do incremento das poropressões que são
desenvolvidas durante um sismo. A resistência à deformação em qualquer ponto
do depósito de areia é uma função das tensões efetivas as quais dependem da
razão de geração e dissipação das poropressões.
57

Finn apresentou um método de análises de tensões efetivas para um caso


restrito, mas prático, considerando um depósito de areia saturada estratificada
horizontalmente, movimentando-se por ondas cisalhantes horizontais se
propagando verticalmente.
O método está baseado em um grupo de leis constitutivas as quais tomam
em consideração importantes fatores que afeta a resposta de areias saturadas ante
um carregamento sísmico:
• Módulo cisalhante inicial in-situ.
• Variação do módulo cisalhante com a deformação cisalhante.
• Geração e dissipação das poropressões.
• Câmbios na tensão normal efetiva meia.
• Amortecimento.
Endurecimento (Hardening)
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As variações de volume e pelo tanto as poropressões desenvolvidas durante
um sismo dependem das deformações cisalhantes sísmicas, e estas deformações
dependem à vez das características de rigidez e amortecimento da camada da
areia.
Estudos iniciais das relações tensão efetiva-deformação, Seed e Idriss, e
Hardin e Drnevich, mostraram os módulos cisalhantes G como uma função da
tensão normal efetiva meia e da deformação cisalhante. Em areias saturadas a
desenvolvimento progressivo das poropressões durante uma excitação sísmica
está continuamente diminuendo o nível das tensões efetivas e por tanto o módulo
cisalhante e a resistência à deformação.
Durante o carregamento cíclico os deslizamentos entre grãos resultam em
uma compactação volumétrica e em um incremento do valor de K0 (coeficiente de
tensão lateral efetiva). Ambos os efeitos rigidizam à areia em contra de maior
deformação. Este processo que incrementa a resistência é conhecido como
endurecimento ou hardening, o qual tem sido notado em areias secas e em areias
saturadas não drenadas para níveis de deformação típica de movimentos sísmicos.
Durante um sismo o depósito de areia é sujeita a um padrão de
carregamento irregular que consiste em intervalos de carregamento,
descarregamento e re-carregamento. A areia tem diferentes características de
comportamento em cada um das diferentes fases.
58

Carregamento inicial
A resposta da areia inicialmente ante um carregamento sísmico é controlado
por seu estado in-situ especificado por seu módulo cisalhante Gm0. Este valor
máximo inicial do módulo cisalhante pode ser determinado por métodos
geofísicos ou por ensaios de coluna ressonante. Finn utilizou a equação de Hardin-
Drnevich, a qual dá uma representação meia para módulos cisalhantes baseados
em dados de ensaios numa variedade de areias.
Gm 0 γ
τ = (3.16)
G
1 + m0 γ
τ m0
Onde:
τ Tensão cisalhante a uma amplitude de cisalhante γ
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Gm0 Módulo tangente máximo inicial


τm0 Tensão cisalhante máxima que pode ser aplicado na areia no
estado inicial sem falha.
γ Amplitude da deformação cisalhante para o ciclo atual.
2 1

14,760
(2.973 − e ) 1 + 2 K0  2
σ v' psf (3.17)
Gm0 =  
1+ e  3 
1
 1 + K 0 
2
1 − K0  
2 2

τ m0 =  sin φ '  −    σ v' psf (3.18)


 2   2  

Onde:
e Razão de vazios (valor máx. 2)
σ'v Tensão vertical efetiva
K0 Coeficiente de pressão de solos
φ’ ângulo efetivo da resistência cisalhante

Descarregamento e re-carregamento
Se o reverso do carregamento ocorre a (γr,τr) então a equação da curva
tensão-deformação durante a etapa de descarregamento ou re-carregamento para o
ponto de reverso é assumido como:
59

Gmn (γ − γ r )
τ −τr γ − γr  τ −τr 2
= f  ⇒ = (3.19)
2  2  2 Gmn (γ − γ r )
1+
2τ mn
Onde:
τr Tensão cisalhante no último carregamento de reverso da curva
tensão-deformação,
γr Deformação cisalhante no último carregamento de reverso da
curva tensão-deformação,
Gmn Módulo cisalhante máximo,
τmn Tensão cisalhante máximo.

3.2.1.1.
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Efeitos do endurecimento e poropressões

Em geral, tem-se observado em laboratório em ensaios típicos de


cisalhamento simples com deformações cíclicas que, a maior alteração de volume
em areias secas ou o maior incremento de poropressões em areias saturadas não
drenadas, ocorre durante o processo de descarregamento. Então as modificações à
curva de tensão-deformação para tomar em conta o endurecimento e poropressões
são feitas somente durante a fase de descarregamento.

Endurecimento ou “Hardening”
As equações 3.20 e 3.21 determinam o módulo cisalhante Gmn e a tensão
cisalhante máximo τmn em qualquer ciclo de carregamento, em termos dos valores
iniciais Gm0 e τm0 e um parâmetro que mede a quantidade de endurecimento que
tem ocorrido devido a carregamentos cíclicos prévios.
 ε vd 
G mn = G m 0 1 +  (3.20)
 H 1 + H 2 ε vd 
 ε vd 
τ mn = τ m 0 1 +  (3.21)
 H 3 + H 4 ε vd 
Onde:
εvd Deformação volumétrica acumulada
60

H1, H2, H3, H4 Constantes determinadas ajustando as equações 3.20 e


3.21 a os resultados do ensaio de carregamento cíclico a
deformação constante usando um aparato de
cisalhamento simples. (Como apresentado na Figura 3.9).
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Figura 3.9 - Módulo Cisalhante médio a vários valores de Deformação Volumétrica.

A Figura 3.10 mostra uma comparação entre relações tensão-deformação


experimental num cisalhamento simples e estas preditas pela teoria para o
segundo e quarto ciclo de carregamento Finn et al. (1976). Pode-se apreciar uma
boa comparação entre as duas curvas experimental e teórica.

Figura 3.10 - Comparação entre as curvas Tensão-Deformação predita e medida.

Geração de poropressões
Durante um teste de cisalhamento simples drenado numa areia de volume
unitário e porosidade np, um ciclo de deformação cisalhante γ causa um
incremento da deformação por compactação volumétrica ∆εvd, devido ao
deslizamento dos grãos. Durante uma prova de cisalhamento não drenada com o
61

mesmo sistema de tensões efetivas, ciclo de deformação cisalhante γ, causa


incrementos em poropressões ∆u.
∆ε vd
∆u = (3.22)
1 np
+
Er K w
Onde:
Er Módulo unidimensional da areia a tensão cisalhante σ’c.
Kw Módulo de deformação volumétrica da água.

Para areias saturadas Kw >> Er, então


∆u = E r ∆ε vd (3.23)
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Sob condições de cisalhamento simples, o incremento da deformação


volumétrica ∆εvd, esta em função da deformação volumétrica acumulada, εvd, e a
amplitude do ciclo de deformação cisalhante, γ, e é expressa da seguinte forma:
C 3 ε vd2
∆ε vd = C1 (γ − C 2 ε vd ) + (3.24)
γ + C 4 ε vd
Onde:
∆εvd Incremento da deformação volumétrica no ciclo atual,
γ Amplitude da deformação cisalhante para o ciclo atual,
εvd deformação volumétrica que ocorre no ciclo prévio,
C1 até C4 são constantes que dependem do tipo da areia e sua densidade
relativa.

Estas constantes foram avaliadas por Finn segundo os dados mostrados na


Figura 3.12. A constante C1 é avaliada para εvd =0, em tanto as constantes
restantes podem ser calculadas selecionando três pontos sobre outro contorno
constante de εvd, substituindo os valores de γ na equação 3.24 e resolvendo as três
equações simultâneas.
62

Figura 3.11 - Curva Deformação Volumétrica para ensaios de Cisalhamento Cíclico a


Amplitude de Deformação Constante (Martin et al., 1975)
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Figura 3.12 - Curva de Deformação Volumétrica Incremental (Martin et al., 1975)

Segundo o dito, Finn e Martin encontraram os valores de C1=0.80, C2=0.79,


C3=0.45 e C4=0.73 para cada constante.
Uma expressão analítica para o módulo Er, para um nível de tensão efetiva
σ’v, é dado por:

Er =
(σ ) (σ )
' 1− m
v ' n−m
(3.25)
v0
mK 2

Onde:
σ’vo valor inicial da tensão efetiva.
K2, m, n constantes experimentais para a areia dada.
63

O incremento das poropressões, ∆u, calculado segundo a equação 3.23,


durante um ciclo de carregamento dado, está distribuído na porção de
descarregamento do ciclo de carga, com máxima deformação cisalhante, γ, e o
módulo cisalhante atual é modificado progressivamente para tensões efetivas em
cada intervalo de tempo, ∆t, ao igual que as tensões cisalhantes.
Finalmente, para areias saturadas, o máximo módulo cisalhante, Gmn, e a
máxima tensão cisalhante permissível, τmn, para o ciclo nth de carregamento, são
relacionados com os valores iniciais por
1
 ε vd   σ v'  2
G mn = G m 0 1 +   '  (3.26)
 H 1 + H 2 ε vd   σ v0 
 ε vd  σ v'
τ mn = τ m 0 1 +  ' (3.27)
 H 3 + H 4 ε vd  σ v0
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Onde:
σ’v0 tensão vertical efetiva inicial
σ’v tensão vertical efetiva no inicio do nth ciclo.

Estas equações nos permitem calcular o módulo de cisalhamento máximo e


tensões de cisalhamento compatível com a quantidade de endurecimento q podem
ocorrer e o valor atual das poropressões.
Finalmente, estas equações são usadas para predisser o ciclo de razão de
tensão cisalhante, τ/σ’v0, para causar a liquefação em areia cristal sílice saturada
em provas de cisalhamento simples cíclico em volume constante.

3.2.2.
Modelo acoplado volume-cisalhamento cíclico e poropressões para
areias - Byrne 1991

A modificação feita por Byrne em 1991, sobre a teoria desenvolvida por


Finn e Martin (1977) calcula o módulo cisalhante máximo Gmax, segundo a
equação proposta por Seed e Idriss (1970).
0.5
σ ' 
Gmáx = 21.7 (K 2 )max Pa  m  (3.28)
 Pa 
Onde:
Gmáx Máximo módulo cisalhante (pequena deformação), em kPa,
64

(K2)max Número do módulo cisalhante (Seed e Idriss, 1970), depende da


densidade relativa ou do valor (N1)60 da areia
Pa 1 pressão atmosférica (101.325 kPa),
σ’m Tensão média normal, em kPa.

Seed e Idriss (1970) indicaram que (K2)max pode ser expressa em função da
Dr pela seguinte equação:
2
(K 2 )max = 3.5 (D r ) 3 (3.29a)
Na qual Dr esta em %, e expressando em termos do (N1)60, (equação 3.13):
1
(K 2 )max = 20 (N 1 )603 (3.29b)
O módulo cisalhante tangente reduzido para um elemento base é calculado
baseado na magnitude da deformação cisalhante que já tem ocorrido. Esta redução
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do módulo cisalhante foi avaliada usando a formulação tipo hiperbólica da


deformação – tensão aplicada a um caso de cisalhamento simples (Pyke, 1979)
onde a tensão cisalhante, τ, é relacionado com a deformação cisalhante γ, dada
pela equação 3.19, dada anteriormente.
O módulo de deformação volumétrica, B, foi calculado do módulo de
cisalhamento máximo:
2 Gmax (1 + ν )
B = (3.30)
3 (1 − 2ν )
Onde:
Gmax Máximo módulo cisalhante, e
ν Razão de Poisson dos Solos

O módulo de deformação volumétrica B, calculado como descrito na


equação anterior é representativo do solo num estado drenado. Para um modelo de
comportamento não drenado de solos saturados, o módulo de deformação
volumétrica da água, Bw, é ingressado para ser usado junto com o módulo
cisalhante e o módulo de deformação volumétrica drenado dos solos.
Byrne (1991) apresentou uma gráfica alternativa da gráfica da Figura 3.11
apresentada por Finn e Martin (1977) mostrada na Figura 3.13, na qual o
incremento da deformação volumétrica por ciclo, ∆εvd, é ploteada versus a
65

deformação volumétrica acumulada, εvd, para os três níveis de deformação


cisalhante.
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Figura 3.13 - Curva Alternativa da Deformação Volumétrica dos dados de Martin, 1977

Adicionalmente, apresentou outra curva, Figura 3.14, na qual divide os


eixos da Figura 3.13 pela deformação cisalhante. Nessa Figura 3.14, observou que
as três curvas da Figura 3.13 colapsam numa única curva que pode ser
representada por:

∆ε V   εV 
= C1 exp  − C 2    (3.31)
γ  γ 
Onde:
∆εv Incremento da deformação volumétrica que acontece no ciclo
atual,
εv Deformação volumétrica acumulada para ciclos prévios,
γ Amplitude da deformação cisalhante para o ciclo atual, e
C1 e C2 Constantes dependentes do comportamento da deformação
volumétrica da areia.

A deformação volumétrica estimada usando esta equação foi aplicada como


incrementos na deformação normal para elementos saturado, como previamente
descrito acima, resulta em incrementos da poropressão.
66

Figura 3.14 - Deformação Volumétrica Incremental Normalizada

De acordo com Byrne (1991), a constante C1 na equação 3.31 controla a


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quantidade do incremento de deformação volumétrica e C2 controla a forma da


curva de deformação volumétrica. Estas constantes são estimadas dos dados de
deformação volumétrica obtidas de testes de cisalhamento simples cíclicos na
areia particular de interes. Quando tais dados não são disponíveis Byrne (1991)
indica que as constantes podem ser estimadas usando estas equações:
C1 = 7600 (DR )
−2.5
(3.32a)

C2 = 0.4 / C1 (3.33)
Onde:
DR Densidade relativa dos solos em porcentagem

Segundo a equação de Idriss e Boulanger (2003) para correlacionar (N1)60 e


DR (equação 3.13) a equação para C1 fica:
C1 = 8.7 (N 1 )60
−1.25
(3.32b)

3.2.3.
Modelo UBCSAND – Byrne, 1995

O mais simples e realístico modelo para solos é o clássico modelo elástico-


plástico de Mohr-Coulomb como apresentado na Figura 3.15. Solos são
modelados como elásticos debaixo da envoltória de resistência e plástico sobre a
envoltória de resistência com incrementos de deformações cisalhantes plásticas e
67

volumétricas relacionadas pelo ângulo de dilatação, ψ. Este modelo é muito


simples para solos devido que as deformações plásticas também ocorrem para
estados de tensões por debaixo da envoltória de resistência. O modelo tensão-
deformação do UBCSAND modifica o modelo de Mohr-Coulomb para capturar
as deformações plásticas que ocorrem em toda a etapa de carregamento.
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Figura 3.15 - Modelo Clássico de Mohr-Coulomb

O modelo UBCSAND foi desenvolvido pelo Professor Peter M. Byrne e


seus colegas da Universidade da British Columbia, Vancouver, Canadá (Byrne et
al., 1995; Beaty & Byrne, 1998; Byrne et al., 2004a), e é capaz de simular o
comportamento tensão-deformação do solo sob carregamento estático ou cíclico
para condições drenadas ou não drenadas usando uma formulação elásto-plástico,
onde o módulo cisalhante tem componentes elásticas e plásticas.
O ponto de escoamento é suposto ser uma linha radial de razão de tensão
constante como mostrado na Figura 3.16. O descarregamento é suposto elástico.
Re-carregamento induze resposta plástica, mas com um módulo de cisalhamento
plástico rigidizado.
A característica fundamental do UBCSAND é a simplicidade e a robustez
para propósitos práticos. No entanto, não considera o descarregamento como
plástico nem o efeito da rotação das tensões principais associadas com
cisalhamento simples com diferentes K. Um modelo melhorado do UBCSAND
foi implementado por Park (2005), chamado de UBCSAND2, o qual combina um
modelo convencional de plasticidade com um modelo de tensões planas multi-
laminar baseado em muitos planos mobilizados ou de contacto.
68

Figura 3.16 - Modelo UBCSAND

O comportamento mecânico é calculado considerando o estado de tensões


em dois planos mobilizados, um plano de máximas tensões cisalhantes, o qual rota
ou oscila como a direção das tensões principais rota, e um plano horizontal o qual
é espacialmente fixado. Este novo modelo captura o comportamento complexo do
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esqueleto durante um carregamento cíclico incluindo rotação das tensões


principais e os efeitos do descarregamento plástico. Foram validados para
condições de deformação plana e é relativamente simples para ser usado em
problemas de desenho práticos já que envolve uns poucos parâmetros que podem
ser obtidos de testes de penetração in situ ou de testes de laboratório.
Lamentavelmente este último modelo UBCSAND2 não foi possível ser usada
nesta pesquisa por não contar ainda com a rotina de programação.

3.2.3.1.
Comportamento elástico

A relação de tensão-deformação elástica numa forma incremental é expressa


pela lei de Hooke de deformação plana. Muitos problemas geotécnicos tais como
túneis, barragens, taludes e muros de retenção são analisados como uma condição
de deformação plana. A lei do Hooke foi formulada em termos do módulo de
Young, E, e a razão de Poisson, ν. Porém, é mais fundamental o uso do módulo
cisalhante elástico G, e o módulo de deformação volumétrica, B, os quais dividem
a deformação elástica: na parte cisalhante e numa parte volumétrica,
respectivamente. A componente elástica da resposta é assumida para ser
isotrópica, e especificada para um módulo cisalhante G e um módulo de
deformação volumétrica B que são dependentes do nível de tensões.
69

Módulo cisalhante elástico


O módulo cisalhante elástico Ge é freqüentemente estimado da velocidade
de onda cisalhante ou através de correlações com a resistência à penetração. Ge
pode ser expressa como uma modificação da correlação de Seed et al. (1986):
ne
σ ' 
G e
= k G Pa  m
e
 (3.34)
 Pa 
Onde:
Pa Pressão atmosférica (100 kPa)
σ’m Tensão de confinamento efetivo médio definido como (σ’1 +
σ’3)/2
ne Expoente do módulos cisalhante elástico que varia entre 0.4 e 0.6,
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e pode ser tomado aproximadamente como 0.5 (Byrne et al.


2004a)
k Ge Número do módulo cisalhante elástico que depende da densidade
da areia.
Varia de 500 para areias fofas até 2000 para areias densas.

O valor de K pode ser obtido diretamente da velocidade de onda cisalhante


ou testes de coluna, ou indiretamente de relações empíricas. Baseado em Seed e
Idriss (1970), k Ge pode ser relacionado com K2max como segui:

k Ge = 21.7 (K 2 max ) (3.35)


Onde K2max é uma função de (N1)60 e Seed et al. (1986) sugere K2max =
20(N1)601/3.

Módulo de deformação volumétrica elástico


Uma medida do módulo de deformação volumétrica elástico é usando
medidas de alta qualidade da resposta volumétrica durante descarregamento.
Alternativamente, o módulo de deformação volumétrica elástico B pode ser obtido
indiretamente do módulo de cisalhamento elástico G como uma função da razão
de Poisson, ν.
70

me
σ ' 
B e
= k Pa  m
e
B
 (3.36a)
 Pa 
ou
Be = αB Ge (3.36b)
Onde
me Expoente do módulos de deformação volumétrica elástico, pode
ser igual a ne = 0.5.
k Be Número do módulo de deformação volumétrica elástico.

k Be = α B k Ge (3.37)

 2 (1 + ν ) 
α B =   (3.38)
 3 (1 − 2ν ) 
Como ν varia num intervalo de 0.0 a 0.2, αB varia entre 2/3 e 3/4. Os
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valores geralmente assumidos para αB são 0.7 ou a unidade.

3.2.3.2.
Módulo cisalhante plástico

O módulo de cisalhamento plástico tangente, Gp, relaciona as tensões


cisalhantes e as deformações cisalhantes plásticas com a razão de tensões como
mostrado na Figura 3.17. Movimentando a localização do inicio do escoamento de
A para B na Figura 3.16 requere um incremento de deformação cisalhante
plástica, ∆γP, como mostrado na Figura 3.17, e é controlado pelo módulo de
cisalhamento plástico.
O Gp decresce gradualmente de seu valor máximo a deformações muito
pequenas, Gpmax, e pode ser calculado usando uma relação hiperbólica formulada
como:
2
 η 
G p
= G p
max
 1 − R f  (3.39)
 ηf 
Onde:
Rf Razão de falha e é igual à razão das tensões na falha, nf, dividida
pela razão de tensões última para a melhor aproximação
hiperbólica para os dados da tensão-deformação dos solos. É
sempre menor que a unidade, e os valores de Rf=0.99 e Rf =0.92
71

foram usados para testes de cisalhamento simples direto cíclicos e


monotónicos, respectivamente (Park 2006, nas areias de Fraser
River).
η Razão de tensões no plano da tensão de cisalhamento máxima,
ηf Razão de tensões no plano de falha e igual à Senφf, onde φf é o
ângulo de atrito pico.
p
Gmax O módulo cisalhante plástico máximo pode ser calculado da
seguinte maneira:
np
σ ' 
G p
= k Pa  m
p
G
 (3.40)
 Pa 
Onde
np é o expoente do módulo cisalhante plástico, varia entre 0.4 e 0.5
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k Gp é um número do módulo cisalhante plástico, o qual é


adimensional e dependente da densidade do solo. Segundo os
modelagens feitos na areia Nevada (Byrne et al. 2004a) a
diferentes densidades, encontraram uma relação de k Gp com k Ge
segundo:
≈ 4.2 (D r ) . k Ge + 100
4
k Gp (3.41)
Dr é expressa em fração

Figura 3.17 - Relação Hiperbólica Tensão-Deformação


72

3.2.3.3.
Incremento da deformação cisalhante e volumétrica plástica

Os incrementos da deformação cisalhante plástica, γp, são calculados do


módulo cisalhante plástico e dos incrementos na tensão de confinamento efetiva
que ocorre. Os incrementos da deformação volumétrica plástica, ∆εvP, são
calculados usando os incrementos da deformação cisalhante plástica, γp, e o
ângulo de dilatação, ψ:
∆ε vP = ∆γ P . Senψ (3.42)
O ângulo de dilatação está baseado nos dados de laboratório e considerações
de energia e é aproximado por:
Senψ = (Sen φ d − Sen φcv ) (3.43)
Onde
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φcv Ângulo de atrito a volume constante ou ângulo da fase de


transformação, e
φd Ângulo de atrito desenvolvido, descreve a atual localização do
escoamento.

Um valor negativo de ψ corresponde à contração. A contração ocorre para


estado de tensões debaixo de φcv e a dilatação acima, como mostrada na Figura
3.18.

Figura 3.18 - Zona de contração e dilatação por cisalhamento induzido

A posição da localização do escoamento φd é conhecida para cada elemento


ao inicio para cada passo de tempo. Se a razão de tensões incrementa e a
deformação plástica é prevista, então a localização do escoamento para aquele
73

elemento é incrementado por uma quantidade ∆φd como dado pela equação 3.44.
O descarregamento da razão de tensões é considerado elástico. Sob re-
carregamento, a localização do escoamento é inicializada para a razão de tensões
correspondente ao ponto de tensão reversa.
 GP 
∆ (Senφd ) =   . ∆γ P (3.44)
 σ 'm 
A resposta da areia é controlada pelo comportamento do esqueleto. Um
fluido (mistura de água e ar) nos poros da areia atua como uma restrição
volumétrica sobre o esqueleto se a drenagem é cortada. É esta restrição que causa
o incremento das poropressões que pode levar à liquefação. Desde que o esqueleto
ou o comportamento drenado é apropriadamente modelado sob condições de
carregamento cíclico ou motonico, e a rigidez do fluido dos poros (Bf) e a
drenagem são contabilizados, a resposta à liquefação pode ser predita. Este é o
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conceito incorporado no UBCSAND. Os parâmetros elásticos e plásticos são


altamente dependentes da densidade relativa, a qual deverá ser considerada em
qualquer modelo de calibração. Estes parâmetros podem ser selecionados por
calibração como dados de testes de laboratório. A resposta do modelo pode
também ser comparada com uma base de dados de campo considerável de
ativação da liquefação sob carregamento sísmico. Este base de dados deve ser em
termos de resistência à penetração, tipicamente de testes de penetração do cone
(CPT) ou penetração estandar (SPT). Uma relação comum entre valores de (N1)60
do SPT e a razão de tensões cíclicas que ativa a liquefação para sismos de
magnitudes de 7.5 é dado por Youd et al. (2001).

3.2.3.4.
Ângulo de atrito pico

Embora ensaios de laboratório sejam preferíveis, muitos dados empíricos


são disponíveis para o ângulo de atrito pico. Kulhawy e Mayne (1990) têm
compilado relações comumente usadas no manual Instituto de Investigação da
Potencia Elétrica (EPRI) sobre projetos de fundações. A seleção do ângulo de
atrito pico φf deverá considerar os efeitos da densidade relativa e o nível de
tensões. Porém, para propósitos de simplicidade do modelo, φf foi considerado
para depender só da densidade relativa e, segundo a calibração feita pela
74

UBCSAND na areia de Nevada e na areia Fraser (Byrne, pessoal de comunicação,


2004), esta dado por:
2
φf = φcv + 11.4 (Dr ) (3.45)

O ângulo de atrito pico, φf, pode não ser o mesmo em carregamento não
drenado devido à restrição dos fluidos dos poros alterando a trajetória de tensões
entre carregamento drenado e não drenado. Nesta análise se considerou que será o
mesmo para ambas as condições drenadas e não drenada, e igual aos obtidos dos
testes de laboratório.

3.2.3.5.
Ângulo de atrito a volume constante

O ângulo de atrito a volume constante, φcv, tem sido observado para ser uma
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única propriedade, e é razoavelmente assumido para estar entre 32 e 33 graus de


acordo aos dados de laboratório de Chern, 1985; Negussey et al., 1988; Thomas,
1992. O φcv pode ser assumido para ser o mesmo para condições drenadas e não
drenadas. O valor de φcv foi observado que é igual ao ângulo de atrito na fase de
transformação sob carregamento não drenado (Negussey et al., 1988). O ângulo
de atrito no estado da fase de transformação aparece como único para uma areia
dada sem levar em consideração a tensão de confinamento e a densidade relativa
(Chern, 1985; Chung, 1985). Nesta análise foi usada a equação 3.45 (Byrne,
2004), tendo como dados o ângulo de atrito pico (dos testes de laboratório
reportados nos relatórios prévios) e a densidade relativa expressa como valores de
(N1)60 do SPT (dos relatórios) segundo a equação 3.13.
φcv = φ f − ( N1 )60 / 4 (3.46)

3.2.3.6.
Parâmetro de forma de endurecimento cíclico, Ch

Hc é usado para endurecer os incrementos de deformação volumétrica


plástica durante o carregamento cíclico e é dado por:
 ε Vp 
Hc = 
EXP − C h *  (3.47)
 γ 
75

Ch, é designado como parâmetro de forma de endurecimento cíclico, é


requerido na função de endurecimento cíclico Hc. Isto determina a forma de
endurecimento e é obtido por ajuste dos dados. Para carregamentos monotonicos,
Ch é zero já que não ocorre carregamento cíclico. Ch incrementa com a densidade
relativa e intervalos entre 1.0 e 2.0 para areias fofas a meios densas (isto é, Dr =
40-50%).

3.2.3.7.
Limitações do modelo UBCSAND

O UBCSAND é um simples modelo constitutivo plástico baseado em


tensões efetivas para avaliar a liquefação dos solos. O procedimento de tensões
efetivas do UBCSAND é uma aproximação plástica totalmente acoplada às
tensões e fluxo na qual a contração e a dilatação do esqueleto induzidas pelo
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cisalhamento induzem características de resposta de pré e pós-liquefação. O


esqueleto do solo controla a resposta, e o efeito do fluido dos poros é meramente
controlar a rigidez de deformação volumétrica e o volume do esqueleto. O modelo
UBCSAND é válido na condição de deformação plana por emular a condição de
carregamento por cisalhamento simples similar ao carregamento sísmico e tem
sido aplicado com sucesso à modelagem segundo o observado em vários testes na
centrífuga. (Byrne et al., 2004a, 2004b; Yang et al., 2004a).
O efeito da rotação das tensões principais num teste de cisalhamento
simples depende muito do estado inicial de tensões. Se existe um estado de
tensões onde K (=σ’h/ σ’v)=1.0, então o plano horizontal se torna no plano de
máxima tensão cisalhante tão logo qualquer tensão cisalhante horizontal é
aplicada. Neste caso, o plano de máxima tensão cisalhante é horizontal e
essencialmente permanece invariável para manter parte do carregamento, e não há
efeitos de rotação. A teoria clássica da plasticidade com um único plano simula
esta condição muito bem. Num teste de cisalhamento simples, os espécimes são
tipicamente adensados sob condições de K0 (isto é, K=σ’h/ σ’v=K0). Note que a
tensão horizontal σ’h e a tensão vertical σ’v são iguais a σ’x e σ’y, respectivamente.
Por exemplo, se K=0.5, então a maior tensão de cisalhamento atua num plano a 45
graus (é dizer, plano β =45° na Figura 3.19(a)). Como a tensão cisalhante
horizontal é aplicada, o plano de tensão de cisalhamento máximo gradualmente
76

rota e se torna aproximadamente horizontal na falha (Roscoe, 1970). Pelo tanto,


há uma rotação gradual da tensão principal durante o processo de carregamento. A
teoria clássica de plasticidade com um único plano não pode capturar a resposta
observada neste caso.

Figura 3.19 - Teste de Cisalhamento Simples sob condição adensada K0

Como um exemplo, o UBCSAND calculou dois condições de K (para 0.5 e


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1.0) com a mesma tensão vertical inicial (100 KPa), e foram comparados com o
comportamento monotônico drenado da areia fofa do Fraser River na Figura 3.20.
Presume-se que amostras para testes de cisalhamento simples são consolidados
sob K=K0=0.5 salvo indicação contraria. A predição baseada em K0=0.5 da um
comportamento mais rígido o qual não é consistente como o comportamento
observado.

Figura 3.20 - Resultados numéricos e experimentais do comportamento drenado


monotônico da areia fofa do Fraser River (Sriskandakumar, 2004)

Quando só um plano de tensões máximas é considerado, o incremento da


tensão cisalhante inicial sobre um plano horizontal (τxy) não causa nenhuma
deformação cisalhante plástica significante sobre o plano de cisalhamento máximo
77

quando K=0.5 (é dizer, plano β =45° na Figura 3.19(a)). Pelo tanto, o espécime
adensado para K=0.5 predissera uma resposta mais rígida que para o estado K=1.0
como mostrado na Figura 3.20.
Em conclusão, inicialmente uma resposta elástica do material é prevista
quando K é 0.5, e pelo apresentado, o Modelo UBCSAND baseado num único
plano de tensão cisalhante máxima, não pode capturar o K0-adensado (isto é,
K=0.5) de espécimes de testes de cisalhamento simples.
Para condições de cisalhamento simples, a resposta predita da teoria clássica
de plasticidade será muito rígida se só o plano de cisalhamento máximo é
considerado. Incluindo os incrementos da deformação plástica do plano horizontal
se pode predisser uma resposta mais mole em concordância com a resposta
observada na realidade.
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Figura 3.21 - Curva tensão-deformação cisalhante usando dois planos mobilizados sob
condição K0

Além disso, significantes deformações plásticas sempre ocorrem durante a


fase de carregamento reverso, e o UBCSAND não pode predisser tal
comportamento. O modelo UBCSAND sobre predize a área do loop associado
com o carregamento cíclico, e, por conseguinte sobre predize o amortecimento.
78

4
MODELAGEM COM O FLAC

O FLAC é um programa bi-dimensional de diferenças finitas explícito para


cálculos na engenharia. Este programa simula o comportamento de estruturas
construídas de solo, rocha ou outros materiais que podem experimentar fluxo
plástico quando o limite de escoamento é atingido. Os materiais são representados
por elementos ou zonas, os quais formam uma malha que é ajustada pelo usuário
para adequar à forma do objeto a ser modelado. Cada elemento se comporta de
acordo com as leis de tensão-deformação linear ou não linear prescritas em
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resposta às forças aplicadas ou condições de contorno. O material pode escoar e


fluir, e a malha pode deformar (no modo de grandes deformações) e mover-se
com o material que é representado, o que a faz ideal para modelar liquefação em
solos.
O método de cálculo Lagrangiano explícito e a técnica de zoneamento de
discretização mista usados pelo FLAC, asseguram que o colapso plástico e o fluxo
sejam modelados exatamente.
Apesar de que o FLAC ter sido desenvolvido originalmente para engenharia
geotécnica e de mineração, o programa oferece uma ampla capacidade para
solucionar problemas complexos em mecânica. Vários modelos constitutivos
embutidos, que permitem a simulação de materiais altamente não lineares,
resposta irreversível da geologia, são disponíveis. Além disso, o FLAC contém
varias características especiais, incluindo:
• Elementos de interface para simular planos distintos ao longo do
qual poderiam ocorrer deslizamentos e/ou separação;
• Modos de deformação plana, estado plano de tensões e geometria
axissimétrica;
• Modelos para água subterrânea e adensamentos (totalmente
acoplados) com cálculo da superfície freática;
• Modelo de elementos estruturais para simular suportes estruturais
(ancoragem, estacas);
79

• Análise dinâmica opcional;


• Modelos viscoelástico e viscoplástico (creep) opcional;
• Modelagem termal opcional (e termal acoplado a modelo mecânico,
tensões e poro-pressões);
• Modelo de fluxo de duas fases opcional, para simular o fluxo de dois
fluidos que não se misturam (exemplo, água e gás) a través de um
médio poroso; e
• Facilidade opcional para adicionar novos modelos constitutivos,
definidos pelo usuário escritos em C++ e compilados como
bibliotecas dinâmicas enlaçadas (DLLs) que possam ser carregadas
quando necessárias.
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Análises dinâmicas podem ser executadas com o FLAC, usando o módulo


opcional de cálculo dinâmico. Aceleração, velocidade ou tensões de ondas,
especificadas pelo usuário, podem ser ingressadas diretamente a um modelo
qualquer, assim como condições de contorno externo ou uma excitação interna
para o modelo. O FLAC contém condições de contorno silencioso, “free-field”,
para simular o efeito de um meio elástico infinito no contorno.
O cálculo, baseado no esquema de diferenças finitas explícita, soluciona a
equação total de movimento, usando massas nos nós da malha derivadas da
densidade real das zonas envolvente, no lugar de massas fictícias usadas para
prover uma rápida convergência quando é requerida uma solução estática. A
característica dinâmica permite acoplar modelos de elementos estruturais, para
análise de interação solo-estrutura por movimento sísmico; e modelos de fluxo de
água, que permite análises que envolvem mudanças da poropressão dependente do
tempo associado com a liquefação.

4.1.
Considerações da modelagem dinâmica

Para preparar um modelo FLAC para analises dinâmico, devem ser


considerados três aspectos pelo usuário:
1. Carregamento dinâmico e condições de contorno;
2. Amortecimento mecânico; e
80

3. Transmissão da onda através do modelo.

4.1.1.
Carregamento dinâmico e condições de contorno

O carregamento dinâmico pode ser aplicado da seguinte forma:


• Uma historia de acelerações;
• Historia de velocidades;
• Historia de tensões; ou
• Uma historia de forças.
Estes dados são aplicados no contorno do modelo (comando Apply.) nos
eixos x ou y. Acelerações, velocidades e forças também podem ser aplicadas nos
nós interiores (comando Interior).
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Quando a base do modelo é flexível, o registro do carregamento sísmico


deve ser ingressado em historia de tensões ou força e ser aplicado um contorno
silencioso. Para converter a velocidade de onda em tensões de onda se usa a
seguinte fórmula:
σ n ,s = 2(ρ C p ,s )v n,s (4.1)

Onde
σn,s tensão normal (n) ou cisalhante (s) aplicada;
ρ peso específico da massa;
Cp,s velocidade da propagação de onda p ou s através do meio;
vn,s velocidade normal (n) ou cisalhante (s) da partícula.

(a) Base Flexível


81

(b) Base Rígida


Figura 4.1 - Tipo de condições de contorno para carregamento sísmico disponível no
FLAC

Em problemas dinâmicos as condições de contorno podem causar reflexão


da propagação das ondas na saída do modelo e não permitir a radiação de energia
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necessária. O contorno viscoso desenvolvido por Lysmer e Kuhlemeyer (1969) é


usado pelo FLAC (quiet), baseado no uso de molas independentes na direção
normal e cisalhante no contorno do modelo.
Outro ponto a ser observado, é que os contornos laterais podem receber a
ondas refletidas na estrutura colocada na superfície (exemplo, barragem) e refleti-
las. O FLAC tem incluído uma condição de contorno chamado “free field” que
força os contornos laterais a absorver tais ondas.
Se um registro de aceleração ou velocidade é ingressado diretamente das
medições de campo, o modelo FLAC pode exibir continuidade da velocidade o
deslocamento residual depois que o movimento tenha finalizado. Isto é devido ao
fato que a integral do registro completo tempo-historia não é zero, deverá então,
ser realizado um processo de correção da linha base. A correção da linha base
pode ser executada, determinando uma onda de baixa freqüência o qual, quando
adicionado ao registro de historia real, produze um deslocamento final igual a
zero. A onda de baixa freqüência poder ser uma função polinomial ou periódica,
com parâmetros livres que são ajustados para dar os resultados desejados.

4.1.2.
Amortecimento mecânico

Sistemas dinâmicos naturais contêm algum grau de amortecimento da


energia de vibração dentro do sistema. Em solos e rochas, o amortecimento
82

natural e principalmente histerético, isto é, independente da freqüência (Gemant e


Jackson, 1973; e Wegel e Walther, 1935).
Este tipo de amortecimento é difícil para ser reproduzido numericamente
(manual do Flac, 1995; Cundall, 1976), devido a dois problemas. Primeiro, muitas
funções histeréticas simples não amortecem todos os componentes igualmente
quando varias ondas são superpostas. Segundo, funções histeréticas levam a uma
dependência da trajetória, o qual resulta difícil de interpretar.
O FLAC tem incorporado três funções de amortecimento:
1. Amortecimento Rayleigh;
2. Amortecimento local; e
3. Amortecimento histerético.

O amortecimento Rayleigh, comumente usado para definir amortecimentos


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que são aproximadamente independentes da freqüência numa faixa de


freqüências. Este amortecimento é especificado no FLAC com os parâmetros de
freqüência natural fmin em Hertz (ciclos por segundo) estimada do registro tempo
historia de velocidade ou deslocamento; e a razão de amortecimento crítico, ξmin,
que para materiais geológicos comumente esta na faixa de 2 a 5%.
O amortecimento local trabalha adicionando ou subtraindo massas de um nó
da malha ou nó estrutural num certo tempo durante um ciclo de oscilação,
conservando a massa total. Incrementos de energia cinética são removidos, e essa
quantidade ∆W é proporcional à máxima energia transiente de deformação W. A
razão ∆W/W é independente da freqüência e pode ser relacionada com a fração do
amortecimento crítico D (Kolsky, 1963), obtendo o coeficiente de amortecimento
local igual a α L = π D . Um valor de 5% de amortecimento crítico é usual para
analises dinâmicos.
O amortecimento histerético permite funções de módulos e amortecimentos
dependentes da deformação com código totalmente não linear. O FLAC tem
incluído quatro funções para representar a variação de G/Gmax com a deformação
cíclica (dada em porcentagem), para a areia os parâmetros adotados para se ajustar
aos dados de Seed Idriss (Método de equivalente linear) são os seguintes:
83

Tabela 4.1 - Parâmetros do amortecimento histerético, ajustados para a linha superior da


areia de Seed Idriss, 1970

Default Sig3 Sig4 Hardin


a = 0.9762
a = 1.014
L1 = -3.325 b = -0.4393
b = -0.4792 γref = 0.06
L2 = 0.823 x0 = -1.285
x0 = -1.249
y0 = 0.03154

O amortecimento histerético implementado no FLAC, provê quase nenhuma


dissipação da energia a baixos níveis de deformação cíclica (Figura 4.2).
Também, como pode ser notado nas curvas da Figura 4.3, o módulo de redução
chega a ser zero para 10% da deformação cíclica, o que pode ocasionar um
problema matemático durante o carregamento dinâmico.
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Figura 4.2 - Curva de valores de amortecimento versus deformação cíclica - Modelo


default do histerético do FLAC e de Seed Idriss para uma areia.

Figura 4.3 - Curva de valores do módulo secante versus deformação cíclica - Modelo
default do histerético do FLAC e de Seed Idriss para uma areia.
84

4.1.3.
Transmissão da onda a través do modelo

Numa análise dinâmica, distorções numéricas podem ocorrer em função das


condições de modelagem. As freqüências das ondas de ingresso e as
características do sistema poderiam afetar a precisão da transmissão de onda.
Kuhlemeyer e Lysmer (1973) mostraram que para uma representação mais precisa
da transmissão de onda dentro do modelo, o tamanho do elemento, ∆l, deve ser
menor que aproximadamente um décimo a um oitavo do comprimento de onda.
λ
∆l ≤ (4.2a)
10
Cs
Onde λ= (4.2b)
f
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Cs velocidade de cisalhamento da onda


f componente da freqüência maior

Para sismos que alcancem uma velocidade de pico alta alcançada em pouco
tempo, os requerimentos de Kuhlemeyer e Lismer podem necessitar uma malha
espacial muito fina e passos de tempo pequenos, e conseqüentemente um
consumo de memória e tempo extensos. Para tal efeito, o registro tempo historia é
filtrado.

4.2.
Considerações da modelagem para análises de estabilidade

O Flac ou o Flac/Slope (uma mini-versão do Flac projetada especificamente


para o cálculo do fator de segurança para análises de estabilidade de taludes)
provêm uma alternativa aos tradicionais programas de equilíbrio limite para
determinar o fator de segurança. Códigos de equilíbrio limite usam um esquema
aproximado, tipicamente baseado nos métodos das fatias, nas quais um número de
assunções, são feitas (isto é, o ângulo e a localização das forças interfatias). Várias
superfícies de rupturas são assumidas e testadas, e a que fornece o menor fator de
segurança é escolhida. O equilíbrio é somente satisfeito num grupo de superfícies
idealizadas.
85

Em contraste, o Flac provê uma solução total acoplada de tensão-


deslocamento, equilíbrio e equações constitutivas. Dado um grupo de
propriedades, o sistema é determinado para ser estável ou instável. Por
desempenho automático uma serie de simulações, entanto as propriedades de
resistência vão mudando (técnica de redução de resistência cisalhante), o fator de
segurança pode ser encontrado para um correspondente ponto de estabilidade, e a
superfície de ruptura crítica por ser localizado.
O Flac gasta mais tempo para determinar o fator de segurança do que um
programa de equilíbrio limite. Porém, com o desenvolvimento de processadores
de cálculo mais rápidos, as soluções podem ser obtidas num tempo razoável. Isto
faz do Flac uma alternativa prática ao programa de equilíbrio limite, e provê
vantagens sobre a solução de equilíbrio limite (Dawson e Roth (1999), e Cala e
Flisiak (2001)):
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• Qualquer modo de falha pode ser desenvolvido naturalmente, não tem


necessidade de especificar um intervalo de superfícies de teste
antecipado.
• Nenhum parâmetro artificial (como por exemplo, funções para
ângulos de forças inter-fatias) é necessário ser fornecido como dado de
ingresso.
• Múltiplas superfícies de rupturas (ou escoamentos complexos internos)
são desenvolvidas naturalmente, se as condições dão para isso.
• Interação estrutural (tirantes, solos grampeados geomalhas, etc.) é
modelada realisticamente como elementos se deformando totalmente
acoplados, não como simples forças equivalentes.
• A solução consiste em mecanismos que são cinematicamente
possíveis. (Note que o método de equilíbrio limite só considera forças,
não cinemática).
No nosso projeto, se utilizou o Flac e não o Flac/Slope, devido à maior
versatilidade de programar as condições reais do projeto.
86

4.2.1.
Determinação do fator de segurança no FLAC

O fator de segurança pode ser determinado no Flac para qualquer parâmetro


selecionado tomando a razão do valor calculado sob condições dadas sobre o
valor na qual resulta em falha. Por exemplo:

nível da àgua que causa colapso


Fw =
nível da àgua atual

c arg a aplicada que causa ruptura


FL =
c arg a do projeto

tan(ângulo de atrito atual )


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Fφ =
tan(ângulo de atrito na falha )

Note que o maior valor é sempre dividido pelo menor valor (assumindo que
o sistema não falha sob as condições atuais). A definição de ruptura deverá ser
estabelecida pelo usuário: uma comparação desta aproximação, baseada na
redução da resistência para determinação do fator de segurança foi dado por
Dawson e Roth (1999) e Dawson et al. (1999).
O método de redução da resistência para determinação do fator de segurança
é implementado no Flac através do comando SOLVE fos. Nesta aproximação, a
resistência do material é reduzida até ocorrer a falha do talude, ambos, ângulo de
atrito e coesão são reduzidos simultaneamente por um fator constante, e as
rodadas do Flac são automaticamente feitas com cada novo par de parâmetros da
resistência até que o fator de segurança seja encontrado.
O ângulo de atrito reduzido é φr = arctan (tanφ / f s ) e a coesão reduzida é

cr = c / fs .
O procedimento usado pelo Flac durante a execução do SOLVE fos é:
Primeiro o código encontra um “número representativo de passo” (denotado por
Nr), com a qual caracteriza o tempo de resposta do sistema. Nr é encontrado
ajustando a coesão para um grande valor, fazendo uma grande mudança nas
tensões internas, e encontrando quantos passos forem necessários para que o
87

sistema retorne ao equilíbrio. Então um fator de segurança é dado, fs, e Nr passos


são executados. Se a razão da força desbalanceada é menor que 10-3, então o
sistema esta em equilíbrio. Se a razão da força desbalanceada é maior que 10-3,
então outro Nr passos são executados, saindo do loop se a razão da força é inferior
a 10-3. O valor médio da razão da força, média calculada no intervalo atual de
passos Nr, é comparado com a razão da força média dos passos prévios Nr. Se a
diferença é menor que 10%, o sistema esta em não equilíbrio, e sai do loop com o
novo fs. Se a diferença mencionada acima é maior que 10%, blocos de passos de
Nr são continuados até: (1) a diferença ser menor que 10%, (2) quando são
executados 6 de tais blocos, (3) a razão da força ser menor que 10-3. A justificativa
para o caso (1) é que a meia da razão da força é convergente para o valor
constante que é maior que o correspondente ao equilíbrio, o sistema devera estar
em movimento continuo.
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88

5
ANÁLISE DO FENÔMENO DE LIQUEFAÇÃO NUMA PILHA
DE LIXIVIAÇÃO NO PERÚ

5.1.
Introdução

Pilha de lixiviação é uma tecnologia para processamento de minérios na


qual uma grande quantidade de minério é lixiviada por soluções químicas que
extraem os minerais desejados. A solução é irrigada na parte superior da pilha e
dissolve o minério ao percolar através da pilha e é recolhida na sua base para
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novamente voltar a ser irrigada num número de ciclos dependendo do minério e


outros fatores. Logo, a solução enriquecida é transportada para por processos
químicos extrair o minério. A fundação de uma pilha é composta por vários
componentes: o sob-revestimento (geralmente argila compactada), o revestimento
(geomembrana), o sobre-revestimento (geralmente ripio o material drenante) e um
sistema de coleta da solução (tubos de coleção) no interior do sobre-revestimento.

Figura 5.1- Típico esquema da Fundação de uma pilha.

A pilha em estudo tem experimentado um número de colapsos do sistema


principal de coleção de solução durante a vida dela. Estes colapsos são
manifestados como sumidouros na superfície do empilhamento do minério e
89

podem ter acontecido por danos durante a construção ou modificação da espessura


do sobre-revestimento, ou pela pressão do caminhão fora da estrada ou
empilhador.
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Figura 5.2- Vista lateral da pilha de lixiviação

Figura 5.3- Vista frontal da pilha de lixiviação

Figura 5.4- Sumidouros formados na crista da pilha de lixiviação


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA 90

Figura 5.5- Área de ruptura da pilha de lixiviação

Em geral, quando ocorre um colapso de um tubo perto do acoplador um dos


lados da junta poderia ser aberto para a pilha. Uma vez que a área é lixiviada, o
minério poderia ser lavado dentro do tubo, e se a abertura é o suficientemente
grande, um vazio na pilha poderia se desenvolver progressivamente sobre o
acoplador e eventualmente colapsar. A inundação continuada do minério dentro
do tubo de coleção e o subseqüente colapso de vazios eventualmente se propaga
para a superfície na forma de sumidouro.
Esta pilha de lixiviação desde sua construção tem tido varias rupturas dos
tubos de coleção e um gradual incremento do nível freático da solução dentro da
pilha a qual tem elevado questões sobre a estabilidade geral da pilha e
acentuando-se a preocupação com a possibilidade que um ou mais tubos de
coleção colapsem num futuro próximo devido aos incrementos das pressões de
sobrecarregas causadas pelo crescimento da pilha.
Deve se anotar que o colapso de um tubo de coleção numa pilha não
significa que não é funcional, mas provê uma constrição num único ponto da
tubulação. Conseqüentemente, o fluxo recua no tubo e se dispersa dentro do
sobre-revestimento. Se o sobre-revestimento tem suficiente capacidade para
transportar o fluxo, a solução voltará dentro do tubo depois da constrição. Se o
91

sobre-revestimento não tem suficiente capacidade, a solução migrará dentro do


minério incrementando possivelmente o nível freático dentro da pilha, este fato
tem sido observado nesta pilha.

5.2.
Recopilação dos estudos na pilha de lixiviação

5.2.1.
Análise do perigo sísmico

O projeto está localizado numa zona de alta sismicidade segundo o Mapa de


Zonificação Sísmica do Peru da Norma Peruana de Projetos Sismorresistentes. Na
área de projeto têm acontecido sismos de intensidade IX na escala de Mercalli
Modificado (MM). Além disso, sismos de intensidade XI MM têm sido
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registrados perto do projeto.


Um sismo forte na zona de subducção afetando a área do projeto (localizado
a menos de 200 km) teve uma magnitude de 6,9 Mb (magnitude 8,3 Mw) e o
epicentro foi localizado a 33 quilômetros de profundidade, com aceleração na
superfície do terreno de 0,30g e 0,22g registrados nos eixos E-O e N-S,
respectivamente. Outro sismo forte na zona de subducção, localizado um pouco
mais afastado da área do projeto teve uma magnitude de 7,0 ML (magnitude 7,9-
8,0 Mw) e o epicentro a 40 quilômetros de profundidade. A aceleração na
superfície do terreno foi de 0,28g e 0,34g registrados nos eixos E-O e N-S,
respectivamente.
Atualmente a indústria prática para obter o Sismo Base de Projeto (Design
Basis Earthquake, DBE) deixou de usar a Aceleração Pico na Terra (Peak Ground
Acceleration, PGA) porque este não modela as condições atuais do lugar. A
prática agora é utilizar aceleração espectral específica do lugar. As pilhas de
lixiviação são estruturas de terra com grandes períodos, então, o período natural é
considerado entre 0,5 e 2,0 segundos.
O projeto na época de estudo tinha mais outros dois anos de vida
operacional, isto é, minério sendo colocado e lixiviado; e só processo de lixiviado,
isto é, a vida pós operacional, era esperado para continuar por mais três anos
adicionais.
92

Segundo o estudo, foi desenvolvida uma figura onde se desenhou as


acelerações espectrais com um período de 1 segundo, onde as acelerações
espectrais associadas com eventos de períodos de retorno de 100, 500 e 1000 anos
foram 0,20g, 0,35g, e 0,39g, respectivamente. (ver Tabela 5.1).

Tabela 5.1 - Acelerações Espectrais


Vida do Aceleração Período de Probabilidade de Probabilidade de
Projeto Espectral Retorno do Sismo Excedência Anual Excedência dentro
da Vida do Projeto
(Anos) (G) (Anos) (Po)
(%)
2 0,20 100 0,0100 2,0
2 0,35 500 0,0020 0,4
2 0,39 1000 0,0010 0,2
5 0,20 100 0,0100 5,0
5 0,35 500 0,0020 1,0
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5 0,39 1000 0,0010 0,5

Tipicamente, a indústria usa acelerações com períodos de retorno de 100 e


500 anos para projetar as instalações de lixiviação. A determinação da aceleração
do DBE depende da vida do projeto, risco das instalações durante as operações, e
risco durante a vida.

5.2.2.
Características do minério

O minério que é colocado na pilha é triturado em três estágios de circuitos


de trituração e peneiração para produzir um produto de 3/8 polegada. O produto
triturado é aglomerado usando ácido concentrado e transportado à pilha sobre um
comboio terrestre. O minério é então colocado sobre a pilha usando uma esteira.

Distribuição granulométrica

O minério colocado sobre a pilha pode ser caracterizado como areia siltosa
ou areia argilosa com pedregulho, também como pedregulho siltosa com 12 a 23
% de material menor da peneira No. 200 (finos).
Segundo os trabalhos de campo, se comprovou que existe alguma
degradação do minério, causado provavelmente por:
93

• O transporte do minério para a pilha


• A lixiviação do minério
Estes mecanismos de degradação resultam num incremento geral da
porcentagem de finos de 5 a 10%. Os finos foram classificados de acordo com seu
índice de plasticidade (IP) principalmente como siltes.

Massa específica

Baseados no relatório do projeto original da pilha, a massa específica do


minério colocado na pilha deveria estar entre 1,51 ton/m3 (densidade inicial
empilhada) e 2,00 ton/m3 (densidade das camadas inferiores) e uma massa
específica média foi estimada para ser aproximadamente 1,60 ton/m3.
Cinco anos depois de ter iniciado a construção da pilha, foi determinada a
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massa específica média do minério in-situ, encontrando-se um valor


aproximadamente de 1.90 ton/m3, dezenove por cento maior que no projeto.
Ensaios posteriores de SPT demonstraram que a massa específica do
minério na pilha tem uma variação de 1,61 ton/m3 (densidade inicial empilhada) a
2,33 ton/m3 (densidade das camadas inferiores) e uma massa específica média foi
estimada para serem aproximadamente 2,11 ton/m3, mais de trinta por cento maior
que no projeto inicial.

Tabela 5.2 - Comparação das massas específicas no Projeto e as encontrados na


construção

Massa Específica do minério (ton/m3)


Etapa Empilhada Camadas Média
inferiores
No Projeto original 1,51 2,00 1,60
5.0 anos de funcionamento da pilha --- --- 1,90 +19%
5.5 anos de funcionamento da pilha 1,61 2,33 2,11 +32%

Permeabilidade

A permeabilidade do minério é geralmente o parâmetro crítico que afeta o


projeto e comportamento da pilha. A condutividade hidráulica dos materiais é
afetada por:
94

• Massa específica, a condutividade hidráulica geralmente decresce com


o aumento da massa específica do material.
• Gradação, materiais de pequenos tamanhos e o alto conteúdo de finos
fazem que a condutividade hidráulica seja baixa. Igualmente, os
materiais bem graduados tendem a ter uma permeabilidade mais baixa
que os materiais uniformemente graduados.
• Tipo de finos, tipicamente materiais com finos argilosos tem uma
condutividade inferior que os materiais siltosos.
• Matriz do material, a matriz estrutural o estrutura de poros do material
afeta sua permeabilidade.
A permeabilidade tem um papel importante na operação e estabilidade das
pilhas de lixiviação. A pilha de lixiviação em estudo apresenta uma aparente baixa
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permeabilidade, pelo qual foram realizados vários estudos para analisar a


permeabilidade do minério e seus efeitos no desempenho da pilha.
Foram realizados ensaios de permeabilidade em parede rígida e flexível
usando reffinate, obtendo-se uma permeabilidade de 10-3 cm/s a 10-4 cm/s para
uma altura de empilhamento de 10 metros, para 30 metros a permeabilidade foi de
10-4 cm/s.
Também se realizaram um programa de ensaios de permeabilidade in-situ,
quando a pilha tinha completado a sexta camada (o empilhado tinha
aproximadamente 36 metros de altura). Os resultados dos ensaios mostraram que
o minério exibia uma permeabilidade geral de 1,5 x 10-3 cm/s e nas camadas
inferiores a permeabilidade foi estimada em 6,0 x 10-4 cm/s No tempo do
programa de ensaios, a taxa de aplicação da solução equivalente foi de 2,5 x 10-4
cm/s. Então, a condutividade hidráulica nas camadas inferiores da pilha foi
próxima à taxa de aplicação equivalente como é evidenciado na pilha com 5
metros de solução acima do revestimento.
Como a altura da pilha foi acrescentada de 36 metros para 60 metros, o nível
de solução foi elevado de 5 metros para 20 metros.
95

5.2.3.
Piezômetros

Uma serie de piezômetros foram instalados na pilha, a dois metros do


revestimento, para medir a superfície freática em resposta à adição de novas
camadas e ciclos de lixiviação.
Baseados nos piezômetros, os níveis de solução na seção oeste apresentam
ser os mais sensíveis às operações de lixiviação no talude acima. Isto poder ser
devido à topografia nesta área que é mais plana que nas seções central e leste da
pilha. Também, o sistema de coleção nesta área tem uma maior trajetória de fluxo
que nas outras áreas.
A seção leste é a menos sensível às operações de lixiviação e tem o menor
nível freático. Isto pode ocorrer devido ao maior gradiente da base da pilha e à
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menor área de lixiviação contribuinte à área do piezômetro leste.


Normalmente nas pilhas de lixiviação, os piezômetros apresentam picos e
vales durante as leituras num ano como resultado das operações de lixiviação. Isto
é verificado também nestes piezômetros, mas o colapso de um tubo de coleção fez
que o nível freático aumentasse em 5 metros na zona oeste de pilha causando uma
falha local do talude.
Baseado nos dados dos piezômetros parece que há uma tendência geral de
incremento do nível de solução acima do sistema de revestimento quando
camadas adicionais são colocadas. Incrementos significantes dentro dum
empilhamento tipicamente são devido a que as permeabilidades do minério e da
capas de drenagem serem menores que a taxa de aplicação da solução.

5.2.4.
Investigações geotécnicas

5.2.4.1.
Programa de campo

O programa de campo consistiu de: duas calicatas, oito sondagens com


medidas de SPT e um levantamento geofísico por ensaio de refração sísmica (ver
Figura 5.6)
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96

Figura 5.6 - Mapa de localização dos trabalhos de campo e as 4 seções tracejadas para as análises.
97

As calicatas foram escavadas perto do pé da pilha com o objetivo de


determinar o nível freático nessa área.

Tabela 5.3 - Resume das escavações a céu aberto

Calicata Profundidade Nível Freático


(m) (m)
TP-01 0,50 0,00
TP-02 3,50 1,90

As sondagens foram executadas com o objetivo de realizar Ensaios de


Penetração Standard (SPT) para determinar a densidade relativa com a
profundidade e o número de golpes com a profundidade para a análise de
liquefação e estabilidade
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As sondagens em geral apresentam um incremento nos valores de


resistência à penetração (valor de N) com a profundidade e decresce quando o
nível freático (a solução) é atingido, mas logo a tendência é crescer novamente.
Na sondagem S-03 os valores de SPT não observaram o mesmo decréscimo no
numero de golpes quando o nível freático é interceptado.
Os números de golpes medidos nas três perfurações indicam que há uma
tendência geral de incremento com a profundidade; e a densidade relativa pode ser
classificada como variando de fofa perto da superfície a fofa a meio densa abaixo
dos 10 metros.
As sondagens denominadas como DH foram escavadas sobre os minérios
superficialmente densos, em estado cimentado devido a processos de lixiviação e
a formação de sal. Por tanto, valores de N resultaram muito altos obtendo recusa
em alguns casos, mas não é representativo do minério. Embaixo desta capa de
material denso, o minério saturado pode ser encontrado em condição meio densa e
que poderia perder esta condição densa se chegar saturar por incremento do nível
freático.
98

Tabela 5.4 - Resume das sondagens e dados do SPT


Sondagem Prof. do Prof. Valor de N Sondagem Prof. do Prof. Valor de N
Nível (m) (golpes/30cm) Nível (m) (golpes/30cm)
Freático Freático
(m) (m)
0,50 5 2,50 8
3,00 6 5,00 11
5,50 11 7,50 11
8,00 12 10,00 13
10,50 11 12,50 16
13,00 14 15,00 16
S-01 15,50 S-02 20,00
15,50 22 17,50 17
18,00 16 20,00 13
20,50 11 22,50 29
23,00 14 25,00 16
25,50 16 27,50 25
28,00 19 30,00 27
0,50 11 1,00 11
3,00 8 2,00 13
5,50 9 3,00 13
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8,00 11 4,00 12
10,50 18 5,00 13
13,00 17 6,00 18
S-03 23,00 15,50 20 DH-05 10,00 7,00 17
18,00 16 8,00 16
20,50 18 9,00 17
23,00 21 10,00 13
25,50 22 11,00 18
28,00 21 12,00 26
30,50 24
1,00 recusa 2,00 18
2,00 40 3,00 18
3,00 recusa 4,00 17
DH-01 -- DH-02 --
4,00 26 5,00 17
5,00 37 6,00 18
6,00 recusa 7,00 18
1,00 recusa 1,00 26
2,00 recusa 2,00 14
4,20 39 3,00 12
DH-03 -- 5,00 13 DH-04 -- 4,00 13
6,00 11 5,00 10
7,00 13 6,00 8
7,00 11

O estudo de refração sísmica foi realizado na frente da pilha com a


finalidade de obter informação a respeito do perfil sísmico e dos parâmetros
dinâmicos do minério. Um total de 480 metros de comprimento foi executado
dividido em duas linhas de 240 metros cada uma. O perfil sísmico foi determinado
baseado na velocidade de propagação das ondas compressivas ou ondas
cisalhantes.
99

5.2.4.2.
Ensaios de laboratório

Das amostras recuperadas da colher partida do SPT realizaram-se análise


por peneiração para classificar as amostras por SUCS (Sistema Unificado de
Classificação dos Solos). O qual ajudará na avaliação do potencial de liquefação.

Tabela 5.5 - Resume da Classificação do Minério


SPT Prof. % Passa % Passa Limite Limite Índice Ter de Classific.
(m) N°4 N°200 Líquido Plástico Plástico Umidade (SUSC)
(%) (%) (%) (%)
SP-01 (1) 0,50-0,95 74,5 21,0 --- NP NP 6,8 SM
SP-01 (2) 3,00-3,45 60,3 21,2 --- NP NP 6,2 GM
SP-01 (3) 5,50-5,95 69,0 19,6 --- NP NP 8,7 SM
SP-01 (4) 8,00-8,45 65,7 21,0 --- NP NP 16,1 SM
SP-01 (5) 10,50-10,95 68,9 14,9 --- NP NP 7,1 SM
SP-01 (6) 13,00-13,45 65,9 12,3 --- NP NP 13,0 SM
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SP-01 (7) 15,50-15,95 79,1 30,8 --- NP NP 9,7 SM


SP-01 (8) 18,00-18,45 62,5 2,4 --- NP NP 10,3 SP
SP-01 (9) 20,50-20,95 68,6 15,2 --- NP NP 8,4 SM
SP-01(10) 23,00-23,45 65,8 14,1 --- NP NP 9,2 SM
SP-01 (11) 25,50-25,95 57,4 13,5 --- NP NP 10,0 SM
SP-01 (12) 28,00-28,45 67,5 13,9 --- NP NP 9,3 SM
SP-02 (1) 2,50-2,95 63,1 16,7 --- NP NP 5,8 SM
SP-02 (2) 5,00-5,40 68,8 21,6 --- NP NP 6.2 SM
SP-02 (3) 7,50-7,95 61,3 17,0 --- NP NP 6,8 SM
SP-02 (4) 10,00-10,45 59,4 19,0 --- NP NP 7,3 GM
SP-02 (5) 12,50-12,95 69,4 19,3 --- NP NP 4,6 SM
SP-02 (6) 15,00-15,45 66,0 12,8 --- NP NP 8,0 SM
SP-02 (7) 17,50-17,95 66,7 16,5 --- NP NP 8,5 SM
SP-02 (8) 20,00-20,45 64,8 13,6 --- NP NP 8,4 SM
SP-02 (9) 22,50-22,95 84,9 32,9 --- NP NP 5,1 SM
SP-02 (10) 25,00-25,45 71,4 26,9 --- NP NP 6,7 SM
SP-02 (11) 27,50-27,95 69,9 15,5 --- NP NP 8,6 SM
SP-02 (12) 30,00-30,45 63,1 14,0 --- NP NP 9,7 SM
SP-03 (1) 0,50-0,95 48,2 0,5 --- NP NP 8,6 GM
SP-03 (2) 3,00-3,45 68,7 22,8 --- NP NP 6,7 SM
SP-03 (3) 5,50-5,95 66,9 22,2 --- NP NP 5,2 SM
SP-03 (4) 8,00-8,45 62,9 12,8 --- NP NP 13,7 SM
SP-03 (5) 10,50-10,95 70,0 15,0 --- NP NP 9,3 SM
SP-03 (6) 13,00-13,45 73,3 16,9 --- NP NP 6,5 SM
SP-03 (7) 15,50-15,95 62,8 14,7 --- NP NP 7,2 SM
SP-03 (8) 18,00-18,45 61,5 13,9 --- NP NP 8,4 SM
SP-03 (9) 20,50-20,95 73,6 21,6 --- NP NP 7,6 SM
100

SPT Prof. % Passa % Passa Limite Limite Índice Ter de Classific.


(m) N°4 N°200 Líquido Plástico Plástico Umidade (SUSC)
(%) (%) (%) (%)
SP-03 (10) 23,00-23,45 70,5 16,3 --- NP NP 9,8 SM
SP-03 (11) 25,50-25,95 68,1 12,1 --- NP NP 8,9 SM
SP-03 (12) 28,00-28,45 69,6 13,2 --- NP NP 9,3 SM
SP-03 (13) 30,50-30,95 69,1 16,1 --- NP NP 7,3 SM
DH-01/SPT-03 3,00-3,45 72,3 20,9 27,0 14,0 13,0 6,2 SC
DH-01/SPT-05 5,00-5,45 77,8 25,0 26,0 14,0 12,0 5,5 SC
DH-02/SPT-02 3,00-3,45 71,2 23,1 25,0 14,0 11,0 6,3 SC
DH-02/SPT-05 6,00-6,45 73,5 20,6 24,0 14,0 10,0 5,8 SC
DH-03/SPT-02 2,00-2,45 73,7 24,1 24,0 14,0 10,0 4,8 SC
DH-03/SPT-04 5,00-5,45 71,6 20,0 26,0 15,0 11,0 6,8 SC
DH-04/SPT-03 3,00-3,45 72,1 21,2 23,0 13,0 10,0 5,1 SC
DH-04/SPT-05 5,00-5,45 69,7 17,7 25,0 14,0 11,0 6,7 SC
DH-05/SPT-04 4,00-4,45 74,1 21,1 23,0 14,0 9,0 6,2 SC
DH-05/SPT-09 9,00-9,45 75,0 17,3 17,0 14,0 3,0 4,6 SM
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DH-Mezcla - 75,8 20,9 27,0 26,0 11,0 - SC

A média dos conteúdos de finos observado no ensaio de laboratório foi


16,9% com uma máxima de 32,9%.
Adicionalmente, um ensaio triaxial consolidado não drenado (CU) foi
executado para determinar os parâmetros de resistência cisalhante em condições
não drenadas, dando um valor de 32 graus de ângulo de atrito e zero em coesão
em tensões efetivas; porém, o um máximo ângulo de atrito baseado na trajetória p-
q’ poderia ser 35 graus com coesão zero.

5.2.5.
Revisão dos recalques/movimentos dos marcos topográficos da
pilha

Devido às contínuas rupturas dos tubos de coleta e o conseqüente “piping” e


falhas local nos taludes, a mineração começou com um controle topográfico na
zona noroeste da pilha. Vinte e quatro monumentos de concreto foram instalados
na face frontal da pilha para monitorar centímetros do movimento dentro da pilha,
devido a que não tinham sido instalados os inclinômetros desde o inicio, mas
precisão destes marcos de concreto é aproximadamente ±20 milímetros. Não
houve dados de marcos instalados anteriormente para determinar o potencial do
movimento durante o período da ruptura do talude original.
101

Os resultados médios dos movimentos são resumidos na Tabela 5.6.

Tabela 5.6 - Movimentos na Pilha e na Berma de Estabilidade

Localização Deslocamento Deslocamento Neto Velocidade Neta Direção


Incremental Predomi
(mm) (mm/dia)
-nante
(mm)
Avg. Max. Min. Avg. Max. Min. Avg. Max. Min.
Acima falha da fonte
5,7 54,0 0,0 30,5 86,8 2,2 1,1 9,0 0,1 NE
de empréstimo
Acima da zona da
5,0 18,6 1,0 29,9 59,7 15,7 0,7 1,03 0,34 NE
falha nas camadas 1&2
Zona da falha nas
8,7 94,8 1,4 57,8 119,4 12,1 2,2 18,1 0,3 NO
camadas 1&2
Berma de estabilidade
6,7 20,0 1,0 6,7 22,1 1,0 1,2 10,4 0,1 SE
oeste

Baseados nestes dados do levantamento topográfico, as zonas de falhas na


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pilha aparecem como estabilizadas ou somente com um movimento viscoso


“creep” menor, devido aos ajustes do talude para uma configuração mais estável.
Porém, estas áreas poderiam ser reativadas se houvesse um repentino incremento
no nível freático, o qual foi causa original da falha localizada.

5.3.
Análise do potencial de liquefação da pilha de lixiviação

Como se explicou anteriormente, materiais tais como areias e pedregulhos


limpas, em estado fofo com propriedades naturais contrativas, como nas pilhas de
lixiviação, durante um forte sismo, podem experimentar um desenvolvimento
induzido das poropressões, conseqüentemente isto pode conduzir a uma falha no
talude devido a uma grande perda da resistência do material, o qual pode conduzir
a um desprendimento lateral e recalques no material.
A gradação do minério depositado na pilha em estudo esta dentro do faixa
geral de um material potencialmente liquidificável, pelo qual foi analisado o
potencial de liquefação e as condições dinâmicas da pilha durante e depois do
sismo.
O potencial de liquefação do minério e os efeitos deles na estabilidade
global da pilha foram avaliados usando os dados do programa de SPTs segundo
foi explicado anteriormente no capítulo 3.1 baseado nos critérios da NCEER
102

(1998) e Idriss e Boulanger (2006), onde o fator de segurança FSL contra a


liquefação é calculada pelas equações desde 3.1 até 3.15 e resumida na equação:
 CRR 7.5 
FSL =   . MSF . K σ . K α
 CSR 

5.3.1.
Análise de resposta sísmica

A aceleração pico na superfície da pilha foi calculada baseada numa análise


de resposta sísmica, isto é, a resposta da pilha e da fundação para a propagação de
ondas cisalhantes do leito rochoso através de uma coluna de solo. Para tal efeito
utilizou-se o programa computacional EduShake (1998), o qual esta baseado no
programa original do Shake (Schnabel, 1972). As acelerações de sismo no leito
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rochoso podem se amplificar ou se atenuar, dependendo das propriedades


dinâmicas e espessura do material.
Foram analisadas 4 seções denominadas Seção A, B, C e D (Figura 5.6 e
Figura 5.7). As propriedades dinâmicas, tais como o módulo cisalhante e a razão
de amortecimento foram estimados baseados na literatura técnica existente
(Hardin, 1972; Seed e Idriss, 1970; Seed et al., 1984; Vucetic e Dobry, 1991) ou
0.5
usando a relação empírica (Gmax = 21,7K2Pa[σm/ Pa] ; Vsmax = [Gmáx/ρ]0.5 ;
1Pa=101,325KPa) e são mostrados na Tabela 5.7.
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Figura 5.7 - Seções A, B, C e D para análises no EduShake.

Tabela 5.7 - Cálculo das propriedades dinâmicas para serem usadas no EduShake
Seção A e B (Crista) NPh = 28.1 m
No Espessura Prof. γm K0 K2 σm' Gmax Vsmax ν E B Material
3
m m KN/m [1-Senφ] KPa MPa m/s [Ko/(1+Ko)] MPa MPa
1 5.0 5.0 16.0 0.43 40.0 49.4 61.4 194.1 0.30 159.6 132.3 Minério
2 5.0 10.0 16.0 0.43 40.0 98.8 86.9 230.8 0.30 225.6 187.0
3 5.0 15.0 16.0 0.43 40.0 148.2 106.4 255.4 0.30 276.4 229.1
4 5.0 20.0 16.0 0.43 40.0 197.6 122.8 274.4 0.30 319.1 264.5
5 4.0 24.0 16.0 0.43 40.0 237.2 134.6 287.2 0.30 349.6 289.8
6 4.1 28.1 16.0 0.43 40.0 277.7 145.6 298.8 0.30 378.2 313.6
7 4.0 32.1 16.5 0.43 50.0 318.4 194.9 340.4 0.30 506.3 419.7 Minério
8 4.0 36.1 16.5 0.43 50.0 359.2 207.0 350.8 0.30 537.8 445.8 Saturado
9 4.0 40.1 16.5 0.43 50.0 400.0 218.4 360.4 0.30 567.4 470.4
10 4.0 44.1 16.5 0.43 50.0 440.7 229.3 369.2 0.30 595.7 493.8
11 5.0 49.1 23.3 0.43 50.0 512.7 247.3 322.7 0.30 642.4 532.6
12 5.0 54.1 16.5 0.43 130.0 563.6 674.2 633.1 0.30 1751.4 1451.8 Fundação
13 5.0 59.1 16.5 0.43 130.0 614.6 704.0 646.9 0.30 1828.8 1516.0 (Aterro Compactado)
14 5.0 64.1 16.5 0.43 130.0 665.5 732.6 660.0 0.30 1903.1 1577.6
15 4.0 68.1 16.5 0.43 130.0 706.3 754.7 669.8 0.30 1960.6 1625.2
16 10.0 78.1 25.5 -- -- -- 64984.7 5000.0 0.3 168960.2 140800.2 Rocha

Seção C (Crista) NPh = 34.7 m


No Espessura Prof. γm K0 K2 σm' Gmax Vsmax ν E B Material
3
m m KN/m [1-Senφ] KPa MPa m/s [Ko/(1+Ko)] MPa MPa
1 5.0 5.0 16.0 0.43 40.0 49.4 61.4 194.1 0.30 159.6 132.3 Minério
2 5.0 10.0 16.0 0.43 40.0 98.8 86.9 230.8 0.30 225.6 187.0
3 5.0 15.0 16.0 0.43 40.0 148.2 106.4 255.4 0.30 276.4 229.1
4 5.0 20.0 16.0 0.43 40.0 197.6 122.8 274.4 0.30 319.1 264.5
5 5.0 25.0 16.0 0.43 40.0 247.0 137.3 290.2 0.30 356.8 295.7
6 5.0 30.0 16.0 0.43 40.0 296.5 150.4 303.7 0.30 390.8 324.0
7 4.7 34.7 16.0 0.43 40.0 342.9 161.8 315.0 0.30 420.3 348.4
8 5.0 39.7 16.5 0.43 50.0 393.9 216.7 359.0 0.30 563.1 466.8 Minério
9 5.0 44.7 16.5 0.43 50.0 444.8 230.3 370.1 0.30 598.4 496.1 Saturado
10 5.2 49.9 23.3 0.43 50.0 519.6 249.0 323.8 0.30 646.8 536.2
11 4.0 53.9 16.5 0.43 130.0 560.4 672.2 632.2 0.30 1746.4 1447.7 Fundação
12 3.0 56.9 16.5 0.43 130.0 591.0 690.3 640.6 0.30 1793.4 1486.6 (Aterro Compactado)
13 10.0 66.9 25.5 -- -- -- 64984.7 5000.0 Rocha
104

Seção D (Crista) NPh = 33.6 m


No Espessura Prof. γm K0 K2 σm' Gmax Vsmax ν E B Material
3
m m KN/m [1-Senφ] KPa MPa m/s [Ko/(1+Ko)] MPa MPa
1 5.0 5.0 16.0 0.43 40.0 49.4 61.4 194.1 0.30 159.6 132.3 Minério
2 5.0 10.0 16.0 0.43 40.0 98.8 86.9 230.8 0.30 225.6 187.0
3 5.0 15.0 16.0 0.43 40.0 148.2 106.4 255.4 0.30 276.4 229.1
4 5.0 20.0 16.0 0.43 40.0 197.6 122.8 274.4 0.30 319.1 264.5
5 5.0 25.0 16.0 0.43 40.0 247.0 137.3 290.2 0.30 356.8 295.7
6 5.0 30.0 16.0 0.43 40.0 296.5 150.4 303.7 0.30 390.8 324.0
7 3.6 33.6 16.0 0.43 40.0 332.0 159.2 312.4 0.30 413.6 342.9
8 5.0 38.6 16.5 0.43 50.0 383.0 213.7 356.5 0.30 555.3 460.3 Minério
9 5.0 43.6 16.5 0.43 50.0 433.9 227.5 367.8 0.30 591.0 490.0 Saturado
10 5.7 49.3 23.3 0.43 50.0 516.0 248.1 323.2 0.30 644.5 534.3
11 10.0 59.3 25.5 -- -- -- 64984.7 5000.0 Rocha

Os registros sísmicos usados como movimento de ingresso na base são os de


Lima de 1974 e de Moquegua de 2001. O sismo de Lima foi usado porque é o
mais comumente usado nos análises de resposta sísmica no Peru usando o Shake,
enquanto, o sismo de Moquegua é o movimento sísmico mais recente registrado
próximo à zona de interesse. Estes registros foram escalados apropriadamente
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para aceleração de pico do leito rochoso esperado no lugar para os eventos


sísmicos de 100 anos (0,20g) e 500 anos (0,35g), segundo a análise de perigo
sísmico. (Tabelas 5.1e 5.8).

Tabela 5.8 - Sismos utilizados para o cálculo das acelerações pico na superfície

Registros de Acelerações
Características Moquegua Lima
23/06/2001 10/03/1974
Instituto Geofísico Del
Estação MOQ1-Moquegua
Perú
Profundidade Focal (Km) 25 --
Duração do Registro (s) 198,92 76,0
Intervalos de toma de Dados (s) 0,01 0,02
Magnitude (Mw) 8,3 --
Componente E-W N820
Aceleração Máxima (cm/s/s) 295,22 193,23
Aceleração Máxima (g) 0,301 0,196

Um resumo dos resultados obtidos é apresentado na Tabela 5.9. Em todos os


casos, houve uma amplificação da aceleração de pico na crista.
105

Tabela 5.9 - Resumo da análise de resposta sísmica

Registros de Acelerações
Análise
MOQUEGUA 2001 LIMA 1974
Período de Retorno do
500 Anos 100 Anos 500 Anos 100 Anos
evento sísmico
Aceleração Máxima no
0.35g 0.20g 0.35g 0.20g
basamento rochoso
Seção A & B (Crista) 0.315 0.289 0.412 0.282
Seção C (Crista) 0.318 0.271 0.378 0.257
Seção D (Crista) 0.330 0.272 0.371 0.269
Máxima 0.330 0.289 0.412 0.282
Mínima 0.315 0.271 0.371 0.257
Média 0.321 0.277 0.387 0.269

Como resultado destas análises de resposta sísmica, para as análises de


liquefação se usou as acelerações picos de 0,30g para eventos sísmicos de 100
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anos e de 0,37g para eventos sísmicos de 500 anos.

5.3.2.
Potencial de liquefação

As considerações seguidas para avaliar o potencial de liquefação foram:


• Magnitude do sismo Mw=8.3.
• A aceleração na superfície é determinada por uma análise de resposta
sísmica usando as acelerações espectrais no basamento rochoso de
0,30g e 0,37g para eventos de 100 anos e 500 anos, respectivamente.
• A avaliação da liquefação das sondagens S-01, S-02 e S-03 será
conduzida para diferentes níveis freáticos para simular diferentes
alturas de níveis de solução dentro da pilha. Para as sondagens DH-01
à DH-05, a avaliação da liquefação considerará um nível freático
hipotético de 5m já que o nível freático não foi reportado em campo.
• Foi utilizado o fator de correção por sobrecarga (Kσ) proposto por
Idriss e Boulanger (2003) (equação 3.11 e apresentado na Figura 3.7)
para contabilizar os efeitos de altas tensões efetivas por sobrecarga
dentro da pilha.
• Os efeitos de tensão cisalhante estática (Kα) não foram considerados
na análise (Kα=1,0), devido a ainda controvérsia sobre dito parâmetro.
106

Para a cálculo do potencial de liquefação foi elaborada uma planilha em


Excel com o método descrito no capítulo 3.1 e os resultados são apresentados nas
Tabelas 5.10a até 5.10h.

5.3.3.
Conclusões da análise de potencial de liquefação

Observando os resultados das Tabelas 5.10a até 5.10h, a liquefação ocorrerá


ao longo de todas as áreas saturadas da pilha de lixiviação, para sismos com 100 e
500 anos de período de retorno. Por tanto, uma análise de estabilidade de talude
deverá ser realizada considerando para as zonas potencialmente liqüidificáveis,
resistência residual não drenada do minério, para avaliar o fator de segurança pós-
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sismo da pilha.
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107

Tabela 5.10a - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e Idriss & Boulanger (2006)
MAGNITUDE : 8.3 Mw
ACELERAÇÃO PICO : 0.30 g

Sondagem : DH-01
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m3) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
1.00 SC 1.60 20.9 50 15.70 15.70 -0.03 0.00 1.00 0.26 1.63 0.75 1.00 0.75 1.00 45.9 4.63 50.5 -- -- -- -- -- -- No Licua
2.00 SC 1.60 20.9 40 31.38 31.38 -0.08 0.01 1.00 0.34 1.48 0.75 1.00 0.75 1.00 33.4 4.63 38.0 0.195 2.280 0.808 0.240 1.000 9.468 No Licua
3.00 SC 1.60 20.9 56 47.06 47.06 -0.13 0.02 0.99 0.29 1.24 0.75 1.00 0.80 1.00 41.7 4.63 46.4 -- -- -- -- -- -- No Licua
4.00 SC 1.60 20.9 26 62.74 62.74 -0.20 0.02 0.99 0.44 1.23 0.75 1.00 0.85 1.00 20.3 4.63 25.0 0.193 0.289 0.808 0.135 1.000 1.211 No Licua
5.00 SC 1.60 25.0 37 78.42 78.42 -0.27 0.03 0.98 0.39 1.10 0.75 1.00 0.85 1.00 26.0 5.08 31.0 0.192 0.558 0.808 0.169 1.000 2.348 No Licua
6.00 SC 1.60 25.0 73 94.10 84.29 -0.34 0.04 0.98 0.22 1.04 0.75 1.00 0.95 1.00 54.0 5.08 59.1 -- -- -- -- -- -- No Licua

Sondagem : DH-02
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m3) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
2.00 SC 1.60 23.1 18 31.39 31.39 -0.08 0.01 1.00 0.47 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 17.2 4.90 22.1 0.195 0.235 0.808 0.120 1.000 0.975 No Licua
3.00 SC 1.60 23.1 18 47.07 47.07 -0.13 0.02 0.99 0.48 1.44 0.75 1.00 0.80 1.00 15.5 4.90 20.4 0.194 0.211 0.808 0.113 1.000 0.881 No Licua
4.00 SC 1.60 23.1 17 62.75 62.75 -0.20 0.02 0.99 0.50 1.26 0.75 1.00 0.85 1.00 13.7 4.90 18.6 0.193 0.190 0.808 0.106 1.000 0.795 No Licua
5.00 SC 1.60 20.6 17 78.43 78.43 -0.27 0.03 0.98 0.51 1.13 0.75 1.00 0.85 1.00 12.3 4.59 16.9 0.192 0.173 0.808 0.100 1.000 0.727 Licua
6.00 SC 1.60 20.6 18 94.11 84.30 -0.34 0.04 0.98 0.50 1.09 0.75 1.00 0.95 1.00 14.0 4.59 18.5 0.213 0.189 0.808 0.107 1.000 0.718 Licua
7.00 SC 1.65 20.6 18 110.28 90.66 -0.42 0.05 0.97 0.50 1.05 0.75 1.00 0.95 1.00 13.5 4.59 18.1 0.231 0.184 0.808 0.105 1.000 0.646 Licua

Sondagem : DH-03
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m3) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
1.00 SC 1.60 24.1 54 15.70 15.70 -0.03 0.00 1.00 0.25 1.59 0.75 1.00 0.75 1.00 48.3 5.00 53.3 -- -- -- -- -- -- No Licua
2.00 SC 1.60 24.1 53 31.38 31.38 -0.08 0.01 1.00 0.29 1.40 0.75 1.00 0.75 1.00 41.6 5.00 46.6 -- -- -- -- -- -- No Licua
4.20 SC 1.60 24.1 39 65.87 65.87 -0.21 0.02 0.99 0.37 1.17 0.75 1.00 0.85 1.00 29.0 5.00 34.0 0.193 0.913 0.808 0.194 1.000 3.827 No Licua
5.00 SC 1.60 20.0 13 78.42 78.42 -0.27 0.03 0.98 0.55 1.14 0.75 1.00 0.85 1.00 9.5 4.49 14.0 0.192 0.148 0.808 0.090 1.000 0.622 Licua
6.00 SC 1.65 20.0 11 94.59 84.78 -0.34 0.04 0.98 0.56 1.10 0.75 1.00 0.95 1.00 8.6 4.49 13.1 0.213 0.141 0.808 0.088 1.000 0.534 Licua
7.00 SC 1.65 20.0 13 110.76 91.14 -0.42 0.05 0.97 0.54 1.05 0.75 1.00 0.95 1.00 9.7 4.49 14.2 0.231 0.150 0.808 0.091 1.000 0.525 Licua
Sondagem : DH-04
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m3) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
1.00 SC 1.60 21.2 26 15.70 15.70 -0.03 0.00 1.00 0.40 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 24.9 4.67 29.5 0.195 0.457 0.808 0.162 1.000 1.893 No Licua
2.00 SC 1.60 21.2 14 31.38 31.38 -0.08 0.01 1.00 0.50 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 13.4 4.67 18.1 0.195 0.184 0.808 0.104 1.000 0.765 No Licua
3.00 SC 1.60 21.2 12 47.06 47.06 -0.13 0.02 0.99 0.53 1.49 0.75 1.00 0.80 1.00 10.8 4.67 15.4 0.194 0.160 0.808 0.095 1.000 0.666 No Licua
4.00 SC 1.60 21.2 13 62.74 62.74 -0.20 0.02 0.99 0.53 1.28 0.75 1.00 0.85 1.00 10.6 4.67 15.3 0.193 0.159 0.808 0.094 1.000 0.665 No Licua
5.00 SC 1.65 17.7 10 78.91 78.91 -0.27 0.03 0.98 0.58 1.15 0.75 1.00 0.85 1.00 7.3 4.04 11.4 0.192 0.128 0.808 0.083 1.000 0.538 Licua
6.00 SC 1.65 17.7 8 95.08 85.27 -0.34 0.04 0.98 0.59 1.10 0.75 1.00 0.95 1.00 6.3 4.04 10.3 0.213 0.120 0.808 0.080 1.000 0.457 Licua
7.00 SC 1.65 17.7 11 111.25 91.63 -0.42 0.05 0.97 0.56 1.05 0.75 1.00 0.95 1.00 8.2 4.04 12.3 0.230 0.135 0.808 0.086 1.000 0.472 Licua
Sondagem : DH-05
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m3) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
1.00 SC 1.60 21.1 11 15.70 15.70 -0.03 0.00 1.00 0.53 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 10.5 4.66 15.2 0.195 0.158 0.808 0.094 1.000 0.652 No Licua
2.00 SC 1.60 21.1 13 31.38 31.38 -0.08 0.01 1.00 0.51 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 12.4 4.66 17.1 0.195 0.175 0.808 0.101 1.000 0.726 No Licua
3.00 SC 1.60 21.1 13 47.06 47.06 -0.13 0.02 0.99 0.52 1.48 0.75 1.00 0.80 1.00 11.6 4.66 16.2 0.194 0.167 0.808 0.098 1.000 0.696 No Licua
4.00 SC 1.60 21.1 12 62.74 62.74 -0.20 0.02 0.99 0.54 1.29 0.75 1.00 0.85 1.00 9.9 4.66 14.5 0.193 0.152 0.808 0.092 1.000 0.637 No Licua
5.00 SC 1.60 21.1 13 78.42 78.42 -0.27 0.03 0.98 0.55 1.14 0.75 1.00 0.85 1.00 9.5 4.66 14.1 0.192 0.149 0.808 0.090 1.000 0.627 Licua
6.00 SC 1.65 21.1 18 94.59 84.78 -0.34 0.04 0.98 0.50 1.09 0.75 1.00 0.95 1.00 13.9 4.66 18.6 0.213 0.190 0.808 0.107 1.000 0.720 Licua
7.00 SC 1.65 21.1 17 110.76 91.14 -0.42 0.05 0.97 0.51 1.05 0.75 1.00 0.95 1.00 12.7 4.66 17.4 0.231 0.177 0.808 0.102 1.000 0.622 Licua
8.00 SM 1.65 17.3 16 126.93 97.50 -0.50 0.06 0.97 0.52 1.01 0.75 1.00 0.95 1.00 11.6 3.95 15.5 0.245 0.160 0.808 0.098 1.000 0.528 Licua
9.00 SM 1.65 17.3 17 143.10 103.86 -0.59 0.07 0.96 0.52 0.98 0.75 1.00 0.95 1.00 11.9 3.95 15.8 0.258 0.163 0.808 0.099 0.996 0.510 Licua
10.00 SM 1.65 17.3 13 159.27 110.22 -0.68 0.08 0.95 0.55 0.95 0.75 1.00 1.00 1.00 9.2 3.95 13.2 0.268 0.142 0.808 0.090 0.991 0.422 Licua
11.00 SM 1.65 17.3 18 175.44 116.58 -0.77 0.09 0.94 0.51 0.92 0.75 1.00 1.00 1.00 12.5 3.95 16.4 0.277 0.169 0.808 0.101 0.984 0.484 Licua
12.00 SM 1.65 17.3 26 191.61 122.94 -0.87 0.10 0.94 0.46 0.91 0.75 1.00 1.00 1.00 17.7 3.95 21.7 0.285 0.228 0.808 0.123 0.975 0.631 Licua
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA

108

Tabela 5.10b - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e Idriss & Boulanger (2006)
MAGNITUDE : 8.3 Mw
ACELERAÇÃO PICO : 0.37 g

Sondagem : DH-01
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m3) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
1.00 SC 1.60 20.9 50 15.70 15.70 -0.03 0.00 1.00 0.26 1.63 0.75 1.00 0.75 1.00 45.9 4.63 50.5 -- -- -- -- -- -- No Licua
2.00 SC 1.60 20.9 40 31.38 31.38 -0.08 0.01 1.00 0.34 1.48 0.75 1.00 0.75 1.00 33.4 4.63 38.0 0.240 2.280 0.808 0.240 1.000 7.676 No Licua
3.00 SC 1.60 20.9 56 47.06 47.06 -0.13 0.02 0.99 0.29 1.24 0.75 1.00 0.80 1.00 41.7 4.63 46.4 -- -- -- -- -- -- No Licua
4.00 SC 1.60 20.9 26 62.74 62.74 -0.20 0.02 0.99 0.44 1.23 0.75 1.00 0.85 1.00 20.3 4.63 25.0 0.238 0.289 0.808 0.135 1.000 0.982 No Licua
5.00 SC 1.60 25.0 37 78.42 78.42 -0.27 0.03 0.98 0.39 1.10 0.75 1.00 0.85 1.00 26.0 5.08 31.0 0.237 0.558 0.808 0.169 1.000 1.904 No Licua
6.00 SC 1.60 25.0 73 94.10 84.29 -0.34 0.04 0.98 0.22 1.04 0.75 1.00 0.95 1.00 54.0 5.08 59.1 -- -- -- -- -- -- No Licua

Sondagem : DH-02
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m3) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
2.00 SC 1.60 23.1 18 31.39 31.39 -0.08 0.01 1.00 0.47 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 17.2 4.90 22.1 0.240 0.235 0.808 0.120 1.000 0.791 No Licua
3.00 SC 1.60 23.1 18 47.07 47.07 -0.13 0.02 0.99 0.48 1.44 0.75 1.00 0.80 1.00 15.5 4.90 20.4 0.239 0.211 0.808 0.113 1.000 0.714 No Licua
4.00 SC 1.60 23.1 17 62.75 62.75 -0.20 0.02 0.99 0.50 1.26 0.75 1.00 0.85 1.00 13.7 4.90 18.6 0.238 0.190 0.808 0.106 1.000 0.645 No Licua
5.00 SC 1.60 20.6 17 78.43 78.43 -0.27 0.03 0.98 0.51 1.13 0.75 1.00 0.85 1.00 12.3 4.59 16.9 0.237 0.173 0.808 0.100 1.000 0.590 Licua
6.00 SC 1.60 20.6 18 94.11 84.30 -0.34 0.04 0.98 0.50 1.09 0.75 1.00 0.95 1.00 14.0 4.59 18.5 0.263 0.189 0.808 0.107 1.000 0.583 Licua
7.00 SC 1.65 20.6 18 110.28 90.66 -0.42 0.05 0.97 0.50 1.05 0.75 1.00 0.95 1.00 13.5 4.59 18.1 0.285 0.184 0.808 0.105 1.000 0.523 Licua

Sondagem : DH-03
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m3) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
1.00 SC 1.60 24.1 54 15.70 15.70 -0.03 0.00 1.00 0.25 1.59 0.75 1.00 0.75 1.00 48.3 5.00 53.3 -- -- -- -- -- -- No Licua
2.00 SC 1.60 24.1 53 31.38 31.38 -0.08 0.01 1.00 0.29 1.40 0.75 1.00 0.75 1.00 41.6 5.00 46.6 -- -- -- -- -- -- No Licua
4.20 SC 1.60 24.1 39 65.87 65.87 -0.21 0.02 0.99 0.37 1.17 0.75 1.00 0.85 1.00 29.0 5.00 34.0 0.238 0.913 0.808 0.194 1.000 3.103 No Licua
5.00 SC 1.60 20.0 13 78.42 78.42 -0.27 0.03 0.98 0.55 1.14 0.75 1.00 0.85 1.00 9.5 4.49 14.0 0.237 0.148 0.808 0.090 1.000 0.504 Licua
6.00 SC 1.65 20.0 11 94.59 84.78 -0.34 0.04 0.98 0.56 1.10 0.75 1.00 0.95 1.00 8.6 4.49 13.1 0.263 0.141 0.808 0.088 1.000 0.433 Licua
7.00 SC 1.65 20.0 13 110.76 91.14 -0.42 0.05 0.97 0.54 1.05 0.75 1.00 0.95 1.00 9.7 4.49 14.2 0.284 0.150 0.808 0.091 1.000 0.426 Licua
Sondagem : DH-04
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
1.00 SC 1.60 21.2 26 15.70 15.70 -0.03 0.00 1.00 0.40 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 24.9 4.67 29.5 0.241 0.457 0.808 0.162 1.000 1.534 No Licua
2.00 SC 1.60 21.2 14 31.38 31.38 -0.08 0.01 1.00 0.50 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 13.4 4.67 18.1 0.240 0.184 0.808 0.104 1.000 0.621 No Licua
3.00 SC 1.60 21.2 12 47.06 47.06 -0.13 0.02 0.99 0.53 1.49 0.75 1.00 0.80 1.00 10.8 4.67 15.4 0.239 0.160 0.808 0.095 1.000 0.540 No Licua
4.00 SC 1.60 21.2 13 62.74 62.74 -0.20 0.02 0.99 0.53 1.28 0.75 1.00 0.85 1.00 10.6 4.67 15.3 0.238 0.159 0.808 0.094 1.000 0.539 No Licua
5.00 SC 1.65 17.7 10 78.91 78.91 -0.27 0.03 0.98 0.58 1.15 0.75 1.00 0.85 1.00 7.3 4.04 11.4 0.237 0.128 0.808 0.083 1.000 0.436 Licua
6.00 SC 1.65 17.7 8 95.08 85.27 -0.34 0.04 0.98 0.59 1.10 0.75 1.00 0.95 1.00 6.3 4.04 10.3 0.262 0.120 0.808 0.080 1.000 0.370 Licua
7.00 SC 1.65 17.7 11 111.25 91.63 -0.42 0.05 0.97 0.56 1.05 0.75 1.00 0.95 1.00 8.2 4.04 12.3 0.284 0.135 0.808 0.086 1.000 0.383 Licua
Sondagem : DH-05
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m3) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
1.00 SC 1.60 21.1 11 15.70 15.70 -0.03 0.00 1.00 0.53 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 10.5 4.66 15.2 0.241 0.158 0.808 0.094 1.000 0.529 No Licua
2.00 SC 1.60 21.1 13 31.38 31.38 -0.08 0.01 1.00 0.51 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 12.4 4.66 17.1 0.240 0.175 0.808 0.101 1.000 0.588 No Licua
3.00 SC 1.60 21.1 13 47.06 47.06 -0.13 0.02 0.99 0.52 1.48 0.75 1.00 0.80 1.00 11.6 4.66 16.2 0.239 0.167 0.808 0.098 1.000 0.564 No Licua
4.00 SC 1.60 21.1 12 62.74 62.74 -0.20 0.02 0.99 0.54 1.29 0.75 1.00 0.85 1.00 9.9 4.66 14.5 0.238 0.152 0.808 0.092 1.000 0.517 No Licua
5.00 SC 1.60 21.1 13 78.42 78.42 -0.27 0.03 0.98 0.55 1.14 0.75 1.00 0.85 1.00 9.5 4.66 14.1 0.237 0.149 0.808 0.090 1.000 0.509 Licua
6.00 SC 1.65 21.1 18 94.59 84.78 -0.34 0.04 0.98 0.50 1.09 0.75 1.00 0.95 1.00 13.9 4.66 18.6 0.263 0.190 0.808 0.107 1.000 0.584 Licua
7.00 SC 1.65 21.1 17 110.76 91.14 -0.42 0.05 0.97 0.51 1.05 0.75 1.00 0.95 1.00 12.7 4.66 17.4 0.284 0.177 0.808 0.102 1.000 0.504 Licua
8.00 SM 1.65 17.3 16 126.93 97.50 -0.50 0.06 0.97 0.52 1.01 0.75 1.00 0.95 1.00 11.6 3.95 15.5 0.303 0.160 0.808 0.098 1.000 0.428 Licua
9.00 SM 1.65 17.3 17 143.10 103.86 -0.59 0.07 0.96 0.52 0.98 0.75 1.00 0.95 1.00 11.9 3.95 15.8 0.318 0.163 0.808 0.099 0.996 0.413 Licua
10.00 SM 1.65 17.3 13 159.27 110.22 -0.68 0.08 0.95 0.55 0.95 0.75 1.00 1.00 1.00 9.2 3.95 13.2 0.331 0.142 0.808 0.090 0.991 0.343 Licua
11.00 SM 1.65 17.3 18 175.44 116.58 -0.77 0.09 0.94 0.51 0.92 0.75 1.00 1.00 1.00 12.5 3.95 16.4 0.342 0.169 0.808 0.101 0.984 0.392 Licua
12.00 SM 1.65 17.3 26 191.61 122.94 -0.87 0.10 0.94 0.46 0.91 0.75 1.00 1.00 1.00 17.7 3.95 21.7 0.351 0.228 0.808 0.123 0.975 0.512 Licua
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA

109

Tabela 5.10c - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e Idriss & Boulanger (2006)
MAGNITUDE : 8.3 Mw
ACELERAÇÃO PICO : 0.30 g

Sondagem : S-01
Nível Freático (m) : 0.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
0.50 SM 1.65 21.00 5.0 8.09 3.19 0.00 0.00 1.00 0.62 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 4.8 4.65 9.4 0.497 0.114 0.808 0.075 1.000 0.186 Licua
3.00 SM 1.65 21.20 6.0 48.52 19.09 -0.13 0.02 0.99 0.59 1.70 0.75 1.00 0.80 1.00 6.1 4.67 10.8 0.493 0.124 0.808 0.079 1.000 0.203 Licua
5.50 SM 1.65 19.60 11.0 88.94 34.99 -0.30 0.03 0.98 0.52 1.70 0.75 1.00 0.85 1.00 11.9 4.42 16.3 0.487 0.168 0.808 0.099 1.000 0.279 Licua
8.00 SM 1.65 21.00 12.0 129.37 50.89 -0.50 0.06 0.97 0.52 1.42 0.75 1.00 0.95 1.00 12.1 4.65 16.8 0.479 0.172 0.808 0.100 1.000 0.290 Licua
10.50 SM 1.65 14.90 11.0 169.79 66.79 -0.73 0.08 0.95 0.54 1.24 0.75 1.00 1.00 1.00 10.3 3.26 13.5 0.470 0.144 0.808 0.093 1.000 0.247 Licua
13.00 SM 1.65 12.30 14.0 210.22 82.69 -0.96 0.11 0.93 0.52 1.10 0.75 1.00 1.00 1.00 11.6 2.25 13.8 0.460 0.147 0.808 0.098 1.000 0.257 Licua
15.50 SM 1.65 30.80 22.0 250.64 98.59 -1.20 0.13 0.91 0.47 1.01 0.75 1.00 1.00 1.00 16.6 5.40 22.0 0.449 0.233 0.808 0.118 1.000 0.419 Licua
18.00 SP 1.65 2.40 16.0 291.07 114.49 -1.43 0.16 0.88 0.53 0.93 0.75 1.00 1.00 1.00 11.2 0.00 11.2 0.438 0.126 0.808 0.096 0.987 0.230 Licua
20.50 SM 1.65 15.20 11.0 331.49 130.39 -1.65 0.18 0.86 0.58 0.86 0.75 1.00 1.00 1.00 7.1 3.36 10.4 0.426 0.121 0.808 0.083 0.978 0.225 Licua
23.00 SM 1.65 14.10 14.0 371.92 146.29 -1.83 0.20 0.83 0.56 0.81 0.75 1.00 1.00 1.00 8.5 2.98 11.5 0.413 0.128 0.808 0.087 0.967 0.243 Licua
25.50 SM 1.65 13.50 16.0 412.34 162.19 -1.97 0.21 0.81 0.55 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 9.2 2.75 11.9 0.401 0.132 0.808 0.090 0.957 0.255 Licua
28.00 SM 2.33 13.90 19.0 469.43 194.75 -2.08 0.22 0.78 0.54 0.70 0.75 1.00 1.00 1.00 9.9 2.90 12.8 0.369 0.139 0.808 0.092 0.939 0.285 Licua

Sondagem : S-02
Nível Freático (m) : 0.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
2.50 SM 1.65 16.70 8.0 40.47 15.94 -0.10 0.01 1.00 0.57 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 7.7 3.80 11.4 0.493 0.128 0.808 0.084 1.000 0.210 Licua
5.00 SM 1.65 21.60 11.0 80.89 31.84 -0.27 0.03 0.98 0.52 1.70 0.75 1.00 0.85 1.00 11.9 4.73 16.6 0.488 0.171 0.808 0.099 1.000 0.283 Licua
7.50 SM 1.65 17.00 11.0 121.32 47.74 -0.46 0.05 0.97 0.52 1.47 0.75 1.00 0.95 1.00 11.5 3.87 15.4 0.481 0.160 0.808 0.098 1.000 0.269 Licua
10.00 SM 1.65 19.00 13.0 161.74 63.64 -0.68 0.08 0.95 0.51 1.26 0.75 1.00 1.00 1.00 12.3 4.32 16.6 0.472 0.170 0.808 0.100 1.000 0.292 Licua
12.50 SM 1.65 19.30 16.0 202.17 79.54 -0.92 0.10 0.93 0.50 1.12 0.75 1.00 1.00 1.00 13.5 4.37 17.8 0.462 0.182 0.808 0.105 1.000 0.318 Licua
15.00 SM 1.65 12.80 16.0 242.59 95.44 -1.16 0.13 0.91 0.51 1.02 0.75 1.00 1.00 1.00 12.3 2.46 14.8 0.452 0.154 0.808 0.100 1.000 0.276 Licua
17.50 SM 1.65 16.50 17.0 283.02 111.34 -1.39 0.15 0.89 0.52 0.95 0.75 1.00 1.00 1.00 12.1 3.74 15.8 0.440 0.163 0.808 0.100 0.989 0.296 Licua
20.00 SM 1.65 13.60 13.0 323.44 127.24 -1.61 0.18 0.86 0.56 0.87 0.75 1.00 1.00 1.00 8.5 2.79 11.3 0.428 0.127 0.808 0.087 0.979 0.235 Licua
22.50 SM 1.65 32.90 29.0 363.87 143.14 -1.79 0.19 0.84 0.45 0.85 0.75 1.00 1.00 1.00 18.5 5.46 23.9 0.416 0.267 0.808 0.126 0.955 0.496 Licua
25.00 SM 1.65 26.90 16.0 404.29 159.04 -1.95 0.21 0.81 0.55 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 9.3 5.21 14.5 0.403 0.152 0.808 0.090 0.958 0.292 Licua
27.50 SM 1.65 15.50 25.0 444.72 174.94 -2.06 0.22 0.79 0.49 0.76 0.75 1.00 1.00 1.00 14.2 3.45 17.7 0.391 0.180 0.808 0.108 0.940 0.350 Licua
30.00 SM 2.33 14.00 27.0 501.80 207.50 -2.12 0.22 0.77 0.50 0.70 0.75 1.00 1.00 1.00 14.1 2.94 17.0 0.362 0.174 0.808 0.107 0.922 0.359 Licua

Sondagem : S-03
Nível Freático (m) : 0.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
0.50 SM 1.65 0.50 11.0 8.09 3.19 0.00 0.00 1.00 0.53 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 10.5 0.00 10.5 0.497 0.122 0.808 0.094 1.000 0.198 Licua
3.00 SM 1.65 22.80 8.0 48.52 19.09 -0.13 0.02 0.99 0.56 1.70 0.75 1.00 0.80 1.00 8.2 4.87 13.0 0.493 0.140 0.808 0.086 1.000 0.230 Licua
5.50 SM 1.65 22.20 9.0 88.94 34.99 -0.30 0.03 0.98 0.54 1.70 0.75 1.00 0.85 1.00 9.8 4.80 14.6 0.487 0.152 0.808 0.091 1.000 0.253 Licua
8.00 SM 1.65 12.80 11.0 129.37 50.89 -0.50 0.06 0.97 0.53 1.43 0.75 1.00 0.95 1.00 11.2 2.46 13.7 0.479 0.145 0.808 0.096 1.000 0.245 Licua
10.50 SM 1.65 15.00 18.0 169.79 66.79 -0.73 0.08 0.95 0.47 1.21 0.75 1.00 1.00 1.00 16.3 3.29 19.6 0.470 0.201 0.808 0.116 1.000 0.346 Licua
13.00 SM 1.65 16.90 17.0 210.22 82.69 -0.96 0.11 0.93 0.50 1.10 0.75 1.00 1.00 1.00 14.0 3.85 17.9 0.460 0.182 0.808 0.107 1.000 0.320 Licua
15.50 SM 1.65 14.70 20.0 250.64 98.59 -1.20 0.13 0.91 0.49 1.01 0.75 1.00 1.00 1.00 15.1 3.19 18.3 0.449 0.187 0.808 0.111 1.000 0.336 Licua
18.00 SM 1.65 13.90 16.0 291.07 114.49 -1.43 0.16 0.88 0.53 0.93 0.75 1.00 1.00 1.00 11.2 2.90 14.1 0.438 0.149 0.808 0.096 0.987 0.271 Licua
20.50 SM 1.65 21.60 18.0 331.49 130.39 -1.65 0.18 0.86 0.52 0.87 0.75 1.00 1.00 1.00 11.8 4.73 16.5 0.426 0.169 0.808 0.098 0.974 0.313 Licua
23.00 SM 1.65 16.30 21.0 371.92 146.29 -1.83 0.20 0.83 0.51 0.82 0.75 1.00 1.00 1.00 13.0 3.69 16.7 0.413 0.171 0.808 0.103 0.961 0.321 Licua
25.50 SM 1.65 12.10 22.0 412.34 162.19 -1.97 0.21 0.81 0.51 0.78 0.75 1.00 1.00 1.00 12.9 2.16 15.1 0.401 0.157 0.808 0.103 0.950 0.300 Licua
28.00 SM 1.65 13.20 21.0 452.77 178.09 -2.08 0.22 0.78 0.52 0.74 0.75 1.00 1.00 1.00 11.7 2.63 14.3 0.389 0.150 0.808 0.098 0.943 0.294 Licua
30.50 SM 2.33 16.10 24.0 509.85 210.65 -2.13 0.22 0.76 0.52 0.68 0.75 1.00 1.00 1.00 12.3 3.63 15.9 0.360 0.164 0.808 0.100 0.925 0.340 Licua
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA

110

Tabela 5.10d - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e Idriss & Boulanger (2006)
MAGNITUDE : 8.3 Mw
ACELERAÇÃO PICO : 0.30 g

Sondagem : S-01
Nível Freático (m) : 10.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
0.50 SM 1.60 21.00 5.0 7.85 7.85 0.00 0.00 1.00 0.62 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 4.8 4.65 9.4 0.196 0.114 0.808 0.075 1.000 0.471 No Licua
3.00 SM 1.60 21.20 6.0 47.05 47.05 -0.13 0.02 0.99 0.60 1.57 0.75 1.00 0.80 1.00 5.7 4.67 10.3 0.194 0.120 0.808 0.078 1.000 0.502 No Licua
5.50 SM 1.60 19.60 11.0 86.25 86.25 -0.30 0.03 0.98 0.57 1.09 0.75 1.00 0.85 1.00 7.6 4.42 12.1 0.191 0.133 0.808 0.084 1.000 0.561 No Licua
8.00 SM 1.60 21.00 12.0 125.45 125.45 -0.50 0.06 0.97 0.57 0.88 0.75 1.00 0.95 1.00 7.5 4.65 12.2 0.188 0.134 0.808 0.084 0.981 0.562 No Licua
10.50 SM 1.65 14.90 11.0 165.87 160.97 -0.73 0.08 0.95 0.59 0.75 0.75 1.00 1.00 1.00 6.2 3.26 9.5 0.191 0.114 0.808 0.080 0.962 0.467 Licua
13.00 SM 1.65 12.30 14.0 206.30 176.87 -0.96 0.11 0.93 0.57 0.72 0.75 1.00 1.00 1.00 7.6 2.25 9.8 0.211 0.117 0.808 0.084 0.952 0.426 Licua
15.50 SM 1.65 30.80 22.0 246.72 192.77 -1.20 0.13 0.91 0.52 0.71 0.75 1.00 1.00 1.00 11.7 5.40 17.1 0.226 0.175 0.808 0.098 0.935 0.585 Licua
18.00 SP 1.65 2.40 16.0 287.15 208.67 -1.43 0.16 0.88 0.57 0.66 0.75 1.00 1.00 1.00 7.9 0.00 7.9 0.237 0.104 0.808 0.085 0.937 0.332 Licua
20.50 SM 1.65 15.20 11.0 327.57 224.57 -1.65 0.18 0.86 0.61 0.61 0.75 1.00 1.00 1.00 5.0 3.36 8.4 0.244 0.107 0.808 0.076 0.939 0.333 Licua
23.00 SM 1.65 14.10 14.0 368.00 240.47 -1.83 0.20 0.83 0.59 0.59 0.75 1.00 1.00 1.00 6.2 2.98 9.2 0.249 0.113 0.808 0.080 0.930 0.341 Licua
25.50 SM 1.65 13.50 16.0 408.42 256.37 -1.97 0.21 0.81 0.58 0.58 0.75 1.00 1.00 1.00 6.9 2.75 9.7 0.251 0.116 0.808 0.082 0.923 0.344 Licua
28.00 SM 2.33 13.90 19.0 465.51 288.93 -2.08 0.22 0.78 0.57 0.55 0.75 1.00 1.00 1.00 7.8 2.90 10.7 0.247 0.123 0.808 0.085 0.910 0.367 Licua

Sondagem : S-02
Nível Freático (m) : 10.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
2.50 SM 1.60 16.70 8.0 39.24 39.24 -0.10 0.01 1.00 0.57 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 7.7 3.80 11.4 0.194 0.128 0.808 0.084 1.000 0.534 No Licua
5.00 SM 1.60 21.60 11.0 78.44 78.44 -0.27 0.03 0.98 0.57 1.15 0.75 1.00 0.85 1.00 8.0 4.73 12.8 0.192 0.138 0.808 0.086 1.000 0.582 No Licua
7.50 SM 1.60 17.00 11.0 117.64 117.64 -0.46 0.05 0.97 0.58 0.91 0.75 1.00 0.95 1.00 7.1 3.87 11.0 0.189 0.125 0.808 0.083 0.987 0.528 No Licua
10.00 SM 1.65 19.00 13.0 158.07 158.07 -0.68 0.08 0.95 0.57 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 7.5 4.32 11.8 0.186 0.131 0.808 0.084 0.962 0.549 Licua
12.50 SM 1.65 19.30 16.0 198.49 173.97 -0.92 0.10 0.93 0.56 0.74 0.75 1.00 1.00 1.00 8.8 4.37 13.2 0.208 0.142 0.808 0.088 0.951 0.524 Licua
15.00 SM 1.65 12.80 16.0 238.92 189.87 -1.16 0.13 0.91 0.56 0.70 0.75 1.00 1.00 1.00 8.4 2.46 10.8 0.224 0.124 0.808 0.087 0.944 0.423 Licua
17.50 SM 1.65 16.50 17.0 279.34 205.77 -1.39 0.15 0.89 0.56 0.67 0.75 1.00 1.00 1.00 8.5 3.74 12.3 0.235 0.134 0.808 0.087 0.937 0.433 Licua
20.00 SM 1.65 13.60 13.0 319.77 221.67 -1.61 0.18 0.86 0.59 0.62 0.75 1.00 1.00 1.00 6.1 2.79 8.9 0.243 0.110 0.808 0.079 0.937 0.344 Licua
22.50 SM 1.65 32.90 29.0 360.19 237.57 -1.79 0.19 0.84 0.49 0.65 0.75 1.00 1.00 1.00 14.2 5.46 19.6 0.248 0.201 0.808 0.108 0.907 0.596 Licua
25.00 SM 1.65 26.90 16.0 400.62 253.47 -1.95 0.21 0.81 0.58 0.58 0.75 1.00 1.00 1.00 7.0 5.21 12.2 0.251 0.134 0.808 0.082 0.924 0.399 Licua
27.50 SM 1.65 15.50 25.0 441.04 269.37 -2.06 0.22 0.79 0.53 0.59 0.75 1.00 1.00 1.00 11.1 3.45 14.6 0.252 0.152 0.808 0.096 0.905 0.442 Licua
30.00 SM 2.33 14.00 27.0 498.13 301.93 -2.12 0.22 0.77 0.53 0.56 0.75 1.00 1.00 1.00 11.3 2.94 14.3 0.247 0.150 0.808 0.097 0.893 0.439 Licua

Sondagem : S-03
Nível Freático (m) : 10.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
0.50 SM 1.60 0.50 11.0 7.85 7.85 0.00 0.00 1.00 0.53 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 10.5 0.00 10.5 0.196 0.122 0.808 0.094 1.000 0.503 No Licua
3.00 SM 1.60 22.80 8.0 47.05 47.05 -0.13 0.02 0.99 0.58 1.54 0.75 1.00 0.80 1.00 7.4 4.87 12.3 0.194 0.135 0.808 0.084 1.000 0.561 No Licua
5.50 SM 1.60 22.20 9.0 86.25 86.25 -0.30 0.03 0.98 0.59 1.09 0.75 1.00 0.85 1.00 6.3 4.80 11.1 0.191 0.126 0.808 0.080 1.000 0.530 No Licua
8.00 SM 1.60 12.80 11.0 125.45 125.45 -0.50 0.06 0.97 0.58 0.88 0.75 1.00 0.95 1.00 6.9 2.46 9.3 0.188 0.113 0.808 0.082 0.981 0.478 No Licua
10.50 SM 1.65 15.00 18.0 165.87 160.97 -0.73 0.08 0.95 0.54 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 10.5 3.29 13.8 0.191 0.146 0.808 0.094 0.955 0.591 Licua
13.00 SM 1.65 16.90 17.0 206.30 176.87 -0.96 0.11 0.93 0.55 0.73 0.75 1.00 1.00 1.00 9.3 3.85 13.2 0.211 0.141 0.808 0.090 0.949 0.513 Licua
15.50 SM 1.65 14.70 20.0 246.72 192.77 -1.20 0.13 0.91 0.53 0.70 0.75 1.00 1.00 1.00 10.6 3.19 13.8 0.226 0.146 0.808 0.094 0.938 0.489 Licua
18.00 SM 1.65 13.90 16.0 287.15 208.67 -1.43 0.16 0.88 0.57 0.66 0.75 1.00 1.00 1.00 7.9 2.90 10.8 0.237 0.124 0.808 0.085 0.937 0.396 Licua
20.50 SM 1.65 21.60 18.0 327.57 224.57 -1.65 0.18 0.86 0.56 0.64 0.75 1.00 1.00 1.00 8.6 4.73 13.3 0.244 0.142 0.808 0.088 0.929 0.438 Licua
23.00 SM 1.65 16.30 21.0 368.00 240.47 -1.83 0.20 0.83 0.54 0.62 0.75 1.00 1.00 1.00 9.8 3.69 13.5 0.249 0.144 0.808 0.092 0.920 0.429 Licua
25.50 SM 1.65 12.10 22.0 408.42 256.37 -1.97 0.21 0.81 0.54 0.60 0.75 1.00 1.00 1.00 9.9 2.16 12.1 0.251 0.133 0.808 0.092 0.913 0.391 Licua
28.00 SM 1.65 13.20 21.0 448.85 272.27 -2.08 0.22 0.78 0.55 0.57 0.75 1.00 1.00 1.00 9.1 2.63 11.7 0.252 0.130 0.808 0.089 0.911 0.380 Licua
30.50 SM 2.33 16.10 24.0 505.93 304.83 -2.13 0.22 0.76 0.54 0.55 0.75 1.00 1.00 1.00 9.8 3.63 13.5 0.247 0.144 0.808 0.092 0.898 0.422 Licua
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA

111

Tabela 5.10e - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e Idriss & Boulanger (2006)
MAGNITUDE : 8.3 Mw
ACELERAÇÃO PICO : 0.30 g

Sondagem : S-01
Nível Freático (m) : 25.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
0.50 SM 1.60 21.00 5.0 7.85 7.85 0.00 0.00 1.00 0.62 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 4.8 4.65 9.4 0.196 0.114 0.808 0.075 1.000 0.471 No Licua
3.00 SM 1.60 21.20 6.0 47.05 47.05 -0.13 0.02 0.99 0.60 1.57 0.75 1.00 0.80 1.00 5.7 4.67 10.3 0.194 0.120 0.808 0.078 1.000 0.502 No Licua
5.50 SM 1.60 19.60 11.0 86.25 86.25 -0.30 0.03 0.98 0.57 1.09 0.75 1.00 0.85 1.00 7.6 4.42 12.1 0.191 0.133 0.808 0.084 1.000 0.561 No Licua
8.00 SM 1.60 21.00 12.0 125.45 125.45 -0.50 0.06 0.97 0.57 0.88 0.75 1.00 0.95 1.00 7.5 4.65 12.2 0.188 0.134 0.808 0.084 0.981 0.562 No Licua
10.50 SM 1.60 14.90 11.0 164.65 164.65 -0.73 0.08 0.95 0.59 0.74 0.75 1.00 1.00 1.00 6.1 3.26 9.4 0.185 0.114 0.808 0.079 0.960 0.478 No Licua
13.00 SM 1.60 12.30 14.0 203.85 203.85 -0.96 0.11 0.93 0.58 0.66 0.75 1.00 1.00 1.00 6.9 2.25 9.2 0.181 0.112 0.808 0.082 0.942 0.473 No Licua
15.50 SM 1.60 30.80 22.0 243.05 243.05 -1.20 0.13 0.91 0.54 0.62 0.75 1.00 1.00 1.00 10.2 5.40 15.6 0.177 0.161 0.808 0.093 0.917 0.677 No Licua
18.00 SP 1.60 2.40 16.0 282.25 282.25 -1.43 0.16 0.88 0.59 0.54 0.75 1.00 1.00 1.00 6.5 0.00 6.5 0.172 0.095 0.808 0.081 0.916 0.410 No Licua
20.50 SM 1.60 15.20 11.0 321.45 321.45 -1.65 0.18 0.86 0.63 0.48 0.75 1.00 1.00 1.00 3.9 3.36 7.3 0.167 0.100 0.808 0.072 0.916 0.443 No Licua
23.00 SM 1.60 14.10 14.0 360.65 360.65 -1.83 0.20 0.83 0.62 0.45 0.75 1.00 1.00 1.00 4.8 2.98 7.7 0.162 0.103 0.808 0.075 0.904 0.463 No Licua
25.50 SM 1.65 13.50 16.0 401.07 396.17 -1.97 0.21 0.81 0.61 0.43 0.75 1.00 1.00 1.00 5.2 2.75 7.9 0.160 0.104 0.808 0.076 0.895 0.472 Licua
28.00 SM 2.33 13.90 19.0 458.16 428.73 -2.08 0.22 0.78 0.60 0.42 0.75 1.00 1.00 1.00 6.0 2.90 8.9 0.164 0.110 0.808 0.079 0.885 0.483 Licua

Sondagem : S-02
Nível Freático (m) : 25.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
2.50 SM 1.60 16.70 8.0 39.24 39.24 -0.10 0.01 1.00 0.57 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 7.7 3.80 11.4 0.194 0.128 0.808 0.084 1.000 0.534 No Licua
5.00 SM 1.60 21.60 11.0 78.44 78.44 -0.27 0.03 0.98 0.57 1.15 0.75 1.00 0.85 1.00 8.0 4.73 12.8 0.192 0.138 0.808 0.086 1.000 0.582 No Licua
7.50 SM 1.60 17.00 11.0 117.64 117.64 -0.46 0.05 0.97 0.58 0.91 0.75 1.00 0.95 1.00 7.1 3.87 11.0 0.189 0.125 0.808 0.083 0.987 0.528 No Licua
10.00 SM 1.60 19.00 13.0 156.84 156.84 -0.68 0.08 0.95 0.57 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 7.5 4.32 11.8 0.186 0.131 0.808 0.084 0.962 0.550 No Licua
12.50 SM 1.60 19.30 16.0 196.04 196.04 -0.92 0.10 0.93 0.56 0.68 0.75 1.00 1.00 1.00 8.2 4.37 12.6 0.182 0.137 0.808 0.086 0.942 0.573 No Licua
15.00 SM 1.60 12.80 16.0 235.24 235.24 -1.16 0.13 0.91 0.58 0.61 0.75 1.00 1.00 1.00 7.3 2.46 9.8 0.178 0.117 0.808 0.083 0.929 0.493 No Licua
17.50 SM 1.60 16.50 17.0 274.44 274.44 -1.39 0.15 0.89 0.58 0.56 0.75 1.00 1.00 1.00 7.1 3.74 10.8 0.173 0.124 0.808 0.083 0.917 0.531 No Licua
20.00 SM 1.60 13.60 13.0 313.64 313.64 -1.61 0.18 0.86 0.62 0.49 0.75 1.00 1.00 1.00 4.8 2.79 7.6 0.168 0.102 0.808 0.075 0.914 0.448 No Licua
22.50 SM 1.60 32.90 29.0 352.84 352.84 -1.79 0.19 0.84 0.53 0.51 0.75 1.00 1.00 1.00 11.2 5.46 16.7 0.163 0.171 0.808 0.096 0.878 0.741 No Licua
25.00 SM 1.65 26.90 16.0 393.27 393.27 -1.95 0.21 0.81 0.61 0.43 0.75 1.00 1.00 1.00 5.2 5.21 10.4 0.159 0.121 0.808 0.076 0.895 0.552 Licua
27.50 SM 1.65 15.50 25.0 433.69 409.17 -2.06 0.22 0.79 0.56 0.45 0.75 1.00 1.00 1.00 8.5 3.45 12.0 0.163 0.132 0.808 0.087 0.877 0.575 Licua
30.00 SM 2.33 14.00 27.0 490.78 441.73 -2.12 0.22 0.77 0.56 0.44 0.75 1.00 1.00 1.00 8.9 2.94 11.8 0.166 0.131 0.808 0.088 0.869 0.554 Licua

Sondagem : S-03
Nível Freático (m) : 25.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
0.50 SM 1.60 0.50 11.0 7.85 7.85 0.00 0.00 1.00 0.53 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 10.5 0.00 10.5 0.196 0.122 0.808 0.094 1.000 0.503 No Licua
3.00 SM 1.60 22.80 8.0 47.05 47.05 -0.13 0.02 0.99 0.58 1.54 0.75 1.00 0.80 1.00 7.4 4.87 12.3 0.194 0.135 0.808 0.084 1.000 0.561 No Licua
5.50 SM 1.60 22.20 9.0 86.25 86.25 -0.30 0.03 0.98 0.59 1.09 0.75 1.00 0.85 1.00 6.3 4.80 11.1 0.191 0.126 0.808 0.080 1.000 0.530 No Licua
8.00 SM 1.60 12.80 11.0 125.45 125.45 -0.50 0.06 0.97 0.58 0.88 0.75 1.00 0.95 1.00 6.9 2.46 9.3 0.188 0.113 0.808 0.082 0.981 0.478 No Licua
10.50 SM 1.60 15.00 18.0 164.65 164.65 -0.73 0.08 0.95 0.54 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 10.3 3.29 13.6 0.185 0.145 0.808 0.093 0.953 0.603 No Licua
13.00 SM 1.60 16.90 17.0 203.85 203.85 -0.96 0.11 0.93 0.56 0.67 0.75 1.00 1.00 1.00 8.6 3.85 12.4 0.181 0.136 0.808 0.087 0.938 0.567 No Licua
15.50 SM 1.60 14.70 20.0 243.05 243.05 -1.20 0.13 0.91 0.55 0.61 0.75 1.00 1.00 1.00 9.2 3.19 12.4 0.177 0.135 0.808 0.090 0.920 0.570 No Licua
18.00 SM 1.60 13.90 16.0 282.25 282.25 -1.43 0.16 0.88 0.59 0.54 0.75 1.00 1.00 1.00 6.5 2.90 9.4 0.172 0.114 0.808 0.081 0.916 0.491 No Licua
20.50 SM 1.65 21.60 18.0 322.67 322.67 -1.65 0.18 0.86 0.58 0.50 0.75 1.00 1.00 1.00 6.8 4.73 11.5 0.167 0.129 0.808 0.082 0.904 0.564 No Licua
23.00 SM 1.65 16.30 21.0 363.10 363.10 -1.83 0.20 0.83 0.57 0.48 0.75 1.00 1.00 1.00 7.5 3.69 11.2 0.162 0.127 0.808 0.084 0.892 0.562 No Licua
25.50 SM 1.65 12.10 22.0 403.52 398.62 -1.97 0.21 0.81 0.57 0.45 0.75 1.00 1.00 1.00 7.5 2.16 9.6 0.160 0.115 0.808 0.084 0.884 0.517 Licua
28.00 SM 1.65 13.20 21.0 443.95 414.52 -2.08 0.22 0.78 0.58 0.44 0.75 1.00 1.00 1.00 6.9 2.63 9.5 0.164 0.115 0.808 0.082 0.884 0.500 Licua
30.50 SM 2.33 16.10 24.0 501.03 447.08 -2.13 0.22 0.76 0.57 0.42 0.75 1.00 1.00 1.00 7.6 3.63 11.3 0.167 0.127 0.808 0.084 0.874 0.539 Licua
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA

112

Tabela 5.10f - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e Idriss & Boulanger (2006)
MAGNITUDE : 8.3 Mw
ACELERAÇÃO PICO : 0.37 g

Sondagem : S-01
Nível Freático (m) : 0.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
0.50 SM 1.65 21.00 5.0 8.09 3.19 0.00 0.00 1.00 0.62 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 4.8 4.65 9.4 0.613 0.114 0.808 0.075 1.000 0.151 Licua
3.00 SM 1.65 21.20 6.0 48.52 19.09 -0.13 0.02 0.99 0.59 1.70 0.75 1.00 0.80 1.00 6.1 4.67 10.8 0.608 0.124 0.808 0.079 1.000 0.165 Licua
5.50 SM 1.65 19.60 11.0 88.94 34.99 -0.30 0.03 0.98 0.52 1.70 0.75 1.00 0.85 1.00 11.9 4.42 16.3 0.600 0.168 0.808 0.099 1.000 0.226 Licua
8.00 SM 1.65 21.00 12.0 129.37 50.89 -0.50 0.06 0.97 0.52 1.42 0.75 1.00 0.95 1.00 12.1 4.65 16.8 0.591 0.172 0.808 0.100 1.000 0.235 Licua
10.50 SM 1.65 14.90 11.0 169.79 66.79 -0.73 0.08 0.95 0.54 1.24 0.75 1.00 1.00 1.00 10.3 3.26 13.5 0.580 0.144 0.808 0.093 1.000 0.201 Licua
13.00 SM 1.65 12.30 14.0 210.22 82.69 -0.96 0.11 0.93 0.52 1.10 0.75 1.00 1.00 1.00 11.6 2.25 13.8 0.568 0.147 0.808 0.098 1.000 0.209 Licua
15.50 SM 1.65 30.80 22.0 250.64 98.59 -1.20 0.13 0.91 0.47 1.01 0.75 1.00 1.00 1.00 16.6 5.40 22.0 0.554 0.233 0.808 0.118 1.000 0.340 Licua
18.00 SP 1.65 2.40 16.0 291.07 114.49 -1.43 0.16 0.88 0.53 0.93 0.75 1.00 1.00 1.00 11.2 0.00 11.2 0.540 0.126 0.808 0.096 0.987 0.187 Licua
20.50 SM 1.65 15.20 11.0 331.49 130.39 -1.65 0.18 0.86 0.58 0.86 0.75 1.00 1.00 1.00 7.1 3.36 10.4 0.525 0.121 0.808 0.083 0.978 0.182 Licua
23.00 SM 1.65 14.10 14.0 371.92 146.29 -1.83 0.20 0.83 0.56 0.81 0.75 1.00 1.00 1.00 8.5 2.98 11.5 0.510 0.128 0.808 0.087 0.967 0.197 Licua
25.50 SM 1.65 13.50 16.0 412.34 162.19 -1.97 0.21 0.81 0.55 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 9.2 2.75 11.9 0.494 0.132 0.808 0.090 0.957 0.206 Licua
28.00 SM 2.33 13.90 19.0 469.43 194.75 -2.08 0.22 0.78 0.54 0.70 0.75 1.00 1.00 1.00 9.9 2.90 12.8 0.455 0.139 0.808 0.092 0.939 0.231 Licua

Sondagem : S-02
Nível Freático (m) : 0.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
2.50 SM 1.65 16.70 8.0 40.47 15.94 -0.10 0.01 1.00 0.57 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 7.7 3.80 11.4 0.608 0.128 0.808 0.084 1.000 0.171 Licua
5.00 SM 1.65 21.60 11.0 80.89 31.84 -0.27 0.03 0.98 0.52 1.70 0.75 1.00 0.85 1.00 11.9 4.73 16.6 0.601 0.171 0.808 0.099 1.000 0.229 Licua
7.50 SM 1.65 17.00 11.0 121.32 47.74 -0.46 0.05 0.97 0.52 1.47 0.75 1.00 0.95 1.00 11.5 3.87 15.4 0.593 0.160 0.808 0.098 1.000 0.218 Licua
10.00 SM 1.65 19.00 13.0 161.74 63.64 -0.68 0.08 0.95 0.51 1.26 0.75 1.00 1.00 1.00 12.3 4.32 16.6 0.582 0.170 0.808 0.100 1.000 0.237 Licua
12.50 SM 1.65 19.30 16.0 202.17 79.54 -0.92 0.10 0.93 0.50 1.12 0.75 1.00 1.00 1.00 13.5 4.37 17.8 0.570 0.182 0.808 0.105 1.000 0.258 Licua
15.00 SM 1.65 12.80 16.0 242.59 95.44 -1.16 0.13 0.91 0.51 1.02 0.75 1.00 1.00 1.00 12.3 2.46 14.8 0.557 0.154 0.808 0.100 1.000 0.224 Licua
17.50 SM 1.65 16.50 17.0 283.02 111.34 -1.39 0.15 0.89 0.52 0.95 0.75 1.00 1.00 1.00 12.1 3.74 15.8 0.543 0.163 0.808 0.100 0.989 0.240 Licua
20.00 SM 1.65 13.60 13.0 323.44 127.24 -1.61 0.18 0.86 0.56 0.87 0.75 1.00 1.00 1.00 8.5 2.79 11.3 0.528 0.127 0.808 0.087 0.979 0.191 Licua
22.50 SM 1.65 32.90 29.0 363.87 143.14 -1.79 0.19 0.84 0.45 0.85 0.75 1.00 1.00 1.00 18.5 5.46 23.9 0.513 0.267 0.808 0.126 0.955 0.402 Licua
25.00 SM 1.65 26.90 16.0 404.29 159.04 -1.95 0.21 0.81 0.55 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 9.3 5.21 14.5 0.497 0.152 0.808 0.090 0.958 0.237 Licua
27.50 SM 1.65 15.50 25.0 444.72 174.94 -2.06 0.22 0.79 0.49 0.76 0.75 1.00 1.00 1.00 14.2 3.45 17.7 0.483 0.180 0.808 0.108 0.940 0.284 Licua
30.00 SM 2.33 14.00 27.0 501.80 207.50 -2.12 0.22 0.77 0.50 0.70 0.75 1.00 1.00 1.00 14.1 2.94 17.0 0.446 0.174 0.808 0.107 0.922 0.291 Licua

Sondagem : S-03
Nível Freático (m) : 0.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
0.50 SM 1.65 0.50 11.0 8.09 3.19 0.00 0.00 1.00 0.53 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 10.5 0.00 10.5 0.613 0.122 0.808 0.094 1.000 0.161 Licua
3.00 SM 1.65 22.80 8.0 48.52 19.09 -0.13 0.02 0.99 0.56 1.70 0.75 1.00 0.80 1.00 8.2 4.87 13.0 0.608 0.140 0.808 0.086 1.000 0.187 Licua
5.50 SM 1.65 22.20 9.0 88.94 34.99 -0.30 0.03 0.98 0.54 1.70 0.75 1.00 0.85 1.00 9.8 4.80 14.6 0.600 0.152 0.808 0.091 1.000 0.205 Licua
8.00 SM 1.65 12.80 11.0 129.37 50.89 -0.50 0.06 0.97 0.53 1.43 0.75 1.00 0.95 1.00 11.2 2.46 13.7 0.591 0.145 0.808 0.096 1.000 0.199 Licua
10.50 SM 1.65 15.00 18.0 169.79 66.79 -0.73 0.08 0.95 0.47 1.21 0.75 1.00 1.00 1.00 16.3 3.29 19.6 0.580 0.201 0.808 0.116 1.000 0.281 Licua
13.00 SM 1.65 16.90 17.0 210.22 82.69 -0.96 0.11 0.93 0.50 1.10 0.75 1.00 1.00 1.00 14.0 3.85 17.9 0.568 0.182 0.808 0.107 1.000 0.259 Licua
15.50 SM 1.65 14.70 20.0 250.64 98.59 -1.20 0.13 0.91 0.49 1.01 0.75 1.00 1.00 1.00 15.1 3.19 18.3 0.554 0.187 0.808 0.111 1.000 0.272 Licua
18.00 SM 1.65 13.90 16.0 291.07 114.49 -1.43 0.16 0.88 0.53 0.93 0.75 1.00 1.00 1.00 11.2 2.90 14.1 0.540 0.149 0.808 0.096 0.987 0.219 Licua
20.50 SM 1.65 21.60 18.0 331.49 130.39 -1.65 0.18 0.86 0.52 0.87 0.75 1.00 1.00 1.00 11.8 4.73 16.5 0.525 0.169 0.808 0.098 0.974 0.254 Licua
23.00 SM 1.65 16.30 21.0 371.92 146.29 -1.83 0.20 0.83 0.51 0.82 0.75 1.00 1.00 1.00 13.0 3.69 16.7 0.510 0.171 0.808 0.103 0.961 0.260 Licua
25.50 SM 1.65 12.10 22.0 412.34 162.19 -1.97 0.21 0.81 0.51 0.78 0.75 1.00 1.00 1.00 12.9 2.16 15.1 0.494 0.157 0.808 0.103 0.950 0.243 Licua
28.00 SM 1.65 13.20 21.0 452.77 178.09 -2.08 0.22 0.78 0.52 0.74 0.75 1.00 1.00 1.00 11.7 2.63 14.3 0.480 0.150 0.808 0.098 0.943 0.239 Licua
30.50 SM 2.33 16.10 24.0 509.85 210.65 -2.13 0.22 0.76 0.52 0.68 0.75 1.00 1.00 1.00 12.3 3.63 15.9 0.444 0.164 0.808 0.100 0.925 0.276 Licua
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA

113

Tabela 5.10g - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e Idriss & Boulanger (2006)
MAGNITUDE : 8.3 Mw
ACELERAÇÃO PICO : 0.37 g

Sondagem : S-01
Nível Freático (m) : 10.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
0.50 SM 1.60 21.00 5.0 7.85 7.85 0.00 0.00 1.00 0.62 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 4.8 4.65 9.4 0.241 0.114 0.808 0.075 1.000 0.382 No Licua
3.00 SM 1.60 21.20 6.0 47.05 47.05 -0.13 0.02 0.99 0.60 1.57 0.75 1.00 0.80 1.00 5.7 4.67 10.3 0.239 0.120 0.808 0.078 1.000 0.407 No Licua
5.50 SM 1.60 19.60 11.0 86.25 86.25 -0.30 0.03 0.98 0.57 1.09 0.75 1.00 0.85 1.00 7.6 4.42 12.1 0.236 0.133 0.808 0.084 1.000 0.455 No Licua
8.00 SM 1.60 21.00 12.0 125.45 125.45 -0.50 0.06 0.97 0.57 0.88 0.75 1.00 0.95 1.00 7.5 4.65 12.2 0.232 0.134 0.808 0.084 0.981 0.456 No Licua
10.50 SM 1.65 14.90 11.0 165.87 160.97 -0.73 0.08 0.95 0.59 0.75 0.75 1.00 1.00 1.00 6.2 3.26 9.5 0.235 0.114 0.808 0.080 0.962 0.379 Licua
13.00 SM 1.65 12.30 14.0 206.30 176.87 -0.96 0.11 0.93 0.57 0.72 0.75 1.00 1.00 1.00 7.6 2.25 9.8 0.261 0.117 0.808 0.084 0.952 0.345 Licua
15.50 SM 1.65 30.80 22.0 246.72 192.77 -1.20 0.13 0.91 0.52 0.71 0.75 1.00 1.00 1.00 11.7 5.40 17.1 0.279 0.175 0.808 0.098 0.935 0.474 Licua
18.00 SP 1.65 2.40 16.0 287.15 208.67 -1.43 0.16 0.88 0.57 0.66 0.75 1.00 1.00 1.00 7.9 0.00 7.9 0.292 0.104 0.808 0.085 0.937 0.269 Licua
20.50 SM 1.65 15.20 11.0 327.57 224.57 -1.65 0.18 0.86 0.61 0.61 0.75 1.00 1.00 1.00 5.0 3.36 8.4 0.301 0.107 0.808 0.076 0.939 0.270 Licua
23.00 SM 1.65 14.10 14.0 368.00 240.47 -1.83 0.20 0.83 0.59 0.59 0.75 1.00 1.00 1.00 6.2 2.98 9.2 0.307 0.113 0.808 0.080 0.930 0.276 Licua
25.50 SM 1.65 13.50 16.0 408.42 256.37 -1.97 0.21 0.81 0.58 0.58 0.75 1.00 1.00 1.00 6.9 2.75 9.7 0.310 0.116 0.808 0.082 0.923 0.279 Licua
28.00 SM 2.33 13.90 19.0 465.51 288.93 -2.08 0.22 0.78 0.57 0.55 0.75 1.00 1.00 1.00 7.8 2.90 10.7 0.304 0.123 0.808 0.085 0.910 0.297 Licua

Sondagem : S-02
Nível Freático (m) : 10.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
2.50 SM 1.60 16.70 8.0 39.24 39.24 -0.10 0.01 1.00 0.57 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 7.7 3.80 11.4 0.240 0.128 0.808 0.084 1.000 0.433 No Licua
5.00 SM 1.60 21.60 11.0 78.44 78.44 -0.27 0.03 0.98 0.57 1.15 0.75 1.00 0.85 1.00 8.0 4.73 12.8 0.237 0.138 0.808 0.086 1.000 0.472 No Licua
7.50 SM 1.60 17.00 11.0 117.64 117.64 -0.46 0.05 0.97 0.58 0.91 0.75 1.00 0.95 1.00 7.1 3.87 11.0 0.233 0.125 0.808 0.083 0.987 0.428 No Licua
10.00 SM 1.65 19.00 13.0 158.07 158.07 -0.68 0.08 0.95 0.57 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 7.5 4.32 11.8 0.229 0.131 0.808 0.084 0.962 0.445 Licua
12.50 SM 1.65 19.30 16.0 198.49 173.97 -0.92 0.10 0.93 0.56 0.74 0.75 1.00 1.00 1.00 8.8 4.37 13.2 0.256 0.142 0.808 0.088 0.951 0.425 Licua
15.00 SM 1.65 12.80 16.0 238.92 189.87 -1.16 0.13 0.91 0.56 0.70 0.75 1.00 1.00 1.00 8.4 2.46 10.8 0.276 0.124 0.808 0.087 0.944 0.343 Licua
17.50 SM 1.65 16.50 17.0 279.34 205.77 -1.39 0.15 0.89 0.56 0.67 0.75 1.00 1.00 1.00 8.5 3.74 12.3 0.290 0.134 0.808 0.087 0.937 0.351 Licua
20.00 SM 1.65 13.60 13.0 319.77 221.67 -1.61 0.18 0.86 0.59 0.62 0.75 1.00 1.00 1.00 6.1 2.79 8.9 0.300 0.110 0.808 0.079 0.937 0.279 Licua
22.50 SM 1.65 32.90 29.0 360.19 237.57 -1.79 0.19 0.84 0.49 0.65 0.75 1.00 1.00 1.00 14.2 5.46 19.6 0.306 0.201 0.808 0.108 0.907 0.483 Licua
25.00 SM 1.65 26.90 16.0 400.62 253.47 -1.95 0.21 0.81 0.58 0.58 0.75 1.00 1.00 1.00 7.0 5.21 12.2 0.309 0.134 0.808 0.082 0.924 0.323 Licua
27.50 SM 1.65 15.50 25.0 441.04 269.37 -2.06 0.22 0.79 0.53 0.59 0.75 1.00 1.00 1.00 11.1 3.45 14.6 0.311 0.152 0.808 0.096 0.905 0.359 Licua
30.00 SM 2.33 14.00 27.0 498.13 301.93 -2.12 0.22 0.77 0.53 0.56 0.75 1.00 1.00 1.00 11.3 2.94 14.3 0.304 0.150 0.808 0.097 0.893 0.356 Licua

Sondagem : S-03
Nível Freático (m) : 10.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
0.50 SM 1.60 0.50 11.0 7.85 7.85 0.00 0.00 1.00 0.53 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 10.5 0.00 10.5 0.241 0.122 0.808 0.094 1.000 0.408 No Licua
3.00 SM 1.60 22.80 8.0 47.05 47.05 -0.13 0.02 0.99 0.58 1.54 0.75 1.00 0.80 1.00 7.4 4.87 12.3 0.239 0.135 0.808 0.084 1.000 0.455 No Licua
5.50 SM 1.60 22.20 9.0 86.25 86.25 -0.30 0.03 0.98 0.59 1.09 0.75 1.00 0.85 1.00 6.3 4.80 11.1 0.236 0.126 0.808 0.080 1.000 0.430 No Licua
8.00 SM 1.60 12.80 11.0 125.45 125.45 -0.50 0.06 0.97 0.58 0.88 0.75 1.00 0.95 1.00 6.9 2.46 9.3 0.232 0.113 0.808 0.082 0.981 0.387 No Licua
10.50 SM 1.65 15.00 18.0 165.87 160.97 -0.73 0.08 0.95 0.54 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 10.5 3.29 13.8 0.235 0.146 0.808 0.094 0.955 0.479 Licua
13.00 SM 1.65 16.90 17.0 206.30 176.87 -0.96 0.11 0.93 0.55 0.73 0.75 1.00 1.00 1.00 9.3 3.85 13.2 0.261 0.141 0.808 0.090 0.949 0.416 Licua
15.50 SM 1.65 14.70 20.0 246.72 192.77 -1.20 0.13 0.91 0.53 0.70 0.75 1.00 1.00 1.00 10.6 3.19 13.8 0.279 0.146 0.808 0.094 0.938 0.397 Licua
18.00 SM 1.65 13.90 16.0 287.15 208.67 -1.43 0.16 0.88 0.57 0.66 0.75 1.00 1.00 1.00 7.9 2.90 10.8 0.292 0.124 0.808 0.085 0.937 0.321 Licua
20.50 SM 1.65 21.60 18.0 327.57 224.57 -1.65 0.18 0.86 0.56 0.64 0.75 1.00 1.00 1.00 8.6 4.73 13.3 0.301 0.142 0.808 0.088 0.929 0.355 Licua
23.00 SM 1.65 16.30 21.0 368.00 240.47 -1.83 0.20 0.83 0.54 0.62 0.75 1.00 1.00 1.00 9.8 3.69 13.5 0.307 0.144 0.808 0.092 0.920 0.348 Licua
25.50 SM 1.65 12.10 22.0 408.42 256.37 -1.97 0.21 0.81 0.54 0.60 0.75 1.00 1.00 1.00 9.9 2.16 12.1 0.310 0.133 0.808 0.092 0.913 0.317 Licua
28.00 SM 1.65 13.20 21.0 448.85 272.27 -2.08 0.22 0.78 0.55 0.57 0.75 1.00 1.00 1.00 9.1 2.63 11.7 0.311 0.130 0.808 0.089 0.911 0.308 Licua
30.50 SM 2.33 16.10 24.0 505.93 304.83 -2.13 0.22 0.76 0.54 0.55 0.75 1.00 1.00 1.00 9.8 3.63 13.5 0.305 0.144 0.808 0.092 0.898 0.342 Licua
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA

114

Tabela 5.10h - Cálculo do Potencial de Liquefação – NCEER (1998) e Idriss & Boulanger (2006)
MAGNITUDE : 8.3 Mw
ACELERAÇÃO PICO : 0.37 g

Sondagem : S-01
Nível Freático (m) : 25.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
0.50 SM 1.60 21.00 5.0 7.85 7.85 0.00 0.00 1.00 0.62 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 4.8 4.65 9.4 0.241 0.114 0.808 0.075 1.000 0.382 No Licua
3.00 SM 1.60 21.20 6.0 47.05 47.05 -0.13 0.02 0.99 0.60 1.57 0.75 1.00 0.80 1.00 5.7 4.67 10.3 0.239 0.120 0.808 0.078 1.000 0.407 No Licua
5.50 SM 1.60 19.60 11.0 86.25 86.25 -0.30 0.03 0.98 0.57 1.09 0.75 1.00 0.85 1.00 7.6 4.42 12.1 0.236 0.133 0.808 0.084 1.000 0.455 No Licua
8.00 SM 1.60 21.00 12.0 125.45 125.45 -0.50 0.06 0.97 0.57 0.88 0.75 1.00 0.95 1.00 7.5 4.65 12.2 0.232 0.134 0.808 0.084 0.981 0.456 No Licua
10.50 SM 1.60 14.90 11.0 164.65 164.65 -0.73 0.08 0.95 0.59 0.74 0.75 1.00 1.00 1.00 6.1 3.26 9.4 0.228 0.114 0.808 0.079 0.960 0.387 No Licua
13.00 SM 1.60 12.30 14.0 203.85 203.85 -0.96 0.11 0.93 0.58 0.66 0.75 1.00 1.00 1.00 6.9 2.25 9.2 0.223 0.112 0.808 0.082 0.942 0.383 No Licua
15.50 SM 1.60 30.80 22.0 243.05 243.05 -1.20 0.13 0.91 0.54 0.62 0.75 1.00 1.00 1.00 10.2 5.40 15.6 0.218 0.161 0.808 0.093 0.917 0.549 No Licua
18.00 SP 1.60 2.40 16.0 282.25 282.25 -1.43 0.16 0.88 0.59 0.54 0.75 1.00 1.00 1.00 6.5 0.00 6.5 0.212 0.095 0.808 0.081 0.916 0.332 No Licua
20.50 SM 1.60 15.20 11.0 321.45 321.45 -1.65 0.18 0.86 0.63 0.48 0.75 1.00 1.00 1.00 3.9 3.36 7.3 0.206 0.100 0.808 0.072 0.916 0.359 No Licua
23.00 SM 1.60 14.10 14.0 360.65 360.65 -1.83 0.20 0.83 0.62 0.45 0.75 1.00 1.00 1.00 4.8 2.98 7.7 0.200 0.103 0.808 0.075 0.904 0.375 No Licua
25.50 SM 1.65 13.50 16.0 401.07 396.17 -1.97 0.21 0.81 0.61 0.43 0.75 1.00 1.00 1.00 5.2 2.75 7.9 0.197 0.104 0.808 0.076 0.895 0.383 Licua
28.00 SM 2.33 13.90 19.0 458.16 428.73 -2.08 0.22 0.78 0.60 0.42 0.75 1.00 1.00 1.00 6.0 2.90 8.9 0.202 0.110 0.808 0.079 0.885 0.392 Licua

Sondagem : S-02
Nível Freático (m) : 25.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
2.50 SM 1.60 16.70 8.0 39.24 39.24 -0.10 0.01 1.00 0.57 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 7.7 3.80 11.4 0.240 0.128 0.808 0.084 1.000 0.433 No Licua
5.00 SM 1.60 21.60 11.0 78.44 78.44 -0.27 0.03 0.98 0.57 1.15 0.75 1.00 0.85 1.00 8.0 4.73 12.8 0.237 0.138 0.808 0.086 1.000 0.472 No Licua
7.50 SM 1.60 17.00 11.0 117.64 117.64 -0.46 0.05 0.97 0.58 0.91 0.75 1.00 0.95 1.00 7.1 3.87 11.0 0.233 0.125 0.808 0.083 0.987 0.428 No Licua
10.00 SM 1.60 19.00 13.0 156.84 156.84 -0.68 0.08 0.95 0.57 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 7.5 4.32 11.8 0.229 0.131 0.808 0.084 0.962 0.446 No Licua
12.50 SM 1.60 19.30 16.0 196.04 196.04 -0.92 0.10 0.93 0.56 0.68 0.75 1.00 1.00 1.00 8.2 4.37 12.6 0.224 0.137 0.808 0.086 0.942 0.464 No Licua
15.00 SM 1.60 12.80 16.0 235.24 235.24 -1.16 0.13 0.91 0.58 0.61 0.75 1.00 1.00 1.00 7.3 2.46 9.8 0.219 0.117 0.808 0.083 0.929 0.399 No Licua
17.50 SM 1.60 16.50 17.0 274.44 274.44 -1.39 0.15 0.89 0.58 0.56 0.75 1.00 1.00 1.00 7.1 3.74 10.8 0.214 0.124 0.808 0.083 0.917 0.430 No Licua
20.00 SM 1.60 13.60 13.0 313.64 313.64 -1.61 0.18 0.86 0.62 0.49 0.75 1.00 1.00 1.00 4.8 2.79 7.6 0.208 0.102 0.808 0.075 0.914 0.363 No Licua
22.50 SM 1.60 32.90 29.0 352.84 352.84 -1.79 0.19 0.84 0.53 0.51 0.75 1.00 1.00 1.00 11.2 5.46 16.7 0.202 0.171 0.808 0.096 0.878 0.601 No Licua
25.00 SM 1.65 26.90 16.0 393.27 393.27 -1.95 0.21 0.81 0.61 0.43 0.75 1.00 1.00 1.00 5.2 5.21 10.4 0.196 0.121 0.808 0.076 0.895 0.448 Licua
27.50 SM 1.65 15.50 25.0 433.69 409.17 -2.06 0.22 0.79 0.56 0.45 0.75 1.00 1.00 1.00 8.5 3.45 12.0 0.201 0.132 0.808 0.087 0.877 0.466 Licua
30.00 SM 2.33 14.00 27.0 490.78 441.73 -2.12 0.22 0.77 0.56 0.44 0.75 1.00 1.00 1.00 8.9 2.94 11.8 0.205 0.131 0.808 0.088 0.869 0.449 Licua

Sondagem : S-03
Nível Freático (m) : 25.00
Massa Conteúdo CORREÇÕES Corr C.Finos
Prof. Clasif. Valor Nm σVt σV' rd = exp [α(z) + β(z)*M] Kσ = 1-Cσ*Ln(σ'v/Pa)
Específica Finos Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ∆( N1)60 ( N1)60CS CSR CRR7.5 MSF FSL Observ
(m) (SUCS) 3 (Golpes/pé) (KPa) (KPa)
(Ton/m ) (%) α(z) β(z) rd m CN CE CB CR CS Cσ Kσ
0.50 SM 1.60 0.50 11.0 7.85 7.85 0.00 0.00 1.00 0.53 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 10.5 0.00 10.5 0.241 0.122 0.808 0.094 1.000 0.408 No Licua
3.00 SM 1.60 22.80 8.0 47.05 47.05 -0.13 0.02 0.99 0.58 1.54 0.75 1.00 0.80 1.00 7.4 4.87 12.3 0.239 0.135 0.808 0.084 1.000 0.455 No Licua
5.50 SM 1.60 22.20 9.0 86.25 86.25 -0.30 0.03 0.98 0.59 1.09 0.75 1.00 0.85 1.00 6.3 4.80 11.1 0.236 0.126 0.808 0.080 1.000 0.430 No Licua
8.00 SM 1.60 12.80 11.0 125.45 125.45 -0.50 0.06 0.97 0.58 0.88 0.75 1.00 0.95 1.00 6.9 2.46 9.3 0.232 0.113 0.808 0.082 0.981 0.387 No Licua
10.50 SM 1.60 15.00 18.0 164.65 164.65 -0.73 0.08 0.95 0.54 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 10.3 3.29 13.6 0.228 0.145 0.808 0.093 0.953 0.489 No Licua
13.00 SM 1.60 16.90 17.0 203.85 203.85 -0.96 0.11 0.93 0.56 0.67 0.75 1.00 1.00 1.00 8.6 3.85 12.4 0.223 0.136 0.808 0.087 0.938 0.460 No Licua
15.50 SM 1.60 14.70 20.0 243.05 243.05 -1.20 0.13 0.91 0.55 0.61 0.75 1.00 1.00 1.00 9.2 3.19 12.4 0.218 0.135 0.808 0.090 0.920 0.462 No Licua
18.00 SM 1.60 13.90 16.0 282.25 282.25 -1.43 0.16 0.88 0.59 0.54 0.75 1.00 1.00 1.00 6.5 2.90 9.4 0.212 0.114 0.808 0.081 0.916 0.398 No Licua
20.50 SM 1.65 21.60 18.0 322.67 322.67 -1.65 0.18 0.86 0.58 0.50 0.75 1.00 1.00 1.00 6.8 4.73 11.5 0.206 0.129 0.808 0.082 0.904 0.457 No Licua
23.00 SM 1.65 16.30 21.0 363.10 363.10 -1.83 0.20 0.83 0.57 0.48 0.75 1.00 1.00 1.00 7.5 3.69 11.2 0.200 0.127 0.808 0.084 0.892 0.455 No Licua
25.50 SM 1.65 12.10 22.0 403.52 398.62 -1.97 0.21 0.81 0.57 0.45 0.75 1.00 1.00 1.00 7.5 2.16 9.6 0.197 0.115 0.808 0.084 0.884 0.419 Licua
28.00 SM 1.65 13.20 21.0 443.95 414.52 -2.08 0.22 0.78 0.58 0.44 0.75 1.00 1.00 1.00 6.9 2.63 9.5 0.202 0.115 0.808 0.082 0.884 0.405 Licua
30.50 SM 2.33 16.10 24.0 501.03 447.08 -2.13 0.22 0.76 0.57 0.42 0.75 1.00 1.00 1.00 7.6 3.63 11.3 0.206 0.127 0.808 0.084 0.874 0.437 Licua
115

5.4.
Análise de estabilidade de talude com o Slide e o FLAC

Analises de estabilidade de taludes são comumente realizados na prática da


engenharia de mecânica de solos. Neste projeto realizaremos a análise de
estabilidade de talude da pilha de lixiviação considerando três condições:
1. Estabilidade estática a longo prazo (com o Slide e o FLAC).
2. Estabilidade estática pós-sismo, supondo que o minério saturado foi
liquefeito, (isto é, o minério trabalhará com sua resistência residual)
devido ao alto nível de solução dentro da pilha, segundo a análise de
potencial de liquefação realizado anteriormente (com o Slide e o FLAC).
3. Estabilidade estática pós-sismo, segundo a análise dinâmica realizada
com o FLAC considerando as zonas liquefeitas com propriedades de
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resistência residual não drenada (com o Slide).

Em casos onde se comprova que existe liquefação, as análises pseudo-


estáticas não são realizadas devido a que a condição mais desfavorável é a
condição pós-sismo. Também, análises de deformações induzidas sismicamente
que são feitas quando o fator de segurança pseudo-estática é menor que 1,0,
(método de Newmark ou Makdisi-Seed), não foram executadas pela mesma razão,
as deformações que aconteceram serão devidas ao fenômeno de liquefação.
Usaram-se dois programas para realizar a análise de estabilidade de taludes.
O primeiro foi o Slide, um programa 2D de equilíbrio limite para análise de
estabilidade de taludes em solos e rochas. O segundo foi o Flac, um programa
explícito 2D de diferenças finitas para cálculos na engenharia mecânica, que
simula o comportamento de estruturas feitas de solo, rochas ou qualquer outro
material.
A análise com o programa Slide (da Rocscience) foi feita nas mesmas 4
seções A, B, C e D onde foram realizadas a análise de potencial de liquefação; e
para o análise com o Flac se escolheu só uma seção, a seção B por ser a que
apresenta maior instabilidade de talude e se verificou sua semelhança com o
Slide.
116

5.4.1.
Propriedades de resistência para a análise de estabilidade

Os parâmetros de resistência para os distintos materiais utilizados na


construção da pilha foram determinados de acordo à compilação de estudos
realizados nela e que foram resumidos no relatório do projeto.

Fundação
O lugar onde esta localizada a pilha de lixiviação consiste de material estéril
e solos aluviais descansando sobre o leito rochoso. O material de estéril foi
aterrado e compactado e foi construído para criar uma pendente homogênea para
toda a pilha. O leito rochoso na área da pilha esta conformado por brechas gnais e
granodioritas e está localizado aproximadamente de 10 a 30 metros sob solo
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aluvial/aterro compactado. Devido à alta coesão e ângulo de atrito, o leito rochoso


atua como uma barreira para as falhas circulares.

Interface de geomembrana
Tipicamente numa modelagem de pilha de lixiviação existem duas
interfaces: a interface entre a geomembrana e o leito; e a interface entre a
geomembrana e o sistema de drenagem ou minério (revestimento da
geomembrana ou overliner). Nesta pilha a geomembrana utilizada foi Polietileno
de Baixa Densidade (LLDPE) texturada em ambos os lados. Baseado em estudos
anteriores, a interface mais débil será entre o revestimento da geomembrana
(overliner) e geomembrana.

Minério triturado
Baseados nos estudos feitos na pilha, as propriedades de resistência do
minério tem mudado a través dos tempos. A resistência não drenada do minério
representa a resistência em curto prazo de um material assumindo condições não
drenadas. Isto é só aplicável para materiais embaixo da superfície freática com
excesso de pressão dos poros sob condições de cisalhamento rápido que não
permite um tempo adequado para que o material drene.
A tensão cisalhante pós-sismo significa a resistência não drenada do minério
diretamente depois de um evento sísmico o suficientemente grande para induzir
117

liquefação. Esta resistência não drenada foi obtida normalizando a resistência não
drenada (Sr) com a tensão normal efetiva (σ’v0) segundo a formulação dada pela
equação 2.1 (Idriss e Boulanger, 2007). A planilha com os cálculos de resistência
residual dos solos liquefeitos para cada sondagem é apresentada nas Tabelas 5.11a
até 5.11c, considerando níveis de água a 0, 5, 10 e 25m de profundidade. Um
resumo com os resultados obtidos são apresentados na Tabela 5.12.

Tabela 5.11a - Cálculo da resistência residual não drenada (Idriss e Boulanger, 2007)
Sondagem : DH-01
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada
Prof. Clasif. σVt σV' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60
∆( N1)60
( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) (KPa) (KPa) Sr/σ'vo Média
(Ton/m3) (%) ) m C N CE CB CR CS (φ'=35º)
1.00 SC 1.60 20.9 50 15.70 15.70 0.26 1.63 0.75 1.00 0.75 1.00 45.9 4.63 50.5 0.70 0.70
2.00 SC 1.60 20.9 40 31.38 31.38 0.34 1.48 0.75 1.00 0.75 1.00 33.4 4.63 38.0 0.70 0.70
3.00 SC 1.60 20.9 56 47.06 47.06 0.29 1.24 0.75 1.00 0.80 1.00 41.7 4.63 46.4 0.70 0.70
4.00 SC 1.60 20.9 26 62.74 62.74 0.44 1.23 0.75 1.00 0.85 1.00 20.3 4.63 25.0 0.70 0.70
5.00 SC 1.60 25.0 37 78.42 78.42 0.39 1.10 0.75 1.00 0.85 1.00 26.0 5.08 31.0 0.70 0.70
6.00 SC 1.60 25.0 73 94.10 84.29 0.22 1.04 0.75 1.00 0.95 1.00 54.0 5.08 59.1 0.70 0.70 0.70

Sondagem : DH-02
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada
Prof. Clasif. σVt σV' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60
∆( N1)60
( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) (KPa) (KPa) Sr/σ'vo Média
(Ton/m3) CN CE CB CR CS
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA

(%) ) m (φ'=35º)
2.00 SC 1.60 23.1 18 31.39 31.39 0.47 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 17.2 4.90 22.1 0.70 0.70
3.00 SC 1.60 23.1 18 47.07 47.07 0.48 1.44 0.75 1.00 0.80 1.00 15.5 4.90 20.4 0.70 0.70
4.00 SC 1.60 23.1 17 62.75 62.75 0.50 1.26 0.75 1.00 0.85 1.00 13.7 4.90 18.6 0.70 0.66
5.00 SC 1.60 20.6 17 78.43 78.43 0.51 1.13 0.75 1.00 0.85 1.00 12.3 4.59 16.9 0.70 0.36
6.00 SC 1.60 20.6 18 94.11 84.30 0.50 1.09 0.75 1.00 0.95 1.00 14.0 4.59 18.5 0.70 0.65
7.00 SC 1.65 20.6 18 110.28 90.66 0.50 1.05 0.75 1.00 0.95 1.00 13.5 4.59 18.1 0.70 0.54 0.52

Sondagem : DH-03
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada
Prof. Clasif. σVt σV' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60
∆( N1)60
( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) (KPa) (KPa) Sr/σ'vo Média
(Ton/m3) (%) ) m CN CE CB CR CS (φ'=35º)
1.00 SC 1.60 24.1 54 15.70 15.70 0.25 1.59 0.75 1.00 0.75 1.00 48.3 5.00 53.3 0.70 0.70
2.00 SC 1.60 24.1 53 31.38 31.38 0.29 1.40 0.75 1.00 0.75 1.00 41.6 5.00 46.6 0.70 0.70
4.20 SC 1.60 24.1 39 65.87 65.87 0.37 1.17 0.75 1.00 0.85 1.00 29.0 5.00 34.0 0.70 0.70
5.00 SC 1.60 20.0 13 78.42 78.42 0.55 1.14 0.75 1.00 0.85 1.00 9.5 4.49 14.0 0.70 0.17
6.00 SC 1.65 20.0 11 94.59 84.78 0.56 1.10 0.75 1.00 0.95 1.00 8.6 4.49 13.1 0.70 0.15
7.00 SC 1.65 20.0 13 110.76 91.14 0.54 1.05 0.75 1.00 0.95 1.00 9.7 4.49 14.2 0.70 0.18 0.17

Sondagem : DH-04
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada
Prof. Clasif. σVt σV' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60
∆( N1)60
( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) (KPa) (KPa) Sr/σ'vo Média
(Ton/m3) (%) ) m CN CE CB CR CS (φ'=35º)
1.00 SC 1.60 21.2 26 15.70 15.70 0.40 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 24.9 4.67 29.5 0.70 0.70
2.00 SC 1.60 21.2 14 31.38 31.38 0.50 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 13.4 4.67 18.1 0.70 0.54
3.00 SC 1.60 21.2 12 47.06 47.06 0.53 1.49 0.75 1.00 0.80 1.00 10.8 4.67 15.4 0.70 0.24
4.00 SC 1.60 21.2 13 62.74 62.74 0.53 1.28 0.75 1.00 0.85 1.00 10.6 4.67 15.3 0.70 0.23
5.00 SC 1.65 17.7 10 78.91 78.91 0.58 1.15 0.75 1.00 0.85 1.00 7.3 4.04 11.4 0.70 0.12
6.00 SC 1.65 17.7 8 95.08 85.27 0.59 1.10 0.75 1.00 0.95 1.00 6.3 4.04 10.3 0.70 0.10
7.00 SC 1.65 17.7 11 111.25 91.63 0.56 1.05 0.75 1.00 0.95 1.00 8.2 4.04 12.3 0.70 0.13 0.12

Sondagem : DH-05
Nível Freático (m) : 5.00
Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada
Prof. Clasif. σVt σV' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60
∆( N1)60
( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) (KPa) (KPa) Sr/σ'vo Média
(Ton/m3) (%) ) m C N CE CB CR CS (φ'=35º)
1.00 SC 1.60 21.1 11 15.70 15.70 0.53 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 10.5 4.66 15.2 0.70 0.23
2.00 SC 1.60 21.1 13 31.38 31.38 0.51 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 12.4 4.66 17.1 0.70 0.39
3.00 SC 1.60 21.1 13 47.06 47.06 0.52 1.48 0.75 1.00 0.80 1.00 11.6 4.66 16.2 0.70 0.30
4.00 SC 1.60 21.1 12 62.74 62.74 0.54 1.29 0.75 1.00 0.85 1.00 9.9 4.66 14.5 0.70 0.19
5.00 SC 1.60 21.1 13 78.42 78.42 0.55 1.14 0.75 1.00 0.85 1.00 9.5 4.66 14.1 0.70 0.18
6.00 SC 1.65 21.1 18 94.59 84.78 0.50 1.09 0.75 1.00 0.95 1.00 13.9 4.66 18.6 0.70 0.66
7.00 SC 1.65 21.1 17 110.76 91.14 0.51 1.05 0.75 1.00 0.95 1.00 12.7 4.66 17.4 0.70 0.43
8.00 SM 1.65 17.3 16 126.93 97.50 0.52 1.01 0.75 1.00 0.95 1.00 11.6 3.95 15.5 0.70 0.25
9.00 SM 1.65 17.3 17 143.10 103.86 0.52 0.98 0.75 1.00 0.95 1.00 11.9 3.95 15.8 0.70 0.27
10.00 SM 1.65 17.3 13 159.27 110.22 0.55 0.95 0.75 1.00 1.00 1.00 9.2 3.95 13.2 0.70 0.15
11.00 SM 1.65 17.3 18 175.44 116.58 0.51 0.92 0.75 1.00 1.00 1.00 12.5 3.95 16.4 0.70 0.32
12.00 SM 1.65 17.3 26 191.61 122.94 0.46 0.91 0.75 1.00 1.00 1.00 17.7 3.95 21.7 0.70 0.70 0.37
118

Tabela 5.11b - Cálculo da resistência residual não drenada (Idriss e Boulanger, 2007)
Sondagem : S-01
Nível Freático (m) : 0.00
Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada
Prof. Clasif. σVt σV ' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) (KPa) (KPa) ∆( N1)60 Sr/σ'vo Média
(Ton/m3) (%) ) m CN CE CB CR CS (φ'=35º)
0.50 SM 1.65 21.00 5.0 8.09 3.19 0.62 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 4.8 4.65 9.4 0.70 0.09
3.00 SM 1.65 21.20 6.0 48.52 19.09 0.59 1.70 0.75 1.00 0.80 1.00 6.1 4.67 10.8 0.70 0.11
5.50 SM 1.65 19.60 11.0 88.94 34.99 0.52 1.70 0.75 1.00 0.85 1.00 11.9 4.42 16.3 0.70 0.31
8.00 SM 1.65 21.00 12.0 129.37 50.89 0.52 1.42 0.75 1.00 0.95 1.00 12.1 4.65 16.8 0.70 0.35
10.50 SM 1.65 14.90 11.0 169.79 66.79 0.54 1.24 0.75 1.00 1.00 1.00 10.3 3.26 13.5 0.70 0.16
13.00 SM 1.65 12.30 14.0 210.22 82.69 0.52 1.10 0.75 1.00 1.00 1.00 11.6 2.25 13.8 0.70 0.17
15.50 SM 1.65 30.80 22.0 250.64 98.59 0.47 1.01 0.75 1.00 1.00 1.00 16.6 5.40 22.0 0.70 0.70
18.00 SP 1.65 2.40 16.0 291.07 114.49 0.53 0.93 0.75 1.00 1.00 1.00 11.2 0.00 11.2 0.70 0.11
20.50 SM 1.65 15.20 11.0 331.49 130.39 0.58 0.86 0.75 1.00 1.00 1.00 7.1 3.36 10.4 0.70 0.10
23.00 SM 1.65 14.10 14.0 371.92 146.29 0.56 0.81 0.75 1.00 1.00 1.00 8.5 2.98 11.5 0.70 0.12
25.50 SM 1.65 13.50 16.0 412.34 162.19 0.55 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 9.2 2.75 11.9 0.70 0.12
28.00 SM 2.33 13.90 19.0 469.43 194.75 0.54 0.70 0.75 1.00 1.00 1.00 9.9 2.90 12.8 0.70 0.14 0.16

Sondagem : S-02
Nível Freático (m) : 0.00
Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada
Prof. Clasif. σVt σV ' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) (KPa) (KPa) ∆( N1)60 Sr/σ'vo Média
(Ton/m3) (%) ) m CN CE CB CR CS (φ'=35º)
2.50 SM 1.65 16.70 8.0 40.47 15.94 0.57 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 7.7 3.80 11.4 0.70 0.12
5.00 SM 1.65 21.60 11.0 80.89 31.84 0.52 1.70 0.75 1.00 0.85 1.00 11.9 4.73 16.6 0.70 0.34
7.50 SM 1.65 17.00 11.0 121.32 47.74 0.52 1.47 0.75 1.00 0.95 1.00 11.5 3.87 15.4 0.70 0.24
10.00 SM 1.65 19.00 13.0 161.74 63.64 0.51 1.26 0.75 1.00 1.00 1.00 12.3 4.32 16.6 0.70 0.34
12.50 SM 1.65 19.30 16.0 202.17 79.54 0.50 1.12 0.75 1.00 1.00 1.00 13.5 4.37 17.8 0.70 0.50
15.00 SM 1.65 12.80 16.0 242.59 95.44 0.51 1.02 0.75 1.00 1.00 1.00 12.3 2.46 14.8 0.70 0.20
17.50 SM 1.65 16.50 17.0 283.02 111.34 0.52 0.95 0.75 1.00 1.00 1.00 12.1 3.74 15.8 0.70 0.27
20.00 SM 1.65 13.60 13.0 323.44 127.24 0.56 0.87 0.75 1.00 1.00 1.00 8.5 2.79 11.3 0.70 0.11
22.50 SM 1.65 32.90 29.0 363.87 143.14 0.45 0.85 0.75 1.00 1.00 1.00 18.5 5.46 23.9 0.70 0.70
25.00 SM 1.65 26.90 16.0 404.29 159.04 0.55 0.77 0.75 1.00 1.00 1.00 9.3 5.21 14.5 0.70 0.19
27.50 SM 1.65 15.50 25.0 444.72 174.94 0.49 0.76 0.75 1.00 1.00 1.00 14.2 3.45 17.7 0.70 0.47
30.00 SM 2.33 14.00 27.0 501.80 207.50 0.50 0.70 0.75 1.00 1.00 1.00 14.1 2.94 17.0 0.70 0.38 0.23

Sondagem : S-03
Nível Freático (m) : 0.00
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA

Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada


Prof. Clasif. σVt σV ' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) 3 (KPa) (KPa) ∆( N1)60 Sr/σ'vo Média
(Ton/m ) (%) ) m CN CE CB CR CS (φ'=35º)
0.50 SM 1.65 0.50 11.0 8.09 3.19 0.53 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 10.5 0.00 10.5 0.70 0.10
3.00 SM 1.65 22.80 8.0 48.52 19.09 0.56 1.70 0.75 1.00 0.80 1.00 8.2 4.87 13.0 0.70 0.15
5.50 SM 1.65 22.20 9.0 88.94 34.99 0.54 1.70 0.75 1.00 0.85 1.00 9.8 4.80 14.6 0.70 0.20
8.00 SM 1.65 12.80 11.0 129.37 50.89 0.53 1.43 0.75 1.00 0.95 1.00 11.2 2.46 13.7 0.70 0.16
10.50 SM 1.65 15.00 18.0 169.79 66.79 0.47 1.21 0.75 1.00 1.00 1.00 16.3 3.29 19.6 0.70 0.70
13.00 SM 1.65 16.90 17.0 210.22 82.69 0.50 1.10 0.75 1.00 1.00 1.00 14.0 3.85 17.9 0.70 0.51
15.50 SM 1.65 14.70 20.0 250.64 98.59 0.49 1.01 0.75 1.00 1.00 1.00 15.1 3.19 18.3 0.70 0.59
18.00 SM 1.65 13.90 16.0 291.07 114.49 0.53 0.93 0.75 1.00 1.00 1.00 11.2 2.90 14.1 0.70 0.18
20.50 SM 1.65 21.60 18.0 331.49 130.39 0.52 0.87 0.75 1.00 1.00 1.00 11.8 4.73 16.5 0.70 0.32
23.00 SM 1.65 16.30 21.0 371.92 146.29 0.51 0.82 0.75 1.00 1.00 1.00 13.0 3.69 16.7 0.70 0.34
25.50 SM 1.65 12.10 22.0 412.34 162.19 0.51 0.78 0.75 1.00 1.00 1.00 12.9 2.16 15.1 0.70 0.22
28.00 SM 1.65 13.20 21.0 452.77 178.09 0.52 0.74 0.75 1.00 1.00 1.00 11.7 2.63 14.3 0.70 0.18
30.50 SM 2.33 16.10 24.0 509.85 210.65 0.52 0.68 0.75 1.00 1.00 1.00 12.3 3.63 15.9 0.70 0.27 0.21

Sondagem : S-01
Nível Freático (m) : 10.00
Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada
Prof. Clasif. σVt σV ' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) (KPa) (KPa) ∆( N1)60 Sr/σ'vo Média
(Ton/m3) (%) ) m CN CE CB CR CS (φ'=35º)
0.50 SM 1.65 21.00 5.0 8.09 8.09 0.62 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 4.8 4.65 9.4 0.70 0.09
3.00 SM 1.65 21.20 6.0 48.52 48.52 0.60 1.55 0.75 1.00 0.80 1.00 5.6 4.67 10.2 0.70 0.10
5.50 SM 1.65 19.60 11.0 88.94 88.94 0.57 1.07 0.75 1.00 0.85 1.00 7.5 4.42 11.9 0.70 0.12
8.00 SM 1.65 21.00 12.0 129.37 129.37 0.58 0.86 0.75 1.00 0.95 1.00 7.4 4.65 12.0 0.70 0.13
10.50 SM 1.65 14.90 11.0 169.79 164.89 0.59 0.74 0.75 1.00 1.00 1.00 6.1 3.26 9.4 0.70 0.09
13.00 SM 1.65 12.30 14.0 210.22 180.79 0.57 0.71 0.75 1.00 1.00 1.00 7.5 2.25 9.7 0.70 0.10
15.50 SM 1.65 30.80 22.0 250.64 196.69 0.52 0.70 0.75 1.00 1.00 1.00 11.6 5.40 17.0 0.70 0.38
18.00 SP 1.65 2.40 16.0 291.07 212.59 0.57 0.65 0.75 1.00 1.00 1.00 7.8 0.00 7.8 0.70 0.08
20.50 SM 1.65 15.20 11.0 331.49 228.49 0.61 0.60 0.75 1.00 1.00 1.00 5.0 3.36 8.3 0.70 0.08
23.00 SM 1.65 14.10 14.0 371.92 244.39 0.59 0.59 0.75 1.00 1.00 1.00 6.2 2.98 9.2 0.70 0.09
25.50 SM 1.65 13.50 16.0 412.34 260.29 0.58 0.57 0.75 1.00 1.00 1.00 6.9 2.75 9.6 0.70 0.10
28.00 SM 2.33 13.90 19.0 469.43 292.85 0.57 0.54 0.75 1.00 1.00 1.00 7.7 2.90 10.6 0.70 0.11 0.09

Sondagem : S-02
Nível Freático (m) : 10.00
Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada
Prof. Clasif. σVt σV ' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) (KPa) (KPa) ∆( N1)60 Sr/σ'vo Média
(Ton/m3) (%) ) m CN CE CB CR CS (φ'=35º)
2.50 SM 1.65 16.70 8.0 40.47 40.47 0.57 1.68 0.75 1.00 0.75 1.00 7.6 3.80 11.4 0.70 0.12
5.00 SM 1.65 21.60 11.0 80.89 80.89 0.57 1.13 0.75 1.00 0.85 1.00 7.9 4.73 12.6 0.70 0.14
7.50 SM 1.65 17.00 11.0 121.32 121.32 0.58 0.89 0.75 1.00 0.95 1.00 7.0 3.87 10.9 0.70 0.11
10.00 SM 1.65 19.00 13.0 161.74 161.74 0.58 0.76 0.75 1.00 1.00 1.00 7.4 4.32 11.7 0.70 0.12
12.50 SM 1.65 19.30 16.0 202.17 177.64 0.56 0.73 0.75 1.00 1.00 1.00 8.7 4.37 13.1 0.70 0.15
15.00 SM 1.65 12.80 16.0 242.59 193.54 0.56 0.69 0.75 1.00 1.00 1.00 8.3 2.46 10.7 0.70 0.11
17.50 SM 1.65 16.50 17.0 283.02 209.44 0.56 0.66 0.75 1.00 1.00 1.00 8.4 3.74 12.2 0.70 0.13
20.00 SM 1.65 13.60 13.0 323.44 225.34 0.60 0.62 0.75 1.00 1.00 1.00 6.0 2.79 8.8 0.70 0.09
22.50 SM 1.65 32.90 29.0 363.87 241.24 0.50 0.65 0.75 1.00 1.00 1.00 14.1 5.46 19.5 0.70 0.70
25.00 SM 1.65 26.90 16.0 404.29 257.14 0.58 0.58 0.75 1.00 1.00 1.00 6.9 5.21 12.1 0.70 0.13
27.50 SM 1.65 15.50 25.0 444.72 273.04 0.53 0.59 0.75 1.00 1.00 1.00 11.0 3.45 14.5 0.70 0.19
30.00 SM 2.33 14.00 27.0 501.80 305.60 0.53 0.56 0.75 1.00 1.00 1.00 11.2 2.94 14.2 0.70 0.18 0.14

Sondagem : S-03
Nível Freático (m) : 10.00
Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada
Prof. Clasif. σVt σV ' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60 ( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) 3 (KPa) (KPa) ∆( N1)60 Sr/σ'vo Média
(Ton/m ) (%) ) m CN CE CB CR CS (φ'=35º)
0.50 SM 1.65 0.50 11.0 8.09 8.09 0.53 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 10.5 0.00 10.5 0.70 0.10
3.00 SM 1.65 22.80 8.0 48.52 48.52 0.58 1.52 0.75 1.00 0.80 1.00 7.3 4.87 12.2 0.70 0.13
5.50 SM 1.65 22.20 9.0 88.94 88.94 0.59 1.07 0.75 1.00 0.85 1.00 6.2 4.80 11.0 0.70 0.11
8.00 SM 1.65 12.80 11.0 129.37 129.37 0.58 0.86 0.75 1.00 0.95 1.00 6.7 2.46 9.2 0.70 0.09
10.50 SM 1.65 15.00 18.0 169.79 164.89 0.54 0.76 0.75 1.00 1.00 1.00 10.3 3.29 13.6 0.70 0.16
13.00 SM 1.65 16.90 17.0 210.22 180.79 0.55 0.72 0.75 1.00 1.00 1.00 9.2 3.85 13.0 0.70 0.15
15.50 SM 1.65 14.70 20.0 250.64 196.69 0.54 0.70 0.75 1.00 1.00 1.00 10.4 3.19 13.6 0.70 0.16
18.00 SM 1.65 13.90 16.0 291.07 212.59 0.57 0.65 0.75 1.00 1.00 1.00 7.8 2.90 10.7 0.70 0.11
20.50 SM 1.65 21.60 18.0 331.49 228.49 0.56 0.63 0.75 1.00 1.00 1.00 8.5 4.73 13.2 0.70 0.15
23.00 SM 1.65 16.30 21.0 371.92 244.39 0.55 0.61 0.75 1.00 1.00 1.00 9.7 3.69 13.4 0.70 0.16
25.50 SM 1.65 12.10 22.0 412.34 260.29 0.54 0.59 0.75 1.00 1.00 1.00 9.8 2.16 12.0 0.70 0.13
28.00 SM 1.65 13.20 21.0 452.77 276.19 0.55 0.57 0.75 1.00 1.00 1.00 9.0 2.63 11.6 0.70 0.12
30.50 SM 2.33 16.10 24.0 509.85 308.75 0.54 0.54 0.75 1.00 1.00 1.00 9.7 3.63 13.4 0.70 0.16 0.14
119

Tabela 5.11c - Cálculo da resistência residual não drenada (Idriss e Boulanger, 2007)
Sondagem : S-01
Nível Freático (m) : 25.00
Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada
Prof. Clasif. σVt σV' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60
∆( N1)60
( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) (KPa) (KPa) Sr/σ'vo Média
(Ton/m3) (%) ) m CN CE CB CR CS (φ'=35º)
0.50 SM 1.65 21.00 5.0 8.09 8.09 0.62 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 4.8 4.65 9.4 0.70 0.09
3.00 SM 1.65 21.20 6.0 48.52 48.52 0.60 1.55 0.75 1.00 0.80 1.00 5.6 4.67 10.2 0.70 0.10
5.50 SM 1.65 19.60 11.0 88.94 88.94 0.57 1.07 0.75 1.00 0.85 1.00 7.5 4.42 11.9 0.70 0.12
8.00 SM 1.65 21.00 12.0 129.37 129.37 0.58 0.86 0.75 1.00 0.95 1.00 7.4 4.65 12.0 0.70 0.13
10.50 SM 1.65 14.90 11.0 169.79 169.79 0.60 0.73 0.75 1.00 1.00 1.00 6.0 3.26 9.3 0.70 0.09
13.00 SM 1.65 12.30 14.0 210.22 210.22 0.58 0.65 0.75 1.00 1.00 1.00 6.8 2.25 9.1 0.70 0.09
15.50 SM 1.65 30.80 22.0 250.64 250.64 0.54 0.61 0.75 1.00 1.00 1.00 10.0 5.40 15.4 0.70 0.24
18.00 SP 1.65 2.40 16.0 291.07 291.07 0.59 0.53 0.75 1.00 1.00 1.00 6.4 0.00 6.4 0.70 0.07
20.50 SM 1.65 15.20 11.0 331.49 331.49 0.63 0.47 0.75 1.00 1.00 1.00 3.9 3.36 7.2 0.70 0.07
23.00 SM 1.65 14.10 14.0 371.92 371.92 0.62 0.44 0.75 1.00 1.00 1.00 4.7 2.98 7.6 0.70 0.08
25.50 SM 1.65 13.50 16.0 412.34 407.44 0.61 0.42 0.75 1.00 1.00 1.00 5.1 2.75 7.8 0.70 0.08
28.00 SM 2.33 13.90 19.0 469.43 440.00 0.60 0.41 0.75 1.00 1.00 1.00 5.9 2.90 8.8 0.70 0.09 0.08

Sondagem : S-02
Nível Freático (m) : 25.00
Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada
Prof. Clasif. σVt σV' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60
∆( N1)60
( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) (KPa) (KPa) Sr/σ'vo Média
(Ton/m3) (%) ) m CN CE CB CR CS (φ'=35º)
2.50 SM 1.65 16.70 8.0 40.47 40.47 0.57 1.68 0.75 1.00 0.75 1.00 7.6 3.80 11.4 0.70 0.12
5.00 SM 1.65 21.60 11.0 80.89 80.89 0.57 1.13 0.75 1.00 0.85 1.00 7.9 4.73 12.6 0.70 0.14
7.50 SM 1.65 17.00 11.0 121.32 121.32 0.58 0.89 0.75 1.00 0.95 1.00 7.0 3.87 10.9 0.70 0.11
10.00 SM 1.65 19.00 13.0 161.74 161.74 0.58 0.76 0.75 1.00 1.00 1.00 7.4 4.32 11.7 0.70 0.12
12.50 SM 1.65 19.30 16.0 202.17 202.17 0.57 0.67 0.75 1.00 1.00 1.00 8.1 4.37 12.4 0.70 0.13
15.00 SM 1.65 12.80 16.0 242.59 242.59 0.58 0.60 0.75 1.00 1.00 1.00 7.2 2.46 9.7 0.70 0.10
17.50 SM 1.65 16.50 17.0 283.02 283.02 0.58 0.55 0.75 1.00 1.00 1.00 7.0 3.74 10.7 0.70 0.11
20.00 SM 1.65 13.60 13.0 323.44 323.44 0.62 0.48 0.75 1.00 1.00 1.00 4.7 2.79 7.5 0.70 0.08
22.50 SM 1.65 32.90 29.0 363.87 363.87 0.53 0.50 0.75 1.00 1.00 1.00 11.0 5.46 16.4 0.70 0.32
25.00 SM 1.65 26.90 16.0 404.29 404.29 0.61 0.43 0.75 1.00 1.00 1.00 5.1 5.21 10.3 0.70 0.10
27.50 SM 1.65 15.50 25.0 444.72 420.19 0.56 0.45 0.75 1.00 1.00 1.00 8.4 3.45 11.8 0.70 0.12
30.00 SM 2.33 14.00 27.0 501.80 452.75 0.56 0.43 0.75 1.00 1.00 1.00 8.7 2.94 11.7 0.70 0.12 0.12

Sondagem : S-03
Nível Freático (m) : 25.00
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA

Massa Conteúdo Valor Nm CORREÇÕES Resist. Drenada


Prof. Clasif. σVt σV' Corr C.Finos Resist. Residual Sr/σ'vo
Específica Finos (Golpes/pé Press Sobrecarr Razã Energ Diâm Perf Compr Vara Met Amost ( N1)60
∆( N1)60
( N1)60CS τ/σ'vo = tanφ'
(m) (SUCS) (KPa) (KPa) Sr/σ'vo Média
(Ton/m3) (%) ) m CN CE CB CR CS (φ'=35º)
0.50 SM 1.65 0.50 11.0 8.09 8.09 0.53 1.70 0.75 1.00 0.75 1.00 10.5 0.00 10.5 0.70 0.10
3.00 SM 1.65 22.80 8.0 48.52 48.52 0.58 1.52 0.75 1.00 0.80 1.00 7.3 4.87 12.2 0.70 0.13
5.50 SM 1.65 22.20 9.0 88.94 88.94 0.59 1.07 0.75 1.00 0.85 1.00 6.2 4.80 11.0 0.70 0.11
8.00 SM 1.65 12.80 11.0 129.37 129.37 0.58 0.86 0.75 1.00 0.95 1.00 6.7 2.46 9.2 0.70 0.09
10.50 SM 1.65 15.00 18.0 169.79 169.79 0.54 0.75 0.75 1.00 1.00 1.00 10.1 3.29 13.4 0.70 0.16
13.00 SM 1.65 16.90 17.0 210.22 210.22 0.56 0.66 0.75 1.00 1.00 1.00 8.4 3.85 12.3 0.70 0.13
15.50 SM 1.65 14.70 20.0 250.64 250.64 0.55 0.60 0.75 1.00 1.00 1.00 9.0 3.19 12.2 0.70 0.13
18.00 SM 1.65 13.90 16.0 291.07 291.07 0.59 0.53 0.75 1.00 1.00 1.00 6.4 2.90 9.3 0.70 0.09
20.50 SM 1.65 21.60 18.0 331.49 331.49 0.59 0.50 0.75 1.00 1.00 1.00 6.7 4.73 11.4 0.70 0.12
23.00 SM 1.65 16.30 21.0 371.92 371.92 0.58 0.47 0.75 1.00 1.00 1.00 7.4 3.69 11.1 0.70 0.11
25.50 SM 1.65 12.10 22.0 412.34 407.44 0.58 0.45 0.75 1.00 1.00 1.00 7.3 2.16 9.5 0.70 0.09
28.00 SM 1.65 13.20 21.0 452.77 423.34 0.58 0.43 0.75 1.00 1.00 1.00 6.8 2.63 9.4 0.70 0.09
30.50 SM 2.33 16.10 24.0 509.85 455.90 0.57 0.42 0.75 1.00 1.00 1.00 7.5 3.63 11.2 0.70 0.11 0.10

Tabela 5.12 - Resume das razões de resistência residual não drenada, Sr/σ'v

Nível Freático sob a Superfície NA (m)


Sondagem 0,00 5,00 10,00 25,00
Sr/σ’v
DH-03 - 0,17 - -

DH-04 - 0,12 - -

S – 01 0,16 - 0,09 0,08

S – 02 0,23 - 0,14 0,12

S – 03 0,21 - 0,14 0,10

Média 0,20 0,14 0,12 0,10

As sondagens DH-01, DH-02 e DH-05, não foram consideradas por ter


valores de N do SPT muito altos devido à cimentação dos solos pelos processos
de lixiviação. Os resultados nas outras sondagens dão uma média de Sr/σ’v igual a
0,15.
120

As resistências dos materiais para ser usados na análise de estabilidade de


talude são resumidas na Tabela 5.13 a continuação.

Tabela 5.13 - Propriedades de resistência dos materiais para a análise de estabilidade

Material Massa Massa Resistência Drenada Resistência Não-


Específica Específica drenada
(KN/m3) Sat C Ø C Ø
(KN/ m3) (kPa) (graus) (kPa) (graus)
Minério não saturado 16.0 - 5 35 -- --
Minério saturado - 16.5 0 35 Pós sismo Sr/σ’v0=0.15
Interface da
9.5 9.5 0 23 -- --
Geomembrana
Aterro compactado 16.5 20.5 0 35 -- --
Leito rochoso 25.5 26.5 100 39 -- --

5.4.2.
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Modelagem com o Slide

A análise de estabilidade foi realizada primeiro com SLIDE versão 5, um


programa computacional da Rocscience. Este é um programa bi-dimensional para
avaliar a estabilidade de taludes em solos e rochas com superfícies de falhas
circular e não circular, considerando um estado plano de deformações.
Carregamento externo, nível de água e suportes podem ser modelados numa
variedade de formas.
O SLIDE analisa a estabilidade de superfícies deslizantes usando o método
de equilíbrio limite de fatias verticais. Superfícies de deslizamentos individuais
podem ser analisadas, ou pode ser aplicado o método de busca para localizar a
superfície de deslizamento crítica para um talude qualquer.
Características incluídas no Slide:
• Método de busca de superfícies críticas para superfícies de
deslizamento circular e não circular.
• Bishop, Janbu, Spencer, GLE/Morgenstern-Price, e outros métodos de
análise.
• Materiais múltiples. Anisotropia, materiais não linear Mohr-Coulomb,
e outros modelos de resistência.
• Superfície piezométrica- nível freático, fatores Ru, poropressões, ou
análise de infiltrações por elementos finitos.
121

• Análise de estabilidade de talude probabilístico.


• Carregamento externo linear, distribuído ou sísmico.
• Suportes (solo grampeado, pernos de ancoragem, geotextiles, pilas)
Na análise foi utilizado o Método de GLE/Morgenstern-Price para obter as
superfícies de falhas e a superfície crítica de falha a qual provê o menor fator de
segurança desenvolvida de um processo iterativo. Nesta análise, ambas as
superfícies de falha, circular e por blocos, foram avaliadas.

5.4.2.1.
Condições de análises

As seguintes condições foram consideradas nas análises de estabilidade:


• Os critérios de projeto usados geralmente em estruturas de terra como
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neste caso, uma pilha de lixiviação, são: FS mínimo estático a longo


prazo igual a 1,4 e o FS mínimo pós-sismo igual a 1,1.
• A superfície freática foi modelada de acordo aos poços de
monitoramento. Esta pilha apresenta alto nível freático no corpo
principal e decresce em direção ao pé.
• Superfícies de falha circular foram usadas para avaliar a estabilidade
através do minério da pilha. Além disso, a falha por blocos foi usada
para simular a falha ao longo da geomembrana e capa de drenagem.
Este é tipicamente a trajetória de falha nas pilhas.
• Dadas as características granulares dos materiais, parâmetros de
resistência ao cisalhamento drenada foram usados para as condições ao
longo prazo.
• Baseados na avaliação do potencial de liquefação, as análises de
estabilidade pós-sismo foram executadas. O minério liquefeito foi
modelado usando a resistência ao cisalhamento residual não drenado.

5.4.2.2.
Resultados das análises

As figuras do Slide das análises de estabilidade para a condição estática a


longo prazo e para a condição pós-sismo, feitas nas 4 seções A, B, C e D, são
122

apresentadas a seguir e depois a Tabela 5.14 resume os fatores de segurança


encontrados para cada caso.
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Figura 5.8 - Análise estática na Seção A.


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA 123

Figura 5.9 - Análise estática na Seção B.


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA 124

Figura 5.10 - Análise estática na Seção C.


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA 125

Figura 5.11 - Análise estática na Seção D.


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA 126

Figura 5.12 - Análise pós-liquefação na Seção A.


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA 127

Figura 5.13 - Análise pós-liquefação na Seção B.


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Figura 5.14 - Análise pós-liquefação na Seção C.


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0611836/CA 129

Figura 5.15 - Análise pós-liquefação na Seção D.


130

Tabela 5.14 – Fatores de segurança das análises de estabilidade


Potencial de
Seção Caso Estático Liquefação
Pós-sismo
(Sur/σ'= 0.15)
Circular 1,67 0,83
A
Bloco 1,87 0,87
Circular 1,90 0,80
B
Bloco 1,64 0,85
Circular 1,94 1,06
C
Bloco 1,61 0,87
Circular 2,25 1,14
D
Bloco 1,95 0,96

Como pode ser observado na Tabela 5.14, a análise estática indica uma
condição estável da pilha, sendo o fator de segurança menor encontrado de 1,61
para a seção C. As análises pós-sismo considerando a análise de potencial de
liquefação onde o minério saturado esta liquefazendo, indica fatores de segurança
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inferiores ao admissível de 1,1, só uma análise com superfície de ruptura que


passa pelo minério dá valor de 1,14 (seção D).

5.4.3.
Modelagem com o FLAC

A análise de estabilidade foi realizada com o Flac e não com o Flac/Slope,


devido à maior versatilidade de programar as condições reais do projeto.
Para criar a malha, utilizam-se os critérios do modo dinâmico do FLAC que
serão explicados no item da análise dinâmica, para utilizar a mesma malha e poder
fazer as comparações pertinentes. Primeiro inicializou-se o talude com as
condições iniciais e o cálculo das tensões iniciais e assim criar um arquivo que
pode ser reiniciado posteriormente mudando as condições de contorno e/ou as
propriedades de materiais para os dois casos de análise de estabilidade: estático e
pós-sismo (inclusive a análise dinâmica).
A malha inicial foi de 133 x 36 zonas quadradas, a qual foi modificada logo
como os comandos “generate” e os modelos “null” (que apaga as zonas
denominadas como null) para conseguir a geometria real da pilha. Também foi
utilizado um elemento de interface para modelar a geomembrana (Figura 5.16).
131

Figura 5.16 - Geometria e malha criada para a Pilha de Lixiviação.


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O modelo constitutivo usado foi o Mohr-Coulomb para todas as zonas não


nulas e as propriedades foram as mesmas definidas anteriormente para cada um
dos materiais da barragem (ver tabela 5.13), com exceção dos valores da coesão e
da resistência a tração que são dados valores altos (1010 Pa) para prever falha no
talude durante a inicialização das tensões gravitacionais no modelo.
O módulo de cisalhamento Gs e o módulo de compressibilidade volumétrica
B, foram considerados variáveis para cada elemento. Inicialmente se deu valores
constantes médios de Gs e B para cada material para o cálculo inicial das tensões
σxx, σyy, σzz . Uma vez obtidas as tensões em cada elemento, calculou-se Gs e B
com a equação empírica Gmax = 21,7K2Pa[σm/ Pa] 0.5 e com as equações elásticas,
para novamente calcular as tensões iniciais estáticas.
Para a determinação da superfície freática na condição estática, as condições
mecânica e dinâmica são desligadas (set mech = dyn = off) deixando o fluxo
ativado flow= on. Com as condições de contorno e de poropressões é determinada
a superfície freática e poropressões, como apresentado na Figura 5.17 e 5.18. Para
considerar a fundação não saturada, já que na base da pilha encontra-se uma
geomembrana, adotou-se um valor de zero para a permeabilidade do material da
fundação. Utilizou-se uma função fish, incluída no FLAC (qratio.fis) para atingir
a condição permanente de fluxo. O qratio.fis calcula a diferença absoluta entre os
132

valores de fluxo que entra e sai do sistema e o divide pela média desses dois
valores.
No seguinte estágio, o cálculo de fluxo é desligado e o modo mecânico é
ativado para o cálculo das tensões iniciais (set mech = on, flow = off). O cálculo
da mudança nas tensões totais é feito automaticamente pela especificação do
comando CONFIG ats, no inicio na análise (Figura 5.19 e 5.20).
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Figura 5.17 - Superfície freática na condição estática, modelo Mohr-Coulomb.

Figura 5.18 - Poropressão na condição estática, modelo Mohr-Coulomb.


133

Figura 5.19 - Tensões Verticais Totais na condição estática, modelo Mohr-Coulomb.


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Figura 5.20 - Tensões Verticais Efetivas na condição estática, modelo Mohr-Coulomb.

Análise Estática
Uma vez determinadas as tensões gravitacionais ou iniciais, determinou-se o
fator de segurança FS, na condição estática, assinando os verdadeiros valores da
coesão. O FS encontrado de 1,93 indica uma condição estável do talude e
desenhando as máximas razões de tensões cisalhantes, pode-se definir a superfície
de falha predominante (Figuras 5.21 e 5.22).
134

As figuras de deslocamentos horizontais e verticais (Figuras 5.23 e 5.24)


indicam valores pequenos de deslocamentos, sendo o deslocamento vertical maior
no ultimo banco, devido à alta inclinação desse banco.
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Figura 5.21 - FS estática = 1.93, e máxima razão de tensão cisalhante atuante.

Figura 5.22 - Máxima razão de tensão cisalhante atuante, zoom.


135

Figura 5.23 - Deslocamentos horizontais na análise estática, máx. de 0,025m.


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Figura 5.24 - Deslocamentos verticais na análise estática, máx. de 0,200m (na crista).

Utilizando o método de grandes deformações “large” na análise estática,


também indica que esta estrutura é estável (Figura 5.25).
136

Figura 5.25 - Análise de grandes deformações, máx. razão de deformação cisalhante.


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Análise pós-sismo
Tendo como premissa, em base das análises de potencial de liquefação, que
todo solo saturado liquefaze devido ao carregamento sísmico, as análises pós-
sismo serão conduzidas com parâmetros de resistência residual para o minério
saturado, todo sempre em condição estática.
O fator de segurança encontrado foi de 0,63, indicando uma condição
instável do talude e o desenho das máximas razões de tensões cisalhantes permite
identificar a superfície de falha predominante (Figuras 5.26 e 5.27).
137

Figura 5.26 - FS pós-sismo = 0,63 e máxima razão de tensão cisalhante atuante.


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Figura 5.27 - Máxima razão de tensão cisalhante atuante, zoom, pós-sismo.

Nas figuras seguintes pode-se apreciar como a malha é deformada, e assim


como nos gráficos de deslocamentos, observa-se que a malha é deslocada para
abaixo na zona da crista e o pé da pilha é levantada.
138

Figura 5.28 - Malha deformada na análise pós-sismo.


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(a) (b)

Figura 5.29 - Malha deformada pós-sismo, zoom da crista (a) e do pé da pilha (b)
139

Figura 5.30 - Deslocamentos horizontais pós-sismo, máx. de 0,125m.


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Figura 5.31 - Deslocamentos verticais pós-sismo, máx. de 0,075m.

Paralelamente à determinação do fator de segurança, realizou-se uma análise


de grandes deformações, com a qual se obtiveram os mesmos resultados de
instabilidade da pilha, tendo que ser terminado a rodada pela grande distorção da
malha, como indicado pelas Figuras 5.32 até 5.35, com deslocamentos de até 5m
no eixo horizontal e 3m no eixo vertical.
140

Figura 5.32 - Análise de grandes deformações, máx. razão de deformação cisalhante.


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Figura 5.33 - Análise de grandes deformações, máx. razão de deformação cisalhante,


zoom.
141

Figura 5.34 - Deslocamentos horizontais pós-sismo, máx. = 5m, grandes deformações.


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Figura 5.35 - Deslocamentos verticais pós-sismo, máx. = 3m, grandes deformações.

5.5.
Análise dinâmica do fenômeno de liquefação na pilha de lixiviação

A análise dinâmica foi dirigido considerando o método totalmente não


linear usando o programa computacional FLAC 2D - Fast Lagrangian Analysis of
Continua (Itasca, 2005). Os modelos de Find (incluído na livraria do FLAC) e do
142

UBCSAND (incorporado para este análise no FLAC) foram usados para a


avaliação dinâmica da pilha.

5.5.1.
Modelagem

Descrever-se-á a continuação a seqüência de operações realizadas para a


análise dinâmica, começando-se por uma análise estática para inicializar o talude
(condições iniciais e cálculo das tensões iniciais) e criar um arquivo que pode ser
reiniciado posteriormente mudando as condições de contorno e/ou as propriedades
dos materiais para os diferentes casos de análise.
Primeiro, dever-se-á escolher o tamanho da malha. A Figura 5.36(a) mostra
o registro tempo historia da aceleração do sismo de Moquegua (2001). Para
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realizar a análise dinâmica, o registro tempo historia do sismo que será usado
como movimento sísmico de ingresso na base (fundação rochosa) foi devidamente
escalado para a aceleração pico horizontal para um período de retorno de 500 anos
do projeto, isto é, 0,35g. A freqüência maior supera os 30 Hz, como pode ser
apreciado na Figura 5.36(b) com ajuda da função fish do FLAC, FFT.FIS. A
integração dessa gráfica (Figura 5.36(c)) mostra que aproximadamente o 96% das
freqüências são menores ou iguais a 10 Hz.
Filtrando o registro tempo historia para uma freqüência de 10 Hz e usando
as equações 4.2a e 4.2b e os dados de velocidades de cisalhamento de onda da
Tabela 5.7, encontrou-se os tamanhos dos elementos da malha (altura)
procurando-se elementos o mais quadrados possível:
• Minério não saturado: ∆l = 2,5m.
• Minério saturado: ∆l = 3,5m.
• Aterro compactado: ∆l = 6,5m.
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(a)

(b)
143
144

(c)
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Figura 5.36 - Sismo de Moquegua, 2001.

A malha inicial foi de 133 x 36 zonas quadradas, a qual foi modificada logo
como os comandos “generate” e os modelos “null” (que apaga as zonas
denominadas como null) para conseguir a geometria real da pilha. Também foi
utilizado um elemento de interface para modelar a geomembrana (ver Figura
5.16).
Para o modelo de Finn, usaram-se os arquivos criados para as análises de
estabilidade, até o cálculo das tensões efetivas iniciais, usando-se o modelo
constitutivo de Mohr-Coulomb para todas as zonas não nulas. Para a metodologia
com o UBCSAND foi usado desde o inicio os parâmetros do modelo do
UBCSAND para o minério ((N1)60 do SPT, φcv e os outros parâmetros
determinados por correlações como explicado no item 3.2.2), enquanto que para a
fundação foi designado o modelo Mohr-Coulomb.
Similarmente como foi explicado anteriormente para o cálculo das tensões
iniciais na analise estática, nos dois métodos, no Finn e no UBCSAND, o módulo
de cisalhamento Gs e o módulo de compressibilidade volumétrica B, foram
considerados variáveis para cada elemento.
Para a determinação da superfície freática na condição estática, as condições
mecânica e dinâmica serão desligadas (set mech = dyn = off) deixando o fluxo
ativado flow= on. Com as condições de contorno e de poropressões será
determinada a superfície freática e poropressões. No modelo UBCSAND, a
145

permeabilidade da fundação foi muito baixa (1e-15 m/s) para considerar a


fundação não saturada. Para fazer uma comparação das metodologias que o FLAC
oferece para atingir a condição permanente de fluxo, no modelo do UBCSAND
usou-se o sratio, razão de fluxo desbalanceado, igual a 0,01, variável similar à
função fish qratio (usado no modelo de estático e que será usado com o modelo
Finn) só que constante.
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Figura 5.37 - Superfície freática na condição estática, modelo UBCSAND.

Figura 5.38 - Poropressão na condição estática, modelo UBCSAND.


146

Comparando os dois resultados da superfície freática e cálculo das


poropressões, no modelo de Mohr-Coulomb e UBCSAND, praticamente são os
mesmos nos dois casos.
No seguinte estágio, o cálculo de fluxo é desligado e o modo mecânico é
ativado para o calculo das tensões iniciais (set mech = on, flow = off). O cálculo
da mudança nas tensões totais é feito automaticamente pela especificação do
comando CONFIG ats, no início na análise (Figura 5.39 e 5.40).
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Figura 5.39 - Tensões Verticais Totais na condição estática, modelo UBCSAND.

Figura 5.40 - Tensões Verticais Efetivas na condição estática, modelo UBCSAND.


147

Movimento Sísmico
Como explicado anteriormente, o registro sísmico a ser usado nas análises
dinâmica será o de Moquegua de 2001, devidamente escalado para a aceleração
pico da zona do projeto. As Figuras 5.41 e 5.42 apresentam os registros tempo
historia da velocidade e dos deslocamentos do sismo de Moquegua considerando
57 seg. de movimento onde se encontra as maiores amplitudes de aceleração.
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Figura 5.41 - Registro tempo historia de velocidade do sismo de ingresso.

Figura 5.42 - Registro tempo historia do deslocamento do sismo de ingresso.


148

Antes de ingressar o registro sísmico, este é filtrado para remover as


freqüências acima de 10 Hz, com ajuda da função fish incluída na biblioteca do
FLAC, FILTER.FIS. Esta filtragem é realizada para reduzir a velocidade
cisalhante da onda que pode ocorrer em alguns materiais durante o estágio de
carregamento dinâmico. O espectro de potencia para as ondas filtradas é mostrado
na Figura 5.43.
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Figura 5.43 - Potencia das Freqüências filtrada para 10 Hz.

Ao realizar a filtragem, o registro tempo historia de deslocamentos


apresenta um deslocamento residual continuando depois de finalizado o
movimento sísmico, como se aprecia na Figura 5.44, tendo então que ser corrigido
por linha base. O resultado do deslocamento residual encontrado nosso caso, foi
de 1,36m. A correção da linha base é conduzida adicionando uma onda senoidal
de baixa freqüência no registro de velocidade, sendo os parâmetros da onda
senoidal ajustados tal que o deslocamento final seja zero. O registro tempo
historia de deslocamentos com e sem correção são mostrados na Figura 5.44.
149

Figura 5.44 - Registro tempo historia de deslocamentos do sismo filtrado para 10 Hz.
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Figura 5.45 - Registro tempo historia da velocidade de correção para a linha base.

Finalmente, derivando as velocidades corrigidas, obter-se-á o registro de


acelerações, filtrada e corrigida pela linha base como apresentado na Figura 5.46.
150

Figura 5.46 - Registro tempo historia de aceleração filtrada e corrigida, que será usada
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nas análises.

Análise dinâmica com o modelo de Finn


Depois de ter sido inicializado as tensões atuantes na estrutura e fundação,
procederam-se com a análise dinâmica, primeiro com o modelo de Finn. Os
parâmetros dos solos foram mudados de Mohr Coulomb para os de Finn,
chamasse as constantes C1 e C2 (item 3.2.2) e mais uma constante designada como
latency que é o mínimo número de passos entre reversas dos ciclos de
carregamento. Inicialmente o valor de latency é dado um valor alto (1.000.000)
para evitar liquefação quando se estão inicializando os parâmetros de Finn. A
Figura 5.47 apresenta a malha e as histórias de velocidade, poropressões,
incrementos de poropressões e de deslocamento que foram inicializados para ser
avaliados ao término da aplicação do carregamento sísmico.
151

Figura 5.47 - Geometria, malha e aplicação das condições de contorno e do sismo.


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Agora, o registro sísmico pode ser aplicado na base do sistema criado, com
condições de contorno como o contorno silencioso frefield, condição de fluxo
desligada (set flow=off) para ter uma condição não drenada, já que um evento
sísmico ocorre num lapso de tempo curto onde a dissipação de poropressões não é
possível. A análise é feita para grandes deformações, recomendada para
liquefação de solos.
O amortecimento recomendado (pelo FLAC e outros autores) que deverá
amortecer os modos naturais de oscilação do sistema é o Histerético com uma
pequena fração do amortecimento Rayleigh proporcional a rigidez (0,5% da
freqüência dominante, manual do FLAC) para amortecer os primeiros níveis de
deformação. Na tentativa de usar estes tipos de amortecimento combinado, a
malha deformava grandemente a poucos segundos de aplicação da carga sísmica,
que ocasionava um erro matemático sendo impossível continuar.
A melhor opção encontrada para amortecer o sistema, e recomendado por
outros usuários do FLAC, foi usar uma combinação de amortecimento Rayleigh
(2% da freqüência dominante) e Local. Para determinar a freqüência dominante
do sistema não amortecido, primeiro simulou-se essa condição. A freqüência
dominante do sistema é encontrada num espectro de potencia do registro tempo-
historia de velocidade. Analisaram-se várias historias de velocidades em
diferentes nós da malha não amortecida (Figura 5.48), encontrando-se em todas
152

elas valores iguais de freqüência dominante. A Figura 5.49, apresenta o espectro


de potência do registro tempo historia do nó 37,8 (x,y), sendo a freqüência
dominante igual a 1,04 Hz.
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Figura 5.48 - Historia das velocidades em alguns nós, sistema sem amortecimento.

Figura 5.49 - Espectro de freqüência. Determinação da freqüência dominante da


velocidade, num sistema sem amortecimento.
153

Figura 5.50 - História das poropressões em alguns nós, sistema sem amortecimento.
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A seguir, apresentam-se as figuras da rodada do programa com a aplicação


do sismo (set dyn=on) e a análise pós-sismo. A análise pós-sismo foi feita
considerando condição estática, sem a aplicação da carga sísmica e ainda sem
drenagem.
A Figura 5.51 apresenta a variação da poropressão com o tempo, em nós ao
longo da linha de geomembrana e em outros nós superiores. Pode-se apreciar que
as poropressões nos nós que ficam mais perto do centro da pilha (5,17) e (55,17)
incrementam-se muito mais que nos nós que ficam mais perto do pé da pilha ou
muito perto da crista.
154

Figura 5.51 - Historia das poropressões em alguns nós, sistema com amortecimento
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Rayleigh + Local, t=30 seg.

As zonas que liquefazem são encontradas quando a razão de excesso de


poropressões são maiores o iguais a 1, e é definida como:
incremento da poropressão ∆u
= (5.1)
tensão vertical efetiva inicial σ ' vo

Essas zonas foram determinadas para uma aplicação do sismo durante 30s e
quando o carregamento sísmico terminou (condição pós-sismo).

Figura 5.52 - Zonas liquefeitas t=30seg de sismo.


155

Figura 5.53 - Zonas liquefeitas depois de ter terminado a aplicação do sismo, condição
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pós-sismo.

As Figuras 5.52 e 5.53 mostram como a zonas com solos liquefeitos,


incrementam-se quando o sismo terminou, na condição pós-sismo. As figuras de
distorção da malha (Figuras 5.54 e 5.55) mostram como a malha continua se
deformando mesmo sem aplicação da carga sísmica, ao igual que as figuras de
deslocamentos horizontais e verticais que apresentam valores absurdamente
grandes de 75m na horizontal e 25m na vertical (Figuras 5.56 e 5.57).

Figura 5.54 - Zoom, malha deformada t=30seg de sismo.


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Figura 5.55 - Zoom, malha deformada depois de ter terminado a aplicação do sismo,
condição pós-sismo.

Figura 5.56 - Deslocamentos horizontais, depois de ter terminado a aplicação do sismo,


condição pós-sismo.
157

Figura 5.57 - Deslocamentos verticais, depois de ter terminado a aplicação do sismo,


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condição pós-sismo.

Todas estas figuras estão demonstrando que o fluxo por liquefação está
acontecendo depois que o sismo teve finalizado, como explicado inicialmente nas
definições, uma vez desencadeado a liquefação, as deformações subseqüentes são
conduzidas pelas tensões cisalhantes estáticas.

Análise dinâmica com o modelo do UBCSAND


A análise dinâmica com o UBCSAND foi conduzida ligando a condição
dinâmica (set dyn=on) e desligando o fluxo (set flow=off) para ter uma condição
não drenada e análises a grandes deformações. Também foi realizada uma análise
pós-sismo para avaliar se o fluxo por liquefação pode estar acontecendo, nessa
fase.
Similarmente ao modelamento com Finn, o amortecimento usado nesta
modelagem foi uma combinação de Rayleigh (2% da freqüência dominante) e
Local. A freqüência dominante do sistema foi usada a mesma determinada
anteriormente (1.04 Hz).
Observou-se durante a rodada que o módulo de deformação volumétrica da
água influenciava no tempo da rodada do programa. Comprovou-se que para o
módulo real da deformação volumétrica da água, Kw=1E6KPa, o tempo de
rodada resultava exageradamente grande. Assim que se experimentou para outros
valores, Kw=1E5KPa e Kw=1E3KPa, e observou-se sua influência no tempo de
158

rodada do programa e na geração de poropressões durante o carregamento não


drenado.
O tempo melhorou substancialmente mudando para Kw=1E5KPa e os
incrementos das poropressões pareciam não ter sido afetadas. Com
Kw=1E3KPa, verificou-se que os incrementos das poropressões geradas foram
muito baixas ao término da carga sísmica que não geraram zonas liquefeitas
(Figura 5.58). Em conclusão, as análises foram avaliadas com o Kw=1E5KPa.
Os resultados da modelagem com o UBCSAND são apresentados a seguir.
A Figura 5.58 que apresenta a historia de poropressões mostram incrementos de
poropressões menores que os calculados com o modelo de Finn. Igualmente
ocorre com as poropressões na condição pós-sismo (Figura 5.59) que resultam
menores que com o modelo de Finn.
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Figura 5.58 - Historia das poropressões em alguns nós, sistema com amortecimento
Rayleigh + Local, modelo UBCSAND, t=57 seg.
159

Figura 5.59 - Historia das poropressões em alguns nós, modelo UBCSAND, depois de ter
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terminado a aplicação do sismo, condição pós-sismo.

As zonas que estão liquefazendo foram determinadas com a mesma equação


apresentada no modelo Finn (equação 5.1). Neste caso, consideraram-se zonas
liquefeitas quando a razão de excesso de poropressões é maior que a razão de
falha que modifica a rigidez plástica Rf, explicada no item 3.2.3. O valor de Rf
sempre é menor que 1 e pode ser calculado o correlacionando com (N1)60 do SPT,
sugerido pelo UBCSAND: R f = 1 − (N 1 )60 / 100 , para (N1)60 menor que 50
golpes/30cm.

Figura 5.60 - Zonas liquefeitas t=57seg de sismo, modelo UBCSAND.


160

Figura 5.61 - Zonas liquefeitas depois de ter terminado a aplicação do sismo, condição
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pós-sismo, modelo UBCSAND.

Figura 5.62 - Zonas liquefeitas t=30seg de sismo, Kw=1E3KPa, modelo UBCSAND

As Figuras 5.60 e 5.61 mostram como a zonas com solos liquefeitos,


incrementam-se quando o sismo terminou, na condição pós-sismo. As figuras de
distorção da malha (Figuras 5.63 e 5.64) mostram como a malha continua se
deformando mesmo sem aplicação da carga sísmica, ao igual que as figuras de
161

deslocamentos horizontais e verticais que apresentam valores absurdamente


grandes de 175m na horizontal e 60m na vertical (Figuras 5.65 e 5.66).
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Figura 5.63 - Zoom, malha deformada t=57seg de sismo, modelo UBCSAND.

Figura 5.64 - Zoom, malha deformada depois de ter terminado a aplicação do sismo,
condição pós-sismo, modelo UBCSAND.
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Figura 5.65 - Deslocamentos horizontais, depois de ter terminado a aplicação do sismo,


condição pós-sismo, modelo UBCSAND.

Figura 5.66 - Deslocamentos verticais, depois de ter terminado a aplicação do sismo,


condição pós-sismo, modelo UBCSAND.

Todas estas figuras, ao igual que na análise com o modelo de Finn, estão
demonstrando que o fluxo por liquefação está acontecendo depois que o sismo
teve finalizado, condição pós-sismo.
163

6
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

O fenômeno de liquefação em solos, geralmente arenosos ou areno siltosa


com pouca ou nula plasticidade, continua sendo um tema de grande importância
na engenharia geotécnica sísmica, devido a suas conseqüências muitas vezes
catastróficas.
A determinação de parâmetros de resistência e a avaliação do
comportamento de um solo carregado sismicamente devido à propagação das
ondas cisalhantes, para propósitos de engenharia, resultam um pouco deficientes
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com ensaios de laboratório comumente realizados. Um ensaio de cisalhamento


direto simples cíclico DSS (aparelho de Cambridge) seria o mais recomendável
para estes fins já que eles conseguem investigar a rotação das tensões principais
durante todo o carregamento e propiciam uma melhor distribuição das tensões no
interior da amostra.
A determinação da resistência residual Sr de solos liquefeitos continua
sendo um tema continuamente revisado por muitos pesquisadores. Ensaios de
laboratório em amostras indeformadas são complicados e caros, e as vezes as
amostras não são representativas devido à redistribuição dos vazios que poderiam
ocorrer em campo em um solo liquefeito e que não seria observado nas amostras
com razão de vazios antes de um sismo. A estimação do Sr também pode ser feito
através da retro-análise de casos históricos de deslizamentos por liquefação de
fluxo.
Correlações para a estimativa do Sr baseados no ensaio do SPT parecem ser
bastante aproximados e práticos. Idriss e Boulanger em 2007 apresentaram uma
reavaliação das correlações antes apresentadas por Stark e Mesri em 1992, e
Olson e Stark em 2002, entre outros, baseados em casos históricos. A correlação
apresentada por Idriss e Boulanger de Sr/σ’vo em função do NSPT, resultou menos
conservadora que as correlações anteriormente apresentadas.
As análises para avaliar o potencial de liquefação por meio do método semi-
empírico de Seed-Idriss, como verificado neste trabalho, continuam sendo uma
164

ferramenta útil e prática para a determinação de camadas com alto potencial a


liquefazer. Os dados necessários para este tipo de análises são obtidos de ensaios
de campo comumente realizados durante as investigações geotécnicas, como: o
ensaio de penetração normal (SPT), ensaio de penetração do cone (CPT), medição
das ondas de cisalhamento in-situ ou o ensaio de penetração de Becker (BPT).
Neste trabalho usaram-se os dados do ensaio SPT disponíveis do projeto
para a avaliação do potencial de liquefação, incorporando-se as ultimas revisões
dos parâmetros feitas por Idriss e Boulanger em 2004.
O valor de N do SPT, medido em campo, é corrigido por vários fatores que
estão em função das características em que foi realizado o ensaio e o teor de finos.
É recomendável que as características do ensaio sejam medidas ou fornecidas pela
responsável pelas sondagens para a correta avaliação do valor de N. Se esses
dados não são disponíveis, é melhor deixar os fatores de correção como 1 (um).
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A magnitude de sismo M expressa em momento (Mw) parece ser a mais


confiável para ser usado nos cálculos de potencial de liquefação. As outras
magnitudes: local ou de Ritchter (ML), de corpo (mb ou mB) e de superfície (Ms)
tem limitações para ser usados dependendo se trata-se de sismos pequenos ou
grandes e com a sua distancia à superfície e o tempo a serem medidos. O cálculo
da magnitude de momento Mw pode ser complicado devido às formulações
matemáticas, mas a NCEER em 1998 apresentou uma gráfica onde relaciona as
outras magnitudes com Mw.
Realizou-se uma comparação de análises de estabilidade usando um
programa de equilíbrio limite, o Slide, e um programa de diferenças finitas, o
FLAC. A seção usada nas duas análises foi a seção B. Na análise estática, o Slide
deu valores de FS de 1,90 e 1,64 (falha circular e por bloco, respectivamente) e no
FLAC o FS encontrado foi de 1,93, indicando as duas análises uma ruptura
próxima da linha de interface. As análises pós-sismo, também indicaram ruptura
próxima ou sobre a linha de interface, no Slide o FS foi de 0,80 e 0,85 (falha
circular e por bloco, respectivamente) e no FLAC o FS foi de 0,63. Como
conclusão destes resultados, os dois programas computacionais são bastante
aproximados no cálculo de fatores de segurança nas análises de estabilidade de
taludes.
As análises de estabilidade pós-sismo, realizadas considerando que todo o
solo saturado encontra-se com resistência residual devido a que liquefez, segundo
165

os resultados das análises de potencial de liquefação, chegaram à conclusão que o


talude é instável com fatores de segurança inferiores a 1,1 usado como critério de
segurança.
Das análises dinâmicas pode ser concluir o seguinte:
O programa computacional FLAC-2D requer certa habilidade do engenheiro
geotécnico como programador e conhecimento médio dos modelos numéricos a
empregar nas suas análises. Devido a isto, o FLAC se torna em uma ferramenta
não generalizada, contudo resulta muito útil na hora de modelar condições
particulares de um projeto, sobretudo em análises acopladas (ex. fluxo - dinâmica)
que outros programas não conseguem representar apropriadamente ou são mais
complicados.
O FLAC tem incluído nas bibliotecas um modelo histerético, modelo que
deveria representar melhor o comportamento de amortecimento dos modos
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naturais de oscilação de um sistema e a razão de cisalhamento do solo a diferentes


graus de deformação cisalhante, como descrito por muitos autores. Este modelo
histerético do FLAC, segundo os resultados obtidos, não consegue amortecer o
sistema quando o sismo é grande, isto é, quando o registro tempo-aceleração dos
dados de entrada tem valores muito altos como no caso estudado apico=0,35g, e é
aplicada uma condição de grandes deformações, recomendado para análises de
liquefação. Como resultado deste pouco amortecimento, a malha deforma bastante
com poucos segundos de sismo aplicado, gerando um problema matemático nos
cálculos, sendo impossível continuar.
Uma combinação de amortecimento Rayleigh (2% da freqüência dominante)
e Local (recomendado por outros usuários do FLAC neste tipo de análises) foi
usado para amortecimento do sistema de análise, nos dois modelos Finn e
UBCSAND, dando aparentemente um comportamento adequado.
O problema de usar o modelo de Rayleigh para amortecer o sistema é o
tempo extenso de análise.
Os modelos usados para avaliação da liquefação, modelo de Finn (incluído
no FLAC) e o modelo de UBCSAND do prof. Byrne usaram a mesma malha e
condições iniciais para propósitos de comparação.
Os dois modelos para esta aplicação em particular, utilizam um tempo de
execução considerável. Demora, nas análises realizadas, para um sismo de 53s,
166

entre 4 ou 5 dias com o modelo de UBCSAND. O modelo de Finn utiliza um


tempo 50% a mais do que o UBCSAND.
Das análises realizadas, observou-se que uma constante importante que afeta
muito o tempo de execução é o módulo de deformação volumétrica da água.
Comprovou-se que para o módulo real da deformação volumétrica da água,
Kw=1E6KPa, o tempo de execução resultava exageradamente extensa. Com
outros valores menores, Kw=1E5KPa e Kw=1E3KPa, observou-se que o tempo
melhorou substancialmente, mas para Kw=1E3KPa, verificou-se que os
incrementos das poropressões geradas foram muito baixas ao término da carga
sísmica, tanto que não geraram zonas liquefeitas. Em conclusão, as análises foram
avaliadas com o Kw=1E5KPa, otimizando-se o tempo de execução do programa e
deixando certa rigidez contra a deformação volumétrica da água
O modelo de Finn e o modelo de UBCSAND chegaram à mesma conclusão,
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grande parte da área saturada da pilha falha por fluxo de liquefação.


Os dois modelos apresentam um incremento súbito das poroporessões
depois de ter finalizado a aplicação do sismo, na análise pós-sismo, condição
estática, mas ainda em condição não drenada.
A zona apresentada como liquefeita pelo modelo de Finn resulta um pouco
maior que a do UBCSAND. Este diferença localiza-se principalmente na zona do
pé da pilha.
Como foi comentado, o modelo UBCSAND não considera o efeito da
rotação das tensões principais nem as deformações plásticas que ocorrem durante
o carregamento reverso de um movimento cíclico. Em conseqüência, o modelo
poderia estar sob-avaliando a liquefação e calculando uma deformação menor do
que realmente poderia acontecer. Isto pode responder um pouco a diferença nos
resultados com o modelo de Finn.
O modelo UBCSAND2, apresenta uma modificação no primeiro modelo
para incluir os dois efeitos: a rotação de tensões principais e as deformações
plásticas durante o carregamento reverso. Sugere-se uma comparação do modelo
UBCSAND e UBCSAND2.
Sugere-se o desenvolvimento de uma função no FLAC, para o modelo
histerético que seja compatível com sismos de grandes acelerações.
167

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