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Portugal no mundo
𝑁
𝑻𝒏 (‰) = × 1000
𝑃𝐴
N – Nascimentos
PA – População absoluta
Tn alta > 30 ‰
Tn baixa < 20 ‰
18
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SUPERA - Explicações Multidisciplinares & Formação TEMA 1 - FICHA DE ESTUDO 1
Em Portugal a TN tem registado uma descida de muito significativa passando de 24‰ para
apenas 8,5‰ em 2012.
Existem vários fatores que têm contribuído para o decréscimo desta natalidade, tais
como:
A evolução tem decrescido constantemente desde os anos 60, até 1995, em que atingiu o seu
valor mínimo de 10,8‰. Após esta data verificou-se uma inversão da tendência, registando no
ano 2000 o valor de 11,6‰, valor que diminui para 8,5‰ em 2012.
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Contrastes Regionais
Tem-se verificado a nível regional contrastes em termos de distribuição da taxa de natalidade:
Entre o litoral e o interior, como valores mais elevados a localizarem-se numa faixa
que se estende do Cávado à península de Setúbal e ao Algarve, a única exceção do
Baixo Mondego, que regista valores bastante abaixo da média do país, como o interior.
Por exemplo no Pinhal Interior Sul e na serra da Estrela que registava valores de 7‰ e
7,7‰.
Entre o Norte e o Sul, com valores mais elevados a registarem-se no Tâmega e no Ave
com valores de 14,6‰ e 13,8‰, bastante acima da média nacional e dos valores do
Alentejo onde não ultrapassam os 9,5‰.
Entre o Continente e as regiões Autónomas, em especial no Açores os valores
verificam-se superiores em relação ao Continente.
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Devidos as melhorias das condições de vida, Portugal tem registado ao nível dos cuidados de
saúde e da alimentação, a taxa de mortalidade tem atualmente demonstrado uma tendência
para crescer, ligeiramente, em consequência do envelhecimento da população.
𝑀
𝑻𝒎(‰) = × 1000
𝑃𝐴
M – total de óbitos
PA – População absoluta
Portugal no Mundo
Taxas mais elevadas ocorrem nos países menos desenvolvidos dos continentes
africano e asiático, onde se registam problemas na alimentação e nos cuidados de
saúde.
Taxas mais baixas que ocorrem nos países em desenvolvimento, têm resolvido os seus
problemas de alimentação e de saúde, em virtude de serem constituídos por
populações jovens, apresentando um menos números de óbitos.
Países mais desenvolvidos registam valores estáveis de mortalidade, uma vez que o
envelhecimento da população e a morte natural por velhice são compensados por
excelência de cuidados de saúde e alimentação.
Portugal tem vindo a integrar este grupo de países ainda que não possua o mesmo
nível de cuidados de saúde e de acompanhamentos aos idosos.
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Na UE, Portugal registou no ano de 2001, uma taxa de mortalidade de 10,2‰, o mesmo valor
do ano de 2012, valor ligeiramente superior à média da UE que é de 9,9‰. O nosso país é dos
que apresenta valores mais altos, que são superados pelos Países do Norte da Europa.
Esta situação é devida ao desenvolvimento económica dos nossos parceiros, que se traduziu
numa melhor assistência medica e num acompanhamento aos idosos.
Em Portugal a taxa de mortalidade não regista uma grande tendência tão clara como a taxa de
natalidade, uma vez que se juntam fatores que, por um lado a fazem descer e por outro são
responsáveis para o seu aumento.
Período pós-1960, que se verifica uma tendência geral que indica uma descida; deste modo a
taxa de mortalidade desde de 11,1‰ em 1961 para 9,31‰ (o valor mínimo que se regista em
1982).
Este período corresponde até a atualidade, após um ligeiro aumento, a taxa de mortalidade
estabilizou-se em torno dos 10,5%, tendência essa que coloca nos países mais desenvolvidos.
Isto é devido ao envelhecimento da população resultante das maiorias dos cuidados ao nível
da saúde.
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Contrastes Regionais
Litoral-interior mas também Norte-Sul (com valores mais elevados a registarem-se no Baixo
Alentejo, 17,6‰, e nos mais baixos no Ave, 7,5‰).
𝐂𝐧 = N − M
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Crescimento efetivo – é um indicador que nos permite saber qual foi o grau de crescimento ou
de diminuição da população.
A evolução da taxa de crescimento efetivo regista uma variação de forma contrária à taxa de
crescimento natural. Deste modo, a taxa de crescimento natural tem vindo a descer (devido a
quebra de natalidade), a taxa de crescimento efetivo tem sido francamente negativa nos anos
60 e início dos anos 70 (o valor mínimo registou em 1966, com -0,84‰), em resultado da
emigração para a Europa. Portugal recuperou o aumento dessa taxa no período de 1975-
1985, com o regresso das populações das ex-colónias e o fim do surto migratório.
Nos anos 90, Portugal passa de país de emigrantes para destino migratório. Esta emigração
vem dos PALOP (em especial Cabo Verde) do Brasil, e ainda de Leste (Rússia, Ucrânia e
Moldávia). Estas pessoas vêm essencialmente, para construção civil e obras públicas (Ponte
Vasco da Gama, Expo’98 e Euro 2004.
Este movimento fez com que a taxa de crescimento efetivo seja de 0,8‰ em 2001.
Contrastes regionais
Os contrastes entre o litoral e o interior permanecem, e o facto mais relevante consiste numa
evolução positiva em algumas regiões litorais como o Baixo Vouga, o Pinhal Litoral e o Oeste
que apresentam valores superiores ao crescimento natural, o que evidencia uma capacidade
atrativas por parte destas regiões.
Portugal no Mundo
Apesar de revelar carências ao nível socioeconómico, tem uma taxa que nos coloca dentro dos
grupos de países desenvolvidos.
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Países desenvolvidos – Europa, América do Norte (EUA e Canadá), Japão, Austrália e Nova
Zelândia.
Este aumento tem unido com quebras registadas de natalidade, que tem como
consequência o envelhecimento da população nestes países.
Carências alimentares;
Falta de cuidados de saúde;
Por vezes conflitos armados.
Na maioria dos países, as mulheres vivem em média mais do que os homens. No entanto
existe algumas exceções, como é o caso dos países do Medio Oriente e do Sul da Asia (como
consequência de a mulher ter muitos filhos ao longo da vida).
Apesar de registar o maior crescimento no período de 1960 e 2001 (passou de 61,2 para 73,5
em 2001), continuamos com valores mais baixos de esperança média de vida da UE. Este valor
indica o atraso que o nosso país continua a registar comparativamente aos outros países
(ainda com alguma recuperação) a nível socioeconómico.
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Tem tido no nosso país um sinal claro da sua evolução a nível do desenvolvimento. A análise
da sua evolução desde 1920 permite-nos verificar que houve uma duplicação deste indicador
que passou de 35,8 para 73,5 anos dois e 80,3 nas mulheres. Este aumento tem sido lento nos
últimos 20 anos.
Contraste Regionais
Embora os contrastes não sejam muito relevantes, há uma maior tendência para que a
esperança média de vida se situe no litoral de Portugal. (em especial nas áreas metropolitanas
de Lisboa e Porto) comparando com o interior do país. Isto deve -se aos cuidados hospitalares e
um melhor nível de vida, associado a um maior envelhecimento que se regista nestas regiões.
Taxa de mortalidade – Numero de óbitos de crianças com menos de 1 ano de idade, por cada
mil nascimentos de vivos.
Esta taxa é semelhante a da esperança média de vida, é um indicador que ultrapassa a simples
parte demográfica. A análise desta taxa permite verificar a evolução dos níveis de
desenvolvimento do país.
𝑀(0 − 1 𝑎𝑛𝑜)
𝑻𝒎𝒊(‰) = × 1000
𝑁
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Portugal no Mundo
Este indicador é importante, pois reflete o estado de desenvolvimento da sociedade.
Países mais desenvolvidos – Europa, América do Norte e Oceânia, que apresentam baixos
índices de mortalidade infantil. Portugal faz parte deste grupo de países.
Países menos desenvolvidos – Africa, alguns países da América Latina e o sul da Asia, onde se
Portugal regista o maior decréscimo da taxa de mortalidade infantil nos últimos anos,
aproximando-se da média da UE.
Esta taxa tem tido uma evolução que tens constituído num constante e alimentado o
decréscimo.
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Contraste Regionais
Os principais contrastes ocorrem entre o Litoral sul e o Norte interior e ainda alguns sectores
do litoral (Cávado e Entre Douro e Vouga).
Os valores mais altos ocorrem na Beira Interior Norte (10‰), Açores (9,9‰) e Cávado (8,8‰),
enquanto os mais baixos situam-se no Baixo Alentejo (1,8‰), na Cova da Beira (2,5‰) e na
Lezíria do Tejo (3,5‰).
Este costume, embora tenha diminuído, ainda continua-se a fazer em algumas zonas rurais do
Centro interior e do Norte do País.
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Número de filhos que cada mulher tem, em média, durante a sua vida fecundada (dos 15 anos
aos 49).
𝒏º 𝒅𝒆 𝒏𝒂𝒅𝒐𝒔 −𝒗𝒊𝒗𝒐𝒔
Taxa de fecundidade =
𝒏º 𝒅𝒆 𝒎𝒖𝒍𝒉𝒆𝒓𝒆𝒔 𝒆𝒎 𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒓𝒄𝒓𝒊𝒂 (𝟏𝟓 𝒂𝒐𝒔 𝟒𝟗 𝒂𝒏𝒐𝒔)
Índice de renovação de gerações – número médio de filhos que cada mulher devia ter durante
a sua vida fértil, para que as gerações pudessem ser substituídas.
Saldo migratório
A evolução da população, ou seja, o seu crescimento efetivo, não se explica unicamente pelo
crescimento natural. Mas também pelo saldo migratório (SM), isto é, pela diferença entre o
numero de imigrantes e o numero de emigrantes registados num dado tempo.
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Taxa de crescimento migratório – saldo migratório durante um ano civil, referido à população
média nesse período.
𝐼 −𝐸
𝑇𝐶𝑀 = × 1000
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎
Tradicionalmente, Portugal pode ser considerado país de emigração, devido a nossa economia
e desenvolvimento.
Emigração permanente – Saída de população para outros países por período superior a um
ano.
Emigração temporária – saída de população para outros países por período igual ou inferior a
um ano.
Emigração sazonal – saída da população para outros países em determinadas estações do ano,
para realização de trabalho, sazonais (por exemplo: vindimas, turismo balnear, etc.).
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Estrutura etária de uma população consiste na sua repetição por grupos de idades e sexo. A
sua análise é muito importante para a caracterização de uma população, nomeadamente no
planeamento de determinados equipamentos coletivos no sector da saúde, educação e
segurança social: Creches, escolas e lares de idosos.
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Pirâmide adulta ou de transição – zona central quase tão estreita quando a base.
Característica dos países mais desenvolvidos, que registam desde há muito tempo,
grandes quebras de natalidade, devido a elevada esperança média de vida.
Tem um número significativo de classes ocas (nome que se dá a uma classe que é
menor que aquela que representa o escalão etário superior). Esta tendência deve -se a
uma quebra da taxa de natalidade ou da mortalidade ou um fluxo emigratório.
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Até a década de 60, Portugal foi um dos países da europa a possuir uma população
predominante jovem.
A guerra colonial;
O fluxo migratório para a Europa;
Êxodo rural;
Fixação das populações nas grandes cidades, Lisboa e Porto;
Aumento do número de mulheres a trabalhar;
Maior utilização de métodos contracetivos (diminuição dos estratos jovens).
Apos a integração na UE, a sociedade portuguesa sofreu transformações que fizeram acentuar
esta tendência para o envelhecimento, deste modo Portugal tem uma aproximação com a
Europa devido a sua estrutura etária. Assim:
Estes factos provocam um estreitamento da base da pirâmide (classes etárias com menos de
15 anos) e um alargamento do topo das classes (acima dos 65 anos).
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Portugal pode-se considerar atualmente como um “novo velho”. Isto verificou-se em 2001,
quando Portugal registou, ao nível da população com idade inferior a 15 anos, valores
inferiores à generalidade dos países e ao nível da média da UE, 17,3%.
Em relação a população mais idosa, Portugal, com 16,5% (situa-se acima da media da EU,
15,8%). Apresenta valores superiores ao Luxemburgo, 14,2% ou os Países Baixos, 13,4%, ou
países que apresentam recentemente população mais envelhecida que a portuguesa.
Contraste regionais
Os contrastes regionais em termos de estruturas etárias são claras e permitem perceber que o
processo de envelhecimento da população se alastra em todas a regiões de Portugal, havendo
ainda diferenças entre elas.
A quebra da taxa de natalidade tem afetado todo o espaço nacional, deste modo não existem
pirâmides crescentes, logo há uma redução dos efetivos nos estratos mais baixos.
Na região Centro e Alentejo – diminuição dos efetivos jovens e dos estratos mais idosos, isto
leva ao aumento significativo do peso dos efetivos no contexto da população.
Região Norte e Regiões Autónomas – apresentam valores superiores dos efetivos jovens
Região de Lisboa e Vale do Tejo e Algarve – tem uma posição intermédia, devido à fixação de
jovens vindos de outras regiões. Atenuando deste modo o processo de envelhecimento da
população.
Estrutura da população ativa (distribuição dos ativos pelos vários sectores de atividade)
consiste na repartição desta pelos sectores de atividade e por este meio, fornecem-se
importantes indicadores dobre o desenvolvimento da economia. Ao longo da historia a
evolução dos sectores de atividade traduziram-se por:
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Portugal na UE
Portugal apresenta um atraso em relação a UE, relativamente a esta tendência. Embora tenha
uma diminuição do sector primário, continua-mos a ter (12,5%), valor bem acima da União
(4,7%). Pelo contrario, o sector terciário em Portugal, com 53%, continua a quem, da media da
União que é 65,7%.
Entres os vários países da UE, podemos formar três grupos correspondentes a três níveis de
desenvolvimento:
Países de desenvolvimento médio - com valores baixos no sector primário, mas superiores aos
dos mais desenvolvidos.
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎
𝑇𝐴 (%) = × 100
𝑃𝐴
Em Portugal a evolução da população ativa tem sido mais tardia e lenta comparando com os
países desenvolvidos. Tem tido um tendencial geral e apresenta a seguinte variação:
Sector primário (era de 50% - 1950, em 2001 era de 12,5%) – diminuição significativa
deste setor primário na segunda metade do seculo XX.
Isto deve-se ao progressivo abandono dos campos, para as áreas urbanas
assim como para o estrangeiro.
Também a modernização da agricultura (mecanização) e a as reestruturações
do sector após a adesão da UE.
Sector secundário – (nos anos 50 era de 20,4% e atualmente é de 34%, tendo o valor
mais elevado 1981, com 38,9%, aproximando-se com os valores dos países
desenvolvidos.
Sector terciário – nas mesmas datas passa para o dobro, de 26,3% para 53,5%,
assumindo como principal sector de emprego.
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Contrastes regionais
Verifica-se, assim, diferentes dinâmicas nas várias regiões a nível nacional, tais como:
Região de Lisboa e Vale do Tejo – apresenta valores mais próximos dos países
desenvolvidos, ou seja, baixos no sector primário e mais altos elevados no terciário
com a presença importante do sector secundário.
Região do Algarve e da Madeira (grande presença da actividade turística), Alentejo e
Açores verifica-se um predomínio do sector terciário, mas uma forte presença no
primário.
Região Norte – região de maior presença industrial, deste modo o sector secundário
que é equiparado ao sector terciário.
Região Centro – sectores que apresentam uma distribuição mais equilibrada, com
presenças significativas de todos os sector, havendo ainda o predomínio do terciário.
Portugal tem registado grandes limitações neste sector, facto que tem contribuído para o seu
atraso em termos de desenvolvido.
Portugal no Mundo
A taxa de alfabetização (nº de pessoas que sabem ler e escrever em cada 100 habitantes) ,
constitui um indicador muito importante na aferição dos contrastes a nível mundial de
instruções das populações. Os contrastes existentes estabelecem três grupos de países que
são:
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Apesar de continuar atrasado aos países desenvolvidos da Europa e do Mundo, Portugal tem
registado um grande desenvolvimento a nível de instrução da sua população.
Assim, em 1960 a quantidade de população sem ensino primário atingia 61,4%, enquanto o
ensino superior se limitava apenas a 0,6% da população portuguesa.
Em 2001 estes valores são de 12,4% no primeiro. Relativamente à população com curso
superior é de 6,0% e a frequentar 3,8%.
Estes valores indicam uma franca melhoria dos níveis de instrução para os quais contribuem
fatores como o alargamento da escolaridade obrigatória, que era inicialmente de 4 anos (até
1964), de 9 anos em 1986 e 12 anos em 2012.
Envelhecimento da população;
O declínio da fecundidade;
O baixo nível educacional;
O desemprego, entre outros.
Portugal do Mundo
A população com mais de 65 anos constitui um excelente indicador para conferir o grau de
envelhecimento da população. Em termos mundiais regista-se um contraste entre:
Portugal na UE
A UE tem um espaço com população muito envelhecida, isto leva a quebras na natalidade e
também ao aumento da esperança média de vida, o que leva a melhoria da qualidade de vida.
Entre 1960 e 1997, segundo o Eurostat, no conjunto dos países da união, a população com 65
e mais anos passa de apenas para10,6% para 15,8.
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𝑃𝑜𝑝. (≥ 65)
I. Env.= × 100
𝑃𝑜𝑝. (−15)
Entre 1960 e 2001, verificou-se um registo de aumento crescente e constante até aos dias de
hoje, deste modo os idosos ultrapassam os mais jovens.
Quebra de natalidade;
Aumento da esperança média de vida;
Emigração, que afetou sobretudo os adultos jovens;
E a crescente urbanização/terciarização da sociedade portuguesa.
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Contrastes regionais
Ao analisar a distribuição do índice de envelhecimento, nas NUT III, verifica-se que o número
de idosos já ultrapassa os jovens. Assim temos:
Interior e algumas regiões do litoral centro e sul – o índice ultrapassam os 100% (nº
de idosos que são o dobro dos jovens), sendo o valor máximo na Beira Interior Sul com
2018,9%.
Grande Lisboa, Península de Setúbal e Algarve - com valores, com a consequência de
atração de população em idade jovem que se desloca para estas regiões, em busca de
emprego e qualidade de vida superior, o que diminui o envelhecimento.
No litoral, em especial no Norte e ainda nas regiões Autónomas – é onde se regista o
predomínio dos jovens relativamente a idosos, a causa é a elevada taxa de natalidade
superior nestas regiões.
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O Idt tem vindo a diminuir lentamente (passou de 59,1% para 48,1%), depois do período de
crescimento. Isto deve-se:
Declínio da fecundidade
É atualmente um dos principais problemas demográficos com que o nosso país se debate. A
queda da taxa de fecundidade tem sido regular desde há cinco décadas.
54ghPortugal no Mundo
É essencial que as gerações velhas sejam substituídas pelas novas, é importante que a relação
entre o total de nascimentos e a população feminina em idade de procriar (dos 15 anos aos 49)
seja igual ou superior a 2,1 filhos. Assim é designado o índice de renovação de gerações,
sendo muito importante na caracterização demográfica de um país.
Países menos desenvolvidos – valor elevado, pelo que a renovação de gerações está
assegurada.
Países mais desenvolvidos (dos quais Portugal) – apresentam valores baixos, deste
modo as gerações nem sempre estão garantidas. Esta situação pode comprometer o
futuro destas populações.
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SUPERA - Explicações Multidisciplinares & Formação TEMA 1 - FICHA DE ESTUDO 1
Portugal na UE
Na UE o decréscimo da fecundidade tem sido constante.
Em 1960 Portugal, registava um valor de 3,1 filhos por mulher, numero que era superado pela
irlanda, uma valor igual ao da media da União, ou seja 1,5 filhos por mulher, facto que
demostra que o nosso país regista um decréscimo de fecundidade.
Os valores mais elevados continuam a ser os da Irlanda, com 1,9 filhos por mulher (ainda assim
inferior ao mínimo necessário).
Valor mais baixo é o de Espanha e Itália com apenas 1,2 filhos por mulher em idade fértil.
O índice sintético de fecundidade, como o nome indica, é a media de filhos que mulher pode
ter durante o período fértil.
Em Portugal este indicador tem vindo a descer de forma quase continua desde 1960 até 1995,
altura em que regista uma certa recuperação.
Portugal no mundo
Estas dificuldades estruturais na educação implicam que se compare a nível geral de formação
em Portugal, com o predomínio de 90% do ensino básico e atualmente o ensino secundário ou
até mesmo o ensino profissional. Fica um pouco aquém dos países mais desenvolvidos com a
Alemanha ou Reino Unido, onde os valores ficam abaixo dos 50% da população total.
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Tem sido ao longo do tempo uma preocupação das autarquias locais aumentar o número de
equipamentos de educação (como campos desportivos e pavilhões, entres outros), con stando
dos seus PDM (Plano Diretor Municipal). Estes valores não permitem verificar o estado dos
equipamentos, nem a qualidade dos mesmos em termos de subequipamentos, como as
bibliotecas, as infraestruturas desportivas ou laboratórios.
O Desemprego
A sua origem pode ter varias causas e varia consoante o grau de desenvolvimento do país.
Quando se analisa este problema a nível mundial, devemos ter em conta as especificidades
regionais.
Portugal no Mundo
Países menos desenvolvidos – têm precários sistemas estatísticos, pelo que o desemprego
aparece subavaliado. Países situados na Africa e na Asia que apresem valores de desemprego
superiores registados, nestes países há uma presença de emprego temporário, trabalho
infantil e outras formas de trabalho precário são uma realidade. Nos países mais desenvolvidos
é menos frequente este tipo de situações.
Portugal na UE
O desemprego é um problema que afeta toda a União, pois além de um problema económico,
devido a sua grande quantidade de recursos financeiros necessária para o pagamento de
subsídios, é também, um grave problema social pelas implicações que tem junto das
populações que são afetadas por ele.
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Novo crescimento entre 1991 e 1996 – consequência da crise económica nos países mais
desenvolvidos, nomeadamente na União, EUA e Japão que constituem os principais
investidores e clientes de Portugal.
Novo decréscimo até 2000 – tem como fatores o crescimento económico resultante do II QCA
(quadro comunitário de apoio) e realização de várias obras públicas (Expo’98, Ponte Vasco da
Gama ou a Barragem do Alqueva).
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SUPERA - Explicações Multidisciplinares & Formação TEMA 1 - FICHA DE ESTUDO 1
Os resultados destas medidas nem sempre tem sido o esperado pelos governos, pois alguns
aspetos tem-no impedido:
Casamentos tardios;
Redução do número de filhos por casal;
Aumento das atribuições profissionais das mulheres;
Novos comportamentos sociais, nomeadamente casais a viverem em coabitação, o
aumento de famílias monoparentais, entre outras.
Devido à sua evolução demográfica (população não muito envelhecida até aos anos 80/90),
Portugal não sentiu durante esses anos necessidade de implantar este tipo de iniciativas.
Incentivos a natalidade
Portugal, durante um período mais longo do que os outros países da Europa, manteve uma
elevada fecundidade devido aos seguintes fatores:
A União Europeia
Também legislação de proteção à família, aumento dos direitos para as mulheres gravidas
em termos laborais, visam e permitem, de algum modo, estimular a natalidade.
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SUPERA - Explicações Multidisciplinares & Formação TEMA 1 - FICHA DE ESTUDO 1
Qualificação da mão-de-obra
Eis algumas medidas que poderão contribuir para uma valorização da qualificação da mão-de-
obra, que garanta um modelo de desenvolvimento menos sustentável para Portugal:
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SUPERA - Explicações Multidisciplinares & Formação TEMA 1 - FICHA DE ESTUDO 1
A UE, dada a importância regional e mundial dos países que a constituem, representa um
espaço muito importante no contexto do continente. Portugal dentro deste espaço, tem uma
presença de densidade populacional média, colocando muito próximo do valore regi stado pela
densidade do espaço comunitário no seu total é de 118 hab/km2.
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SUPERA - Explicações Multidisciplinares & Formação TEMA 1 - FICHA DE ESTUDO 1
Analisando a distribuição da
população, podemos constatar que
atualmente verifica-se as seguintes
tendências de distribuição:
Grande contração na
Grande Lisboa e Porto:
Estas densidades são muito suportadas pelo crescimento de algumas cidades do interior
como as referidas para o qual contribuem para a melhoria de acessibilidade e
desenvolvimento das universidades e institutos politécnicos.
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SUPERA - Explicações Multidisciplinares & Formação TEMA 1 - FICHA DE ESTUDO 1
Fatores físicos
São vários os fatores físicos que interferem na distribuição da população. As áreas mais
atrativas para a fixação do Homem são historicamente as regiões, com o clima ameno, as
planícies com solos férteis e as regiões próximas do litoral, Portugal não
foge a regra.
O território português está totalmente integrado na zona temperada norte, pois não se verifica
grandes diferenças climáticas, mas pelo contrario uma pequena diversidade resultante das
diferenças de altitude e da proximidade do mar. Ao nível da temperatura o nosso país não tem
grandes influências na distribuição da população.
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SUPERA - Explicações Multidisciplinares & Formação TEMA 1 - FICHA DE ESTUDO 1
Posição litoral – a aproximação com o mar sempre foi um fator de localização privilegiadas e
gerador de fixação de populações.
O mar (pesca e recolha de sal) – foi durante muitos séculos a principal via de comunicação no
mundo.
A densidade populacional no nosso país regista-se mais na faixa litoral que se estende desde o
Minho-Lima até a península de Setúbal.
Fertilidade dos solos – a riqueza dos solos foi um fator primordial importante na fixação do
Homem.
Pois, a agricultura foi a atividade económica predominante do seculo passado (solos férteis
eram os mais procurados).
A fixação junto ao vales dos rios (Douro, Vouga, Mondego, Tejo e Sado) contribuíram para
elevadas densidades regionais, até mesmo nos dias de hoje, onde a agricul tura não tem
grande relevância.
Exposição de vertentes – fator de grande importância ao nível regional, uma vez que
introduziu diferenças entre a vertente norte (vertente sombria ou umbria) e a vertente sul
(vertente soalheira). A ilha da Madeira constitui um excelente exemplo desta importância.
Fatores Humanos
Fatores económicos – fator muito importante por ter sido responsável pelo desenvolvimento
de certos espaços de grande fixação humana (capacidade de carga humana) .
A terciarização – consiste no aumento do setor terciário, não foi tão responsável quanto o
industrial, na fixação de populações.
Países com desenvolvimento económico industrializados, e após 1986 (data de adesão a União
Europeia), este setor terá contribuído para a manutenção do emprego u rbano,
nomeadamente nas áreas metropolitanas dos Porto e Lisboa.
Verifica-se ainda situações de desenvolvimento da atividade turística, que está ligada com a
fixação e manutenção de populações; são os casos do Algarve (Portimão, Albufeira ou
Vilamoura), Funchal, na ilha da Madeira e Troia na Península de Setúbal.
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Embora Portugal não seja muito rico em recursos do subsolo, como os minerais e recursos
energéticos, pois estes também são uma forte atração para o Homem, ao criarem postos de
trabalho.
Fatores Históricos e Sociais – são fatores importantes, mas não justificam na totalidade a
existência de grandes concentrações. Estes fatores tem grande relevância nos arquipélagos da
Madeira e Açores conde o seu povoamento obedece certamente a circunstância de carácter
histórico.
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A Litoralização
Desde a história de Portugal, que existe uma tendência para a maior fixação da população no
litoral:
Este processo de concentração de população terá atingido o seu máximo nos anos 90, por
consequência dos investimentos da UE, que em vez de promover o desenvolvimento mais
harmonioso, acabou por agravar estas assimetrias, já existentes.
Entre 1981 e 2001 – 124 dos 305 municípios então existentes, perderam a população,
enquanto apenas 59 ganharam. Destes estão quase todos localizados nas áreas
metropolitanas de Lisboa e Porto e ainda no distrito de Braga.
Os cincos conselhos mais populosos do País – Lisboa, Loures, Sintra, Vila Nova de Gaia
e Porto, representam 18% da população do País, mas apenas 0,8% da superfície do
mesmo.
Os 23 conselhos com mais de cem mil habitantes localizam-se no litoral e entre eles
apenas Coimbra, Leiria e Feira não pertencem aos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal e
Braga.
Em oposição, regista-se os 118 conselhos mais interiores têm atualmente 17% da
população total enquanto a sua superfície representa mais de metade do território
nacional. Desses, 24 estão “em vias de extinção”, havendo quatro (Alcoutim, Idanha-a-
Nova, Penamacor e Vila Velha de Rodão) que estão em forte perda populacional pois
têm entre os 35% e 40% de população com mais de 65 anos e apenas 10% com menos
de 15 anos.
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Despovoamento do interior
Num processo totalmente inverso ao da litoralização, o interior do país tem tido um progressivo
despovoamento.
São várias as razões para este fenómeno, para além dos aspetos físicos, já mencionados, existem outros
que tem maior relevância. São eles:
Razões como o fraco desenvolvimento das regiões rurais do interior (contrastando com as
oportunidades de emprego no estrangeiro) associado a o deflagrar a guerra colonial e ao endureci mento
do regime política nos anos 60, causarem este aumento.
a emigração foi uma causa de despovoamento do interior, o abandono das regiões do interior para a
fixação no litoral do país, em especial nas cidades de Lisboa e Porto, está realidade também verificou a
partir dos anos 60.
As povoações que sentiram esta consequência, do interior como o distrito de Faro, do Alentejo, Leiria,
Santarém e do Pinhal.
Para o seu destino principal são as cidades de Lisboa (Sintra, Loures, Cascais, Barreiro, Setúbal) e Porto
(Gondomar, Matosinhos, Maia, Valongo) conselhos periféricos. Deste modo constitui -se as áreas
periféricas que ultrapassam os seus limites admirativos .
Nos anos 80/90, em especial após a adesão de Portugal à União Europeia, este processo não ter
nenhum inverso, pelo contrário, verificou-se o aumento do despovoamento, como os conselhos de
Monchique, Montalegre, Oleiros ou Pampilhosa da Serra (com uma pop ulação envelhecida), onde esse
decréscimo é superior a 15%.
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As políticas de ordenamento
Da União Europeia
A nível nacional
E municipal
Desenvolvimento regional – possibilita maior autonomia, suportada pela diversidade entre regiões,
como forma de assegurar o reforço da identidade das populações inseridas nos diferentes países da UE.
O forte desenvolvimento industrial e urbano que se verificou na Europa após a Revolução Industrial
conduziu a desequilíbrios ambientais que se refletiram na qualidade de vida e no bem-estar da
população. As políticas de ordenamento do território tentam estabelecer um equilíbrio entre os
ecossistemas e as atividade económica, para isso são necessários os três objetivos proprietários:
Os principais instrumentos para a execução destes objetivos são os três principais fundos estruturais:
Fundo social (FSE), que visa melhorar as possibilidades de trabalho e a mobili dade profissional
dos trabalhadores.
Fundo de Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA), que rem como objetivos melhorar as
condições de produção e de comercialização dos produtos agrícolas.
Fundo de Coesão, que tende assegurar o financiamento dos projetos de interesse comum nos
domínios da proteção do ambiente e das redes de transporte.
Estes apoios encontram-se integrados nos chamados Quadros Estruturais (2000 -2006), e foram
implementados localmente através de Programas – desenvolvimento rural e operações integradas
(como a do Norte Alentejo).
A nível Nacional - os vários governos, conscientes do problema das assimetrias regionais, tem
procurado implementar um conjunto de medidas e programas que tem como objetivo minorar este
problema.
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A nível municipal – as autarquias locais podem implementar grandes medidas tendo em conta
a correção de assimetrias regionais.
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