gente, Coração do Brasil em teu seio Já podeis, da Pátria filhos
Ergam a voz, brilhem as frontes, Corre sangue de heróis - rubro veio Ver contente a mãe gentil cantando com a alma que sente Que há de sempre o valor traduzir Já raiou a liberdade e que vai nas brisas dos montes. És a fonte da vida e da história No horizonte do Brasil Desse povo coberto de glória Salve Garanhuns! O primeiro, talvez, no porvir Os jardins, as palmeiras e alguns Brava gente brasileira! pedaços do céu... mão divinas! Salve ó terra dos altos coqueiros! Longe vá, temor servil Salve as sete colina! De belezas soberbo estendal! Ou ficar a pátria livre Nova Roma de bravos guerreiros Ou morrer pelo Brasil Estribilho: Pernambuco imortal! Imortal! Nos anais, "Florescente e garbosa Os grilhões que nos forjava Garanhuns", fostes sempre assim. Esses montes e vales e rios Da perfídia astuto ardil A elegância, a beleza da rosa, Proclamando o valor de teus brios Houve mão mais poderosa as paisagens, estesias sem fim. Reproduzem batalhas cruéis Zombou deles o Brasil Os teus vales bravios outrora No presente és a guarda avançada esconderam fugitivos de cor... Sentinela indormida e sagrada A liberdade da Terra arvora Que defende da Pátria os lauréis Brava gente brasileira! Estes homens de novo pendor. Longe vá, temor servil E o lema "Ad Altiora Tendere" Salve ó terra dos altos coqueiros! Ou ficar a pátria livre é o mais fervoroso ideal. De belezas soberbo estendal! Ou morrer pelo Brasil A bandeira, sagrada e serana, Nova Roma de bravos guerreiros e simôa da história fanal. Pernambuco imortal! Imortal! Não temais ímpias falanges Tuas belezas - cidade das flores Que apresentam face hostil e os ares - poema acolhedor... Do futuro és a crença, a esperança Vossos peitos, vossos braços Ai! Suspiros! Que vida, que amores Desse povo que altivo descansa São muralhas do Brasil neste hino, que fulge esplendor Como o atleta depois de lutar No passado, o teu nome era um mito Era o sol a brilhar no infinito Brava gente brasileira! Era a glória na terra a brilhar! Longe vá, temor servil Ou ficar a pátria livre Salve ó terra dos altos coqueiros! Ou morrer pelo Brasil De belezas soberbo estendal! Nova Roma de bravos guerreiros Parabéns, ó brasileiro Pernambuco imortal! Imortal! Já, com garbo varonil Do universo entre as nações A república é filha de Olinda Resplandece a do Brasil Alva estrela que fulge e não finda De esplender com seus raios de luz Liberdade! Um teu filho proclama! Brava gente brasileira! Dos escravos o peito se inflama Longe vá, temor servil Ante o sol dessa terra da Cruz! Ou ficar a pátria livre Ou morrer pelo Brasil Salve ó terra dos altos coqueiros! De belezas soberbo estendal! Nova Roma de bravos guerreiros Pernambuco imortal! Imortal!