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1.

INTRODUÇÃO
Entende-se como ponto de fusão a temperatura a qual, em uma dada pressão, a
substância passa do estado sólido para o estado líquido, como ocorre com a água pura a 1
atm e 0 ºC1. Já o ponto de ebulição trata-se da temperatura cuja substância passa do estado
líquido para gasoso, como ocorre com a água pura a uma temperatura de 100 ºC a 1 atm 2.
Em substâncias puras, o ponto de fusão e ebulição trata-se de uma constante, enquanto que
em soluções aquosas, esse ponto pode apresentar certa variação2. A diferença entre as
temperaturas de fusão e ebulição entre as substâncias ocorre principalmente devido às forças
intermoleculares presentes, de forma que quanto mais intensa for a força intermoleculares,
maior será o ponto de ebulição3.
Em um estado de equilíbrio, é possível observar tanto a fase líquida quanto a fase
gasosa da substância, sendo esse fenômeno denominado como vapor saturado. Nessa
situação, considerando água como a substância, uma certa quantidade é evaporada
enquanto imediatamente a mesma quantidade de água é condensada, mantendo-se
constante a quantidade de cada estado físico4.
Sendo assim, o objetivo da prática foi de analisar os fenômenos de fusão e ebulição
da água e parafina, bem como observar o processo de superaquecimento e o vapor saturado
de uma substância.

2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Materiais
Para a realização desta prática, foram necessários os seguintes materiais:
- Chapa aquecedora;
- Manta aquecedora;
- Balão de fundo redondo com duas bocas;
- Béquer;
- Parafina;
- Termômetro de etanol;
- Termopar “K”;
- Suporte de isopor;
- Gelo;
- Água;
- Algodão;
- Maçarico.
Alguns destes materiais estão representados nas Figuras 1 a 5.
Figura 1. Chapa aquecedora. Figura 2. Manta aquecedora com balão
de fundo redondo com duas bocas.

Figura 3. Béquer com parafina e termômetro de etanol. Figura 4. Termopar “K”.

Figura 5. Isopor com gelo.


2.2. Métodos
Para a realização do experimento, tinham-se duas etapas, a primeira foi o Método das
Temperaturas Fixas, em que o intuito era de se comparar medições de temperaturas da
ebulição da água, da fusão do gelo e da fusão da parafina, a partir de um termômetro de
etanol e de um termopar “K” e, ainda compará-las com a temperatura tabelada para cada
uma delas.
Para a medição da temperatura de ebulição da água, foi colocado um béquer com
água sobre uma chapa aquecedora até que a mesma entrasse em ebulição e, assim, medindo
a sua temperatura com os dois instrumentos.
Para a medição da temperatura de fusão do gelo, pegou-se um suporte de isopor onde
foi armazenado o gelo e a temperatura do mesmo foi medida também pelos dois
instrumentos.
Para a última medição, a da fusão da parafina, inicialmente foi colocada parafina sólida
em um béquer e o mesmo foi colocado sobre a chapa aquecedora, em que ela foi fundida e,
depois esperou-se a mesma resfriar para se analisar o momento em que ela começava a se
solidificar (quando era formada uma camada branca na parte superior).
Na segunda etapa do experimento, a finalidade era de se observar o comportamento
da temperatura em um processo de superaquecimento, para isto, com o uso de um maçarico
foi aquecida uma peça metálica (uma espécie de cano) por onde percorria vapor d’água, com
isso, o vapor saía pelo “cano” e, um algodão era posicionado na sua frente, com a finalidade
de observar se o mesmo mudaria de cor (caso queimasse). Foram feitas oito medidas, de
aproximadamente 100, 200, 250, 300, 350, 400, 450 e 500ºC.

Figura 6. Sistema utilizado para a análise do comportamento da temperatura em um


processo de superaquecimento.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para este experimento, como visto na seção de material e métodos, foram analisadas
as medidas de temperaturas por meio do método das temperaturas fixas e o comportamento
da temperatura em um processo de superaquecimento.
Para a primeira parte do experimento, foram coletadas as temperaturas de ebulição
da água, da fusão do gelo e da fusão da parafina por meio de um termômetro de etanol e por
um termopar Cromel-Alumel, onde os dados obtidos podem ser apresentados na Tabela 1.

Tabela 1. Temperaturas medidas.

Pode-se perceber a partir dos dados da Tabela 1 que nenhum dos dois instrumentos
utilizados para coletar as temperaturas coincidiram com a temperatura encontrada na
literatura5, com exceção do ponto de fusão da parafina coletada pelo termômetro de etanol,
pois os dados da literatura são apresentados uma faixa aceitável, o que pode ser explicado
pela diferença de altitude, onde os valores tabelados são considerados ao nível do mar e os
obtidos são acima deste.
A partir da realização da prática, percebeu-se que o termômetro de etanol necessitava
de mais tempo para estabilizar a temperatura, sendo que o erro de medição é maior por
depender de leitura manual e fatores humanos para visualizar a temperatura correta
apresentada, enquanto que o termopar apresentava um tempo de resposta a temperatura
mais rápida e de forma mais clara. Além disso, realizando uma comparação do intervalo de
operação dos dois instrumentos, de acordo com literaturas, a faixa de temperatura do
termômetro de etanol fica entre -50ºC a +150ºC6, enquanto que o termopar tipo “K” fica entre
-200ºC a +1250ºC7.
Vale ressaltar que o termopar tipo “K” é um dos mais utilizados devido ao seu baixo
custo em relação aos demais devido à sua popularidade e possui uma aplicação ampla devido
à sua grande faixa de temperatura. Devido a sua resistência a oxidação, são recomendados
para utilização contínua em atmosferas inertes ou oxidantes, principalmente para
temperaturas acima de 540ºC8.
Já na segunda parte do experimento, foram obtidas medidas de temperatura do vapor
de água através de um termopar. Os dados obtidos estão apresentados na tabela 2.
Tabela 2. Medidas de temperatura do vapor d’água.

Estes dados de temperatura são medidas aproximadas, visto que o aquecimento foi
feito por meio de maçarico em um tubo de cobre, o que torna praticamente inviável uma
medição fiel da temperatura de vapor. A figura 7, apresenta as características dos algodões
após serem retirados do vapor d’água.

Figura 7. Resultado dos testes de vapor superaquecido.

As medições das referentes às temperaturas 1, 2 e 3 foram feitas no mesmo algodão,


conforme apresentado na figura 7, visto que os testes não apresentaram diferenças visuais
entre si. O primeiro teste, na temperatura de 99,1 °C, obteve-se um vapor saturado,
apresentando uma fumaça levemente esbranquiçada, com o algodão levemente úmido. A
partir da segunda medição de temperatura, o vapor d’água passa de vapor saturado para
vapor superaquecido9. Nesta medição também foi notado que a partir desse teste, os
algodões saíram completamente secos, resultado também devido ao vapor superaquecido.
Sendo assim, todos os testes a seguir apresentaram um vapor transparente, sem a presença
de fumaça, característica do superaquecimento. A primeira alteração na coloração dos
corpos de prova aconteceu na terceira medição, à aproximadamente 250 °C. Conforme as
temperaturas foram incrementadas, as mancha formadas nos algodões também tiveram um
aumento gradativo no seu tamanho, proporcionalmente ao aumento na temperatura.
As manchas presentes nos algodões, são resultados da queima do mesmo devido as
altas temperaturas dos vapores. Nos testes, notou-se que os algodões somente queimaram,
e não chegaram a pegar fogo por completo. Esse fato, pode ser explicado pela forma com
que o experimento foi feito. Como o método de aquecer o vapor, foi feito por meio de um
maçarico em uma tubulação de cobre, a partir do momento que se desliga o maçarico, e se
para de fornecer calor, o sistema perde energia muito rápido, o que pode decrescer
significamente a temperatura de saída do vapor.

4. CONCLUSÃO
A partir da primeira parte do experimento, pode-se concluir que a temperatura coletada
tanto para o termopar tipo “K” quanto para o termômetro a álcool foram próximas uma das
outras, e ficaram próximas aos encontrados na literatura, porém não foram medida precisas,
com exceção da medida da temperatura de fusão da parafina para o termopar, em que esse
ficou dentro da faixa esperada. A não similaridade de temperaturas literatura/obtido
experimentalmente pode ser explicada pela diferença de altitude do referencial teórico e da
realização da prática.
Já referente a segunda parte do experimento, pode-se concluir que o experimento se
desenvolveu de maneira satisfatória conforme o esperado. As manchas referentes a queima
dos algodões aumentaram conforme a temperatura de saída do vapor d’água foi aumentada.
Como mencionado na seção de discussão de resultados, as temperaturas dos vapores são
medidas aproximadas, visto a complexidade de se ter um controle fiel de temperatura.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Ponto de fusão e ebulição. Disponível em: <http://www.aulas-fisica-


quimica.com/7q_11.html>. Acesso em: 07 out. 2019.

[2] Pontos de fusão e ebulição. Disponível em: <https://www.infoescola.com/fisico-


quimica/pontos-de-fusao-e-ebulicao/>. Acesso em: 07 out. 2019.
[3] Forças intermoleculares e o ponto de ebulição das substâncias. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/forcas-intermoleculares-ponto-ebulicao-das-
substancias.htm>. Acesso em: 07 out. 2019

[4] Lei de resfriamento de Newton. Disponível em:


<http://www2.pelotas.ifsul.edu.br/denise/mudancadeestadofisico/mudestadofisico.pdf>.
Acesso em: 07 out. 2019.

[5] GANGOLLI, Sharat. The dictionary of substances and their effects, 2ª Ed.
Bugbrooke, Book Craft Ltd, 1999.

[6] Medição de temperatura. Disponível em:


<https://pt.slideshare.net/fabianosales5872/medio-de-temperatura>. Acesso em: 05 out.
2019.

[7] Saiba o que é um termopar. Disponível em:


<https://br.omega.com/prodinfo/termopares.html>. Acesso em: 05 out. 2019.

[8] Aplicação e faixa de uso. Disponível em: <http://www.equipe-


termopar.com.br/pdf/termopares/aplicacao_uso.pdf>. Acesso em: 05 out. 2019.

[9] ÇENGEL, Yunus A.; BOLES, MICHAEL A. Termodinâmica, 7ª Ed. São Paulo: Editora
McGraw-Hill, 2013.

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